Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Staphylococcus Tatiana Elias Colombo 2013 • Derivado do termo grego “staphlé”, que significa cacho de uvas • Cocos Gram-positivos • “Cocos em cacho”, podem aparecer como células isoladas, aos pares ou em cadeias curtas • Diâmetro entre 0.5 a 1 mm Staphylococcus – Características gerais • Imóveis • Anaeróbios facultativos • Crescem em meio contendo alta concentração de sal e em temperaturas que variam entre 18 a 40 C • Catalase positivos Staphylococcus – Características gerais • Bactéria presente na pele e nas membranas mucosas dos seres humanos • Causam amplo espectro de doenças - Doenças de pele - Tecidos moles - Ossos - Trato urinário - Infecções oportunistas Staphylococcus – Características gerais Espécies mais comumente associadas a doenças humanas Staphylococcus aureus Staphylococcus epidermidis Staphylococcus haemolyticus Staphylococcus saprophyticus • Coagulase negativa Exceção: Staphylococcus aureus Staphylococcus – Características gerais • Cápsula (fator de proteção) • Camada mucóide (biofilme) • Peptideoglicano (metade do peso seco da parede celular) • Ácido teicóico • Proteína A Staphylococcus – Características gerais Produção de biofilme frouxamente ligado e solúvel em água Substância extracelular que possibilita a ligação da bactéria aos tecidos e corpos estranhos (cateteres, enxertos, válvulas prostéticas) Fatores de virulência - Toxinas citolíticas que danificam a membrana - Toxinas esfoliativas - Enterotoxinas (termoestáveis a 100 C por 30 min) - Toxina da Síndrome do Choque Tóxico - Adesinas da superfície celular Staphylococcus – Patogênese e imunidade • Coagulase • Catalase • Hialuronidase (espalhamento tecidual do S. aureus) • Fibrinolisina (estafiloquinase) • Lipases (sobrevivência do estafilococos em áreas sebáceas) • Nucleases (papel desconhecido na patogênese da infecção) • Penicilinase (presença em plasmídeos transferíveis – desenvolvimento de resistência à Penicilina) Staphylococcus – enzimas Staphylococcus aureus – Epidemiologia • Dobras úmidas da pele • Neonatos: pele e área perineal • Orofaringe • Trato gastrointestinal e genital * Disseminação da bactéria é comum e responsável por muitas das infecções adquiridas em hospital • Síndrome da pele escaldada estafilocócica - Eritema perioral localizado (vermelhidão e inflamação redor da boca) - Cobre o corpo inteiro em 2 dias - Formação de bolhas seguidas por descamação do epitélio - Bolhas – fluido claro – NÃO contém microrganismos ou leucócitos - Doença causada pela toxina bacteriana Staphylococcus aureus – doenças clínicas 7 – 10 dias epitélio intacto Presença de Acs protetores • Impetigo bolhoso - Forma localizada da Síndrome da pele escaldada - Bolhas localizadas POSITIVAS para cultura bacteriana Staphylococcus aureus – doenças clínicas • Intoxicação alimentar estafilocócica - Causa: toxina bacteriana presente no alimento - Alimentos mais comumente contaminados: carnes processadas (presunto), carne de porco salgada, bolos recheados com carne, salada de batatas e sorvete O aquecimento do alimento irá matar a bactéria mas NÃO irá inativar a toxina TERMOESTÁVEL Staphylococcus aureus – doenças clínicas • Síndrome do Choque Tóxico - Início: crescimento localizado de cepas de S. aureus produtoras de toxina em uma ferida - Liberação da toxina para a corrente sanguínea - Manifestações clínicas abruptas: febre e erupção eritematosa macular difusa - Vários órgãos são envolvidos (SNC, gastrointestinal, hematológico, hepático...) - A pele inteira (palma da mão e sola dos pés) descama Staphylococcus aureus – doenças clínicas Síndrome do Choque Tóxico • Foliculite - Inflamação do folículo piloso - Base do folículo apresenta-se avermelhada - Pus embaixo a superfície da epiderme *Terçol: