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Responsabilidade Civil
Modalidades de Responsabilidade Civil
Responsabilidade Subjetiva: 
São a regra e derivam ao menos de uma conduta culposa, a culpa abrange inclusive o dolo.
Base legal: Artigo 186 conjugado com o artigo 927 caput do Código Civil.
CULPA + DANO + NEXO CAUSAL
Pergunta a ser feita: Essa conduta culposamente experimentada pelo agente foi determinante para o dano? Se sim, haverá o dever de indenizar e estará presente o nexo causal.
Responsabilidade Objetiva: 
Independe de culpa e é a exceção, devendo está prevista em lei.
Base legal: parágrafo único do artigo 927 do Código Civil.
CONDUTA + DANO + NEXO CAUSAL
Verificar a conduta indispensável sem a qual o dano não teria ocorrido. 
Prazo para interposição de ação de reparação civil
Prazo prescricional de 03 anos, conforme artigo 206, §3º, IV do Código Civil.
Responsabilidade Objetiva 
Defenestração: 
Queda ou arremesso de objeto em local indevido.
Reponsabilidade: Daquele que habita o imóvel ou parte dele. Não há necessidade de se comprovar a culpa.
Só se ingressa com a ação em face do condomínio se não soubermos quem lançou o objeto. Portanto, a responsabilidade do condomínio é subsidiária, caso eu não saiba quem ou de onde caiu o objeto. 
Base legal: artigo 938 do Código Civil.
2) Motorista e incapaz.
Exemplo: Motorista dirige seu carro regularmente pela via, quando uma criança filha de pais separados, no qual sua mão detém a guarda mas estava sob a autoridade de seu pai, sai da casa de seu pai correndo e adentra a via, fazendo com que o motorista para evitar de atropelá-la lance seu carro sobre o muro de uma casa vizinha.
Vítima: Dono da casa vizinha que teve seu muro abalroado. 
Réu: Motorista que mesmo tendo praticado uma conduta lícita ao destruir um muro para salvar uma vida, agindo assim em estado de necessidade, conforme artigo 188, II do CC, deverá indenizar o prejuízo suportado pela vítima, conforme redação do artigo 929 conjugado com o artigo 930 do CC.
O motorista poderá promover a denunciação da lide ao pai da criança, nos termos do artigo 125, II do CPC. Posto que, neste caso, somente o pai será o responsável pelo prejuízo suportado pelo seu filho, já que os pais só se responsabilizam pelos danos causados por seus filhos menores se estiverem sob sua autoridade ou companhia, nos termos do artigo 933 c/c 932, I do CC.
Conforme jurisprudência pacificada, a companhia dos pais em relação aos filhos não precisa ser física.
O motorista caso não denuncie a lide, poderá propor ação de regresso contra o pai do incapaz, conforme artigo 932, I do CC.
O incapaz poderá ser responsabilizado caso as pessoas responsáveis por ele não tiverem a obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios para tanto. Essa indenização será equitativa e não poderá prejudicar o sustento do próprio incapaz, conforme artigo 928 e seu parágrafo único. 
Ascendente NUNCA poderá propor ação de regresso contra descendente, nos termos do artigo 934 do CC.
Tutor pode propor ação de regresso contra seu tutelado. Descendente também poderá propor ação de regresso contra seu ascendente.
3) Empregado que causa danos a terceiros
O empregador terá responsabilidade objetiva.
Para que recaia a responsabilidade objetiva no empregador, deverá ser demonstrada a responsabilidade subjetiva do próprio empregado.
Haverá solidariedade entre empregador e empregado, que decorre de lei, conforme artigo 942, § único do CC.
No caso das instituições hospitalares a solidariedade está prevista no Enunciado 191 do Conselho de Justiça Federal que dispõe: “A instituição hospitalar privada responde na forma do artigo 932, II do CC, pelos atos culposos praticados por médicos integrantes do seu corpo clínico”.
No caso da locadora de veículos a responsabilidade está prevista na Súmula 492 do STF que dispõe que a locadora responde pelos danos causados por seus locatários a terceiros.
4) Estacionamento
É um contrato de depósito.
Deixo meu carro, que é um bem móvel, conforme artigo 627 CC, no estacionamento e neste momento, nasce para o dono a responsabilidade de me restituir uma coisa certa.
Contrato de depósito é um contrato bifronte pois pode ser oneroso ou gratuito, conforme artigo 628 do CC. 
A responsabilidade é objetiva e decorre da Súmula 130 do STJ.
5) Contrato de transporte
É necessariamente um contrato oneroso, mediante remuneração, nos termos do artigo 730 do CC.
A sua responsabilidade é objetiva e a base legal é o artigo 734 do CC.
A Súmula 161 do STF dispõe que serão nulas todas as cláusulas que excluam a responsabilidade do transportador.
6) Dono de hotel, motel, hostel, pousada
Recairá sobre eles a responsabilidade objetiva, nos termos do artigo 932, IV do CC.
O hotel ou etc., poderá propor ação de regresso contra o hóspede verdadeiramente culpado. 
7) Donos de escola
A jurisprudência entende que também respondem de forma objetiva, nos termos do artigo 932, IV do CC.
No caso das escolas pública a base legal para aplicação da responsabilidade objetiva são os artigos 43 do CC c/c artigo 37, §6º da CF.
8) Donos de animais
Ocorre quando o animal causa prejuízos a terceiros. 
A responsabilidade será do dono ou detentor, salvo nas hipóteses de força maior ou de culpa exclusiva da vítima. 
Base legal: artigo 936 do CC.
Conceito de detentor: Artigo 1.198 do CC.
Exemplo: Criança que colocou o braço na jaula do tigre. Ocorreu culpa concorrente, pois de um lado temos a criança que colocou o braço na jaula, e do outro temos o zoológico que não utilizou de meios para evitar que crianças fizessem esse tipo de coisa. A culpa concorrente visa a redução do quantum indenizatório e sua redação está prevista no artigo 945 do CC.
9) Abuso de direito
Base legal: Artigo 187 do CC.
O exercício de um direito pode gerar o dever de indenizar, caso exercido de forma abusiva. 
Exemplo: Colégio amarelinho matriculou regularmente uma criança, a escola era particular. No entanto, o pai atrasou as mensalidades e o colégio privou o menino de participar das atividades. A escola está se utilizando de um direito, mas de forma abusiva, posto que deveria ter proposto a devida ação de cobrança. 
É uma típica hipótese de responsabilidade objetiva, não há necessidade de se demonstrar culpa. 
10) Dono de edifício ou construção
Base legal: 937 do CC (responsabilidade do dono).
Artigo 937: O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
A jurisprudência entendeu que a responsabilidade é objetiva, posto que se ruiu, é porque a falta de reparos é manifesta, o que não precisa ser provado, presumindo-se de forma absoluta.
Observações: Não confundir com defenestração que a responsabilidade não é atribuída ao dono e sim a quem habita o prédio ou parte dele. 
Responsabilidade Subjetiva
1) Carona
É um contrato atípico, inominado.
Base legal: Artigo 425 do CC.
Tem que ter partes capazes, objeto lícito possível determinável. 
Observar as cláusulas gerais previstas nos artigos 113, 187, 421 e 422 do CC, todos têm que observar quando celebrarem um contrato seja ele típico ou atípico. O artigo 113 tem a função interpretativa do negócio jurídico e é usual pegar carona, então a função do 113 está cumprida. Não há abuso de direito em pegar carona então o 187 também está cumprido. Todo contrato deve cumprir uma função social, conforma artigo 421, já que conforme artigo 422 os contratantes devem cumprir os princípios da lealdade, boa-fé e etc.
A carona se dá independentemente de remuneração, é diferida do contrato de transporte, conforme artigo 736 do CC. 
Súmula 145 do STJ: Pelo contrato de carona feito por amizade, só de indeniza se resta provada culpa grave ou conduta grave por culpa do condutor. 
2) Dívida
Prazo prescricional: Artigo 206, §5º, I do CC: 05 anos.
Exemplo: Foi contraída uma dívida que só seria vencida no dia 23/04/2018. No dia 16/04/2018 eu proponho uma ação de cobrança com medo de não receber, uma dívida ainda não vencida. No dia 18 sou
citada para responder por uma dívida não vencida. Quero então me ver indenizada pelo credor malicioso.
Existem situações em que o credor pode cobrar a dívida antes de vencida. Base legal: 939 do CC GRIFAR FORA DOS CASOS EM QUE A LEI ME PERMITA.
Hipóteses em que eu posso cobrar a dívida antes de vencida: Combinar os artigos 939 e 333 (enumera as hipóteses em que a lei pugna pelo pagamento antecipado) do CC. Nestes casos, o credor não será responsabilizado por cobrar antes.
Exemplo: Vencia a dívida no dia 16/04/2018, eu paguei no dia na conta do credor, conforme acordado. O credor não identifica o pagamento e propõe a ação de cobrança. O devedor é citado no dia 23/04/2018, na sua peça contestatória ele demonstra o pagamento dentro da data e pleiteia a indenização em face da cobrança indevida do credor, conforme artigo 940 do CC, posto que todo aquele que pleiteia dívida já paga fica obrigado a ressarcir em dobro o que era indevidamente cobrado. 
Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição.
Como advogados do credor, podermos alegar que ele agiu imbuído de boa-fé, nos termos da Súmula 159 do STF, afastando a aplicabilidade do artigo 940 do CC.
Se o credor desistir da ação antes do réu contestar ele não terá sanções, a princípio, nos termos do artigo 941 do CC. As penas previstas nos arts. 939 e 940 não se aplicarão quando o autor desistir da ação antes de contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver indenização por algum prejuízo que prove ter sofrido.
3) Teoria da perda de uma chance
Dispõe que a perda de uma chance seria indenizável. 
Não se indeniza pelo dano material mas sim por uma chance perdida. 
SÚMULA 301 STJ: EM AÇÃO INVESTIGATÓRIA, A RECUSA DO SUPOSTO PAI A SUBMETER-SE AO EXAME DE DNA INDUZ PRESUNÇÃO JURIS TANTUM DE PATERNIDADE.
