Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
2 - Introdução.pptx Sistemas de Controle I Introdução Roteiro O que é um sistema de controle? Para que serve? Como projetar? O que é um sistema de controle? Sistema mecânico, elétrico, químico ou de outra natureza que atua sobre um processo (planta) com o objetivo de fazer com que o sistema se comporte de acordo com um padrão Malha aberta e malha fechada Controle em malha aberta Controle em malha fechada Qual a diferença? Controle em malha aberta Controle em malha fechada MF MA Desafio Dê um exemplo de uma tarefa do dia a dia que pode ser feita em malha fechada ou em malha aberta. Justifique qual a melhor forma de executar a tarefa Para que serve? Estabilidade Autonomia Rastreamento (precisão) Economia (otimização) Como projetar? Modelagem e análise Projeto analítico simulação Projeto físico 3 - Modelagem de sistemas.pptx Modelagem de sistemas O que é um modelo? Por que modelagem? Tipos de modelo Linearização Por que linearizar? Modelo MAGLEV Linearização do MAGLEV O que é um modelo? Modelo MAGLEV ou Modelo entrada/saída Equações de estados Modelos de força magnética O que é um modelo? Simplificação da realidade Equações matemáticas “Um modelo deve ser tão simples quanto possível, mas nunca mais simples” Einstein. O que podemos falar sobre o modelo? Tempo: Contínuo (equação diferencial) Discreto (equação de diferenças) Abordagem: Entrada/saída (função de transferência) Estados (equações matriciais) Exemplo de equação de diferenças O que fazer com o modelo? Equilíbrio do MAGLEV Cilindro parado Linearização Função de transferência Simulação (exercício) Construa um modelo de simulação do ambiente Simulink Pesquise sobre como você poderia simular o mesmo sistema usando integração numérica em linha de comando (funções “ode”) Vamos generalizar: Equilíbrio de um sistema Entrada/saída: todas as derivadas nulas Modelo de estados: Sistema de equações algébricas Linearização Entrada/saída: expandir todas as funções algébricas em série de Taylor ao redor de um ponto de equilíbrio Estados: usar série de Taylor matricial Linearização Função de transferência geral Variáveis “internas” despercebidas Linearização Equação de estados geral Variáveis “internas” explícitas n x n n x p q x n q x p n – estados p – entradas q - saídas Exercícios Pesquise: Pêndulo invertido Ball-beam/ Ball-plate Pêndulo simples Oscilador Duffing Oscilador Van der Pol Analise o equilíbrio; linearize Aspectos práticos do MAGLEV Modelo do sensor Modelo da bobina Modelo do controlador Como medir os sinais? Como armazenar os sinais? 4 - Especificações de desempenho.pptx Especificações de desempenho Objetivos do MAGLEV? Estabilidade Sobressinal (overshoot) Tempo de subida/pico Erro de regime Margens de estabilidade Estabilidade Todo sistema de controle é projetado para funcionar estável O que acontece se o sistema for instável? Harrier jump jet Segway Resposta ao degrau Resposta ao degrau Sistema de segunda ordem padrão Pólos Interpretação geométrica Eixo imaginário Eixo real x x s wd wn j Resposta ao degrau (subamortecido) Exercício Deduzir as fórmulas de overshoot e tempo de pico Propor uma maneira de obter as fórmulas de tempo de subida e de acomodação Para o MAGLEV O que acontece se: O overshoot for grande? E se for pequeno? O tempo de pico for grande? E se for pequeno? Pólos dominantes Experimento na bancada Com o controlador analógico funcionando, injetar um sinal de referência do tipo onda quadrada Armazene os sinais (corrente e posição) Plote os sinais no MATLAB Analise os sinais quanto ao desempenho 5 - Amplificadores operacionais.pptx Amplificadores operacionais Buffer Ganho Integrador Diferenciador Digramas de simulação Princípios básicos: Não circula corrente para dentro do amplificador Buffer Ganho Somador Diferenciador Integrador Diagramas de simulação K - Exercício Proponha um diagrama de simulação de um sistema com dois pólos e dois zeros, que podem ser variados com ampla liberdade Projete um sistema de amplificadores que implemente a função do diagrama 6 - Controladores PID.pptx Controladores PID Ação proporcional Ação derivativa Ação integral Realização analógica Controle do MAGLEV Ação proporcional A ação é instantânea e proprocional à magnitude do erro Analogia Saúde: uma pessoa que toma precauções médicas apenas no momento em que tem necessidad Exemplos Analise: Pólos de malha fechada Sinal de saída Sinal de entrada Exemplo Ação derivativa A ação é antecipativa e proporcional à taxa de variação do erro Analogia Saúde: uma pessoa que toma precauções médicas antes de realmente necessitar. Exemplo Ação integral A ação é cumulativa e proporcional à integral do erro Analogia Saúde: uma pessoa que toma precauções após repetidos episódios de mal estar Exemplo Raciocine: Como seria a analogia das ações P, I e D nas seguintes situações? Finanças (endividamento) Universidade (desempenho na disciplina) Ações PD e PI Ação PID Em geral: Ação derivativa melhora o overshoot Ação integral melhora o erro de regime Realização analógica Controle do MAGLEV PID Exercícios no MATLAB Simule o MAGLEV com um controlador PID. Varie os ganhos individualmente e observe o que acontece Exercício na bancada Varie os ganhos do controlador analógico interno. Verifique o que acontece Utilize o controlador analógico interno para calibrbação do sensor 1 - Apresentação.pptm Sistemas de Controle I 2015/02 Conteúdo Metodologia Avaliação Bibliografia Aplicações Engenharia Aeroespacial Robótica Geração de energia Tendências Controle adaptativo Controle robusto Controle ótimo Controle embarcado Controle inteligente Ementa do curso Modelagem Especificações de desempenho Amplificadores operacionais Controladores PID Lugar geométrico das raízes Resposta em frequência Metodologia Aulas teóricas e práticas Temática principal: MAGLEV Trabalho em equipe Apenas controle analógico Objetivo: visualizar todos os aspectos de um sistema de controle Avaliação Entrevistas com as equipes Relatórios escritos Exercícios Livros texto Franklin, Gene. “Sistemas de Controle em Engenharia”, 2a Edição. Editora Pearson. Nise, Norman. “Engenharia de Sistemas de Controle” 6a Edição. Editora LTC Monografias MAGLEV Ball Beam TCC_BallBeam_Paulo.pdf Construção de Protótipo de Bancada para Ensino e Pesquisa de Sistemas de Controle: “Ball & Beam” Paulo Sergio Nascimento Filho 2 o Semestre / 2008 INSTITUTO DE TECNOÇOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO GUAMÁ BELÉM - PARÁ UFPA ii UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA Paulo Sergio Nascimento Filho Construção de protótipo didático de bancada para o ensino e pesquisa de sistemas de controle: “Ball & Beam” BELÉM 2008 TRABALHO SUBMETIDO AO CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO ELETRICISTA. iii Construção de protótipo de bancada para o ensino e pesquisa de sistemas de controle: ”Ball & Beam” Este trabalho foi julgado em ____/____/____ adequado para obtenção do Grau de Engenheiro Eletricista, e aprovado na sua forma final pela banca examinadora que atribuiu o conceito _________________. __________________________________ Prof. Dr. Orlando Fonseca Silva ORIENTADOR __________________________________ Prof. Dr. Carlos Tavares da Costa Júnior MEMBRO DA BANCA EXAMINADORA __________________________________ Prof. Dr. Walter Barra Junior MEMBRO DA BANCA EXAMINADORA __________________________________ Msc. Max Rothe Neves MEMBRO DA BANCA EXAMINADORA __________________________________ Prof. Msc. Edson Ortiz de Matos DIRETOR DA FACULDADE DE ENGENHRAIA ELÉTRICA iv DEDICATÓRIA Dedico este Trabalho a Deus, pois, se não fosse por Ele, talvez eu não tivesse chegado aonde cheguei. Aos meus queridos pais, Paulo e