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DIREITO PROCESSUAL PENAL II

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Francisco Humberto Alencar Bezerra 
Manual de Processo Penal - II 
 
2 
Direito Processual Penal II 
Prof. Renato Espíndola Maia 
Francisco Humberto Alencar Bezerra 
 
 
 
 
 
 Bibliografia: 
 CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal. São Paulo: Saraiva 
 OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de processo penal. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 
 NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo e execução penal. São Paulo: RT 
 
 CINTRA, A. C. Araújo; GRINOVER, Ada P.; DINAMARCO, Cândido Rangel. Recurso no processo penal. 
São Paulo: Revista dos Tribunais. 
 MIRABETE, Julio Fabrini. Código de processo penal interpretado. São Paulo: Atlas. 
 NORONHA, Edgar Magalhães. Curso de direito processual penal. São Paulo: Saraiva. 
 OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. Rio de Janeiro: Lúmen Juris. 
 TÁVORA, Nestor. Curso de Direito Processual Penal. Salvador: JusPodivm 
 
 Renato Brasileiro 
 Eugênio Pacelli 
 
 Ementa: 
 Dos Processos em espécie. Do processo comum. Dos processos Especiais. Juizados Especiais Criminais e 
Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher. Dos processos de competência dos Tribunais 
Superiores. Das nulidades e dos recursos em geral. Da execução das medidas de segurança. Das relações 
jurisdicionais com autoridade estrangeira 
 
 
 Plano de Aula: 
 
 Dos processos em espécie 
 Do processo comum 
 Dos processos Especiais 
 Dos processos de competência dos Tribunais Superiores 
 Das nulidades e dos recursos em geral 
 Da execução das medidas de segurança 
 Das relações jurisdicionais com autoridade estrangeira 
 
3 
Direito Processual Penal II 
Prof. Renato Espíndola Maia 
Francisco Humberto Alencar Bezerra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revisão 
Revisão do Processo Penal 
 
4 
Direito Processual Penal II 
Prof. Renato Espíndola Maia 
Francisco Humberto Alencar Bezerra 
 
 
 
 
 
 Revisão de Processo Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CPC 
 
 
 
 
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou 
queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a 
citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 
(dez) dias. 
Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa 
começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do 
defensor constituído. 
 
 
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste 
Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: 
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; 
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo 
inimputabilidade; 
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou 
IV - extinta a punibilidade do agente. 
 
Audiência 
Instrução 
Debates (pode ser 
memoriais escritos) 
Julgamento 
Queixa Crime 
IP 
Relatório Min. Público 
Ação Penal 
Pública 
Denúncia 
Se for o Ofendido é 
Ação Penal Privado 
 
Juiz Recebimento 
Citação 
Resposta a 
Acusação 
10 Dias 
Art. 397 - CPC 
Pode 
Absorver Sumariamente ou 
receber a acusação 
Recebimento 
A 
B 
Decisão 
Recursos 
Prisão 
Prisão Preventiva: Liberdade Provisória 
Prisão em Flagrante: Ilegal - Relaxamento 
A 
 
5 
Direito Processual Penal II 
Prof. Renato Espíndola Maia 
Francisco Humberto Alencar Bezerra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação 
do acusado. 
I - (revogado pela Lei nº 11.719, de 20.06.08); 
II - (revogado pela Lei nº 11.719, de 20.06.08.. 
§ 1º Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por edital. 
§ 2º (VETADO) 
§ 3º (VETADO) 
§ 4º Comparecendo o acusado citado por edital, em qualquer tempo, o processo 
observará o disposto nos arts. 394 e seguintes deste Código.241 
 
 
PRONÚNICA 
DESCLASSIFICAÇÃO 
 
RESE ( 
 
IMPRONÚNICA 
ABS. Sumária 
 
Apelação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
B 
 
6 
Direito Processual Penal II 
Prof. Renato Espíndola Maia 
Francisco Humberto Alencar Bezerra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade - I 
Dos Procedimentos Especiais (sumaríssimo) – Lei 9.099 
 
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Direito Processual Penal II 
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Francisco Humberto Alencar Bezerra 
 
 
 
 
 
 Dos Procedimentos Especiais (Sumaríssimo) - Lei 9.999/95. 
 
 
1. Introdução a Lei 9.999: 
 
2. Competência: 
 
3. Fundamentação Jurídica: 
 
 
4. Jurisdição Consensual: 
 Criação pela Lei 9.099/95; 
 Julga: Os crimes de menor potencial ofensivo - IMPO; 
 Objetivo: Acordo entre as partes 
 Princípio da Obrigatoriedade regrada. 
 
 
5. Jurisdição Conflitiva: 
 Criado pelo CPP (código de Processo Penal); 
 Julga: Os crimes de maior potencial ofensivo; 
 Objetivo: Aplicação das penas previstas; 
 Princípio da Indisponibilidade da Obrigatoriedade. 
 
6. IMPO – Infração de Menor Potencial Ofensivo: 
 
 Justiça Comum: 
 Antes era assim: Crime cuja pena máxima não ultrapassasse 01 ano; 
 Para contravenções penais; 
 Fundamentação Jurídica: 
 
Lei 9.099/95 
 
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os 
efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena 
máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. (Redação dada 
pela Lei nº 11.313, de 2006) 
 
 
 
 Juizados Federais: 
 A lei 10.259/01 foi que criou os juizados especiais federais; 
 Crimes cuja pena máxima não ultrapasse 02 anos; 
 Para contravenções penais, porém a justiça federal não julga este tipo de crime. 
 Fundamentação Jurídica: 
 Lei 10.259/01 – art. 2º 
 
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Direito Processual Penal II 
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Francisco Humberto Alencar Bezerra 
 
 
 
 
 
 
 
 Lei 11.313/06 
 Dispõe: Altera o art. 61 da lei 9.099/95 e o 2º da Lei 10.259/01 
 Para contravenção penal; 
 Pena máxima não ultrapasse 02 anos. 
 
 
 Observações: 
 A violência domestica contra a mulher é art. 41 da lei Maria da penha. Não cabe JECRIM 
 
 
 
 
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 Qualificadora x Causa de aumento de pena: 
 
 Qualificadora: 
 Novo tipo penal; 
 Nova pena; 
 
 Causas de aumento de pena: 
 Para os crimes de pena entres 03 meses a 02 anos; 
 Quantum de aumento da pena de 1/3 a 1/6; 
 
 Causas de diminuição de pena: 
 Para os crimes de pena entres 06 meses a 02 anos; 
 Quantum de aumento da pena de 1/3 a 1/6; 
 
 
 Concurso de crimes: 
 
 Concurso Material: 
 Soma as penas; 
 Art. 69 do Código penal: 
Concurso material 
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou 
mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de 
liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de 
reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa 
de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a 
substituição de que trata o art. 44 deste Código.(Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
§ 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá 
simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
 Concurso Formal: 
 Pega a mais grave das penas de um dos crimes e soma + 1/6 até a metade. 
 Art. 70 do Código Penal 
 
Concurso formal 
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais 
crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, 
somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. 
As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa 
e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto 
no artigo anterior.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 
69 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
 
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 Para fixação de competência do JECRIM: 
 Se a pena máxima for mais de 2 anos não é JECRIM 
 
 
 Aplicação dos Institutos despenal: 
 No tribunal do Júri, desmembra os crimes. 
 
