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Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 1 - 1 Apostila de Anatomia humana Roteiros teóricos e práticos Exposição do Corpo Humano 2007 São Paulo Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 2 - 2 Observação: Esse material complementar + material em sala de aula (explicações) + livros da bibliografia básica citado em sala = sucesso nos estudos. INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA BÁSICA 1.0 - definições: • Anatomia – é a ciência que estuda macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento do organismo do homem. Especificamente, a anatomia (ana = em partes; tomem = cortar) macroscópica é estudada pela dissecção de peças previamente fixadas por soluções apropriadas. 2.0 - conceito e variação anatômica normal: As diferenças morfológicas podem apresentar-se externamente ou internamente, sem que isso traga prejuízo funcional aos indivíduos. 3.0 – fatores gerais de variações anatômicas: • Idade – observam-se diferenças anatômicas nos diversos períodos da vida intra ou extra- uterina; • Sexo – os homens e as mulheres apresentam alguns caracteres especiais; • Grupo étnico - compreende os grupamentos humanos com caracteres físicos (internos e externos) comuns, fazendo-se distinguir as raças branca, negra, amarela e os mestiços; • Biótipo – é o resultado dos caracteres herdados e dos adquiridos por influência do meio ambiente. • Evolução - com o decorrer do tempo, ocorrem diferenças morfológicas. 4.0 - divisão do corpo humano O corpo humano divide-se em: • Cabeça – encontra-se dividida em duas partes: crânio (caixa óssea que contém e protege o encéfalo) e face (que aloja parte dos órgãos sensoriais e também estruturas responsáveis pela mastigação) • Pescoço – permite a união da cabeça com o tronco através de músculos, ligamentos e por parte da coluna vertebral onde se situam as vértebras cervicais; • Tronco – possui uma estrutura óssea formada pela coluna vertebral (vértebra torácicas, lombares, sacrais e o cóccix), costelas e suas cartilagens, esterno, clavículas e escápulas, ossos do quadril (que permite a união dos MMII ao tronco). O tronco divide-se em cavidade torácica, abdômen e cintura pélvica; • Dois membros inferiores (MMII) – cada membro possui uma origem (quadril) e uma parte livre (coxa, perna e pé). Entre a coxa e a perna situa-se o joelho, e entre a perna e o pé, o tornozelo. O pé é constituído pela parte plantar e pelo dorso do pé; • Dois membros superiores (MMSS) – cada membro possui uma raiz que se liga ao tronco (ombro) e uma parte livre (braço, antebraço e mão). Entre o braço e o antebraço situa-se o cotovelo, e entre o braço e a mão o pulso. A mão é formada pela parte palmar e dorso da mão. Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 3 - 3 Termos de posições e planos: Posição anatômica – é o corpo em posição ereta (ortostática), olhar fixo para o horizonte sem rotação da cabeça, membros superiores estendidos próximo ao tronco com as palmas das mãos voltadas para frente, membros inferiores paralelos com a ponta dos dedos dos pés dirigidos para frente. Posição que serve de referência para os movimentos. • Plano sagital – é todo plano vertical paralelo ao mediano. Todo plano no qual realizam os movimentos visíveis de perfil. • Plano frontal – divide o corpo nas partes ventral (anterior) e dorsal (posterior). Visíveis de frente. • Plano transversal – divide o corpo nas partes superior e inferior, visíveis de cima para baixo. Termos de posição: Medial – mais próximo do plano sagital; Lateral – mais afastado do plano sagital; Anterior ou ventral - mais próximo da frente do corpo; Posterior ou dorsal – mais próximo do dorso; Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 4 - 4 Superior – mais próximo da extremidade superior do corpo; Inferior – mais próximo da extremidade inferior do corpo; Interno – mais próximo do centro de um órgão ou cavidade; Externo – mais distante do centro de um órgão ou cavidade; Superficial – mais próximo da superfície do corpo; Profundo – mais afastado da superfície do corpo . Exercícios 1 - Qual a divisão básica do corpo humano? 2 – Qual a posição anatômica? 3 – Qual a diferença entre normal em medicina e normal em anatomia? 4 – O que é variação anatômica? 5 – Quais os planos do corpo humano? 6 – Quais as variações do corpo humano? 