Cátia, por toda dedicação e amor que deram para mim. Aos meus amigos e aos meus parentes, que me apoiaram e acreditaram e mim, em especial, a minha tia Maria Cristina. A minha namorada Cristiane pelos momentos inesquecíveis. A minha avó, Maria Antônia, por ter sido a maior influência na minha formação como pessoa. v AGRADECIMENTOS Ao amigo Max Rothe Neves e ao Professo Orlando Fonseca Silva pelo apoio e orientação. Aos colegas e companheiros do PET, na época em que fui integrante, em especial, o meu amigo Fulton Marion Hiker Júnior pelas trocas de conhecimento. Aos meus amigos do GSEI, Tiago Blanco, Roger Soares e Adolfo Sena, pois com vocês aprendi muito. Aos meus amigos Andersom Roberto Barbosa de Morais e Fabrício Nogueira, pela ajuda importante. Aos Professores Jurandyr Nascimento Garcez, Carlos Tavares e Walter Barra Júnior pelas oportunidades. A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho. vi SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS.................................................................................................... LISTA DE TABELAS................................................................................................... LISATA DE QUADROS............................................................................................... LISTA DE SÍMBOLOS................................................................................................ RESUMO........................................................................................................................ CAPÍTULO 1 – Introdução.......................................................................................... 1.1 – Considerações Gerais................................................................................... 1.2 – Objetivo do Trabalho.................................................................................... 1.3 – Metodologia utilizada no desenvolvimento do protótipo............................. CAPÍTULO 2 – Modelagem Matemática e Levantamento de Parâmetros............. 2.1 – Modelagem Matemática do Sistema Dinâmico “Ball & Beam”................. 2.1.1 – Velocidade angular da esfera.................................................................... 2.1.2 – Posição e velocidade da esfera................................................................. 2.1.3 – Aplicação da equação de Lagrange.......................................................... 2.1.4 – Linearização do Modelo Matemático em torne de um ponto de operação........................................................................................................................... 2.1.5 – Parâmetros do Modelo Matemático do “Ball & Beam”........................... 2.2 – Modelagem Matemática do Motor CC – Atuador Eletromecânico............. 2.2.1 – Modelo do motor CC................................................................................ 2.2.2 – Ensaios para estimação de parâmetros do motor...................................... 2.3 – Modelo Matemático do Sistema Considerando Planta e Atuador............... 2.3.1 – Modelo contínuo....................................................................................... 2.3.2 – Modelo Discreto....................................................................................... ix xii xiii xiv xv 1 1 2 2 3 3 5 5 7 11 13 15 15 17 20 20 21 vii CAPÍTULO 3 – Desenvolvimento e Construção do Protótipo.................................. 3.1 – Estrutura Física............................................................................................ 3.2 – As Partes que Compõem o Protótipo.......................................................... 3.2.1 – Barra e sensor de posição da esfera.......................................................... 3.2.1.1 – A constante de proporcionalidade do sensor de posição da esfera........ 3.2.2 – O motor CC e o sensor de posição angular da barra................................ 3.2.2.1 – A Constante de proporcionalidade do sensor de posição angular da barra................................................................................................................................. 3.3 – Componentes Eletrônicos Utilizados no Desenvolvimento do Protótipo... 3.3.1 – O dsPIC30F3014 e seus periféricos.......................................................... 3.3.1.1 – Conversor A/D de 12 Bits..................................................................... 3.3.1.2 – Módulo UART....................................................................................... 3.3.1.3 – O módulo de comunicação SPI............................................................. 3.3.1.4 – Timer 3.................................................................................................. 3.3.2 – O conversor D/A de 12 Bits MCP4921.................................................... 3.3.3 – Circuito integrado gerador de referência de tensão REF192.................... 3.3.4 – Os circuitos integrados TL082 e TL084................................................... 3.3.5 – Os transistores Darlington de potência TIP122 e TIP127........................ 3.4 – Circuitos Utilizados no Desenvolvimento do Protótipo.............................. 3.4.1 – Buffer ou seguidor de tensão.................................................................... 3.4.2 – Filtro passa-baixa de primeira ordem ativo.............................................. 3.4.3 – Amplificador de diferenças...................................................................... 3.4.4 – Amplificador não inversor....................................................................... 3.4.5 – O amplificador de potência “Push-Pull” classe B.................................... 3.5 – Condicionamento para os Sensores............................................................. 3.5.1 – O circuito condicionador.......................................................................... 3.5.2 – Projeto do circuito condicionador............................................................ 3.5.3 – Cálculo das derivadas dos sinais e .................................................... 3.6 – O Algoritmo de Cálculo das Variáveis de Estados..................................... 3.7 – Condicionamento para os Sinais de Controle............................................. 3.7.1 – Circuito condicionador para os sinais de controle................................... 3.7.1.1 – Projeto do circuito condicionador para o sinal de controle................... 23 23 23 24 25 25 26 26 26 28 28 29 30 30 31 31 32 32 32 33 34 35 35 36 37 38 39 39 40 41 42 viii 3.7.2 – Fonte de corrente controlada por tensão.................................................. 3.7.2.1 – Projeto da fonte de corrente controlada por tensão............................... CAPÍTULO 4 – Análise da Planta e Projeto de Controladores................................ 4.1 – Análise em Malha Aberta........................................................................... 4.1.1 – Estabilidade do sistema............................................................................ 4.1.2 – Controlabilidade e Observabilidade......................................................... 4.1.4 – Resposta em freqüência............................................................................ 4.2 – Controle por Alocação de Pólos Utilizando Realimentação de Estados............................................................................................................................. 4.2.1 – Controlador digital por realimentação de estados com integrador na malha direta..................................................................................................................... 