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HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO *Pré-colônia * EXTRATIVISMO. *Brasil colonial (1ª parte) *CAPITANIAS HEREDITÁRIAS: * DOCUMENTOS JURÍDICOS: * CARTA DE DOAÇÃO * FORAL * SESMARIAS *GOVERNO GERAL * LEIS E JUSTIÇA: * Ordenações do Reino * Documentos jurídicos * Jurisdição *ECONOMIA: * Pacto Colonial - MERCANTILISMO * HOLANDESES * Escravidão * ÍNDIOS * NEGROS AFRICANOS Profª Michella Zortéa Carneiro 2ª AULA Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO * *OBJETIVOS: Compreender: - Estratégias da Corte portuguesa para a colonização da América; - Os mecanismos utilizados para a organização político-jurídica; - Em que consistia a Carta de Doação, Forais, Alvarás Cartas Régias, Sesmarias no contexto das Capitanias Hereditárias e Governo Geral; - A organização da justiça na América Portuguesa (séc. XVI e XVII); - Como se organizou a exploração econômica em bases escravistas da Colônia brasileira, principalmente no período conhecido como “ciclo da cana-de-açúcar”. HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO AULA 2 O Processo de Colonização e Organização Jurídico Institucional da América Portuguesa. Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO http://image.slidesharecdn.com/167aexpansomaritimaportuguesae descobrimentodobrasil-141218063217-conversion-gate02/95/167-a- expanso-maritima-portuguesa-e-descobrimento-do-brasil-47- 638.jpg?cb=1418906081 Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em 1500. Oscar Pereira da Silva – 1922/ Acervo do Museu Paulista – SP A CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA http://www.memorialdodescobrimento.com.br/lingua_portuguesa/carta-de-pero-vaz-de-caminha-ao-rei-de-portugal/ Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO *VAMOS OBSERVAR?!!... LINHA DO TEMPO Revolução Francesa PRÉ-HISTÓRIA …2 milhões de anos a.C ANTIGUIDADE 4000 a.C – 476 d.C 1500 - Brasil IDADE MÉDIA 1822 - Independência do Brasil I. MODERNA I. CONTEMPORÂNEA Brasil ColôniaPRÉ-HISTÓRIA: ocupação indígena do Brasil 4.000 a.C surgimento da escrita ANO 1 Queda do Império Romano Ocidente Oriente Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO PALEOLÍTICO – NEOLÍTICO – IDADE METAIS HISTÓRIA 4.000 a.C … 1143 - PORTUGAL 476 1453 1789 * Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO IDADE MODERNA IDADE CONTEMPORANEA Imagem: http://leonidasfelipe.blogspot.com.br/2015/11/mapa-mental-periodos-da-historia-do.html Império Português (séc. XVI) Imagem: https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Portugu%C3%AAs DIREITO NO PERÍODO PRÉ-COLONIAL Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO *Expedições temporárias (pau- brasil). *Negócio com os índios. *Feitorias (armazéns). *Invasões: exploração da costa por Holanda, França e Inglaterra. *Expedições guarda-costas (1516 e 1527). *Diminuição dos lucros de Portugal no comércio de especiarias com a Ásia. *Início da colonização. *Pré-colônia Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO O DIREITO NO PERÍODO DA COLONIZAÇÃO Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO BRASIL – COLÔNIA PORTUGUESA *DEMARCAÇÃO DA SOBERANIA *ESTRATÉGIAS: *Capitanias Hereditárias *Governo Geral Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO *CAPITANIAS HEREDITÁRIAS (DONATÁRIOS) “PRIVATIZAÇÃO” DA COLONIZAÇÃO ▪ Pedaços de terra (20% DO TOTAL) eram doados aos DONATÁRIOS em usufruto hereditário (80% RESTANTE - deveriam ser doados para SESMEIROS) ▪ Os donatários ficariam encarregados pelos investimentos de colonização Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO BRASIL – COLÔNIA PORTUGUESA *MARTIM AFONSO DE SOUSA: (1531) Início da colonização: DEMARCAÇÃO DA SOBERANIA ▪Expulsão dos invasores ▪Núcleos de povoamento O fidalgo português Martin Afonso de Souza, 1530 foi incumbido de comandar a expedição à America portuguesa, composta por cinco navios e cerca de 500 homens, com o compromisso de expulsar os franceses do litoral, explorar o território e estabelecer núcleos de povoamento. Sua missão durou três anos e percorreu o litoral brasileiro, de Pernambuco até a região do Prata. http://linux.an.gov.br/mapa/?p=7827 Nomeado capitão-mor fundou a primeira vila do país, a de São Vicente. - 1º donatário da Capitania de São Vicente 1533-1564 - Governador da Ìndia . 