7 – Definas os termos em anatomia: a) Medial – b ) Lateral – c ) Anterior ou ventral - d ) Posterior ou dorsal – e ) Superior – f ) Inferior – g ) Interno – h ) Externo – i ) Superficial – j ) Profundo – g) a estrutura que esta entre o medial e o lateral chama- se________________________________________ h) a estrutura que está entre o anterior e posterior chama-se ______________________________________ Anatomia Esquelética Como grande parte da radiografia para diagnóstico envolve o exame de ossos e articulações, a osteologia (estudo dos ossos) e a artrologia (estudo das articulações) são assuntos importantes para os profissionais da área da saúde. Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 5 - 5 OSTEOLOGIA O esqueleto do adulto é formado por 206 ossos distintos, que compõem a estrutura de todo o organismo. Determinadas cartilagens, como as encontradas nas extremidades dos ossos longos, também são incluídas como parte do esqueleto. Esses ossos e cartilagens são unidos por ligamentos e oferecem Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 6 - 6 superfícies de fixação aos músculos. Como os músculos e ossos precisam combinar-se para permitir o movimento corporal, esses dois sistemas são às vezes designados coletivamente como sistema locomotor. O esqueleto adulto humano é dividido em esqueleto axial e esqueleto apendicular. Esqueleto Axial O esqueleto axial inclui todos os ossos localizados no eixo central do corpo ou próximo aeste. O esqueleto axial do adulto consiste em 80 ossos e inclui crânio, coluna vertebral, costelas e esterno. Cabeça Crânio 8 Cabeça Ossos da face 14 Osso Hióide 1 Ossículo da audição (pequeno osso em cada ouvido) 6 Coluna vertebral Cervical 7 Coluna vertebral Torácica 12 Coluna vertebral Lombar 5 Coluna vertebral Sacral 5 ou 1 Coluna vertebral Coccígea 4 ou 1 Tórax Esterno 1 Tórax Costela 24 Total de ossos no esqueleto do adulto 80 Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 7 - 7 Esqueleto Apendicular A segunda divisão do esqueleto é a porção apendicular. Essa divisão é composta por todos os ossos dos membros superiores e inferiores (extremidades) e as cinturas escapular e pélvica (regiões coloridas do esqueleto na Fig. 1.13). No esqueleto apendicular do adulto existem 126 ossos separados. ESQUELETO APENDICULAR DO ADULTO Cintura escapular Clavículas 2 Escápula 2 Membros superiores Úmero 2 Ulna 2 Rádio 2 Ossos carpais 16 Ossos metacarpais 10 Falanges 28 Cintura pélvica Ossos do quadril 2 Membros inferiores Fêmur 2 Tíbia 2 fíbula 2 Patela 2 Ossos tarsais 14 Ossos metatarsais 10 Falanges 28 Total de Osso no Esqueleto Apendicular 126 Total de ossos noadulto – 206 ossos separados. (Isso inclui os 2 ossos sesamóides dos membros inferiores nos joelhos, as patelas). Ossos Sesamóides Os ossos sesamóides são tipos especiais de osso pequeno e de forma ovalada encontrados nos tendões (muitos próximos às articulações) e que estão resentes no desenvolvimento fetal, porém não são considerados parte do esqueleto axial ou apendicular, exceto pelas duas patelas, que são os maiores ossos sesamóides. Os outros ossos sesamóides mais comuns estão localizados na sola do pé, na base do primeiro pododáctilo. Nos membros superiores, eles são mais comumente encontrados nos tendões próximos à superfície palmar da mão e na base dos quirodáctilos. Outros podem ser encontrados em qualquer articulação dos membros superiores ou inferiores. Qualquer osso sesamóide pode sofrer fratura por trauma, sendo necessário o estudo radiográfico. CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS Cada um dos 206 ossos do corpo pode ser classificado de acordo com a sua forma : *-Ossos longos *-Ossos curtos *-Ossos planos *-Ossos irregulares Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 8 - 8 Ossos Longos Os ossos longos são formados por um corpo (diáfise) e duas extremidades (epífises) . O corpo (diáfise) contém uma camada mais espessa de osso compacto que tem como objetivo ajudar na resistência ao estresse provocado pelo peso sobre ele. No interior do osso compacto e especialmente nas duas extremidades de cada osso longo encontramos o osso esponjoso ou trabecular. O osso trabecular é muito poroso e geralmente contém a medula óssea vermelha é responsável pela produção das hemácias. A diáfise de um osso longo é oca. Essa porção oca é conhecida como cavidade medular. No adulto, a