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NP1 TEORIA GERAL DA PENA

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TEORIA GERAL DA PENA 
NP1 
 
Direito Penal 
 
Sumário 
Sanção pena………………………………………………………………………………… 
Tipos de sanção penal……………………………………………………………………... 
Definição de pena…………………………………………………………………………... 
Finalidade da pena…………………………………………………………………………. 
Características da pena……………………………………………………………………. 
Classificação das penas………………………………………………………...………..... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANÇÃO PENA 
Sanção é a pena, condenação, dada ao infrator de uma norma, após o processo 
legal onde o autor é julgado. 
 
FINALIDADE 
A sanção tem como objetivo a reeducação, e ressocialização da pessoa ao mundo e 
o seu castigo. 
 
ORIGEM 
Segundo a teoria do criacionismo da religião, a primeira sanção da humanidade foi 
no jardim de Éden quando Adão e Eva desobedeceram a uma ordem de Deus e 
foram punidos. 
Já a teoria do evolucionismo diz que a partir do momento em que o homem 
começou a viver em sociedade, começaram a estabelecer normas de convivência, e 
assim surgiu a sanção para quem as violasse. 
Com o surgimento das primeiras codificações, como o código de Hamurabi, o 
código de Manu, etc., ocorre uma modificação nas penalizações dando início ao 
período da Vingança Divina, onde o perdão correspondia ao tamanho da pena, 
quanto maior a punição, maior era o alcance do perdão divino. 
Logo, com o aprimoramento da sociedade, busca-se uma melhor aplicação da pena, 
passando para a autoridade pública, onde o monarca aplica a sanção, mas ainda 
assim ela era cruel, desproporcional e desumana. 
Mas a partir do período iluminista, por intermédio das idéias de Beccaria, 
começou-se a ecoar a voz da indignação com relação a como os seres humanos 
estavam sendo tratados pelos seus próprios semelhantes, sob a falsa bandeira da 
legalidade. 
Somente no Período Científico, também denominado Criminológico, passa a ter por 
principal finalidade a busca dos motivos que levam o ser humano a cometer o delito 
e a pena começa a ser vista como um remédio e não como um castigo. Com a 
Segunda Guerra Mundial o período Científico termina e inicia o período atual: 
1 
 
Neodefensismo ou Nova Defesa Social, que busca a conscientização e valorização 
do ser humano, para o alcance de uma sociedade digna para com os valores sociais 
e inerentes a todo ser humano, com o objetivo de dar ao delinqüente o direito de 
ressocialização e integração social, restabelecendo a dignidade humana e 
protegendo os direitos humanos, bem como a toda sociedade. 
 
CARACTERÍSTICAS 
➔ Legalidade​: significa que a pena deve ser prevista em lei vigente à data do 
fato. (CP, art. 1º, e CF, art. 5º, XXXIX). 
➔ Anterioridade​: a lei já deve estar em vigor na época em que for praticada a 
infração penal (CP, art. 1º e CF, art. 5º, XXXIX). 
➔ Personalidade ​: a pena não pode passar da pessoa do condenado (CF, art. 
5º, XLV). Assim, a pena de multa, ainda que considerada dívida de valor para 
fins de cobrança, não pode ser exigida dos herdeiros do falecido. 
➔ Individualidade​: a sua imposição e cumprimento deverão ser 
individualizados de acordo com a culpabilidade e o mérito do sentenciado 
(CF, art. 5º XLVI). 
➔ Inderrogabilidade​: salvo as exceções legais, a pena não pode deixar de ser 
aplicada sob nenhum fundamento. Assim, por exemplo, o juiz não pode 
extinguir a pena de multa levando em conta seu valor irrisório. 
➔ Proporcionalidade​: a pena deve ser proporcional ao crime praticado (CF art. 
5º, XLVI e XLVII). 
➔ Humanidade​: não são admitidas as penas de morte, salvo em caso de 
guerra declarada, perpétuas (CP, art. 75), de trabalhos forçados, de 
banimento e cruéis (CF, art. 5º, XLVII). 
 