inflamação do folículo na base da pálpebra Infecções estafilocócicas piogênicas localizadas • Furúnculo - Extensão da foliculite - Nódulos grandes e dolorosos - Possuem conjunto subjacente de tecido morto e necrótico - Drenados espontaneamente ou após incisão cirúrgica Infecções estafilocócicas piogênicas localizadas • Carbúnculo - Extensão dos furúnculos ao tecido subcutâneo mais profundo Infecções estafilocócicas piogênicas localizadas • Bacteremia e endocardite - Mais de 50% dos casos são adquiridos em ambiente hospitalar - Após procedimento cirúrgico ou resultam do uso continuado de um cateter intravascular contaminado - Disseminação para outros sítios do corpo (coração) • Pneumonia a. Pneumonia por aspiração de secreção oral b. Pneumonia hematogênica – comum em pacientes com bacteremia e endocardite Staphylococcus aureus – doenças clínicas 1. Microscopia 2. Cultura 3. Identificação bioquímica e antibiograma 4. Método de hibridização fluorescente in situ (FISH) 5. Análise de ácidos nucleicos Diagnóstico laboratorial • Cocos Gram positivos • Formam grupos quando crescidos em meios sólidos Microscopia “O sucesso da detecção do microrganismo depende do tipo de infecção e da qualidade do material submetido a análise” Microscopia Abscesso Raspagem da base do abscesso – swab ou cureta Observação de uma abundância de microrganismos Pus aspirado – material necrótico com poucos microrganismos • Espécimes clínicos semeados em meios de ágar enriquecidos e suplementados com sangue de carneiro • Colônias grandes e lisas (24 horas) • Gradualmente se tornam amarelas (incubação em TA) Cultura • Quase todas as cepas de S. aureus produzem hemólise em ágar sangue de carneiro • Hemólise causada por citotoxinas (toxina α) Hemólise total: β-hemolítico Hemólise parcial: α-hemolítico Não hemolítica: γ-hemolítico Cultura Beta hemólise Halo transparente ao redor das colônias Alfa hemólise Halo esverdeado ao redor das colônias Gama hemólise Ausência de halo ao redor das colônias • Meio sólido suplementado com 7,5% de NaCl e manitol Isolamento de S. aureus em uma mistura de microrganismos no espécime clínico *Fermentação do manitol pelo S. aureus – colônias amarelas Cultura • Catalase: A catalase é uma enzima que decompõe o peróxido de hidrogênio (H2O2) em água e oxigênio 1.Colocar uma gota de peróxido de hidrogênio (água oxigenada) 3% sobre uma lâmina 2.Com auxílio de uma alça, agregar a colônia em estudo na gota de peróxido de hidrogênio Identificação por testes bioquímicos • Coagulase: Verificar a capacidade de microrganismos reagirem com o plasma e formarem um coágulo, uma vez que a coagulase é uma proteína com atividade similar à protombrina, capaz de converter o fibrinogênio em fibrina, que resulta na formação de um coágulo visível. Identificação por testes bioquímicos S. aureus Outros estafilococos Coagulase livre (em tubo) • Suspender colônias em estudo em caldo BHI e colocar em estufa à 37ºC até que turve; • Se necessário, acertar a turbidez até 0,5 da escala de MacFarland; • Em um tubo de ensaio estéril, colocar 0,5 ml de plasma e 0,5 ml do caldo BHI com crescimento bacteriano recém turvado; • Incubar em estufa à 35ºC 4 horas; • Verificar se há presença de coágulo; • Se não houver presença de coágulo, incubar o tubo em temperatura ambiente e repetir as leituras com 18 e 24 horas de incubação.Coagulase livre - Procedimento • Padrão de suscetibilidade a antibióticos Antibiograma Difusão em disco Etest • Análise do DNA genômico por eletroforese em campo pulsado Análise de ácidos nucleicos • Resistência à Penicilina (penicilinase que hidrolisa o anel β- lactâmico da penicilina) • Resistência à Penicilinas semi-sintéticas • Resistência a maioria dos antibióticos (meticilina) Tratamento, Prevenção e Controle OBRIGADA!
Compartilhar