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1 Hans, o cavalo esperto – gênio da Matemática? SCHULTZ; SCHULTZ, 2012 2 O cavalo mais famoso de toda a história da Psicologia; Início da década de 1900: todas as pessoas cultas da Europa e dos EUA já tinham ouvido falar dele; SCHULTZ; SCHULTZ, 2012 3 Vivia em Berlim, Alemanha e era uma celebridade; Considerado com uma capacidade de raciocínio de uma criança de 14 anos; Conseguia somar, subtrair, usar frações, ler, identificar moedas, jogar baralho, soletrar, etc.; Respondia às perguntas batendo a pata um determinado número de vezes ou balançando a cabeça em direção ao objeto apropriado; SCHULTZ; SCHULTZ, 2012 4 Seu dono, Wilhelm von Osten, professor de matemática aposentado, ficava orgulhoso; Acreditava que a educação insuficiente era a única justificativa para a aparente falta de inteligência dos cavalos e demais animais; “Quantos cavalheiros presentes estão usando chapéu?” “O que aquela senhora está segurando?” SCHULTZ; SCHULTZ, 2012 5 Você acha que é possível ensinar um animal a responder perguntas corretamente? Aquela exibição de inteligência do animal era legítima? E o que isso tudo tem a ver com a Psicologia? SCHULTZ; SCHULTZ, 2012 6 Em 1904 , o governo estabeleceu uma comissão para examinar os poderes de Hans e determinar se havia algum truque envolvido; O grupo incluía: um administrador de circo, um veterinário, treinadores de cavalos, um aristocrata, o diretor do Zoológico de Berlim e o psicólogo Carl Stumpf. SCHULTZ; SCHULTZ, 2012 7 O cavalo demonstrou capacidade de responder as perguntas mesmo quando o treinador não estava presente; O psicólogo formou 2 grupos de pessoas: um que sabia as respostas corretas e outro que não sabia; Conclusão: Hans fora condicionado sem querer por seu dono. Hans começava a bater a pata ao menor movimento para baixo da cabeça de von Osten; quando ele executava o número correto de batidas, a cabeça do dono automaticamente fazia um leve movimento para cima e o cavalo parava de bater. SCHULTZ; SCHULTZ, 2012 8 O psicólogo provou que Hans não tinha um depósito de conhecimento – ele apenas fora treinado para bater a pata ou balançar a cabeça, sempre que a pessoa fizesse determinado movimento; Von Osten motivara Hans durante o período de treinamento, dando-lhe torrões de açúcar e cenouras, sempre que respondia corretamente. Após essa constatação, Von Osten rogou uma praga em Hans e o dono morreu dois anos depois de câncer. Edward Lee Thorndike (1874-1949): Psicólogo dos EUA; Realizou experimentos com gatos em uma caixa- problema que ele mesmo havia projetado SCHULTZ; SCHULTZ, 2012 9 Colocava um gato faminto na caixa feita de ripas de madeira. Deixava a comida do lado de fora da caixa como um prêmio por conseguir escapar. O gato tinha que puxar uma alavanca ou uma correte para conseguir abrir a porta. No início, o gato exibia comportamentos aleatórios, como empurrar, farejar e arranhar com as patas, tentando alcançar a comida. Por fim, acabava executando o comportamento correto, destrancando a porta; Na primeira tentativa, esse comportamento ocorria sem querer. Nas tentativas subsequentes, o gato demonstrava o comportamento apropriado assim que era colocado na caixa; SCHULTZ; SCHULTZ, 2012 10 Conclusões: notou uma diminuição do tempo para escapar após algumas tentativas. O gato “apagava” os comportamentos que não resultavam em abrir a porta e “gravava” os comportamentos que conduziam ao êxito; Esse tipo de aprendizagem ficou conhecido como “Tentativa e Erro”. SCHULTZ; SCHULTZ, 2012 11 Lei do Efeito = um ato pode ser alterado na sua força pelas suas consequências. Ivan Petrovitch Pavlov (1849-1936) Fisiologista russo; Estudo da produção de saliva em cães; Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1904; Realizou experimentos em situações controladas de laboratório e, com base em suas observações, teorizou o mecanismo do Condicionamento Clássico. SCHULTZ; SCHULTZ, 2012 12 Percebeu que os cães salivavam não apenas quando a comida já estava na boca, mas ao ouvir o som dos passos do homem que os alimentava e resolveu testar essa descoberta. O experimento do condicionamento: primeiro, apresentava-se o estímulo condicionado (campainha) e, imediatamente, o pesquisador apresentava o estímulo incondicionado (comida). Após certo número de pareamentos campainha + comida, o animal passava a salivar com o simples barulho da campainha; A comida servia como REFORÇO para a