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Resumo de Psicologia Jurídica

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Monitoria Psicologia Jurídica
Aluna Monitora: Maria Helena Cavalcanti Wanderley Ferraz
Matricula: 01059535
Considerando os diversos objetos de estudo da psicologia explique sua homogeneidade?
Como ciência é uma só porque existe uma metodologia própria e procura responder questões permanentes.
Se dermos a palavra a um psicólogo comportamentalista, ele dirá que o objeto da psicologia é o comportamento humano. Se a palavra for dada a um psicólogo psicanalista, ele dirá que é o inconsciente. Outros dirão que é a consciência humana, e outros, ainda, a personalidade. Como a psicologia é uma ciência muito nova ela ainda não teve tempo de apresentar teorias acabadas e definidas. Um outro motivo que contribui para dificultar uma clara definição é o fato de o cientista se confundir com o objeto pesquisado.
A subjetividade traz a homogeneidade que a psicologia precisa como objeto. A subjetividade é o mundo de idéias, significados e emoções construído internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas vivências e de sua constituição biológica; é também fonte de suas manifestações afetivas e comportamentais, o que torna uma pessoa o que ela é na sua singularidade.
O que é psicologia jurídica?
É fácil constatar que o direito e a psicologia possuem um destino comum, pois ambos tratam do comportamento humano. A psicologia vive da compreensão do comportamento humano. O direito é o conjunto de regras que busca regular este comportamento. A psicologia jurídica é o estudo do comportamento das pessoas e dos grupos enquanto têm a necessidade de desenvolver-se dentro de ambientes regulados juridicamente, assim como da evolução dessas regulamentações jurídicas ou leis enquanto os grupos sociais se desenvolvem neles. Existem três caminhos para o método psicojurídico:
a) A psicologia DO direito, o objetivo seria explicar a essência do fenômeno jurídico, a fundamentação psicológica do direito;
b) A psicologia NO direito, estuda a estrutura das normas jurídicas enquanto estímulos vetores das condutas humanas;
c)A psicologia PARA o direito, a psicologia verdadeiramente como ciência auxiliar do direito, colocada ao lado da medicina legal, da sociologia e filosofia do direito entre outras.
Os conhecimento que a psicologia jurídica é capaz de aportar no mundo jurídico podem ser exercidos de duas maneiras: sob a forma de assessoramento legislativo, contribuindo na elaboração de leis mais adequadas à sociedade, e na tarefa de assessoramento judicial, colaborando na organização do sistema de administração da justiça.
Na separação dos pais, quais as conseqüências para os filhos, as variáveis e o que deve ser levado em conta na definição da guarda?
Parte-se, agora, do entendimento de que as obrigações de educar e cuidar dos filhos seriam decorrentes do vinculo de filiação e não do casamento. A promulgação no Brasil da lei 11.698/08, que institui a guarda compartilhada como modalidade preferencial, busca igualar pai e mãe e os períodos de convivência sob guarda compartilhada, o juiz, de ofício ou a requerimento do MP, poderá basear-se em orientação técnico- profissional ou de equipe interdisciplinar.
Conseqüências para os filhos:
a) Problemas escolares – Desmotivação, diminuição do rendimento escolar, formação de estereotipo negativo;
b) Sentimentos de abandono – O pai deixou o lar, abandono e culpa – redução do tempo de dedicação aos filhos, insegurança, desamparo;
c) Sentimentos de impotência – Ruptura e desestruturação familiar, mudança de casa, escola e situação econômica;
d) Condutas regressivas – Enurese noturna, rechaço da escola e dos amigos, as crianças podem ficar poliqueixosas e solicitantes ou totalmente cooperativas;
e) Comportamento agressivo – Irritabilidade, mentiras ou pequenos furtos com relação ao trauma da separação;
f) Condutas repetitivas (controlar sua própria vida);
g) Medo e Depressão.
O que deve ser levado em conta na definição da guarda:
a) Tipo de separação;
b) Gênero da criança;
c) Nível de conflito e elaboração do luto;
d) Capacidade para dar afeto, continuidade, assistência material, médica e psicológica;
e) Novos matrimônios;
f) Possibilidade de maior tempo em um ambiente estável;
g) Idade no momento da separação;
h) Preferência dos filhos;
i) Separação da figura de apego.*
OBS. O ECA, no art 23, afirma “ a falta OUA a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do pátrio poder”, devendo a família ser incluída obrigatoriamente em programas oficiais de auxilio. 
NOTAS SOBRE LAUDOS:
 No que diz respeito à confecção de relatórios, laudos, pareceres e informes torna-se clara a indicação para que o profissional questione sempre, qual o objetivo psicológico do trabalho a ser feito. Por que sua intervenção está sendo solicitada, ou seja, como vai interpretar a demanda que lhe chega? Nos documentos que embasam as atividades em equipe multiprofissional, o psicólogo registrará apenas as informações necessárias para o cumprimento dos objetivos do trabalho.
Da mesma forma, entre os deveres fundamentais do psicólogo está o de informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário. As conclusões dos escritos produzidos por psicólogos devem ater-se ao âmbito da psicologia, portanto, estas são conclusões psicológicas e não jurídicas, não sendo atribuição de psicólogos proferir sentenças ou soluções jurídicas, como por exemplo, decidir disputa de guarda, fixar visitas e etc.	
PODER FAMILIAR: Igualdade de condições para pai e mãe.
Descreva a família contemporânea, comparada com o conceito de família burguesa?
A antiga família burguesa era patriarcal, baseada no matrimonio, na herança genética, na perspectiva de procriação e reprodução econômica;
Nova concepção: A família passa a ser instrumento de realização pessoal, promoção de felicidade, fundada nos laços de afetividade.
Qual a finalidade da psicologia jurídica para o direito de família?
A psicologia jurídica, colocada a serviço dos fins do direito, pode contribuir para a sensibilização do direito. A psicologia jurídica pode auxiliar os conjugues, e principalmente os filhos menores, a enfrentar as incertezas e os problemas decorrentes da separação e de divórcio. A psicologia jurídica pode, também, incentivar a pesquisa e difundir as suas competências cientificas, assim como criar instrumentos específicos capazes de identificar os fatores de dissociação entre o processo jurídico e o processo psicológico de separação e de divorcio. Pode ainda auxiliar a Justiça a se tornar mais ágil e eficaz, assim como evitar a judicialização de fatos possíveis de serem resolvidos na instancia da mediação, promovendo a superação da crise no sentido da reconstrução familiar. Como a família é um lugar de transformações, a psicologia jurídica deve acompanhar as mudanças e evitar a banalização do processo jurídico. 
Em síntese, a psicologia jurídica pode ajudar a contextualizar os fenômenos jurídicos, a religar conhecimentos e a promover valores humanos como a dignidade e a cidadania.
Explique os tipos de guarda.
Guarda exclusiva ou simples, ambos mantém o poder familiar, mas as decisões recaem sobre o genitor que detiver a guarda. É assegurado ao genitor continuo uma permanência cotidiana que, na maioria das vezes, é destinada às mães. Em contrapartida ao genitor descontinuo – em geral o pai – é assegurado o seu direito de visita em dias fixos;
Guarda Alternada, Os pais detém a guarda física e legal exclusiva da criança em períodos alternados;
Aninhamento ou Nidação, é um tipo de guarda raro, no qual os pais se revezam mudando para a casa onde vivem as crianças em períodos alternados de tempo;
Guarda compartilhada ou conjunta, é a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveresdo pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns. É a regra, a guarda compartilhada e deve ser mantida sempre que possível. Esse modelo de guarda reforça a autoridade dos pais, diminuindo a insegurança dos filhos.
Explique o conceito de paternidade socioafetiva considerando a teoria dos vínculos.
Cada vez mais é valorada a posse de estado de filho que denota a Constancia social da relação paterno-filial, caracterizando um desejo de ser pai que traz consigo um querer ser filho. Há uma relação de bilateralidade que, por vezes, torna-se muito mais forte que o elo biológico, isso é a paternidade socioafetiva.
Entende-se a posse do estado de filho como sendo uma relação afetiva, íntima e duradoura, caracterizada pela reputação frente a terceiros (a fama), como se filho fosse, o tratamento pelo pai com o filho – educação e formação – (o trato) e o uso do nome do pai ao qual a criança se identifica (o nome), são esses os três elementos constitutivos da posse de estado de estado de filho, para que se possa dizer que existe paternidade socioafetiva.