cavidade medular geralmente abriga a medula óssea amarela gordurosa. Uma membrana fibrosa densa, o periósteo, cobre o osso, exceto na cartilagem das superfícies articulares. As superfícies articulares são recobertas por uma camada de cartilagem hialina. Hialina, que quer dizer transparente ou clara, é um tipo comum de cartilagem ou tecido conjuntivo. Seu nome deve-se ao fato de não ser visível pelas técnicas de coloração comuns, sendo, portanto "clara" ou transparente nos estudos laboratoriais. Essa cartilagem é encontrada em muitos lugares, incluindo as extremidades dos ossos longos, onde são chamadas de cartilagens articulares. O periósteo é essencial para o crescimento, o reparo e a nutrição do osso. Os ossos são abundantemente supridos de vasos sangüíneos que neles penetram a partir do periósteo. Próximo ao centro do corpo dos ossos longos, uma artéria nutrícia passa obliquamente através do osso compacto do forame nutrício para a cavidade medular. Ossos Curtos Os ossos curtos são aproximadamente cubóide e são encontrados apenas nos punhos e nos calcanhares. Os ossos curtos são formados principalmente por tecido esponjoso e cobertos superficialmente por uma fina lâmina de osso compacto. 05 oito ossos carpais de cada punho e 05 sete ossos tarsais de cada pé são todos os ossos curtos. Ossos Planos Os ossos planos consistem em duas lâminas de osso compacto com osso esponjoso e medula óssea entre elas. Alguns exemplos de ossos planos são os que compõem a calvária (tampa do crânio), o esterno, as costelas e a escápula. O estreito espaço entre as superfícies interna e externa dos ossos planos do crânio é conhecido como díploe. Os ossos planos proporcionam proteção para o conteúdo interno e amplo superfícies para a fixação de músculos. Ossos Irregulares Os ossos que possuem formas peculiares estão reunidos na categoria final como ossos irregulares. As vértebras, os ossos faciais, os ossos da base do crânio e os ossos da pelve são exemplos de ossos irregulares. Produção de Células Sangüíneas Nos adultos, as hemácias são produzidas pela medula óssea vermelha de certos ossos planos e irregulares, como o esterno, as costelas, as vértebras e a pelve. Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 9 - 9 DESENVOLVIMENTO DOS OSSOS O processo pelo quais os ossos se formam no corpo é conhecido como ossificação. O esqueleto do embrião é composto por membranas fibrosas e por cartilagem hialina. A ossificação tem início cerca da sexta semana de gestação e se continua até a idade adulta. Formação Óssea Dois tipos de formação óssea são conhecidos. Quando o osso substitui membranas, a ossificação é chamada de intramembranosa. Quando o osso substitui uma cartilagem, a ossificação é chamada de endocondral (intracartilaginosa). Ossificação Intramembranosa A ossificação intramembranosa ocorre rapidamente nos ossos que são necessários para a proteção, como nas suturas dos ossos planos na calvária, que são os centros de crescimento no desenvolvimento ósseo precoce. Ossificação Endocondral A ossificação endocondral ocorre de forma muito mais vagarosa do que a intramembranosa e ocorre na maior parte do esqueleto, principalmente nos ossos longos. Artrologia (Articulações) O estudo das articulações é chamado de artrologia. É importante compreender que nem todas as articulações realizam movimento. Na verdade, os dois primeiros tipos de articulações a serem descritas são imóveis ou são articulações de movimentos ligeiros unidas por várias faixas fibrosas ou por cartilagem. Essas articulações estão mais adaptadas ao crescimento, em vez de movimento. O segundo grupo de articulações inclui a maioria das articulações do organismo, que são adaptadas para o movimento. CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES Classificação Funcional. Às vezes as articulações são classificadas conforme sua função, em vez da sua capacidade de movimento. Os três tipos funcionais mais comuns são: Sinartroses - Articulações imóveis Anfiartroses - Movimentos limitados Diartroses - Articulação de movimentação livre Estrutural ou pelo material de união dos ossos e cartilagens Às vezes, todas as articulações do corpo são classificadas conforme as três Classes funcionais a seguir. Entretanto, o sistema primário de classificação das articulações, conhecido como NOMINA ANATOMICA e usado por este livro, é uma classificação estrutural