4.2.2 – Determinação da matriz de realimentação de estados K e do ganho do integrador IK para o sistema de controle do “Ball & Beam”......................................... CAPÍTULO 5 – Resultados.......................................................................................... 5.1 – Resultados................................................................................................... 5.1.1 – Resultados construtivos............................................................................ 5.1.2 – Resultados simulados e experimentais..................................................... CAPÍTULO 6 – Conclusões.......................................................................................... 6.1 – Considerações gerais................................................................................... 6.2 – Dificuldades................................................................................................ 6.3 – Propostas para Trabalhos Futuros............................................................... REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................ APÊNDICE A – Códigos Gráficos em LabView do VI Principal e do sub-VI que configura a comunicação serial da Interface Homem Máquina............................... APÊNDICE B – Código em C do algoritmo implementado no dsPIC30F3014 que controla e gerencia o protótipo.............................................................................. 42 43 44 44 44 45 46 46 48 50 55 55 55 56 58 58 58 59 60 61 62 ix LISTA DE FIGURAS CAPÍTULO 2 Figura 2.1 – Sistema Dinâmico “Ball & Beam”............................................................. Figura 2.2 – Sistema de Coordenadas............................................................................ Figura 2.3 – Geometria e Dinâmica do Movimento de Rotação da Esfera.................... Figura 2.4 – Geometria da Planta................................................................................... Figura 2.5 – Representação do modelo linearizado em Espaço de Estados................... Figura 2.6 – Medição de h.............................................................................................. Figura 2.7 – Calculo de R............................................................................................... Figura 2.8 – Motor CC com redução.............................................................................. Figura 2.9 – Modelo do motor CC em diagrama de blocos........................................... Figura 2.10 – Modelo do motor CC com rotor bloqueado............................................. Figura 2.11 – Medição de velocidade angular utilizando um Tacômetro...................... Figura 2.12 – Fonte de alimentação com indicadores de tensão e corrente................... Figura 2.13 – Modelo do sistema atuador-planta em diagrama de blocos..................... Figura 2.14 – Representação do modelo discretizado em espaço de estados................. Figura 2.15 – Diagrama de blocos do sistema discretizado........................................... CAPÍTULO 3 Figura 3.1 – O protótipo didático “Ball & Beam”.......................................................... Figura 3.2 – Diagrama esquemático e funcional da arquitetura geral do protótipo....... Figura 3.3 – Detalhes da Barra....................................................................................... Figura 3.4 – Esquema elétrico do sensor de posição da esfera sobre a barra................. Figura 3.5 – Constante de Proporcionalidade................................................................. Figura 3.6 – Servo-motor CC......................................................................................... Figura 3.7 – Constante de Proporcionalidade................................................................. Figura 3.8 – Pinagem do micro-controlador dsPIC30f3014.......................................... Figura 3.9 – Representação em diagrama de blocos do conversor A/D......................... Figura 3.10 – Ilustração de transmissão serial de dados................................................ Figura 3.11 – Interface de comunicação serial PC/dsPIC.............................................. 4 4 5 6 12 14 14 15 17 18 19 20 21 22 23 24 25 25 26 26 27 27 28 29 30 30 x Figura 3.12 – Conversor D/A......................................................................................... Figura 3.13 – Comandos de escrita no MCP4921 pela comunicação SPI..................... Figura 3.14 – Representação em diagrama de blocos do conversor D/A...................... Figura 3.15 – CI gerador de referência de tensão de 2,5V............................................. Figura 3.16 – Circuitos integrados com amplificadores operacionais........................... Figura 3.17 – Transistores Darlington............................................................................ Figura 3.18 – Circuito seguidor de tensão ou buffer...................................................... Figura 3.19 – Filtro passa-baixa..................................................................................... Figura 3.20 – Amplificador de diferenças...................................................................... Figura 3.21 – Amplificador não-inversor....................................................................... Figura 3.22 – Amplificador de potência “Push-Pull” classe B...................................... Figura 3.23 – Diagrama esquemático do processo de condicionamento do sensor de posição da esfera........................................................................................ Figura 3.24 – Diagrama esquemático do processo de condicionamento do sensor de posição angular da barra............................................................................. Figura 3.25 – Circuito condicionador............................................................................. Figura 3.26 – Diagrama de blocos do processamento que gera os sinais de controle.... Figura 3.27 – Circuito condicionador do sinal de controle............................................ Figura 3.28 – Fonte de corrente controlada por tensão.................................................. CAPÍTULO 4 Figura 4.1 – Mapa de pólos e zeros do “Ball &Beam” no plano S................................ Figura 4.2 – Representação do modelo matemático do “Ball & Beam” no espaço de estados........................................................................................................ Figura 4.3 – Resposta em Freqüência do sistema “Ball & Beam”................................. Figura 4.4 – Sistema de Controle em Malha Fechada.................................................... Figura 4.5 – Sistema de controle digital com um integrador inserido no ramo direto........................................................................................................... Figura 4.6 – Região no plano S que satisfaz as condições impostas por M e st ............ Figura 4.7 – Diagrama de blocos montado no Simulink pata simular o sistema de controle em malha fechada......................................................................... Figura 4.8 – Simulação da resposta da planta a uma entrada degrau............................. 