Quanto a Teoria dos vínculos, também conhecida como teoria da regulação do afeto ou teoria do apego, podemos dizer que seu aspecto fundamental reside na concepção de que existe uma relação causal entre as experiências de um individuo com seus pais (relações primarias) e a capacidade para estabelecer vínculos afetivos na vida adulta. A função paterna nas relações primarias representa inserção, pensamento lógico, linguagem escrita, ao mesmo tempo em que veicula as interdições morais, as regras da sociedade, a aprendizagem técnica e os valores culturais, ao contrario da mãe que dedica-se aos cuidados, sua atividade predominante é a linguagem verbal e afetiva. Dessa maneira sem privilegiar o papel da mãe ou do pai, pois a mãe é vital para os cuidados enquanto o pai é indispensável para a socialização, observamos a importância da paternidade socioafetiva, através da teoria dos vínculos primários para as relações do futuro da criança.
O que é Alienação parental?
A alienação parental é o afastamento do filho de um dos genitores, provocado pelo outro, via de regra o tutelar da custodia ou os avós. Relaciona-se com o processo desencadeado pelo genitor que intenta arredar o outro genitor da vida do filho. Essa conduta quando não dá lugar a instalaçãoda síndrome é reversível e permite – com o concurso de terapia e auxilio do Poder Judiciário – o restabelecimento das relações com o genitor preterido.
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O que é SAP (Síndrome da Alienação Parental)?
A SAP é uma desordem psíquica das conseqüências dos conflitos parentais na saúde psíquica dos filhos envolvidos. A síndrome diz respeito as seqüelas emocionais e comportamentais de quem vem a padecer a criança vítima do processo de alienação parental.
Justiça Restaurativa: 
Enfoca a reparação dos danos causados a pessoas e a relacionamentos, em vez de atribuir pura e simplesmente uma reprimenda penal aos transgressores. 
Justiça Comum foco no passado 
Justiça Restaurativa foco no presente (Esta não se aplica a crimes graves! )
Justiça Restaurativa é o processo pelo qual todas as partes envolvidas direta e indiretamente numa ofensa se reúnem para discutir e resolver conjuntamente o conflito e propor soluções para o presente e para o futuro. 
São questões importantes que devem ser respondidas para uma correta avaliação dos resultados deixados pelo crime: quem foi o prejudicado? Quais as suas necessidades? Como atender a essas necessidades? A justiça restaurativa propõe que, ao invés do autor ser simplesmente punido através de um sistema restritivo de liberdade de questionável eficiência, seja oportunizado ao transgressor assumir socialmente sua atitude, e agir de forma consciente para reparar seu erro, mediante a adoção de compromissos concretos. Essa conscientização é importante tanto para a vítima se sentir efetivamente reparada, quanto para o infrator, que ganha à oportunidade de se confrontar com seu ato e de se reinserir no grupo social. 
A abordagem restaurativa tem sua essência na resolução de problemas de forma colaborativa. Práticas restaurativas proporcionam àqueles que foram prejudicados por um incidente a oportunidade de reunião para expressar seus sentimentos, descrever como foram afetados e desenvolver um plano para reparar os danos. 
Ao invés de simplesmente procurar um culpado, a ideia central é o consenso para buscar a restauração e a harmonia entre os relacionamentos. Enquanto a justiça convencional diz: você fez isso e tem que ser castigado! A justiça restaurativa pergunta: o que você pode fazer agora para restaurar isso? 
O processo restaurativo só tem lugar quando o acusado houver assumido a autoria da transgressão e houver um consenso mútuo das partes em participar desse tipo de método. 
Soluções Alternativas de Conflitos (Mediação, Conciliação e Arbitragem): 
Os métodos alternativos de solução de conflitos se classificam em três grandes grupos: autotutela, autocomposição e hetero composição. 
Dentre as formas autocompositivas se destacam: a Mediação, a Conciliação e a Arbitragem. 
●Conciliação: forma de resolução de controvérsias dna relação de interesses administrada por um conciliador, a quem compete aproximá-las, controlar as negociações, aparar as arestas SUGERIR e formular propostas. 
Reduz a animosidade, característica da “derrota judicial”, uma vez que na conciliação são as próprias partes que resolvem o litigio. 
OBS: Na verdade é forma de heterocomposição, depende da intervenção de um terceiro junto aos litigantes com o intuito de leva-los à autocomposição. 
●Mediação: É forma de autocomposição assistida. O mediador não deve influenciar as pessoas ao acordo. Durante o processo de mediaçãoexiste a preocupação de (re)criar vínculos estabelecer um dialogo, transformar e prevenir novos conflitos. 
Princípios que norteiam a mediação: 
1)Autonomia da vontade- Estipulam livremente; 
2)Não adversariedade- Não há um espírito de ganhador e perdedor; 
3)Presença de terceiro interventor neutro e imparcial- O conciliador; 
4)Autonomia das decisões e autocomposição- Omediador não tem o poder de decisão; 
5)Não competitividade e consensualidade na resolução do conflito- Acarretará concessões de ambas as partes; 
6)Flexibilidade e Informalidade do processo- Não há normas de direito processual. 
OBS: O mediador facilita a comunicação, estimula o diálogo, auxilia na resolução de conflitos, mas não os decide. 
 MEDIADOR CONCILIADOR 
 Aproxima as partes Sugere Acordo 
●Arbitragem: É um meio heterocompositivo ( ≠ autocompositivo), na medida em que um terceiro, o arbitro, resolve o conflito. As partes elegem em clausula compromissória que a solução ocorra por arbitro, ou juízes arbitrais, em caráter definitivo. É uma técnica para solução de controvérsias por meio da intervenção de uma ou mais pessoas, que recebem seus poderes de uma convenção privada proferindo, com base nesta convenção e sem intervenção do Estado, uma decisão destinada a adquirir eficácia de sentença judicial. 
Personalidade: Formação e desenvolvimento. Desenvolvimento psicossocial. 
PERSONALIDADE => origina-se do latim “persona”.
SIGMUND FREUD
Estrutura e Dinâmica da Personalidade - (De acordo com a teoria psicanalitica)
Id – O id é a fonte da energia psíquica (libido). É de origem orgânica e hereditária. Apresenta a forma de instintos que impulsionam o organismo. Está relacionado a todos os impulsos não civilizados, de tipo animal, que o indivíduo experimenta. . Não tolera tensão. Seu o nível de tensão é elevado, age no sentido de descarregá-la. É regido pelo princípio do prazer. Sua função e procurar o prazer e evitar o sofrimento. Localiza-se na zona inconsciente da mente. O Id não conhece a realidade objetiva,a "lei" ética e social, que nos prende perante a determinadas situações devido as conclusões da interpretação alheia. Por isso surge o Ego.
Ego – Significa “eu” em latim. E responsável pelo contato do psiquismo com o mundo objetivo da realidade. O Ego atua de acordo com o princípio da realidade. Estabelece o equilíbrio entre as reinvindicações do Id e as exigências do superego com as do mundo externo. É o componente psicológico da personalidade. As funções básicas do Ego são: a percepção, a memória, os sentimentos e os pensamentos. Localiza-se na zona consciente da mente.
Superego – Atua como censor do Ego. É o representante interno das normas e valores sociais que foram transmitidos pelos pais através do sistema de castigos e recompensas impostos à criança. São nossos conceitos do que é certo e do que é errado. O Superego nos controla e nos pune (através do remorso, do sentimento de culpa) quando fazemos algo errado, e também nos recompensa (sentimos satisfação, orgulho) quando fazemos algo meritório. O Superego procura inibir os impulsos do Id, uma vez que este não conhece a moralidade. É o componente social da personalidade.As principais funções do Superego são: inibir os impulsos do id (principalmente os de natureza agressiva e sexual) e lutar pela perfeição. Localiza-se consciente e pré-consciente.
Pelo Id o empregado deixaria de comparecer ao trabalho num belo dia ensolarado, dedicando-se a uma aprazível atividade de lazer: uma pescaria, um cinema, etc. 
O Ego aconselharia prudência e buscaria uma oportunidade adequada para essas atividades. 
O Superego diria ser inaceitável faltar com um compromisso assumido, por exemplo, com o supervisor ou colegas de trabalho. 
Cada um deles têm suas funções próprias, seus princípios, seus dinamismos, mas atuam um sobre o outro de forma tão estreita que é impossível separar os seus efeitos.
Níveis de Consciência da Personalidade
Para Freud, os três níveis de consciência são: consciente, pré-consciente e inconsciente.
Consciente – inclui tudo aquilo de que estamos cientes num determinado momento. Recebe ao mesmo tempo informações do mundo exterior e do mundo interior.
Pré-consciente – (ou sub-consciente) – se constitui nas memórias que podem se tornar acessíveis a qualquer momento, como por exemplo, o que você fez ontem, o teorema de Pitágoras, o seu endereço anterior, etc. É uma espécie de “depósito” de lembranças a disposição, quando necessárias.
Inconsciente – estão os elementos instintivos e material reprimido, inacessíveis à consciência e que podem vir à tona num sonho, num ato falho ou pelo método da associação livre. Os processos mentais inconsciente desempenham papel importante no funcionamento psicológico, na saúde mental e na determinação do comportamento.