1542-1545 Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO COLÔNIA POVOAMENTO? OU EXPLORAÇÃO? CAPITANIAS HEREDITÁRIAS TERRAS + AUTORIDADE DEVERES: * povoação * ajuda aos colonizadores FUNÇÕES: MILITAR/ADMINISTRATIVA/JUDICIAL DIREITOS DE EXPLORAÇÃO fundar vilas cobrar impostos dominar índios doar lotes exercer a justiça CARTAS DE DOAÇÃO CARTAS FORAIS Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO sesmarias DONATÁRIOS -Militares; -Administrativos; -Fiscais; -Judiciais. DUARTE COELHO – CAPITANIA DE PERNAMBUCO Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO -Despesas de povoação; -Ajuda aos colonizadores. MILITARES BUROCRATAS COMERCIANTES PEQUENA NOBREZA E A LEI? DA JUSTIÇA ARBITRARIEDADE? REI DONATÁRIO OUVIDOR (JURISDIÇÃO CIVIL E CRIMINAL) DONATÁRIOS: PRIVILÉGIO de exercer a justiça. Capitão donatário podia julgar e condenar, inclusive à morte, exceto pessoas sob a proteção da Coroa (que somente poderiam se condenadas à pena máxima por crime de traição, heresia, cunhagem de moeda falsa..) Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO Quem aplicava a justiça? OU LEGALIDADE? QUAL O DIREITO APLICÁVEL? FONTES DO DIREITO ORDENAÇÕES DO REINO (Livro III, Título 64) LEIS –ESTILOS – FORAIS (direito local) – COSTUMES lacuna? DIREITO CANÔNICO DIREITO ROMANO ORDENAÇÕES: Afonsinas (1446) Manuelinas (1521) Filipinas (1603) Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO ORDENAÇÕES DO REINO ORDENAÇÕES AFONSINAS (1446-1521) Foi o primeiro instrumento de origem portuguesa, tendo surgido em 1446, por força do Rei Afonso V. Tendo sido influenciado pelo D.Canônico e da Lei das Sete Partidas, bem como dos usos e costumes portugueses. Foram divididas em 5 livros: Livro I – Direito Administrativo e Organização Judiciária; Livro II – Direito Eclesiático; Direito do Rei; Dir. da Nobreza e Dir. dos estrangeiros; Livro III – Regras do Processo Civil; Livro IV – Direito Civil e Dir. Marítimo (Comercial); Livro V – Direito Penal e Proc. Penal. PRIVILÉGIOS? ORDENAÇÕES MANOELINAS (1521-1603) Foi o resultado da soma de leis extravagantes existentes e as normas das Ordenações Afonsinas. Foram divididas em 5 livros: Livro I – Direito Administrativo e Organização Judiciária; Livro II Direito Eclesiático; Direito do Rei; Dir. da Nobreza e Dir. dos estrangeiros; Livro III – Regras do Processo Civil; Livro IV – Direito Civil e Dir. Marítimo (Comercial); Livro V – Direito Penal e Proc. Penal. ORDENAÇÕES DO REINO Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO ORDENAÇÕES FILIPINAS (1603-1916) . As Ordenações Filipinas, ou Código Filipino, é uma compilação JURÍDICA que resultou da reforma do manuelino, por Filipe II da Espanha (Felipe I de Portugal), durante o domínio Castelhano. Ao fim da União Ibérica (1580-1640), o Código Filipino foi confirmado para continuar vigendo em Portugal por D. João IV. Filipe I (de Portugal), político hábil, quis mostrar aos portugueses o respeito que tinha pelas leis tradicionais do país, promovendo a reforma das ordenações dentro de um espírito tradicional. Estas Ordenações apresentam a mesma estrutura e arrumação de matérias que já se verificara nas Ordenações Manuelinas, conservando-se também o critério nestas estabelecido a respeito do preenchimento de lacunas. ORDENAÇÕES DO REINO Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIROEspécie de LEI GERAL que tinha por objetivo: • fazer modificações ou impor declarações sobre coisas já estabelecidas, • e tinha vigência anual. Espécie de LEI GERAL que tinha por objetivo: • Impor novas regras, ou estabelecimentos, • e durava