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cerâmica. Criação arte como tendencia.

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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC 
 
CURSO DE ARTES VISUAIS 
 
 
 
 
 
ALINE ROSSA 
 
 
 
 
 
CERÂMICA 
O OLHAR DA CRIAÇÃO: ARTE COMO TENDÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRICIÚMA, JULHO DE 2009 
ALINE ROSSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CERÂMICA 
O OLHAR DA CRIAÇÃO: ARTE COMO TENDÊNCIA 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado 
para obtenção do grau de Aline Rossa no curso 
de Artes Visuais da Universidade do Extremo 
Sul Catarinense, UNESC. 
 
Orientador: Prof. João Luiz Silva Rieth. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRICIÚMA, JULHO DE 2009 
 
 
 2 
 
ALINE ROSSA 
 
 
 
 
CERÂMICA 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado pela 
Banca Examinadora para obtenção do Grau de 
Aline Rossa, no Curso de Artes Visuais da 
Universidade do Extremo Sul Catarinense, 
UNESC, com Linha de Pesquisa em Cerâmica. 
 
 
Criciúma, 01 de julho de 2009. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Prof. João Luiz Silva Rieth – Msc. Design Industrial - Orientador 
 
Prof. Rildo Ribeiro - Especialista - (UNESC) 
 
Prof. Margarete Oliveira – Arquiteta e Urbanista – (ULBRA) 
Mestrado em Gerenciamento Urbano – (ULBRA) 
Mestrado em Engenharia Ambiente e Materiais (ULBRA) 
 
 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho de pesquisa à minha 
família, amigos e as pessoas que estiveram 
presentes de forma especial em minha vida. 
Que me ajudaram, apoiaram e incentivaram 
a concretizar meus sonhos. 
 
 4 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço primeiramente a Deus pelas oportunidades, e diante delas me 
iluminou na caminhada. 
Agradeço também a minha família que se faz sempre presente de forma 
especial, me dando força, coragem, muito carinho e apoio nos momentos que 
preciso. Meus pais a quem sou eternamente grata a minha existência, e por 
absolutamente tudo o que sou. A minha irmã querida e bem humorada, que sempre 
posso contar. 
A todos os meus amigos que conheci neste percurso universitário, que 
mudaram meu jeito de pensar, me ajudando com sua inteligência, carinho e 
momentos de descontração, sempre mostrando o real sentido da amizade; 
tornaram-se essenciais para mim. 
Aos professores e mestres, que passaram seu saber de forma clara, 
deixando o relacionamento “aluno x professor” ir além do profissional, fortificando os 
laços fraternais. 
Agradeço a todos que passaram em minha vida durante este percurso 
universitário, que mesmo sem saber me ensinaram muito. 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O verdadeiro conhecimento, como 
qualquer outra coisa de valor, não é para ser 
obtido facilmente. Deve-se trabalhar por ele, 
estudar por ele, e mais que tudo, rezar por 
ele.” 
Thomas Arnold 
 
 6 
 
RESUMO 
 
 
Este trabalho de conclusão de curso apresentará uma breve história da cerâmica e 
sua evolução dentro das civilizações, características técnicas e produtivas da 
mesma. Os fatores que um designer deve levar em conta para elaboração de um 
projeto; o desenvolvimento de uma linha cerâmica com embasamento em um 
período artístico. 
 
 
Palavras-chave: CERÂMICA. ARTE. DESIGN. 
 
 
 7 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Figura 1 – Vaso artesanal: Cultura Jomon.................................................................17 
Figura 2 – Soldado do exército terracota...................................................................18 
Figura 3 – Soldados do exército terracota.................................................................18 
Figura 4 – Exército terracota: Túmulo do Imperador Chi-Huandi-di...........................18 
Figura 5 – Cerâmica Marajoara 19,9x14,1.................................................................19 
Figura 6 – Tanga de cerâmica....................................................................................19 
Figura 7 – KYLIX – Peça grega com figuras vermelhas.............................................21 
Figura 8 – CANTÂRO: Cerâmica Chinesa de queima em alta temperatura..............22 
Figura 9 – Fases do processo produtivo: via úmida e via seca..................................25 
Figura 10 – Tabela PEI...............................................................................................27 
Figura 11 – Processo de fabricação: via úmida e mono queima...............................28 
Figura 12 – Anúncio do Livre d’ Ornements de Meissonnier do Mercure de France, a 
primeira série de gravuras ornamentais de caráter inteiramente rococó a ser 
publicada na França...................................................................................................37 
Figura 13 – Estilo rococó: Interior of the Wieskirche..................................................38 
Figura 14 – Interior de Igreja estilo rococó.................................................................39 
Figura 15 – “O baloiço” – Jean Honoré Fragonard....................................................40 
Figura 16 – Ornamentos Rococó...............................................................................41 
Figura 17– Cadeira estilo rococó................................................................................41 
Figura 18 – Mobília estilo rococó................................................................................42 
Figura 19 – Nude on Sofá – François Boucher..........................................................45 
Figura 20 – Linha Rocaille..........................................................................................52 
Figura 21 – Linha Rocaille..........................................................................................52 
Figura 22 – Capa Catálogo........................................................................................56 
Figura 23 – Catálogo página 1...................................................................................57 
Figura 24 – Catálogo página 2 ..................................................................................57 
Figura 25 – Catálogo página 3...................................................................................58 
Figura 26 – Catálogo página 4...................................................................................58 
Figura 27 – Catálogo página 5...................................................................................59 
Figura 28 – Rocaille Rosa Pastel Matte (parede) Retificado 33x66...........................60 
Figura 29 – Rocaille Rosa Pastel Matte 2 (parede) Retificado 33x66........................60 
 
 8 
 
Figura 30 – Rocaille Azul Matte (parede) Retificado 33x66.......................................60 
Figura 31 – Rocaille Azul Matte 2 (parede) Retificado 33x66....................................60 
Figura 32 – Rocaille Branco Liso (parede) Retificado 33x66.....................................61 
Figura 32 – Rocaille Branco Liso (piso) Retificado 33x33..........................................61 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
ANFACER – Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica. 
PEI- Porcelain Enamel Institute (Instituto de Esmalte para Porcelana), índice que 
mede a resistência à abrasão superficial. 
 
 
 10 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................1111.1. TEMA .........................................................................................................13 
1.2. PROBLEMA ..............................................................................................13 
1.3. OJETIVOS ................................................................................................13 
1.3.1. Objetivo Geral................................................................................13 
1.3.1. Objetivo Específico .......................................................................13 
1.4. QUESTÕES NORTEADORAS .................................................................14 
2. METODOLOGIA ..................................................................................................15 
3. CERÂMICA ..........................................................................................................16 
3.1. HISTÓRIA DA CERÂMICA ......................................................................16 
3.2. CERÂMICA NO BRASIL ..........................................................................18 
3.3. EVOLUÇÃO DA TÉCNICA .......................................................................20 
3.4. REVESTIMENTO CERÂMICO ..................................................................23 
4. DESIGN ................................................................................................................29 
4.1. DESIGN DE SUPERFÍCIE ........................................................................30 
4.2. FUNDAMENTOS DO DESIGN DE SUPERFÍCIE .....................................31 
5. ARTE ....................................................................................................................34 
5.1. ROCOCÓ ..................................................................................................36 
5.2. ESTILO LUÍS XV ......................................................................................42 
5.2.1. PREPARAÇÃO (1715 – 1730) .......................................................43 
5.2.2. EXPANSÃO ( 1730 – 1750) ...........................................................44 
5.2.3. REAÇÃO (1750 – 1774) ................................................................46 
6.PROJETO .............................................................................................................48 
6.1. PROCESSO DE CRIAÇÃO DA LINHA ....................................................48 
6.2. CONCEITO DA LINHA .............................................................................50 
6.3. LINHA DE REVESTIMENTO CERÂMICO: ROCAILLE ...........................51 
7. COCLUSÃO .........................................................................................................52 
REFERÊNCIAS.........................................................................................................53 
ANEXO .....................................................................................................................55 
 
 
 11 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
A cerâmica é uma antiga atividade. Surgiu quando o homem começou a 
utilizar o barro endurecido pelo fogo, e deste processo ocorreram multiplicação e 
lapidação da técnica que continua evoluindo até hoje. 
Quando descoberta e trabalhada, a cerâmica passou a possuir estilo 
próprio dentro de cada civilização; cada qual desenvolveu técnicas que pudessem 
atender melhor suas necessidades, utilizando-a em utensílios domésticos 
substituindo a madeira, o coco e outros materiais que possuíam tempo de vida útil 
menor. Hoje, temos a cerâmica como material utilizado para dar acabamento à 
superfícies. Destacam-se os pisos, azulejos, listellis, mosaicos e pastilhas. A linha 
produtiva de revestimentos cerâmicos possui atividades de produção em massa. 
Essas atividades no Brasil geralmente são realizadas internamente nas empresas 
cerâmicas, já na Itália e Espanha, são efetuadas em fornecedores especializados, o 
que permitem que as empresas de cerâmica direcionem seu processo de produção 
no acabamento qualificando-o e investindo muito em seu design. 
Geralmente as empresas cerâmicas possuem um setor de design 
específico apenas no desenvolvimento de superfícies, estudos de tendências e 
materiais que possam traduzir com qualidade o que está em alta no mercado. Assim 
direcionam a criação de acordo com o público alvo a ser atingido e suas 
necessidades, aliando isso a características técnicas que possam supri-las. 
Trabalhando os acabamentos de superfície de acordo com esse direcionamento, os 
acabamentos enriquecem ainda mais a criação: o fosco, o brilho, o lapado (com 
brilho apenas em alguns pontos da peça), escovados entre outros, podendo ser 
trabalhado juntamente com o rejunte na hora do assentamento, destacando ou 
padronizando a paginação. As cerâmicas que possuem junta menor, são aquelas 
com acabamento retificado (garante uniformidade nos tamanhos das peças), o bold 
seria o acabamento comum, sem corte. 
O interesse por esse desenvolvimento da cerâmica surgiu porque ele vem 
se lapidando de acordo com a evolução do homem, ele relata épocas vivenciadas 
por uma sociedade, e hoje além de funcional se estende à parte decorativa. 
O objetivo neste trabalho é buscar a arte como tendência, se 
desvinculando do método que atualmente vem sendo utilizado: o da criação em 
 12 
 
forma de design processual, seguindo as tendências buscadas nos grandes núcleos 
de moda, feiras de móveis tecidos entre tantos outros. 
 