A responsabilidade civil independe da responsabilidade criminal
Base legal: 935 do CC.
Exemplo: Incêndio em Santa Maria na boate Kiss. Uma vez os donos sendo responsabilizados pelo homicídio há uma responsabilidade civil e paralelo. 
O artigo 200 dispõe: Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima. DANO MATERIAL EM RICOCHETE.
Dano material em Ricochete (Esse dano ocorre quando a ofensa é dirigida uma pessoa, mas quem sente os efeitos dessa ofensa, dessa lesão é outra.). Exemplo, A mata B que era responsável por pensionar C. Base legal 948 do CC.
Há a possibilidade de dano moral em Ricochete? Sim, Súmula 491 do STF: É indenizável o acidente que cause a morte de filho menor, ainda que não exerça trabalho remunerado.
5) Lesão Corporal
Base Legal: Artigos 949 e 950 do Código Civil.
Não há necessidade de se praticar o ato dolosamente, a obrigação de indenizar, pode surgir mesmo se o ato tiver sido praticado de forma culposa. 
Exemplo: Médico contratado para uma cirurgia plástica, no entanto, o paciente ao final da cirurgia acabar por não ter a sua estética melhorada. A cirurgia plástica se divide em duas searas que devem ser observadas: as reparadoras (traz ao cirurgião uma obrigação de meio) e as embelezadoras (traz ao cirurgião uma obrigação de resultado). Se eu quero afinar o meu nariz e contrato o cirurgião para fazê-lo e ao final, saio com o nariz pior do que eu estava, eu posso ajuizar uma ação de reparação civil contra o cirurgião. Para imputar ao cirurgião a responsabilidade, ele tem que agir de forma culposa.
Base legal do exemplo exposto acima: Artigo 951 do CC que traz a responsabilidade subjetiva dos profissionais autônomos. 
6) Usurpação ou Esbulho
Base legal: Artigo 952 do CC.
Conceito de esbulho: Esbulho possessório é crime de usurpação (quando alguém invade com violência à pessoa, grave ameaça ou mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou edifício alheio
O equivalente é mencionado em dinheiro. 
7) Calúnia, injúria e difamação
Base legal: Artigos 186 e 953 caput do CC.
A redação do artigo 953 caput do CC, faz alusão exclusivamente a um dano material.
Ambos os crimes de difamação, calúnia e injúria, podem causar prejuízos materiais. 
Conceito de calúnia: A calúnia é acusar alguém publicamente de um crime. Se o crime for comprovado não existe condenação.
Conceito de difamação: É o ato de desonrar alguém espalhando informações inverídicas.
Conceito de injúria: A injúria é quando uma das partes diz algo desonroso e prejudicial diretamente para a outra parte, como chamar de ladrão.
8) Ofensa a liberdade
Base legal: Artigo 954 do CC.
Direito de exigir reparação em caso de morte tanto do polo ativo quanto do passivo
Base legal: Artigo 943 do CC que diz que o direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmite-se com a herança.
Neste caso, os herdeiros não responderão com valores superiores aos recebidos na herança, conforme disposto no artigo 1.792 do CC. Caso os herdeiros não tenham herdado nada, eles têm que provar, requerendo a abertura de um inventário negativo.
Perdas e Danos
Conceito: Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Base legal: artigo 402 do Código Civil
1) Dano emergentes: 
É aquilo que eu perdi e podem ser
Dano Material
Dano Moral (Artigo 186, é subjetivo, é o dissabor, a amargura, preciso provar a conduta indispensável a gerar o dano e preciso estipular o quantum pretendido, conforme artigo 292, V do CPC).
Dano Estético
Súmula 37 STJ: Dano Material e Moral podem ser cumuláveis.
Súmula 387 STJ: Dano Material e Dano e Dano Estético podem ser cumuláveis.
Súmula 326 do STJ: Numa ação de indenização por danos morais a condenação em montante inferior ao postulado na inicial não dá lugar a sucumbência recíproca.
Súmula 388 do STJ: A devolução indevida de cheques caracteriza dano moral. 
Os prazos prescricionais serão de 03 anos.
2) Lucro cessante: Tudo aquilo que eu deixei de ganhar 
3) Perda de uma Chance
As perdas e danos abrangem os itens 1, 2 e 3.
Nem todo ato ilícito é hábil a indenizar
Exemplo: Avanço o sinal vermelho mas não caso dano a ninguém, não abalroo nenhum veículo ou atropelo pessoas, portanto, aqui não há o dever de indenizar.
A indenização provém de um dano.
A indenização pode vir de um ato lícito.
Artigo 23 do Código Penal: Não há crime quando o agente pratica o fato: 
I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - em legítima defesa.
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
No artigo 23 do Código Penal, o fato de não ser imputado ao agente a responsabilidade na seara criminal, não afasta a sua responsabilidade na esfera cível.
Parte Geral do Código Civil
Negócios Jurídicos
Base legal: Artigo 104 do CC.
Elementos de validade do negócio jurídico
Capacidade e Emancipação
A capacidade mencionada no artigo 104 do CC, trata-se da capacidade de fato, que é a possibilidade de pleno exercício dos meus direitos. Esta capacidade se dá com o implemento da maioridade civil (artigo 5º do CC) ou através da emancipação.
A representação pode ser legal ou por convenção das partes (caso do advogado).
O agente incapaz que adentrou o mundo jurídico devidamente representado, pode realizar negócios jurídicos. 
Quando o incapaz celebra um negócio jurídico sem estar devidamente representado, o negócio é absolutamente nulo (artigo 166, I do CC). 
O negócio jurídico adentra o mundo jurídico e produz todos os seus
efeitos até que seja declara a nulidade, através de uma ação declaratória de nulidade. 
Não há prazo para que esta ação seja proposta, é de cunho perpétuo, conforme artigo 169 do CC. 
O agente relativamente incapaz (artigo 4º do CC) deve ser devidamente assistido por outrem, já que o negócio jurídico praticado sem a devida assistência é passível de anulação, nos termos do artigo 171, I do CC
Para que seja anulado, a parte deverá propor uma Ação Anulatória que terá um prazo decadencial. 
Os relativamente incapazes podem praticar certos atos da vida civil. Exemplos: Artigos 228, I (testemunha), 666 (mandatário), 1.517 (casamento), 1.860 (capacidade para testar) do CC.
O pródigo é relativamente incapaz, pródigo é aquele que dissipa seu patrimônio. A sua inaptidão atinge apenas certos atos da vida civil. 
Emancipação: As suas hipóteses estão elencadas no artigo 5º, parágrafo único do CC. (Voluntária, judicial o legal)
I- Emancipação voluntária ou negocial:
Ao me dirigir ao Cartório tenho que provar a ausência de um dos genitores, por exemplo, nos casos de morte presumida ou sentença transitada em julgado. 
É ato exclusivo dos pais ou a um deles, na falta de outro. Nesta modalidade, não é permitido ao tutor praticar o ato.
Inciso I mediante escritura pública.
Exemplo: Filho menor que vive causando prejuízos a terceiros. Os pais querem emancipar o filho e se dirigem ao cartório para tanto. Na emancipação voluntária os pais continuam corresponsáveis junto aos filhos emancipados, em decorrência dos danos que eles vierem a causar a terceiros. Trata-se de uma responsabilidade solidária.
II- Pode ser judicial
Presente na segunda parte do inciso I do artigo 5º da CC.
Ela é conferida pelo juiz e depende de sentença do juiz
III- Pode ser legal
Hipótese disposta no inciso II do artigo 5º parágrafo único.
Hipóteses dos incisos III e IV, não há critério etário mínimo nestas hipóteses. 
Hipótese do inciso V. Se ele não conseguir comprovar que é emancipado nos termos do inciso mencionado, o emancipado deverá propor uma Ação Declaratória de Emancipação. Ele será emancipado desde o momento em que preencheu os requisitos disposto no inciso. A sentença a ser prolatada será ex tunc, retroagindo a data em que ele demonstrar preencher os requisitos.
A união estável não equipara-se ao casamento, para fins de emancipação.
A simples certidão de casamento demonstra a emancipação civil.
Uma vez emancipado pelo casamento, esta emancipação não é jamais motivo de perda.
Artigo 1.517 grifar a palavra autorização. Não há necessidade de assistência dos pais para o casamento, quando os nubentes possuem 16 anos, mas sim de uma autorização.
Em caso de casamento entre pessoas com 16 anos em que não ocorreu a autorização dos pais ou de um deles, posso ajuizar uma ação de suprimento de consentimento, conforme disposto no artigo 1.519 do CC. Regime obrigatório: Separação de bens, conforme artigo 1.641, III do CC.
Ação de suprimento de idade: Quando tenho menos de 16 anos, conforme artigo 1.520 do CC, este artigo não pode ser interpretado em sua literalidade, posto que ocorreu uma alteração do Código Penal. Deste modo, esta ação só é pautada nos casos de gravidez. Regime obrigatório: Separação de bens, conforme artigo 1.641, III do CC.
Defeitos do Negócio Jurídico Anuláveis
Base legal: Artigo 171, II do CC.
Produz negócios jurídicos anuláveis
Ação a ser proposta: Ação Anulatória.
As ações anulatórias sempre terão prazos decadenciais. O prazo é de 04 anos, conforme redação do artigo 178 do CC.
Tenho que saber a partir de quando o prazo irá começar a fluir. Verificando o termo inicial e o termo final. Os vícios podem ser de consentimento ou vícios sociais e possuem termos iniciais diferentes. 
No caso dos atos praticados por incapazes, o prazo decadencial de 04 anos só se iniciará do dia em que cessar a incapacidade. 
Pacta sunt servanda: Princípio da conservação dos negócios jurídicos.
1) Vícios de consentimento/vontade:
Erro: 
Base legal: Artigo 138 do CC.
É a manifestação de consentimento outorgado pela vítima com uma falsa percepção de realidade. Me apresento como vítima de mim mesmo.
