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EXAMES LABORATORIAIS DE INTERESSE PARA O NUTRICIONISTA 1 Profa Dra Sally Monteiro Objetivos • Apresentar uma breve revisão de alguns exames laboratoriais importantes para o Nutricionista • Enfatizar a Legislação • Discutir as estratégias de solicitação de exames e sua interpretação. 2 Exames Laboratoriais • Complementar a avaliação do cliente • Auxiliar no planejamento das ações necessárias ao tratamento • Auxiliar nas ações necessárias ao acompanhamento 3 www.googleimagens.com.br LEGISLAÇÃO Exames Laboratoriais x Nutricionista • Desde 1991, conforme a Lei 8.234, fica disponível a solicitação de exames laboratoriais necessários ao acompanhamento dietoterápico pelo nutricionista. • Após sofrer reformulações, foi estipulado pela Resolução No 306 de 2003 os critérios para os nutricionistas solicitarem tais exames: – Artigo I: compete ao nutricionista a solicitação de exames laboratoriais necessários à avaliação, prescrição e evolução nutricional do paciente; – Artigo Único II: considerar diagnósticos, laudos e pareceres dos demais membros da equipe multidisciplinar, definindo com estes, sempre que pertinente, outros exames laboratoriais; – Artigo V: solicitar exames laboratoriais cujos métodos e técnicas tenham sido aprovadas cientificamente. 4 Exames Laboratoriais x Nutricionista • Os exames são utilizados como complementares para o diagnóstico nutricional mais preciso pois apenas podem confirmar deficiências observadas através de sinais clínicos, ou da avaliação dietética, antropométrica. • No entanto, embora caiba ao nutricionista solicitar estes exames, os planos de saúde em sua maioria não os cobrem, exceto para aqueles profissionais vinculados a estes planos. • Mesmo com esta dificuldade, é de extrema importância que sejam solicitados exames, que podem variar de acordo com o que se pretende verificar, diagnosticar ou de acordo com a doença que o paciente apresenta. 5 Interpretação dos Exames Laboratoriais 6 www.googleimagens.com.br Variáveis • Pré Analíticas – Coleta – Jejum – Medicamentos – Condição Clínica – Idade – Sexo – Etnia – Variação Biológica • Analíticas – Variação Analítica – Plataforma – Interferentes – Controle de Qualidade • Pós Analíticas – Interfaceamento – Laudo 7 HEMOGRAMA 8 Hemograma 9 Avaliação quantitativa e morfológica dos elementos figurados/células do sangue - Eritrograma - Leucograma - Plaquetograma Eritrograma • Hemácias • Hemoglobina • Hematócrito • Indices Hematimétricos – VCM: caracteriza o tipo de anemia = macro (98 ftL), micro ( 80 ftL) ou normo (80 a 98 ftL) – HCM: geralmente esta elevado em casos de macrocitose e reduzido em casos de hipocromia – CHCM: valores acima de 36% (31 a 35%) - esferocitose 10 www.googleimagens.com.br Eritropoietina • Hormônio glicoproteico produzido nos rins (90%) e fígado (10%) • Proliferação e estimulação de precursores eritroides 11 www.fleury Profa Dra Sally Monteiro 12 Hemoglobinopatias 13 laboratoriovirtual.over-blo.g Hemoglobinopatia 14 www.portalsaofrancisco.com.br Legislação Brasil • A Portaria Nº 1.391, de 16 de agosto de 2005, institui no SUS, as diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias, cujo objetivo é mudar a história natural desta doença no Brasil reduzindo a morbimortalidade e trazendo qualidade de vida com longevidade a todas essas pessoas. 