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1 ANATOMOFISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO © WILLIAM DE ASSIS O sistema digestório, anatomicamente, é constituído por uma sucessão de órgãos tubulares e as glândulas anexas, estruturas altamente especializadas na mastigação, na condução, na digestão e na absorção do alimento, bem como a eliminação dos produtos finais não absorvíveis. Essa série de órgãos tubulares (esôfago, estômago e intestinos), que são revestidos, na sua maioria, por quatro camadas de tecidos: mucosa, submucosa, músculo liso e peritônio. A musculatura lisa é capaz de promover contrações ondulatórias musculares involuntárias, denominadas movimentos peristálticos, que vão impelir os alimentos pela tubulação. É válido recordar que a digestão se inicia na boca, pela ação das enzimas ali presentes. Imagem extraída de: DANGELO, J. G.; FATTINI, C. C. Anatomia sistêmica e segmentar. 3.ed. São Paulo: Atheneu, 2007, p. 158. ÓRGÃOS CONSTITUINTES DO SISTEMA DIGESTÓRIO. OS ÓRGÃOS ANEXOS NÃO ESTÃO REPRESENTADOS. FISIOLOGIA DA DIGESTÃO Na boca, os alimentos são triturados com a ajuda dos dentes e banhados com a saliva. Os dentes são classificados em molares, pré-molares, incisivos e caninos (os molares e pré-molares cortam o alimento; os incisivos trituram; e os caninos rasgam as partículas), e fazem a parte mecânica, que é a mastigação. A língua e as bochechas movimentam o alimento, que entra em contato com a saliva, que contém a amilase salivar, enzima que faz a hidrólise do amido, em maltose. O pH da boca é 7,0, sendo adequado para que a amilase salivar atue, porém apenas uma pequena parte do amido é digerida na boca, e ao chegar no estômago, o pH ácido do suco gástrico inativa a ptialina. Os alimentos deglutidos vão para o esôfago, órgão tubular, de 25 cm de comprimento, que conduz o alimento até o estômago. O estômago apresenta um formato de letra “J”, com volume de 1L a 2L e é revestido pela mucosa gástrica, que secreta o suco gástrico, graças às células parietais, às quais liberam hidrogênio e cloreto, e células-chefe, que liberam pepsinogênio, que ao entrar em contato com o HCl, se 2 transforma em pepsina, que digere proteínas. No estômago, atuam válvulas, os esfíncteres que impedem o retorno alimentar: a cárdia (porção inicial), e o piloro (porção final). Depois de três a quatro horas no estômago, os alimentos se transformam numa massa, o quimo, que adentra o intestino delgado. Imagem extraída de: DANGELO, J. G.; FATTINI, C. C. Anatomia sistêmica e segmentar. 3.ed. São Paulo: Atheneu, 2007, p. 167. PARTES DO ESTÔMAGO, COM DESTAQUE PARA AS VALVAS ANTI-REFLUXO: A CÁRDIA E O PILORO. O quimo chega no duodeno (primeira porção intestinal), e recebe as secreções exócrinas das glândulas anexas. A vesícula biliar libera a bile e os sais biliares, cuja a ação detergente emulsifica e as expõe à ação das enzimas digestivas. O pâncreas lança o suco pancreático, que contém a amilase e a lipase pancreática. No jejuno e no íleo há uma série de microvilosidades, que aumentam a absorção dos nutrientes, justamente pela vasculatura local. Há a liberação de suco entérico, com algumas enzimas que hidrolisam nucleotídeos, separando seus componentes. Já no intestino grosso ocorrem a formação do bolo fecal e a reabsorção de água. Nesse local, há uma rica microbiota, a flora bacteriana intestinal, que produz vitaminas, como a vitamina k e algumas do complexo B. Na evacuação, os esfíncteres anais, anéis musculares, relaxam e permitem a eliminação das fezes. Imagem extraída de: DANGELO, J. G.; FATTINI, C. C. Anatomia sistêmica e segmentar. 3.ed. São Paulo: Atheneu, 2007, p. 168. DUODENO, FÍGADO, PÂNCREAS E VIAS BILIARES. 3 O MECANISMO HORMONAL DA DIGESTÃO A produção da saliva é estimulada pela presença de alimentos na boca, ou a simples lembrança de um alimento saboroso, já é capaz de dar “água na boca”. A partir daí o estômago já se prepara para a digestão, ocorrendo a liberação de gastrina pelas células G do estômago, hormônio, o qual atua sobre a mucosa gástrica, induzindo a liberação de íons H+ pelas células parietais. Após passarem pelo estômago, os alimentos chegam ao duodeno, e este libera a secretina, um hormônio que chega ao pâncreas pelo sangue, estimulando a produção de suco pancreático, o qual neutraliza a acidez do quimo, no intestino. A mucosa duodenal também produz colecistocinina, que ao atingir o pâncreas, inibe sua ação, e induz, agora, a vesícula biliar a lançar bile, produzida pelo fígado, no duodeno. Em resposta à chegada do quimo, o duodeno secreta enterogastrona, que inibe o peristaltismo estomacal, bem como a liberação de gastrina. BONS ESTUDOS!!! VC CONSEGUE!!! ;) ;) ;) ;)
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