TIPOS DE SANÇÃO PENAL​(está faltando os tipos penais) 
➔ pena: ​é a sanção imposta pelo Estado, por meio de ação penal, ao criminoso 
como retribuição ao delito perpetrado e prevenção a novos crimes. 
➔ medida de segurança: ​é uma espécie de sanção penal que tem como foco a 
prevenção da prática de novas infrações penais por agentes inimputáveis e 
2 
 
semi-imputáveis portadores de periculosidade, empregando para tanto 
tratamentos de caráter terapêuticos. 
 
Pena Medida de segurança 
retribuição 
prevenção geral 
prevenção especial 
tempo determinado 
máximo de 30 anos 
proibida a pena perpétua 
tempo indeterminado 
culpabilidade periculosidade 
imputáveis 
semi-imputáveis 
inimputáveis 
semi-imputáveis 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS PENAS 
 
➔ Pena de multa 
INTRODUÇÃO 
A pena de multa é uma espécie de sanção penal, que possui natureza patrimonial e 
que, na grande maioria das vezes, é cominada no preceito secundário da norma 
penal (pena cominada ) de forma isolada ou cumulada com a pena de prisão (pena 1
corporal). 
Tal pena consiste no pagamento de determinado valor em dinheiro em favor do 
Fundo Penitenciário Nacional, fundo esse que foi instituído pela Lei Complementar 
nº 79/1994 para os fins de custear o sistema de cumprimento de pena no país. 
Os Estados membros podem instituir, mediante a edição de legislação própria e 
específica, fundo estadual para a gestão das multas criminais aplicadas pela Justiça 
Criminal Estadual. 
 
 
1 ​É aquela que a lei prevê como sanção para determinado comportamento. Tanto faz, pois, dizer-se 
pena cominada, como pena prevista em lei. 
3 
 
CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DA PENA DE MULTA 
A fixação da pena de multa pode ocorrer como sanção principal, alternativa ou 
cumulativa com a pena corporal (prisão), podendo, também, ser aplicada como 
substituição à pena de prisão. 
a) primeiramente se fixa o número de dias-multa (conforme a culpabilidade do réu, 
art 59); 
b) depois arbitra-se o valor do dia-multa (o magistrado deve compreendê-lo entre os 
limites de 1/30 (um trigésimo) e 5 (cinco) vezes o valor do maior salário-mínimo 
vigente no tempo do fato. Nesse momento o juiz também deverá observar a 
situação econômica do condenado). 
Analisando o disposto do art. 49 do Código Penal, temos que a fixação do número 
de dias-multa não poderá ser inferior a 10 (dez) e nem superior a 360 (trezentos e 
sessenta) dias-multa. 
O juiz poderá aumentar até o triplo do valor total aferido se verificar que tal é 
ineficaz para a repressão e prevenção do delito diante da situação econômica do 
réu, face o disposto do art. 60, § 1º, CP. 
Assim, se o crime foi cometido no ano de 2017, levando em consideração o valor do 
salário-mínimo de R$ 937,00 (Decreto 8.948/16) o magistrado poderá fixar o piso de 
10 (dias-multa) vezes 1/30 de 937,00 valor que totaliza R$ 312,33 e o teto de 360 
(dias-multa) vezes 5 vezes R$ 937,00 vezes 3, valor que totaliza o montante de R$ 
5.059.800,00. 
Cumpre ressaltar que quando se tratar de delito praticado contra o sistema 
financeiro nacional , contra a propriedade imaterial e contra a Lei de Drogas , o 2 3
magistrado poderá elevar o valor dessa pena até o décuplo do máximo previsto. 
 