31 31 32 32 33 33 34 35 35 36 37 38 38 39 42 43 44 46 47 47 48 49 52 54 54 xi CAPÍTULO 5 Figura 5.1 – O protótipo didático................................................................................... Figura 5.2 – Interface homem-máquina......................................................................... Figura 5.3 – Resposta ao degrau simulada e a real......................................................... Figura 5.4 – Resposta a onda quadrada.......................................................................... CAPÍTULO 6 Figura 6.1 – Sinal de controle contaminado por ruído................................................... APÊNDICE A Ilustração A.1 – Código gráfico do VI principal da IHM.............................................. Ilustração A.2 – Código gráfico do sub-VI (Lê-Bytes) de configuração da comunicação serial..................................................................................... 55 56 57 57 58 61 61 xii LISTA DE TABELAS CAPÍTULO 2 Tabela 2.1 – Dados extraídos de (Neves, 1999)............................................................. Tabela 2.2 – Dados medidos ou calculados.................................................................... Tabela 2.3 – Medidas realizadas nos ensaios com rotor bloqueado............................... Tabela 2.4 – Medidas realizadas nos ensaios de malha aberta....................................... Tabela 2.5 – Parâmetros estimados................................................................................ 13 14 18 20 21 xiii LISTA DE QUADROS CAPÍTULO 3 Quadro 3.1 – Algoritmo de cálculo das variáveis de estados......................................... Quadro 3.2 – Algoritmo que processa o sinal de controle............................................. CAPÍTULO 4 Tabela 4.1 – Base de regras do controlador PD fuzzy.................................................... 41 42 59 xiv LISTA DE SÍMBOLOS Posição linear da esfera sobre a barra. Posição angular da barra. Torque aplicado pelo motor. Velocidade angular da esfera. Deslocamento angular da esfera em relação a {X, Y}. Deslocamento angular da esfera em relação a {X’, Y’}. R Raio de rotação da esfera. r Raio da esfera. h Distância entre o centro de massa da barra ao contato da esfera com a barra. m Massa da esfera. g Aceleração da gravidade. J Momento de inércia da barra. I Momento de inércia da esfera. v Velocidade linear da esfera em relação ao referencial. ( )bbG s Função de transferência do “Ball & Beam”. ( )G s Função de transferência “Ball & Beam” e o motor CC. x e y Coordenadas cartesianas. a e b Variáveis auxiliares. n Relação de engrenagens da caixa de redução. k Constante de torque. ek Constante de força contra-eletromotriz. ts Tempo de Acomodação. M Sobre-sinal. xv Resumo Este trabalho tem o objetivo de desenvolver um protótipo didático de bancada, o sistema dinâmico “Ball and Beam”, para ser utilizado em ensino e pesquisa de Engenharia de Sistemas de Controle e Instrumentação Eletrônica no Laboratório de Engenharia Elétrica e Computação. Esse protótipo, em trabalhos anteriores, já havia sido construído, mas devido ao sucateamento, os protótipos anteriores ficaram obsoletos. Protótipos didáticos, como este, podem ser encontrados comercialmente no mercado. No entanto, seu custo é muito elevado e desenvolver um equipamento como ele na universidade gera um ganho maior na formação de estudantes e os custos são bem menores. O “Ball and Beam” é uma planta didática clássica com características interessantes, do ponto de vista do estudo de sistemas de controle, como a não linearidade e estabilidade. Através deste sistema é possível estudar diversas técnicas de controle, sejam elas clássicas, modernas, inteligentes, etc. Neste trabalho, propõem-se a dedução de um modelo matemático mais detalhado para o “Ball and Bem”, o qual será linearizado pelo primeiro método de Lyapunov ou método do jacobiano de linearização de equações de estados. O modelo linearizado é então discretizado e o modelo resultante é utilizado no projeto de controladores digitais no espaço de estados. O controlador digital é implementado num controlador digital de sinais que captura os sinais condicionados dos sensores da planta e gera um sinal de controle para um conversor D/A, que é condicionado por um circuito conversor de sinais de tensão em sinais de corrente para acionar um motor CC. Este motor funciona como atuador eletromecânico para o “Ball and Beam”, ou seja, a planta é controlada por um sinal de corrente injetado no enrolamento de armadura do motor CC. Os sinais de saída e de entrada da planta podem ser vistos através de uma interface gráfica, pois o protótipo se comunica com um PC através da Comunicação serial. Após a construção do protótipo, ensaios foram realizados e os resultados foram comparados com os resultados de simulações. Portanto, com a construção deste equipamento, pretende-se obter um equipamento de baixo custo e flexível que possa ser usado com desenvoltura em atividades de ensino e pesquisa. 1 Capítulo 1 Introdução 1.1 – Considerações Gerais. A construção de protótipos didáticos é uma prática comum em cursos de engenharia, pois é uma tarefa interdisciplinar que contribui na formação de estudantes e professores, na consolidação de conceitos teóricos, aumento da experiência em projetos e associação da teoria à prática, bem como na satisfação e divertimento que trás para os estudantes que os constroem. Os protótipos didáticos são equipamentos com aplicações pedagógicas eficazes no ensino de engenharia, porque é um recurso que possibilita aos estudantes comprovarem como toda a instrução formal em matemática e ciências aplicadas que recebem em sala de aula é importante na descrição e manipulação de fenômenos físicos. Existem diversos tipos de protótipos didáticos que variam entre as engenharias. No caso da Engenharia Elétrica e da Engenharia de Sistemas de Controle, tem-se o pêndulo invertido, o levitador magnético, o sistema de níveis de líquidos, etc., que são protótipos que estão disponíveis comercialmente, mas possuem, geralmente, custo elevado e tecnologia fechada. Por isso desenvolver os próprios protótipos é algo que trás vantagens para instituições de ensino e pesquisa, pois além do custo reduzido, adquiri-se certa independência tecnológica além dos benefícios já comentados para estudantes e professores. Em particular, entre os protótipos didáticos citados, tem-se o sistema de controle Barra-Esfera ou, originalmente em inglês, “Ball & Beam”, o qual é constituído por uma barra e uma esfera que rola livremente sobre a barra e um motor de corrente contínua (motor CC) que serve como atuador para controlar a posição linear da esfera sobre a barra. O “Ball & Beam” é uma planta interessante para aplicação em ensino e pesquisa de sistemas de controle, por ser um sistema dinâmico não linear, rápido (pequena constante de tempo, da ordem de 0,28 seg), de fase não mínima, instável, de quarta ordem, controlável e observável como será demonstrado nos próximos capítulos deste trabalho. Através do “Ball & Beam” é possível aplicar diversas técnicas de controle: Clássicas, Modernas e Inteligentes, mas o interessante deste sistema, por ser um protótipo didático, é permitir o teste de técnicas inovadoras de controle sejam elas lineares ou não-lineares, pois tais testes não são permitidos, geralmente, em plantas industriais devido ao temor de possíveis prejuízos financeiros. 2 1.2 – Objetivo do Trabalho. O objetivo deste trabalho é construir um equipamento didático de bancada para ensino e estudo de sistemas de controle, no caso, o Sistema de controle Barra-Esfera ou “Ball & Beam” com recursos de software e hardware comumente utilizados em laboratório por estudantes e professores, na atualidade. Deduzir um modelo matemático próprio para o sistema. E implementar uma técnica de controle no espaço de estados como exemplo de aplicação de controle do protótipo. 