 
 Situação Hipotética: 
 Art. 121 (Homicídio, 06 a 10 anos) + Art. 129 (Lesão Corporal, 03 meses a 01 ano) 
 
 Material: 
 10 anos + 01 ano = 21 anos; 
 Não é competência do JECRIM, é de competência é da justiça comum; 
 Tribunal do júri: 
o É desmembrado as penas, julga-se os crimes independentes; 
o Para o art. 121: 06 a 10 anos; 
o É para o art. 129: 03meses a 01 anos (aplica o JECRIM) 
 
 Formal: 
 
 
 
7. Excesso de Acusação: 
 
 “ementatio libelli “ 
 
 Fundamentação Jurídica: 
 
CPC 
 
Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, 
poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de 
aplicar pena mais grave. 
§ 1º Se, em consequência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de 
proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o 
disposto na lei. 
§ 2º Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão 
encaminhados os autos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. Estatuto do Idoso 
 
 No estatuto do idoso em seu artigo 94, cria novo conceito de IMPO? 
 
 STF: 
 O STF entende que não; 
 Ação direta de inconstitucionalidade (ADI) 30 96, não cria um novo IMPO, pois o que o art. 
94 do estatuto do idoso quis dizer é que se aplica apena os procedimentos sumaríssimos, a 
pena continua a mesma, com o intuito de agilizar o processo por se tratar de um idoso. 
 Para crimes com pena inferior a 04 anos; 
 
 Fundamentação legal: 
 Estatuto do Idoso, lei 10.741/03; 
Estatuto do Idoso 
 
Art. 94. Aos crimes previstos nesta lei, cuja pena máxima privativa de liberdade não 
ultrapasse quatro anos, aplica-se o procedimento previsto na Lei no 9.099, de 26 de 
setembro de 1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições (expressão 
suprimida)4 do Código de Processo Penal. 
 
 
 
 
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Direito Processual Penal II 
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 Foro privilegiado: 
 Deve prevalecer a competência constitucional de julgamento; 
 Parlamentar federal, estadual, etc., que cometerem crimes de menor potencial ofensivo serão 
julgados pelo STF, mais aplicando a lei 9.099/95, com todas suas regras e procedimentos. 
 
 
 Observação para o foro privilegiado 
 Quando o parlamentar cometer um crime antes a diplomação e corre em instancia inferior, 
após sua diplomação sobe para o STF e o mesmo continua o processo 
 
 Se o crime for cometido após a diplomação o STF informa a casa legislativa que tem 45 dias 
para propor a suspensão do processo, esta analise da casa legislativa é de cunho político e 
não processual. As prescrição ficam suspensão junto com o processo. 
 
 Se o parlamentar perder o cargo o processo é reaberto e continua normalmente. 
 
 Se o parlamentar for reeleito é reaberto pois a suspensão do processo fica suspenso durante 
seu mandato, como o crime foi cometido antes da reeleição o STF não precisa informar a 
casa legislativa e o processo toma seu curso natural. 
 
 
 
 
 
 
 Crimes eleitorais: 
 
 Quem que julga os crimes eleitorais de menor potencial ofensivo, exemplo os crimes do 
Art. 334 do código eleitoral, serão julgados na justiça eleitoral, aplicando a lei 9.099/05 com 
todos seus procedimentos; 
 Salvo para os casos de previsão do sistema punitivo especial (cassação do diploma, 
etc.). 
 
 
 
 
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 Violência contra a mulher: 
 
 Para os casos de menor potencial ofensivos, cuja pena máxima não ultrapassa 02 anos; 
 ADC No. 19 do STF, que declarou constitucional que se aplique a lei 9.099 para os casos de 
menor potencial ofensivo; 
 
 E no NAMORO? 
 Depende do caso; 
 O STF já enquadrou alguns casos de namoro na lei Maria da penha; 
 
 E na Relação homoafetiva? 
 Pela ADC No. 19 do STF, pode sim; 
 Já tem uma resolução do TJ/RS que deu concedeu a lei Maria da penha para uma 
união homoafetiva. 
 
 Consequência do STF: 
 Não se aplica a lei 9.099 para os casos de violência contra a mulher,, tanto para os 
casos de contravenção como nos crimes de menor potencial ofensivo; 
 A ação penal é publica e condicionada para as lesões leve e culposa. 
 
 
 
Falta ver: 
- Crimes Militares 
- Natureza da competência do jecrim 
- competência territorial 
 - TCO 
- transação penal 
 
 
 
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 Transação Penal 
 
 
1. Fundamentação Jurídica: 
 
Código de Processo Penal 
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública 
incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá 
propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser 
especificada na proposta. 
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la 
até a metade. 
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: 
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa 
de liberdade, por sentença definitiva; 
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela 
aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; 
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, 
bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da 
medida. 
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à 
apreciação do Juiz. 
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o 
Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em 
reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício 
no prazo de cinco anos. 
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 
82 desta Lei. 
§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de 
certidão de antecedentes criminais, salvopara os fins previstos no mesmo 
dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível 
no juízo cível. 
 
 
2. Observações Importantes sobre transação penal: 
 
 Transação penal para ações penais privada e pública: 
 De acordo Art. 76 do CPC é cabível a transação penal para ação penal publica ou ação 
privada; 
 Quando a ação é publica é direito do réu que seja oferecido a transação penal pelo MP; 
 
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Direito Processual Penal II 
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Francisco Humberto Alencar Bezerra 
 
 
 
 
 
 Já no caso de ações privada, cabe ao ofendido oferecer ou não a transação penal, neste caso 
não é um direito do réu. 
 
 Nos casos de Crimes Ambientais: 
 Só é feito a transação penal para crimes ambientais se o agente cobrir os danos civis, para 
em seguida fazer a transação penal. 
 Ou seja, condicionado a previa reparação dos danos ambientais. 
 
 
3. Pressupostos: 
 Ser menor potencial ofensivo; 
 Nãos ser caso de arquivamento; 
 Não pode Reincidência: 
 Crime doloso; 
 Transitado em julgado; 
 Privativo de liberdade; 
 
 Não importa reincidência: 
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública 
incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá 
propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser 
especificada na proposta. 
[..] 
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o 
Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em 
reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício 
no prazo de cinco anos. 
 
 Não ter sido beneficiado dentro de 05 anos; 
 
 Circunstâncias judiciais favoráveis: 
 Divergência doutrinária; 
 Fundamentos subjetivos por parte do MP; 
 O MP não pode deixar de oferecer a transação penal, é um direito do réu, porém o MP se 
não oferecer a transação penal tem que ser motivado; 
 Súmula 686 do STF; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. Procedimentos: 
 
 Quem oferece a transação penal? 
 No caso de ação penal no âmbito privado é o ofendido quem pode oferecer a transação 
penal, neste caso não é um direito do réu e sim do ofendido. 
 