 
 
 13 
 
1.1. TEMA 
 
 
Cerâmica – O Olhar da Criação: Arte Como Tendência 
 
 
1.2. PROBLEMA 
 
 
De que forma utilizar a arte como tendência? 
 
 
 1.3. OBJETIVOS: 
 
 1.3.1 Objetivo Geral 
 
 
Analisar até onde a arte pode ser utilizada como tendência, direcionando 
o processo criativo do design de superfície. 
 
1.3.2 Objetivo Específico 
 
 
- Analisar qual o papel da estética no design de superfície; 
- Compreender o modo em que são buscadas as tendências; 
- Identificar a forma que a arte pode estar sendo vinculada a tendência, ou 
interferindo na mesma como forma de design; 
- Conhecer traços e linhas e identificar o que mais se enquadra dentro de 
cada processo criativo; 
- Vincular um período artístico que traduza o caráter da linha formulada; 
- Vincular arte e design; 
 
 
 
 
 
 
 14 
 
1.4. QUESTÕES NORTEADORAS 
 
 
- O que é tendência? 
- De onde vem as tendências? 
- Como surgiu o design? 
- Como se dá o processo criativo? 
- Que valores devem ser atribuídos a um produto? 
- Design é só estética? 
- Quais os acabamentos que podem ser utilizados na cerâmica? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
 
 
2. METODOLOGIA 
 
 
Esta pesquisa, “ Cerâmica: O olhar da criação: arte como tendência”, será 
vinculada em processos e poéticas; se discorrerá de forma aplicada, desenvolvida 
em uma abordagem qualitativa, para melhor análise do problema apresentado. 
 
As pesquisas que se utilizam da abordagem qualitativa possuem a 
facilidade de poder descrever a complexidade de uma determinada 
hipótese ou problema, analisar a interação de certas variáveis, 
compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por grupos 
sociais, apresentar contribuições no processo de mudança, criação ou 
formação de opiniões de determinado grupo e permitir, em maior grau de 
profundidade, a interpretação das particularidades dos comportamentos ou 
atitudes dos indivíduos. (OLIVEIRA; SILVIO LUIZ, 1999, p.117). 
 
 
A abordagem implicará em uma correlação entre o mundo e o sujeito, ou 
seja: o objetivo e subjetivo. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados, 
e o pesquisador se faz a peça principal da pesquisa. 
Para analisar o processo criativo daestética utilizado no design de 
superfície e compreender o modo em que são buscadas as tendências, torna-se 
indispensável a pesquisa exploratória; esta que interroga-se para coletar 
informações e descrever características que tornam esses processos mais claros. 
Com levantamento bibliográfico, com base em materiais já elaborados. Visando 
reconhecer como é tido hoje o processo de criação de superfície cerâmica. 
 
Análise de Conteúdo. Quando se preocupa com as idéias emitidas, cujo 
material se encontra em livros, revistas, jornais, filmes, peças de teatro, 
discurso, cartazes [...] (LAKATOS E MARCONI, 1990, p.118). 
 16 
 
3. CERÂMICA 
 
 
A cerâmica está dentre as atividades artísticas desenvolvidas pelo homem 
em sua escala evolutiva. Possuí composição a base de argila e outros materiais 
orgânicos, o que a lhe atribui plasticidade estrutural, dando maleabilidade para 
aplicar formas desejadas. 
Com a descoberta do fogo, o homem começou a utilizar-se da queima do 
material, aderindo ao mesmo características de durabilidade. Desenvolvera-se então 
dentro de cada civilização suas técnicas e utilidades próprias. Seus destinos 
abrangiam relatos de cenas do cotidiano, uso em utilidades domésticas, fins 
religiosos, ornamentos decorativos, entre outros. 
Hoje temos no mercado a técnica muito desenvolvida, que abrange além 
dos segmentos acima citados o mercado de revestimento com alta competitividade. 
 
 
 
3.1. HISTÓRIA DA CERÂMICA 
 
 
A história da cerâmica está totalmente ligada com a história da 
humanidade e sua evolução, a indústria cerâmica é considerada por alguns 
estudiosos a mais antiga das indústrias. 
Um marco importante na história da civilização foi à descoberta do fogo. 
Com a descoberta veio também à lapidação da técnica agregando alguns valores a 
mesma. 
O homem descobriu que o fogo possuía capacidade de alterar 
profundamente as características dos materiais submetidos ao seu calor. Passou 
então a utilizar destas propriedades térmicas para alterar as características da argila, 
dando a ela formas, gerando produtos necessários para sua vida. No inicio quando o 
homem saiu das cavernas, deixando de ser nômade, passando a viver da 
agricultura. Houve a necessidade de guardar os alimentos, água e as sementes por 
ele usadas nas plantações. Logo, a cerâmica foi de extrema importância. O homem 
dava forma à argila e depois submetia ao calor do fogo, gerando assim as vasilhas e 
vasos para estocar estes alimentos. 
 17 
 
O que se sabe, com total rigor histórico, é que, a partir do período neolítico, 
aparecem fragmentos de cerâmica a demonstrar, de forma inequívoca, a 
presença humana. Poder-se-á dizer, por isso, que o homem começou a 
“escrever”, no barro, a sua própria História. (COSTA, 2000, p.9). 
 
A cerâmica é de origem muito antiga, de acordo com estudiosos e 
levantamentos arqueológicos, há vestígios de cerâmica em diversas culturas. 
No Japão, as peças mais antigas foram encontradas a mais de oito mil 
anos atrás, em lugares ocupados pela cultura Jomon. 
 
Figura 1 – Vaso artesanal: cultura Jomon. 
Fonte: Livro História Ilustrada das Antiguidades Vip, p. 407 
Pouco antes do final do período Neolítico, (período que compreendeu 
aproximadamente entre 26.000 a.C. e 5.000 a.C.), a técnica de manufatura cerâmica 
além do Japão, se difundiu pela Ásia e Europa. 
No Egito, a cerâmica possui mais de cinco mil anos, a cerâmica egípcia 
era muito utilizada para fins religiosos, como o armazenamento de perfumes, óleos e 
essências. 
Na China, foi encontrado o túmulo do imperador Chi-Huand-di, ele nasceu 
aproximadamente no ano 240 a.C., para decoração de seu túmulo foram feitas 
replicas de um exercito de soldados em tamanho real, em cerâmica terracota. 
 18 
 
 
Figura 2 – Soldado do exército terracota 
Fonte: http://bethccruz.blogspot.com/2009/02/exercito-de-terracota-sitio.html 
 
Figura 3 – Soldados do exército terracota Figura 4 – Exército terracota: 
Fonte: http://bethccruz.blogspot.com/2009/02/exercito-de-terracota-sitio.html Túmulo do Imperador Chi-Huand-di 
 Fonte: http://www.girafamania.com.br/asiatico/china-soldados.htm 
 
Com o passar dos anos as técnicas de manuseio e uso da cerâmica 
foram evoluindo dentro de cada cultura, onde cada qual acabara por desenvolver um 
estilo próprio, a cerâmica passou a ter então características únicas dentro de cada 
civilização. 
 
3.2. CERÂMICA NO BRASIL 
 
Quando Cabral chegou ao Brasil os índios aborígines já haviam firmado 
aqui seu trabalho com cerâmica. Os portugueses que vieram ao Brasil apenas 
 19 
 
qualificaram e concentraram a mão de obra que aqui existia, montando estruturas 
como as olarias, agilizando e enriquecendo este trabalho. 
Segundo estudiosos, a cerâmica no Brasil teve origem na ilha de Marajó, 
que é constituída por uma planície aluvial, ou seja, quase completamente inundada 
pelas cheias anuais. Conhecida como cerâmica marajoara, a cerâmica produzida na 
ilha de Marajó possuía alta especialização manual. Para o feitio das peças eram 
utilizadas técnicas como raspagens, incisões, excisões e pintura. 
A cerâmica marajoara tem sua origem fundamentada na cultura indígena. 
Alguns estudiosos, porém, constatam vestígios de uma cerâmica mais simples na 
Amazônia por volta de cinco mil anos atrás. 
Possuindo riqueza nos detalhes e exuberância nas cores, na cerâmica 
marajoara sua estrutura era quase sempre antropomorfa, ocorriam alguns modelos 
em relevo em forma de cobras e lagartos, porém destacavam-se os objetos de 
cerâmica como: vasos, instrumentos de utensílios como as colheres, adornos para o 
corpo, entre outros. 
 