1.3 – Metodologia utilizada no desenvolvimento do protótipo. No desenvolvimento do protótipo, primeiramente, após estudos de trabalhos publicados sobre o assunto em questão, deduziu-se um modelo matemático para o sistema, utilizando como ferramenta a Equação de Lagrange, que resulta num sistema de duas equações não lineares que, em seguida, são linearizadas em torno do ponto de equilíbrio zero, utilizando o primeiro método de Lyapunov ou método do jacobiano. E, através de ensaios de malha aberta e de rotor bloqueado, levantaram-se os parâmetros do motor CC que interessam para o controle do “Ball & Beam”. Os parâmetros referentes à esfera e à barra foram reaproveitados de um trabalho anterior (Neves, 1999), pois estes componentes do sistema foram reaproveitados do referido trabalho. Com o modelo matemático do sistema obtido, projetou-se um sistema eletrônico que embarcasse o controle do sistema e fizesse comunicação com um computador pessoal que comporta uma interface Homem Máquina (IHM) para ter acesso gráfico às variáveis do sistema de controle. Primeiramente, desenvolveram-se circuitos condicionadores para os sensores do protótipo, em seguida, os circuitos que condicionam e amplificam os sinais de controle, depois se desenvolveu o sistema digital que realiza todo o processamento digital das informações dos sensores, gera os sinais de controle e envia as informações serialmente para o PC onde foi instalada a IHM de monitoramento. Em seguida, um controlador foi projetado utilizando o método de alocação de pólos através da realimentação de estados, o qual foi implementado, no sistema eletrônico de controle, via software. Posteriormente, ensaios foram realizados para colher resultados práticos para serem comparados com os resultados de simulação. 3 Capítulo 2 Modelagem Matemática e Levantamento de Parâmetros Em Engenharia de Sistemas de Controle, a obtenção de modelos matemáticos, que representem, satisfatoriamente, a dinâmica do processo ou da planta que se pretenda controlar, é o primeiro passo do desenvolvimento e projeto de sistemas de controle, pois a partir destes modelos são aplicadas técnicas de análise que fornecem informações importantes a respeito da dinâmica da planta, tais como: estabilidade, controlabilidade, resposta em freqüência, etc. A partir destas informações e de parâmetros do modelo do sistema, são projetados os controladores do processo ou planta (Ogata, 2005). Tais modelos podem ser obtidos de maneira analítica ou por técnicas de identificação de sistemas. Na primeira forma, é necessário conhecer a física do sistema e a partir deste conhecimento são levantadas equações diferenciais cujos parâmetros são obtidos através de medições feitas diretamente ou em experimentos. Na segunda forma, pouco ou nenhum conhecimento se tem da física do sistema, mas partindo da resposta da planta a determinados sinais de excitação como o degrau, é possível levantar um modelo que represente a planta satisfatoriamente (Aguirre, 2004). 2.1 - Modelagem Matemática do Sistema Dinâmico “Ball & Beam” O “Ball & Beam” é um sistema mecânico constituído por uma barra que gira em torno do eixo de um motor CC, que funciona como um atuador eletromecânico, e uma esfera que rola livremente sobre a barra como mostra a figura 2.1. A saída do sistema é a posição da esfera sobre a barra e o sinal de entrada que atua na parte mecânica da planta é o torque resultante aplicado pelo motor CC, que é proporcional a corrente elétrica aplicada no seu enrolamento de armadura. Considera-se o referencial inercial no centro de massa da barra e se adotam dois sistemas de eixos cartesianos {X, Y} e {X’, Y’}, centrados no referencial adotado, onde o primeiro é fixo e o segundo se desloca angularmente em função do deslocamento angular da barra, como mostrado na figura 2.2, (Cazzolato, 2007). 4 Figura 2.1: Sistema Dinâmico “Ball & Beam”. Partindo da descrição da planta e dos referenciais adotados, modela-se o “Ball & Beam”, analiticamente, utilizando como ferramenta a equação de Lagrange, que oferece uma maneira sistemática de obter as equações de movimento do sistema, a partir das suas funções de energia cinética e potencial e das perdas energéticas envolvidas. Em seguida, modela-se matematicamente o motor CC e, realizam-se ensaios e medições para o levantamento dos parâmetros do “Ball & Beam” e do motor CC. Figura 2.2: Sistema de Coordenadas 5 2.1.1 - Velocidade Angular da Esfera. Analisando a geometria e a dinâmica do sistema, Figura 2.3, conclui-se que o deslocamento angular da esfera em relação a {X, Y} é a soma deslocamento angular da esfera em relação a {X’, Y’} com o deslocamento angular da barra, isto é, , onde R , (Hirsch, 1999). Então, derivando , obtém-se a velocidade angular da esfera em relação a {X,Y}, dada pela equação 2.1. R (2.1) Figura 2.3: Geometria e Dinâmica do Movimento de Rotação da Esfera. 2.1.2 - Posição e Velocidade da Esfera. De acordo com a geometria da planta, Figura 2.4, tem-se a posição do centro de massa da esfera, em coordenadas Cartesianas (x, y), em relação aos eixos {X,Y}. Da Figura 2.4, observa-se que tan R h a , portanto, cos sin a R h e sin R h c , portanto, sin R h c . Observa-se também que y e x são dados, respectivamente, pelas equações (2.2) e (2.3). 6 siny a (2.2) cosx a c (2.3) Onde e são o deslocamento da esfera sobre a barra e o deslocamento angular da barra, então substituindo a e c nas Equações (2.2) e (2.3), tem-se as equações (2.4) e (2.5). cos siny R h (2.4) cos sinx R h (2.5) Em seguida, derivando as Eqs. (2.4) e (2.5), obtêm-se as equações (2.6) e (2.7). sin cos siny R h (2.6) cos sin cosx R h (2.7) Então a velocidade v da bola em relação ao referencial inercial é função das derivadas das coordenadas (x, y) da esfera, conforme a equação (2.8). 2 2v x y (2.8) Substituindo as Eqs. (2.6) e (2.7) na Eq. (2.8) e aplicando o teorema fundamental da trigonometria 2 2sin cos 1 , conclui-se que a velocidade da esfera é dada pela equação (2.9). 2 2 2 2 2 22( ) ( )v R h R h (2.9) Figura 2.4: Geometria da Planta 7 2.1.3 - Aplicação da equação de Lagrange A equação de Lagrange é dada pela equação (2.10), (D’Azzo/ Houpis, 1968). i i i i i d T T D V Q dt q q q q (2.10) Onde: T é a função energia cinética total do sistema; D é a função energia dissipada pelo sistema; V é a função energia potencial total do sistema; iQ é a função força generalizada aplicada segundo a coordenada iq ; iq é a coordenada generalizada; iq é a velocidade generalizada e 1,2,...,i n são os graus de liberdade do sistema. Observa-se que o sistema “Ball & Beam” possui dois graus de liberdade, onde e são as coordenadas generalizadas e é força generalizada do sistema, (Cazzolato, 2007), ou seja, em notação vetorial, q , que derivando resulta em q , e 0 Q . Então a energia potencial total, V , do sistema é função somente da massa e da altura da bola em relação a {X, Y}, pois o centro de massa da barra se localiza no referencial do sistema e a energia potencial acumulada em sua massa é nula, ou seja, V mgy . Logo a energia potencial total é dada pela equação (2.11). sin cosV mg R h (2.11) E a energia cinética total, T , do sistema é soma das energias cinéticas devido a cada movimento que ocorre no sistema. Nele ocorrem três tipos de movimento: o movimento da esfera em relação ao referencial inercial, a rotação da barra em relação ao seu centro de massa que está no referencial inercial e a rotação da esfera em torno do seu centro de massa. Logo 2 2 2 2 2 2 mv J I T , ou seja, a energia cinética total é dada pela equação (2.12), onde J e I são os momentos de inércia da barra e da bola, respectivamente. 22 2 2 2 2 22( ) ( ) 2 2 2 m J I T R h R h R (2.12) 8 Considerando todas as perdas energéticas desprazíveis, isto é, 0D e substituindo as Eqs. (2.11) e (2.12) na equação (2.9), segue que: T T q T , onde T e T são dados pelas equações (2.13) e (2.14). 