 No caso de ação penal no âmbito publico tanto condicionada como incondicionado é o 
Ministério Publico quem pode oferecer a transação penal, neste caso é um direito do réu. 
 
 Nos casos de recusa do oferecimento da Transação Penal: 
 No caso de uma ação privada, se o ofendido não quiser não tem saída. Cabe então a oferecer 
a denúncia. 
 
 No caso de uma ação publica, condicionada ou incondicionada, é o Ministério Publico que 
deve oferecer, caso o MP não ofereça a transação pena, cabe ao juiz aplica as regras do art. 
28 do CPP. Lembrando que o MP tem que fundamentar a recusa do não oferecimento da 
transação penal 
 
 Para o oferecimento da transação penal tem que esta presentes: 
 Ofendido; 
 
 Acusado: 
 Se não tiver presente, gera nulidade absoluta. 
 Não deve nem acontecer a transação penal, pois é o acusado que aceita ou não a 
transação penal. 
 Se houver divergência de vontade entre o acusado e o advogado, prevalece a vontade 
do acusado, art. 89, 7º da lei 9.099. 
 
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, 
abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, 
poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o 
acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro 
crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da 
pena (art. 77 do Código Penal). 
[..] 
 
§ 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo 
prosseguirá em seus ulteriores termos. 
 
 Advogado: 
 Se não tiver presente, gera nulidade. 
 Incompetência do advogado: Se a defesa falha \ prejudicada é uma nulidade relativa. 
Ou seja, apenas anula se houver prova de prejuízo para o réu. 
 
 Ministério Público; 
 
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 Uma vez aceita a proposta: 
 O Juiz homologa a sentença que pode ser (natureza da decisão): 
 Sentença condenatória imprópria; 
 Decisão meramente homologatória (majoritária); 
 
 
5. Descumprimento Injustificado: 
 Se a transação penal for uma multa é então escrita na divida ativa; 
 Se a transação for a restrição de direitos, os autos voltam ao MP para que seja oferecida a denuncia. 
 Entendimento do STF No. 602072 
 
 Observação: 
 A prescrição não é interrompida, ou seja, se não descumprir pode o estado não poder mais 
fazer nada pois pode cair na prescrição. 
 
 
6. Momento para oferecer a transação penal: 
 
 Proposta da transação em regra é na audiência de conciliação; 
 Exceção: desclassificação do crime e remete os autos para juizado especial, para que o MP ofereça 
a denúncia. Sumula 337 do STJ. 
 
 
 
 
 
 
 
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Unidade - II 
Dos Procedimentos comuns 
 
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 Procedimento Comum Ordinário. 
 
1. Conceito: 
2. Características: 
3. Quais os procedimentos comuns: 
 
4. Entendimento gráfico do art. 494. 
 
Art. 394. O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
§ 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: (Incluído pela 
Lei nº 11.719, de 2008). 
I ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual 
ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
II sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja 
inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
III sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da 
lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 2o Aplicase a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em 
contrário deste Código ou de lei especial. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 3o Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará 
as disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código. (Incluído pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
§ 4o As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicamse a todos os 
procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código. 
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 5o Aplicamse subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e 
sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário. (Incluído pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Pressupostos processuais: 
 
 1º - A existência do Processo: 
 Demanda: causa de pedir 
 Juiz; 
 Partes. 
 
 2º - A validade do processo (+): 
Pena máxima 
de 2 anos 
sumarísimo sumario Ordinário 
Pena máxima de 
4 anos 
 
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 Pressupostos positivos: Devem existir para que o processo seja valido, ou seja, eles tem que esta presentes 
no processo para que seja válido, são eles: 
 Competência; 
 Capacidade processual: de ser parte no processual 
 Capacidade postulatória: é o do MP e do advogado 
 Citação Válida: 
 
 Pressupostos negativos (-): 
 Não podem existir para que o processo seja válido, ou seja, se eles estiverem 
presentes no processo não é válido, são eles: 
 
 Suspeição: Juiz 
 Impedimento: Juiz 
 Litispendência: 
 Coisa julgada: 
 
 
6. Fluxograma processual: 
 
 Inicia-se com o IP; 
 
 Após instaurado o IP, é remetido para o MP para análise e oferecer ou não a denuncia. Se o MP 
oferecer a denúncia é encaminhado para o Juiz (Unidade jurisdicional); 
 
 O Juiz pode receber ou não a denuncia: 
 
 Primeiramente o juiz faz a analise do art. 395 do CPP, onde recebe ou não a denuncia: 
 
 Se receber não receber a denuncia: arquiva o inquérito; 
 
 Se receber a denuncia, segue o seguinte fluxo: 
 
 Teoricamente cabe recurso (rejeição da denuncia – art. 591 do CPP): 
 No procedimento ordinária, aplica-se o RESE 
 No procedimento sumaríssimo, aplica-se a apelação 
 
 O recebimento da denuncia tem que ser fundamentada, pois respeita o direito do 
contraditório, da dignidade humana, pois o réu tem o direito de saber o pq esta sendo 
citado. 
 
 Após o recebimento da denuncia com base no art. 396 do CPP, o juiz notifica o réu 
(citação) com base no artigo 351 do CPP e no prazo Maximo de 10 dias (art. 396-A 
do CPP); 
 
 
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 Resposta à acusação, segue dois cominhos: 
 Neste momento teoricamente seria neste ponto a ABS. sumária por justa 
causa. 
 
 O juiz não recebe a denuncia: 
o Abs. Sumária; 
 
 O juiz recebe a denuncia: 
o Vai marcar a audiência de instrução, debates (que podem ser 
substituídos por memoriais escrito no prazo de 05 dias) e julgamento. 
o Após a audiência o juiz sentencia cabendo a parte os recursos. 
 
7. Qual o momento de recebimento da denuncia? 
 
 O recebimento é quando o juiz recebe do MP e faz a analise do artigo 396 do CPP e recebe a 
denuncia; 
 
 
8. Analise do artigo 395 do Código de Processo Penal: 
 
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
I for manifestamente inepta; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
II faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou 
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
III faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 
2008). 
Parágrafo único. (Revogado). (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
 
 Quando deixa de ser inepta: quando não existir requistos: 
 Quem praticou: 
 Partes. 
 