Figura 5 – Cerâmica Marajoara: replica de peça com aproximadamente 1400 anos de idade. 
Fonte: http://www.marajoara.com/Ceramica.html 
 
Figura 6 – Tanga de cerâmica 19,9x14,1. 
Fonte: Livro, Viagem pela arte brasileira, p. 14 
 
 20 
 
Na idade da Pedra e do Bronze, não existiam tornos, e mesmo 
desconhecendo este, operando com técnicas rudimentares, os índios conseguiam 
produzir um produto cerâmico de alto valor, superando toda esta “primitividade” da 
época. 
Com a chegada dos portugueses, a produção cerâmica prosperou pois 
foram instalados olarias em engenhos, colégios e fazendas jesuítas. Toda produção 
era voltada para telhas, tijolos e utensílios utilizados diariamente. Um marco muito 
importante nesta fase foi o uso do torno, que se instalou e foi muito bem aceito 
principalmente na faixa litorânea. No interior, nota-se a permanência da prática 
manual. O uso do torno facilitou os trabalhos dando maior simetria e acabamento em 
menor escala de tempo. 
 
3.3. A EVOLUÇÃO DA TÉCNICA 
 
A história da cerâmica esta muito ligada e até mesmo se confunde com a 
própria história da civilização. 
A arte da cerâmica evoluiu e prosperou juntamente com os povos, 
refletindo nas formas e cores a culturas destes. Os primeiros vestígios cerâmicos 
possuem decorações de acordo com a rotina diária desses povos, refletindo nela 
desenhos de caça, pesca, lutas e os animais entre tantos outros. Graças a essa 
escala evolutiva que contou com a ajuda de todos os povos, podemos ver 
claramente e usufruir desta evolução ainda hoje. 
Da idéia de queima utilizada pelo calor do sol, o homem criou e hoje 
possui os fornos que facilitam a secagem e aderem resistência aos produtos. 
Hoje o mercado cerâmico é muito amplo, e esta em todas as partes, 
desde o pequeno artesão até as grandes indústrias que produzem em vasta escala, 
dando caráter comum e ao mesmo tempo artístico a argila. 
 
Quando a máquina se introduziu entre o homem e o barro marcou a 
separaçãoirreversível entre o artesanato e a indústria. A íntima ligação 
entre o barro e o oleiro, esta interpretação sensorial-intuitiva, inexplicável à 
luz da ciência, ao atingir a zona do afetivo é o que, em verdade, se poderá 
chamar a alma de toda atividade artesanal. (COSTA, 2000, p.10). 
 
 21 
 
A cerâmica desde muito cedo estava diretamente associada à estética, 
pois seu destino quase sempre era o comércio, com exceção dos tijolos e telhas 
muito utilizados desde a antiguidade na Mesopotâmia. 
Em 2000 a.C., no Mediterrâneo, foi criado a “rodadeira”, uma roda de 
madeira proveniente de acessórios que permitia rodá-la dando acabamento uniforme 
a superfície dos vasos cerâmicos. 
A Grécia durantes muitos anos destacou-se na produção das melhores 
peças cerâmicas do Mundo Mediterrâneo. Seus vaseiros de Atenas e Samos 
decoravam a cerâmica de uma forma delicada, onde predominavam o fundo negro 
ou azul e os desenhos escarlates. 
 
Figura 7 - KYLIX – Peça grega com figuras vermelhas c. 520 a.C 
Fonte: Livro, História ilustrada das antiguidades Vip, p. 392 
 
Os chineses desde a metade do terceiro milênio a.C., criavam objetos de 
design, com esmaltes e pinturas. Eles foram os precursores do caulim (finíssimo pó 
branco), que permite a fabricação de vasos leves e translúcidos, sobre esta técnica é 
criada a porcelana. Com o uso da porcelana a cerâmica elevou seu nível de 
qualificação. 
Uma extrema vivacidade da cor e uma grande diversidade de motivos 
decorativos percorrem, com efeito, os bojudos vasos chineses, que tanto 
fazem lembrar da Oceania, tão grande é a capacidade imaginativa de que 
esta decoração, transformando-se sem limites a partir de um universo 
artístico inteiramente recriado, dá provas. (COSTA, 2000, p.10). 
 
 22 
 
 
 
Figura 8 - CANTÂRO – Cerâmica Chinesa de queima em alta temperatura 
Fonte: Livro, História ilustrada das antiguidades Vip, p. 393 
Na Itália, os etruscos fabricavam vasos com poucos desenhos 
ornamentais, cores vivas e brilhantes em sua esmaltação, em meados do segundo 
milênio a.C. dando procedência até à idade média. No começo do renascimento, os 
produtos manufaturados estão em Gubbio, Faenza, Volterra, Montelupo e Deruto. 
Cada uma destas cidades desenvolveu e manteve seu próprio estilo de criação e 
fabricação das peças. 
A cerâmica, tanto de uso comum como artístico, é produzida hoje por toda 
parte, seja em grandes estabelecimentos, ou por pequenos artesãos. Os 
sistemas são fundamentalmente os mesmos, mas é inegável que a 
experiência técnica adquiriu tamanha perfeição, que permite resultados 
extraordinários. (ANFACER). 
 
Hoje a cerâmica passa a ter mais que um caráter decorativo, deixa as 
obras monumentais e passa a ser de uso comum na sociedade, nos revestimentos 
residenciais, comerciais e fachadas. 
A cerâmica para revestimento é utilizada na parte de finalização da obra, 
dando o acabamento necessário à superfície. A cerâmica possui níveis de absorção 
de água, através do grau deste, o seu uso é direcionado. Aquelas com maior grau 
de absorção, são utilizadas para uso de revestimento de parede, os azulejos, já os 
pisos requerem menor grau de absorção de água e maior resistência mecânica. 
Uma linha completa de cerâmica possui em sua estrutura os pisos, 
azulejos, pastilhas, ladrilhos, listellis e mosaicos. Estes no mercado competem 
diretamente com os revestimentos de madeira, mármores, granitos e papéis de 
parede. 
 23 
 
Os países que se destacam na produção de cerâmica a nível mundial 
são: China, Itália e Espanha, ficando para o Brasil a quarta posição. A China tem 
sua produção voltada para o mercado interno com produtos de baixo valor 
agregado, e hoje abre espaço para exportação com o grés porcelanato Chinês. A 
Itália é um país que investe em design e qualidade, agregando valor ao produto final, 
ficando com a segunda posição mundial. Já a Espanha é o terceiro país, e também 
segue a linha de investimento, dando aos produtos maior valor. O Brasil possui a 
sua maior parte de produção, principalmente na região de Santa Catarina e São 
Paulo. 
O design ainda hoje é baseado na “cópia” das tendências internacionais. 
Os produtos são lançados e se disseminam no mercado; os profissionais buscam 
nestas tendências e adaptá-las ao gosto brasileiro. Segundo RUBIM (2005, p.50 à 
52) O Design de Superfície na área de cerâmica requer outro tipo de formação do 
designer. Existem muitas indústrias nessa área no Brasil, que vão desde as de 
grande porte até as micro-empresas. Produzem materiais para revestimento, tais 
como azulejos, pisos e outros. É um mercado bastante competitivo. Mesmo assim, 
um design mais caracteristicamente brasileiro é muito pouco explorado. Ainda se 
valoriza muito o “gosto” europeu. É uma pena que não tenha até agora surgido o 
equivalente ao “know-how do biquíni brasileiro” nesse sentido. Há sem dúvida, uma 
exploração à altura do nosso potencial. Para KOTLER (2005, p 30) Empresas de 
sucesso devem praticar a observação de tendências e o planejamento de cenários. 
Nunca será prejudicial identificar tendências e especular sobre suas implicações 
para a empresa. As empresas também podem se beneficiar imaginando diferentes 
cenários futuros e planejando respostas para eles. Empresas inteligentes poderão 
nomear uma pessoa ou um grupo para monitorar tendências e testar cenários. 
A estrutura produtiva de revestimentos cerâmicos tem como seus 
principais aliados, a mineração, produção da massa, fabricação, construção civil e o 
fornecimento de insumos sintéticos: os esmaltes, fritas, corantes e pigmentações. 
 