PAGAMENTO DA MULTA 
O pagamento voluntário poder se feito pelo condenado no prazo de 10 (dez) diascontados do trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Esse prazo 
começa a fluir, a bem do devido processo legal, a partir da intimação (notificação) 
do apenado para realizar tal ato. 
2 ​Art. 33 da Lei 7.492/86 
3 A​rt. 43 da Lei 11.343/06 
4 
 
O magistrado poderá, de acordo com as circunstâncias, a requerimento do 
condenado, permitir que o pagamento seja realizado em parcelas mensais, iguais e 
sucessivas, ouvindo o Ministério Público previamente à decisão. 
A cobrança dessa pena poderá ser realizada por meio do desconto em folha de 
pagamento caso o condenado esteja em liberdade e exercendo trabalho 
devidamente registrado, desde que o valor não atinja os recursos indispensáveis ao 
sustento do devedor e de seus familiares. 
O art. 168, I, da LEP dispõe que o limite máximo de desconto será o de ¼ e o 
mínimo de 1/10 da remuneração auferida pelo condenado. 
Essa situação poderá ocorrer: 
a) quando a pena de multa foi aplicada isoladamente; 
b) quando aplicada cumulativamente com pena restritiva de direitos; 
c) quando o condenado à pena privativa de liberdade obtiver o direito de suspensão 
condicional da pena; 
d) quando o condenado já cumpriu integralmente a pena privativa de liberdade 
aplicada; 
e) quando o condenado for beneficiado com o livramento condicional. 
 
ISENÇÃO DA PENA DE MULTA DIANTE DAS CONDIÇÕES ECONÔMICAS DO 
CONDENADO 
O entendimento prevalecente na doutrina e na jurisprudência é o de que não é 
possível a isenção fundada na situação econômica precária do réu por ausência de 
previsão legal. 
 
EXECUÇÃO DA PENA DE MULTA 
Ocorrerá a execução dessa pena quando o condenado, embora notificado para 
efetuar o pagamento voluntário da pena de multa imposta, não o realiza no prazo de 
10 dias, a execução será coercitiva. 
Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de 
valor, aplicando-se-lhe as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda 
Pública, inclusive, no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da 
prescrição. 
5 
 
É, portanto, vedado converter a pena de multa em pena privativa de liberdade. 
Quanto ao procedimento e legitimidade para deflagrar o processo de cobrança 
(execução) da pena de multa, os tribunais superiores têm asseverado que a multa 
criminal deve ser executada por meio da adoção dos procedimentos próprios da 
execução fiscal no juízo da Vara de Fazenda Pública e compete às Procuradorias 
da União (AGU) ou dos Estados (AGEs) promover sua cobrança. 
 
SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO DA MULTA 
O art. 52, CP.l reza que é suspensa a execução da pena de multa, se sobrevém ao 
condenado doença mental. 
 
MULTA DE VALOR REDUZIDO 
Quando o valor da pena de multa aplicada for pequeno há posicionamento 
doutrinário, minoritário, no sentido de que não se deve promover sua cobrança 
judicial. Esse posicionamento não coaduna com o que vem decidindo as cortes 
superiores que consideram a pena de multa espécie de sanção penal e, por isso, 
deve ser adimplida pelo condenado. 
 
PRESCRIÇÃO DA PENA DE MULTA 
Quanto à prescrição dessa modalidade de pena, é necessário diferenciar a 
prescrição da pretensão punitiva da prescrição da pretensão executória, ambas 
incidentes à espécie punitiva. 
Prescrição da pretensão punitiva (hipótese em que a sanção pecuniária ainda não 
transitou em julgado para ambas as partes), é pacífica a aplicação do art. 114, CP. 
A prescrição da pena de multa ocorrerá: 
I – em dois anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada; 
II – no mesmo prazo estabelecido para a prescrição da pena privativa de liberdade, 
quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou cumulativamente 
aplicada. 
Prescrição da pretensão executória (hipótese em que a sentença penal 
condenatória já transitou em julgado para o Ministério Público ou para o querelante 
6 
 
e também para a defesa), há dois posicionamentos doutrinários e jurisprudenciais 
sobre prazo prescricional: 
a. Cinco anos para fins de execução, sendo considerada dívida de valor. 
b. Dois anos se for a única aplicada. Caso, porém, seja imposta conjuntamente 
com pena privativa de liberdade, a prescrição ocorrerá no mesmo prazo 
desta última, diante do que dispõe o art. 118 do Código Penal, segundo o 
qual as penas mais leves prescrevem com as mais graves 
 
