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Adestramento método clicker

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O MÉTODO
O clique é um som curto que se destaca no ambiente, permitindo comunicar com precisão ao animal que ele fez a coisa certa. 
Já o reforço verbal demora mais, o que dificulta identificar o que o treinador quer reforçar.
"Deixe um objeto cair e diga 'muito bom' no exato momento em que ele estiver no meio do caminho, entre a sua mão e o chão", propõe Gary Wilkes. 
Refaça o teste usando um clique: estale os dedos e observe a diferença.
"Se o cão sentou, por exemplo, e o treinador o afaga bem no momento em que pula sobre ele, o movimento recompensado é o de pular e não o de sentar", acrescenta Gary.
Outra vantagem do clicker é seu alcance. 
"O clique pode comunicar o acerto a um animal distante até cerca de 15 metros, bem mais do que se alcança normalmente com o reforço verbal." 
Além do clicker, também produzem o clique o estalar de dedos ou de língua e alguns tipos de canetas ou tampas de garrafas fechadas a vácuo (Gatorade). 
Treinadores de golfinhos usam um apito, por ser melhor ouvido debaixo d'água. 
Seja qual for a fonte, é sempre chamada de clicker, e o som produzido sempre recebe o nome clique. 
A voz humana também pode produzir cliques, mas não é recomendada. 
"O animal a ouve o tempo inteiro e fica mais difícil identificá-la de imediato como clique, perdendo a eficiência, além de os tons mudarem conforme o momento", explica a bióloga comportamental Karen Pryor, autora do livro tido como a bíblia do Clicker, Don't Shoot The Dog (Não Mate O Cão). 
"Além disso, usar a voz é cansativo para o treinador", comenta Gary Wilkes. 
Mas nem por isso a voz deixa de ter um papel importante, usada como complemento para elogiar, na forma tradicional, ou estimular novas tentativas de acerto usando-se o "não" ou outra palavra. 
"No Clicker o 'não' é informativo, dito em tom neutro, não enfático, apontando o erro e incentivando o animal a buscar alternativas para conseguir ganhar recompensa", diz Alexandre Rossi. 
"Para aumentar o efeito nesses momentos, ponho os braços para trás enfatizando a impossibilidade de o animal ganhar prêmio."
Sem o bloqueio das intimidações, repreensões e castigos, e com um uso intenso de cliques-prêmio, a motivação do aluno é grande.
"A aula acontece em um ambiente de alegria e descontração", descreve o adestrador Dante Camacho, que há um ano e meio adota o Clicker. 
"Quando o meu Bull Terrier Tequila me vê com o clicker chega a tremer de ansiedade, esperando por cliques", descreve Ricardo Pinheiro Machado. 
Terminada a fase de aprendizado, os cliques tornam-se menos necessários e passam a ser usados na manutenção da perfeita execução do que foi aprendido (ver Usando o clicker). 
A grande maioria dos cães pode ser adestrada pelo Clicker. "A única exceção são aqueles raríssimos casos com extremo pânico de barulhos estranhos - deparei apenas com três ou quatro deles entre os milhares de cães que tenho treinado nos últimos 13 anos", estima Gary Wilkes. 
Se, ao ouvir o clique, o animal demonstrar medo, reduza a altura do som. 
Abafe-o com a mão ou um pano, ou use um clicker eletrônico, com regulagem de volume. 
À medida que o animal for agindo normalmente, aumente o volume..
BREVE HISTÓRIA 
Nos anos 40, os norte-americanos Keller e Marian Breland decidiram aplicar na prática o que aprenderam sobre comportamento animal na universidade. 
Eles desenvolveram um sistema de treinamento de cães baseado em condicionamento e cliques visando a treiná-los para comerciais e shows. 
Depois de 15 anos, a técnica foi aproveitada no adestramento de mamíferos marinhos. A ex-treinadora de golfinhos, Karen Pryor, escreveu, em 1984, o livro Don't Shoot The Dog. 
Apesar de não ser do tipo "como fazer", o livro abriu os olhos de muitos adestradores. 