15 Leucograma • Contagem global de Leucocitos • Contagem diferencial de leucócitos – Neutrófilos – Eosinófilos – Basófilos – Monócitos – Linfócitos 16 www.googleimagens.com.br 17 Plaquetograma 18 - Verificar número de plaquetas - Plaquetose: inflamação, anemias (ferropriva na infância, pós- hemorrágica), AR, pós-operatório, pós- esplenectomia. - Plaquetopenia: exige confirmação por nova coleta (verificar se não há coágulos no tubo). Abaixo de 80.000 o paciente apresenta sintomas de hemorragia. Observação • Um dos resultantes da queima do tabaco, o monóxido de carbono, possui alta afinidade pela hemoglobina, ligando-se a ela, e indisponibilizando o sítio de ligação para a molécula de oxigênio. • Dessa forma, há uma diminuição da concentração de oxigênio e aumento dos valores de carboxihemoglobina. • Em função disso, o organismo, compensatoriamente, aumenta a produção de eritrócitos, numa tentativa de aumentar a disponibilidade dos sítios de ligação com o oxigênio. Com isso, o sangue torna-se mais viscoso, comprometendo a circulação periférica e a oxigenação dos tecidos (OGA, 2008; NORDENBERG, et. al., 1990; NUNES, 2006). 19 Status Férrico 20 Adaptado de Domenico et al. 2008; 9: 72-81 5-10% 75% 10-20% Perdas: 1 a 2 mg/dia Profa Dra Sally Monteiro 21 Necessidades e Absorção 22 Absorção no intestino delgado Forma hêmica Íon ferroso (Fe++) Mário Hirata – USP/SP Deficiência • Diminuição da síntese do heme • Anemia • Hipóxia tecidual • 20 a 30% população mundial • Carência nutricional mais prevalente em todo mundo • Principalmente lactentes, pré-escolares, adolescentes e gestantes • Fraqueza, diminuição da capacidade respiratória e tontura • Distúrbios cognitivos 23 Profa Dra Sally Monteiro 24 CANÇADO R D, 2010. WebMeeting - Roche Online. Estágios Carência de Ferro • Depleção de ferro – Afeta depósitos – Período de maior vulnerabilidade • Deficiência de ferro – Eritropoiese ferro deficiente – Alterações bioquímicas que refletem a insuficiência de ferro • Anemia ferropriva – Diminuição [Hb] – Prejuízo funcional para o organismo 25 26 CANÇADO R D, 2010. WebMeeting - Roche Online. Profa Dra Sally Monteiro 27 CANÇADO R D, 2010. WebMeeting - Roche Online. Profa Dra Sally Monteiro Sobrecarga • Lesão de diferentes tecidos • Reação de óxido-redução • Geração de radicais livres • Destrói membrana celular, proteínas e DNA • Hemocromatose: aumento da absorção; deposição de ferro em vários órgãos que leva a fibrose ou insuficiência do órgão • Envenenamento por ferro: crianças - desferrixamina • Transfusão Profa Dra Sally Monteiro 28 29 http://hemocromatose.blogspot.com.br/ Hemostasia 30 31 www.fleury.com.br 32 Hemostasia - Coagulograma Profa Dra Sally Monteiro 33 Hemostasia Primária Hemostasia Secundária Fibrinólise www.googleimagens.com.br Hemostasia Primária 34 Hemostasia Secundária 35 36 Perfil Glicídico 37 Perfil Glicídico • Determinação da concentração de glicose no sangue/ verificação do controle da glicemia • Jejum de 08 a 10 horas • Glicose no sangue • Glicose capilar • Teste Oral de Tolerância a Glicose (TOTG) • Hemoglobina Glicada 38 www.googleimagens.com.br DIRETRIZES SBD, 2009/2012 39 Glicemia Jejum Glicemia 2h TOTG Hb glicada Normal 99 129 5,6 Pré-diabético 100 a 125 130 a 199 5,7 a 6,4 Diabético > 126 > 200 > 6,5 • Hb glicada 6,5 = diagnóstico confirmado com segunda dosagem • Glicemia de jejum 126 mg/dL com confirmação • Glicemia 200 mg/dL apósTOTG (desempate) • Glicemia ao acaso com sintomatologia 200 mg/dL 40 SBD, 2012 Diagnóstico • Glicose de jejum (08 a 12 horas) • TOTG: carga de 75 g de glicose. • Glicemia