➔ Aplicação da pena (art. 49 a 52, CP) 
 
INTRODUÇÃO 
A atividade de aplicar a pena, exclusivamente judicial, consiste em fixá-la, na 
sentença, depois de superadas todas as etapas do devido processo legal, em 
quantidade determinada e respeitando os requisitos legais, em desfavor do réu a 
quem foi imputada a autoria ou participação em uma infração penal. Cuida-se de ato 
discricionário juridicamente vinculado. O juiz está preso aos parâmetros que a lei 
estabelece. Dentro deles poderá fazer as suas opções, para chegar a uma 
aplicação justa da pena, atento às exigências da espécie concreta, isto é, às suas 
singularidades, às suas nuanças objetivas e principalmente à pessoa a quem a 
sanção se destina. Todavia, é forçoso reconhecer está habitualmente presente 
nesta atividade do julgador um coeficiente criador, e mesmo irracional, em que, 
inclusive inconscientemente, se projetam a personalidade e as concepções da vida 
e do mundo do juiz. 
 
PRESSUPOSTOS 
a. culpabilidade 
b. imputabilidade 
c. potencial consciência da ilicitude 
d. exigibilidade de conduta diversa 
Ausente a culpabilidade, será impossível a imposição de pena, qualquer que seja a 
sua modalidade (privativa de liberdade, restritiva de direitos ou multa). 
7 
 
Mas, na hipótese de inadequação da pena, poderá o réu suportar uma medida de 
segurança, se for maior de 18 anos de idade e dotado de periculosidade. 
Conclui-se, pois, que enquanto a culpabilidade é pressuposto de aplicação da pena, 
a periculosidade funciona como pressuposto de aplicação da medida de segurança. 
A pena, no direito brasileiro adota a teoria mista ou unificadora da pena, que possui, 
além da finalidade preventiva especial, a prevenção geral como objetivo 
(intimidação da coletividade) e, principalmente, o caráter retributivo (obrigatoriedade 
de punição). 
 
Sistemas ou critérios para a aplicação da pena 
A história recente do Direito Penal brasileiro indica a existência de dois sistemas 
principais para a aplicação da pena privativa de liberdade: 
 
Bifásico Trifásico 
-Primeira fase: o magistrado calcularia a 
pena-base levando em conta as 
circunstâncias judiciais e as atenuantes e 
agravantes genéricas 
-Segunda fase: são as causas de 
diminuição e de aumento da pena. 
- Primeira fase: o juiz fixa a pena-base, com 
apoio nas circunstâncias judiciais. 
Segunda fase: aplica as atenuantes e 
agravantes genéricas 
-Terceira fase: causas de diminuição e de 
aumento da pena 
 
De fato, “a pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59, CP., as 
circunstâncias judiciais são colhidas dos elementos fáticos trazidos pelo processo 
paraa fixação da pena-base, sobre a qual serão aplicadas as agravantes e 
atenuantes e, após, as causas de aumento e diminuição 
Entretanto, para a pena de multa adotou-se o sistema bifásico (CP, art. 49, caput e 
§ 1°). Fixa-se inicialmente o número de dias-multa, e, após, calcula-se o valor de 
cada dia-multa. 
 