Gary Wilkes foi o pioneiro no uso do Clicker no treinamento de cães para o convívio doméstico. 
De um contato entre Pryor e Wilkes surgiu o conceito do Clicker moderno, a partir do conhecimento dela sobre condicionamento e a prática dele com cães.
USANDO O CLICKER - CARREGAR O CLICKER
Clique e depois premie: o animal logo associará o som a algo agradável
Ao ouvir o clique, o animal precisa ter expectativa de que algo agradável está por vir. 
Para conseguir isso, deve-se antes de mais nada "carregar o clicker", ou seja, criar uma associação entre o clique e as recompensas preferidas pelo animal. 
O ideal é dar, a cada clicada, aquilo que o animal mais queira naquele momento. 
Aproveite todas as oportunidades para associar o clique a algo prazeroso. 
Petiscos costumam funcionar bem na maioria dos casos. 
Repita várias vezes enquanto o animal estiver disposto.
"Para uma associação perfeita, esteja com o petisco na mão para recompensar um ou dois segundos depois da clicada", ensina a zootecnista e adestradora Priscila Lotufo, adepta do Clicker há dois anos. Em outros momentos pode ser melhor fazer a associação com carinho, brinquedos, refeição, água para matar a sede, etc. Por exemplo, clique e sirva a refeição. 
Clique e brinque com o animal, e assim por diante. 
Sempre clique antes e recompense imediatamente depois (ver Reforços).
Em duas ou três sessões de dez a quinze minutos cada, a associação entre o clicker e as recompensas costuma estar criada. 
Para saber se o seu aluno aprendeu, clique quando ele não estiver prestando atenção em você. 
Se ele olhar excitado ou vier na sua direção, é porque o clicker está carregado.
Caso contrário, pratique mais. 
Se a recompensa for comestível, dê bem pequena para não saciá-lo e a ingestão ser rápida.
INICIAR O EXERCÍCIO
O objetivo é mostrar ao animal a posição ou o movimento objetivado pelo exercício.
Usa-se apenas motivação, sem puxões de guia nem pressão em partes do corpo ou outras formas de coerção.
Induzir a uma posição ou movimento 
O targeting é uma poderosa ferramenta para induzir de forma motivadora, divertida e carinhosa o animal a compreender a posição ou o movimento desejado pelo treinador. 
O animal deverá encostar o focinho em um alvo (target) e segui-lo quando movimentado.
É o chamado ímã de focinho. 
O target serve também para o animal ir até ele, se colocado a distância.
Para treinar o animal a tocar a mão do treinador com o focinho, inicie mostrando a mão. Curioso, ele vai encostar o focinho. 
Clique e dê o prêmio. 
Se ele não a tocar, espere um movimento de aproximação parcial, clique, dê o prêmio e continue o exercício até o focinho encostar na sua mão. 
Quando o focinho for encostado sempre que você mostrar a mão, comece a movimentá-la.
Se o animal a seguir, clique e dê o prêmio. 
Os petiscos são ímãs de focinho bastante usados, com cuidado para não serem abocanhados. "Deixar comer um petisco inadvertidamente significa dar um 'prêmio' indevido e a possibilidade de o treino ficar comprometido", alerta Gary Wilkes.
"Muitos adestradores de cães usam petisco como ímã de focinho porque facilita o trabalho", diz Dante Camacho.
Com o ímã de focinho bem fixado pode-se começar a induzir o animal a ficar em posições básicas, sem puxar guias nem pressioná-lo com as mãos. 
Para sentar, por exemplo, estimule-o a seguir o alvo com o focinho até que ergua a cabeça. 
Quando as pernas traseiras começarem a dobrar, clique e premie. 
Depois, clique a cada nova etapa cumprida.
Aprendidas as posições básicas - senta e deita -, é possível induzi-lo a posição .
Aprendidas as posições básicas - senta e deita -, é possível induzi-lo a posições ou movimentos mais elaborados, como o "rola", a partir do "deita", e o "dá a pata", a partir do "senta", sem nunca coagi-lo. 