casual: sem padronização de tempo após a última refeição • Glicemia pós-prandial (GPP): 2 horas após as principais refeições • Hb Glicada (ADA, 2012) Profa Dra Sally Monteiro 41 DIRETRIZES SBD, 2009/2012 Perfil Lipídico 42 Perfil Lipídico • Verificação da concentração dos lípides sanguíneos: 43 Dificuldade de cicatrização Suplementos a base de óleo Tipo de alimentação e medicação www.googleimagens.com.br • Não HDL Colesterol • Lipoproteína(a) – Lp (a) • Homocisteína (HCY) • Proteína C Reativa (PCR-as) www.googleimagens.com.br Metas LDL e não HDL LDL-C Não-HDL-Ca Risco de CHD e equivalentes de risco < 100 (2,58) < 130 (3,36) Fatores múltiplos (≥2) de risco < 130 (3,36) < 160 (4,l3) Fatores de risco de 0-1 < 160 (4,13) < 190 (4,91) O valor de não HDL-C é definido pela diferença entre o valor de colesterol total e o de HDL-C Gibbons GH, Dzsu VI NEJM 1994;330:1431-1438 Stress Oxidativo Disfunção Endotelial Fatores de Risco NO Mediadores locais ECA –Ang II tec Trombose Inflamação Vasoconstricção Lesão vascular e remodelamento Ruptura da placa Desfechos clínicos Diabetes Tabagismo Insuficiência Cardíaca PA LDL-C PAI-1 VCAM citocinas Endotélio Fatores de crescimento matricial Proteólise Aterosclerose Modula a captação da LDL por macrófagos Dispara a oxidação da LDL Induz a expressão de PAI-1 Atenua a produção de NO e reduz a expressão da eNOS 49 Presente na placa, mas não na íntima normal Induz a ativação de complemento Aumenta o recrutamento de monócitos para a parede arterial Induz a produção de fator tecidual em monócitos Modifica a vasorreatividade endotelial Induz produção de moléculas de adesão celular, VCAM-1, E-selectina, MCP-1, ET-1, MMP-1, MMP-9. Verma, S et. al. Circulation 2004;109:1914 Thompson D et al. Structure 1999; 7: 169–77. Função Renal 50 Funções Homeostáticas • Regulação do volume plasmático e do equilíbrio hidrolítico (importante determinante da pressão sanguínea) • Regulação da osmolalidade sanguínea • Manutenção do equilíbrio eletrolítico (Na+, K+, Cl-, Ca2+, Mg2+, SO4- -, PO4- -) • Regulação do equilíbrio ácido-base (regula o pH sanguíneo) • Excreção de metabólitos (uréia, ácido úrico, creatinina) STRASINGER, SK. 2000. Funções Bioquímicas • Produção de hormônios: - Eritropoietina (estimula a produção de eritrócitos pela MO); - Renina (enzima que catalisa a produção de Angiotensina); - Calcitriol (forma biologicamente ativa da vitamina D); • Produção de substâncias bioativas (prostaglandinas, adenosina, endotelina, NO, bradicinina, fator de crescimento epidérmico, fator de crescimento tipo insulina); • Síntese de glicose (gliconeogênese), angiotensinogênio e amônia; • Metabolismo de algumas substâncias (insulina). STRASINGER, SK. 2000. Testes da Função Renal 53 Não avaliam a etiologia do distúrbio renal Avaliam a presença ou ausência de disfunção com estimativa aproximada de sua gravidade Depuração 54 55 PROTEINÚRIA Constitui um fator de risco independente para a progressão da doença renal PROTEINÚRIA QUALITATIVA • Teste da fita: • quando positiva deve ser quantificada • quando negativa quantificar (micro) albuminúria PROTEINÚRIA QUANTITATIVA • Urina de 24 horas • Microalbuminúria Diagnóstico Indicação Terapêutica Prognóstico 56 MicroAlbuminúria • Fator de risco para desenvolvimento de doença renal progressiva - hipertensos e diabéticos • Fator de risco cardiovascular 57 Processo inflamatório sistêmico que levaria a disfunção endotelial e consequente aumento da permeabilidade capilar (dos glomérulos) Nefrolitíase Causas: - Minerais /substâncias: solubilidade - Genética Achados laboratoriais Cálcio Oxalato Cistina: cistinose Ácido Úrico Depósito de AU Fatores de risco para litíase Conseqüências: obstrução e dilatação das vias urinárias, infecção, diminuição da função dos rins. Uroanálise Exame Parcial de Urina Exame de Urina Rotina Rotina de Urina Exame de Urina Exame Sumário de Urina Urina E.A.S – Elementos Anormais e Sedimentoscopia Método simples, não-invasivo Informações úteis: patologias envolvendo os rins, o trato urinário Dados indiretos: algumas patologias sistêmicas Exame Parcial de Urina Exame Físico Volume, densidade, aspecto, cor, odor Depósito (presença de sedimento) Exame químico pH, proteínas, glicose, cetonas, sangue, hemoglobina, bilirrubina, urobilinogênio, nitrito Exame microscópico Inorgânicos: cristais Orgânicos: células (leucócitos, hemácias, epiteliais) cilindros, filamentos de muco, bactérias, parasitas, fungos e leveduras Função Hepática 63 Funções do Fígado 64 TFH • Podem auxiliar a diferenciar: - obstrução do trato biliar - lesão hepatocelular - doença crônica do fígado 65 O termo "função hepática" geralmente é utilizado erroneamente na prática clínica para descrever um conjunto de exames laboratoriais que não investigam apenas a função do fígado, mas também a presença de lesão hepatocelular e de vias biliares. Costuma incluir AST, ALT, ALP, GT, albumina, bilirrubinas total e frações e atividade da protrombina. 66 Fatores da Coagulação • O fígado tem papel central na hemostasia, pois sintetiza a maioria dos fatores e inibidores da coagulação, além de algumas proteínas do sistema fibrinolítico e elimina enzimas ativas dos sistemas de coagulação e fibrinólise - distúrbio da hemostasia pode não ocorrer em todas as doenças hepáticas, mas é um meio de seguir a evolução da doença ou avaliar o risco de sangramento. - tempo de protrombina (TP): meia-vida curta indicativo precoce de lesão hepatocelular. 67 A falta de fatores da coagulação podem ocorrer por perda da função dos hepatócitos, mas também por falta de "matéria prima" para a sua síntese – vários fatores de coagulação são dependentes vitamina K (colestase eleva TP – def. vit. K) www.linkmedica.com.br/.../mat6-08-09.html Derivada da degradação do HEME Biotransformada no fígado Excretada na bile e na urina Bilirrubina 68 Enzimas Hepáticas 69 Lesão Hepatocelular - Citólise Lesão Ductolar - Colestase > 8 x VN < 3 x VN < 3 x VN > 4 x VN 70 71 http://www.fleury.com.br/Medicos/SaudeEmDia/RoteirosEManuaisDiagnosticos 72 Metabolismo Ósseo 73 74 Calcemia 75 Síntese de Calcitriol Hormônio derivado da Vitamina D ou 1,25(OH)2-Vitamina D Vitamin D is a fat-soluble vitamin that exists in various forms. Ultraviolet (UV) rays from sunlight trigger vitamin D synthesis in the skin. The liver and kidney help convert vitamin D to its active hormone form, also called CALCITRIOL. [Ca2+] no sangue: PTH vit. D Calcitoni na 0.1M 78 http://cwx.prenhall.com/bookbind/pubbooks/silverthorn2/Regulação da calcemia pelo Paratormônio (PTH) 79 Regulação da calcemia pelo Calcitriol http://cwx.prenhall.com/bookbind/pubbooks/silverthorn2/ Fosfatase Alcalina • Utilidade Diagnóstica: doenças ósseas que cursam com aumento da atividade osteoblástica e na investigação de doenças hepatobiliares A resposta hepática a qualquer tipo de agressão da árvore biliar é sintetizar fosfatase alcalina principalmente nos canalículos biliares. A fosfatase