ELEMENTARES E CIRCUNSTÂNCIAS 
Elementares ou elementos: são os fatores que compõem a estrutura da figura típica, 
integrando o tipo fundamental. 
8 
 
Circunstâncias: são os dados que se agregam ao tipo fundamental para o fim de 
aumentar ou diminuir a quantidade da pena, tais como o “motivo torpe” e o 
“relevante valor moral”, qualificado e privilégio no homicídio doloso, 
respectivamente. 
Formam o tipo derivado. As elementares normalmente encontram-se descritas no 
caput do tipo penal, enquanto as circunstâncias estão nos parágrafos a ele 
vinculados. 
Elementares Circunstanciais 
resulta na tipicidade ou na 
desclassificação para outro delito 
substitui o mesmo crime e altera 
somente a quantidade da pena 
 
Classificação das circunstâncias 
No campo da aplicação da pena, as circunstâncias podem ser legais ou judiciais. 
Circunstâncias legais Circunstâncias judiciais 
são suas espécies as qualificadoras, as 
atenuantes e agravantes genéricas e as 
causas de diminuição e de aumento da 
pena 
são as relacionadas ao crime, objetiva e 
subjetivamente, e alcançadas pela 
atividade judiciária, possuindo natureza 
residual ou subsidiária, pois somente 
incide quando não configuram 
circunstâncias legais. 
 
 
9 
 
A interpretação conjunta dos arts, 59 e 68 do Código Penal deixa bem certo que as 
circunstâncias judiciais não são outras que não aquelas cuja função, em cada caso, 
depende da valoração do juiz, enquanto as denominadas circunstâncias legais têm 
função obrigatória na individualização da pena, não havendo, assim, entre as 
denominadas circunstâncias judiciais e as legais diferença ontológica qualquer. 
Quanto à compensação entre as circunstâncias legais e judiciais, entende-se ser 
possível essa operação somente quando dentro da mesma fase, sob pena de se 
frustrar o sistema trifásico estabelecido em lei. Ex: na primeira fase, o magistrado 
pode compensar os maus antecedentes (circunstância judicial desfavorável ao réu) 
com o comportamento inadequado da vítima (circunstância judicial favorável ao 
réu). 
É vedada a compensação envolvendo fases distintas. Exemplo: o juiz não pode 
compensar a personalidade desajustada do réu (circunstância judicial desfavorável: 
1.“ fase) com a menoridade relativa (atenuante genérica a fase). 
Circunstâncias modificadoras da pena: ​estão em volta do crime. alteram a 
qualidade não a essência do crime 
● circunstâncias objetivas ​ (materiais ou reais) 
● circunstâncias subjetivas ​(pessoais) 
● circunstâncias judiciais​ (culpabilidade, antecedência e tipicidade) 
 
Culpabilidade: e o juízo ao autor de um fato jurídico e antijurídico - intensidade e 
grau da culpa (gravidade do fato) 
Antecedente: ​vida anterior do réu até a prática do crime (judiciais e policiais). se 
respondeu processo e se foi condenado ou absolvido 
Conduta Social:​ comportamento em sociedade de forma geral 
Personalidade: (herdadas e adquiridas) sinônimo de caráter síntese de qualidades 
morais de uma pessoa traçando seu perfil psicológico 
 
AGRAVANTES GENÉRICAS E CAUSAS DE AUMENTO DA PENA 
As ​agravantes ​genéricas são assim chamadas por estarem previstas 
taxativamente na Parte Geral do Código Penal (arts, 61 e 62), é a exasperação da 
pena, que deve respeitar o limite máximo abstratamente cominado pelo legislador, 
10 
 
sendo definida pelo juiz no caso concreto, uma vez que a lei não indica a 
quantidade de aumento. Incidem na segunda fase de aplicação da pena. 
 
Análise das Agravantes (agrava a pena) 
Reincidência ​agente após ter sido julgado vem a cometer outro crime art. 63. 
● Prática de novo crime​ (pratica de mais 1 crime) 
● Depois de sentença condenatória definitiva: a sentença será irrecorrível 
quando não couber mais recurso pois já é coisa julgada 
● Lapso prescricional: lapso temporal de 5 anos após o cumprimento da pena 
sem delinquir será reincidente. 
Quando existe a reincidência: 
● crime e crime; 
● crime e contravenção; 
● contravenção e contravenção. 
Não existe em reincidência: 
● contravenção e crime; 
● crime político; 
● crime militar próprio. 
 