Para o "dá a pata", por exemplo, faça-o sentar e levantar a cabeça, inclinando-a para a esquerda, até a perna direita sair do chão. 
Clique e dê o prêmio para que ele entenda que acertou. 
Construa os próximos passos avançando gradativamente na direção do objetivo, clicando e premiando a cada acerto. 
"É preciso lembrar que parar de receber cliques é a única punição no Clicker; jamais a repreensão", ressalta Alexandre Rossi. 
"Para motivar, além dos cliques pode-se ainda usar
o 'não' informativo, que estimula o animal a tentar variantes para conseguir clicadas."
Para o animal ir até um alvo colocado a distância e encostar o focinho - útil para comandos mais sofisticados, como o "vai" - é preciso adotar um objeto target, aproveitável igualmente como ímã de focinho. 
Mostre o objeto ao animal, deixe-o cheirar (se preciso, esfregue um pedaço de carne) e, quando ele encostar o focinho, clique e dê o prêmio. 
Quando o interesse pelo objeto-alvo for grande, movimente-o. 
Se o animal segui-lo, clique e dê prêmio (o objeto já é reconhecido como alvo pelo animal). 
Caso contrário, reinicie o exercício. 
Adotado o objeto-alvo - digamos que foi trabalhada uma antena de carro -, o animal poderá seguir com facilidade um target semelhante - um galho, por exemplo. 
"Pela postura do adestrador o animal percebe logo o que é esperado dele, mesmo que mudemos o target", explica Dante.
Um objeto longo, com o alvo na extremidade, serve como extensão do braço e enriquece ainda mais as possibilidades do adestrador.
Uma boa opção é uma varinha com aproximadamente 60 centímetros e com a ponta-alvo com cor que se destaque do ambiente onde a aula é dada. 
"As cores que parecem ser reconhecidas mais facilmente pelos cães são o preto, o branco, o amarelo e o azul", informa Morgan Spector. 
Ele aconselha ainda: "Use fita adesiva para colorir, pois há possibilidade de a tinta ser tóxica.
" A varinha pode ser confeccionada com qualquer material, até mesmo galhos de plantas, ou ser adquirida pela Internet (ver Para saber mais).
As utilidades são diversas. 
Com esse recurso consegue-se mostrar como queremos que seja feito um salto, como andar junto, qual a direção desejada em um exercício, etc.
"Sem a varinha, quando o cão é pequeno, o adestrador precisa andar abaixado para ensinar o comando 'junto', fazendo o target com a mão diante do focinho", exemplifica Dante Camacho. 
"Além de incômodo, corre-se o risco de o cão ficar condicionado a só andar ao lado quando o acompanhante estiver abaixado." 
Poder trabalhar a distância é um grande recurso. 
"Para ganhar a confiança de um cão agressivo demais trabalhei ficando do lado de fora das grades do canil onde ele estava", conta Alexandre Rossi. 
"Foi um sucesso viabilizado com a ajuda de cliques, da varinha e de petiscos atirados pelas grades." Para conseguir que o animal entre em uma caixa de transporte, feche uma porta com o focinho ou pressione um botão, entre outras possibilidades, transfira um alvo para outro, criando mais e mais possibilidades. 
Por exemplo, ponha a ponta da varinha-alvo na caixa de transporte. 
Quando o animal encostar o focinho, clique. 
Logo aquele ponto da caixa será considerado um novo alvo pelo animal. 
Capturar uma posição ou um movimento espontâneo
Quando o animal fizer um movimento ou trejeito que você quer ver repetido sob comando, clique. 
Por exemplo, se ele levantar uma pata, sentar, tocar a sua mão com o focinho, olhar para você ou ficar com as quatro patas no chão (caso goste de pular e você não quiser isso). 
Cada vez que ele repetir o comportamento desejado, clique.
Depois de algum tempo, o animal o fará por iniciativa própria, à espera de recompensa.
Modelar um movimento
É possível conseguir que o animal faça um movimento plasticamente perfeito, passo-a-passo. Por exemplo: se ele estiver sentando torto, é possível fazê-lo sentar mais corretamente. 