O que seria então Personalidade?
A personalidade é uma estrutura interna, formada por diversos fatores em interação. Também, a personalidade não é a simples soma ou justaposição de elementos, mas um todo organizado e individual, produto de fatores biopsicossociais.
Nos fatores biológicos estão: o sistema glandular e o sistema nervoso. 
Entre os fatores psicológicos estão: o grau e as características de inteligência, as emoções, os sentimentos, as experiências, os complexos, os condicionamentos, a cultura, a instrução, os valores e vivências humanas. 
Nos grupos sociais: como a família,a escola, a igreja, o clube, vizinhança, processa-se a interação dos fatores sociais. 
Concluindo, a personalidade seria um conjunto de características que diferenciam os indivíduos.
PSICOSE
Psicose é um termo psiquiátrico genérico que se refere a um estado mental no qual existe uma "perda de contacto com a realidade". 
NEUROSE
O termo neurose foi criado pelo médico escocês William Cullen em 1769 para indicar "desordens de sentidos e movimento" causadas por "efeitos gerais do sistema nervoso". Na psicologia moderna, é sinônimo de psiconeurose ou distúrbio neurótico e se refere a qualquer desordem mental que, embora cause tensão, não interfere com o pensamento racional ou com a capacidade funcional da pessoa. 
PERVERSÃO
Perversão é um termo usado para designar o desvio, por parte de um indivíduo ou grupo, de qualquer dos comportamentos humanos considerados normais e/ou ortodoxos para um determinado grupo social. 
O termo é também freqüentemente utilizado com o sentido específico de perversão sexual, ou desvio sexual.
*Alucinação é a percepção real de um objeto que não existe, ou seja, são percepções sem um estímulo externo. Tudo que pode ser percebido pelos 5 sentidos (audição, visão, tato, olfato e gustação) pode também ser alucinado. 
Gênero
É a construção cultural coletiva dos atributos da masculinidade e feminilidade. Esse conceito foi proposto para distinguir-se do conceito de sexo, que define as características biológicas de cada indivíduo.
Para tornar-se homem ou mulher é preciso submeter-se a um processo que chamamos de socialização de gênero, baseado nas expectativas que a cultura tem em relação a cada sexo. Dessa forma, a identidade sexual é algo construído, que transcende o biológico.
O sistema de gênero ordena a vida nas sociedades contemporâneas a partir da lingua​gem, dos símbolos, das instituições e hierarquias da organização social, da representação política e do poder. Com base na interação desses elementos e de suas formas de expres​são, distinguem-se os papéis do homem e da mulher na família, na divisão do trabalho, na oferta de bens e serviços e até na instituição e aplicação das normas legais.
A estrutura de gêneros delimita também o poder entre os sexos. Mesmo quando a nor​ma legal é de igualdade, na vida cotidiana encontramos a desigualdade e a iniqüidade na distribuição do poder e da riqueza entre homens e mulheres.
Durante séculos, as mulheres foram educadas para submeterem-se aos homens. A "domesticação" da mulher foi conseqüência da necessidade dos homens assegurarem a posse de sua descendência. O fato de que a maternidade é certa e a paternidade apenas presumível (ou incerta) sempre foi um fantasma para a organização da cultura patriarcal. O controle da sexualidade e da vida reprodutiva da mulher garante a imposição das regras de descendência e patrimônio e, posteriormente, um sistema rígido de divisão sexual do traba​lho. Assim, a mulher passa a ser tutelada por algum homem, seja pai, tio ou marido.
Este sistema de divisão sexual do trabalho, cuja finalidade primeira foi a de regula​mentar a reprodução e organizar as famílias, acabou por dar aos homens e mulheres uma carga simbólica de atributos, gerando uma correlação entre sexo e personalidade que foi interpretada como característica inerente aos sexos. Atribuiu-se à natureza de homens e mulheres aquilo que era da cultura. Pensar que a mulher é frágil e dependente do homem ou que o homem é o chefe do grupo familiar pode levar as pessoas a concluírem que é natural que os homens tenham mais poderes que as mulheres e os meninos mais poderes que as meninas.
Este tipo de pensamento sempre justificou o autoritarismo masculino, interpretando a violência do homem contra a mulher como algo natural. Isso impregnou de tal forma nossa cultura que, assim como muitos homens não assumem que estão sendo violentos, muitas mulheres também não reconhecem a violência que estão sofrendo.
Sexo e gênero
sexo e gênero não são sinónimos.
Sexo => diz respeito às características fisiológicas relativas à procriação, à reprodução biológica - diferenças sexuais são físicas.
Gênero => seria determinado pelo processo de socialização e outros aspectos da vida em sociedade e decorrentes da cultura, que abrange homens e mulheres desde o nascimento e ao longo de toda a vida - diferenças de género são socialmente construídas.
Gênero => conjunto de arranjos através dos quais a sociedade transforma a biologia sexual em produtos da atividade humana e nos quais essas necessidades transformadas são satis​feitas. Este sistema incluiria vários componentes, entre outrosadivisão sexual do trabalho e definições sociais para os géneros e os mundos sociais que estes conformam.
A questão da hierarquia de gênero
O patriarcado é uma forma de hierarquia, em que os homens detêm o poder e as mulheres são subordinadas. 
Numa sociedade patriarcal, a autori​dade social efetiva sobre as mulheres é exercida através dos papéis de pai e de marido. Sob as condições patriarcais, as mulheres às vezes exercem autoridade através do papel de mãe em oposição aos outros papéis familiares, tais como esposa, filha, irmã, ou tia.
O poder social atualmente é identificado com atributos considerados como masculinos. Pessoas do sexo masculino ou feminino podem desempenhar papéis, através dos quais o poder pode ser exercitado, mas eles permanecem como papéis masculinos. 
A posição de gênero é um dos eixos essenciais para a manutenção do poder na hierarquia social, que é essencialmente masculina no seu topo e tem estratégias de fragmentação (por classes, por idades, por grupos ou culturas minoritárias). Assim, essa hierar​quia nos leva a viver rivalidades e lutas entre pessoas jovens e idosas, pobres e ricas, negras e brancas, mulheres e homens. Essas relações antagónicas estruturam a dependência e a submis​são.
O que é subordinação e como se expressa?
Subordinação pode ser definida como uma relativa falta de poder. Em termos de autoridade social, um grupo subordinado tem pouco ou nenhum controle sobre a tomada de decisões que afetam o futuro daquele grupo. 
Podemos falar em subordinação de gênero quando as mulheres não estão no controle das instituições que determinam as políticas que afetam as mulheres, tais como os direitos repro​dutivos ou a paridade nas práticas de emprego. Discriminação nos salários e nas promoções são exemplos da subordinação das mulheres na nossa sociedade.
Estudo Psicossocial da família
O Direito de Família até 1988.
Á época do início da vigência do Código Civil (1916).
Família somente a constituída pelo casamento.
Gerador de vínculo indissolúvel entre os cônjuges.
1934 => Transformou-se em norma constitucional, princípio mantido na Carta de 1937 e nas Constituições que se seguiram (1946, 1967, 1969).
Até 1934 apenas o casamento civil era reconhecido.
A mulher => relativamente incapaz, passando a ser assistida pelo marido nos atos da vida civil. 
Ao marido competia:
A chefia da sociedade conjugal;
Administrar o patrimônio familiar.
Autorizar a profissão da mulher.
As relações sem casamento eram moral, social e civilmente reprovadas.
Os filhos eram classificados e conseqüentemente discriminados em função da situação jurídica dos pais.
Legítimos =>concebidos na constância do casamento e os legalmente presumidos.
Ilegítimos => os que não procediam de justas núpcias, aqueles que não tinham sua filiação assegurada pela lei.
Distinguiam-se os ilegítimos em:
1 - Naturais => os que nasciam de homem e mulher entre os quais não havia impedimento matrimonial.
2 - Espúrios => aqueles que descendiam de pessoas impedidas de casar por parentesco, afinidade ou casamento subsistente.
Adulterinos.
Incestuosos (até 1989 não podiam ser reconhecidos).
Em 1941 =>Lei de Proteção da Família - os filhos adulterinos e incestuosos continuavam excluídos da proteção.
 
Três grandes alterações legislativas marcaram o meado do século:
1 - A admissão do reconhecimento dos filhos adulterinos;
2 - A emancipação da mulher casada;
3 - A dissolubilidade do vínculo matrimonial.
Primeira alteração:
1949 => permitiu-se o reconhecimento do filho havido fora do matrimônio desde que dissolvida a sociedade conjugal (exigência que se manteve até 1977).
O segundo grande marco da evolução do Direito de Família:
1962 => Estatuto da Mulher Casada que promoveu a emancipação da mulher e a colocou na posição de colaboradora do marido.