Motivo Torpe é motivo baixo, vil, repugnante. Ex matar alguém para adquirir a 
herança (não confundir com motivo fútil que é praticado por motivo insignificante. 
Ex: matar alguém porque queimou o feijão) 
Para assegurar a execução a ocultação a impunidade ou vantagem de outro 
crime: ​um ladrão mata seu comparsa para ficar com o produto do furto 
Traição:​ ataque sorrateiro pelas costas 
Com emprego de emboscada: ​e a tocaia o agente fica escondido para matar a 
vítima 
Mediante dissimulação: o agente disfarça seu propósito para atingir a vítima 
desprevenida 
Mediante outro recurso que dificulta ou torna impossível a defesa do ofendido: 
o modo de execução do crime deve ser análogo ao inciso IV do §2 
11 
 
Emprego de veneno: ato d preparar veneno para fins criminoso. o ato de 
envenenar alguém 
Emprego de fogo ou algo explosivo 
Emprego de tortura:​ morte causada mediante suplício (sofrimento) 
Meio insidioso: ​é o meio camuflado, traiçoeiro, pérfido. Ex armadilha mortífera 
Meio cruel: o agente se compraz em fazer mal e atormentar ou prejudicar de forma 
insensível desumana o ofendido. 
meio que possa resultar perigo comum: é aquele que pode atingir um número 
indeterminado de pessoas 
contra ascendente descendente e cônjuge: são os laços de consanguinidade de 
afinidade e de adoção 
com abuso ou prevalecendo de relações domésticas: é abuso de autoridade no 
campo privado como relações de tutela e curatela 
Dever inerente a cargo, ofício, ministério e profissão 
Contra criança (até os 12 anos, velho maiores de 70 anos, enfermo ou mulher 
grávida 
Quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade: ​réu preso ou 
conduzido pela autoridade em qualquer estabelecimento oficial 
Em ocasião de incêndio naufrágio de inundação ou qualquer calamidade 
pública ou de desgraça particular do ofendido 
Em estado de embriaguez preordenada: ​é aquela que o agente se embriaga para 
cometer o crime o agente responde pelo crime e incide a agravante 
obs. classificação conforme Damásio 
 
CAUSAS DE AUMENTO DA PENA E QUALIFICADORAS 
Causas de aumento da pena ​: utilizáveis na terceira fase da aplicação da pena, 
funcionam exclusivamente como percentuais para a elevação da reprimenda, em 
quantidade fixa ou variável Encontram previsão tanto na Parte Geral como na Parte 
Especial do Código Penal, e também na legislação especial. 
Q​ualificadoras: ​têm penas próprias, dissociadas do tipo fundamental, pois são 
alterados os próprios limites (mínimo e máximo) abstratamente comínados. 
Ademais, no caso de crime qualificado o magistrado já utiliza na primeira fase da 
12 
 
dosimetria dapena a sanção a ele correspondente. Finalmente, estão previstas na 
Parte Especial do Código Penal e na legislação especial, mas não, em hipótese 
alguma, na Parte Geral. 
 
ATENUANTES E CAUSAS DE DIMINUIÇÃO DA PENA 
As ​atenuantes ​genéricas recebem essa denominação por estarem localizadas, 
exemplificativamente, na Parte Geral do Código Penal (arts. 65 e 66), e o 
abrandamento da pena, que deve observar o limite mínimo abstratamente cominado 
pelo legislador é definido pelo juiz no caso concreto, uma vez que a lei não indica a 
quantidade de diminuição. Têm lugar na segunda fase de aplicação da pena. 
 