Partindo das técnicas de indução ou captura de posição ou movimento espontâneo, molde cada passo do exercício. 
A um acerto corresponde um clique e um prêmio. 
O animal acostumado ao método Clicker é cooperativo - tenta diferentes posições até agradar e ser recompensado.
INTRODUÇÃO
O Adestramento Inteligente tem o objetivo de ensinar a proprietários de cães técnicas de adestramento e conceitos de comportamento animal com o objetivo de melhorar o convívio entre o cão e as pessoas. Acreditamos que através dessas noções básicas você poderá desfrutar ainda mais de seu animal de estimação e ao mesmo tempo tornar a vida do seu cão mais agradável. Esse curso foi idealizado e organizado pela Organização Cão Cidadão, uma entidade sem fins lucrativos que tem como missão promover uma melhor integração do cão na sociedade através de projetos e programas nos quais os cães são protagonistas de ações em entidades e instituições que atuam junto à população nas áreas de saúde e educação. Se você se interessar mais sobre o trabalho da associação, se informe conosco. 
 
ADESTRAMENTO INTELIGENTE O MÉTODO. 
A maneira com que você lida com seu cão pode exercer uma enorme influencia no seu comportamento. Ao ensinarmos um animal estamos adquirindo informações que podem inclusive mudar o nosso comportamento e a maneira de nos relacionarmos com animais e pessoas. Os conhecimentos sobre comportamento e relações adquiridos no convívio com animais são extrapolados para outros contextos e para outras relações. Existem vários estudos que demonstram a enorme influencia que um animal de estimação pode ter na vida, hábitos e saúde de seus proprietários. Para nós, o método de adestramento tem um objetivo muito maior do que o de se conseguir simplesmente adestrar o animal. O método deverá possibilitar a pessoa que o utiliza a experimentar novas maneiras de interpretar comportamentos, procurar entender realmente as peculiaridades e particularidades dos outros além de promover um bom convívio entre o cão e o homem. O método Adestramento Inteligente procura integrar da melhor forma possível todos os conceitos acima mencionados. Portanto, sempre devemos nos questionar se o método escolhido para o adestramento respeita o animal, respeita o ser humano e se promove o bem estar da relação. 
PARA QUE ADESTRAR CÃES? 
A resposta é basicamente a seguinte: Um cão adestrado é de longe mais feliz do que um cão que não aprendeu os princípios básicos de obediência. Não é difícil entender o porquê. Ao contrário do que parece, um cão adestrado sofrerá menos restrições na convivência com pessoas e outros animais. Sabendo se comportar ele poderá ficar mais próximo das pessoas que gosta, inclusive dentro de casa. Um cão que sabe deitar e ficar pode permanecer na sala quando a família recebe uma visita e ainda é bem provável que esta se encante com as boas maneiras e lhe faça um agrado. Esse animal também poderá tranqüilamente acompanhar seu dono em atividades cotidianas pois sabe se comportar em passeios ou mesmo dentro do carro e sabe esperar pacientemente enquanto seu dono entra numa loja ou conversa com outras pessoas. O que acontece é que o cão que foi adestrado irá ganhar mais atenção e irá interagir mais com as pessoas do que um cão que não recebeu nenhum treinamento. Além disso existe ainda um fator muito importante: responder aos seus comandos faz com que seu cão o respeite como líder, o que é essencial para uma boa convivência entre vocês. Se um cão se considera líder da matilha da qual você também faz parte ele assumirá as funções e privilégios da posição como marcação do território, defesa da matilha, direito de escolher onde ficar, para onde ir e o que pertence ou não a ele. Sendo você o líder da matilha, caberá a você tomar as decisões e haverá muito menos conflito na relação com seu cão. O líder é sempre venerado e tomado como exemplo, os benefícios são inúmeros, assumir a liderança chega a ser essencial para a convivência com seu cão. 
O QUE ESPERAR DO ADESTRAMENTO? 