 Como foi o crime: 
 Cuidado com os crimes culposos (negligencia, imprudência e imperícia) 
 Negligencia: é uma conduta positiva é uma ação é uma afoiteza; 
 Imprudência: é uma omissão; 
 Imperícia: esta ligado ao oficio da pessoa; 
 
 Com o que: 
 Os instrumentos do crime; 
 
 Quando: 
 É no momento da atividade (teoria da atividade); 
 
 
 
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 Pressupostos processuais 
 Positivos; 
 Negativos; 
 
 Justa causa: 
 Lei 11.719/08; 
 Tem que ter os indícios suficientes de materialidade e autoria; 
 Vai ser analisada a justa causa é no momento da denuncia ou da sentença; 
 Ate 98 à justa causa não eram analisadas no momento do recebimento da denuncia: 
 Entendimento do STF: 
 HC 81.393/RJ 
 Inf. 317/03 
 
 
9. Citação: 
 
 Pode ser REAL: 
 É citação pessoalmente; 
 Por carta precatória: quando esta em outro município 
 Por carta Rogatória: 
 Quando esta em outro país; 
 Art. 368 do CPP 
 
 Pode ser Ficta: 
 Por hora certa: 
 Previsão legal no artigo 362 do CPP; 
 É quando o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça tem que voltar 3 
vezes ao local e deixar um comunicado de hora certa; 
 Se no dia marcado o réu não tiver presente o réu é considerado citado, significa 
que ele no prazo de 10 dia a resposta a acusação, se ele não aparecer o juiz 
nomeia um defensor publico para fazer uma defesa a revelia; 
 
 No caso do réu não aparecer e não apresentar defensor o juiz usa o art. 396-A, 2º, 
onde indica um defensor (defensor dativo) para fazer a resposta à acusção. 
 
 
 Por edital: 
 Prazos: 
 Artigo 361 do CPP: o prazo é de 15 dias 
 No artigo 364 do CPP: 
o No prazo é fixado pelo juiz entre 15 a 90 dias, no caso do artigo 
361 do CPP ; 
o ou prazo de 30 dias para os casos do artigo 363 do CPP; 
 
 o artigo 363 e 361 do CPP foram revogados; 
 o prazo atual é de 15 dias do art. 361 do CPP 
 
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 No caso do réu não comparecer e não nomeia defensor (artigo 366 do CPP) o 
juiz pode: 
 
 Deve: 
o Suspender o processo; 
o Suspende a prescrição do processo: esta prescrição é “ad 
eternunm” ? não . o STJ entende que a prescrição do processo não 
é eterna – Sumula 415; 
 
o Pelo artigo 109 do CPP: 
 Para os crimes que a pena máxima for superior a 12 anos a 
prescrição se da em 20 anos, inciso I; 
 
o Entendimento do STJ quando a prescrição do processo: 
 O STJ entende em aplicar a regra do artigo 109 do CPP e 
admite que a suspensão da prescrição é de 20 anos; 
 
 Para a prescrição do processo é a mesma regra do artigo 
109, e se a conta for também de 20 anos; 
 
 Em resumo: o processo é suspenso da prescrição e 
prescrição do processo em 40 anos. 20 anos para 
suspensão da prescrição + prescrição do processo. De 
acordo com os dados referenciais acima; 
 
 
 Pode: 
o Decretar a prisão preventiva e produção antecipadas de provas, 
pelo entendimento do STJ na sumula 455, proibi a produção de 
provas no caso no não comparecimento do réu e nem nomeação 
do defensor. 
 
o No caso da prisão preventiva: 
 É uma prisão “ex lege “, por isso que a lei não traz a 
obrigatoriedade do juiz decretar a prisão preventiva, pois 
seria inconstitucional. 
 Artigo 312/313 do CPP; 
 
 
 Observações: 
 O preso é citado de forma real e com base no artigo 360 do CPP; 
 O militar é citado de forma real e com base no artigo 358 do CPP; 
 
 
 
 
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10. Resposta à acusação: 
 
 De acordo com o artigo 396-A do CPP: 
 A resposta a acusação substituí a defesa prévia; 
 
 A função da resposta à acusação: 
 É fazer valer o artigo 397 do CPP 
 E fazer arrolar as testemunhas no máximo de 8; 
 
 O prazo é de 10 dias a contar de quando? 
 O prazo começa a corre pela efetiva aceitação do acusado; 
 
 A resposta à acusação é obrigatória no processo comum ordinário? 
 Sim, de acordo com o artigo 396-A, 2º; 
 Sua falta gera nulidade absoluta do processo. 
 
 Para os procedimentos do júri não é obrigatório, pois não gera nulidade. 
 
 
 Na citação do réu por edital: 
 O juiz aplica o artigo 366 do CPP 
 Suspende o processo e prescrição do processo; 
 
 Na citação do réu por hora certa: 
 O juiz aplica o artigo 396-A, 2º do CPP; 
 Nomeia o defensor dativo para a resposta à acusação; 
 
 OMP é obrigatório na resposta à acusação? 
 Não é necessário 
 
 
11. Cabimento a resposta à acusação: 
 
 Artigo 397, I do CPP: 
 
 Excludente de licitude 
 Legitima defesa, etc.. 
 Artigo 23 do CP; 
 O momento processual oportuno de alegar o excludente de licitude; 
 
 Excludente de culpabilidade: 
 Artigo 22 do CP; 
 Inimputabilidade, etc... 
 Coação moral irresistível; 
 A coação física irresistível não cabe como excludente de culpabilidade; 
 Ordem do superior hierárquico, não exclui a culpabilidade; 
 
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 Salvo inimputabilidade não pode arguir a resposta a acusação, pois o juiz precisa ouvir o 
inimputável, ou seja, se o inimputável tiver cometido o crime é aplicado as sanções; 
 
 
 Atipicidade da conduta: 
 Principio da insignificância \ bagatela 
 Extinção da punibilidade; 
 Artigo 107 do CP 
 
 
 
 
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Conceito, fases: Testemunhas, Perito, Acareação, 
Reconhecimentos, Interrogatório e Sentença. 
Audiência de Instrução e Julgamento 
 
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 Audiência de instrução e julgamento. 
 
1. Conceito: 
 
 
 
2. Regra do Ottário – Ordem dos acontecimentos: 
 
 (O) – 1º lugar: Ofendido; 
 (T) – 2º lugar: Testemunha de Acusação; 
 (T) – 3º lugar: Testemunha de defesa; 
 (A) – 4º lugar: Perito e depois o assistente (das partes); 
 (A) – 5º lugar: Acareação; 
 (R) – 6º lugar: Reconhecimento de pessoas ou coisas; 
 (I ) – 7º lugar: Interrogatório do réu, ele é o ultimo a ser ouvido; 
 (O) – 8º lugar: Sentença do Juiz. 
 
3. Inconstitucionalidade do artigo 265 do CPP: 
 
 Analisando o artigo, entende que gera nulidade da audiência, pelo fato do defensor que foi substituído não 
tem tempo hábil de entender o processo: 
 
Art. 265. O defensor não poderá abandonar o processo senão por motivo imperioso, 
comunicado previamente o juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) salários 
mínimos, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. (Redação dada pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
 
§ 1o A audiência poderá ser adiada se, por motivo justificado, o defensor não puder 
comparecer. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
§ 2o Incumbe ao defensor provar o impedimento até a abertura da audiência. Não 
o fazendo, o juiz não determinará o adiamento de ato algum do processo, devendo 
nomear defensor substituto, ainda que provisoriamente ou só para o efeito do ato. 
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
 
 
 
 
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 Testemunhas da audiência de Instrução e Julgamento: 
 
 
1. Conceito: 
 
 
2. Testemunhas de acusação: 
 
 Características das testemunha de acusação: 
 Com o fim do sistema presidencialista, a testemunha fala diretamente com o advogado das partes. 
Anteriormente o juiz era o interlocutor das perguntas entre as testemunhas e os advogados ou 
Ministério Público; 
 
 A testemunha de acusação pode servir para defesa? 
 Resposta: As testemunhas são do processo, nada impede que as testemunhas sejam 
utilizadas para absorver. 
 