Deixava de ser relativamente incapaz.
Passando a ter tratamento igualitário para a prática dos atos da vida civil (isonomia entre marido e mulher que viria a se consolidar plenamente em 1988).
A terceira grande alteração legislativa:
1977 => Lei do Divórcio – indissolubilidade do casamento.
O Direito de Família após 1988.
Família não mais se origina apenas do casamento.
Duas novas entidades familiares passaram a ser reconhecidas: 
1 - A constituída pela união estável;
2- A formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
A dissolução do casamento foi facilitada, diminuindo-se o prazo para um ano, se precedida de separação judicial, e para dois anos no caso de separação de fato.
Quanto aos filhos: 
Garantidos foram aos filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, iguais direitos e qualificações, proibidas qualquer designações discriminatórias. 
Dentre os membros da família ganharam tratamento próprio à criança e o adolescente, sendo dever da família, da sociedade e do Estado assegurar-lhes, com absoluta prioridade, os direitos especificamente enumerados na Constituição Federal.
O Novo Papel dos Integrantes das Entidades Familiares.
A instituição familiar, idealizada pelo legislador de 1916, cede lugar a seus integrantes, igualados em direitos e obrigações.
A comunidade familiar, haja ou não casamento, deixou de ser um ente abstrato, adquirindo concretude no afeto e na solidariedade que une seus membros.
O afeto => elemento identificador das entidades familiares levando ao surgimento da família eudemonista.
A preservação da liberdade de escolha e o direito de assumir os próprios desejos geraram a possibilidade de transitar de uma estrutura de vida para outra que pareça mais atrativa e gratificante.
A proteção assegurada histórica e unicamente ao casamento passou a ser concedida à família.
A Constituição Federal de 1988:
Além do casamento foram reconhecidas outras entidades familiares, ainda que elencadas somente a união estável entre um homem e uma mulher e a comunidade dos pais com seus descendentes. 
Segundo Paulo Luiz Lobo:
Norma de inclusão - o que não permite excluir qualquer entidade que preencha os requisitos da afetividade, estabilidade e ostensividade.
Uniões homoafetivas => vêm sendo reconhecidas pela jurisprudência como entidades familiares.
Não só a família, mas também a filiação foi alvo de profunda transformação. 
No confronto entre a verdade biológica e a realidade vivencial, a jurisprudência passou a atentar ao melhor interesse de quem era disputado por mais de uma pessoa.
O prestígio à afetividade fez surgir uma nova figura jurí​dica, a filiação socioafetiva, que acabou se sobrepondo à realidade biológica.
A moderna doutrina não mais define o vínculo de parentesco em função da identidade genética. A valiosa interação do direito com as ciências psicossociais ultrapassou os limites do direito normatizado e permitiu a investigação do justo buscando mais a realidade psíquica do que a verdade eleita pela lei.
A definição da paternidade está condicionada à identificação da posse do estado de filho, reconhecida como a relação afetiva, íntima e duradoura, em que uma criança é tratada como filho, por quem cumpre todos os deveres inerentes ao poder fami​liar: cria, ama, educa e protege.
Processo Grupal 
A nossa vida cotidiana é demarcada pela vida em grupo => As pessoas precisam combinar algumas regras para viverem juntas.
EX: Se estiver num ponto de ônibus às sete horas da manhã, eu preciso ter alguma certeza de que o transporte aguardado passará por ali mais ou menos neste horário. Alguém combinou isso com o motorista. Ao chegar à escola, encontro colegas que também têm aulas no mesmo horário.
A esse tipo de regularidade normalizada pela vida em grupo, chamamos de institucionalização.
 ↓
	Regularidade comportamental normatizada pela vida emgrupo.
O PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO
Berger e Luckmann => começa com o estabelecimento de regularidades comportamentais.
 As pessoas vão, aos poucos, descobrindo a forma mais rápida, simples e econômica de desem​penhar as tarefas do cotidiano. 
TAREFAS
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HÁBITOS => se estabelecem quando as tarefas repetem-se muitas vezes.
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TRADIÇÃO => se impõe porque é uma herança dos antepassados.
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	INSTITUCIONALIZAÇÃO => quando se passam muitas gerações e a regra estabelecida perde a referência de origem (o grupo de antepassados), dizemos, então, que essa regra social foi institucionalizada.
INSTITUIÇÕES, ORGANIZAÇÕES E GRUPOS.
Instituição => é um valor ou regra social reproduzida no cotidia​no como estatuto de verdade, que serve como guia básico de compor​tamento e de padrão ético para as pessoas, em geral. 
Se a instituição é o corpo de regras e valores, a base concreta da sociedade é a organização. 
Organizações => representam o aparato que reproduz o quadro de instituições no cotidiano da sociedade. 
Ex: um Ministério, como, por exemplo, o Ministério da Saúde; uma Igreja, como a Católica; uma grande em​presa, como a Volkswagen do Brasil. 
Portanto, a organização é o pólo prático das instituições.
O elemento que completa a dinâmica de construção social da realidade é o grupo — o lugar onde a instituição se realiza. 
Se a insti​tuição constitui o campo dos valores e das regras (portanto, um cam​po abstrato), e se a organização é a forma de materialização destas re​gras através da produção social, o grupo, por sua vez, realiza as regras e promove os valores.
 O grupo é o sujeito que reproduz e que, em ou​tras oportunidades, reformula tais regras. E também o sujeito respon​sável pela produção dentro das organizações e pela singularidade — ora controlado, submetido de forma acrítica a essas regras e valores, ora sujeito da transformação, da rebeldia, da produção do novo.
O que se entende por "grupo"?
Olmsted (1970, p. 12) => entende grupo como "uma pluralidade de indivíduos que estão em contato uns com os outros, que se consideram mutuamente e que estão conscientes de que têm algo significativamente importante em comum".
Pode-se definir o grupo como um todo dinâmico (o que significa dizer que ele é mais que a simples soma de seus membros), e que a mudança no estado de qualquer subparte modifica o estado do grupo como um todo. 
O grupo se caracteriza pela reunião de um número de pes​soas (que pode variar bastante) com um determinado objetivo, compartilhado por todos os seus membros, que podem desempe​nhar diferentes papéis para a execução desse objetivo.
A coesão é a forma encontrada pelos grupos para que seus membros sigam as regras estabelecidas. 
↓
Esta "certeza" da fide​lidade dos membros é o que chamamos de coesão grupal. 
 Tipos de grupo
O grupo primário se caracteriza pela presença de laços afetivos íntimos e pessoais entre seus membros, pela espontaneidade no com​portamento interpessoal, por possuir objetivos comuns (apesar de não necessariamente explícitos). A família é o exemplo de grupo primário por excelência. Nela, o objetivo comum em geral não está explicitado, e pode ser simplesmente a convivência. É o caso, também, da "turma" ou "gangue" juvenil, outro exemplo típico de grupo primário.
O grupo secundário, por sua vez, não se constitui num fim em si mesmo, mas num meio para que seus componentes atinjam fins exter​nos ao grupo. É o caso de um grupo de estudo, que se dissolverá quando tiver concluído sua tarefa. As relações interpessoais num grupo secun​dário costumam ser mais "frias", impessoais, racionais e formais.
Dentro dos grupos => existem o clima grupal e a influência das lideranças na produção da atmosfera dos grupos.
Kurt Lewin => argumentava que o clima democrático, autocrático ou o laissez-faire dependiam da vocação do grupo e do estabelecimento de lideranças que os viabilizassem. 
Autocrático => estabelece sozinho as normas do grupo.
Democrático => decide junto com o grupo as diretrizes, de modo que todos saibam antecipadamente o que vai acontecer.
Laissez-faire => não atua como coordenador, deixando completa liberdade de ação ao grupo.
O que se entende por liderança? 
Ação que auxilia o grupo a atingir seus objetivos dentro de uma determinada situação. 
PAPÉIS SOCIAIS
Posição
Entende-se por "posição" a localização de uma pessoa no grupo ou organização. Uma "localização" é definida pelos direitos e obrigações que regulam a interação do indivíduo que a ocupa com os demais, de outras posições.
No grupo familiar, por exemplo, costumeiramente há diferentes posições: a de pai, de mãe, de filho, e pode haver outras. 
Em nossa sociedade, a posição de pai implica determinadas obrigações para com os filhos, como a de garantir-lhes a alimentação, moradia, proteção, etc. Também implica certos direitos, como o de ser obedecido e respeitado. Por sua vez, a posição de filho confere o direito de ser protegico, alimentado, etc., e o dever de obedecer e respeitar.
Todos nós ocupamos, simultaneamente, muitas posições. Ao mes​mo tempo, uma mulher pode ser mãe, operária de uma fábrica, membro do Clube de Pais e Mestres da escola de seus filhos, etc.