baseada no tipo de tecido que separa as extremidades do osso. As três classificações estruturais estão baseadas nos três tipos de tecido que separam os limites ósseos das diferentes articulações Essas três classificações segundo o tipo de tecido, juntamente com as suas subclasses, são demonstradas a seguir: Articulações Fibrosas: 1. Sindesmoses 2. Sutura 3. Gonfose Articulações cartilaginosas: 1. Sínfise 2. Sincondrose Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 10 - 10 Articulações sinoviais Articulações fibrosas As articulações fibrosas selam uma cavidade articular. Os ossos adjacentes, que estão em íntimo contato entre si, são mantidos unidos pelo tecido conjuntivo fibroso. Os três tipos de articulações fibrosas são a sindesmose, que são ligeiramente móveis; as suturas, que são imóveis; e as gonfoses, que são um tipo único de articulação com movimentos muito limitados (Fig. 1.23). 1. Sindesmoses A única verdadeira sindesmose no corpo (como classificada pela NOMINA ANA). (TOMICA) é a articulação tibio fibular distal.* Os ligamentos fibrosos unem a tíbia distal com a fíbula nessa articulação, que é ligeiramente móvel ou anfiartrodal. 2. Suturas As suturas são encontradas entre os ossos do crânio. Esses ossos mantêm contato entre si por meio de limites encadeados ou serrilhados e são mantidos juntos pelos feixes de tecido fibroso ou ligamentos. Por- tanto, essas articulações possuem um movimento extremamente limitado e, nos adultos, são consideradasimóveis ou articulações sinartrodais Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 11 - 11 Articulações Cartilaginosas As articulações cartilaginosas também vedam uma cavidade, e as articulações dos ossos são firmemente unidas por uma cartilagem. Assim como as articulações fibrosas, elas permitem movimentos discretos ou nenhum movimento. Além disso, essas articulações são também sinartrodiais ou anfiartrodiais e são unidas por dois tipos de cartilagem, as sínfises e as sincondroses. 1. Sínfises O aspecto essencial de uma articulação do tipo sínfise é a presença de um disco largo e plano de fibrocartilagem entre duas superfícies ósseas contíguas. Esses discos de fibrocartilagem formam almofadas relativamente grossas que são capazes de serem comprimidas ou deslocadas, permitindo dessa forma a esses ossos alguns movimentos, o que faz essas articulações serem anfiartrodiais (movimentos discretos). Exemplos dessas sínfises são os discos intervertebrais (entre os corpos vertebrais) e a sínfise púbica (entre os dois ossos púbicos da pelve). 2. Sincondroses Uma sincondrose típica é uma forma temporária de articulação em que a cartilagem hialina de conexão (que nos ossos longos é chamada de p/oco epífísórío) é convertida em osso na idade adulta. Esses tipos temporários de articulação de crescimento são considerados sinartrodiais ou imóveis. Exemplos dessas articulações são as placas epifisárias entre as epífises e as diáfises (corpos) dos ossos longos e na união dos três ossos da pelve, que formam o acetábulo para a articulação do quadril. Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 12 - 12 Articulações Sinoviais A terceira classificação das articulações é as sinoviais, que são livrementes, móvel, a maioria delas nos membros superiores e inferiores, caracterizadas por uma cápsula fibrosa contendo em seu interior líquido sinovial. As terminações ósseas que formam a articulação sinovial podem ter contato entre si, mas são completamente separadas e contêm um espaço articular e uma cavidade, permitindo que essas articulações tenham movimentos de grande amplitude. As articulações sinoviais são geralmente diartrodiaisou livremente móveis. (Exceções a isso, são as articulações sacrilíacas da pelve, que são anfiartrodiais ou de movimentos discretos). As terminações expostas desses ossos contêm uma fina camada protetora de cartilagem articular hialina. A cavidade articular, que contém um líquido sinovial lubrificante e viscoso, é fechada e coberta por uma cápsula fibrosa, reforçada pelos ligamentos acessórios. Esses ligamentos limitam o movimentoem direções indesejadas. A superfície interna da cápsula fibrosa é a responsável pela secreção do líquido sinovial lubrificante. Tipos de Movimento das Articulações Sinoviais As articulações sinoviais ocorrem em um número considerável e variável e são agrupadas segundo os seis tipos de movimento que são permitidos. Elas estão listadas em ordem dos movimentos menores para os mais móveis. O nome preferível aparece antes, seguido pelos termos antigos ou sinônimos em parênteses. (Isso é adotado em todo este livro.) Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 13 - 13 Subtipos de Articulações Sinoviais do corpo humano e seus respectivos movimentos: Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 14 - 14 Exercício: 1 - Identificar as articulações da mão. Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 15 - 15 Ossos da cabeça e face Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 16 - 16 -- ARCABOUÇO TORÁCICO, ESTERNO E COSTELAS Arcabouço Torácico A principal função do arcabouço torácico é servir como uma câmara expansível semelhante a um fole cuja capacidade interior aumenta e diminui durante a inspiração e a expiração, respectivamente. Isso é calsado pela ação alternada dos músculos inseridos no gradil costa e pela pressão atmosférica fazendo com que o ar se mova para dentro e para fora dos pulmões durante a respiração. O arcabouço torácico consiste no esterno anteriormente, nas vértebras torácicas posteriormente e nos 12 pares de costelas ligando o esterno à coluna vertebral. O arcabouço torácico protege importantes órgãos do sistema respiratório e estruturas vitais dentro do mediastino, como o coração e os grandes vasos. O esterno é também um lugar comum para biopsia de medula no qual, sob anestesia local, uma agulha é inserida na cavidade medular do esterno para retirar uma amostra da medula vermelha do osso. ESTERNO O esterno adulto é um osso delgado, estreito e achatado. Com três divisões. A porção superior é o manúbrio. O manúbrio adulto tem em média 2 polegadas (5 em) de comprimento. A parte mais longa do esterno é o corpo, que tem cerca de 4 polegadas (1 O cm) de comprimento. A união dos quatro segmentos do corpo começa durante a puberdade e não se completa até cerca de 25 anos de idade. A porção mais inferior do esterno é o processo xifóide, que é composto de cartilagem durante a infância e a adolescência e geralmente não se toma totalmente ossificado até cerca de 40 anos de idade. a processo xifóide é geralmente muito curto; contudo, ele pode variar em tamanho, forma e grau de ossificação. Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 17 - 17 COLUNA VERTEBRAL Coluna Vertebral A coluna vertebral, comumente chamada de coluna espinhal, é uma complexa sucessão de muitos ossos chamados de vértebras (singular vértebra). Ela garante uma coluna de sustentação flexível para o tronco e a cabeça e também transmite o peso do tronco e da parte superior do corpo aos membros inferiores. Essa coluna está localizada no plano mediossagital, formando a região posterior ou dorsal do tronco ósseo do corpo. Como as vértebras adjacentes estão empilhadas verticalmente, aberturas em cada vértebra existem para criar um canal medular vertical tubular. Canal medular: O canal medular, que segue as várias curvas da coluna espinhal, inicia-se na base do crânio e estende-se distalmente até o sacro. Esse canal contém a medula espinhal e é preenchido por líquido cerebroespinhal. Medula espinhal: A medula espinhal, que está inclusa e protegida pelo canal medular, inicia-se na medula oblonga (bulbo) do cérebro. Ela passa pelo forame magno do crânio e continua descendo através da primeira vértebra cervica I até a borda inferior da primeira vértebra lombar, onde se afila até um ponto chamado de cone medular. Discos intervertebrais: As típicas vértebras do adulto são separadas por fortes discos fibrocartilaginosos. Esses discos semelhantes a coxins são firmemente presos às vértebras para dar estabilidade e também flexibilidade e movimentação à coluna vertebral. DIVISÕES DA COLUNA VERTEBRAL A coluna vertebral é dividida em cinco regiões. Em cada uma dessas cinco regiões as vértebras possuem características distintas. • 7 Vértebras Cervicais ( C1 – C7 ); • 12 Vértebras Torácicas (T1 – T12); • 5 Vértebras Lombares (L1– L5); • 5 Vértebras Sacrais (S1 – S2); em adulto 1 único osso; • 4 Vértebras Coccígeos (Co1 – Co4) em adulto 1 único osso. Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 18 - 18 Vértebras lombares: As maiores vértebras no indivíduo são as cinco vértebras lombares. Essas vértebras são as mais fortes na coluna vertebral, pois a sustentação do peso do corpo aumenta em direção à terminação inferior da coluna. Por essa razão, os discos cartilaginosos entre as vértebras lombares inferiores são locais comuns de lesão e patologia. Sacro e cóccix: O sacro e o cóccix desenvolvem-se como múltiplos ossos separados e então se fundem em dois ossos distintos. Um recém nascido tem cinco segmentos sacrais e de três a cinco (média de quatro) segmentos coccígeos, com uma média de 33 ossos separados na coluna vertebral de uma criança pequena. Após a fusão em um único sacro e um único cóccix, a coluna vertebral do adulto é composta de uma média de 26 ossos separados. Curvaturas da Coluna Vertebral LORDOSE O termo lordose, que significa arqueado para trás, descreve a concavidade anterior normal da coluna vertebral lombar e cervical como descrito acima, mas também descreve a curvatura com "desvio para trás" anormalmente aumentado envolvendo a coluna vertebral lombar. ClFOSE Cifose, que significa uma corcunda, descreve uma curvatura torácica que possui corcova anormal ou exagerada com convexidade aumentada. ESCOLlOSE Se a coluna vertebral é vista da perspectiva posterior para a anterior (Fig. 8.4), a coluna vertebral usualmente é quase reta, com pequena curvatura lateral. Ocasionalmente, uma leve curvatura lateral ocorre na região torácica superior de um adulto saudável. Essa curvatura pode ser convexa para a direita em uma pessoa destra e convexa para a esquerda em uma pessoa canhota. Uma curvatura lateral exagerada ou anormal é chamada de escoliose. Esse é um tipo de problema mais grave que ocorre quando existe uma curvatura lateral pronunciada em forma de S. Isso pode causar deformidade grave de todo o tórax. O efeito da escoliose é mais óbvio se ocorre na coluna vertebral inferior, onde pode criar uma inclinação da pelve, com um efeito resultante nos membros inferiores, levando a um caminhar desigual ou claudicante. Dor/and's i/lustrated medica! dictionary, ed 28, Philadelphia, 1994, WB Saunders. SUMÁRIO DOS TERMOS RELACIONADOS ÀS CURVATURAS DA COLUNA TERMO DESCRIÇÃO Lordose Curvatura compensatória côncava normal da coluna cervical e lombar, Ou Curvatura lombar exagerada anormal com concavidade aumentada (virada para trás) Cifose Curvatura torácica exagerada anormal com concavidade aumentada Escoliose Curvatura lateral anormal Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 19 - 19 Sistema Muscular As células musculares (fibras) são de três tipos: 1. Estriadas : que são fibras cilíndricas longas, com estrias transversais típicas que formam os músculos voluntários do corpo; 2. Lisas : que são fibras fusiformes encontrada principalmente nas paredes dos vasos sangüíneos e do tubo digestivo, constituem o musculatura involuntária do corpo; 3. Cardíacas : estas fibras constituem um tipo especial de tecido muscular estriado involuntário que forma o miocardio. Fisiologia dos músculos A propriedade fundamental da fibra muscular é a contractilidade. Quando excitado, o músculo responde com a contração de todas suas fibras diminuindo seu comprimento e aumentando sua espessura. Os músculos estriados necessitam de estímulos para se contrair. Dependem de nossa vontade, por isso são chamados de músculos voluntários. Os músculos lisos e cardíacos são controlados pelo Sistema Nervoso Autônomo (simpático e parassimpático). Suas contrações independem da vontade e por isso são chamados de involuntários. Embora os músculos estriados sejam comandados por nossa vontade, eles se encontram num estado de semi-contração chamado tônus muscular. Também os músculos lisos apresentam tônus que regula a luz dos vasos e vísceras ocas em geral, pois na parede das veias, artérias, intestino, ureteres, etc., existem musculatura lisa. A contração muscular é acompanhada de produção de calor, pois durante sua realização há grande consumo de glicose e oxigênio. A contração repetida provoca a fadiga muscular e daí o cansaço. Os músculos esqueléticos atuam como alavancas, cujo ponto de apoio é a articulação. Conforme a função, os músculos são classificados em : Agonistas – são músculos que atuam como agente principal na execução de um movimento. Antagonista – são músculos que atuam no sentido de limitar o movimento produzido por outro músculo. Sinergistas – Quando um músculo auxilia o outro em sua ação. Tipos de contração muscular: Contração isotônica: quando ocorre um encurtamento de todo o músculo. Ex. levantamento