O prazo decadencial, conta-se a partir do dia em que se realizou o negócio jurídico.
O erro precisa ser substancial/essencial, o seu conceito está disposto no artigo 139 do CC.
O erro substancial pode ser de fato (que pode ser em relação ao negócio jurídico, objeto ou pessoa, conforme artigo 139, incisos I e II) ou erro de direito (inciso III do artigo 139 do CC). 
O artigo 142: O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada. Conjugar com o artigo 112, que dispõe “Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.”
O erro de cálculo não anula o negócio jurídico.
Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante.
Dolo: É a manobra ardil, é o engodo.
Dolo principal: É a causa determinante do ato e somente ele gera a possibilidade ingresso com a ação anulatória, conforme redação do artigo 145 do CC.
Dolo acidental: É o dolo de menor importância, é secundário e embora presente ele não foi determinante para que o negócio jurídico se realizasse. Este tipo de dolo não admite a propositura da ação anulatória, conforme artigo 146 do CC. Somente propositura de ação de reparação civil, que é submetida ao prazo prescricional de 03 anos. Exemplo: Quero comprar uma ave, o funcionário me apresenta dois tipos com preços diferentes e diz que a mais cara ao chegar na fase adulta falará. Chegada a fase adulta a ave não fala. Neste caso, estamos diante de um dolo acidente, posto que eu ia comprar a ave de qualquer forma, mas fui enganado quanto ao animal falar.
O prazo decadencial conta-se a partir da realização do negócio jurídico.
Nem todo dolo é mau. Dolo bom é aquele que não prejudica.
Para se pretender anular um negócio jurídico decorrente de dolo, além de ser dolo principal, ele tem que ser um “dolus malus”
Dolo pode ser:
I- Por ação
II- Por omissão
III- Por ação e omissão
No caso de dolo, nós sempre teremos uma vítima, mas nem sempre, no negócio jurídico, eu tenho o agente que cometeu o ato. Exemplo: A realizou negócio jurídico com B, mas C iludiu e ludibriou B, que iludido e enganado realizado o negócio jurídico com A. Nesta hipótese houve a vítima, mas o dolo partiu de um terceiro e não daquele com quem fora celebrado o ato.
O negócio jurídico com dolo praticado pelo terceiro nem sempre será anulável, mas somente se aquele que praticou o negócio jurídico sabia do dolo praticado pelo terceiro. Se ele não sabia, o negócio não será anulado. 
Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou.
Dolo oriundo de representação: Preciso verificar se a representação é legal (só até o proveito que o representante teve) ou convencional (responsabilidade solidária). Bse legal é o artigo 149 do CC. 
Dolo recíproco: Um solo se compensará pelo outro, conforme artigo 150 do CC. Ainda que o prejuízo de um seja maior do que o outro, não haverá anulação ou perdas e danos. 
Coação: 
A vontade da vítima se manifestou de forma coacta, vez que foi constrangida. 
Coação “vis absoluta”: Uso de força física. Parte majoritária entende que o ato é inexistente já a minoria, entende que o ato é nulo. Não é hábil a gerar a anulação do ato jurídico.
Coação “vis compulsiva”: Uso de força moral (exemplo: chantagem). Somente esta modalidade é hábil a geral a anulação, conforme disposto no artigo 151 do CC.
Para fins de decadência, conta-se a partir
de quando a coação cessar, artigo 178, I do CC.
O rol do artigo 152 é meramente exemplificativo.
Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito (exemplo: tenho uma dívida não paga e ameaço protestar), nem o simples temor reverencial (exemplo: simples receio de desagradar os pais). GRIFAR NORMAL E SIMPLES.
É anulável a venda de bens sem autorização conjugal, conforme artigo 1.649 do CC.
Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da coação responderá por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto. Causa de perdas e danos, a ação proposta deverá ser a reparação civil, com prazo prescricional.
Estado de Perigo: 
Base legal: Artigo 156 do CC.
Requisitos necessários para caracterizar o estado de perigo:
I- Vítima sob premente necessidade de salvar-se ou alguém de sua família.
II- Salvar-se de grave dano conhecido pela outra parte. A outra parte tem o conhecimento que a vítima estava inferiorizada. 
III- Imposição a vítima de uma prestação excessivamente onerosa.
Exemplo: casal viaja no avião e esposo tem um infarto fulminante. O único médico no avião diz que vai atender o paciente, mas faz a esposa assinar um contrato de honorários médicos excessivamente oneroso.
A decadência conta-se do dia em que se realizou o negócio jurídico.
Quando presente os requisitos a doutrina, entende que ocorreu um dolo de aproveitamento. 
No estado de perigo não é necessário que seja comprovada o proveito econômico do agente em face da vítima. 
Lesão: 
Base legal: Artigo 157.
A lesão não exige o dolo de aproveitamento. 
Só serão necessários dois requisitos para sua configuração:
I- Vítima sob premente necessidade ou vítima inexperiente. Essa é uma das diferenças do estado de perigo, já que neste não há a inexperiência. 
II- Vitima assume prestação excessivamente onerosa. 
A decadência conta-se do dia em que se realizou o negócio jurídico.
A desproporcionalidade é verificada na data em que celebrou-se o negócio jurídico, conforme redação do artigo 157, §1º do CC.
Na lesão os atos anuláveis são passíveis de convolação, conforme redação do artigo 157, §2º do CC.
A jurisprudência é uníssona ao permitir, analogicamente, a aplicação extensiva do artigo 157, §2º do CC ao estado de perigo.
Vícios Sociais:
Fraude contra credores: 
No vício social a vítima não participa do ato, sempre será um terceiro estranho ao negócio jurídico celebrado. 
A decadência conta-se a partir do dia em que se realizou o negócio jurídico.
Na fraude contra credores, a ação que será proposta, será a Ação Pauliana ou Ação Revocatória. 
Base legal: Artigo 171, II do CC.
Polo ativo: Credor pré-existente, ou seja, preexiste aos atos de dissipação patrimonial do devedor. 
Polo passivo: Poderá ser intentada contra o devedor insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta, ou terceiros adquirentes que hajam procedido de má-fé (Base legal: Artigo 161 do CC).
O artigo 158 possui presunção absoluta de conluio.
Remissão (remitir) é PERDÃO e Remição (remiu) é RESGATE. 
Artigo 385 do CC: A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro.
Artigo 398 do CC: Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou. 
Art. 198. Também não corre a prescrição: I - contra os incapazes de que trata o art. 3o; c/c Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I. A prescrição não ocorre contra os ABSOLUTAMENTE INCAPAZES, O PRAZO COMEÇA A FLUIR A PARTIR DO MOMENTO EM QUE SE TORNAM RELATIVAMENTE INCAPAZES. 
Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante. (O conluio não é presumido e precisa ser provado).
Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda não tiver pago o preço e este for, aproximadamente, o corrente, desobrigar-se-á depositando-o em juízo, com a citação de todos os interessados. Parágrafo único. Se inferior, o adquirente, para conservar os bens, poderá depositar o preço que lhes corresponda ao valor real.
Dívidas não vencidas: Artigos 162 e 163 do CC.
Teoria do patrimônio mínimo: Visa assegurar um direito constitucional, direito que tenho ao mínimo para sobreviver. Estou devendo e faço uma compra de supermercado, e eu, como credora, pretendo anular. Isto não é possível, posto que está diretamente ligada ao princípio da dignidade humana. Base legal é o artigo 164 do CC, não sendo cabível a propositura da ação pauliana. 
É possível que em uma pauliana eu tenho um credor privilegiado, quando o produto arrecadado com a arrematação não for suficiente para pagar o crédito na íntegra. Artigo 1.430 do CC.
Distinção de fraude contra credores contra fraude contra a execução: A fraude contra credores é um defeito do negócio jurídico e um vício social, que visa a anulação de um ato, dentro do prazo decadencial de 04 anos. Já a fraude à execução é um ato atentatório à dignidade da justiça, em que a parte poderá postular, no bojo dos autos, a ineficácia do ato de fraude praticado (Súmula 375 STJ: O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente) 
Defeitos dos Negócios Jurídicos (Nulidade)
Base legal: Artigo 167 do CC.
Ação a ser proposta: Ação declaratória de nulidade.
Polo ativo: Qualquer interessado ou MP, conforme artigo 168 do CC. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer o negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não sendo-lhe permitido supri-las.
É uma ação de cunho perpétuo, conforme artigo 169 do CC. 
Simulação (Absoluta): Artigo 167 do CC em sua primeira parte.
Hipóteses de simulação: Artigo 167, §1º do CC. 
O agente ao simular pretende realizar um negócio jurídico que aos olhos da lei é regular, no entanto, na verdade a sua intenção é obscura.
O agente na verdade não visa a realização de negócio jurídico algum. 
É um vício social que acarreta a nulidade do negócio jurídico.
A parte simula visando:
I- Fraudar a lei
II- Lesar o Fisco
III- Causar prejuízos a terceiros.
Dissimulação: É conhecida por parte da doutrina como uma simulação relativa e está presente na parte dois do artigo 167 do CC.
Eu posso ter de um lado um negócio jurídico nulo e, de outro lado, um negócio jurídico perfeitamente válido em sua forma e substância
Na dissimulação o agente ao celebrar um negócio jurídico para que tenha, aos olhos da lei, a aparência de validade, o agente de fato quer realizar o negócio jurídico, mas o fim que ele visa atingir a lei pode admitir, porém ele age de uma forma fraudando a lei, lesando o fisco ou causando prejuízos a terceiros.
Prescrição 
Pode ser um instrumento de aquisição ou de perda.
Base legal: Artigo 205 (norma geral, que dispõe que será de 10 anos) e artigo 206 do CC.
Todo artigo que não seja o dos artigos 205 e 206, serão de decadência. 
Em todo prazo prescricional exige-se um direito pré-existente que ao ser violado passa a nascer a pretensão.
Todos os prazos prescricionais são prazos legais.
Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes, artigo 192 do CC.
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.