alcalina e osteocalcina são importantes para a formação óssea, assim, são utilizadas como marcadores da atividade dos osteoblastos 81 Progenitoras da matriz óssea precursor de osteoblastos precursor de osteoclastos Osteoblastos Formação de osso novo Osteócito Osteoclasto Resorção óssea Development of osteoblasts and osteoclasts from bone marrow progenitors. Factors affecting the development and function of these cells, bone resorption by osteoclast and new bone formation by osteoblasts. Abbreviations: GH: growth hormone, IGF: insulin like growth factors, PTH: parathyroid hormone. Valsamis et al. 2006. http://www.nutritionandmetabolism.com/content/3/1/36# Estrógenos Andrógenos GH/IGF-1 + Glicocorticóides - Estrógenos Calcitonina Tiroxina Vitamina A + - OS HORMÔNIOS REGULADORES DA REMODELAGEM ÓSSEA 1,25 OHD PTH 82 Progenitoras da matriz óssea precursor de osteoblastos precursor de osteoclastos Osteoblastos Estrógenos Calcitonina - tiazídicos, lítio, estrógenos, tamoxifeno, andrógenos ... Achados Laboratoriais da Calcemia 85 MCPHEE. FISIOPATOLOGIA, 5th Edition. ArtMed. TIREÓIDE 86 REGULAÇÃO DA ATIVIDADE DA TIREÓIDE Hipotálamo Hormônio Liberador Do TSH Hipófise TSH T3 e T4 AUMENTO DO METABOLISMO 87 T3 and T4 são lipofílicos e interagem com a célula alvo através do seu receptor nuclear exocytosis endocytosis diffusion T4 é a forma mais liberada, Mas T3 é mais ativo e é formado a partir do T4, por meio de ação enzimática. 88 REGULAÇÃO DA ATIVIDADE DA TIREÓIDE - Responsável: EIXO HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIO Hormônio liberador da Tireotropina (TRH) hipotálamo Hormônio Estimulante da tireóide (TSH) Hipófise TSH : Estímula síntese tireoglobulina, captação da molécula do Iodo e síntese de T3 e T4 AÇÃO HORMONAL NO METABOLISMO Profa Dra Sally Monteiro 90 91 www.fleury.com.br 92 Fármacos que podem interferir com testes da Função Tiroidiana • Amiodarona • Interferon alfa • Lítio • Aspirina/AINES • Corticosteróides • Fenitoína • Heparina • Estrógenos • Carbamazepina • Betabloqueadores 93 LEE A.; 2009 FUNÇÃO GONADAL 94 Avaliação da Função Gonadal • Homem: exame clínico – Espermograma – Testosterona – FSH/LH • Mulher: exame clínico e de imagem – Tireóide – Adrenal – Hipófise (FSH/LH) – Estradiol – Progesterona – Testosterona 95 www.drashirleydecampos.com.br/noticias/885 professorparriao.blogspot.com/ Fármacos que causam Ginecomastia Fármacos com atividade estrogênica clomifeno, espironolactona, glicosídeos da Digitalis purpurea Fármacos redutores da síntese ou de efeitos da testosterona álcool, cetoconazol, cimetidina, ciproterona, fenitoína, flutamida, espironolactona Fármacos em que o mecanismo é incerto antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos, bloqueadores do canal de cálcio, isoniazida, metadona, metildopa, Cannabis 96 LEE A.; 2009 Fármacos que causam Hiperprolactinemia Analgésicos, como metadona e morfina Antidepressivos (tricíclicos) Anti-hipertensivos (reserpina, metildo verapamil) Antipsicóticos (haloperidol, clorpromazina) Benzodiazepínicos Estrógenos Cimetidina, Ranitidina 97 LEE A.; 2009 Bibliografias Consultadas BURTIS, C.A.; ASWOOD, E.R., BRUNS, D.E. Fundamentos de química clínica. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. FRIEDMAN RB, YOUNG DS. Effect of disease on clinical laboratory tests. 3 rd ed. 1997;Washington, DC:AACC Press. GAW, A. Bioquímica Clínica. 2. ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2001. HENRY, J.B. Diagnósticos clínicos e tratamento por métodos laboratoriais. 