 
 
 
3.4. REVESTIMENTO CERÂMICO 
 
As cerâmicas de revestimentos nasceram com as primeiras civilizações. 
 24 
 
A palavra azulejo origina-se do árabe, que contém a idéia de pedra lisa e 
escorregadia. Os etimologistas concordam quanto à origem persa da palavra azul, 
que veio da Mesopotâmia e define uma pedra semipreciosa, com uma forte 
coloração: o lápislazúlli. Esta idéia de coloração azul, lhe dá qualidades decorativas 
ao mesmo. 
Produzido a partir de matérias primas naturais como argilas e outros 
minerais, os azulejos são placas pintadas em uma das faces, trazendo em seu verso 
cavidades que facilitam o assentamento. 
Os primeiros vestígios de azulejos davam-se de forma artesanal, com 
blocos de argila batidos e cortados em fôrmas, ou mesmo fabricados dentro de 
moldes. Durante o processo de secagem, a estrutura da forma sofria modificações; 
dando assim a cada peça um caráter único. Já os revestimentos feitos em máquinas, 
em sua totalidade recebem a mesma espessura, texturas e bitola (tamanho), os que 
possuem diferencial em uma mesma composição vem a ser de caráter proposital. 
A matéria prima, os elementos de desenvolvimento e a temperatura de 
queima são fatores de extrema importância, e definem o caráter de uma linha 
cerâmica e suas características técnicas. Os fornos artesanais geralmente possuem 
oscilações de temperatura em seu processo de queima, o que acarretam 
diferenciação na cor e textura. Os industriais mantêm uma temperatura constante 
evitando essa diferenciação. 
Os revestimentos cerâmicos podem ser classificados de acordo com o 
processo de preparação da massa, em via úmida e via seca. Na via úmida, ocorre a 
mistura das matérias-primas: materiais fundentes, argilas, talcos entre outros, estes 
são muidos e homogeneizados em moinhos de bolas, em meio aquoso; após 
passam pela secagem e granulação da massa em “spray dryer” o atomizador. Após 
ocorre a conformação, decoração e queima. Na via seca, o processo de moagem 
das matérias primas é feito à seco em moinhos, após, recebe uma leve umidificação 
para ser prensada. 
 25 
 
 
Figura 9 – Fases do processo produtivo – via úmida e via seca. 
Fonte: Artigo acadêmico: Cerâmica para revestimentos (GIORDINI, AnaPaula Fontenelle, at alii), p.246 
 26 
 
 
O esmalte cria uma “barreira” na superfície do revestimento, deixando-os 
assim com mais impermeabilidade, melhores características técnicas, e bom 
desempenho estético. O esmalte é aplicado em superfícies de revestimentos que já 
foram queimados em baixa temperatura, após a camada concebida é novamente 
submetido a queima. A temperatura aqui se faz de extrema importância, pois as 
peças queimadas em baixas temperaturas tornam o corpo do piso ou azulejo, 
conhecido como biscoito, um elemento que não entra em fusão com o esmalte; já 
em altas temperaturas o vidrado do esmalte se funde com o biscoito e assim a 
cerâmica adere mais resistência. 
Em 1980, difundia-se a idéia de os azulejos apresentarem características 
de absorção entre 10% e 20%, neste caso a expansão por umidade deveria ser alta 
e isso acabava gerando estufamentos em contato com a umidade e gretamento no 
esmalte, além do custo que as queimas repetitivas em uma mesma peça agregava 
ao produto, tornando inviável ao mercado. Estes problemas fizeram com que os 
revestimentos fossem substituídos por outros com menos porosidade. Após a 
evolução que ocorreu em 1990 no setor de desenvolvimento cerâmico, os 
revestimentos passaram a ser feitos em uma única queima, ou monoqueima, 
conhecidos também como produtos monoporosos. Uma técnica também hoje 
utilizada é a terceira queima, que consiste em criar efeitos decorativos sobre o 
esmalte já queimado, submetendo-o a queima em baixas temperaturas, utilizado 
como as pinturas metálicas e os relevos. 
Hoje a variedade de aplicação de cerâmica e ampla, destinando-se a 
revestimentos de pisos e paredes, áreas industriais, comerciais, fachadas e 
residências, se constitui de matérias primas argilosas e não-argilosas. Os argilosos 
apresentam variedade na composição da massa, a barbotina; para isso utilizam-se 
de inúmeros tipos e características distintas. Os não-argilosos são usados em 
misturas com argila, formando assim o corpo cerâmico, conhecido como biscoito, ou 
mesmo para fusão da massa. Os minerais utilizados geralmente são: quartzo, 
feldspato e calcário. 
Aplicado nos acabamentos dos revestimentos, os esmaltes trazem em 
sua composição três métodos principais: os elementos fundentes, que são utilizados 
para superfícies vidradas com transparência, estes são elementos a base de 
chumbo, magnésio, cálcio e sódio. Os elementos opacificadores e refratários, 
 27 
 
usados nas áreas de coloração em escala maior, elementos estes que determinam 
as propriedades finais do vidro, são o estanho, zinco, zircônio e o alumínio. Já os 
elementos vítreos que formam o corpo do esmalte, conhecido também como 
barbotina, a base de quartzo e feldspato. 
Um teste de resistência do esmalte em relação a desgaste por abrasão 
conhecido como PEI, é que vai direcionar o destino de aplicação do material. 
 
 
PEI 1 
 
Produtos de baixa resistência a riscos, recomendados 
para ambientes que possuem pouca circulação, em 
lugares que se caminha de chinelos ou mesmo pés 
descalços. Indicações de uso: banheiros, lavabos, sem 
acesso direto a área externa. 
 
PEI 2 
Indicados para ambientes internos gerais onde se 
caminha de sapato e que não tenha acesso à áreas 
externas. Indicações de uso: dormitórios e áreas internas 
em geral, com exceção de cozinha e hall. 
 
PEI 3 
Pode ser utilizado em toda área interna residencial, 
lugares onde possui circulação e pouca quantidade de 
sujeira abrasiva. Indicações de uso: toda área residencial 
interna. 
 
PEI 4 
Recomendado a todos ambientes residenciais e 
comércio com alto tráfego. Indicações de uso: Lojas, 
restaurantes, garagem e residências em geral. 
 
PEI 5 
Alta resistência, utilizado em ambientes de tráfego 
intenso. Indicações de uso: garagens, restaurantes, 
galerias, consultórios. 
 
Figura 10 – Tabela PEI 
Fonte Porcelain Enamel Institute 
Os produtos que podem ser usados em área externa devem ser 
antiderrapantes e possuir laudo técnico. 
As principais características dos revestimentos cerâmicos são: abrasão 
superficial, resistência a manchas, absorção de água, dureza, resistência à ácidos e 
gelo. 
 
 28 
 
 
Figura 11 – Processo de fabricação Via Úmida e Monoqueima 
 Fonte: Artigo acadêmico: Cerâmica para revestimentos (GIORDINI, Ana Paula Fontenelle, at alii), p.246 
 29 
 
4. DESIGN 
 
 
O design é uma atividade de caráter técnico científico, criativo e artístico. 
Seu objetivo está ligado à criação, aplicação, e elaboração do desenvolvimento 
processual de um produto; neste processo leva-se em conta alguns fatores como: 
mercadológicos, sociais, culturais, econômico, estético, ergonômico, entre outros. 
Tendo como resposta a máxima funcionalidade e estética dos objetos em questão, 
além de soluções e respostas funcionais para os desafios lançados por uma 
sociedade consumista que vive em constante desenvolvimento. 
Segundo FILATRO (2003, p. 56) De fato, o design acaba trazendo à 
superfície as funções internas de um produto, exprimindo-as não apenas 
visivelmente, mas em diferentes níveis e formas, entre eles os modos sensoriais 
(cores, formas, texturas, sons) e os modos cognitivos (linguagem, metáforas, 
hipertexto, mapas conceituais, realidade virtual). 
Isso nos ajuda a compreender que o design não se reduz à face visível de 
produtos institucionais, nem se refere apenas a um planejamento abstrato de ensino, 
mas reflete a articulação entre forma e função, a fim de que cumpram os objetivos 
educacionais propostos. 
Design é uma forma de comunicação visual, trabalha com a transmissão 
de conceitos e idéias sempre direcionado há um publico alvo, e está diretamente 
ligado com a produção industrial, aliando forma e função. 
A maioria das definições concorda que o design opera a junção dos níveis, 
atribuindo forma material a conceitos intelectuais. É uma atividade que gera 
projeto no sentido de planos, esboços e modelos (CITTADIN, 2004, p.14). 
 
A palavra design no inglês é utilizada como substantivo e como verbo. No 
substantivo refere-se ao produto, resultado do processo do design; já o verbo esta 
ligado à parte da criação e desenvolvimento de um projeto, um processo criativo que 
possui muitas fases até chegar ao produto que se pretende. 
Perguntar o que é design é o mesmo que perguntar o que é arte. Não é 
possível definir e nem há interesse em fazê-lo, mas fica implícito que o 
termo design se relaciona não apenas com a criatividade mas também com 
a tecnologia, com o significado, com a linguagem. (WOLLNER, Alexandre, 
2003, p.68). 
 
 30 
 
A palavra design do vocabulário inglês possui sua origem fundada no 
vocabulário italiano disegno, proveniente de desenho, do latim designare, de 
designar e desenhar. 
Precisamente na intenção de demarcar a noção do design (contraposto ao 
inglês drawing, que é esboço artístico, que nada tem haver com o objeto), 
deveremos considerar o designer como um projetista do objeto que há de 
ser produzido industrialmenre e também como planeador desse prcesso 
produtivo. Com efeito, antes de se dedicar a projetar e desenhar 
determinado objeto, deverá ter precisado a sua tarefa de criador do mesmo 
âmbito da operação produtiva no seu todo. (GILLO, 1978, p.111 e 112). 
 
 
Segundo NIEMEYER (2000, p. 26) Design significa projeto, configuração, 
diferenciando-se da palavra drawing, desenho representação de formas por meio de 
linhas e sombras. Estas diferenças estão presentes também no idioma espanhol: 
deseño para a actividade projetual e dibujo para a realização manual. A palavra 
design foi assimilada internacionalmente sendo de uso corrente em Portugal. 
 