Existe muita confusão quando se fala em adestramento. Ninguém sabe ao certo quando começar a adestrar, se adestrar é só ensinar comandos ou se educação também faz parte do adestramento. Existe uma crença geral de que o cão só pode ser adestrado depois dos seis meses, até essa idade não é feita nenhuma tentativa de educar e ensinar o animal. Isso acaba gerando muitos problemas afinal educar não é resolver os problemas e sim evitar que eles aconteçam. Pode-se até ensinar comandos a filhotes novinhos. Com 2 meses já podemos ensinar comandos simples como senta, deita, dá a pata, etc. Quanto mais
cedo ensinarmos os cães, mais fácil é o condicionamento e menos problemas serão enfrentados no futuro. Lembre sempre que ensinar comandos a um cão não significa que ele irá parar de destruir os móveis, pular nas pessoas ou até mesmo parar de atacar o carteiro. Um adestramento bem feito deixa claro para o cão o significado dos comandos, o que você espera dele em determinadas ocasiões e como se comportar em determinados contextos. Um cão “adestrado” é um cão “sabido” e não necessariamente obediente. É claro que um cão “ignorante” é mais difícil de ser obediente, já que ele não saberá com tanta facilidade o que se espera dele. 
COMO USAR O ADESTRAMENTO NO DIA-A-DIA?
O adestramento deve ser integrado no convívio diário das pessoas. A finalidade do adestramento é melhorar a interação e o convívio, por isso, ele tem que fazer parte do dia a dia do cão. Procure usar os comandos aprendidos pelo seu cão naturalmente como por exemplo sempre que você for fazer carinho peça para ele sentar e deitar, ou sentar e dar a pata, peça para ele buscar a bola quando quiser brincar com ele, etc. Você não tem que reservar 20 minutos do dia para exercitar os comandos ou ir 2 vezes para o parque para que o cão não esqueça do aprendizado. Esse tipo de atitude gera um cão obediente nessas situações, ou seja, somente durante esses 20 minutos do dia, o que não traz benefício nenhum para a interação. Pense na praticidade do convívio. Deixe os petiscos e brinquedos a mão. Muitas pessoas deixam de recompensar o cão porque o petisco esta na área de serviço e dá muito trabalho para ir pegar. Nessas situações o cão responde a pessoa super bem na área de serviço e no resto da casa ele ignora os comandos! O cão deve saber que tem chances de ganhar a troca em qualquer lugar da casa, por isso espalhe latinhas com petiscos e brinquedos pela casa deixando-os a mão em qualquer situação. 
DESENVOLVENDO O INTERESSE E A ATENÇÃO DO SEU CÃO. 
O interesse e a atenção são os dois fatores mais importantes para que o cão aprenda rápido e seja obediente. São aliás os únicos fatores que podem limitar o aprendizado, dificilmente iremos reparar em diferenças significativas de “inteligência” entre os cães, quase sempre os cães que apresentam melhor desempenho no adestramento são os que adoram petiscos ou brinquedos em qualquer situação, mesmo em meio a outros cães e pessoas e que não se distraem facilmente com barulhos estranhos ou outras coisas acontecendo ao redor dele. Em geral os cães não são muito atentos de início, mas a medida que o adestramento avança ele vai se tornando mais interessado e atento. Possibilitando um aprendizado mais rápido e períodos mais longos de treinamento. Uma das coisas a se fazer para manter ou ganhar o interesse de seu cão é utilizar nas aulas, petiscos e brinquedos diferentes dos que o cão costuma ganhar em casa. Em geral, fora de casa, especialmente em praças e locais onde circulam outros cães são necessárias recompensas mais interessantes do que as usadas dentro de casa. Procure utilizar os instintos do seu cão, brinque com seus brinquedos fazendo sons diferentes, jogando-os para cima, passando-os rapidamente pelo chão, etc. Os cães costumam se interessar por objetos que se movem e fazem sons, pois instiga seus instintos de caça, mas ainda assim é muito importante que você também demonstre grande interesse pelo brinquedo, quanto mais o brinquedo significar uma divertida interação entre você e ele maior será o interesse do cão pelo brinquedo. Pode ser extremamente útil escolher um dos brinquedos preferidos de seu cão para fazer dele um brinquedo especial que ficará sempre guardado e sempre que aparecer significará momentos de diversão e interação com você. 
