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Paulo Marcos F. Andrade Plano de Aula - Orações Subordinadas Adverbiais

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE LINGUAGENS
DEPARTAMENTO DE LETRAS
CURSO DE LETRAS/ESPANHOL 
PAULO MARCOS FERREIRA ANDRADE
LÍNGUA PORTUGUESA IV
PCC
 
Cuiabá, MT
2014
PRIMEIRA PARTE
Para base da produção que ora se propõe nesta prática curricular, visitei uma sala de aula de segundo ano do ensino médio em uma escola pública camponesa da rede estadual de ensino. Assisti a uma aula de língua portuguesa, dialoguei por alguns instantes com a professora regente sobre o ensino do português na sala de aula. Para facilitar a compreensão usarei daqui por diante o pseudônimo Maria Clara para identificar a professora regente entrevistada. 
Durante a observação percebi que aula girava em torno das variações de gênero e número das palavras, sendo o conteúdo parte essencial para consolidação da prática de aprendizagem dos educados. Após explicar as variações de gênero e número e flexionar umas classes de palavras, a professora passou um lista de exercícios de fixação. E quando os alunos terminavam a atividade era lhes solicitados que efetuassem uma leitura silenciosa de um determinado texto do livro de português. 
Após a aula dialoguei com a professora por alguns instantes, onde pude fazer os seguintes questionamentos:
Professora o que você acha mais importante no ensino de língua portuguesa na escola?
Para mim ainda acho que o mais importante para ensinar na escola é a gramática. Os alunos têm que aprender a falar de forma correta e precisam escrever bem, afinal é o que a sociedade espera dele e cobra de nós professores. Penso que a gramática é fundamental na vida do aluno e estes devem aprendê-la muito bem. Hoje mesmo estamos trabalhando flexões de número e gênero dos substantivos e adjetivos. Resposta: Maria Clara- professora entrevistada
Mediante a resposta da professora e n observado em sala de aula pode-se constatar que a mesma trabalha com a gramática normativa e acredita que esta seja a via mais segura para conduzir p processo cognitivo de seus estudantes. Percebe-se também que o trabalho com gêneros literários é apenas uma forma de ocupar o tempo vago entre a resolução de uma atividade outra. A professora Maria Clara trabalha a gramática sem elo com o texto, ou seja é a gramática pela gramática. 
Penso que a gramática seja importante, todavia esta deve estar contextualizada, seja por textos literários ou pelo próprio conhecimento dos estudantes como, por exemplo, questões da vida diária (gramática descritiva). No caso das variações das palavras que era o conteúdo em foco poder-se-ia verificar as possíveis flexões, descobrir as semelhanças e diferenças entre palavras em pequenos textos já lidos na sala de aula comparando as flexões já realizadas. Pois o importante não é apenas saber como elas se flexionam, mas também da movimentação semântica e coesa que as flexões provocam no texto. Assim os alunos vão percebendo que as palavras são portadoras de significados dados pela gramática, mas também adquirem outros incorporados pelo contexto.
Professora Maria Clara o trabalho interdisciplinar é possível no ensino de línguas?
A interdisciplinaridade possibilita trabalhar através de todo assunto de interesse e necessidade dos alunos para que eles interajam no seu dia a dia, compreendendo melhor o mundo a sua volta. A língua portuguesa já possui um caráter interdisciplinar por natureza, sendo possível que este trabalho se desenvolva. Mas os professores têm dificuldade de interagirem uns com os outros e trocar ideias, ficando assim muito difícil o trabalho interdisciplinar. Resposta: Maria Clara- professora entrevistada
O que pude perceber é que a professora demonstra que pouco interesse pelo trabalho interdisciplinar, tão pouco manifesta desejo de possíveis experiências, embora tenha um discurso que sinaliza conhecimento do assunto. A princípio fica evidente o individualismo da práxis pedagógica. E deste modo perde-se o principal elemento da ação que é a interatividade. Pois a interdisciplinaridade aponta para uma abordagem que rompe com a fragmentação do ensino que transforma a ação um tanto compartimentada. Deste modo a ação pedagógica interdisciplinar não vislumbra somente a conexão das disciplinas, pelo contrário deve articular saberes que dão conta de uma abordagem que possibilita constrói uma trama de conhecimento. Dada a importância da linguagem na mediação do conhecimento, é atribuição de todas as áreas, e não só da de Língua Portuguesa, o trabalho com a escrita e a oralidade do aluno no que for essencial ao tratamento dos conteúdos. (PCN, 1998, p. 40-41)
Numa ação interdisciplinar a participação é de suma importância à aprendizagem, deste modo é preciso que a atenção esteja voltada ao envolvimento e no engajamento do aluno nas ações, pois se constituem estruturas complexas de saber a serem desenvolvidos. A educação em si é uma área interdisciplinar que se alimenta da articulação dos conhecimentos das várias disciplinas que vão se construindo a partir de práticas e teorias. Todavia o ensino da grande área de linguagem se vê cada vez mais fragmentado. Penso que é preciso aprimorar teoricamente os profissionais para que de fato haja uma superação de tudo que impede a articulação do saber.
Assim, somente se justifica o desenvolvimento de um dado conteúdo quando este contribui diretamente para o desenvolvimento de uma competência profissional. Os conhecimentos não são mais apresentados como simples unidades isoladas de saberes, uma vez que estes se inter-relacionam, contrastam, complementam, ampliam e influem uns nos outros. Disciplinas são meros recortes do conhecimento, organizados de forma didática e que apresentam aspectos comuns em termos de bases científicas, tecnológicas e instrumentais. (BRASIL, 2002, p. 30).
