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Aula_I_FRATURA.pptx_UNESA

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Universidade Estácio de Sá
Fisioterapia Aplicada a ortopedia e traumatologia
Niteroi
2015.1
Professor Fábio Athaide
FISIOTERAPIA EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
Conceito:
Ortopedia – é a especialidade responsável por tratar e corrigir deformidades, doenças e lesões no sistema esquelético, em suas articulações e estruturas associadas (músculos e ligamentos), enfim, relacionadas ao aparelho locomotor.
Ex.: câncer ósseo, luxações congênitas e deformidades ósseas.
Traumatologia – é a especialidade que tem por objetivo o estudo das lesões provocadas por traumatismos no sistema músculo-esquelético sendo estas, lesões abertas ou fechadas.
FRATURA
Definição:
Perda da integridade estrutural.
Define-se fratura como sendo uma interrupção na continuidade do osso, que pode ser um rompimento completo ou incompleto (fenda);
Toda descontinuidade óssea;
Separação das corticais ósseas;
	Sempre ocorre um padrão permanente de processamento ósseo, caracterizado por duas atividades opostas: a formação de novo osso pelos osteoblastos e a degradação (reabsorção) do osso antigo pelos osteoclastos.
Classificação da fratura:
Quanto a integridade da pele:
Aberta (exposta)– Quando o foco de fratura apresenta comunicação com o meio externo, alto risco de infecção.
Fechada – Quando não apresenta comunicação com o meio externo.
Quanto aos traços de fratura:
Simples (1 ou 2 traços de fratura) 
Cominutiva (3 ou mais traços de fratura)
Quanto à estrutura:
 impactadas – não deslocadas (sem desvio)
 deslocadas (com desvio).
Quanto às causas:
Traumáticas – Por esforço (estresse) – Patológica
FRATURA
FECHADA
ABERTA
ESTAVEIS
INSTAVEIS
INSTAVEIS
Sem desvio
Com desvio
Com desvio
Lesão tec. Epitelial; muscular; nervoso; vasos sanguíneos
DIAGNÓSTICO CLÍNICO DA FRATURAS:
 MAIORIA DAS VEZES, HISTÓRIA DE TRAUMA É OBTIDA;
 → PODE OCORRER DURANTE ATIVIDADE NORMAL COMO É O CASO DA FRATURA PATOLÓGICA E FRATURAS POR FADIGA.
DOR;
IMPOTÊNCIA FUNCIONAL;
DEFORMIDADE;
MOBILIDADE ANORMAL;
TIPOS ESPECIAIS DE FRATURAS:
FRATURAS EM GALHO VERDE: EM GERAL É UMA FRATURA INCOMPLETA.
CONSERVAÇÃO DA CORTICAL E DO PERIÓSTEO DO LADO OPOSTO.
PRODUZ DEFORMIDADES QUE MUITAS VEZES A REDUÇÃO SOMENTE É OBTIDA COM A FRATURA DA CORTICAL ÍNTEGRA.
FRATURA SUBPERIOSTEAL: FORÇA DE COMPRESSÃO, CONSEGUE FRATURAR O TRABECULADO ÓSSEO, MAS NÃO ROMPE O PERIÓSTEO.
FRATURA-EPIFISIÓLISE OU EPIFISIOLISTESE TRAUMÁTICA: 
FORÇA DE CISALHAMENTO PELA LINHA EPIFISÁRIA, OCORRE NA ZONA DAS CÉLULAS CARTILAGINOSAS HIPERTRÓFICA.
FRATURA PLÁSTICA DEFORMANTE:
TIPO RARO. OCORRE EM CRIANÇAS DEVIDO À GRANDE ELASTICIDADE DO TECIDO ÓSSEO DURANTE O CRESCIMENTO
NÃO DETERMINA UM TRAÇO VISÍVEL DE FRATURA NO RX.
DEFORMIDADE DE 10-20°
FRATURA DE ESTRESSE OU DE FADIGA
FRATURA POR FADIGA APÓS REPETIDAS E CÍCLICAS SOLICITAÇÕES.
ESFORÇOS REPETIDOS E CÍCLICOS, VENCEM A CAPACIDADE DO TECIDO ÓSSEO DE REMODELAÇÃO.
MILITARES E CORREDORES APÓS VIGOROSOS TREINAMENTOS.
DOR LOCALIZADA, EDEMA E INCAPACIDADE FUNCIONAL PARCIAL
RX INICIAL PODE SER NORMAL, SOMENTE APARECENDO CALO ÓSSEO APÓS 2-3SEMANAS.
DIAGNÓSTICO INICIAL BASEADO NA CLINICA E OSSO SUSPEITOS: METATARSOS [+COMUM], FÍBULA, CALCANEO, TIBIA E COLO FEMORAL
FRATURAS PATOLÓGICAS:
TECIDO ÓSSEO ENFRAQUECIDO POR DOENÇA LOCALIZADA OU SISTÊMICA.
TIPOS ESPECIAIS DE FRATURAS
FRATURA IMPACTADA:
SEGMENTO FRATURADO PENETRA  NO SEGMENTO ADJACENTE.. IMPACTAÇÃO E RELATIVA ESTABILIDADE.
FREQUENTE NO COLO DO ÚMERO E NO COLO DO FÊMUR
FRATURA POR COMPRESSÃO:
FORÇA AXIAL DE COMPRESSÃO
CORPOS VERTEBRAIS, CALCANEO E EPIFISE DISTAL DO RADIO.
FRATURA-ARRANCAMENTO OU AVULSÃO:
FRATURA DE UMA EPIFISE OU DE UM SEGMENTO ÓSSEO DECORRENTE DA FROÇA DE TENSÃO DE UM TENDÃO, GRUPOS MUSCULARES OU DE LIGAMENTOS.
BASE DO 5°MTT PELO FIBULAR CURTO E 3º,
COMPLICAÇÕES DA FRATURAS
COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS:
1. CHOQUE:  HEMORRÁGICO OU HIPOVOLÊMICO E CHOQUE NÃO-HEMORRÁGICO.
ÚMERO E TÍBIA PODEM PERDER 750ML SANGUE. FÊMUR PODE PERDE 1,5L.
PACIENTES COM SINTOMAS DE CHOQUE DEVEM SER ESTABILIZADOS ANTES QUE O DIAGNÓSTICO E O TRATAMENTO DA FRATURA SEJAM INICIADOS.
2. EMBOLIA GORDUROSA:
→ PRINCIPALMENTE APÓS FRATURAS DE OSSOS LONGOS. 
IMPORTANTE CAUSA DE SARA [INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA E HIPOXEMIA ARTERIAL EXTREMA NO PERÍODO PÓS-TRAUMÁTICO IMEDIATO.
SINTOMAS SURGEM APÓS 24-72H.
FEBRE, TAQUICARDIA, TAQUIPNÉIA, CONFUSÃO MENTAL E PETÉQUIAS NA PELE E CONJUNTIVAS DOS OLHOS.
3. TÉTANO: 
→ CONTRAÇÃO TÔNICA DOS MUSCULOS CAUSADA PELO CLOSTRIDIUM TETANI, BASTONETE GRAM + ANAERÓBIO.
PROLIFERA EM TECIDOS DESVITALIZADOS, NAS QUAIS SÃO INTRODUZIDOS OS ESPOROS.
4. GANGRENA GASOSA:
UMA DAS COMPLICAÇÕES  SÉRIAS.
CLOSTRIDIUM, CELULITE E MIONECROSE
SUCESSO DO TRATAMENTO DEPENDE DO DIAGNÓSTICO PRECOCE
5. TROMBOSE VENOSA PROFUNDA:
MAIS COMUM E PERIGOSA EM PACIENTES COM TRAUMA ESQUELÉTICO E CANDIDATOS A CIRURGIA FUTURA.
EDEMA DISTAL E DOR NO LOCAL ACOMETIDO
CIRURGIA OU TRAUMATISMO DA PELVE OU DOS MEMBROS INFERIORES IMOBILIZAÇÃO, OBESIDADE E IDADE ACIMA DE 70 ANOS SÃO ALGUNS FATORES DE RISCO PARA TVP.
Consolidação:
 