Os prazos de prescrição não correm contra certas e determinadas pessoas, conforme artigos 197 e 198 do CC.
Quando eu pago por uma dívida já prescrita, eu renuncio a prescrição, conforme artigo 191 do CC. Ela pode ser tácita ou expressa. Só se admite quando a prescrição estiver consumada e não prejudique a terceiros.
Se o magistrado verificar a prescrição de uma ação já distribuída, ele deverá ordenar a citação da parte contrária. Ou seja, apesar de caber ao magistrado verificar a prescrição de ofício, ele deverá, antes, proceder a oitiva do réu.
A prescrição pode ser alegada
em qualquer grau de jurisdição, conforme artigo 193 do CC. 
A prescrição não pode ser alegada em sede de Recurso Especial ou Recurso Extraordinário, se esta não tenha sido pré questionada.
1) Prescrição Aquisitiva
É a usucapião.
Usucapião é a posse atrelada ao tempo.
A usucapião é uma forma de aquisição originária da propriedade.
Deve possuir os requisitos dispostos em lei.
A propriedade é adquirida de forma livre sem qualquer ônus. 
Natureza jurídica da sentença de Usucapião: É uma sentença de natureza declaratória, conforme artigo 1.241 do CC. 
Possui efeitos ex tunc.
Ter um imóvel em meu nome traz apenas uma presunção relativa de propriedade. 
Súmula 237 do STF: O usucapião pode ser arguido em defesa.
2) Prescrição extintiva: 
É a inércia atrelada ao tempo. 
A prescrição atinge a pretensão punitiva, conforme artigo 189 do CC. 
A lei considera como válido o pagamento de dívida prescrita, conforme artigo 882 do CC.
Causas impeditivas, suspensivas e interruptivas da Prescrição
1) Causas impeditivas
Conceito: As causas impeditivas impedem que o prazo sequer se inicie.
Base legal: Artigos 197, 198, 199 e 200 do CC
Exemplo: Filho de 04 anos, absolutamente incapaz, ajuíza ação de alimentos. O pai nunca pagou ao filho os alimentos estabelecidos e a mãe não fez nada. Aos 18 anos ele quer cobrar aquilo que não fora pago, isto é possível? Sim, estar-se-á diante de uma causa que impediu a fluência do prazo. Porém, não pode requerer a prisão.
Súmula 309 do STJ: O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo
2) Causas suspensivas
Conceito: O prazo já fora iniciado, mas por algum motivo, este prazo será suspenso. 
Base legal: Artigos 197, 198, 199 e 200 do CC
Artigo 1.244 do CC: Estende-se ao possuidor o disposto quanto ao devedor acerca das causas que obstam, suspendem ou interrompem a prescrição, as quais também se aplicam à usucapião
Exemplo: No ano de 2018 um cliente nos procura alegando que em 2004 iniciou a posse de um imóvel de forma pacífica e de boa fé, porém não era seu local habitual e não incorporou no mesmo, serviços de caráter produtivo. O cliente está recolhendo os impostos devidos. Tenho os requisitos para ajuizar ação de usucapião? Não. Em 2019 ele quer ajuizar a ação, em 2019 está presente o lapso de tempo necessário. Ao ajuizar a ação e tentar citar o “proprietário” o oficial de justiça descobre que este veio a óbito em 2010. Dada vista ao autor, o advogado deve realizar a substituição processual. Descobre-se então que o único herdeiro daquele que morrera é um menor incapaz, dos quais não corre contra eles a prescrição. Portanto, estar-se-á diante de uma causa suspensiva, que só cessará quando o menor se tornar relativamente incapaz, aos 16 anos. 
As mesmas causas que impedem também suspendem. 
Causas interruptivas
Estão descritas no artigo 202 do CC.
Só pode ocorrer uma única vez.
A causa interruptiva aniquila, destrói todo o prazo já transcorrido, voltando o prazo a fluir em sua integralidade. 
Exemplo: Cliente empresta dinheiro para um amigo que não efetuou o pagamento. Já ocorrerá o decurso de prazo de 4 anos e 11 meses, sabendo-se que em 05 anos ocorre a prescrição. O advogado não consegue distribuir a ação em um mês e para que não ocorra a prescrição, leva o título a protesto, interrompendo assim o prazo prescricional. 
Súmula 153 do STF: É inaplicável com advento do Código Civil de 2002.
 Decadência
É a inércia atrelada ao tempo. 
A decadência atinge um direito potestativo, que é aquele direito que eu posso ou não me valer, deve ser exercido dentro de um prazo, que se não respeitado, ocorrerá a decadência. 
Alteração dos prazos decadenciais 
Prazo legal: Não poderá ser alterado pelas partes.
Prazo convencional: Pode ser alterado pelas partes.
Os prazos podem estar submetidos a causas impeditivas, suspensivas e impeditivas. Ocorrem em casos excepcionais, que devem estar expressas no texto de lei.
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
Exemplo: Homicídio que Suzane cometeu em face de seus pais. As pessoas queriam que ela fosse deserdada, mas isto não era possível, posto que a deserdação de herdeiros necessários só ocorre mediante testamento. No entanto, ela se encaixa no disposto no artigo 1.814, I do CC. O irmão de Suzane, interessado que sua irmã não recebesse a herança, deveria ajuizar a ação para que fosse declarada a sua indignidade. Ele pode fazer isso a qualquer tempo? Não, deve respeitar o prazo decadencial legal, que é de 04 anos, contados da abertura da sucessão. O irmão propôs a ação e a sentença excluiu Suzane de receber a herança por indignidade. Na época do homicídio, o irmão de Suzane era absolutamente incapaz, de modo que o prazo decadencial não correu contra ele, de modo que estamos diante de uma causa impeditiva na decadência. 
Na decadência os prazos não correm apenas em face dos absolutamente incapazes, conforme redação do artigo 208 do CC. 
Renúncia na decadência
Prazo legal: É nula a renúncia da decadência, quando fixada em lei. Artigo 209 do CC.
Prazo convencional: Poderá haver a renúncia.
Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente. Também aplica-se a decadência, conforme artigo 208 do CC.
Pronúncia da decadência de ofício pelo juiz:
Prazo legal: Nesta hipótese, o juiz deverá decretá-la de ofício, conforme artigo 210 do CC.
Prazo convencional: Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação. Ou seja, não poderá decretá-la de ofício, conforme redação do artigo 211 do CC.
Esquema para verificar se ocorre prescrição ou decadência 
Ação Condenatória O prazo será de prescrição
Ação Constitutiva O prazo será de decadência
(Com prazo fixado em lei)
Ação Constitutiva Não há prescrição ou decadência, é perpétua.
(Sem prazo fixado em lei)
Ação Declaratória Não há prescrição ou decadência, é perpétua.
Ação de investigação de paternidade pós morte pode ser cumulada com petição de herança. Não será postulada a ação de investigação contra o espólio e sim contra os herdeiros. Na hipótese da cumulação, a de investigação é perpétua mas a petição de herança não.
Súmula 149 do STF: É imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a de petição de herança
Ação Desconstitutiva O prazo será decadencial.
(Com prazos fixados em lei)
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato
Teoria Geral dos Contratos
Conceito de Contratos: Contrato é um negócio jurídico bilateral, por exigir duas vontades, que não estejam necessariamente em pessoas distintas.
Requisitos de validade: Artigo 104 do Código Civil.
O contrato praticado pelo absolutamente incapaz é nulo, conforme artigo 166, I do CC.
A incapacidade relativa acarreta a anulabilidade do negócio jurídico. 
Artigo 166, hipóteses de nulidade do NJ.
A lei civil dá a possibilidade do autocontrato, ou seja, celebrar um contrato consigo mesmo. 
Mandato com cláusula própria, conforme artigo 685 do CC.
Cláusulas Gerais a serem observadas nos contratos: Artigos 113, 187, 421 e 422 do CC.
Classificação dos Contratos
1) Bilaterais ou Sinalagmáticos 
Exceção de contrato não cumprido: Só é admitida nos contratos bilaterais e está disposta nos artigos 476 e 477 do CC.
Teoria do adimplemento substancial: Está em harmonia com as cláusulas gerais, entende-se que quando a parcela que o contratante deixou de cumprir é ínfima, não pode o devedor deixar de realizar o pagamento, devendo este buscar o meio menos
gravoso para que a obrigação seja satisfeita. Isto não está na lei e sim na jurisprudência. 
Unilaterais
Contrato de mútuo será sempre unilateral descabendo a exceção de contrato não cumprido. 
Gratuitos ou onerosos
O contrato de comodato é gratuito, conforme artigo 579 do CC. É um empréstimo de uso.
Vício da evicção, está adstrito aos contratos onerosos, conforme artigo 447 do CC.
A evicção consiste num vício que recai sobre um direito no tocante ao objeto obtido mediante um contrato oneroso. 
A evicção acarreta a perda do bem, seja parcial ou total. 
Há aqui uma anterioridade de direito de terceiro. 
Direitos do evicto: Artigo 450 do CC.
A ação decorrente da evicção é uma ação de reparação civil.
Artigo 448 do CC permite a exclusão da cláusula de responsabilidade pela evicção.
O artigo 449 do CC faz prevalecer a função social do contrato.
Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização.
Denunciação da lide facultativa: Artigo 125, I do CPC "É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam”.
A perda não precisa ser judicial, pode ser de cunho administrativo. Exemplo: Passo em uma blitz e o policial verifica que o carro que dirijo é objeto de furto. 
Contratos Bifrontes
Possuem duas caras, duas faces.
Exemplo: Contrato de depósito, disposto no artigo 627 do CC, é gratuito e oneroso, conforme artigo 628 do CC.
Exemplo 2: Contrato de mandato que pode ser expresso, tácito ou verbal (artigo 656), existem casos em que só pode ser escrito (artigo 657 do CC). É bifronte pois pode ser pactuado de forma gratuita ou onerosa, conforme artigo 658 do CC.
Exemplo 3: Contrato de doação, em uma doação pura e simples não há contrapartida, sendo gratuitos, no entanto, os contratos de doação modal ou encargo há onerosidade.