LOCAL E TEMPO DE TREINAMENTO. 
No início do treinamento opte por lugares calmos, com poucas distrações, tente aumentar aos poucos as distrações neste local, chamando pessoas para tentarem distraí-lo ou outros cães, barulhos, outros brinquedos, etc. Quando o cão já está muito atento neste local, comece a treinar em locais diferentes e com um pouco mais de distrações. Lembre-se que isso deve ser feito de forma bem gradual. Um cão que está acostumado a obedecer só em casa, com certeza não responderá aos comandos pedidos numa praça ou parque cheio de crianças, bicicletas, pássaros, outros cães, etc. Inicie a mudança lentamente passando de lugares menos movimentados como ruas residenciais, pontos diferentes da casa, praças isoladas… Essa variação é essencial para que o cão se sinta confortável e confiante em todas as situações. O tempo de treinamento não deve ser muito longo, faça sessões curtas todas as vezes que o ambiente for novo e diferente. O treinamento por períodos longos desestimula o cão, cansando-o e fazendo com que ele perca o interesse e concentração, ele cometerá mais erros e pode acabar frustrado. É muito importante que todos os momentos do adestramento sejam divertidos, tente parar o treino enquanto você e ele ainda estão animados, a idéia é sempre ficar um “gostinho de quero mais”. Você pode aproveitar vários momentos durante o cotidiano para ensinar seu cão, em 5 ou 10 minutos podemos perfeitamente ensinar algo ou melhorar algum aspecto que queremos. Quando mais embutido no dia a dia, mais fácil, interessante e divertido será para você e seu cão. Tenha sempre em mente que várias sessões pequenas são muito mais produtivas do que o mesmo tempo em uma só sessão. 
INFLUÊNCIA DE SUA ATITUDE NO COMPORTAMENTO DO CÃO.
Nossas atitudes exercem grande influência no comportamento dos cães. Os cães possuem uma sensibilidade enorme para captar expressões corporais, diferenças de tom de voz, etc. Nossas atitudes são na realidade a melhor ferramenta para mudar ou melhorar o comportamento de nossos animais. Não é a toa que cães costumam parecer com seus donos, donos calmos - cães calmos, donos agitados – cães agitados, nossas atitudes cotidianas estão o tempo todo reforçando determinados comportamentos. É muito comum nós querermos expressar alguma coisa mas nossas atitudes estão dizendo outra aos cães, um bom exemplo disso são as broncas que os cães consideram como brincadeiras, especialmente quando o cão está querendo brincar pulando, mordendo nossa roupa ou mão, nossa atitude em tentar fazer com que o cão pare quase sempre torna a brincadeira mais divertida, nesse caso a melhor atitude que podemos ter é ignorar o cão, cruzar os braços e desviar o olhar. Mesmo que o cão insista por um tempo ele acabará por perceber que esse comportamento não leva o dono a brincar com ele. Observar a reação que nossa atitude tem no cão nos leva a conhecer melhor nosso cão e possibilita uma sensível melhora na comunicação entre vocês. 
LEMBRE-SE... 
>O método escolhido para se adestrar um cão deve respeitar o animal, o ser humano e sobretudo o bem-estar da relação;
> Um cão adestrado sofre menos restrições na convivência com seres humanos e outros animais;
> O adestramento faz com que seu cão o respeite como líder, o que é essencial para uma boa convivência entre vocês;
> Um cão “adestrado” é um cão “sabido”;
>O adestramento deve ser integrado no convívio diário das pessoas;
> Os momentos de adestramento devem ser divertidos. Nossa atitude também é muito importante quando estamos adestrando, mostrar animação e autoconfiança faz com que o cão fique mais atento e interessado. Procure usar deferentes tons de voz, brincar e se mostrar entusiasmado durante o treino. Pare de treinar quando se sentir cansado ou frustrado. 
> Lembre-se que o adestramento deve ser agradável para ambos.

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