 
4.1. DESIGN DE SUPERFÍCIE 
 
Design de superfície é a tradução de Surface Design, utilizado nos paises 
de línguainglesa no Brasil é tratado também como Desenho Industrial, que abrange 
todos os aspectos do ambiente adquirindo um sentido próprio no que se refere à 
área de produção industrial. 
O design de superfície consiste em uma atividade técnica, que permite a 
união dos valores dos produtos industrializados, tendo a criação de imagens quase 
sempre bidimensionais, geração de padrões e se da de maneira continua sobre as 
superfícies revestidas, e como resultado apresenta soluções funcionais a diversos 
métodos e materiais. 
Tendo as oportunidades e limitações de cada processo criativo o designer 
de superfície deve buscar em seus projetos a harmonia do material e suas 
características técnicas, funções táteis, soluções formais de ergonomia, quantidade 
de cores, tecnologia a ser utilizada, qualidade dos suportes, e valor disposto a ser 
investido, tudo isto aliado ao conceito da linha ou objeto em questão. 
O designer deverá obter conhecimento sobre as técnicas e 
aprofundamento sobre todas as questões envolvidas no projeto, para que possa 
canalizar e direcionar estas questões no efeito visual do projeto em questão. 
 31 
 
Devido à uma gama de clientes de potenciais diferenciados que o design 
abrange, o designer deve sempre ser um pesquisador estando constantemente 
atento as novidades mercadológicas, tendências, novos materiais, processos 
técnicos e diferentes processos de criação nas mais variadas áreas. Segundo 
RUBIM (2005, p. 59) Conhecer bem o mercado significa de um lado andar de mãos 
dadas com o departamento de marketing da empresa e, de outro lado, realizar suas 
próprias pesquisas. Estas são várias: estar atento aos pontos de venda do produto e 
de seus concorrentes, interessar-se por literatura especializada em marketing, 
atualizar-se constantemente em tendências daquele setor, acompanhar informações 
de comportamento do produto e seus similares em seu público consumidor. 
O campo de trabalho do designer de superfície é composto por 
profissionais que investem na criação constante de linhas buscando aprimoramento 
e exclusividade no mercado, visando com isso à satisfação dos consumidores, que 
possuem gostos e exigências variados. 
 
O designer é o “solucionador” de problemas e produz motivado pelo 
desafio de alcançar oferecer a solução mais adequada e interessante ao 
seu cliente e para a sociedade em geral (RUBIM, 2005, p. 85) 
 
O designer hoje busca oferecer produtos com valores simbólicos 
atribuídos, que exprimem conceitos criando assim uma identidade. Isso 
consequentemente constrói um dialogo com o consumidor. Por isso, hoje as 
empresas vem investindo muito neste setor, que além de produtos diferenciados, 
essa subjetividade por trás das criações ajudam a manter um “laço” com o cliente, 
destacando-se muito no mercado. 
O aspecto simbólico proporciona aos produtos identidade que vai ser 
avaliada pelo consumidor como congruente, ou não, com a sua própria. 
Produtos entendidos como símbolos servem ao indivíduo para construir 
significados que causem reações desejadas em outras pessoas (GARCIA, 
2005, p. 29) 
 
 
4.2. FUNDAMENTOS DO DESIGN DE SUPERFICIE 
 
 
A linguagem utilizada no Design de Superfície, tem a mesma sintaxe 
básica da linguagem visual utilizada nas artes visuais. 
Segundo WONG (1998, p.13 à 42) difunde a idéia de que o processo 
criativo em seu resultado tem que ser funcional, que reflita e oriente o gosto do seu 
 32 
 
tempo. O designer tem que ser prático, e para adquirir esta prática precisa saber e 
dominar as técnicas e linguagens visuais, estas que constituem a base da criação. 
Os elementos do desenho em base devem conversar entre si e se complementarem. 
-elementos conceituais: não existem na forma concreta, porém se fazem 
presentes na idéia, no conceito em si. 
- elementos visuais: são os elementos que visualizamos concretizados em 
um espaço (linhas, texturas, cores, formas, dentre outros). 
- elementos relacionados: a maneira que os elementos conversam, sua 
relação e ligação (direção, posição, espaço, e outros) 
- elementos práticos: representação, significado e função. 
Alguns aspectos devem ser considerados em uma criação: 
-composição: a composição quando dada através de uma superfície plana 
poderá ser observada por diversos ângulos, o distancia e nível da diferença entre 
expectador e a criação deve ser considerada, pois um elemento pode mudar muito 
devido ao ângulo de observação. Sendo ela justaposta em um fundo suporte em 3D, 
os elementos acompanharão esta volumetria, deve-se considerar neste caso o 
objeto em questão, pois um volume vai diferenciar totalmente o resultado final da 
obra, e a qualidade visual do mesmo. 
- utilidade: definir um público alvo, o material deve ser criado em cima de 
pesquisas realizadas com o público que o designer pretende atingir com a criação. 
- conhecimento técnico: o trabalho realizado em design funciona em 
equipe, o designer deve sempre estar atento e saber de toda parte técnica que irá 
utilizar em sua criação. Tendo conhecimento de materiais e processos industriais, 
custos de fabricação, valor que pode estar investindo no mesmo, e o marketing, 
assim podendo controlar o efeito desejado e tornar viável a comercialização do 
mesmo. 
- linguagem visual: o designer tem que ter total domínio de técnica visual, 
dos elementos da linguagem como: linhas, formas, cores, movimentos, texturas, 
direção, estrutura, angulo, escala e proporção, podendo assim bem comunicar o 
conceito trabalhado. 
- módulo: módulo é considerado a unidade padrão, cada módulo tem a 
representação de um conjunto de elementos de desenho organizado, de forma que 
dispostos lado à lado terão continuidade e uniformidade. 
 33 
 
Chama-se sistema de repetição a maneira em que o módulo vai se 
repetir, o sistema pode variar de acordo com o desenho criando efeitos ópticos 
diferenciados. 
O conhecimento do processo de repetição é de finalidade muito 
importante, é utilizada em grande parte nos processos industriais. 
Esse sistema de repetição pode se dividir em dois tipos de sistemas: o 
alinhado e o não-alinhado. 
Sistema alinhado: segue uma grade com linhas verticais e horizontais, 
onde as unidades são posicionadas lado a lado e uma sobre as outras. 
Sistema não-alinhado: mantém o alinhamento vertical ou horizontal, 
alterando o ângulo ou espaçamento. 
Encaixe: definido como o ponto de encontro das formas entre dois 
módulos, de maneira que eles se completam, encaixando e formando uma 
continuidade. Segundo RUBIM (2005, p. 36 e 37) Para se referir a essa forma de 
representação – um desenho em repetição, modulado -, se utiliza, na grande maioria 
das indústrias brasileiras, o termo rapport, originário do francês. (...) A habilidade em 
se obter bons resultados com a repetição vai se adquirindo com a experiência do 
profissional nesse tipo de projeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 34 
 
5. ARTE 
 
 
A arte contém múltiplos sinônimos quando se trata de definição. Para 
SOURIAU (1983, p. 35) Arte é o que considera os efeitos a serem produzidos e as 
causas que produzirão tais efeitos; a adequada disposição das qualidades que 
deverão eclodir progressivamente na obra; o encaminhamento do ser, objeto de 
seus cuidados, para o ponto terminal e culminante, limiar de sua existência plena: a 
realização. A arte não é apenas o que faz a obra, é aquilo que a conduz e orienta. 
Em geral as obras de arte só possuem sentido se aceitarmos o valor 
aurático da mesma, uma obra possuí aura porque irradia vibrações. Porém a aura 
mudou em termos de classificação de acordo com a evolução artística, já foi 
intitulada de acordo com a instituição, e também de acordo com o caráter que estava 
inserido. E como isso é uma constante a definição aurática tendea mudar 
futuramente. 
Para se ter um parâmetro comparativo das artes, é necessário 
conhecimento e análise destas, ver o seu ponto de surgimento e para onde irá. 
 
Se devemos dizer algo geral, a arte é a atividade instauradora. É o 
conjunto de ação orientadas e motivadas, que tendem expressamente a 
conduzir um ser do nada ou de um caos inicial até a existência completa, 
singular, concreta que se atesta em presença indubitável.(CITTADIN, 2004, 
p.14). 
 
A arte em seus mais remotos vestígios vestia-se da nobreza e de uma 
graça de inspiração, conhecida como a arte pura, as belas artes. As mais antigas 
formas de arte eram as pinturas e esculturas, as mesmas eram apresentadas por 
seus artistas criadores aos entendidos. Os grandes artistas possuíam seguidores, 
que aderiam o estilo de seu mestre, aplicando em materiais de uso comum, que 
seria a arte aplicada. 
Particularmente na França, país que a certa altura foi o berço da arte, ainda 
está em uso essa distinção entre arte pura e arte aplicada, e o desenho 
industrial, aquilo que chamamos de design, é designado em Paris por 
“estéthique industrielle”, o que quer dizer aplicação no campo industrial dos 
estilos inventados pelas belas artes. (MUNARI, 1978, p.25). 
 
Conforme MUNARI (1978, p. 26) “A beleza reportada às belas artes, o 
sentido do equilíbrio enaltecido nas obras-primas do passado, a harmonia, etc., 
 35 
 
deixaram de ter sentido no design. Se a forma de um objeto resultar “bela”, isso será 
um mérito da estruturação lógica e da exactidão na solução das suas várias 
componentes. O belo é a consequência do “justo”. Um projeto exato dá um objeto 
belo. Não belo porque se pareça com uma escultura considerada moderna, mas belo 
sem comparações. 
Se querem saber algo mais sobre a beleza, o que é exatamente, 
consultem uma história da arte e verão que cada época tem suas vênus e que estas 
vênus (ou apolos), reunidas e confrontadas fora do contexto da sua época, 
constituem uma família de monstros. 
Quem o feio ama, bonito lhe parece”. 
A história e a mitologia fornecem temas dignos e grandiosos aos artistas. 
Segundo WOODFORD (1983, p. 43) Por vezes, os artistas têm sido 
inspirados por eventos históricos, tanto de seu próprio tempo como do passado, e 
por iniciativa própria realizam pinturas com a finalidade de registrá-los ou 
documentá-los. Mais frequentemente, porém, foram personagens poderosas no 
palco da história que pediram aos artistas que documentassem os acontecimentos 
em que eles desempenham papel de destaque. 
 