Exemplo 4: Contrato de mútuo é um empréstimo de consumo, que tem como objeto um bem fungível e móvel (artigo 85 do CC). Ele pode ser gratuito ou oneroso (empréstimo de dinheiro junto ao Banco).
Consensuais ou reais
Contratos consensuais são os que se formam com a simples anuência das partes, não se exige nenhuma outra solenidade
Reais são aqueles contratos que só se aperfeiçoam com a entrega efetiva do objeto.
O contrato de mútuo é um contrato real. 
Contratos típicos ou atípicos
Base legal de contratos atípicos: Artigo 425 do CC.
Normas Gerais e Cláusulas Gerais devem se fazer presentes nos contatos atípicos. 
O contrato de carona é um contrato atípico. Súmula 145 do STF indenização a quem pegou carona. A carona é um contrato necessariamente gratuito, conforme artigo 736 do CC.
Lei veda a pacta corvina: Não pode ser objeto de contrato herança de pessoa viva, conforme evento 426 do CC.
Contrato que tem como objeto herança de pessoa viva, consequência: É absolutamente nulo, posto que a parte geral já dispõe em seu artigo 166, VII do CC a sanção cabível.
Contratos Solenes e Não Solenes
A fiança, por exemplo, exige a forma escrita mas não é solene.
Solene é aquele que a lei exige uma solenidade para que seja celebrado. Ou seja, necessita de escritura pública.
Contrato de constituição de renda é sempre solene, conforme artigo 807 do CC.
Contratos comutativos e aleatórios
O objeto do contrato aleatório é o risco.
No contrato comutativo não há risco. 
Mecanismo de defesa: Os vícios redibitórios, dos quais só posso demandar em sede de contrato comutativos, conforme artigo 441 do CC.
O vício redibitório atinge o próprio bem
Requisitos: 
I- Defeito oculto;
II- Defeito preexistente ao tempo da alienação.
III- Defeito que seja desconhecido pelo adquirente.
Consequências dos Vícios Redibitórios
I- Torna-se impróprio ao uso
II- O bem tem o seu valor diminuído.
Não há vício redibitório no âmbito no direito do consumidor, apenas no direito civil.
Face a um vício redibitório, devo propor uma ação redibitória, conforme artigo 441 do CC (pretendo enjeitar o objeto, não quero com ele ficar) ou ação estimatória (pretendo ficar com o bem mas abater o preço), conforme artigo 442 do CC. Estas ações não são cumuláveis.
Conhecendo ou ignorando o vício redibitório, o agente ainda sim se responsabilizará.
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
Res perit domino: A coisa perece para o dono; Esta teoria se mostra incompatível com o vício redibitório, posto que a coisa não perece para o dono, quando há um vício redibitório e sim para o alienante, conforme artigo 444 do CC.
Prazo para propositura da ação redibitória e estimatória: Decadencial de 30 dias se a coisa for móvel ou 01 ano de a coisa for imóvel, contado da entrega efetiva. Se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
Artigo 445§ 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
Os animais podem ser portados de vícios redibitórios, pois são enquadrados como bens móveis semoventes, conforme artigo 445, §2º do CC, aplicando-se os usos locais.
Se eu ofereço um prazo de garantia convencional só após começa a fluir o prazo legal, somando-se os dois. Base legal: Artigo 446 do CC. 
O Contrato de natureza aleatória tem como objeto o risco, conforme redação do artigo 483 do CC.
Os contratos aleatórios podem ser:
Emptio spei: Conforme redação do artigo 458 do CC. Há um risco maximizado acerca da existência da coisa, onde eu me comprometo a pagar o preço ainda que nada venha a existir. 
Emptio rei speratae (coisa esperada): Artigo 459 do CC, o risco é acerca da quantidade coisa. Se nada existir, alienação não haverá e o alienante restituirá o preço devido.
Sempre que eu não conseguir identificar se o contrato aleatório foi celebrado na modalidade emptio spei ou emptio rei speratae, eu devo aplicar a redação do artigo 459 do CC.
Contratos que mais caem da OAB
1) Contratos de empréstimo
Contrato de mútuo 
É um empréstimo de consumo.
O objeto do contrato é um bem fungível
O bem é móvel (artigo 85 do CC).
Pode ser um contrato de natureza gratuita ou onerosa. 
Exemplo de mútuo oneroso: Mútuo Feneratício, que é o empréstimo de dinheiro a juros, posto que o dinheiro é dotado de fungibilidade e mobilidade. Artigo 591 do CC, não há presunção de gratuidade. 
Senatusconsulto Macedoniano: O mútuo feito a incapaz sem a devida representação, não pode ser reavido nem do mutuário e nem de seus fiadores, conforme redação do artigo 588 do CC. Existem exceções, conforme artigo 589 do CC. 
2) Contrato de depósito
Também é conhecido como contrato de guarda. 
Base legal: Artigo 627 do CC.
Objeto: Bem móvel.
Admite a natureza gratuita e onerosa, conforme artigo 628 do CC.
Forma: Prescrita em lei, escrito, conforme artigo 645 do CC.
Súmula: 130 do STJ, dispõe acerca da responsabilidade objetiva c/c artigo 927, parágrafo único. 
O depósito que tem como objeto um bem fungível, denomina-se depósito irregular. Em se tratando de depósito irregular, as regras aplicáveis são do artigo 645 do CC (que fala acerca do mútuo).
Artigos 629 e 630 do CC: Dispõe acerca de eu não poder usar do bem objeto do contrato de depósito.
Artigo 644 do CC: Dispõe acerca da possibilidade de retenção do depósito, que é cabível inclusive na modalidade gratuita.
Artigos 649 a 651 do CC: Contrato de depósito por imposição legal, nos casos de hospedagem.
O depósito pode ser, conforme artigo 647 do CC:
Depósito Necessário Legal: Decorrem de Lei e devem ser provados por escrito. 
Depósito Necessário Miserável: Em
situações de calamidade pública. Devem ser provados por qualquer meio de prova. 
3) Contrato de Mandato
Pode ser gratuito ou oneroso, conforme artigo 658 do CC.
Forma: Artigo 656 do CC.
Procuração para convolar núpcias: Artigo 1.542 do CC.
Procuração que necessita de poderes especiais: Artigo 661, §1º do CC.
Artigo 666 c/c artigo 4º, relativamente incapaz pode figurar como mandatário. 
Os incapazes podem ser mandantes, desde que devidamente representados ou assistidos. 
A renúncia é feita a pedido do mandatário. A revogação se dá por iniciativa do mandante. Ambas devem ser notificadas. 
Subestabelecimento pode se dá com reserva de poderes (o procurador anterior não está sendo retirado, o novo procurador aturará de forma limitada) e sem reserva de poderes (o procurador original retira-se da condição de mandatário). 
Direito das Coisas
Posse
Teorias Clássicas: (Ambas as teorias foram adotadas pelo Código Civil).
I- Teoria Subjetiva (Savigny/SS): A posse é o corpus + “animus” (Base legal: 
Possuidor é aquele que possui como se dono fosse, possui o poder físico sobre a coisa, aliado ao poder anímico. 
Já o detentor, é aquele que possui o poder físico sobre a coisa, mas não há o animus.
Fâmulo da posse: Exerce posse em nome alheio. 
II- Teoria Objetivista (Inhering): “Corpus” 
Possuidor: É aquele que exterioriza o domínio. Base legal, artigo 1.196 do CC.
Detentor ou Fâmulo da posse: É uma posse degradada pela lei. Base legal, artigo 1.198 do CC. 
Classificação da posse:
I- Justa/Injusta (Artigo 1.200 do CC):
Violência: É a posse injusta, advinda de atos de violência que podem ser físicos ou morais. 
Clandestinidade: Posse injusta advinda as ocultas. 
Precariedade: Posse injusta, quando eu me mantenho numa posse mesmo sabendo que este não mais é o anseio do proprietário. 
II- Boa ou Má fé (Artigo 1.201 do CC)
Mesmo ao possuidor de má-fé é deferida a utilização de atos possessórios. 
III- Posse com justo título ou sem justo título:
Todo aquele que possui justo título possui presunção relativa de boa-fé. 
Justo título é aquele hábil a transmitir o domínio ou a propriedade. Não se exige como prova o documento escrito.
IV- Posse direta ou indireta (Artigo 1.197 do CC):
Exemplo da direita locador, indireta o locatário do apartamento.
V- Posse de força nova ou força velha (Artigo 558 do CPC):
Força Nova: Posse datada de menos de 01 e 01 dia, contado do esbulho ou da turbação. Só aqui posso utilizar pedido liminar. 
Força Velha: Posse datada de 01 ano e 01 dia, contado do esbulho ou da turbação.
VI- Posse “ad interdicta” ou “ad usucapionem”:
Ad interdicta: É a posse que me dá o direito de exercer as ações possessórias em sua defesa. Quando sou vítima de um esbulho, por exemplo. 
Ad usucapionem: É a posse extraída das definições de Savigny,
Interditos possessórios (artigo 1.210 caput do CC):
I- Esbulho: Ação de Reintegração de posse.
II- Turbação: Vítima de atos de molestamento da posse; Ação de Manutenção de Posse.
III- Ameaça: Vítima se vê ameaçada de perder a posse; Ação de Interdito Proibitório. 
Princípio da fungibilidade das ações possessórias: Artigo 554 do CPC. 
Mecanismo de aquisição da posse
I- Originária: 
Apreensão da coisa: Qualquer coisa, ainda a coisa seja apreendida de forma ilícita. Gera a posse mas nem todas as apreensões geram a propriedade. Somente nos casos:
“Res derelicta”: Coisas abandonadas, hábil a gerar a propriedade.
“Res nullius”: Sem donos, de ninguém. Coisas a déspotas, hábeis a gerar a propriedade.
Exercício de um direito: Como servidão, usufruto e etc. 
II- Derivada:
Tradição: Pose se dar tanto com relação aos bens móveis quanto aos imóveis. 