A duração de cada estágio varia, dependendo da localização e gravidade da fratura, lesões associadas e idade do paciente.
A fase inflamatória: dura aproximadamente 1 a 2 semanas. Inicialmente, a fratura incita uma reação inflamatória. O aumento da vascularização que envolve a fratura permite a formação de um hematoma de fratura, que em breve será invadido por células inflamatórias, como neutrófilos, macrófagos, e fagócitos. 
A fase reparativa - habitualmente dura de 4 a 8 semanas. Essa fase é caracterizada pela diferenciação de células mesenquimatosas pluripotenciais. O hematoma de fratura é então invadido por condroblastos e fibroblastos, que depositam a matriz para o calo.
A fase de remodelamento, que leva de meses a anos para se completar, consiste em atividades osteoblasticas e osteoclasticas que resultam na substituição do osso reticulado desorganizado e imaturo por osso lamelar, organizado e maturo, o que aumenta ainda mais a estabilidade do local fraturado. O hematoma de fratura é então invadido por condroblastos e fibroblastos, que depositam a matriz para o calo. Inicialmente, forma-se um calo mole, composto principalmente de tecido fibroso e cartilagem com pequena quantidade de osso. Então, os osteoblastos são responsáveis pela mineralização desse calo mole, convertendo-o num calo duro de osso reticulado e aumentando a estabilidade da fratura. Esse tipo de osso é imaturo e fraco em termos de torque; portanto não pode ser submetido a estresse.
 