Status
É um conceito tão vinculado ao de posição que alguns autores empregam os dois termos indiscriminadamente. Há, porém, diferenças que a maioria dos estudiosos coloca.
Status se refere, em geral, à importância relativa de diferentes posições e pessoas para o grupo ou organização. 
Esse valor diferenciado vai refletir-se também sobre os direitos e deveres. Assim, por exemplo, atribui-se, costumeiramente, maior status ao diretor de uma empresa do que ao chefe de departamento e entende-se que o diretor deverá conhecer mais a respeito do funcionamento global da empresa e que assumirá maior parcela de responsabilidades sobre ela. 
OBS: Apesar de "posição" e status serem conceitos bastante relacionados pode-se distingui-los lembrando que posição é a localização de um elemento do grupo em relação aos demais e que status se refere a importância de uma posição em relação às outras.
Conceito de papel social
Entende-se por papel o comportamento que se espera de quem ocupa uma dete minada posição com determinado status.
Assim, por exemplo, esperam-se certos comportamentos de um pai: que sustente os filhos, que proveja sua alimentação e educação, etc. O conjunto destes comportamentos constitui o papel de um pai na nossa sociedade. Em outra sociedade, com outra cultura, os comportamentos esperados podem ser muito diferentes.
Exclusão Social:
DEFINIÇÃO:
Pode designar desigualdade social, miséria, injustiça, exploração social e econômica, marginalização social.
 Exclusão é "estar fora", à margem, sem possibilidade de participação, seja na vida social como um todo, seja em algum de seus aspectos.
Exclusão social aplicável à realidade de uma sociedade capitalista => "excluídos são todos aqueles que são rejeitados de nossos mercados materiais ou simbólicos, de nossos valores" (Martine Xiberas).
Excluídos no nível de grupos sociais:
minorias étnicas (indígenas, negros);
minorias religiosas;
minorias culturais.
Excluídos de gênero: mulheres e crianças.
Excluídos em termos de opção sexual: homossexuais e bissexuais.
Excluídos por idade: crianças e idosos.
Excluídos por aparência física: obesos, deficientes físicos, pessoas calvas, pessoas mulatas ou pardas, portadores de deformidades físicas, pessoas mutiladas.
Excluídos do universo do trabalho: desempregados e subempregados, pessoas pobres em geral.
Excluídos do universo sócio-cultural: pessoas pobres em geral, habitantes de periferia dos grandes centros urbanos.
Excluídos do universo da educação: os pobres em geral, os sem escola, as vítimas da repetência, da desistência escolar, da falta de escola junto a seus lares; deficientes físicos,sensoriais e mentais. 
Excluídos do universo da saúde: pobres em geral, doentes crônicos e deficientes físicos, sensoriais e mentais.
Excluídos do universo social como um todo: os portadores de deficiências físicas, sensoriais e mentais, os pobres, os desempregados.
Outros conceitos de exclusão social:
"...uma impossibilidade de poder partilhar, o que leva à vivência da privação, da recusa, do abandono e da expulsão, inclusive, com violência, de um conjunto significativo da população - por isso, uma exclusão social e não pessoal. Esta situação de privação coletiva é que se está entendo por exclusão social. Ela inclui pobreza, discriminação, subalternidade, não equidade, não acessibilidade, não representação pública..." (Aldaísa Sposatti, 1996 - Assistente Social, atual Secretária de Bem Estar Social da Prefeitura de São Paulo).
"...um processo (apartação social) pelo qual denomina-se o outro como um ser "à parte", ou seja, o fenômeno de separar o outro, não apenas como um desigual, mas como um "não-semelhante", um ser expulso não somente dos meios de consumo, dos bens, serviços, etc., mas do gênero humano. É uma forma contundente de intolerância social..." (Cristóvão Buarque, professor, ex-reitor da Universidade de Brasília, ex-governador do Distrito Federal e atual Ministro da Educação).
Segundo Buarque, a exclusão social passa a ser vista como um processo presente, visível e que ameaça confinar grande parte da população num apartheid informal, expressão que dá lugar ao termo “apartação social”. Para ele, fica evidente a divisão entre o pobre e rico, em que o pobre é miserável e ousado enquanto o outro se caracteriza como rico, minoritário e temeroso. 
"... a desafiliação (exclusão) ... representa uma ruptura de pertencimento, de vínculos societais... /... o desafiliado (excluído) é aquele cuja trajetória é feita de uma série de rupturas com relação a estados de equilíbrio anteriores, mais ou menos estáveis, ou instáveis..." (Robert Castel).
“...a desqualificação: processo relacionado a fracassos e sucessos da integração.../...a desqualificação social aparece como o jnverso da integração social. Õ Estado é então convocado a criar políticas indispensáveis à regulação do vínculo social, como garantia da coesão social (Paugam, 1991, 1993).
“...a desinserção trabalhada por Gaujelac e Leonetti (1994) como algo que questiona a própria existência das pessoas enquanto indivíduos sociais, como um processo que é o inverso da integração.../..."é o sistema de valores de uma sociedade que define os "fora de norma " como não tendo valor ou utilidade social", o que conduz a tomar a desinserção como fenômeno identitário na "articulação de elementos objetivos e elementos subjetivos ".
Preconceito, estereótipos e discriminação: 
ESTEREÓTIPOS: A BASE COGNITIVA DO PRECONCEITO
Na base do preconceito estão as crenças sobre características pessoais que atribuímos a indivíduos ou grupos, chamadas de estereótipos.
O estereótipo, em si, é frequentemente apenas um meio de simplificar e "agilizar" nossa visão do mundo.
Gordon Allport referia-se ao ato de estereotipar como fruto da "lei do menor esforço".
Nossos limitados recursos cognitivos, diante de um mundo cada vez mais complexo, é que nos fazem optar por estes atalhos, que se às vezes nos poupam, cortando significativamente o caminho, em outras, nos conduzem aos indesejáveis becos do preconceito e da discriminação.
ROTULAÇÃO
A rotulação seria um caso especial do ato de estereotipar. Em nossas relações interpessoais, facilitamos nosso relacionamento com os outros se atribuirmos a eles determinados rótulos capazes de fazer com que certos comportamentos possam ser antecipados.
Exemplo: quando um gerente rotula um empregado de "preguiçoso", ele "prevê" determinados comportamentos que este empregado deverá exibir frente a certas tarefas.
Profecia auto-realizadora => induzir o rotulado a se comportar da maneira que esperamos.
Ideologia inconsciente => conjunto de crenças que aceitamos implícita e não conscientemente. Um exemplo disto pode ser visto nas relações de género.
ESTEREÓTIPOS E GÊNERO
Papeis pré-determinados para homens e mulheres.
Exs: o estereótipo ligando os homens às funções de "herói" e as mulheres às de "mães" está profundamente entranhado na cultura.
A norma genérica dominante ainda exige dos homens que sejam machistas, narcisistas, onipotentes, impenetráveis e ousados. Qualquer desvio em relação a esta norma pode significar fracasso, debilidade ou sinal de homossexualismo.
ESTEREÓTIPOS E ATRIBUIÇÃO
O preconceito pode apresentar-se também via atribuição de causalidade.
A ação de uma pessoa => deduções acerca dos motivos que possam ter causado aquele comportamento. E o preconceito frequentemente contamina nossas percepções.
Ex: um padre saindo de um prostíbulo.
PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO
Se o estereótipo é a sua base cognitiva, os sentimentos negativos em relação a um grupo constituiriam o componente afetivo do preconceito, e as ações, o componente comportamental.
O preconceito é uma atitude: uma pessoa preconceituosa pode desgostar de pessoas de certos grupos e comportar-se de maneira ofensiva para com eles, baseada em uma crença segundo a qual possuem características negativas.
Uma atitude é composta: - de sentimentos (componente afetivo),
- predisposições para agir (componente comportamental) e
- de crenças (componente cognitivo).
O preconceito poderia ser definido como uma atitude hostil ou negativa com relação a um determinado grupo, não levando necessariamente, pois, a atos hostis ou comportamentos persecutórios.
Discriminação=> refere-se à esfera do comportamento (expressões verbais hostis, condutas agressivas, etc.).
Sentimentos hostis + a crenças estereotipadas =>deságuam numa atuação que pode variar de um tratamento diferenciado a expressões verbais de desprezo e a atos manifestos de agressividade. 
 
O PAPEL DO BODE EXPIATÓRIO
Procuramos transferir nossos sentimentos de raiva ou de inadequação, colocando a culpa de um fracasso pessoal em algo externo ou sobre os ombros de uma outra pessoa.
Comportamento anti-social e violência.
Violência é um comportamento que causa dano a outra pessoa, ser vivo ou objeto. 