Real: Bens móveis.
Simbólica: Se dá tanto em relação aos bens móveis (entrega das chaves do carro) quanto imóveis (exemplo, entrega das chaves do apartamento).
Ficta: Realizada sob 03 vias (1- Traditio longa manu ou tradição de longa mão. Se materializa quando o bem é colocado a disposição do adquirente); (2-Traditio brevi manu. Consiste em desmembrar a posse de forma direta e indireta de forma que um deles exerça em nome alheio, a partir do momento que ele passar a exercer em nome próprio está configurado o instituto. (Constituto possessório é oposto ao traditio brevi manu. É aquele que em razão de um vínculo jurídico exercia antes posse em nome próprio passa em razão deste vínculo a exercer posse em nome alheio). 
Ope legis: Em nome da lei aquela posse me é transmitida. Temos como exemplo, o direito hereditário. 
Mecanismos de perda da posse (artigo 1.223 e 1.224 do CC).
I- Tradição: Decorre da vontade do possuidor. 
II- Abandono do bem: Decorre da vontade do possuidor. 
III- Posse de outrem: Aqui a perda se dá contra a vontade do possuidor. Exemplo é o esbulho possessório.
IV- Perda da própria coisa.
Direitos Reais
Base legal: Artigo 1.225 do CC.
Na jus possessionis não é admitida a exceção de domínio, conforme disposto no artigo 1.210, §2º do CC. Vez que só discuto a posse e não a propriedade ou domínio. 
Propriedade:
I- Plena: Artigo 1.228 do CC.
“Jus utendi”: usar
“Jus fruendi”: gozar/fruir
“Jus abutendi”: dispor
“Rei vindicatio”: Direito de reaver o bem através da ação reivindicatória. Esta não é uma ação possessória e, portanto, não está amparada pelo princípio da fungibilidade.
II- Limitada
Gravada de ônus real.
Resolúvel: É aquela propriedade que irá se resolver submetida a uma condição (evento futuro e incerto) ou a um termo (evento futuro e certo).
Aquisição da propriedade imóvel (ato inter vivos):
I- Registro Imobiliário: Disposto no artigo 1.227 do CC, traz presunção relativa de propriedade, conforme redação dos artigos 1.245 e 1.247 do CC.
II- Usucapião: 
Prescrição aquisitiva;
Forma originária de aquisição. 
Ação de natureza declaratória, com efeitos ex tunc. 
Súmula 237 STF: Pode ser arguida como matéria de defesa.
Espécies de usucapião:
1) Usucapião do tipo extraordinário geral:
Base legal: Artigo 1.238, caput do CC.
Requisitos: Posse atrelada ao tempo, que é de 15 anos.
2) Usucapião do tipo extraordinário privilegiado:
Base legal: Artigo 1.238, parágrafo único.
Requisitos: Posse atrelada ao tempo, que é de 10 anos + propriedade que cumpra função social.
3) Usucapião do tipo ordinário geral:
Base legal: Artigo 1.242, caput do CC.
Requisitos: Posse atrelada ao tempo que é de 10 anos + justo título e boa-fé. 
4) Usucapião do tipo tabular/documental/ordinário privilegiado:
Base legal: Artigo 1.242, parágrafo único.
Requisitos: Posse atrelada ao tempo que é de 05 anos + imóvel adquirido de forma onerosa, com base no registro do Cartório + registro cancelado posteriormente + estabelecer moradia ou investimentos de interesse social e econômico. 
5) Usucapião rural/constitucional/especial/pró labore:
Base legal: 191 da CF + 6969/81 + 1.239 do CC.
Requisitos: Artigo 1.239 do CC.
6) Usucapião urbana:
Base legal: Artigo 183 CF + 1.240 do CC.
Requisitos: Artigo 1.240 do CC.
7) Usucapião familiar
Base legal: Artigo 1.240, A do CC. 
Requisitos: Posse atrelada ao tempo, que é de 02 anos + requisitos do artigo 1.240 A do CC.
A propriedade tem que ser dividida por ambos.
8) Usucapião do tipo coletivo
Base legal: Artigo 10 da Lei 10.257/01.
Segue o rito sumário.
III- Acessão (Artigo 1.248 do CC):
1) Avulsão 
Trata-se de um fenômeno natural. Deslocamento abrupto, violento, de porção de terra que se descola de um imóvel para incorporar outro. 
É indenizável e respeitará um prazo decadencial disposto no artigo 1.251 do CC.
2) Aluvião
Acréscimo gradativo. 
Não cabe indenização. 
Possui duas modalidades:
Própria: Artigo 1.250 do CC, primeira parte.
Imprópria: Artigo 1.250 do CC, segunda parte.
3) Formação de ilhas
Base legal: Artigo 1.249 do CC.
As que se formam em correntes comuns ou particulares.
Princípio de Talweg: Traçar uma linha imaginária no meio do rio.
4) Abandono de álveo
Decorre de um fenômeno natural. 
Águas que se secaram. 
5) Construções e plantações.
Decorre de um ato humano.
Artigo 1.253 do CC: Presunção
relativa.
Acessão inversa: Artigo 1.255, parágrafo único do CC.
Mecanismos de aquisição da propriedade móvel:
I- Usucapião: 
1) Ordinária: Posse aliada ao tempo de 03 anos + justo título + boa-fé.
Base legal: Artigo 1.260 do CC.
2) Extraordinária: Posse aliada ao tempo de 05 anos.
A res furtiva pode ser contada para fins de aquisição, caso o Estado não o tenha punido no tempo adequado.
II- Ocupação
Base legal: Artigo 1.263 do CC.
III- Achado de tesouro
Base legal: Artigos 1.264 a 1266 do CC.
Verificar ainda possível interesse público da União.
Prédio emprazado: Enfiteuse (artigo 2.038 do CC) consiste em um direito real subdividindo o domínio. Domínio direto senhorio direto ou Domínio indireto que é o enfiteuta ou foreiro. 
IV- Tradição: Artigo 1.267 e 1.268 do CC. 
V- Especificação
Base legal: Artigos 1.269 
1º passo: Analisar o valor da espécie nova comparado ao valor da matéria prima.
2º passo: Verifica a boa-fé ou má-fé.
VI- Confusão/Comistão ou comissão e adjunção.
1) Confusão: Mistura de líquidos. 
2) Comissão: Mistura de sólidos.
3) Adjunção: Justaposição de materiais diversos.
Direito real de superfície 
Lei 10.257 (artigos 21 a 24) o Código Civil também regulamente a matéria (artigos 1.369 a 1.377).
Direitos Reais de Garantia
Dívida
1) Penhor
Comum ou Convencional: Transfiro para o credor a posse direta de um bem móvel para que o credor exerça a retenção do referido bem, uma vez paga a dívida o credor deve restituir o bem. Se a dívida não for pagar, o bem deve ser levado a leilão. O penhor deve ser registrado. 
Especiais: 
- Rural (pode ser agrícola, conforme artigo 1.442 do CC; ou pecuário, conforme artigo 1.444 do CC, ambos não exigem tradição) São oponíveis erga omnes e devem ser levados a registro competente.
- Industrial (artigo 1.447 do CC)
- Mercantil (artigo 1.447 do CC)
- Direitos e Títulos de Crédito (Há tradição, 
- Veículos
2) Hipoteca
3) Anticrese
* Cláusula Comissória: É nula, conforme artigo 1.428 do CC.
Petição Inicial do Procedimento Comum
Base legal: Artigos 319 e 320 do CPC.
Requisitos da Petição Inicial
Endereçamento: 
Excelentíssimo Juiz de Direito da ... Vara Cível/Sucessões/Família/ Única da Comarca de?
Verificar normas de competência que estão nos artigos 46 e 53 do CPC (Fazer uma remissão no artigo 319, I do CPC aos artigos 46 e 53 do CPC). 
Saltar duas linhas do endereçamento para o preâmbulo.
Preâmbulo: 
Pedro... profissão... estado civil... CPF... residente e domiciliado em Ipatinga/MG (ver enunciado) ... no endereço... endereço eletrônico... vem, por seu advogado (mandato anexo, conforme artigo 104 do CPC), propor “nome da ação”, caso tenha, colocar: com pedido de antecipação de tutela, contra Soraia ... profissão... estado civil... CPF... residente e domiciliado em Ipatinga/MG (ver enunciado) ... no endereço... endereço eletrônico, pelas razões a seguir. 
Ação sem nome, a dica é pegar o pedido e transformar o pedido no nome da ação.
No preâmbulo não preciso saltar linhas e nem centralizar o nome da ação ou coloca-la em nome maiúsculo. 
Terminado o preâmbulo saltar duas linhas para começar os fatos.
Efeitos da posse:
I- Autotutela: 
Base legal: Artigo 1.210, §1º do CC.
O logo do artigo referido acima, é a utilização imediata da autotutela, a partir do momento em que se toma ciência do esbulho.
II- Presunção de propriedade: É relativa, admitindo prova em sentido contrário.
III- Usucapião
IV- Direto à indenização por benfeitorias:
Preciso analisar o tipo de benfeitoria e se está foi realizada imbuída de boa-fé. 
Tipos de benfeitorias: Artigo 96 do CC.
V- Direito a percepção de frutos:
Artigo 1.214 do CC: O possuidor a título de boa-fé pode colhe-los.
Artigo 1.216 do CC: O possuidor de má-fé não tem o direito de recolhê-los. 
3) Desenvolvimento
I- Dos fatos
Fazer uma breve paráfrase do enunciado. 
II- Dos fundamentos jurídicos 
Mencionar as Súmulas, Leis, Artigos.
Não preciso transcrever os artigos, posso apenas parafraseá-los. 
III- Da tutela de Urgência antecipada
Base legal: Artigo 300 do CPC. 
Vou pedir quando o enunciado deixar claro que estamos diante de uma situação de urgência.
III.I- Da probabilidade do direito
Conforme já amplamente demonstrado na fundamentação jurídica, ai resumir o que disse na fundamentação jurídica sem trazer nada de novo. 