O processo de consolidação óssea é um processo biológico , de intenso metabolismo , que poderia ser dividido nas fases abaixo ilustradas :
 Obs: A questão que deve-se levar em conta para sua reabilitação é: saber em que estágio a fratura está, para evitar uma descarga de peso precoce que possa vir a retardar sua recuperação.
 
 
Consolidação (fatores que influenciam na consolidação)
 
Idade –
Ex.: criança fratura de fêmur 1 mês
adolescente 3 a 4 meses
Idoso 4,5 a 5 meses
 
Doenças pré-existentes -
Ex.: diabetes, osteoporose
 
Alimentação
Controle Hormonal
 
 
 
 
Complicação das Fraturas (não consolidação)
 
Pseudoartrose: pode ocorrer por 2 principais fatores:
contaminação no foco de fratura: corpo estranho, tecido desvitalizado e bactérias.
movimentação no foco de fratura
 
 
Tratamento
 
Incruenta ou Conservador ou Redução Fechada (com gesso e tração)
Cruenta ou Cirúrgico ou Redução Aberta (placas de compressão óssea, haste intramedular e fixação externa rígida).
Conceitos das lesões de tecidos moles
A lesão é caracterizada por uma alteração ou deformidade tecidual diferente do estado normal do tecido, que pode atingir vários níveis de tecidos, assim como os mais variados tipos de células. As lesões ocorrem em função de um desequilíbrio fisiológico ou mecânico, por trauma direto
ou indireto, por uso excessivo de um determinado gesto motor, ou até por gestual motor realizado de forma incorreta.
Classificação da gravidade das lesões:
 
Lesão aguda e crônica- 
Microtrauma e Macrotrauma 
Lesão primária e secundária:  
 
OBS.: lesão secundária: as respostas fisiológicas à lesão primária podem levar a uma lesão secundária por meio de mecanismos enzimáticos e hipóxicos que afetam as células da região periférica à lesão inicial. 
Então nas primeiras horas após a lesão primária ocorrerá um aumento na área total lesada, a qual é consequência da lesão secundária.
Tipos de Lesões
Entorse (lesão Ligamentar) – ocorre em região articular, podendo ocorrer estiramento ligamentar, ruptura parcial ou completa das fibras de um ligamento.
 
Pode ser dividido em:
Grau I (leve)- algumas fibras são rompidas, mas a integridade do ligamento é mantida e a articulação permanece estável.
Grau II (moderado)- as fibras são rompidas em uma quantidade suficiente para diminuir a função ligamentar, mas a estabilidade ainda é mantida. É evidente algum movimento articular excessivo, quando comparado ao movimento contralateral e algum desconforto é relatado.
Grau III (grave)- ruptura completa das fibras, com perda da integridade ligamentar e evidência de instabilidade articular.

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