 Quantidade de testemunha de acusação: 
 No máximo 08 testemunhas por réu; 
 
 
 
3. Testemunhas de defesa: 
 
 Características das testemunhas de defesa: 
 Podem servir para acusar; 
 Pode inverte a ordem em ouvir primeiro às testemunhas de defesa antes das testemunhas de 
acusação? 
 Resposta: 
 A jurisprudência entende que sim desde que tenha nos autos a anuência da defesa. 
 Caso contrário é caso de nulidade absoluta. 
 
 Quantidade de testemunhas de defesa: 
 No máximo 08; 
 Podendo ser estendido a até 10 em caso de conter entre as testemunhas, Conjugue, Companheiro, 
Ascendentes, descendentes, irmão, menor de 14 anos e deficiente mental relativo. 
 
 
 
4. Juramento das testemunhas: 
 
 No caso das testemunhas juramentadas, mentir ou ficar calado é considerado falso testemunho; 
 
 Exceção: 
 Tem valor relativo o seu testemunho os seguintes gêneros de pessoas: 
 Cônjuge, Companheiro, Ascendentes, descendentes, irmão (CADI); 
 Menor de 14 anos e deficiente mental relativo. 
 
 
 
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 Peritos e assistentes de perito na audiência de instrução e Julgamento: 
 
1. Conceitos: 
 
 Perito: 
 
 Assistente de acusação: 
 
 
 
2. Características: 
 A critica que se faz é em relação aos assistentes de peritos; pois em alguns caso existe desproporção entre o 
perito oficial e assistente de perito. 
 É um meio de prova; 
 
 
3. Fundamentação Legal: 
 
 
 
 
 
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 Acareação na audiência de instrução e Julgamento: 
 
1. Conceitos: 
 
 
2. Características: 
 Não é um meio de prova; 
 É um ato instrutório e informativo; 
 É uma contra prova; 
 Não é um reinterrogatório; 
 
 
3. Fundamentação Legal: 
 
 
 
 
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 Reconhecimento de pessoas ou coisas na audiência de instrução e Julgamento: 
 
1. Conceitos: 
 
2. Características: 
 Não é meio de prova; 
 É um ato instrutório e informativo; 
 Descrição prévia do réu; 
 Indicação do reconhecido; 
 Sala de manjamento (ocultação); 
 
 
 
3. Fundamentação Legal: 
 
 Art. 226 do CPP: 
 
CAPÍTULO VII 
DO RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS 
 
Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, 
proceder-se-á pela seguinte forma: 
I a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa 
que deva ser reconhecida; 
Il a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de 
outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de 
fazer o reconhecimento a apontála; 
III se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por 
efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa 
que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja 
aquela; 
IV do ato de reconhecimento lavrarseá auto pormenorizado, subscrito pela 
autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas 
testemunhas presenciais. 
Parágrafo único. O disposto no no III deste artigo não terá aplicação na fase da 
instrução criminal ou em plenário de julgamento. 
 
Art. 227. No reconhecimento de objeto, procederseá com as cautelas estabelecidas 
no artigo anterior, no que for aplicável. 
 
Art. 228. Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar o reconhecimento de 
pessoa ou de objeto, cada uma fará a prova em separado, evitandose qualquer 
comunicação entre elas. 
 
 
 
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 Interrogatório do réu, ele é o ultimo a ser ouvido: 
 
 
1. Conceitos:2. Características: 
 É o ultimo ato do processo, antes era o primeiro ato do processo; 
 As partes podem fazer perguntas; 
 
 A oitiva do réu é um ato obrigatório? 
 Não se faz necessário à presença do réu, 
 Mais se faz necessário à citação ou intimação do réu, podendo ser caso de nulidade absoluta. 
 
 Pode ouvir o acusado por precatório, respeitando as regras do artigo 400 do CPP. Desde que ele tenha acesso 
a todas as provas que lhe esta sendo imputadas. 
 
 Presença obrigatória da defesa e do ministério público: 
 Se não tiver a presença da defesa ou MP, gera nulidade absoluta. 
 Quando se argui essa nulidade: 
 Quando faltar o advogado: 
 o advogado atravessa um HC pedindo a nulidade do ato por ele não estar presente; 
 Quando faltar o MP: 
 Cabe aguardar a decisão e apelar. 
 
 
3. Fundamentação Legal: 
 
 
 
 
 
 
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 Debates: 
 
1. Conceitos: 
 
2. Características: 
 Os debates são memoriais; 
 
 
3. Prazos: 
 Acusação: 
 O prazo é de 20 minutos, prorrogado por mais 10 minutos; 
 
 Assistente de acusação: 
 Tem direito a um prazo de 10 minutos: 
 Neste caso a defesa tem um prazo de mais 10 minutos para contestar o assistente de acusação. 
 
 
 Defesa: 
 Tem um prazo de 20 minutos, prorrogado por mais 10 minutos; 
 Igualmente os prazos da acusação. 
 
 Juiz: 
 Prazo de 05 dias; 
 E prazo de 10 dias para decisão para o juiz. 
 
 
4. Fundamentação Legal: 
 
 
 
 
 
 
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 Sentença do juiz: 
 
1. Conceitos: 
 São decisões que põe termo ao processo, com ou sem julgamento de mérito; decidindo sobre absolvição ou 
condenação do acusado. Pode ser condenatória, absolutória, terminativa. 
 
 É por meio de uma sentença que o juiz criminal julga definitivamente o mérito da pretensão penal, 
resolvendo-o em todas as suas etapas possíveis: 
 Imputação da existência de um fato (materialidade); 
 Imputação da autoria desse fato; 
 Juízo de adequação ou valorização jurídico-penal da conduta. 
 
 Na fase da sentença o importante é o conteúdo da decisão, ou seja, a matéria relativa ao caso penal levado a 
juízo, para o fim de absorver ou de condenar o acusado, por isso se fala em decisão definitiva. 
 
 
2. Espécies de decisões: 
 Decisões Interlocutórias: 
 São decisões a cerca de questões processuais, ou seja, resolve questões de índole processual; 
 
 
 Decisões com força definitivas (terminativas): 
 
 
 
3. Classificação da sentença: 
 
 Sentença no sentido amplo (interlocutória - nível processual): 
 
 Sentença Simples: 
 Conceito: 
 São aquelas que apenas solucionam questões relativas à marcha processual ou 
aspectos formais, como o recebimento da denúncia ou produção de provas 
antecipadas; 
 
 Fundamentação Legal: 
 Código e Processo Civil; 
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o 
juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado 
para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada 
pela Lei nº 11.719, de 2008). 
Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a 
fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. 
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a 
audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério 
Público e, se for o caso, do querelante e do assistente. (Redação dada pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
 
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§ 1o - O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, 
devendo o poder público providenciar sua apresentação. (Incluído pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
§ 2o - O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. (Incluído pela Lei 
nº 11.719, de 2008). 
 