Os artistas não criam num vazio. Eles são constantemente estimulados por 
outro artistas e pelas tradições artísticas do passado. Mesmo ao reagirem 
contra a tradição, os artistas mostram sua dependência dela. (WOODFOR, 
1983, p.75). 
 
Ainda sob pensar de WOODFORD (1983, p. 81 e 82) Assim que 
começarmos a notar como uma figura é grande ou pequena em relação á moldura 
do quadro e a observar de as pinceladas que a compõe são meticulosamente 
controladas ou aparentemente leves e soltas, podemos então começar a entender 
como um pintor é capaz de criar o efeito de magnificência dominadora ou de sugerir 
a impressão de elegância displicente. (...) Aprender a reconhecer os meios criados 
pelos artistas para obter determinados efeitos ajuda-nos a compreender um pouco 
melhor por que certas pinturas nos impressionam desta ou daquela maneira. Nossa 
apreciação de obras de arte pode ser frequentemente enriquecida por análises 
formais, (...) o que nos permite descobrir o quanto de esmero e de pensamento sutil 
os pintores têm de empregar afim de criar o que parecem ser pinturas perfeitamente 
naturais. 
 36 
 
5.1. ROCOCÓ 
 
 
Rococó, termo que deriva do francês rocaille (concha), um dos elementos 
decorativos mais utilizados neste estilo. 
Um estilo que se desenvolveu principalmente na França à partir de 1715, 
conhecido também como “estilo regência”, este período reflete o comportamento da 
elite francesa. 
As origens francesas do rococó foram firmemente estabelecidas pela 
argumentação de Fiske Kimbasll, apoiado em minuciosa pesquisa de 
arquivos franceses. Os antecedentes do revolucionário processo de 
mudança estilística que se desenvolveria ao longo do período de regência 
do duque de Orléans (1715-1723), situam-se ainda no reinado de Luis XIV, 
e ligam-se tanto à iniciativa do próprio soberano, quanto à ação decisiva de 
ornamentistas como Jean Bérain e Pierre lepautre. (OLIVEIRA, 2003, p.25) 
 
Historiadores classificam dois estilos distintos do rococó, um que vai de 
1690 à 1730 o chamado estilo regência, e marcada fortemente pelo rompimento da 
rigidez na arquitetura que trazia o estilo Luís XIV, com introdução de linhas mais 
soltas em sua composição geral, este trás os artistas: Jean Béran (1640-1711), 
Pierre Lepautre (1659-1711), Claude Gillot (1663-1732), Bernard Toro (1672-1731) e 
Guilles-Marie. O segundo momento trás os anos de 1730 à 1770, que marcam o 
estilo propriamente, com os artistas Juste-Aurèle Meissonnier (1695-1750), Nicolas 
Pineau(1684-1754), Jacques de Lajoue (1686-1761), trabalhavam para a burguesia 
e alta nobreza parisiense, em função da modernização dos seus luxuosos “hotéis”. 
 
A rocalha passa a ter predomínio absoluto como forma ornamental, em 
composição assimétricas de extrema liberdade e fantasia. Os 
contemporâneos não se enganaram ao batizar o novo estilo de “gênero 
pitoresco”, expressão que já o qualifica em 1734, no anúncio do Livre 
d”Ornements de Meissonnier no Mercure de France, a primeira série de 
gravuras ornamentais de caráter inteiramente rococó a ser publicada na 
França (OLIVEIRA, 2003, p.28) 
 
 37 
 
 
Figura 12 - Anúncio do Livre d”Ornements de Meisssonnier no Mercure de France, a primeira série de gravuras ornamentais de 
caráter inteiramente rococó a ser publicada na França. 
Fonte: Livro Rococó Religioso no Brasil, p.30 
 38 
 
Marcado por suas características decorativas, carregadas com muitos 
ornamentos, porém, de um refinamento e leveza notórios. 
Na arquitetura o rococó é marcado pela valorização do modo de vida 
individual, conforto e aconchego em ambientações internas. Manifestação esta que 
se mostra na predominância de linhas flexíveis e sinuosas. Nas paredes e tetos 
ocorre um movimento ondulatório que as passagens de um plano para o outro 
tornam-se quase imperceptíveis. 
 
Figura 13- Estilo rococó: Interior of the Wieskirche 
Fonte: http://www.corbis.com.br/ rococó 
 39 
 
A iluminação nos ambientes são dadas por igual em toda a sua extensão, 
trazendo a idéia de iluminação diurna, para isso utilizam-se de recursos como: as 
portas-janela que permitem a entrada de maior quantidade de iluminação, os 
espelhos que multiplicam estes pontos e por fim a pintura com cores claras, esta que 
facilita a disseminação da luz em todo o ambiente de forma padronizada. 
As pinturas internas passam aderir tonalidades pastéis e o branco. Fica 
para os ornamentos decorativos, a rebuscada forma dourada, flor, anjos e motivos 
da natureza, com a assimetria sempre dominante. 
 
Figura 14 – Interior de Igreja estilo rococó 
Fonte: http://www.corbis.com.br/ rococó 
As pinturas em telas, passam a aderir pequenas dimensões para o uso 
decorativo, e o restante dispõe-se em cabines de pinturas, lugar reservado aos 
entendidos para a apreciação das mesmas. Trazem em suas composições 
pinceladas rápidas e suaves, nas cores pastéis como os verdes, azuis e rosas, e a 
leveza nas formas delicadas. Neste período a técnica do pastel atinge seu auge. 
Pintam-se muito as cenas galantes, com movimentos nas sedas e rendas 
que envolvem o figurino dos personagens da obra, com a valorização dos ambientes 
luxuosos, jardins e parques, onde os personagens populares dão espaço para os 
 40 
 
membros da aristocracia. Dentreas cenas mitológicas, retratos como as figuras de 
deusas e ninfas em atitudes graciosas e sensuais, fugindo do que conhecemos por 
pintura clássica, trazendo a alegria do rococó. 
 
Figura 15 – “O baloiço” – Jean Honoré Fragonard 
Fonte: http://www.tiosam.net/enciclopedia/?q=Fragonard 
Buscava-se a criação de um mundo ideal, onde os jardins dos palácios 
traziam pavilhões e abrigos, estas utilizadas para o lazer dos membros das cortes. 
Os tetos eram pintados em tons pastéis, com motivos de árvores, flores em 
delicados arranjos, formações rochosas, pequenos animais, pássaros, água jorrando 
de cascatas ou mesmo saindo de dentro de delicadas conchas – rocallas, 
procuravam reproduzir o céu. 
 
Definida por Germain Bazin como “uma espécie de concha abaulada ou 
recurvada, com silhueta de contorno irregular e recortado” a rocalla presta-
se a infinitas combinações de formas, alternando perfis curvos e sinuosos, 
concavidades e convexidades, vazados e cheios. Associados às rocalhas, 
os traçados curvilíneos em C ou em S atuam frequentemente como 
elementos de contenção à expansão desordenada de suas formas 
(OLIVEIRA, 2003, p.29) 
 
 41 
 
 
Figura 16 – ornamentos rococó 
Fonte: http://www.corbis.com.br/ rococó 
 
As cúpulas nas Igrejas são menores que as do estilo barroco, porém, 
usadas em maior escala. 
As mobílias aderem a técnica de marchetaria, pintura em laca, adornos e 
ornamentos em ouro. 
 
Figura 17 – cadeira estilo rococó 
Fonte: http://www.corbis.com.br/ rococó 
 42 
 
 
 
Figura 18 – mobília estilo rococó 
Fonte: http://www.corbis.com.br/ rococó 
 
A escultura foge do estilo barroco, o mármore ainda é usado, porém, em 
menor escala, a preferência se da aos materiais como: o gesso e a madeira que 
permitem utilizar em sua superfície de cores e entalhes mais leves e suaves. 
Surge também aqui a escultura em porcelana, com o gosto acentuado em 
esculturas decorativas em miniaturas, os bibelôs. 
 
Salas pequenas requerem estátuas pequenas, e vários artistas satisfizeram 
essa demanda, especialmente Jean-Baptiste Falconet (1716-1791), o 
escultor favorito de Madame Pompadour. (BAZIN, 1993, p.206) 
 
 
5.2. ESTILO LUÍS XV 
 
A França em 1715 à 1774, passa por um período de desenvolvimento e 
aperfeiçoamento das técnicas artísticas. 
O estilo Luís XV está inserido dentro do período rococó, este considerado 
um dos estilos artísticos mais originais na arte francesa. 
Um estilo que sofreu bastante influências orientais da Turquia e China, 
devido a companhia Marítima para as Índias. 
 43 
 
Neste período as mulheres ganharam muita importância na sociedade. O 
reinado de Luís XV foi de extrema importância, nele se ressaltou o convívio social, 
trazendo mais conforto e consequentemente alegria as pessoas. 
 
Sob a aparente unidade do reinado, o estilo Luís XV caracteriza-se 
sobretudo por ímpeto estilístico ininterrupto, difícil de classificar sob 
rubricas ou etiquetas imperativas. ( BARRIELLE, 1982, p.5). 
 