Análise das atenuantes 
➔ Agente menor de 21 na data do fato ou maior de 70 na data da sentença 
➔ O desconhecimento da lei​ (não escusa mas reduz genericamente a pena) 
➔ Impelido por relativo valor social ​(ex o agente mata o traidor da pátria) 
➔ Impelido por relativo valor moral 
➔ Por espontânea vontade o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as 
consequências ou ter antes do julgamento, reparado o dano. 
➔ Cometido o crime sob coação que podia resistir ou em cumprimento de 
ordem de autoridade superior ou sob a influência de violenta emoção, 
provocada por ato injusto da vítima 
◆ ​coação moral irresistível exclui a culpabilidade 
◆ emprego de força física exclui o dolo e a culpa. eliminando a conduta 
➔ Confessado espontaneamente perante a autoridade o crime ​(a simples 
confissão não atenua a pena o que vale é o motivo da confissão) 
 
Diminuição da pena​. obrigatórias ou facultativas, estão previstas na Parte Geral 
podem reduzir a pena abaixo do mínimo legal, e incidem na terceira fase de 
aplicação da pena 
 
 
 
13 
 
CRITÉRIO TRIFÁSICO 
Como já estudado, o art. 68 do Código Penal adotou o critério ou sistema trifásico. 
Impõe-se a dosimetria da pena privativa de liberdade em três fases distintas e 
sucessivas. Cada etapa de fixação da pena deve ser suficientemente fundamentada 
pelo julgador. 
Permite-se, assim, a regular individualização da pena (CF, art. 5.°, XLVI), além de 
conferir ao réu o exercício da ampla defesa, pois lhe concede o direito de 
acompanhar e impugnar, se reputar adequado, cada estágio de aplicação da pena. 
A ausência de fundamentação leva à nulidade da sentença (CF, art, 93, IX),12 ou, 
pelo menos, à redução da pena ao mínimo legal pela instância superior. Com efeito, 
prevalece o entendimento de que a aplicação da pena no mínimo legal prescinde de 
motivação, em face da inexistência de prejuízo ao réu. A análise do Código Penal 
autoriza a extração de algumas regras inerentes ao critério trifásico: 
a) na pena-base o juiz deve navegar dentro dos limites legais combinados à 
infração penal, isto é, não pode ultrapassar o patamar mínimo nem o patamar 
máximo correspondente ao crime ou a contravenção penal pelo qual o réu foi 
condenado. 
b) se estiverem presentes agravantes ou atenuantes genéricas, a pena não 
pode ser elevada além do máximo abstratamente cominado nem reduzida 
aquém do mínimo legal. 
c) as causas de aumento e de diminuição são aplicáveis em relação à 
reprimenda resultante da segunda fase, e não sobre a pena-base. E, se 
existirem causas de aumento ou de diminuição, a pena pode ser 
definitivamente fixada acima ou abaixo dos limites máximo e mínimo 
abstratamente definidos pelo legislador. 
d) na ausência de agravantes ou atenuantes genéricas, e também de causas 
de aumento e/ou de diminuição da pena, a pena-base resultará como 
definitiva. 
Concluída a operação relativa à dosimetria da pena, a etapa seguinte consiste em 
determinar o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade: fechado, 
semiaberto ou aberto. Após, o magistrado deve analisar, na própria sentença 
14 
 
condenatória, eventual possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade 
por restritiva de direitos ou multa. 
E se não for cabível a substituição, mas a pena for igual ou inferior a 2 (dois) anos, 
exige-se manifestação fundamentada acerca da pertinência ou não da suspensão 
condicional da pena (sursis), se presentes os requisitos legais. 
Por último, depois de concretizada a sanção penal, e se não foi possível a 
substituição ou a suspensão condicional da pena privativa de liberdade, o 
magistrado, na sentença, decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se 
for o caso, a imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem 
prejuízo do conhecimento da apelação que vier a ser interposta, em conformidade 
com o art. 387, parágrafo único, do Código de Processo Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15

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