de peso. Contração isométrica: quando os músculos exercem um força ou tensão mas não se movem algumas articulações. Quando a máquina contrátil é examinada sob microscopia eletrônica, revela dois tipos de filamentos. Os filamentos mais finos são constituídos de uma proteína denominada actina. Os filamentos mais grossos são constituídos de outra proteína denominada miosina. Os filamentos de actina e miosina deslizam-se uns nos outros. Quando os músculos se contraem, estes filamentos deslizam uns sobre os outros aumentando a área de imbricação. Quando o músculo é distendido esta área diminui. Acredita-se que a interação entre os filamentos de actina e miosina ocorra através de pequenas pontes cruzadas dispostas a intervalos regulares, podendo se vistas sob forma de projeções dos filamentos grossos em direção aos finos. Obtém-se energia para contração quando um grupo fosfato separado do ATP. O músculo íntegro parece conter um fator de relaxação que mantém o músculo num estado relaxado até que seja excitado. O fator relaxante é provavelmente parte de uma estrutura muscular que tenha capacidade de reter íons Cálcio. Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 20 - 20 Injeção intramuscular (curiosidade) A região glútea é local comum para aplicação de injeções assim como no músculo deltóide e vasto lateral da coxa, porque os músculos glúteos (deltóide e vasto lateral) são espessos e grandes; por isso, proporcionam uma grande superfície para absorção de drogas. As injeções podem ser aplicadas com segurança apenas na região supero-lateral das nádegas (região glútea). Considerando o risco de lesar os nervos glúteos (Nervo isquíatico), as drogas às vezes são injetadas nos músculos antêro-laterais da coxa, no músculo vasto lateral. O músculo deltoide suporta entorno de 4ml de fármaco, com isso com dosagem mais alta precisa ser aplicado em outros músculos (glúteo ou vasto lateral). Lista dos Principais Músculos do Corpo Humano Trapézio: é o mais superficial dos músculos da região posterior do tórax, tem a forma de um trapezóide. Ele eleva , abaixa , retrai e faz a rotação da escápula. Recobre músculos adjacentes como o Levantador da escápula e Rombóides maior e menor (o levantador da escápula eleva a escápula e os rombóides fazem à retração da mesma). Grande Dorsal: É um músculo de grandes dimensões, triangular, que recobre inferiormente a parede póstero-lateral do tórax. Ele produz a extensão, adução e rotação medial do ombro; Glúteo Máximo: É um músculo volumoso, situado superficialmente na região glútea. Cobre os músculos Glúteo Médio e Mínimo (abdução e rotação medial dos quadris); Faz a extensão e rotação externa dos quadris e com os membros inferiores fixos, participa na extensão do tronco. Recobre também mais profundamente os músculos curtos da região: Piriforme,Obturatório Interno, Externo, Gêmeos Superior e Inferior e o Quadrado da Coxa. Esses músculos fazem a rotação lateral dos quadris. Alguns estudiosos discutem quanto a verdadeira função dos 4 acima. Alguns mencionam o piriforme e o obturatório interno como abdutores e o quadrado da coxa e obturatório externo como adutores. Ísquiotibiais: São formados pelos músculos Semitendinoso, Semimembranoso (pósteromediais) e Bíceps da coxa (pósterolateral). O semitendinoso é mais a frente do semimembranoso. Com excessão da porção curta do Bíceps da Coxa, eles agem como extensores dos quadris e flexores dos joelhos. Gastrocnêmio e Sóleo: O gastrocnêmio fica na região posterior da perna abaixo dos joelhos e recobre outro músculo chamado Sóleo (este conjunto é chamado de Tríceps Sural ou Panturilha). Agem como flexores plantares, ou seja, fletem o pé para baixo. O gastrocnêmio também age como flexor dos joelhos quando a perna não estiver suportando o peso. Deltóide: O mais superficial dos músculos intrínsecos do ombro, ele modela o ombro. Geralmente volumoso, podendo-se reconhecer nele 3 partes: clavicular, acrominal e escapular. Faz a abdução com as 3 partes juntas e a flexão do ombro (clavicular), a abdução (acromial) e a extensão (escapular). Músculos vizinhos ajudam a fazer movimentação de ombro como: Supraspinhal, Infraspinhal, Redondo Menor e Redondo Maior, os quais são músculos intrínsecos do ombro e agem como: supraspinhal (abdutor do ombro), Infraspinhal e redondo menor (rotator lateral do ombro) e o redondo maior (rotator medial do ombro). Tríceps: É o único músculo volumoso na face posterior do braço. Possui três porções a longa, a média e a lateral. É um poderoso extensor de cotovelos. Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 21 - 21 Peitoral: Em forma de leque, é o mais superficial dos músculos da parede anterior do tórax. Ele é um poderoso adutor do ombro. Sua porção clavicular faz a flexão de ombro. Recobre os músculos Peitoral menor e Subclávio, os quais agem fazendo a depressão da escápula. Ainda o peitoral menor recobre outro músculo importante chamado Serrátil anterior. Bíceps: O mais superficial dos músculos anteriores do braço, e como o nome indica, possui duas cabeças de origem, uma longa (lateral) e outra curta (medial). Tem como ação a flexão dos cotovelos. Mas auxilia na supinação (voltar à mão para cima). Recobre outro músculo chamado Braquial o qual faz a flexão dos cotovelos. Braquioradial: apesar de a sua origem ser no úmero, cruzando o cotovelo, a maior parte de seu ventre situa-se no antebraço. Fica entre o tríceps e o braquial agindo como flexor dos cotovelos. Reto Abdominal, Oblíquo Externo e Oblíquo Interno: Juntos formam uma parede abdominal e um assoalho pélvico resistindo à pressão exercida pelo diafrágma no sentido caudal, durante o esforço e tosse. São importantes na respiração, defecação, micção, no parto e vômito. O reto abdominal age como flexor de tronco auxiliado pelos O. Interno e externo, mas é o mais importante para flexões de tronco contra a resistência em decúbito dorsal. Os oblíquos atuam como rotatores do tronco. A rotação do tronco para o lado de um oblíquo externo é auxiliada pelo oblíquo interno oposto. E todos eles mais outro músculo chamado Transverso do lado respectivo agem como flexores de tronco lateral. Sartório: é um músculo que cruza obliquamente a coxa, látero-medialmente, descrevendo um curso espiral. O nome significa "costureiro", pois antigamente achavam que este músculo fazia o movimento de cruzar as pernas, mas na verdade, tem como ação flexionar os quadris e joelhos. Íliopsoas: Músculo de 2 porções: o ilíaco (lateral) e o psoas maior (medial) . É um importante flexor dos quadris. Quando os quadris estão fixados ele flete o tronco. Existe um músculo que atua junto a ele na flexão: o chamado Tensor da Fáscia Lata ( fazendo também a rotação medial dos quadris ). Adutores: São compreendidos pelos músculos Pectíneo, Adutor longo, Adutor curto, Adutor magno e Grácil. O adutor longo e o pectíneo são superficiais enquanto o grácil é mais medial. O adutor curto é recoberto pelo adutor longo e o adutor magno pelo curto, longo e vasto medial. Todos esses músculos fazem a adução dos quadris ( trazem a perna para o centro) . Mas o adutor magno tem uma porção que faz a extensão dos quadris e por outro lado tanto o pectíneo como os adutores em geral auxiliam na flexão dos quadris e o grácil tem ação na flexão dos joelhos também. Reto Femoral, Vasto Lateral, Vasto Medial e Vasto Intermédio: É o mais volumoso e potente músculo do corpo, constituindo a maior parte da massa muscular da região anterior e medial da coxa (chamado o conjunto de quadríceps) fazem em conjunto a extensão dos joelhos. O vasto intermédio é coberto pelo reto femoral. O Reto femoral é um músculo bi-articular e age sobre a articulação dos quadris e joelhos. Atua como flexor dos quadris e extensor dos joelhos. Tibial Anterior: Ocupa uma posição lateral e paralela à tibia, mas seu tendão de inserção ao nível do tornozelo desvia-se medialmente. Este músculo faz a dorsiflexão (traz as pontas dos dedos dos pés para cima) e a inversão dos pés. Prof: Pedro Célio da Silva Regis Prof. Pedro Célio da Silva Regis Anatomia Humana - 22 - 22 Identificação de alguns músculos do corpo humano BIBLIOGRAFIA GRAAFF, V. Anatomia Humana. 6ª ed. São Paulo: Manole, 2003. NETTER, F. Atlas de Anatomia Humana. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. MOORE, K. L. Anatomia Orientada para a Clínica. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. MOORE, K. L. Fundamentos de Anatomia Clínica. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. SPENCE, A. P. Anatomia Humana Básica. 2ª ed. São Paulo: Manole, 1991. Bontrageir, D. G. Tratado de Bases Anatomia e Posicionamento Radiográfico. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
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