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Climatologia - Fatores que Influenciam o clima, massas de ar

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RESUMO CLIMATOLOGIA – P1
O que estuda a Climatologia? 
É a ciência que faz o estudo científico do clima, tratando de padrões de comportamento da atmosfera em suas interações com as atividades humanas e com a superfície do planeta.
Quais são os elementos climáticos e os fatores geográficos que influenciam o clima?
Elementos climáticos: temperatura, a umidade e a pressão atmosférica. No entanto estes se manisfestam de formas diferentes em cada local, pois são influenciados pelos fatores.
Fatores geográficos: latitude, altitude, maritimidade, continentalidade, vegetação, atividades humanas, relevo.
Quais são as escalas usadas em Climatologia?
Macroclima: compreende áreas muito extensas da superfície, como o globo, hemisfério, oceanos, continentes, mares, grande país, etc. (circulação geral da atmosfera)
Mesoclima: unidade intermediária entre as grandezas superior e inferior do clima, como grandes florestas, extensos desertos, regiões metropolitanas, etc.
Microclima: compreende áreas de extensão muito pequena, como ruas, edifícios, bosques, etc.
Explicando os elementos climáticos (geográficos) que influenciam o clima:
Latitude: está ligada à quantidade de energia que entra no sistema Superfície-Atmosfera. 
Rotação da terra: definição do dia e da noite, implica na diferenciação da entrada de energia na Terra. A duração dos dias e das noites também esta associada ao aumento da latitude.
Inclinação do eixo: limita a máxima intensidade de energia a uma estrita faixa entre trópico de capricórnio e tropico de câncer. 
Movimento de Translação: maior recepção da energia em um hemisfério do que em outro. 
Distancia entre Terra e Sol: Os raios solares atingem o planeta paralelamente ou diretamente.
Exemplo: Nos períodos de Solstícios de verão (periélio) no hemisfério Norte há maior recepção de energia, portanto os dias tem maior duração. Nos solstícios de inverno (afélio), os dias tem menor duração, pois a incidência de raios solares é menor. O contrário ocorre no hemisfério Sul. Quando em períodos de Equinócios, os dias e as noites tem o mesmo tempo de duração. 
Quando a incidência é perpendicular (direta), haverá maior concentração de energia por unidade de área do que quando a incidência for oblíqua (paralela). Portanto haverá maior aquecimento do ar quando o sol está a pino (incidência direta). 
“QUANTO MAIOR A LATITUDE (próximo aos polos), MENOR A TEMPERATURA” e “QUANTO MENOR A LATITUDE (próximo à Linha do Equador), MAIOR A TEMPERATURA. 
Relevo: Este influencia o clima por conta da sua posição, orientação das vertentes e declividade. 
Posição: facilita ou dificulta os fluxos de calor e umidade entre as áreas. 
Exemplo: A cordilheira dos Andes não impede que as massas polares atinjam a América do Sul, porém inibem e entrada de umidade proveniente do oceano pacífico. 
Orientação das vertentes: irá definir as vertentes mais aquecidas e mais secas e aquelas mais frias e mais úmidas.
Declividade: A concentração de energia é maior nas vertentes do que nas planícies, pois devido à declividade do terreno o sol incide diretamente nas vertentes e paralelamente nas planícies.
Vegetação: Desempenha papel regulador de umidade e de temperatura, por conta da evapotranspiração. A vegetação serve como barreira à radição solar direta, diminuindo o aquecimento do ar. 
Atividades Humanas: Em áreas urbanizadas os processos de troca de calor entre solo e ar assumem grande complexidade por conta da diversidade espacial e das atividades desenvolvidas nas cidades, como atividades industriais, de transporte e lazer, gerando intensidades diferentes de aquecimento do ar e resultando em temperaturas bem demarcadas, contribuindo para a formação de ilhas de calor.
Maritimidade: É fundamental na ação reguladora da temperatura e umidade. Os mares e oceanos são os principais fornecedores de água para a atmosfera, além de controlar a distribuição de energia entre oceanos e continentes, através das correntes oceânicas. As correntes podem determinar áreas secas ou chuvosas, pois as áreas superficiais frias resfriam o ar e inibem a formação de nuvens. Assim, áreas banhadas por correntes frias são mais secas. O contrario deste processo ocorre com as correntes quentes, que dão origem a áreas úmidas. Como a água tem maior capacidade de reter o calor, esta diminui a amplitude térmica das áreas influenciadas pela circulação marítima. As brisas oceânicas e continentais também reduzem a amplitude térmica.
Continentalidade: Também se manifesta na temperatura e na umidade relativa do ar. A continentalidade é dada pelo distanciamento dos oceanos. Na ausência dos efeitos amenizadores destes na amplitude térmica, o aquecimento e resfriamento nestas áreas é mais rápido e estas possuem menor umidade, portanto são áreas mais secas e com amplitude térmica diária acentuada.
