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DIREITO CIVIL VII - DIREITO DAS COISAS
 Profa. Dra. Ana Paula de Fátima Coelho
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE
- A propriedade presume-se exclusiva e ilimitada até prova em contrário - at. 1.231, CC. O que vemos na atualidade é a preocupação da lei em limitar (delimitar/contextualizar) o domínio em prol da coletividade.
- O direito de propriedade atualmente deve se preocupar, ou seja, deve ser exercido em consonância, em respeito ao Equilíbrio Ecológico/Poluição/Interesse Econômico/Função Social – art. 1228, § 1º CC. 
Obs.: o art. 1228, § 2º do CC apresenta a Teoria dos Atos Emulativos: proibindo ao proprietário a prática de atos que visem apenas causar prejuízo a terceiros. Atos Emulativos são atos praticados pelos proprietários apenas com a finalidade de prejudicar terceiros, de causar prejuízo a outrem, sem nenhum beneficio pessoal ao titular da propriedade. 
Para Rui Stoco para a configuração do ato emulativo há a necessidade do concurso dos seguintes pressupostos legais: o exercício de um direito; que desse exercício resulte dano a terceiro; que o ato realizado seja inútil para o agente; que a realização seja determinada, exclusivamente, pela intenção de causar um dano a outrem.
- A moderna e constitucional função social não limita a propriedade, ao contrário, ela estimula, remodela, contextualiza a propriedade (são “limites” internos e positivos). 
- O conjunto de poderes (U/G/D/R) que o proprietário tem sobre a coisa pode sofrer limitações de tal ordem que o conteúdo do direito de propriedade pode ser reduzido a mero título jurídico. Mas, extinta a causa dessas limitações a propriedade automaticamente readquire o seu conteúdo - - - ► ELASTICIDADE DO DOMÍNIO.
Limitações da Propriedade
- As limitações ao direito de propriedade podem decorrer de vários fatores:
a) Limitações de Causa Natural: são limitações impostas ao “homem” pela fragilidade de suas forças frente à natureza. Ex: o proprietário apenas pode utilizar o subsolo ou o espaço aéreo sobre o imóvel até onde possa economicamente atingir.
b) Limitações da Lei: são impostas pela lei (ordenamento jurídico) em virtude do interesse dos particulares: limitações de caráter privado, particular. Ex: limitações decorrentes do Direito de Vizinhança; ou do interesse do Estado: limitações de caráter coletivo, social. Ex: Reserva Legal / Tombamento / Leis Ambientais - §§ 3º, 4º e 5º do art. 1228, CC.
- São limitações em prol da sociedade, decorrem de leis de direito privado ou de direito público. 
c) Limitações da Vontade do Proprietário: são impostas pelo proprietário da coisa desde que não contrarie a lei. São limitações de caráter subjetivo, decorrentes da autonomia da vontade, são conhecidas como limitações voluntárias. São limitações externas. Ex: Servidão / Usufruto.
“A propriedade sem deixar de ser um JUS (direito subjetivo) passa a ser um MUNUS (direito/dever) desempenhando uma função social”. Ebert V. Chamoun

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