Esta fase pode ser dividida em três períodos: 
- preparação: com o estilo de regência (1715 à 1730), com a morte de 
Luis XIV em 1715 e o advento do rococó em 1730. 
- expansão: fase do desenvolvimento do rococó 1730 à 1750. 
- reação: (1750 à 1774) período que ocorre a lapidação da técnica, onde 
os artistas passaram a trabalhar em resposta as novas necessidades que surgiam. 
Nesta época (1750 à 1774) o estilo Luis XV ... e chegaram ao estilo Luís XVI e ao 
neo-classicismo. 
 
5.2.1. PREPARAÇÃO (1715 – 1730) 
 
No estilo Luís XV os artistas trabalhavam para um público seleto tendo 
seus clientes particulares. Este estilo marca a arte decorativa, que trabalha em 
função de respostas às necessidades e gostos de uma sociedade. É uma arte que 
tem mais valores estéticos e decorativos do que artístico oficialmente. 
Marcado pelos ornamentos em ouro, belas tapeçarias, móveis, entre 
outros; os motivos relatam uma escala em constante evolução nesta fase. 
O estilo Luís XV possuí uma forte marca, a arte não tem como objetivos a 
ruptura e sim a arte de interpretar. Segundo BARRIELLE ( 1982, p.6 e 7) Momento 
de perfeição, sem dúvida, mas sobretudo momento de forte identidade. De uma 
maneira geral – e mesmo no auge do gosto pelo rococó -, o estilo Luís XV nunca se 
confundiria exactamente com a arte rococó adoptada pela Europa central, arte para 
cuja criação contribuiu no entanto através de sua influência. Até o advento do neo-
classicismo, continuará a manter uma especificidade e componentes originais, quer 
em relação ao passado quer às correntes artísticas interncionais. 
 44 
 
A partir de 1700, já existe uma arte superficial, caracterizada pelo 
arabesco e disposição de linhas. Com o passar dos tempos, estes irão acentuar-se. 
A arquitetura torna-se mais sóbria e limpa. O olhar passa a se voltar para 
as partes internas das residências. Começa-se então criar hábitos de “conforto” 
trazendo o olhar decorativo para dentro das residências. Começa-se a buscar mais 
aconchego, lugares íntimos e confortáveis. 
Após o reinado de Luís XIV a regência elimina o dinamismo plástico do 
barroco, substitui por uma arte superficial, com mais liberdade. 
 
Estas ondulações, cada vez mais livres, vão invadir o quadro 
arquitectónico, não sem contaminar três elementos plásticos essenciais: o 
escudo de armas, o troféu e a concha. ( BARRIELLE, 1982, p.12 e 13) 
 
Os ornatos de folhagens e os entrelaçados começam a ser utilizados 
também nos tetos valorizando-os. 
A evolução traz consigo desenhos de plantas ornamentais, conchas, asas 
de morcego, que começam a receber traços mais finos e alguns passam a aderir 
formas mais curvas, aqui a decoração animalista se faz muito presente. 
Watteau é o responsável pela eliminação as últimas características 
barrocas que ainda existiam. 
Na pintura temos destaque as natureza morta, uma linha sem leveza, rica 
em ornamentos, e de difícil execução. Marca-se as pinturas decorativas telas. 
Começam a criar gosto pelas paisagens, e as pinturas começam aderir cenas de 
amores aos deuses e as galantes em vez de epopéia mitológicas. 
As mobílias passam a trazer em suas estruturas aconchego, onde o 
bronze e o dourado fazem parte dos ornatos desta nova linguagem. 
 
 
5.2.2. EXPANSÃO (1730 – 1750) 
 
O estilo rocaille, assim conhecido à arte rococó na França. Um estilo 
marcado pela assimetria inspirada no Barroco Italiano. 
Na arquitetura externa com exceção das sacadas o emprego da ordem 
tende a desaparecer. 
 45 
 
Na pintura Françóes Boucher, alia um tratamento pleno das formas e uma 
harmonia quase irrealista que renovam todos os gêneros que ele aborda: temas da 
mitologia, cenas de gênero, paisagens ou temas de inspiração chinesa. Segundo 
http://www.biblarte.gulbenkian.pt/content.asp?cod=destaque29&menu=home&parent
=destaques_ant&lang= (consulta dia 09/05/2009 – as 13:40h) François Boucher foi 
um dos pintores que melhor soube interpretar o espírito do Rococó. Nascido em 
Paris, em 1703, fez a sua formação no ateliê do pintor François Lemoyne que, 
juntamente com Antoine Watteau, foram as suas primeiras influências pictóricas. De 
regresso a França depois de uma estadia em Itália, tornou-se rapidamente um pintor 
da moda, muito requisitado entre os meios aristocráticos parisienses, sem dúvida 
também graças à protecção da Marquesa de Pompadour, favorita do rei Luís XV. 
Boucher pintou sobretudo cenas idílicas, povoadas por personagens mitológicas e 
pastores, geralmente em poses sensuais e quase desnudados. Quando morreu, em 
1770, ocupava o cargo de primeiro pintor do rei Luís XVI. 
 
 
Figura 19 – Nude on a Sofá - François Boucher 
Fonte: http://www.ocaiw.com/galleria_niah/gallery.php?lang=pt&author=263&id=168&name=Fran%E7ois+Boucher46 
 
Na escultura é notório o desenvolvimento na continuidade em uma cena, 
as esculturas passam a ter movimento e vivacidade. 
As mobílias desta fase trás consigo formas mais livres, ornamentações 
em bronze, relevo mais flexível e recortado. 
Com o gosto pelo conforto origina a vasta escala de mobílias em formas 
novas com inúmeras utilidades, mais funcionais como as mesas de cabeceira, 
trocadores e mecanismos como as corrediças que se estendem a facilitar a vida 
além de participar de uma bela decoração. 
Após 1740 começam a utilizar-se de técnicas como a marchetaria, 
surgem também nesta época móveis em laca e técnicas em verniz. 
Nos centros provincianos de Faença durante o reinado de Luís XV é 
marcado pela renovação nos temas decorativos na cerâmica. Uma época marcada 
também pela criação da técnica do “fogo lento” que permitia que a pintura fosse 
dada sobre uma superfície esmaltada já cozida, também possibilitava os retoques. 
 
A partir de 1745, a maior parte dos centros de faiança deixaram-se 
conquistar pelo gosto rococó: progressivamente, as formas das peças 
complicam-se e inclinam-se para a assimetria ( BARRIELLE, 1982, p.42 e 
43) 
 
 
5.2.3. REAÇÃO ( 1750 – 1774) 
 
Neste período marca-se pela reação em oposição aos excessos das 
formas do estilo Luís XV, e começa então a busca de um novo, período de transição 
ao neo-classicismo. 
Colunas monumentais e baixos relevos mitológicos, frisos, troféus, trazem 
características de um novo gosto, que vai desencadear em alta na próxima época. 
Na pintura busca-se a moderação, e é notória a necessidade de 
rompimento com o ilusionismo. O que trás muito à tona as lembranças de dois 
estilos: o barroco e o neo-classicismo. 
O naturalismo percorrido de sensualidade na escultura, e as porcelanas 
não vidradas em pequenas dimensões. 
A marcenaria traz um grau de perfeição elevado, a escala evolutiva abre 
espaço para o uso da laca e marchetaria. Os motivos geométricos começam a ter 
destaque como os mosaicos e os losangos. Marchetaria de cobre e lascas de 
 47 
 
mármore, a madeira e o bronze esculpidos; fazem parte de uma evolução que levará 
ao estilo Luís XVI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 48 
 
6. PROJETO 
 
 
A escolha e definição do tema de pesquisa do projeto foi desenvolvida 
através da percepção mercadológica, onde bons profissionais na área de design não 
são muito explorados. Geralmente as empresas buscam uma tendência ditada em 
grandes feiras no exterior e as adapta ao mercado do Brasil, interrompendo assim o 
que chamamos de processo criativo; a criação passa a ser “cópia”. 
O objetivo maior desta pesquisa é desvincular esta dependência que ainda 
possuímos do mercado Europeu, analisando até onde a arte pode ser utilizada como 
tendência, direcionando o processo criador do design de superfície. 
O valor que uma linha de criação em bases em fundamentos artísticos, 
são de inúmeras qualificações e potenciais. A identificação do cliente com o período 
escolhido para o desenvolvimento da linha, passa a ser de valor estrutural e 
principalmente conceitual. O rococó, período artístico trabalhado no desenvolvimento 
da linha, foi escolhido por ser um período de rica ornamentação e efeitos 
decorativos, possuindo leveza de caráter notório. O contexto histórico e cultural que 
o período rococó se insere remete ao modo de vida alegre, com total zelo e 
investimento em conforto e decoração; ou seja uma visão de harmonia entre forma e 
função. 
A linha rocaille busca dar uma resposta estética e tecnológica a 
contemporaneidade que estamos vivenciando, aliando tudo isso ao requintado 
período artístico o Rococó. 
 