2 T I I m m R h R R (2.13) 22T m R h m m R h J I R (2.14) E derivando, no tempo, as Equações (2.13) e (2.14), tem-se, respectivamente, 2 2 d T I I I I m m R h m m R h dt R R R R e 22 2 d T I m m R h J I m R h m dt R . Logo, o primeiro termo da equação de Lagrange é dado pela equação (2.15). 2 22 2 I I m m R h R Rd T dt q I m m R h J I m R h m R (2.15) Da mesma forma T T q T , onde 2T m e 0 T , ou seja, o segundo termo da equação de Lagrange é dado pela equação (2.16). 2 0 mT q (2.16) E, da mesma maneira, tem-se V V q V , isto é, o terceiro termo é dado pela equação (2.17). 9 sin cos sin mgV mg R hq (2.17) Substituindo as Equações (2.15), (2.16) e (2.17) na Equação (9), chega-se ao sistema de equações não-lineares que descreve a dinâmica do “Ball & Beam”, dado pelas equações (2.18) e (2.19). 22 sin 0 I I m m R h mg m R R (2.18) 22 2 cos sin I m m R h J I m R h m mg R h R (2.19) Em seguida, expressa-se o sistema de equações que descrevem a dinâmica do “Ball & Beam” em formato de equações de espaço de estados, ou seja, ( , , )u tx f x , onde 1 2 3 4 x x x x x e u , então, resolvendo as Equações. (2.18) e (2.19) em termos da aceleração da bola e da aceleração angular da barra, respectivamente, tem-se as equações (2.20) e (2.21). 2 22 2 2 22 2 2 2 ( ) ( ) ( ) sin 2 ( ) ( ) ( ) m R h I R m I R m R h I R m m R h I R mg m m I R m R h I R m I R m m R h J I m R h I R m I R 2 2 2 222 2 2 ( ) cos ( )sin sinmg m R h I R R h mg m m I R m I Rm I R m m R h J I m R h I R m I R (2.20) 2 2 2 2 222 2 2 ( ) ( ) sin 2 cos ( )sinm I R m R h I R m m R h I R mg m m I R mg m I R R h m I R m m R h J I m R h I R m I R (2.21) Como 1 1 2 2 3 3 4 4 x f x f x f x f x , então, obtém-se as equações não lineares do “Ball & Beam”, no espaço de estados, dadas pelas equações (2.22), (2.23), (2.24) e (2.25). 10 1 2f x (2.22) 2 222 2 2 1 ( )m R h I R u f m I R mx m R h J I m R h I R m I R 2 2 1 4 2 222 2 2 1 2 3 2 222 2 2 1 1 3 222 2 2 1 1 2 4 22 2 1 ( ) ( ) sin ( ) cos 2 ( ) m m R h I R x x m I R mx m R h J I m R h I R m I R m R h I R mg x m I R mx m R h J I m R h I R m I R mg m R h I R x x m I R mx m R h J I m R h I R m I R m m R h I R x x x m I R mx m R h 2 2 3 222 2 2 1 2 3 1 4 2 2 ( ) sin sin J I m R h I R m I R mg m R h I R R h x m I R mx m R h J I m R h I R m I R mg x mx x m I R m I R (2.23) 3 4f x (2.24) 4 222 2 1 u f mx m R h J I m R h I R m I R 2 1 4 222 2 2 1 1 2 4 222 2 1 3 222 2 2 1 3 222 2 1 1 ( ) 2 ( ) sin ( )sin co m m R h I R x x m I R mx m R h J I m R h I R m I R mx x x mx m R h J I m R h I R m I R mg m R h I R x m I R mx m R h J I m R h I R m I R mg R h x mx m R h J I m R h I R m I R mgx 3 222 2 1 s x mx m R h J I m R h I R m I R (2.25) 11 2.1.4 – Linearização do Modelo Matemático em torno de um ponto de operação. Para aplicar as técnicas lineares de análise e projeto de sistemas de controle, é necessário linearizar o modelo matemático do “Ball & Beam” em torno de um ponto de operação. Utilizando o método de linearização de Lyapunov, (Slotine, 1991), obtém-se um modelo linearizado do sistema, no espaço de estados, em torno do ponto de operação 1 2 3 4 0x x x x u , no formato da equação (2.25), ilustrada na figura (2.5), onde 1 0 0 0y Cx x , 0 1 1 1 1 1 2 3 4 2 2 2 2 1 2 3 4 3 3 3 3 1 2 3 4 4 4 4 4 0 1 2 3 4 0 ox x u u f f f f x x x x f f f f x x x x f f f f x x x x f f f f x x x x A e 0 1 2 3 4 0 0 ox x u u f u f u f u f u B . u y x Ax B Cx (2.26) Figura 2.5: Representação do modelo linearizado em Espaço de Estados. 12 Portanto, realizando as devidas operações, tem-se que a matriz de estados A é dada pela equação (2.27) e a matriz da entrada B, pela equação (2.28). 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 1 0 0 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 0 ( ) I m R h I I I R mg m R h mg m R h m R h m R h J I IR R RI mmg m R h RR I m R h IR m R h J I m m R h J I R m R A 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 ( ) 0 0 0 1 ( ) ( ) 0 ( ) ( ) I m R h R I I m R I I mg m R h mg m R h mg R R I I m R h m R h IR R m R h J I m m R h J I I IR m m R R 0 (2.27) 222 2 22 2 0 0 1 m R h I R m I R m R h J I m R h I R m I R m R h J I m R h I R m I R B (2.28) 2.1.5 - Parâmetros do modelo Matemático do “Ball & Beam”. Como dois componentes construtivos do “Ball & Beam” neste trabalho, a barra e a bola, foram reaproveitados de um trabalho anterior (Neves, 1999), organizou-se a Tabela 2.1 com os dados extraídos do referente trabalho. Tabela 2.1: Dados extraídos de (Neves, 1999). Dados Parâmetro Valor Nome r 37,9375 10 m Raio da bola m 316,4 10 kg Massa da bola I 7 24,1336 10 .kg m Momento de inércia da bola J 20,0059 .kg m Momento de inércia da barra b 9mm Distância entre as paredes internas da barra 13 No entanto, o modelo matemático utilizado por (Neves, 1999) despreza os parâmetros h e R , os quais são considerados na dedução do modelo matemático proposto por este trabalho. Por isso, é necessário medir a distância h do centro de massa da barra ao contato da esfera com a barra e calcular o raio de rotação R da esfera sobre a barra, ou raio efetivo. Portanto, como mostra a Figura 2.6, mediu-se o valor de h diretamente com o auxílio de uma régua e chegou-se ao resultado 1,1h cm . Para calcular o valor de R , adota-se uma secção transversal que passe pela esfera e pela barra, então se aplica o teorema de Pitágoras ao triangulo destacado na Figura 2.7, logo 36,5386 10R m . Os resultados obtidos são resumidos na Tabela 2.2. Figura 2.6: Medição de h. Figura 2.7: Cálculo de R. Tabela 2.2: Dados medidos ou calculados. h 311 10 m R 36,5386 10 m 14 A partir dos parâmetros, relevantes ao modelo matemático, listados nas tabelas 2.1 e 2.2, para o “Ball & Beam” e calculando os elementos das matrizes A e B, chega-se ao seguinte modelo matemático linearizado no espaço de estados contínuo dado pelas equações (2.29) e (2.30). 1 1 2 2 3 3 4 4 0 1 0 0 0 0,2301 0 6,1691 0 1,4303 0 0 0 1 0 27,2685 0 0,2481 0 169,4915 x x x x u x x x x (2.29) 1 2 3 4 1 0 0 0 x x y x x (2.30) 2.2 – Modelagem matemática do Motor CC – Atuador Eletromecânico. O motor CC funciona como atuador eletromecânico, o qual fornece o torque necessário, na entrada do sistema “Ball & Beam”, para controlar a posição da bola sobre a barra. O motor CC utilizado na construção do protótipo está acoplado a uma caixa de redução, que reduz a velocidade e aumenta o torque, aplicados pelo motor, veja a Figura 2.8. O eixo de saída da caixa de redução é acoplado no centro de massa da barra do “Ball & Beam”, a qual é uma carga para o conjunto motor-caixa de redução. Figura 2.8: Motor CC com redução. 15 2.2.1 - Modelo do motor CC. Aplicando as leis de Kirchhoff no enrolamento de armadura do motor CC, obtém-se a equação (2.31). a a a a a a di v L R i e dt (2.31) Desprezando a indutância na equação (2.31), pois, em regime permanente, o indutor se comporta como curto-circuito para corrente contínua, tem-se a equação (2.32). a a a av R i e (2.32) O motor CC de imã permanente possui as seguintes propriedades, (Fitzgerald, 2006): A força contra eletromotriz ae do motor CC é proporcional à velocidade angular m do eixo do motor, isto é, .a em me k e o torque m aplicado ao eixo do motor é proporcional à corrente de armadura, ou seja, .m m ak i . Como a caixa de redução possui uma relação de engrenagens n, a velocidade angular e o torque, que são observados, no eixo de saída da caixa, são dados por m n e . mn , respectivamente, (Ogata, 2005), daí obtém-se as equações (2.33) e (2.34), onde .e emk n k e . mk n k . . ak i (2.33) .a ee k (2.34) 16 A constante de atrito viscoso resultante e o momento de inércia resultante vistos na saída da caixa de redução do motor CC são dados, respectivamente, por 2( )R L a eJ J n J J e 2 R L aB b n b , (Ogata, 2005). Então, aplica-se a segunda lei de Newton, no eixo de saída da caixa de redução do motor CC, o que resulta na equação (2.35). R RJ w B w (2.35) Portanto a dinâmica do motor CC é expressa pelas equações (2.32), (2.33), (2.34) e (2.35). Como as perdas energéticas por atrito no sistema dinâmico “Ball & Beam” são desprezadas, também no motor CC serão desprezadas, conclui-se que o torque resultante aplicado pelo motor é dado pela equação (2.36). RJ w (2.36) Logo, como o sinal de entrada da planta é o torque resultante aplicado pelo motor, que é proporcional à corrente de armadura, o modelo matemático do atuador eletromecânico utilizado no “Ball & Beam” se reduz, simplesmente, a equação (2.37), veja a Figura 2.9. . ak i (2.37) Figura 2.9: Modelo do motor CC em diagrama de blocos. 