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir 
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional,podendo o 
juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o 
caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312. (Redação 
dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996) 
 
 
 
 Sentença Mista: 
 Não terminativa: 
 Encerram fase processual sem encerrar o processo como um todo, como a decisão 
de pronúncia no rito do Júri; 
 Não termina o processo, e sim encerra uma fase; 
 Exemplo: A pronúncia; 
 
 Terminativa: 
 Não julga o mérito; 
 Encerram o processo sem o julgamento do mérito, como na hipótese de rejeição da 
denúncia (com base no art. 395 do CPP): 
 
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
I - for manifestamente inepta; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou 
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 
2008). 
Parágrafo único. (Revogado). (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
 
 
 Sentido Estrito (terminativa): 
 
 Condenatória: 
 Aceitam o pedido de condenação formulado pelo MP total ou parcialmente; 
 
 
 Terminativas de mérito: 
 Encerram o processo julgando o mérito, porém sem absolver ou condenar o réu; 
 Exemplo: 
 Nos casos do reconhecimento da extinção da punibilidade; 
 Prescrição; 
 
 Características: 
 Encerram o processo; 
 Julgam o mérito; 
 
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 Não condenam e nem absorve; 
 
 
 Absolutórias: 
 Próprias: 
 Absolve o réu sem aplicar qualquer sansão não acolhendo a pretensão punitiva do 
Estado; 
 
 Impróprias: 
 Absolve o réu, não reconhecendo a pretensão punitiva, mas reconhecem a prática 
criminosa impondo medida de segurança; 
 Cabe medida de segurança; 
 
 
 
 Esquema de classificação da sentença: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Decisões 
Sentido 
Amplo 
Sentido 
Restrito 
Interlocutória 
Simples 
Mista 
Não Terminativa 
 Terminativa 
Condenatória 
Absolutória 
Terminativa 
de Mérito 
Própria 
Imprópria 
 
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4. Requisitos da sentença: 
 
 Fundamentação Legal: 
 Art. 381 do Código de processo penal: 
 
Código de processo penal 
 
Art. 381. A sentença conterá: 
I - os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias para 
identificá-las; 
II - a exposição sucinta da acusação e da defesa; 
III - a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão; 
IV - a indicação dos artigos de lei aplicados; 
V - o dispositivo; 
VI - a data e a assinatura do juiz. 
 
 
 1º requisito - Relatório: 
 Conceito: 
 Trata-se de um resumo histórico dos acontecimentos que estão registrados nos autos do 
processo. 
 Segundo Pontes de Miranda, é a “história relevante do processo” onde o magistrado traz 
expressamente alusão aos acontecimentos importantes, podendodeixar de lado os fatos e 
dados periféricos que pouco influenciaram na causa. 
 
 
 Características: 
 É o histórico do processo: 
 No procedimento sumário e sumaríssimo (lei 9.099) o relatório é dispensado, conforme o 
art. 81, § 3º que dispõe ser dispensável o relatório na sentença para as causas de sua 
competência. 
 
 
 Fundamentação: 
 
 Fundamentação: 
 Art. 381, inciso I e III do Código de Processo Penal; 
 
 
 
 2º requisito – Motivação ou Fundamentação: 
 Conceito: 
 Segundo Fernando Capez, é o requisito que obriga o juiz a “indicar os motivos de fato e de 
direito que o levaram a tomar a decisão”; 
 Esse requisito representa, ainda, o respeito à garantia constitucional do contraditório e ampla 
defesa, que obriga o magistrado a levar em consideração todas as provas e argumentos 
levados aos autos pelas partes; 
 Por fim, cabe aqui ressaltar a possibilidade da utilização da fundamentação “per relazione” 
onde o magistrado adota com suas as razões de decidir ou de argumentar de outra decisão 
judicial ou manifestação do MP, enquanto custos legis; 
 
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 Embora deva, claramente ser evitada, é uma prática bastante corriqueira e que não traz á 
sentença qualquer vicio de legalidade. Ex: “O Tribunal de Justiça do Ceará, nega 
provimento ao recurso do réu, mantendo a r. sentença condenatória, pelos seus 
próprios e judiciosos fundamentos, os quais são adotados neste acórdão como razão de 
decidir, sem necessidade de qualquer acréscimo”. 
 
 
 Características: 
 Na falta da motivação é nulidade absoluta; 
 “Per relatione”: texto do MP (custo legis) 
 
 Fundamentação: 
 Artigo 381, III do Código de Processo Penal; 
 Art. 93, IX da CF que traz a necessidade de serem as decisões judiciais fundamentadas sob 
pena de nulidade. 
 
 
 3º requisito - Conclusão: 
 Conceito: 
 É a decisão propriamente dita, quando o magistrado estará, de fato e de direito, dizendo sua 
conclusão do fato, obviamente seguindo a linha de raciocínio exposta na fundamentação, 
caso contrário, estaremos diante de uma flagrante ambigüidade ou contradição que, nos 
termos do art. 382 do CPP, deixará margem para embargos de declaração. 
 A sentença que não indicar qual os artigos de lei aplicados para condenação e deixar de 
apreciar qualquer dos fatos articulados pela acusação ou defesa (por mais esdrúxulos que 
sejam) será nula, de acordo com posicionamento dos Tribunais Superiores. 
 
 
 Fundamentação: 
 Artigo 381, IV e V; 
 
 Dispositivo: 
 Deve guardar total relação com os motivos dados; 
 Se no dispositivo tiver contradição, cabe embargo de declaração; 
 
 
 
 
 
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5. Emendatio: 
 Características: 
 O juiz percebe que o que aconteceu não é que o MP esta pedido, condena por outro motivo e 
não aquele que o MP pediu; 
 O fato esta descrito na peça; 
 Este recurso esta presente no juizado de 1º e 2º grau; 
 
 Ver o informativo 770 do STF: 
 No caso em questão o juiz aplicou o emanatio; 
 No caso de reformatio in pejus, tem que ver os demais efeitos da condenação e não 
somente a pena; 
 
 
 Fundamentação Jurídica: 
 Artigo 383 do CPP: 
Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, 
poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de 
aplicar pena mais grave. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
§ 1o Se, em consequência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de 
proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o 
disposto na lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
§ 2o Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão 
encaminhados os autos. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
 
 
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6. Mutatio: 
 Características: 
 O fato não esta narrado ou não tem fato narrado; 
 Este recurso esta presente no juizado de 1º grau, sumula 453 do STF; 
 
 
 Fundamentação Jurídica: 
 Artigo 384 do CPP: 
Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição 
jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou 
circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público 
deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta 
houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindose a termo o 
aditamento, quando feito oralmente. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
§ 1o - Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento, aplicase o art. 
28 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
§ 2o - Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e admitido o 
aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das partes, designará dia e hora 
para continuação da audiência, com inquirição de testemunhas, novo 
interrogatório do acusado, realização de debates e julgamento. (Incluído pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
 
§ 3o Aplicamse as disposições dos §§ 1o e 2o do art. 383 ao caput deste artigo. 
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
§ 4o Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, no 
prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do 
aditamento. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
§ 5o Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá. (Incluído pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
 
 
 Observação do “Ementatio” e “Mutatio”: 
 
 Se depois e aplicada as regras dos artigos 383 3 384 do CPP, se houver uma nova definição do 
crime, fugir da competência do juiz, remete-se os autos ao juiz competente; 
 
 Desclassificação: 
 Se da ao termino da 1ª fase do júri, o juiz remete os autos ao juiz competente (vara 
criminal); 
 Se acontecer no termino da 2ª fase do júri, o juiz aplica a pena, e não remete os autos para a 
vara criminal. 
 
