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Toda situação de trabalho apresenta 
riscos. Entre as medidas preventivas que 
se pode adotar, uma delas é um bom 
projeto de sinalização de segurança. É 
fundamental conhecer e aplicar as nor-
mas nacionais relativas à sinalização de 
segurança no trabalho, como a NBR de 
Sinalização contra incêndio e pânico, a NR 
26, e as NBRs relativas às cores em sina-
lização, mas de maneira complementar, 
também se deve dar atenção às situações 
de riscos típicos do trabalho em toda sua 
amplitude.
Com o apoio dos Departamentos 
Nacionais do SENAI e do SESI, o Centro 
de Formação Profissional Sérgio de Freitas 
Pacheco (CECOTEG/SENAI MG), em parce-
ria com o Centro de Referência em Saúde 
Ocupacional (SESI MG), a ABIGRAF-MG 
e a empresa Primacor Gráfica e Editora, 
desenvolveram um projeto de pesquisa 
com o objetivo de sistematizar o conheci-
mento existente em publicações e em nor-
mas técnicas internacionais, a respeito da 
sinalização de segurança no trabalho. Este 
conhecimento foi confrontado com a rea-
lidade das indústrias gráficas nacionais, 
por meio de pesquisas presenciais e onli-
ne. Como resultado deste importante pro-
jeto, produziu-se o Guia de Sinalização de 
Segurança no Trabalho Industrial Gráfico, 
que deverá ser distribuído para Unidades 
do SESI e do SENAI pelo país.
Neste artigo, vamos apresentar alguns 
dos pontos importantes para a elabo-
ração de um sistema de sinalização de 
segurança no trabalho na indústria grá-
fica. Para saber mais, ou para se capa-
citar para a elaboração deste tipo de 
projeto, procure pelo CFP Sergio de Freitas 
Pacheco (CECOTEG/SENAI-MG).
Compreender a empresa
Compreender a empresa como um 
todo é um pré-requisito para um bom 
projeto de sinalização de seguran-
ça. Conhecer os fatores que levam ao 
aumento da rotatividade de funcionários, 
como a sazonalidade de aumento de 
produção, identificar os processos pro-
dutivos da empresa, áreas de circulação 
de empilhadeiras, compreender outras 
ações realizadas em saúde e segurança 
no trabalho já realizadas, o histórico de 
acidentes de trabalho, e mesmo caracte-
rísticas da população trabalhadora, fazem 
parte de um esforço que permite visualizar 
a empresa como um todo e identificar situ-
ações de risco frequentes na organização, 
que devem ser sinalizados. 
Um dos desafios que faz parte do 
projeto de um sistema de sinalização 
de segurança no trabalho, certamente é 
identificar o que se deve sinalizar. A sina-
lização deve ser suficiente para cobrir os 
riscos de cada posto de trabalho e setor, 
mas, ao mesmo tempo, deve ser discreta, 
ou seja, não deve ser excessiva, para 
que não venha a ser um transtorno no 
ambiente de trabalho. Assim, postos de 
trabalho que apresentem alta rotatividade 
de operadores devem sempre ser bem 
sinalizados.
Cada situação de trabalho é única
Existem situações de risco comuns a 
vários postos de trabalho e indústrias. 
Entretanto, há também situações bastante 
específicas. Uma das informações que se 
obteve durante as pesquisas de campo 
é a de que empresas pequenas, médias 
ou grandes, mantêm maquinário antigo 
em seus parques produtivos. Por outro 
lado, é preciso averiguar se mesmo os 
equipamentos novos têm dispositivos de 
segurança em funcionamento e ativados. 
Características de cada um dos postos 
de trabalho servem para identificar as 
situações de risco às quais cada um dos 
trabalhadores está exposto.
Também é importante identificar os 
riscos que são recorrentes em cada parte 
da empresa ou setor. Algumas peças de 
sinalização podem ser orientadas a mais 
de um posto de trabalho, ou mesmo a 
setores inteiros, enquanto outras podem 
ser direcionadas para operadores de pos-
tos específicos, para que assim a mensa-
gem alcance diretamente o trabalhador 
exposto àquela situação de risco.
Relacionar aspectos da empresa como 
um todo, com as situações específicas de 
cada posto de trabalho, é um esforço que 
permite a compreensão dos aspectos que 
determinam a atividade, da atividade real, 
e de como eles se relacionam. Assim, 
estes assuntos devem ser objeto de aten-
ção do profissional responsável pela ela-
boração do sistema de sinalização da 
empresa antes da realização do projeto.
Conhecer os riscos
Uma vez identificados os riscos que 
cada situação de trabalho apresenta, 
é preciso identificar quais são as situa-
ções que apresentam risco de ferimentos 
menores, risco de ferimentos graves ou 
morte e as situações que oferecem risco 
estritamente não-pessoal, ou seja, apre-
sentam risco apenas a equipamentos ou 
a materiais envolvidos na produção.
Outra dimensão importante para clas-
sificar os riscos é a probabilidade de 
ocorrência. A partir do conhecimento da 
gravidade dos riscos e da probabilidade 
do risco causar acidentes e danos, assim 
como das informações levantadas ante-
riormente sobre a empresa e sobre cada 
situação específica de trabalho, é possível 
definir, com base nestes dados, quais 
riscos devem ser sinalizados por posto de 
trabalho e por setor.