Tipologia
Embora a forma mais evidente de violência seja a física, existem diversas formas de violência, caracterizadas particularmente pela variação de intensidade, instantaneidade e perenidade.
Violência física => Ocorre quando uma pessoa, que está em relação de poder em relação à outra, causa ou tenta causar dano não acidental, por meio do uso da força física ou de algum tipo de arma que pode provocar ou não lesões externas, internas ou ambas. Segundo concepções mais recentes, o castigo repetido, não severo, também se considera violência física.
Violência sexual =>É toda a ação na qual uma pessoa em relação de poder e por meio de força física, coerção ou intimidação psicológica, obriga uma outra ao ato sexual contra a sua vontade, ou que a exponha em interações sexuais que propiciem sua vitimização, da qual o agressor tenta obter gratificação. 
Estupro =>O estupro é todo ato de penetração oral, anal ou vaginal, utilizando o pênis ou objetos e cometido à força ou sob ameaça, submetendo a vítima ao uso de drogas ou ainda quando esta for incapaz de ter julgamento adequado. A definição do Código Penal, de 1940, delimita os casos de estupro à penetração vaginal, e mediante violência. Esta definição é considerada restrita e atualmente encontra-se em revisão. A nova redação propõe definição mais ampla, que acompanha as normas médicas e jurídicas preponderantes em outros países.
Sexo forçado no casamento =>É a imposição de manter relações sexuais no casamento. Devido a normas e costumes predominantes, a mulher é constrangida a manter relações sexuais como parte de suas obrigações de esposa.
Assédio sexual =>O assédiosexual pode ser definido por atitudes de conotação sexual em que haja constrangimento de uma das partes, através do uso do poder de um(a) superior na hierarquia, reduzindo a capacidade de resistência do outro.
Abuso sexual na infância ou na adolescência
Define-se como a participação de uma criança ou de um adolescente em atividades sexuais que são inapropriadas à sua idade e seu desenvolvimento psicossexual. A vítima é forçada fisicamente, coagida ou seduzida a participar da relação sem ter necessariamente a capacidade emocional ou cognitiva para consentir ou julgar o que está acontecendo (Gauderer e Morgado, 1992).
Abuso incestuoso => Consiste no abuso sexual envolvendo pais ou outro parente próximo, os quais se encontram em uma posição de maior poder em relação à vítima. 
Violência psicológica =>É toda ação ou omissão que causa ou visa a causar dano à auto-estima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. 
Violência econômica ou financeira =>São todos os atos destrutivos ou omissões do(a) agressor(a) que afetam a saúde emoci​onal e a sobrevivência dos membros da família. 
Violência institucional =>Violência institucional é aquela exercida nos/pelos próprios serviços públicos, por ação ou omissão. Pode incluir desde a dimensão mais ampla da falta de acesso à má qualidade dos serviços. Abrange abusos cometidos em virtude das relações de poder desiguais entre usuários e profissionais dentro das instituições, até por uma noção mais restrita de dano físico intencional.
COMPORTAMENTO ANTI-SOCIAL
O comportamento antissocial é caracterizado pelo desprezo ou transgressão das normas da sociedade, em alguns casos com comportamento ilegal.
Indivíduos antissociais frequentemente ignoram a possibilidade de estar afetando negativamente outras pessoas, por falta de empatia com o sofrimento de outrem - por exemplo, produzindo ruído excessivo em um horário inapropriado ou fazendo abertamente comentários ou julgamentos negativos.
O termo antissocial também é aplicado erroneamente a pessoas com aversão ao convívio social, introvertidas, tímidas ou reservadas.
Clinicamente, antissocial aplica-se a atitudes contrárias e prejudiciais à sociedade (sociopatia/psicopatia), não a inibições ou preferências pessoais.
O comportamento antissocial pode ser sintoma de uma psicopatologia em psiquiatria: o transtorno de personalidade antissocial.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL.
A psicopatia (ou sociopatia) é um distúrbio mental grave caracterizado por um desvio de caráter, ausência de sentimentos genuínos, frieza, insensibilidade aos sentimentos alheios, manipulação, egocentrismo, falta de remorso e culpa para atos cruéis e inflexibilidade com castigos e punições (disciplina paterna inconsistente). 
Embora popularmente a psicopatia seja conhecida como tal, ou como "sociopatia", cientificamente, a doença é denominada como sinônimo do diagnóstico do transtorno de personalidade antissocial.
A psicopatia parece estar relacionada a algumas importantes disfunções cerebrais, sendo importante considerar que um só único fator não é totalmente esclarecedor para causar o distúrbio; parece haver uma junção de componentes. Embora alguns indivíduos com psicopatia mais branda não tenham tido um histórico traumático, o transtorno - principalmente nos casos mais graves, tais como sádicos e serial killers - parece estar associado à mistura de três principais fatores:
disfunções cerebrais/biológicas ou traumas neurológicos,
predisposição genética 
e traumas sociopsicológicos na infância (ex, abuso emocional, sexual, físico, negligência, violência, conflitos e separação dos pais etc.). 
Todo indivíduo antissocial possui, no mínimo, um desses componentes no histórico de sua vida, especialmente a influência genética, entretanto, nem toda pessoa que sofreu algum tipo de abuso ou perda na infância irá tornar-se uma psicopata sem ter uma certa influência genética ou distúrbio cerebral; assim como é inadimissível afirmar que todo psicopata já nasce com essas características. Portanto, a junção dos três fatores torna-se essencial; há de se considerar desde a genética, traumas psicológicos e disfunções no cérebro (especialmente no lobo frontal e sistema límbico).
Código Penal
Do ponto de vista penal existe o dilema, amplamente discutido, sobre se uma personalidade doente é imputável, especialmente se é de origem psicótica. Mesmo que se trate de uma personalidade doente (exemplos: pessoas sádicas, violadoras, etc.) há tendência para sustentar que há uma punição correspondente, dado que, mesmo doente, a pessoa mantém consciência dos seus atos e pode evitar cometê-los.
O direito penal usa como formas de classificar a capacidade mental do agente: entendimento por parte do agente se o ato que ele cometeu é ilegal e se mesmo sabendo que é ilegal, consegue se autodeterminar, ou seja, consegue não cometer o ato.
Os psicopatas, no entanto, muitas vezes conseguem entender que seus atos são errados, porém não conseguem se autodeterminar com relação ao seu entendimento, ocasionando com isso os crimes bárbaros, podendo os psicopatas tornarem-se assassinos em série.
 Início da relação entre a Psicologia e o Direito.
Psicologia do Testemunho: avaliação da veracidade de relatos de acusados e de testemunhas, fundamentando-se em estudos experimentais sobre memória e percepção.
 A “Psicologia do Testemunho” historicamente a primeira grande articulação entre Psicologia e Direito.
Metodologia: uso de instrumentos de medida considerados objetivos, que possibilitavam comprovações matemáticas. Utilizavam-se, sobretudo, testes psicológicos.
Final do século XIX => a Psicologia privilegiava o método científico empregado pelas Ciências Naturais (Biologia possibilidade de explicação dos comportamentos humanos), dando ênfase a uma prática profissional voltada, quase que unicamente, à perícia, ao exame criminológico e aos laudos psicológicos baseados no psicodiagnóstico. (Altoé, 2001).
Psicologia Jurídica no Brasil: 1945 - Manual de Psicologia Jurídica, de Mira y Lopez: psicologia como ferramenta para avaliação e diagnóstico de criminosos e infratores.
 Contribuições da Psicologia:
• detectar a mentira;
• descobrir causas subjetivas para desvio de normas sociais;
• indicar técnicas para alteração do comportamento anormal;
• classificar as pessoas (conforme hereditariedade, caráter, constituição física e psíquica);
• avaliar condições de discernimento ou sanidade mental das partes;
• determinar a periculosidade dos indivíduos.
Perícia: avaliação de condições psicológicas com a finalidade de responder a quesitos formulados por operadores do Direito -> atividade avaliativa e de subsídio às decisões judiciais.
O trabalho do psicólogo => Pode auxiliar e nortear a atuação de advogados, promotores, juízes reconhecendo a necessidade de uma ação em conjunto com os demais profissionais na construção de um saber que auxilie a expressão da Justiça, permitindo ao juiz aplicar a Lei, dentro dos fins sociais, visando a uma relação democrática, justa e igualitária (Verani, 1994.) ou prejudicar e alongar o processo por vários anos, sem diminuir o conflito e a dor dos envolvidos, através da restrição de seu exercício profissional à elaboração de laudos ou pareceres psicológicos, por vezes conclusivos, fechados e, portanto, iatrogênicos (alteração patológica provocada no paciente por tratamento errôneo ou inadequado), como antes. 
Lei Jurídica X Lei Simbólica.