 O MP narra um fato de crime doloso, ai o juiz entende que não é um fato doloso e sim o fato 
culposo, esse caso é Ementatio ou mutatio? 
 É caso de mutatio, o fato narrado errado (não tem fato narrado); 
 
 O MP narra um fato culposo de negligencia (negligencia, imprudência ou imperícia), o juiz entende 
que houve culpa mais a modalidade de imprudência (pois o fato já esta narrado), esse caso é 
Ementatio ou mutatio? 
 
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 É caso de Ementatio, já tem fato narrado; 
 
 O MP narra do fato dolo eventual (embriaguez ao volante), o juiz entende que e culpa consciente, 
esse caso é Ementatio ou mutatio? 
 É ementatio, pois o fato esta narrado, porem vai sair de dolo para culpa; 
 
 Importante: no caso da mutatio de houver discordância entre o juiz e o MP, o juiz aplica o artigo 28 
do código penal: onde o processo é enviado ao procurador, onde analisar se juiz ou MP tem razão. 
 
 
 
7. Fundamentação Jurídica: 
 A partir do artigo 381do Código de Processo Penal: 
 
Art. 381. A sentença conterá: 
I - os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias para 
identificá-las; 
II – a exposição sucinta da acusação e da defesa; 
III – a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão; 
IV – a indicação dos artigos de lei aplicados; 
V – o dispositivo;VI – a data e a assinatura do juiz. 
 
Art. 382. Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que 
declare a sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambigüidade, 
contradição ou omissão. 
 
 
 
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 Premissas 
Procedimento do Júri 
 
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 Procedimento do Júri. 
 
 
1. Premissas dos procedimento do tribunal do júri: 
 
 Competência do tribunal do júri: 
 Crimes dolosos contra a vida: 
 Conexos; 
 Consumados ou tentados; 
 Latrocínio não é tribunal do júri. 
 
 Fundamentação: 
 Art. 5º, XXXVIII da CF 
 
 
 
 Plenitude da defesa: 
 Vai alem da defesa ampla; 
 Exemplo: de usar como prova uma carta psicografada por um médio; 
 
 Princípios: 
 
 
 
 Sigilo das votações: 
 Relativizando uma regra constitucional: 
 Todas as regras do tribunal do júri são publicas; 
 As decisões dos jurados são em uma sala secreta; 
 
 Regra importante: 
 Foi modificada em 2012; 
 A contagem dos votos não é mais totalmente contabilizada; 
 Art. 483, parágrafo 1º e 2º CPP 
 
 
 Fundamentação: 
 Art. 93, IX da CF 
 
 
 Soberania dos vereditos: 
 A decisão é soberana, não cabendo apelação ao TJ para apreciar o mérito; 
 O TJ pode analisar a legalidade da decisão do tribunal do júri, o principio de soberania dos vereditos 
é relativo, pois pode anular o julgamento e determina outro julgamento. 
 
 Revisão criminal: 
 Só acontece pro réu – ajudar o réu; 
 Quando aparecer provas substancialmente novas (não são provas que não estava nos autos), 
capaz de mudar a verdade dos fatos; 
 O TJ pode absorver o réu; 
 
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 Se as novas provas apresentadas, conclui que o crime deve ser qualificado e não simples, 
nada se faz. 
 
 
 Observação: 
 Quando os jurados desclassifica o crime, ou seja, em um julgamento de um crime de 
tentativa de homicídio, os jurados entende que foi uma lesão corporal, ai o juiz pode 
condenar pelo entendimento dos jurados de forma fundamentado ou remeter para a vara 
criminal; 
 
 Fundamentação: 
 
 
 
 Prazos dos procedimentos do tribunal do júri: 
 
 
 
 
2. Fluxograma da 1ª da fase dos procedimentos do júri: 
 
 1º - Passo: 
 Denúncia; 
 
 2º - Passo: 
 Juiz recebe a denuncia 
 
 3º - Passo: 
 Citação do réu 
 
 4º - Passo: 
 Resposta a acusação 
 
 5º - Passo: 
 Replica do MP 
 Art. 409 do CPP 
 Tem um prazo de 05 dias 
 
 6º - Passo: 
 Instrução de debates e julgamentos; 
 OBS: Os memoriais de defesa sejam dispensados 
 E por fim a Decisão; 
 
 7º - Passo: 
 Pronúncia: 
 Cabe rese 
 Art. 581 do cpp 
 
 Desclassificação: 
 Cabe Rese 
 
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 Abs sumária: 
 Cabe apelação 
 
 Impronúncia: 
 Cabe apelação 
 
 
3. Decisões na 1ª da fase dos procedimentos do júri (7º - Passo): 
 
 Desclassificação: 
 É quando não há crime doloso contra a vida; 
 Vai existir o crime: contra o patrimônio, etc. 
 O recurso cabível é o RESE; 
 Remete os autos ao juiz competente; 
 OBS: 
 Desclassificação em plenário – 2ª fase: próprio juiz aplica a pena, ou seja, os autos não são 
remetidos a outro juízo. 
 