19 ed. São Paulo: Premier, 1996. LEE, A. Reação adversa a medicamentos, 2 ed. Artmed: Porto Alegre, 2009. LIMA AO e cols. Métodos de Laboratório Aplicados à Clínica. Guanabara Koogan. p. 393 TEGELMAN R, LINDESKOG P, CARLSTROM K. Peripheral hormone levels in healthy subjects during controlled fasting. Acta Endocrinol 1986;113:457-62. STRASINGER, SK. Uroanálise e fluídos biológicos. Editorial Premier, São Paulo, 3a Edição, 2000, 233p PINTO, Cristina Maria Henrique. Fisiologia Humana: Disponível em: <http://www.cristina.prof.ufsc.br XAVIER, RM; ALBUQUERQUE, GC; BARROS, E. Laboratório na prática Clinica. Artmed, Porto Alegre, 2005. 98 Interferência Exames Laboratoriais x alimentos Exames Laboratoriais x exercício físico Exames Laboratoriais x suplementos alimentares www.googleimagens.com.br Objetivos • Demonstrar interferência de alimentos/suplementos nos resultados de exames laboratoriais • Citar e discutir a causa de alguns interferentes • Apresentar casos verídicos e simulados de interferência para discussão • Enfatizar a importância da educação continuada Profa Dra Sally Monteiro 100 Refeição • A alimentação eleva o valor do hemograma TOMOEDA et al. - RBAC, vol 43 (2) 121-124, 2011 Profa Dra Sally Monteiro 101 Refeição • Alimentação x triglicerídeos Profa Dra Sally Monteiro 102 Refeição • Brócolis, couve, salsa, espinafre, abacate, entre outros possuem alta concentração de vitamina K (coagulação). • Alguns aminoácidos aumentam liberação de insulina. • Grape fruit: Inibe enzima do citocromo P450 (CYP 3A4) = altera metabolismo de vários medicamentos Profa Dra Sally Monteiro 103 www.googleimagens.com.br Refeição • Ingestão recente de alimento. – glicose, ferro, lipídios totais e ALP • Cafeína: estimula medula adrenal. Profa Dra Sally Monteiro 104 Dieta proteica • Uma dieta altamente proteica pode elevar: uréia, amônia e urato. • Também pode interferir na biotransformação da warfarina, por elevar a disponibilidade de albumina • O propanolol pode sofrer elevação da sua concentração sérica quando utiliza-se dieta rica em proteínas – Almoço ou jantar: colesterol e hrm do crescimento 105 Oman Medical Journal (2011) Vol. 26, No. 2: 77-83 www.googleimagens.com.br Creatinina • Quanto mais creatina disponível no músculo, maior formação de fosfocreatina que aumentará a ressintese de ATP • → mais energia para a realização de exercícios de força e explosão, auxiliando no aumento de massa muscular. • Consumo acima de 3g/dia pode ser prejudicial 106 www.googleimagens.com.br Situação Clínica • Paciente com transtorno bipolar, vai ao nutricionista para ganhar peso e o mesma prescreve creatina além de substância que eleva serotonina (Grifonia simplicifolia). • Qual a contra indicação? – Creatinina – Elevação de serotonina Profa Dra Sally Monteiro 107 www.googleimagens.com.br Suplementos Alimentares• A glucosamina, os ácidos graxos essenciais e o óleo de prímula podem aumentar o tempo de protrombina. • A coenzima Q, a soja, a melatonina, o ginseng, o ginkgo biloba e a erva de São João podem fazer diminuir o tempo de protrombina. Revista Factores de Risco, Nº20 JAN-MAR 2011 108 www.googleimagens.com.br Suplementos Alimentares • Maltodextrina = carboidrato complexo – glicemia • Glutamina = não é um aminoácido essencial e a maior parte do que é ingerido é consumido pelos enterócitos • B-Hidroxi B-Metil-butirato = metabólito da leucina - que é um aminoácido de cadeia ramificada (síntese proteica) • L carnitina = fundamental para transporte de AGX, mas a biodisponibildade quando ingerida é baixa 109 www.googleimagens.com.br Suplementos • Estudo com ômega 3 x perfil lipídico – em cobaias 110 www.googleimagens.com.br Situação Clínica • Paciente com história de câncer no intestino há 3 anos, em uso de glutamina cronicamente, para ter melhor rendimento na academia. • Discuta esta indicação ... 