Altitude: Esta influencia na temperatura do ar e na pressão. O ar é formado por um conjunto de gases, entre os mais abundantes o nitrogênio, oxigênio e vapor de água. Ao passo que a altitude aumenta, ar vai ficando mais rarefeito e consequentemente com menor concentração de água. A água é o elemento responsável pelo aquecimento dos corpos, portanto pode-se concluir que quanto maior a altitude, menor a temperatura, pois há menor quantidade de água para ser aquecida e quanto menor a altitude, maior a temperatura. Com relação à pressão, pode-se relacionar ao peso da coluna de ar. Quanto maior a altitude, mais rarefeito o ar e menor a pressão e quanto menor a altitude, maior a coluna de ar e maior a pressão. 
PRESSÃO DO AR
A variação da pressão do ar em superfície se dá em decorrência da distribuição de energia e umidade no globo.
Associando temperatura e pressão: 
Quanto maior a temperatura, menor a pressão. Quando o ar se aquece, este apresenta menor densidade, expande-se e ocorre a diminuição da pressão.
Quanto menor a temperatura, maior a pressão. O ar frio tem maior densidade, portanto ocorre uma diminuição da possibilidade de choque entre as moléculas, tornando a área de baixa pressão para área de alta pressão.
DESLOCAMENTOS DO AR:
O ar frio (mais denso) tende a descender e o ar quente (menos denso) tende a ascender.
A ascendência do ar quente gera uma área de baixa pressão e a subsidência do ar frio gera uma área de alta pressão. Em áreas de baixa pressão há convergência do ar e em áreas de alta pressão há divergência do ar. 
Dessa forma, ao ocorrer a ascendência do ar quente, este sofre resfriamento em maior altitude e gera uma área de alta pressão nesta altitude, deixando a área mais próximo à superfície com baixa pressão. Já com o ar frio, este sofre subsidência deixando sua área de origem com baixa pressão e tornando a superfície em alta pressão.
 O ar frio então sofre divergência na superfície, atraído pela área de baixa pressão causada pelo ar quente e a área de alta pressão em altitude sofre divergência do ar, que é atraído pela área de baixa pressão neste nível altimétrico.
FORÇAS QUE ATUAM NA DINAMICA ATMOSFÉRICA:
Formação de ventos velozes: No oceano.
Rugosidade do relevo: é um fator redutor da velocidade dos ventos, pois desempenha um efeito de fricção sobre estes. 
Efeito Coriolis: a força de coriolis age no vetor de deslocamento do vento, desviando-o para a esquerda no hemisfério Sul e para a direita no hemisfério norte. Sua ação é máxima em ambos os polos e diminui em direção à linha do equador, onde é nulo.
Centros de ação negativo (ciclonais): 	são áreas de baixas pressões circundadas por áreas de altas pressões, que atraem o ar produzido nestas ultimas, provocando movimento para a direita no HS e para a esquerda no HN. São áreas associadas a convergência e ascendência das massas de ar, que ocorre a condensação do vapor, formando nuvens e originando precipitações.
Zona de Convergencia Intertropical: A ZCIT tem origem na convergência dos ventos alísios oriundos dos hemisférios Norte e Sul próximo à Linha do Equador. Ela caracteriza-se por uma faixa de nuvens com grande desenvolvimento vertical próxima à Linha do Equador, originadapela ascendência das massas de ar. No hemisfério Sul os ventos vão de Sudeste para Noroeste e no Hemisfério Norte vão de Nordeste para Sudoeste.
Zona de Convergencia do Atlantico Sul: Durante o verão, a ZCIT desloca-se formando uma faixa de nebulosidade que tem orientação de Noroeste para Sudeste. Esta faixa envolve o sul da Amazônia até o Atlantico Sul-Central, impedindo a entrada de massas polares ao desviá-las para o oceano Atlantico. 
Massas de Ar: Células da atmosfera que apresentam temperatura, pressão e umidade e que possuem características do local onde foram formadas, estas são chamadas massas de ar primárias. As massas de ar também podem adquirir características dos locais por onde passaram, se tornando massas de ar secundárias. Elas se movimentam de acordo com a dinâmica atmosférica, ou seja, de áreas anticiclonais para ciclonais. 
Tipos das massas de Ar:
Quente: Formadas em baixas latitudes (tropical-equatorial) 
Fria: Formadas em latitudes médias ou em altas latitudes.
Secas: Formadas sobre os continentes.
Úmidas: Formadas sobre os oceanos ou sobre a Amazônia (umidade provinda da evapotranspiração).
Massas de ar que atuam no Brasil:
mEc: Massa Equatorial Continental: quente e úmida (Amazônia)
mTc: Massa Tropical Continental: quente e seca
mEa: Massa Equatorial Atlantica: quente e úmida
mTa: Massa Tropical Atlantica: quente e úmida
mPa: Massa Polar Atlantica: fria e úmida
mP: Massa Polar: fria e seca

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