 
6.1. PROCESSO DE CRIAÇÃO DA LINHA 
 
 
Com o objetivo já traçado, a pesquisa se direcionou a criação de um 
público alvo a ser atingido e a levantamentos de dados que desse suporte a esta 
criação. 
Cria-se aqui um perfil de cliente (anexo 1). 
 49 
 
Com o perfil traçado a pesquisa volta-se a um conceito de linha, com 
levantamentos e a criação de um painel semântico, chega-se ao estilo Rococó. Um 
estilo galante que tem por objetivo maior, a decoração e leveza no ambiente. A 
paleta de cores escolhidas em cima do estilo para desenvolvimento da linha é 
trabalhada em tons pastéis, que traduzem com lealdade as características deste. 
A idéia central do projeto é que seu design de superfície tem origem em 
um período artístico: o Rococó; desvinculando a linha dos processos criativos 
conhecidos atualmente, onde a tendência é lançada em grandes feiras na Europa e 
trazida para o Brasil. Deixando de “lado” a forte influência que isso ainda faz sobre 
nós. Trazendo ao mercado uma linha baseada em um período artístico, na leitura 
contemporânea dando assim caráter competitivo a nível mercadológico. 
Após a criação da paleta de cores, desenvolve-se uma linha de solução 
completa, ou seja, que possui em sua composição: pisos, azulejos e peças 
especiais. 
O design de superfície é desenvolvido com os embasamentos técnicos 
necessário, em cima de leituras contemporâneas do estilo rococó, com ajuda de 
softwares: corel draw, photoshop, 3D studio max e Auto Cad. 
A produção se baseia em produtos de solução completa, voltando-se para 
o revestimento de parede que são monoporosos, e de terceita queima. A linha de 
produção em série, de alta escala de produção, sendo assim, na decoração da 
superfície esmaltada será efetuado à Serigráfia, usada com o auxilio dos elementos: 
- tela serigráfica: onde o desenho criado esta inserido, ela possui uma 
estrutura de moldura ao redor de uma tela, delimitando assim o limite na área a ser 
aplicada e dando rigidez a tela. 
- tinta serigrafica: passa em meio aos fios da tela serigráfica com ajuda da 
espátula, o material que irá dar coloração e forma ao desenho gravado na mesma. 
- espátula: conhecida também como rodo, ela tem função de espalhar a 
tinta pela tela, forçando-a contra a superfície cerâmica preenchendo assim as 
aberturas que darão origem ao desenho. E também com a espátula se afasta a tinta 
que não será utilizada no desenho. 
Na fase final do desenvolvimento da linha, fica a criação do catálogo, 
trazendo todo o estudo de linha, cores e influências, e comportamento do 
consumidor aplicados, a criação do nome que se faz de extrema importância. Pronto 
para entrar no mercado. 
 50 
 
6.2. CONCEITO DA LINHA 
 
 
A linha Rocaille, foi inspirada em um rico e refinado período artístico: o 
Rococó. O termo Rocaille vem do francês e significa concha, um forte elemento 
decorativo deste período. 
Autêntica e única traz o design em estado de arte. 
Uma linha leve, com estilo colorido e galante, que nos remete a vida nas 
grandes cortes de Paris, fazendo mensura aos palácios, igrejas e teatros; 
combinando com elegância e exclusividade com alto desempenho estético. 
Sua textura e cores suaves expressam sensações agradáveis, trazendo 
ao ambiente uma atmosfera envolvente e aconchegante, seus detalhes em dourado 
enfatizam a nobreza da mesma. 
Sua estrutura é de solução completa: 
- Piso: 33x33; 
- Parede 33x66; 
- Peças especiais: 
filetes de metal: 0,5x66 e 0,5x33. 
Mosaico de vidro: 2x66 
Rocaille é a tradução da pureza estética do Rococó. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 51 
 
6.3. LINHA DE REVESTIMENTO CERÂMICO: ROCAILLE 
 
 
 
 
Figura 21 – linha Rocaille 
 
 
Figura 22 – linha Rocaille 
 
 52 
 
7. CONCLUSÃO 
 
 
A natureza subjetiva do processo de criação de um designer deve se dar 
de forma própria e independente. Uma criação se faz de diversas formas, porém o 
valor de uma linha de consumo se torna elevado quando a criação se faz de forma 
autentica e com fundamentos.Possuir métodos próprios e formas de atuar no mercado são pontos 
primordiais que fazem toda a diferença na resolução final da meta a ser atingida. 
Sendo que o produto é resultado de um estudo, e tem sempre como pretensão 
atingir um público alvo. Quando se alia isso ao projeto, o designer passa a ter uma 
criação que se estende não apenas a parte funcional, mais também cria vínculos 
com o consumidor, pois os valores investidos na criação passam a ser também 
subjetivos e fazem toda diferença na hora de adquirir um produto. 
Com esta pesquisa no decorrer do segundo semestre de 2008, 
trabalhando o desenvolvimento da fundamentação teórica, e o primeiro semestre de 
2009, com a consolidação da pesquisa e desenvolvimento da obra, foi levantada 
uma forma de atuar no mercado que ajuda o designer a criar com caráter próprio o 
desenvolvimento do design de superfície de uma linha de revestimento cerâmico, 
desvinculando o uso e a dependência de tendências estabelecidas. 
Os campos distintos, arte e design, se complementam, onde o design se 
consolida e tem na criação artística um ponto forte para apoio. Com base em 
recursos e conhecimentos tecnológicos e a aproximação ao campo artístico. Este 
conhecimento e domínio dos processos, permite o domínio de um campo maior de 
possibilidade criativas na área de design de superfície, valorizando ainda mais esta 
área. 
 
 
 
 
 
 
 
 53 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ANFACER. Guia de Assentamento e revestimento cerâmico – Panorama da 
Industria Cerâmica Brasileira, 1999. 
 
BARRIELLE, Jean-François. O Estilo Luis XV. São Paulo: Martins Fontes, 1982. 
 
BAZIN, Germain. Barroco e Rococó. São Paulo: Martins Fontes, 1993. 
 
BLACKWELL, R. D., MINIARD, P. W., ENGEL, J. F. Comportamento do 
Consumidor. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. 
 
CITTADIN, Patrícia. Design Cerâmico Nacional: Análise e Síntese sobre a 
dependência brasileira de modelos importados. Monografia de conclusão de 
curso de Artes Visuais. UNESC. 2004. 
 
COSTA, Lucília Verdelho da. 25 séculos de cerâmica. Lisboa: Estampa, 2000. 157 
p. ISBN 9723315882 Número de Chamada: 738 C837v 2000 
 
FILATRO, Andrea. Design instrucional contextualizado: educação e tecnologia. 
São Paulo: SENAC/SP, 2003. 215 p. ISBN 8573593709 
 
GARCIA, Carol; MIRANDA, Ana Paula de. Moda é Comunicação: esperiências, 
memórias, vínculos. São Paulo: Anhembi Morumbi, 2005. 
 
GILLO, Dorfles. O design Industrial e sua estética. Lisboa: Presença, 1978. 
 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho 
científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatorio, 
publicações e trabalhos científicos. São Paulo: Atlas, 1995. 
 
MUNARI, Bruno. A arte como ofício. Portugal: Presença, 1978. 
 
 54 
 
NIEMEYER, Lucy. Design no Brasil: Origens e Instalação. Rio de Janeiro: 2AB, 
2000. 
 
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia científica: projetos de 
pesquisas, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira, 1999. 
320 p. 
 
OLIVEIRA, Mirian Andrade Ribeiro de. O Rococó Religioso no Brasil e seus 
antecedentes europeus. São Paulo: Cosac & Naify, 2003. 
 
RUBIM, Renata. Desenhando a superfície. São Paulo: Edições Rosari, 2005. 
 
SOURIAU, Étienne. A Correspondência das Artes: Elementos de estética 
Comparada. São Paulo: Cultrix, 1983. 
 
KOTLER, Philip. O Marketing sem segredos. Porto Alegre: Bookman, 2005. 
 
WOLLNER, Alexandre. Design visual 50 anos. São Paulo: Cosac & Naify, 2003. 
 
WONG, Wucios. Princípios de forma e desenho. São Paulo: Martins Fontes, 1998. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 55 
 
ANEXO 
 
- Anexo 1 : Perfil do cliente 
 
Nome: Roberto Luis Gonzaga 
Idade: 42 anos 
Ocupação: Jornalista 
Local de trabalho: Redação de Jornal 
Hobbie: Jogar tênis e tocar saxofone 
Horas Vagas: leitura, cinema, teatros, receber os amigos em casa e 
cozinhar 
Cidade onde mora: São Paulo – Capital 
Perfume: Atitude (Giorgio Armani) 
Estilo: Elegante 
Estado Civil: Divorciado 
Culinária: Italiana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 56 
 
2. Catálogo da linha Rocaille 
 
 
Figura 23 – Capa Catálogo 
 
 
 57 
 
 
Figura 24 – Catálogo - Página 1 
 
Figura 25 – Catálogo - Página 2 
 
 
 
 
 58 
 
 
Figura 26 – Catálogo - Página 3 
 
 
Figura 27 – Catálogo - Página 4 
 
 
 
 59 
 
 
Figura 28 – Catálogo - Página 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 60 
 
3. OBRA 
 
 
 igura 28 – Rocaille Rosa Pastel Matte (parede) Figura 29 – Rocaille Rosa Pastel Matte 2 (parede) 
 Retificado 33x66 Retificado 33x66 
 
 
 Figura 30 – Rocaille Azul Matte (parede) Figura 31 – Rocaille Azul Matte 2 (parede) 
 Retificado 33x66 Retificado 33x66 
 61 
 
 
 Figura 32 – Rocaille Branco Liso Matte (parede) 
 Retificado 33x66 
 
 
 Figura 33 – Rocaille Branco Liso Matte (piso) 
 Retificado 33x33

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