111 www.googleimagens.com.br Repositores Hidroeletrolíticos • Possuem principalmente cloreto e sódio + carboidrato Alterações provocadas pela desidratação 112 www.googleimagens.com.br Fitoterápicos • Canela: há pacientes que relatam aumento da pressão arterial com o consumo • Centella Asiática: Há risco moderado de interação com drogas hepatotóxicas • Cáscara sagrada: interfere em testes colorimétricos e pode levar a hipocalemia 113 www.googleimagens.com.br Fitoterápicos • Chá verde: por ter cafeína diminui absorção de metais divalentes, diminui absorção do Ferro, Ácido fólico • Chá verde: pode irritar a mucosa gástrica, aumentar a concentração de catecolaminas, pode aumentar os níveis de creatinina urinária e cálcio urinário. • Chá verde: há risco de hepatotoxicidade e elevação das enzimas hepáticas e alteração da função tireoidiana por ser rico em flúor inorgânico. 114 www.googleimagens.com.br Fitoterápicos • Alcachofra: por ter efeito diurético, pode interagir sinergicamente com diuréticos e levar a hipocalemia e depleção de volume. • Sene: Como é um laxante, ocasiona uma diminuição do tempo do trânsito intestinal e com isso ocasionar perda de potássio. • Ginseng: Alguns relatos de casos sugerem que este possui atividade semelhante aos hormônios estrogênicos 115 www.googleimagens.com.br Fitoterápicos • Extrato de alcaçuz, aumenta o excesso de cortisol aos receptores de mineralocorticoide causando depleção e retenção de potássio de sódio, respectivamente. • Mirtilo, alho, gingko, palmetto, foram relacionados com alterações do tempo de protrombina e problemas hemorrágicos. Oman Medical Journal (2011) Vol. 26, No. 2: 77-83 116 www.googleimagens.com.br Fitoterápicos • Propriedade hipoglicemiante: Trigonella foenum- graecum (Feno Grego), Allium sativum (Alho), Cyamopsis tetragonolobus (Goma- aguar), Plantago ovata. • Propriedade hiperglicemiante: Zingiber officinale (Gengibre) ou Urtiga dióica (Urtiga). • Erva de São João (Hypericum perfuratum) = hiperglicemia (libera adrenalina) 117 Situação Clínica • 1. Paciente com hipotireoidismo em uso de linhaça, chá verde e sucralose. • Discuta esta indicação ... 118 www.googleimagens.com.br Vitaminas • Zinco diminui absorção do cobre. • Cálcio diminui a absorção do Ferro. • Sódio aumenta a excreção do Cálcio. • Vitamina C diminui a absorção do Zinco. • Vitamina C e Vitamina E devem ser utilizadas juntas pois uma regenera a outra dentro do organismo. Revista Factores de Risco, Nº20 JAN-MAR 2011 119 Vitaminas • Altas doses de vitamina B6 são consideradas perigosas porque podem causar efeitos secundários graves, incluindo danos nos nervos dos braços e pernas. • Grandes quantidades de vitaminas C e E pode induzir resultados falsamente diminuídos por inibirem a glicação da hemoglobina 120 www.googleimagens.com.br Situações Clínicas • Paciente em uso de fórmula vitamínica que contém Ferro, vitamina C, Zinco e Cobre, pra tomar no mesmo horário. • Paciente portador de talassemia fazendo uso de suplementação de ferro. • Paciente utilizando anticoagulante oral e com indicação de suplementação de vitamina K. • DISCUSSÃO! 