 Fundamentação: 
 Art. 419 do CPP: 
Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discordância com a acusação, da 
existência de crime diverso dos referidos no § 1o do art. 74 deste Código e não for 
competente para o julgamento, remeterá os autos ao juiz que o seja. (Redação 
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
Parágrafo único. Remetidos os autos do processo a outro juiz, à disposição deste 
ficará o acusado preso. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
 
 Impronúncia: 
 Tem que ser fundamentada; 
 Não faz coisa julgada material, ou seja, se tiver novas provas que comprovem a materialidade de 
autoria; 
 Pro societate; 
 Prazo é de até a extinção da punibilidade. 
 Recurso cabível é a apelação; 
 
 Fundamentação: 
 Art. 414 do Código de Processo Penal: 
Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios 
suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, 
impronunciará o acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser 
formulada nova denúncia ou queixa se houver prova nova. (Incluído pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
 
 
 
 
 
 
 
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 Pronúncia: 
 
 Características: 
 É um juízo de admissibilidade; 
 Encerra a 1ª fase do júri e inaugura a 2ª fase tribunal do júri; 
 Deve ser motivada; 
 Se o juiz ficar na dívida, deve o juiz pronunciar; 
 A pior situação do réu é a pronuncia; 
 
 In dúbio: 
 Se o juiz tiver na duvida in dúbio pro societate; 
 
 Conteúdo da pronuncia: 
 Deve conter: 
 Tipo penal e suas qualificadoras (novo tipo penal trazendo nova pena); 
 Causas de aumento de pena (é um aumento em fração na pena); 
 Decisão sobre prisão ou liberdade; 
 
 Não deve conter: 
 Agravantes; 
 Atenuantes; 
 Causas especificas de diminuição de pena; 
 
 Eloquência acusatória: 
 Juiz deve se ater aos aspectos técnicos, para apontar tão somente os indícios de autoria e 
materialidade da conduta do agente; 
 Não cabe atacar o mérito nem fazer juízo de valor, pois assim é o que a doutrina chama de 
eloquência acusatória; 
 A eloquência acusatória causa nulidade da decisão de pronúncia; 
 
 Analise de cognição sumária: 
 Difere da cognição plena; 
 
 Cognição sumária: 
 O juiz deve se ater aos aspectos técnicos de autoria e materialidade; 
 Se o juiz ficar na dívida, deve o juiz pronunciar; 
 
 Cognição Plena: 
 É feita pelos jurados e ataca o mérito; 
 
 Motivação da pronuncia: 
 Se o juiz ficar na dívida, deve o juiz pronunciar, assim cabe aos jurados fazer juízo de valor 
no pelo do júri; 
 Deve ser fundamentada; 
 
 Preclusão da decisão de pronuncia: 
 A matéria rejeitada na pronuncia, via de regra, não pode mais ser discutida em plenário; 
 Exemplo: o MP pede homicídio qualificado, ai o juiz entende que é homicídio simples. 
 Observações: 
 
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 Pode acontecer a preclusão pro judicato: Quando o juiz deixa de avaliar a matéria de 
acusação; 
 A preclusão não se aplica para a defesa, ou seja, os argumentos que não foram 
aceitos na denuncia podem serem aceitos no plenário do júri. 
 Mesmo após a preclusão da pronuncia, os autos devem ser encaminhado ao MP para 
ser feito nova denúncia, Art. 421 do CPP: 
o Em que momento pode se aplicar este artigo? 
o Não tem posicionamento dos tribunais; 
o Pela doutrina entende que antes do julgamento em plenário. 
 
 Intimação da decisão da pronuncia: 
 Até 2008: 
 O réu só poderia ser intimado pessoalmente; 
 Se o réu não fosseencontrado, ocorria a crise de instância (doutrina), ou seja, 
suspensão do processo e suspensão da prescrição. 
 
 Atualmente: 
 A intimação continua sendo pessoal; 
 Porem se o réu não for encontrado, citação por edital; 
 Se o réu não apareceu, haverá o seu julgamento em plenário sem a presença do réu, 
ou seja, pode existir um julgamento sem a presença do réu? Pode sim, desde que ele 
tenha sido intimado por edital e não compareceu: 
o Artigo 420, parágrafo único: 
 HC 226.285/MT – é uma regra processual é aplicada a parti de sua 
publicação, então é aplicado mesmo aos processos em andamento, 
ou seja, os processos que estavam acontecendo ate junho de 2008, 
entraram na nova regra. 
 INFO 537 - STJ 
 
 Fundamentação: 
 Art. 413, 420 e 421 do Código de Processo Penal: 
Seção II 
Da Pronúncia, da Impronúncia e da Absolvição Sumária 
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da 
materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de 
participação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
§ 1o - A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do 
fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o 
juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as 
circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena. (Incluído pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
 
§ 2º - Se o crime for afiançável, o juiz arbitrará o valor da fiança para a concessão 
ou manutenção da liberdade provisória. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
§ 3o - O juiz decidirá, motivadamente, no caso de manutenção, revogação ou 
substituição da prisão ou medida restritiva de liberdade anteriormente decretada e, 
tratando-se de acusado solto, sobre a necessidade da decretação da prisão ou 
 
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imposição de quaisquer das medidas previstas no Título IX do Livro I deste Código. 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
Art. 420. A intimação da decisão de pronúncia será feita: (Redação dada pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
I – pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e ao Ministério Público; 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
II – ao defensor constituído, ao querelante e ao assistente do Ministério Público, na 
forma do disposto no § 1o do art. 370 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 
2008) 
Parágrafo único. Será intimado por edital o acusado solto que não for encontrado. 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
Art. 421. Preclusa a decisão de pronúncia, os autos serão encaminhados ao juiz 
presidente do Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 1o - Ainda que preclusa a decisão de pronúncia, havendo circunstância 
superveniente que altere a classificação do crime, o juiz ordenará a remessa dos 
autos ao Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 2o - Em seguida, os autos serão conclusos ao juiz para decisão. 
 
 
 
 
 Absolvição sumária: 
 Provado a inexistência do fato, autor do fato; 
 
 Absolvição Sumária x Inimputabilidade: 
 Não confundir o art. 420 com art. 397 do CPP 
 Não absolvi sumariamente o inimputável; 
 Julga, podendo: 
 Absolvição por não autoria do crime, ou não teve crime; 
 Condenação: porem recebe a absolvição imprópria e aplica medida de segurança; 
 
 No tribunal do júri: 
 Fato 1: 
 Tese “inimputabilidade + legitima defesa”, não absolvi sumariamente pela a 
inimputabilidade, poderia por legitima defesa, se o juiz entender que não tem 
legitima defesa o juiz pronuncia e leva inimputável ao júri; 
 Fundamentação: Art. 415, IV do cpp 
 
 
 Fato 2 – 
 Tese só de inimputabilidade, ai aplica ... 
 
 Fundamentação: 
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: 
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
I – provada a inexistência do fato; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; (Redação dada pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
 
 
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III – o fato não constituir infração penal; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de2008) 
 
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. (Redação ada 
pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso 
de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do DecretoLei no 2.848, de 7 de 
dezembro de 1940 – Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva. 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
4. Fundamentação legal: 
 Art. 406 do Código de Processo Penal: 
 
CAPÍTULO II 
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
DO PROCEDIMENTO RELATIVO AOS PROCESSOS DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL 
DO JÚRI 
Seção I - Da Acusação e da Instrução Preliminar 
 
Art. 406. O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado 
para responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
§ 1o O prazo previsto no caput deste artigo será contado a partir do efetivo 
cumprimento do mandado ou do comparecimento, em juízo, do acusado ou de 
defensor constituído, no caso de citação inválida ou por edital. (Redação dada pela 
Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 2o A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), na denúncia 
ou na queixa. 
§ 3o Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo que interesse 
a sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas 
e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), qualificando-as e requerendo sua 
intimação, quando necessário. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008). 
 
 
 
5. X 
6. X 
7. X 
8. X 
9.

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