III.II- Do risco de dano 
Argumentação que revele a urgência. Preciso demonstrar que o transcurso do prazo pode gerar até mesmo o perecimento do meu direito e que eu preciso de uma tutela antecipada até mesmo sem a oitiva da outra parte.
Finalizado o desenvolvimento saltar uma ou duas linhas para iniciar os pedidos e requerimentos.
4) Dos pedidos e requerimentos
Diante do exposto, o autor pede e requer:
4.1- Seja concedida, liminarmente, a antecipação da tutela para?
4.2- Seja ao final, confirmada a tutela antecipada, julgando procedente o pedido (artigo 487, I do CPC), extinguindo o processo com resolução do mérito, para?
4.3- A condenação do réu em custas e honorários, nos termos dos artigos 82 e 85 do CPC (não precisa colocar os artigos). 
4.4- Protesto pelas provas admitidas em direito, especialmente... depende do caso concreto.
4.5- Manifestação de interesse ou desinteresse pela audiência de conciliação. Preferencialmente, escolher a audiência, caso o enunciado não indique o contrário.
4.6- Indicação do recolhimento de custas iniciais ou requerimento de justiça gratuita. Se lendo o enunciado não indicar que o autor é pobre, colocar: O autor comprova, em anexo, o recolhimento das custas processuais. Caso a banca demonstre que a parte tem hipossuficiência, colocar: O autor é economicamente hipossuficiente, conforme declaração de pobreza anexa, razão pela qual faz jus aos benefícios da justiça gratuita, conforme artigos 99 §3º e Lei 1.060/50. 
5) Dar-se a causa, o valor de: ?
Fazer remissão do 319, V ao 291 do CPC. 
Preciso olhar os artigos 291 ao 293 do CPC para verificar o valor da causa.
Se não possui valores no enunciado não colocar nada, apenas reticências. 
6) Endereço dc,llço advogado: ... (Artigo 77 do CPC)
7) Local: ... Data: ...
Advogado: ... OAB: ....
8) Possibilidade Adicionais
Requerer a intimação do MP, conforme artigo 177 do CPC. (Por exemplo: quando envolver interesse de incapaz). Colocar entre os pedidos e requerimentos.
Requerimento de prioridade de tramitação para idosos e portadores de doenças graves, conforme artigo 1.048 do CPC. Só faço este requerimento, quando o enunciado deixar claro que meu cliente é, por exemplo, maior de 60 anos. 
Observações:
Caso esqueça alguma coisa, colocar ao final, EM TEMPO:
Escrevi errado: Colocar digo e continuar ou colocar um traço.
Não há necessidade de pedir a citação, conforme novo CPC.
Súmula 01 do STJ: Cumulação de investigação de paternidade mais pedido de alimentos.
Fazer remissão do artigo 53, III, alínea A ao artigo 101, I do CDC.
Regras de Competência
Base legal: Artigos 46 a 53 do CPC.
Posso ter endereçamento para Justiça Estadual que é dividida em Comarcas.
Posso ter endereçamento para Justiça Federal que é dividida em Seções Judiciárias (estão nas Capitais e levam os nomes dos Estados) ou Subseções Judiciárias (estão nos interiores). 
A regra geral do artigo 46 do CPC é que as ações serão propostas no foro de domicílio do réu.
As regras especiais estão nos artigos 47 à 53 do CPC.
Artigo 47 do CPC: regras do 
Divisão
Vizinhança
Demarcação
Servidão
*Propriedade (Foro da situação da coisa)
N.Obra nova
*Possessórias (Foro da situação da coisa)
Partes
Destacar o artigo 319,§1º que dispõe que não tendo o advogado acesso a todas as informações do réu, poderá requerer diligências aos juiz para obtê-la. Isto pode ser requerido na própria petição inicial, no primeiro tópico. Fazer remissão artigo 6º do CPC que trata do princípio da cooperação. 
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3o A petição inicial não será
indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça 
Se indeferir a inicial cabe a apelação.
O incapaz pode ser parte, se ele for relativamente incapaz ele deve estar assistido e se for absolutamente incapaz ele deve estar representado. 
Felipe, menor absolutamente incapaz, neste ato representado/assistido por sua mãe Maria (fazer igual na última aula). 
Se o autor for pessoa jurídica:
Sacolão ABC, PJ. DE DIREITO PRIVADO, CNPJ, COM SEDE NO ENDEREÇO... NESTE ATO REPRESENTADA POR SEU DIRETOR (ARTIGO 75, VIII DO CPC)
Se o autor for condomínio:
CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO... CNPJ... COM SEDE NO ENDEREÇO... NESTE ATO REPRESENTADO PELO SÍNDICO... (QUALIFICAÇÃO)...
Se o autor for espólio:
ESPÓLIO DE ... NESTE ATO REPRESENTADO PELO INVENTARIANTE... (QUALIFICAÇÃO)
Pessoas casadas em juízo e união estável quando autores: Artigo 73 do CPC; Estas pessoas precisarão de consentimento do outro, para propor ação que verse sobre direito real imobiliário (exemplos: usucapião, ação reivindicatória). Como colocar na petição inicial, colocar um primeiro item como autorização do cônjuge em anexo, conforme disposto no artigo 73 do CPC. Não se aplica ao regime da separação absoluta.
Se for ação que verse sobre direito real imobiliário e o réu for casado ou viver em união estável, eu devo fazer um litisconsórcio necessário, ou seja, colocar no polo passivo o homem e a mulher. Não se aplica ao regime da separação absoluta.
Tutelas Provisórias
Base legal: Artigos 294 à 311 do CPC. ANTECIPADA 
 DE URGÊNCIA 
TUTELAS PROVISÓRIAS CAUTELAR
 DE EVIDÊNCIA 
Tutela de Urgência Antecipada
Medida de caráter satisfativo.
Em caráter incidente:
Pleiteada na petição inicial, com base no artigo 300 do CPC.
Demonstrar a probabilidade do direito e o perigo na demora.
Em caráter antecedente:
Base legal: Artigos 303 e 304 do CPC.
É utilizada quando a urgência é contemporânea a propositura da ação.
Não tendo toda a documentação necessário, o advogado poderá fazer uma petição inicial preliminar, limitada ao requerimento da tutela antecipada mais a indicação do pedido final. Esta petição segue os requisitos da petição inicial comum. Aqui demos colocar o valor da causa (levando em consideração o pedido final). O advogado deverá indicar expressamente que o autor está se valendo deste benefício. A partir daí, o juiz pode:
I- Deferir: Intima o autor para aditar a petição inicial no prazo mínimo de 15 dias. O réu é citado e intimado e poderá propor um Agravo de Instrumento.
II- Indeferir: Autor é intimado e possui um prazo de 05 dias para emendar a petição inicial. Contra o indeferimento cabe agravo de instrumento.
III- Deferir e o réu não recorrer: Ocorre a estabilização da tutela antecipada e o processo será extinto. É possível rever a decisão estabilizada mediante propositura da ação (que não tem nome) de desestabilização de tutela estabilizada, no prazo de 02 anos. NÃO É AÇÃO RESCISÓRIA. Caso tenha outros pedidos, não haverá a extinção em relação a estes. 
Tutela de Urgência Cautelar
Base legal: 305 a 310 do CPC.
Possui caráter preventivo para garantir o resultado útil do processo. 
Exemplo: Arresto que tem por objetivo fazer o bloqueio de bens de um devedor, quaisquer bens. 
Exemplo 2: Sequestro que visa bloquear bens determinados. 
Em caráter incidente:
Pode ser feita na petição inicial.
Requisitos: Probabilidade do direito + Perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. 
Em caráter antecedente:
Posso fazer uma petição inicial limitada ao requerimento de tutela cautelar (exemplo: arresto) 
A petição inicial deverá indicar: a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, conforme artigo 306 do CPC.
Deferida e efetiva a cautelar eu tenho 30 dias para formular, nos mesmos autos, o pedido principal.
Tutela de Evidência
Base legal: Artigo 311.
Independem de periculum in mora.
Hipóteses:
Réu agir com abuso de direito de defesa ou com intuito protelatório.
Na petição inicial eu trago fatos documentalmente comprovados ou pedidos em acordo com sumulas vinculantes ou com teses firmadas em casos repetitivos (vide 928).
Pretensão reipersecutória fundada em contrato de depósito (contrato de depósito em que a parte não quer me devolver o que é meu).
Petição inicial com fatos documentalmente comprovados e o réu foi citado mas apresentou uma defesa sem provas capaz de gerar qualquer duvida sobre meu direito. 
Posturas do Juiz diante da Petição Inicial
Base legal: Artigo 321 do CPC, necessidade de emenda da petição inicial, no prazo de 15 dias. O juiz deverá indicar em seu despacho, o que deverá ser corrigido. 
Artigos 330 e 331 tratam do indeferimento da petição inicial: 
Ilegitimidade Manifesta: Mãe propõe ação contra o pai para pedir alimentos pelo filho. 
Inépcia (330 do CPC) Pedido Genérico: Não pode mais.
Inépcia: Se a petição inicial versar sobre revisão contratual seja de empréstimo, financiamento ou alienação de bens PRECISO DETERMINAR AS OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS E O VALOR INCONTROVERSO, sob pena de inépcia. Exemplo: Pago R$ 3.000 de parcelas, conforme planilha em anexo desses R$ 3.000, R$ 250,00 é o que eu acho que não deveria estar pagando, são os juros abusivos, consequentemente R$ 2.750,00 é o valor incontroverso que o Código fala que devo continuar pagando.
Improcedência liminar do pedido
Base legal: Artigo 332 do CPC.
Ocorre quando faço uma petição inicial que dispensa a instrução probatória e o pedido contraria a jurisprudência. 
Ocorre também se reconhecida a prescrição ou decadência. 
Tanto a sentença de indeferimento da petição inicial quanto de improcedência liminar do pedido são objeto de apelação. 