17 2.2.2 – Ensaios para a estimação de parâmetros do motor a) Ensaio com rotor bloqueado: Com o rotor bloqueado, (Fitzgerald, 2006), 0 , e sabendo que .ae ke , tem-se 0e . E, em regime permanente, o indutor se comporta como curto-circuito para corrente contínua. Então a partir da equação (2.31), chega-se a equação (2.38). Veja a Figura 2.10. a a a v R i (2.38) Figura 2.10: Modelo do motor CC com rotor bloqueado. Então, a partir dos ensaios realizados com o rotor bloqueado do motor CC, obtiveram-se resultados que foram organizados na Tabela 2.3. Tabela 2.1: Medidas realizadas nos ensaios com rotor bloqueado. Ensaio N°: av V ai A aR 1 0,5 0,27 1,8519 2 1,0 0,73 1,3699 3 1,5 1,11 1,3514 4 2,0 1,57 1,2739 5 2,5 2,00 1,2500 6 3,0 2,47 1,2146 7 3,5 2,80 1,2500 8 4,0 3,20 1,2500 9 4,5 3,50 1,2800 10 5,0 4,05 1,2300 18 b) Ensaios para estimação de ek e k : No sistema internacional (SI), ek k , (Fitzgerald, 2006). Logo, estimando uma das constantes, obtém-se a outra. Portanto, a partir das Equações. (2.32) e (2.34), e resolvendo para ek ,chega-se a equação (2.39). a a a e v R i k w (2.39) Utilizando um tacômetro, Figura 2.11, e uma fonte com indicadores de tensão e corrente, Figura 2.12, e também a equação (2.39), realizaram-se ensaios de malha aberta no motor CC para estimar os parâmetros ek e k , cujos resultados obtidos foram organizados na Tabela 2.4. Figura 2.11: Medição de velocidade angular usando um Tacômetro. Figura 2.12: Fonte de alimentação com indicadores de tensão e corrente. 19 Tabela 2.4: Medidas realizadas nos ensaios de malha aberta. Nº av V ai A w rad s ek V rad s 1 5 0,20 5,3514 0,8149 2 -5 -0,20 -5,7020 0,8278 3 8 0,24 9,4120 0,8143 4 -8 -0,25 -9,4120 0,8128 5 10 0,30 11,7650 0,8143 6 -10 -0,30 -11,7650 0,8143 7 12 0,38 13,937 0,8228 8 -12 -0,38 -14,299 0,8228 9 15 0,58 18,1000 0,7839 10 -15 -0,58 -18,1000 0,7839 Os valores médios dos parâmetros estimados relevantes à modelagem do motor CC, como atuador eletromecânico do “Ball & Beam”, e para projeto de circuitos que controlem a corrente de armadura foram calculados a partir dos resultados obtidos nos experimentos descritos anteriormente e organizados na Tabela 2.5. Tabela 2.5: Parâmetros estimados. Parâmetros do Motor CC grandeza Valor Nome aR 1,40 Resistência de armadura k Nm A 0,81 Constante de torque 2.3 – Modelo matemático do sistema considerando planta e atuador. 2.3.1 – Modelo Contínuo. Sabendo que o modelo do motor CC como atuador para o “Ball & Beam’” é dado por u k u , onde u e u i , obtém-se o modelo completo que descreve o sistema dinâmico “Ball & Beam“ e seu atuador, cuja saída é a posição da bola e a entrada é a corrente de armadura, expresso nas equações (2.40) e (2.41). 20 1 1 2 2 3 3 4 4 0 1 0 0 0 0,2301 0 6,1691 0 1,1585 0 0 0 1 0 27,2685 0 0,2481 0 137,2881 x x x x u x x x x (2.40) 1 2 3 4 1 0 0 0 x x y x x (2.41) Em seguida, com auxílio da expressão 1 ( )G s s C I A B e das Equações (2.40) e (2.41), (Ogata, 2005), obtém-se a função de transferência contínua do “Ball & Beam” com seu atuador dado pela equação (2.42), Figura 2.13. 2 4 2 ( ) 3,5068 1410,971 ( ) ( ) 0,0675 168,1427a s s G s I s s s (2.42) 2.3.2 – Modelo Discreto. Para se aplicar controladores digitais num sistema de controle é necessário obter um modelo matemático discreto que descreva satisfatoriamente a dinâmica da planta, pois a partir dele, projeta-se controladores discretos que são implementados computacionalmente em micro-controladores ou em computadores pessoais via programas escritos numa determinada linguagem de programação. Sendo assim, o modelo matemático discreto da planta no espaço de estados, obtido a partir do modelo contínuo em espaço de estados é dado pelo sistema de equações (2.43), veja figura 2.14. ( 1) ( ) ( ) ( ) ( ) k k u k y k k x Gx H Cx (2.43) Onde as matrizes G e H são dadas pelas equações (2.44) e (2.45). Figura 1.13: Modelo do sistema atuador planta em diagrama de blocos. 21 11a a T t T e s A G I AL (2.44) 0 . aT te dt A H B (2.45) No entanto, para obter o modelo matemático discreto a partir do contínuo, utilizando as equações (2.43), (2.44) e (2.45), é necessário escolher um período de amostragem que faça com que o modelo discreto não viole o teorema de Nyquist e não torne o sistema instável em malha fechada, (Kuo, 1992) e (Haykin, 2002). Então a partir do pólo mais rápido do modelo contínuo do “Ball & Beam”, extraído da função de transferência do sistema dada pela equação (2.42), obtém-se a menor constante de tempo da planta. Dai 10 mr a T T , onde mrT é a menor constante de tempo. Portanto 1 33,6087 27,7 10 10 aT . Logo se escolhe o período de amostragem 20aT ms . Portanto, em função das equações (2.43), (2.44) e (2.45) e do período de amostragem escolhido, tem-se o modelo matemático discreto do “Ball & Beam” dado pelas equações (2.46) e (2.47). 1 1 2 2 3 3 4 4 ( 1) ( )1 0,02 0,0012 0 0,0004 ( 1) ( )0,0004 1 0,1233 0,0012 0,0418 ( ) ( 1) ( )0,0055 0 1 0,02 0,0280 ( 1) ( )0,5454 0,0055 0,0014 1 2,8020 x k x k x k x k u k x k x k x k x k (2.46) Figura 2.14: Representação do modelo discreto no espaço de estados. 22 1 2 3 4 ( ) ( ) ( ) 1 0 0 0 ( ) ( ) x k x k y k x k x k (2.47) Em seguida, com auxílio da expressão 1 ( )G z zI C G H , obtém-se a função de transferência discreta do “Ball & Beam” com seu atuador, dado pela equação (2.48), veja figura 2.15. 3 2 4 3 2 0,0004 0,0005 0,0005 0,0004 ( ) 4 6 4 1 z z z G z z z z z (2.48) Capítulo3 Desenvolvimento e Construção do Protótipo 3.1 – Estrutura Física. Figura 2.15: Diagrama de Blocos do sistema discretizado. 23 A estrutura física do protótipo didático “Ball & Beam”, exibido na Figura 3.1, é constituída por uma barra de alumínio que comporta o sensor de posição linear da esfera de metal, que deve rolar livremente sobra a barra, um motor CC dentro de uma caixa preta que comporta também uma caixa de redução um potenciômetro conectado no eixo de saída da caixa de redução, o qual serve de sensor de posição angular para a barra, a qual é acoplada no eixo de saída da caixa de redução. É composto também por circuitos de controle, aquisição e comunicação e uma fonte de alimentação para o todo protótipo. Todos os elementos citados anteriormente são abrigados por uma caixa de acrílico reforçada por dentro por apoios de metal e alumínio para tornar o protótipo mais robusto a vibrações. Figura 3.3: O protótipo didático “Ball & Beam”. 3.2 – As partes que compõem o protótipo. Na figura 3.2, apresenta-se o diagrama esquemático e funcional da arquitetura geral do protótipo desenvolvido e que aborda tanto os aspectos mecânicos quanto os eletrônicos e computacionais. 