É preciso considerar que uma única 
situação de trabalho pode envolver riscos 
múltiplos, e usar desta classificação para 
definir quais serão priorizados na elabora-
ção das peças de sinalização.
Tipos de peças de sinalização
Há diferentes tipos de peças de sinali-
zação e para que se tenha um sistema de 
sinalização completo e adequado, deve-
se considerar o tipo de peça correspon-
dente para cada mensagem e situação 
de trabalho.
por Érico Franco Mineiro Mestrando, Professor da Universidade do Estado de Minas 
Gerais e Consultor do Edital SESI/SENAI Inovação - SENAI/CECOTEG
Sinalização de Segurança
no trabalho Industrial Gráfico
O plano funcional do sistema de 
sinalização
Depois de conhecer a empresa, os 
postos de trabalho e as situações de risco 
envolvidas, a partir de uma lista hierar-
quizada dos riscos que devem ser sina-
lizados, deve-se projetar sobre o leiaute 
do arranjo produtivo da empresa, quais 
serão as peças de sinalização que farão 
parte do projeto.
As peças de sinalização podem conter 
mensagens múltiplas, com recomenda-
ções de procedimentos seguros, alertas 
para situações de risco e mensagens de 
proibição ou de obrigatoriedade. Como 
vimos, as peças variam também em rela-
ção ao seu tipo de suporte físico. Assim, 
sobre a planta do arranjo produtivo da 
empresa, pode-se localizar cada uma das 
peças do sistema, caracterizadas por uma 
legenda que defina o tipo de mensagem 
e o tipo de suporte físico da peça de sina-
lização.
Sobre esta planta verifica-se, também, 
a maior distância desejável de leitura, 
uma informação imprescindível para a 
definição do tamanho das letras e símbo-
los gráficos que compõe cada mensagem.
Mensagens de segurança
As mensagens de segurança podem 
ser expressas de modo verbal e/ou visual. 
Muitas vezes estas duas maneiras de 
comunicar são utilizadas de modo com-
plementar.
Para todas as situações, recomenda-se 
objetividade na redação da mensagem 
verbal, que deve ser bastante acessível, 
simples e clara. Uma mensagem verbal 
completa pode descrever um risco, sua 
possível consequência de dano e ainda um 
procedimento preventivo de segurança.
A mensagem visual contém símbolos 
gráficos específicos para cada situação de 
risco. Estes símbolos são especialmente 
úteis para trabalhadores semi-alfabeti-
zados, analfabetos ou com deficiências 
fisiológicas que dificultam a leitura, mas 
permitem a compreensão dos símbolos. 
Recomenda-se a apresentação destes 
símbolos para cada trabalhador após a 
instalação de um sistema de sinalização, 
ou mesmo nos momentos em que haja 
admissão ou rotatividade nos postos de 
trabalho.
Prototipagem e documentação do projeto
A prototipagem serve para testar a 
efetividade do projeto, e para apontar 
possíveis revisões antes da produção doprojeto efetivo.
Uma vez testado e revisado, o projeto 
deve ser documentado, de modo que 
viabilize a produção e a instalação das 
peças de sinalização, tanto no momento 
da implementação do sistema quanto 
para eventuais reposições futuras.
Um projeto bem documentado deve 
apresentar o plano funcional, acompa-
nhado do inventário de peças que com-
põe o sistema, do projeto de cada peça 
detalhada e dimensionada, e com especi-
ficação das cores para produção.
Considerações finais
Respeitadas as normas e a legislação 
vigente relativa à sinalização de seguran-
ça no trabalho, um projeto direcionado 
às situações de risco de cada empresa 
pode prevenir danos pessoais e materiais, 
servindo como recurso para a segurança 
e a saúde dos operários, e também à 
produtividade e mitigação dos prejuízos 
empresariais que podem ser decorrentes 
de acidentes no trabalho. Para obter mais 
informações, procure por uma unidade do 
SESI ou do SENAI em sua região.
Sinalização vertical Peças instaladas sobre parede, é o tipo mais frequente para ambientes de trabalho;
Sinalização aérea
Tem seus suportes fixados no teto dos ambientes, sendo interessante 
para as situações em que se deve sinalizar a mesma mensagem 
para trabalhadores separados por uma grande distância;
Sinalização horizontal É pintada ou fixada sobre o piso dos ambientes, em geral determina áreas de circulação ou áreas de armazenamento temporário;
Rótulos de segurança
Servem para atender aos trabalhadores individualmente, em cada 
posto de trabalho, e de modo geral são fixos em superfícies lisas das 
máquinas, dentro do campo de visão do operador; 
Sinalização temporária Peças de sinalização, como os cavaletes e faixas zebradas.
 Como reduzir 
os acidentes de trabalho na 
 sua indústria?
Realização
CFP - Sérgio de Freitas Pacheco – SENAI/CECOTEG
CRRSO - Centro Regional de Referência em Saúde Ocupacional – SESI
Apoio
Departamento Nacional do SENAI - Unidade de Inovação e Tecnologia
Departamento Nacional do SESI
O SESI e o SENAI/CECOTEG convidam
para o lançamento do Guia de Sinalização 
de Segurança na Indústria Gráfica. 
É um amplo material educativo, 
com conteúdo específico que orienta 
a implantação de sinalização 
de segurança no trabalho.
Distribuição
gratuita do Guia:
Sindicato Gráfico de sua região

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