aprendizagem. SCHULTZ; SCHULTZ, 2012 13 SCHULTZ; SCHULTZ, 2012 14 SCHULTZ; SCHULTZ, 2012 15 Pavlov foi o responsável por estabelecer o conceito de Condicionamento Clássico (também conhecido como Respondente ou Reflexo): Envolve todos os comportamentos “não voluntários” e inclui os comportamentos que são eliciados (produzidos) por estímulo antecedentes do ambiente. Não dependem de aprendizagem. JOHN B. WATSON (1878-1958) Em 1913, fundou o Behaviorismo, aos 35 anos; Buscava uma Psicologia científica que lidasse somente com os comportamentos observáveis e passíveis de descrição objetiva; Rejeita explicações e termos mentalistas; Conceitos reunidos por Watson: o Tradição filosófica objetivista e mecanicista; o Psicologia animal; o Psicologia funcional. SCHULTZ; SCHULTZ, 2012 16 A psicologia deve ser uma ciência do comportamento – puramente objetiva – uma ciência natural experimental; As metas da psicologia devem ser a previsão e o controle do comportamento; Estudar o comportamento humano da mesma maneira que os físicos estudam o universo; SCHULTZ; SCHULTZ, 2012 17 Em seu experimento, quis provar a teoria das respostas emocionais condicionadas; O “pequeno Albert” era um bebê de 11 meses que foi condicionado a ter medo de um rato branco, que ele não temia antes de ser submetido ao condicionamento. SCHULTZ; SCHULTZ, 2012 18 “O Pequeno Albert” 19 20 Para estabelecer a relação de medo, provocava-se um enorme barulho atrás da cabeça de Albert, sempre que o rato lhe era mostrado; Em pouco tempo, a simples visualização do rato produzia sinais de medo na criança; Esse medo condicionado passou a se generalizar para estímulos similares, como um coelho, um casaco de peles e a barba do Papai Noel. SCHULTZ; SCHULTZ, 2012 21 Watson revolucionou a Psicologia, influenciado pelos experimentos de Thorndike e Pavlov; Comportamento: interação entre o indivíduo e o ambiente – é o ponto de partida para uma ciência do comportamento; O mais importante dos behavioristas que sucedem Watson foi Skinner. BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008 23 B. F. SKINNER (1904-1990) Introduziu o conceito de Condicionamento Operante, que envolve a maioria de nossas interações com o ambiente; Seu experimento: BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008 24 Um rato, privado de água por 24 horas, é colocado em uma caixa de condicionamento , onde se encontra uma barra. Essa barra, quando pressionada por ele, libera uma gota d’água. Conclusão: Por ter obtido água ao encostar na barra quando sentia sede, constatou-se alta probabilidade de que, estando em situação semelhante, o ratinho a pressionasse novamente. BOCK; FURTADO;TEIXEIRA, 2008 25 O que propicia a aprendizagem dos comportamentos é a ação do organismo sobre o meio e o efeito dela resultante, ou seja, a aprendizagem está na relação entre uma ação e o seu efeito. BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008 26 S R Resposta = pressionar a barra. Estímulo reforçador (Consequência) = obter a água. Reforçamento = aumento da frequência do aparecimento do comportamento Resposta Estímulo Reforçador 26 O organismo se comporta, emitindo uma resposta, e sua ação produz uma alteração no ambiente, uma consequência que, por sua vez, retroage sobre o sujeito, alterando a probabilidade futura de ocorrência. BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008 27 Agimos sobre o mundo em função das CONSEQUÊNCIAS criadas por nossa ação. Ações são mantidas pelas consequências que produzem no ambiente; As consequências são REFORÇADORAS quando aumentam a frequência do comportamento e PUNIDORAS (ou aversivas) quando diminuem a frequência do comportamento. BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008 28 Reforço Positivo: oferece uma recompensa ao organismo. Reforço Negativo: permite a retirada de algo indesejável ou aversivo. Se você se esforçar nos estudos (comportamento), vai ganhar um presente (recompensa). Se você lavar a louça (comportamento), te dou 10 reais (recompensa). Coloco o casaco (comportamento), para não passar frio (aversivo). Passo o protetor solar (comportamento), para não me queimar (aversivo). BOCK, A.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia. 14. ed. reform. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2008. Cap. 4. SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da psicologia moderna. São Paulo: Cengage Learning, 2012. Cap. 9 e 10. 41
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