Penso que a escola não deva priorizar o ensino de gramática ma o ensino de língua, por ser este um campo ainda mais complexo do saber, cujo objetivo principal é fazer com que o aluno aprimore a competência no uso da língua, seja na forma escrita ou falada. E isso é algo que não acontece na escola publica atual.
Professora como é possível garantir oportunidades para que os alunos diversifiquem e aprofundem suas competências lingüísticas e seus conhecimentos sobre linguagem e sobre cultura escrita, de modo que seu processo de letramento avance sua participação social?
Não tenho muita clareza sobre o assunto, mas vejo que a partir do momento em que respeito as diversidades de cada aluno já estou trabalhando as competências lingüísticas. A forma com que cada um expressa, o jeito com eles constrói os conhecimentos dentro de sua cultura isso deve ser valorizado para que ele possa avançar no entendimento do escrito e exigido pela norma padrão. Resposta: Maria Clara- professora entrevistada
 	 Mediante a resposta da professora pode-se perceber que ainda existe uma falta de conhecimento sobre as questões do conhecimento lingüístico. Pois coisa é a diversidade dos alunos, e isso diz respeito a cultura que produzida pelo próprio homem em sua dinâmica social, outra coisa é a competência lingüística que é capacidade de comunicar e avançar na fala e na escrita a partir daquilo que ele já sabe sobre a língua. Para isso é necessário que seja oferecido ao aluno uma contextualização do estudado com vivido. Assim a escola por colocar ação da linguagem no desafio aos desafios da vida tratados pelo professor. Neste desenvolvimento a cultura escrita e falada é aperfeiçoada, todavia a forma individual de comunicação é respeitada.
	O ideal seria que a professora Maria Clara adotasse procedimentos que privilegiassem o uso lingüístico, a comparação, a reflexão e validade das conclusões, pois a utilização da linguagem emana de enunciados escritos ou falados , por vez integrantes das atividades humanas. Assim cada recurso lingüístico assume certa semântica na vida do aluno e isso deve ser observado pelo professor afim deque a competência seja construída em um processo dinâmico e vivo porque a língua é viva na vida do aluno. Desta forma o foco principal será da competência lingüística a ser construída será sempre a capacidade da comunicação humana com todas suas especificidades, o que resulta em um estilo lingüístico. Este estilo lingüístico segundo Bakhtin ( 1996) entra como elemento na formação dos enunciados e conseqüentemente como conteúdo para sala de aula. 
SEGUNDA PARTE
Plano de aula
Público alvo: 
Segundo do ensino médio 
Conteúdo: 
Orações subordinadas adverbiais 
Carga horária: 
Duas horas aulas
Competências a serem desenvolvidas:
Reconhecer a importância das orações subordinadas adverbiais na construção de textos; 
Perceber as relações estabelecidas pelas conjunções no que diz respeito a elementos coesivos direcionadores de sentido nos textos;
Desenvolvimento
1º momento
Apresentar o quadro das conjunções subordinadas adverbiais.
2º momento
A princípio os alunos irão assistir o clipe da Música “à primeira vista” da cantora Daniela Mercury disponível em: www.youtube.com/watch?v=Yl99dYPO-hY. 
Em seguida com auxilio de um violão eles cantarão a musica na sala;
Os alunos receberão 	a cópia impressa da musica e deverão responder em dupla os seguinte questionamentos.
Sobre a construção sintática como se apresenta na estrutura do texto?
Qual é a conjunção que introduz a oração subordinada?
Esta conjunção tem valor semântico? Justifique sua resposta
Consulte o quadro das conjunções e transforme os versos abaixo em orações subordinadas adverbiais condicionais.
Quando não tinha nada eu quis
Quando tudo era ausência esperei
Quando tive frio tremi Quando tive coragem liguei
 Reescreva a segunda estrofe da musica substituído a conjunção “quando” pela conjunção “porque”.
Ao colocar a conjunção “porque” no lugar de “quando” o que muda? 
Qual é a relação sintática que as duas conjunções provocam na estrutura do texto?
Há interferência na coesão textual?
3º momento
Os alunos receberão o texto “Último aviso” (Paulo Leminski) disponível em: http://cpaccola.blogspot.com.br/2011/08/ultimo-aviso.html acessado em 15/04/2015
Último aviso
caso alguma coisa me acontecer, 
informem a família, 
foi assim, assim tinha que ser 
tinha que ser dor e dor 
esse processo de crescer 
tinha que vir dobrado 
esse medo de não ser 
tinha que ser mistério 
esse meu modo de desaparecer
um poema, por exemplo, 
caso alguma coisa me suceder, 
vá que seja um indício 
quem sabe ainda não acabei de escrever
(Paulo Leminski)
Em seguida deverão identificar todas as orações subordinadas do texto;
Depois classificar as orações subordinadas adverbiais presentes nesse poema. 
 Logo deverão reescrever essas subordinadas usando outra conjunção.
Depois de reescrevê-las os alunos deverão discutir em pequenos grupos os seguintes questionamento:
O que mudou na sentença escrita após a troca de conjunções?
 Quais os casos que a frase muda o sentido?
Avaliação 
A avaliação se dará de forma continua ao passo que as atividades vãos sendo realizadas.
Bibliografia 
	BRASIL. Diretrizes curriculares nacionais gerais para a educação profissional de nível tecnológico. Brasília: MEC, 2002. 
		BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental, 1998
	BAKHTIN. Mikkail Mikhailovith. Estética da criação verbal. São Paulo: M. Fontes. 1992.
	SÓ PORTUGUÊS. Disponível em http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint41.php Acessado em 15/04/20015
Música À Primeira Vista de Daniela Mercury Disponível em http://letras.mus.br/daniela-mercury/25770/ Acessado em 15/04/20015
Idéias & letras “Último aviso” (Paulo Leminski) disponível em: http://cpaccola.blogspot.com.br/2011/08/ultimo-aviso.html

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