Psicanálise e Direito 
LIVRO: Direito de Família e Psicanálise. Rumo a uma Nova Epistemologia
GROENINGA, G. e PEREIRA, R.C. Direito de Família e Psicanálise — Rumo a uma nova epistemologia. RJ: Imago, 2003.
• SUJEITO DO DIREITO/ SUJEITO DO DESEJO E A LEI
 A primeira lei é uma lei de Direito de Família: a lei do pai e o fundamento da lei (Rodrigo da Cunha Pereira)
Kelsen (Teoria Geral das Normas) e Freud (Totem e Tabu)
A ideia de Lei
A partir do momento em que o homem passou a "viver-con" (conviver),ele começou a estabelecer leis para normalizar esse convívio.
Kelsen => norma é um comando de conduta, o dever-ser de conduta. A norma legislada formalmente pelo Estado é a emanação de um poder, autorizado por uma norma anterior que é a lei básica de um Estado: a Constituição. Esta por sua vez, é baseada em uma constituição anterior e assim sucessivamente até que se chegue à primeira assembleia, que talvez tenha originado a primeira constituição. Chegaremos aí a uma norma fundante do sistema jurídico, que é a norma fundamental.
Esta norma fictícia, a que se refere Kelsen, autorizadora de todo o sistema jurídico e na verdade de todas as leis jurídicas e morais, é a norma fundante, pressuposto de validade de todas as normas.
Freud em seu texto Totem e Tabu => nos remete também às primeiras leis do homem. Descreve o "tabu" como o código de leis não escrito mais antigo do mundo, anterior a qualquer espécie de religião. Nesse trabalho, Freud nos remete a um lugar de surgimento da lei, que é anterior ao culto das religiões e das prescrições das religiões mais primitivas. 
De onde vem essa norma? 
Essa norma não pode ser posta em questão e isso parece significar que é porque ela é fundada pelo inconsciente.
Essa lei inconsciente é dada pelo que Freud chamou de lei do incesto, ou depois Lévi-Strauss ou Lacan, como a Lei do Pai, que é exatamente a Lei (inconsciente) que possibilita a passagem da natureza para a cultura, (p. 24).
Essa obra veio demonstrar que o incesto é a base de todas as proibições. É então a primeira lei. A lei fundante e estruturante do sujeito, consequentemente da sociedade e obviamente do ordenamento jurídico. " [...] podemos dizer que é exatamente porque o homem é marcado pela Lei do Pai que se torna possível e necessário fazer as leis da sociedade onde ele vive, estabelecendo um ordenamento jurídico" (p. 27).
Lei do incesto => fundamento da cultura, da linguagem, das relações entre os homens.
Ao abordar a norma fundamental, e no regressus infínitum a norma fictícia, não estaria Kelsen falando da mesma norma fundamental, a lei do simbólico de Freud e Lévi-Strauss?
"Os conceitos interdisciplinares de direito e psicanálise, a partir de Freud e Kelsen, nos autorizam a dizer que a primeira lei, a lei fundante, fundamentadora e organizadora da cultura, uma lei de Direito de Família. [...] é a Lei do Pai, que é a base de sustentação e a partir da qual se torna possível o ordenamento jurídico sobre a família (p. 29).
Exemplo: A exogamia é a expressão do tabu do incesto => no nosso ordenamento, a tradução na lei do interdito básico encontra-se nos impedimentos para o casamento art. 1521 do Código Civil de 2002.
As principais áreas de atuação da Psicologia no Brasil no campo Jurídico.
a. Psicologia Penitenciária ou Carcerária: avaliação psicológica do recluso; estudos e pesquisas sobre os processos de ressocialização; intervenções junto ao recluso e ao egresso no que pese os objetivos de ressocialização e ''desinstitucionalização" em relação ao sistema penitenciário; trabalho com os agentes de segurança (p. ex. estresse, violência etc.), estudos sobre penas alternativas (p.ex., prestação de serviço à comunidade etc.); trabalho junto aos parentes dos reclusos (aconselhamento).
b. Justiça da Infância e da Juventude: avaliação psicológica nos casos de violência contra criança e adolescente; trabalhos com os Conselhos Tutelares (p.ex., treinamento de conselheiros); adoção, estágio de convivência; intervenção junto a crianças abrigadas e seus pais; estudos, pesquisas e intervenções junto a adolescentes com práticas infratoras, medidas sócio-educativas, prevenção.
O Estatuto da Criança e Adolescente descreve:
Art. 150. Cabe ao Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta orçamentaria, prever recursos para manutenção de equipe interprofissional, destinada a assessorar a Justiça da Infância e da juventude.
Art. 151. Compete à equipe interprofissional, dentre outras atribuições que lhe forem reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito, mediante laudos, ou verbalmente, na audiência, e bem assim desenvolver trabalhos de aconselhamento, orientação, encaminhamento, prevenção e outros, tudo sob a imediata subordinação à autoridade judiciária, assegurada a livre manifestação do ponto de vista técnico.
c. Direito de Família: intervenção em casos de separação, divórcio, pensão alimentícia, destituição do pátrio poder; avaliação psicológica das partes; assessoria em relação aos tipos de guarda (alternada ou compartilhada) não obstante os interesses dos filhos, acompanhamento de visitas.
d. Direito Civil: avaliação psicológica em casos de interdições; em casos de indenizações por dano psicológico (ou, psíquico) em diversas circunstâncias (p.ex., em acidentes).
e. Direito do Trabalho: avaliação psicológica em questões trabalhistas, como acidentes de trabalho, indenizações; avaliação do dano psicológico em perícias acidentarias;
f. Mediação: o psicólogo pode atuar de duas maneiras: como mediador ou dando um suporte psicológico antes, durante e depois das sessões de mediação (p.ex., em questões de família, de trabalho etc.);
g. Direito Penal: avaliações psicológicas no que pese a sanidade mental das partes; violência doméstica contra a mulher, intervenções junto às famílias vitimizadas;
h. Pessoal do Judiciário (Magistrado, Serveatuários): aconselhamento psicológico; estudos e pesquisas sobre o perfil profissiográfico (podendo colaborar nos processos de recrutamento, seleção e treinamento desse pessoal).
Em suma, as principais atividades exercidas pelos psicólogos jurídicos que atuam nas instituições governamentais ou não governamentais de âmbito do Direito referem-se às atuações junto às varas cíveis, criminais, da família, da criança, do adolescente e o exercício profissional nas penitenciárias.
Uma das atividades dos psicólogos diz respeito à participação nos processos de adoção junto aos Juizados da Infância e adolescência.
No bojo do processo de adoção, cabe ao psicólogo:
“ ... auxiliar os candidatos a compreender melhor a criança adotada, responder adequadamente às suas necessidades e sentimentos e, ao mesmo tempo, verificar se isso é mesmo o que pensam sobre uma adoção, confrontando as suas próprias motivações e habilidades (maternidade e paternidade) com as demandas da realidade que se apresenta” (Weber, In: Gonçalves,H ; Brandão,E. “ Psicologia Jurídica no Brasil” Rio de Janeiro: Nau, 2004. p. 134).
Assim, a função do psicólogo nos processos de adoção é garantir o melhor interesse da criança, e é, propiciar reflexão acerca dos atravessamentos da adoção.
DEFINIÇÃO DE ADOÇÃO
Existem várias definições de adoção, porém nos deteremos na definição de Robert (1989:25), para quem a adoção é “a criação jurídica de um laço de filiação entre duas pessoas”. 
No passado, a adoção tinha somente o objetivo de ser um instrumento para suprir as necessidades de casais inférteis e não como um meio que pudesse dar uma família para crianças abandonadas. Esta modalidade de adoção é conhecida como “adoção clássica”, e ainda hoje, no Brasil, este tipo de adoção predomina em detrimento da chamada “adoção moderna” cujo objetivo é garantir o direito de toda criança de crescer e ser educada em uma família. 
O ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) passa a promover a adoção como primordialmente um ato de amor e não simplesmente uma questão de interesse do adotante. A questão da adoção do ECA derivou do art. 227 da Constituição Federal, conhecida como a nossa “Constituição Cidadã”. A importância do ECA para o reconhecimento dos direitos da criança no Brasil é fundamental e, em especial, no que diz respeito à adoção, pois passa a estabelecer como Lei a igualdade de tratamento entre filhos genéticos e adotivos. 
No Brasil, também é bastante conhecido o sistema de “adoção” que foge do processo legal, a chamada “adoção à brasileira”, que ocorre quando uma pessoaregistra como seu filho legítimo uma criança nascida de outra mulher. Esta prática de registro falso em cartório apresenta sanções civis (anulação de registro – que cancela todo ato simulado; perda da criança – mesmo tendo em vista o fim nobre, o ato se revestiu e ilicitude - Art. 242 CP) para este tipo de adoção.
ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI (arts. 112 c/c 101).
Segundo o Estatuto, o adolescente que comete ato infracional só pode ser apreendido em duas hipóteses: em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada do Juiz da Infância e Juventude.
Dessa maneira, mesmo na verificação do ato infracional o adolescente apreendido, destinatário de medidas sócio-educativas (art. 112), também pode (e deve) ser alvo de medidas protetivas (art. 101), que pugnem por sua efetiva ressocialização e pela garantia de todos os direitos e responsabilidades dispostos nas leis tutelar (ECA) e constitucional (Constituição Federal de 1988).
Com base na Doutrina de Proteção Integral não há mais possibilidade de falar-se em punição e sim em educação. Como um dos promotores deste processo educativo, o psicólogo deve empreender uma intervenção que tenha alcance maior que a elaboração de um laudo técnico. Deve caminhar para um encontro verdadeiro, um contato mais humano, com envolvimento e compromisso, de modo a facilitar o crescimento pessoal e social daquele ser humano em desenvolvimento e, portanto, com todas as suas potencialidades em expansão. A tarefa que se coloca, então, para a equipe interprofissional é, além de contextualizar o adolescente, dar inicio ao processo educativo, que terá segmento na execução administrativa da medida.
Contextualizar o adolescente significa atender às demandas dele enquanto pessoa que quer e precisa ser ouvida e permite investigar as mudanças de que foi capaz de empreender em suas relações pessoais, com a família, os amigos e a escola, após o cometimento do ato infracional, ou seja, inicia-se o processo de promoção pessoal. Permite, ainda, conhecer suas relações com as figuras parentais e demais integrantes do núcleo familiar, e sua capacidade de estabelecer e manter vínculos afetivos, isto é, inicia-se sua promoção social.
Embora o Direito garanta ao adolescente em conflito com a lei proteção e ressocialização é freqüente a noticia de violência contra adolescentes que são submetidos à medida de internação (a internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento).
Processo de avaliação psicológica no Judiciário1.
A avaliação psicológica é entendida como o processo técnico-científíco de coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos, que são resultantes da relação do indivíduo com a sociedade, utilizando-se, para tanto, de estratégias psicológicas - métodos, técnicas e instrumentos. Os resultados das avaliações devem considerar e analisar os condicionantes históricos e sociais e seus efeitos no psiquismo, com a finalidade de servirem como instrumentos para atuar não somente sobre o indivíduo, mas na modificação desses condicionantes que operam desde a formulação da demanda até a conclusão do processo de avaliação psicológica. 
O psicólogo, na elaboração de seus documentos, deverá adotar como princípios norteadores as técnicas da linguagem escrita e os princípios éticos, técnicos e científicos da profissão. O processo de avaliação psicológica deve considerar que os objetos deste procedimento (as questões de ordem psicológica) têm determinações históricas, sociais, econômicas e políticas, sendo as mesmas elementos constitutivos no processo de subjetivação. O documento, portanto, deve considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada do seu objeto de estudo. Os psicólogos, ao produzirem documentos escritos, devem se basear exclusivamente nos instrumentais técnicos (entrevistas, testes, observações, dinâmicas de grupo, escuta, intervenções verbais) que se configuram como métodos e técnicas psicológicas para a coleta de dados, estudos e interpretações de informações a respeito da pessoa ou grupo atendidos.
A linguagem nos documentos deve ser precisa, clara, inteligível e concisa, ou seja, deve-se restringir pontualmente às informações que se fizerem necessárias, recusando qualquer tipo de consideração que não tenha relação com a finalidade do documento específico.
l . Modalidades de documentos
a) Relatório psicológico (ou, Laudo psicológico)
O relatório ou laudo psicológico é uma apresentação descritiva acerca de situações e/ou condições psicológicas e suas determinações históricas, sociais, políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica. Como todo documento, deve ser subsidiado em dados colhidos e analisados, à luz de um instrumental técnico (entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos, observação, exame psíquico, intervenção verbal), consubstanciado em referencial técnico-filosófico e científico adotado pelo psicólogo.
b) Parecer psicológico
Parecer é um documento fundamentado e resumido sobre uma questão focal do campo psicológico cujo resultado pode ser indicativo ou conclusivo. 
O parecer tem como finalidade apresentar resposta ,esclarecedora no campo do conhecimento psicológico, através de uma avaliação especializada, de urna "questão-problema", visando a dirimir dúvidas que estão interferindo na decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma consulta, que exige de quem responde competência no assunto.
O psicólogo parecerista deve fazer a análise do problema apresentado, destacando os aspectos relevantes e opinar a respeito, considerando os quesitos apontados e com fundamento em referencial teórico-científico.
c) A perícia psicológica
O exame pericial psicológico é uma espécie de avaliação psicológica "com a finalidade de elucidar fatos do interesse de autoridade judiciária, policial, administrativa ou, eventualmente, particular. Constitui-se, pois, em meio de prova, devendo o examinador proceder com permanente cautela devido a essa singularíssima condição." (TABORDA, 2004, p.43)
"Conceitua-se perícia, pois, como o conjunto de procedimentos técnicos que tenha como finalidade o esclarecimento de um fato de interesse da Justiça; e, perito, o técnico incumbido pela autoridade de esclarecer fato da causa, auxiliando, assim, na formação de convencimento do juiz.
Do exposto, depreendem-se as seguintes observações: a perícia é um meio de prova, e o perito um auxiliar do juízo. Como meio de prova, devera ser objeto de intenso escrutínio pelas partes, necessitando apresentar uma clara descrição dos principais achados, a discussão destes e o porquê das conclusões." (p.43) 
Por exemplo: "a maneira como foi praticado o crime precisa ser bem similar à maneira de ser do autor e às fantasias que tinha para com a vítima." (CAÍRES, 200Í)
d) A avaliação psicológica no judiciário
"Ao psicólogo perito cabe fornecer um laudo psicológico com informações pertinentes ao processo judicial e à problemática diagnosticada, visando auxiliar o magistrado na formação de seu convencimento sobre a decisão judicial a ser tomada, como forma de realização do direito objetivo das partes em oposição. [...]
Para tanto, o psicólogo estabelece um planejamento da avaliação dos aspectos psicológicos implicados no caso atendido, com base no estudo dos autos, isto é, de todos os documentos e provas que compõem o processo judicial. Os instrumentos utilizados para fins de diagnósticos são escolhidos com base no conhecimento técnico sobre técnicas de exame psicológico, na formação teórica, nas condições institucionais para a realização do trabalho e na situação emocional dos implicados no processo judicial. Considera-se a especificidade da situação judicial, em que as pessoas não escolheram a intervenção do psicólogo e estão numa posição defensiva, procurando prevalecer seusinteresses sobre terceiros, com quem, em geral, mantém vínculos afetivos conflituosos. [...] 
Na atuação judiciária, a adequação dos instrumentos está relacionada à natureza do processo judicial (verificatório, contencioso), da natureza e gravidade das questões tratados no processo (criança e adolescentes em situação de risco), do tempo institucional (urgência, data de audiência já fixada, número de casos agendados) e da livre escolha do profissional, conforme seu referencial técnico, filosófico e científico. [...]
Os laudos devem, portanto, ser indicativos das políticas de atendimento necessárias à garantia de direitos das pessoas atendidas e esmiuçar as possibilidades de mudança da situação-problema, considerando a rede de relações dos implicados e dos recursos sociais de sua realidade. Os cuidados para com a linguagem e a precisão no uso de termos e conceitos psicológicos são imprescindíveis para uma comunicação clara, consistente e concisa nos laudos psicológicos." (BERNARDES In: CRUZ, MACIEL, RAM�IREZ, 2005, p.71-80)
Behavorismo (John B. Watson)
(teoria comportamental, análise experimental do comportamento, analise do comportamento)
- Dedica-se ao estudo das interações entre o individuo e o ambiente, entre as ações do individuo (suas respostas e o ambiente (as estimulações);
-Comportamento operante (Skinner): Refere-se à interação sujeito-ambiente. Nessa interação, chama-se de relação fundamental à relação do individuo ( a emissão da resposta) a as consequências.
Poder Disciplinar (Michel Foucault)
É o diagrama de um poder que não atua no exterior, mas trabalha o corpodos homens, manipula seus elementos, produz seu comportamento, enfim, fabrica o tipo de homem necessário ao funcionamento e manutenção da sociedade industrial capitalista.
Foucalt, desenvolveu métodos arqueológicos e genealógicos que enfatizavam os jogos de poder na evolução do discurso na sociedade, também tornou-se ativo em alguns de grupos de esquerda envolvidos em campanhas anti-racistas, contra violações ao direitos humanos pela luta por uma reforma penal.
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DIREITO-UNINASSAU-RECIFE
2014

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