24 3.2.1 – Barra e sensor de posição da esfera. A barra, que contêm o sensor de posição linear da esfera, foi reaproveitada de um TCC anterior, (Neves, 1999), exibida na Figura 3.3. Ela é constituída por uma calha de alumínio, vendida em lojas de confecção de janelas e portas de vidro, e um suporte de madeira tipo compensado que protege as ligações entre os resistores que formam o sensor de posição da esfera junto com fios e segmentos de cobre. A Figura 3.4 exibe o esquema elétrico do sensor de posição linear da esfera que funciona como um potenciômetro. Figura 3.3: Detalhes da barra de alumínio. Figura 3.2: Diagrama esquemático e funcional da arquitetura geral do protótipo. 25 Figura 3.4: Esquema elétrico do sensor de posição da esfera sobre a barra. 3.2.1.1 – A constante de proporcionalidade do sensor de posição da esfera. O sinal de saída do sensor relaciona a posição relativa da esfera sobre a barra, através de um nível de tensão. Para se determinar a relação entre entrada e saída do sensor de posição linear, isto é, a constante de proporcionalidade do sensor, Figura 3.5, de forma que este nível de tensão seja interpretado como unidade de distância, divide-se a máxima diferença de tensão, na faixa de tensão que o sensor excursiona, isto é, [-15, 15]V, pelo comprimento da barra. Ou seja, 30 50,85 V/m 0,59 V K m . Figura 3.5: Constante de Proporcionalidade. 3.2.2 – O motor CC e o sensor de posição angular da barra. O motor CC, que fornece o torque necessário para controlar o “Ball & Beam”, é acoplado no interior de uma caixa preta, que comporta também a caixa de redução do motor e um potenciômetro, conectado no eixo de saída da caixa de redução, que funciona como sensor de posição angular da barra. Este sistema completo é um servo motor da “Hitec” com seu 26 próprio circuito de acionamento e controle embarcado na caixa preta. Este sistema foi adquirido através da internet, (www.hobbydelivery.com.br). No entanto, o circuito de controle e acionamento do servo não era previsto pelo modelo matemático do motor CC, por isso, foi retirado e um circuito de acionamento mais adequado para os fins didáticos do protótipo foi desenvolvido para o motor, Figura 3.6. Figura 3.6: Servo Motor CC. 3.2.2.1 – Constante de proporcionalidade do sensor de posição angular da barra. A relação entre o nível de tensão do sensor de posição angular e a posição angular da barra em radianos é definida pela constante de proporcionalidade K . Para identificar K , mediu-se a saída do sensor para 2 rad e para - 2 rad que resultou, respectivamente, nas medidas 11,7V e -11,7V, veja a Figura 3.7. Portanto, 23,4 7,45 V/rad V K rad . Figura 4.7: Constante de Proporcionalidade. 27 3.3 – Componentes eletrônicos utilizados no desenvolvimento do protótipo. 3.3.1 – O dsPIC30F3014 e seus periféricos. Os controladores de sinais digitais dsPIC, da Microchip, são dispositivos que integram as principais características do mundo dos micro-controladores (baixo custo e variedade de periféricos internos), com a arquitetura voltada para o processamento em tempo real dos Processadores digitais de sianais, assim, criando uma linha de dispositivos intermediários. São dispositivos de alto desempenho, chegando a operar a 120 MHz. Neste projeto, foi escolhido o DSPIC30F3014, ilustrado na Figura 3.8 por disponibilizar as ferramentas essenciais para as aplicações requeridas, ou seja: Conversores A/D, “Timers”, canal de comunicação serial assíncrona e comunicação síncrona SPI (Serial Peripheral Interface). Principais características: Arquitetura Harvard modificada de alto desempenho. 33 fontes de interrupção. Instruções e registradores próprios para DSP. Pinos de I/O com alta corrente de dreno e fonte: 25mA. Conversor analógico-digital de 12 bits. Módulo I2C. Dois módulos UART (Universal Asynchronous Receiver Transmitter). Módulo de comunicação CAN 2.0. Memória de programa flash de 48 Kbytes, 2048 bytes de SRAM e 1024 bytes de EEPROM. Programação serial In-circuit (ICSP™). Fabricado com tecnologia CMOS admitindo faixas de temperatura industriais. Cinco timers/contadores de 16 bits, podendo agrupar um par para gerar um módulo de timer de 32 bits. 28 Figura 3.8: Pinagem do micro-controlador dsPIC 30f3014. 3.3.1.1 – Conversor A/D de 12 Bits. O conversor analógico-digital de 12 bits permite a conversão de sinais de entrada analógicos para um número digital de 12 bits. O módulo é baseado na arquitetura de aproximação sucessiva (folha de dados do componente) e permite uma taxa de amostragem máxima de 200 ksps. O módulo A/D do DSPIC tem até 16 entradas analógicas (dependendo do modelo) que são multiplexadas em um amplificador sample and hold. A saída deste estágio é a entrada do conversor que gera o resultado. Uma maneira aproximada de representar o conversor A/D é através de um ganho, pois, sabendo que para sinais de entrada na faixa de 0 a 2.5V, o conversor A/D gera um sinal discreto de números inteiros na faixa de 0 a 4095. Sendo assim, a Figura 3.9, exibe a representação matemática do conversor A/D através de diagrama de blocos. Figura 3.9: Representação em diagrama de blocos do conversor A/D 3.3.1.2 – Módulo UART O módulo UART é um periférico que realiza a comunicação serial assíncrona nos controladores de sinais digitais dsPICs. É um método de comunicação full-duplex, ou seja, 29 com dois canais de comunicação independentes que podem operar ao mesmo tempo, mas com a mesma taxa de transferência e tamanho de dados. O modo de comunicação é assíncrona, não existe a necessidade de sincronização entre os dispositivos, uma vez que os caracteres são transmitidos individualmente e não em blocos como na comunicação síncrona. A transmissão de cada caractere é precedida de um bit de start e terminada por 1 ou 2 bit(s) de stop, como é ilustrado na figura 3.10. Figura 3.10 – Ilustração de uma transmissão serial de dados. A implementação desta via de comunicação é feita com uso de um circuito integrado (MAX232) que, com auxílio de capacitores, ajusta os níveis de tensão entre o micro- controlador e a porta serial de um PC. Na Figura 3.11 é ilustrada essa interface de comunicação. Figura 3.11 – Interface de comunicação serial PC/dsPIC. Transmissor Gerador de taxa de comunicação Receptor Dado1 Dado2 DSPIC 30 O dsPIC se comunica com a Interface Homem Máquina utilizando (IHM) o código ASCII, onde cada byte representa um caractere. A cada ciclo de comunicação é enviado um vetor com os 30 caracteres que levam as informações das variáveis de estado, do sinal de controle e de referência para serem exibidos na IHM. 3.3.1.3 – O módulo de comunicação SPI. O padrão SPI é um método de comunicação serial síncrona de alta velocidade entre periféricos. Muito utilizado para conectar controladores e processadores de sinais digitais e micro-controladores a conversores A/D, memórias, etc. Este módulo é utilizado para comunicar o dsPIC com o conversor D/A utilizado nos circuitos do protótipo para gerar o sinal de tensão que controla fonte de corrente que aciona o motor CC. 3.3.1.4 – Temer. O temporizador Timer3 é um contador de 16 bits. Ele é o periférico que fornece a noção de tempo para o conversor A/D do dsPIC, pois a cada estouro de contagem deste timer uma conversão A/D é iniciada. 3.3.2 – O conversor D/A de 12 Bits MCP4921. Os sinais digitais de controle gerados pelo algoritmo de controle embarcado no dsPIC são convertidos em sinais analógicos pelo conversor D/A de 12bits MCP490219 (MCP), Figura 3.12. O MCP se comunica com o dsPIC através da comunicação SPI, por meio de uma palavra de 16bits, onde os quatro mais significativos são de configuração do MCP e os doze bits menos significativos para os dados, Figura 3.13. Figura 3.12: Conversor D/A. 31 Figura 3.13: Comandos de escrita no MCP4921 pela comunicação SPI. Da mesma forma que o conversor A/D do dsPIC foi representado por um ganho, Figura 3.9, o conversor D/A MCP4921 (MCP) também pode ser, pois, sabendo que para sinais discretos de números inteiros na faixa de 0 a 4095, o conversor
Compartilhar