121 Situação Clínica • Paciente diabético do tipo II há aproximadamente 05 anos. Descompensada (glicemia de 545 mg/dL e Hb glicada de 7,5%). Faz uso diário de Vitamina C e Chá de Erva Cidreira. • Foi fazer exame de urina do tipo I por suspeitar de infecção urinária. O resultado do exame apresentou glicosúria negativa e presença de leveduras na urina. Presença moderada de leucócitos e células epiteliais. • DISCUSSÃO 122 Antioxidantes • Os anti-oxidantes em doses elevadas podem ter uma ação anti-plaquetaria • Compostos fenólicos (antioxidantes - reação in vitro) = diminuem a glicose, bem como colesterol e triglicerídeos – Boldo (Peumus boldus) – Erva Cidreira (Melissa officinalis e Cymbopogon citratus) – Camomila (Matricaria chamomilla) Revista Factores de Risco, Nº20 JAN-MAR 2011 123 Situação Clínica • Paciente cardiopata, em uso de AAS, foi ao nutricionista que prescreveu ômega 3 em dose alta, linhaça, semente de chia e vitamina E. • Há contra indicação? • Justifique 124 Exercício Físico • Utilização de antioxidante (Vit. C ou E) pré e pós treino: efeitos em dados antropométricos e exames laboratoriais. 125 Figure 25-1: Energy metabolism in skeletal muscle Exercício Físico Profa Dra Sally Monteiro 126 Exercício Físico • Dependendo da intensidade leva a hipoglicemia • Altera perfil lipídico e também as determinações hormonais (p. ex.: prolactina). • Extenuante = elevação de enzimas musculares 127 www.googleimagens.com.br Situação Clínica • Paciente com insônia, malhando a noite e o instrutor da academia indicando cápsulas de cafeína pra melhorar o desempenho no treino. • Há contra indicação? • Justificar. 128 www.googleimagens.com.br Situações Clínicas • 1. Paciente sexo feminino, foi ao nutricionista, que prescreveu hormônio (testosterona), sendo que a mesma estava apresentando queda de cabelos. • 2. Paciente com história de Púrpura trombocitopênica idiopática e aí prescreveram ômega 3 (dose baixa). • 3. Paciente foi fazer perfil lipídico e observou que a concentração de triglicerídeos estava anormalmente elevada. Sem evidências de patologias e dieta acompanhada por nutricionista. Discuta. 129 Situação Clínica • Paciente, 20 anos, com hábito de uso de Chá Verde (Camellia sinensis) diário. • Testes de função hepática: Aminotransferases soro 60U/L, Gama-glutamil transpeptidase soro 70U/L (0-50 U/L) e Fosfatase alcalina soro > 250U/L/(53-128U/L). • Marcadores de hepatite viral: anticorpos anti-mitocondria, anti-núcleo, antimúsculo liso normais Ultrassom de abdômen normal • Biópsia hepática – negativa para colangite esclerosante ou cirrose biliar primária. • Leve colestase Profa Dra Sally Monteiro 130 Referências Consultadas Effects of drugs on clinical laboratory tests. 4th edição. Donald S. Young, AACC Pres, 1995. Effects of disease on clinical laboratory tests. 4th ed. Donald S. Young, AACC Pres, 2001. Fundamentos dequímica clínica. 6 ed. Rio de Janeiro. BURTIS, C.A.; ASWOOD, E.R., BRUNS, D.E. Elsevier, 2008. National Committee for Clinical Laboratory Standards: interference testing in clinical chemistry. Proposed Guideline. Document EP7-P. (NCCLS) 1986. Samples: from the patient to the laboratory. 2nd ed., Guder et al., Git Verlag, 2001. Tietz textbook of clinical chemistry. 3th ed. Burtis & Ashwood (Eds.), 1999. 131 Profa Dra Sally Monteiro OBRIGADA 132 Profa Dra Sally Monteiro
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