A apelação é dirigida ao juízo A QUO. Apenas nestes dois casos, o juiz pode se retratar no caso de 05 dias, nos casos de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido. Se ele não se retratar, cita-se o réu para apresentar resposta ao recurso. Depois, autos para o tribunal. Base legal: Artigos 331 e 332.
Diante da petição inicial, o juiz pode determinar a citação do réu. O réu é citado para:
Audiência de conciliação ou mediação (caso o direito admita autocomposição)
Ou para contestar (caso o direito não admita autocomposição). Exemplo: Ação contra Fazenda.
A citação é um ato regulamentado nos artigos 238 e seguintes, marcar: 239, 246, 247, 248,§2º e §4º, 252 a 257. 
Modalidade de citação
Correio: Para qualquer comarca do país, conforme artigo 247 do CPC. Algumas hipóteses não se admitem a citação por correio.
Escrivão ou chefe de secretaria.
Oficial de justiça.
Edital.
Eletrônica.
Hipóteses que não se admitem citação por correio:
Réu incapaz.
Agente do estado.
Pessoa de direito público.
Citação para audiência
Artigos 252 e seguintes.
Citação com hora certa: É realizada por oficial de justiça, quando o réu não for encontrado por duas vezes e há suspeita de ocultação. 
Nesta modalidade, poderá ser intimado um familiar, um vizinho ou o porteiro para dizer que vai voltar para citar em tal hora para citar o réu. 
Se ao retornar, o réu não estiver lá, ele é considerado citado. A citação é considerada ficta. 
Após o escrivão, deverá enviar uma comunicação ao réu, dando-lhe de tudo ciência.
Artigo 254 do CPC fazer remissão 231, §4º. O prazo será contado da juntada do mandado de citação. 
Citação por edital: Quando o réu está em local incerto.
No despacho de citação por edital, o juiz determinará o prazo de dilação, que é o prazo em que ficará circulando o edital, este prazo será de no mínimo 20 dias e no máximo 60.
Fazer remissão do artigo 256 a artigo 231, IV do CPC + 224.
Exemplo: Juiz fixa prazo de dilação de 30 dias.
O prazo de dilação findou-se na quarta, o primeiro dia útil é a quinta mas eu excluo a quinta pois o primeiro dia útil será excluído, o prazo será iniciado na sexta-feira.
Destacar o artigo 256, §3º do CPC. É importante ao advogado do autor porque o juiz tem o dever de colaborar. É muito importante ao advogado do réu porque se as demais alternativas não restaram frustradas, posso dizer que ocorreu a nulidade da citação.
O réu é citado, via de regra, para uma audiência de conciliação ou mediação ou para contestar. 
Audiência de Conciliação ou Mediação
Base legal: Artigo 334 do CPC. (Na palavra conciliação fazer remissão ao artigo 165,§2º e na palavra mediação, fazer remissão ao artigo 165,§3º do CPC).
1) Conciliação 
É cabível quando não haja vínculo anterior entre as partes.
Tem que ser designada com uma antecedência mínima de 30 dias. 
Citação do réu deve ser feita com antecedência mínima de 20 dias. 
Não será realizada essa audiência, nas seguintes hipóteses:
Quando o direito não admite autocomposição.
Quando ambas as partes manifestam desinteresse pela realização da audiência. 
Se na petição inicial o autor manifestar o interesse, haverá audiência.
Se o autor manifestar o desinteresse, o juiz designará a audiência de conciliação:
-Se o réu citado e for omisso quanto a audiência, pressupõe-se que ele quer e o ato é realizado. 
-O réu poderá ainda, antes de 10 dias, da realização da audiência, manifestar seu interesse pela audiência, que será realizada. 
-Ambas as partes podem manifestar o desinteresse, o ato será cancelado. Tem que ser feito em até 10 dias antes da realização do ato processual.
A parte poderá enviar representante para comparecimento ao ato processual, desde que esteja munido de procuração específica. 
O não comparecimento injustificado gera multa que pode chegar até 2% sob o valor da causa, esta multa vai para o Estado ou para União, uma vez que esta multa é ato atentatório à dignidade da justiça.
E se eu justifico o meu não comparecimento e o juiz não aceita e mantém a multa? Eu não posso recorrer, tenho que aguardar, por exemplo, a prolação de uma sentença, momento em que eu irei interpor uma apelação e além de discutir a própria sentença se esta for de improcedência, discutirei a multa, abrindo um tópico preliminar, vez que esta não preclui. Já que as interlocutórias que não desafiam agravo não precluem. 
Posso interpor também a apelação para discutir apenas a própria multa.
2) Mediação
Será cabível quando há vínculo anterior entre as partes. 
Contestação
Base legal: Artigos 335 e 342 do CPC.
Prazo: Artigo 335, grifar o prazo de 15 dias e fazer remissão aos artigos 180, 183, 186 do CPC, que falam acerca dos prazos em dobro. 
Fazer remissão ao artigo 218, §4º não é intempestivo o ato praticado antes do início do prazo. 
Remissão ao artigo 219, contagem de prazos em dias úteis (para ser contado em dias úteis o prazo deve ser um prazo processual e deve ser fixado em DIAS). 
Remissão ao artigo 229 que dá prazo em dobro para litisconsortes com procuradores diferentes (só se aplica ao processo físico e a procuradores pertencentes a escritórios diferentes. Lembrando que ainda que eu não saiba se a outra parte contratará advogado, ainda sim meus prazos serão em dobro, que só cessará, nos termos do artigo 229, §1º do CPC).
Como será contado o começo dos 15 dias, dispostos no artigo 335?
I- Data da audiência: Exclui-se o dia da realização.
II- Data do protocolo da petição pelo qual o réu manifesta o desinteresse pela audiência. (Havendo litisconsórcio passivo o prazo é contado individualmente).
Para as hipóteses em que o direito não admita autocomposição: Conta-se nos termos do artigo 231 do CPC. Havendo litisconsórcio passivo, o prazo é contado da última das datas. E se o autor pedir a desistência quanto ao réu não citado? O prazo para os demais será contado da data da intimação da decisão que homologa a desistência.
Artigo 336 do CPC: Princípio da Eventualidade, tenho que trazer toda a matéria de defesa.
Artigo 342: Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando:
I - relativas a direito ou a fato superveniente;
II - competir ao juiz conhecer delas de ofício; (Exemplo: Prescrição)
III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição. (Exemplo: Artigo 211 do CC, fazer remissão). 
Artigo 341 do CPC: Ônus da impugnação especificada. Para cada fato trazido pelo autor eu tenho que trazer uma respectiva impugnação. Não se admitindo uma defesa por negação geral, salvo se for advogado dativo. 
Estrutura Base da Contestação
1) Endereçamento: Juiz da Causa; 
2) Preâmbulo: Identificação do Réu 
João já qualificado nos autos da Ação... que lhe move a autora Ana... vem por seu advogado (mandato anexo), apresentar contestação, pelas razões a seguir:
Se o réu for pessoa jurídica ou ente despersonalizado, lembrar do artigo 75 do CPC.
Se o réu for incapaz ou relativamente incapaz, lembrar do artigo 71 do CPC.
Desenvolvimento da Peça
Da tempestividade
Enunciado não pede para datar a peça no ultimo dia do prazo: 
A contestação está sendo apresentada dentro do prazo, qual seja, 15 dias úteis, da data... (Artigo 335 que fundamenta a contagem do prazo)
Enunciado pede para datar a peça no último dia do prazo: 
Aí eu preciso fazer a conta. 
Síntese dos fatos
Parafrasear o enunciado de forma sucinta. 
Das preliminares
Base legal: Artigo 337 do CPC.
Incompetência absoluta: Se tiver a justiça errada ou se a ação estiver proposta na vara errada. (Ex: Autor envolvia Direito de Família e o autor propôs na Vara Cível ou ainda o exemplo do artigo 47 do CPC).
Alegada a incompetência absoluta, o pedido é a remessa dos autos ao juízo competente.
Pode ser declarada de ofício.
Incompetência relativa: 
Exemplo: Ação de investigação de paternidade, João mora em BH e seu “pai” no RJ. João propõe a ação em BH. Estamos diante de uma incompetência relativa, posto que o local de propositura da ação deveria ser o RJ.
Fazer remissão do artigo 337, II ao 64§3º.
Marcar o artigo 340 do CPC que diz que o réu pode contestar antes da audiência no foro do seu domicílio. 
Não pode ser declarada de ofício, conforme Súmula 33 do STJ. Salvo, na hipótese do artigo 63,§3º e 4º do CPC. Hipótese do §3º: Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu. Hipótese do §4º: Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu
 Da prescrição ou decadência
Do mérito
 Dos pedidos e requerimentos
A) Acolhimento da preliminar de coisa julgada para extinção do processo sem resolução do mérito.
B) Acolhimento da prescrição ou decadência para extinção do processo com resolução do mérito.
C) No mérito, sejam julgados improcedentes os pedidos para..., nos termos do artigo 487, I do CPC.
D) Condenação em custas e honorários advocatícios. 
E) Produção de todas as provas admitidas em direito. 
F) Requer a concessão dos benefícios da justiça gratuita. 
ENDEREÇO DO ADVOGADO:
LOCAL: DATA:
ADVOGADO: OAB:
Contestação- Parte Final
Artigos 338 e 339: Quando o réu alega ilegitimidade passiva ele deverá indicar o sujeito passivo correto, sob pena de responder por perdas e danos. Feita a indicação o autor será ouvido para (1-Manter apenas o réu; 2-Substituir o réu pelo 3º; 3- Manter o réu e incluir um terceiro). 
Reconvenção
Base legal: Artigo 343 do CPC.
Conceito: Pedido do réu (reconvinte) contra o autor (reconvindo). Podendo trazer ao processo um terceiro. Ou podendo o réu reconvir junto com um terceiro contra o autor. 
O indeferimento liminar da reconvenção atrai o Agravo de Instrumento. 
Se a ação principal for extinto, a reconvenção prossegue. 
 Peça
Endereçamento: Normal
Preâmbulo: Qualificação + Vem apresentar Contestação e Reconvenção.
Tempestividade

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