para sempre. ALVARÁS E CARTAS RÉGIAS DE PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. Editora Forense, 2003. p. 101. HOJE: ordem escrita que emana de uma autoridade judicial para que se cumpra um despacho ou administrativa (licença) para se possa praticar determinado ato. “alvará de licença” “de construção” “de comércio” Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO Bulas pontifícias: * A primeira foi a Bula de 1506, emitida pelo Papa Júlio II, que confirmava os expostos no Tratado de Tordesilhas, que eram os direitos de Portugal sobre as terras brasileiras. * A segunda foi a Bula de 1514, exprimida pelo Papa Leão X. * A terceira, originada do Papa Júlio III, apenas ratificou a primeira, a de 1506. * FRANKLIN, Thalles. Direito no Brasil Pré-Colonial. Disponível em: <http://www.artigojus.com.br/2011/06/direito-no-brasil-pre-colonial.html> Acesso em: DATA DO ACESSO. *contrato entre o governo português e um consórcio liderado por Fernando de Noronha, o qual tinha validade de 3 anos, onde os arrendatários tinham a obrigação de todo ano enviar ao Brasil uma esquadra de 6 navios para realizar o reconhecimento de 300 léguas de terra, fundar e manter um forte. * dois alvarás de 1516, expedidos por D. Manuel, que favoreciam o fornecimento de materiais para auxiliar no povoamento do Brasil, e determinavam a indicação de uma pessoa capaz de fundar e manter um engenho de açúcar, tendo o responsável todo o amparo que tornasse necessário. * três cartas régias promulgadas por D. João III em 1530, onde transferia todo o direito possível, seja administrativo, político, militar ou judicial para Martin Afonso de Sousa, e que este tivesse a autonomia para administrar a colônia brasileira que estava por vir. Contratos Davam a indivíduos (mediante pagamento prévio de uma soma) o direito de extrair, por tempo determinado a madeira. (só o consentimento real dava direito à exploração) PRIMEIROS DOCUMENTOS COM VALOR JURÍDICO *O FRACASSO DAS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO desinteresse dos donatários: • ALTO RISCO • ALTO CUSTO Extensão territorial Ataques indígenas Capitanias de São Vicente e Pernambuco: 1. fortuna própria e 2. ajuda financeira de grupos mercantis estrangeiros. ACORDO Metrópole ficava com: 100% sobre o pau-brasil 100% sobre as drogas do sertão 20% sobre os metais preciosos 10% sobre a produção agrícola Quinto Cana-de-açúcar DERAM CERTO: CAPITANIAS REAIS (GOVERNO GERAL) “Não dá pra colonizar só com o capital privado”... Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO • COORDENAR A DEFESA • AUXILIAR AS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS • EXPLORAR OS SERTÕES Governador-geral – Funções: 1549 1553 1558 VAMOS COMPARAR?!.. Donatários: * Instituídos por CARTA DE DOAÇÃO *ADMINISTRADORES *Fim: COLONIZAÇÃO *Estavam sujeitos e sujeitavam a colônia à metrópole. Governadores: * Instituído mediante REGIMENTO *ADMINISTRADORES *Fim: COLONIZAÇÃO *Estavam sujeitos e sujeitavam a colônia à metrópole. ▪ Empreendimento da COROA Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO CAPITANIAS HEREDITÁRIAS CAPITANIAS REAIS ▪ Empreendimento PARTICULAR – (donatário detinha 20% da capitania) TERRA: PATRIMÔNIO DA COROA PORTUGUESA Governador-Geral -MILITAR (Defesa); -ADMINISTRATIVO: -Fomentar: - engenhos + sertões - Doar sesmarias; - Interesses da coroa: - Impostos - Evasão pau-brasil -Aliança com ÍNDIOS -JUDICIAL: -RECURSOS -Alvarás de soltura -Fiscalizar e punir donatários REVOGA PRIVILÉGIOS DOS DONATÁRIOS PODERES: GARANTE FLUXO DE INFORMAÇÕES À COROA INSTALA-SE A JUSTIÇA PORTUGUESA NA COLÔNIA O Rei não VENDIA, mas sim, “fazia mercê” dos cargos de magistrado Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO GOVERNADOR-GERAL: (CENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA) CARGOS AUXILIARES: Ouvidor-mor (justiça) Provedor-mor (tesouro-cobrança) Capitão-mor (defesa) Capitanias e CÂMARAS MUNICIPAIS = administração local. (1548 – 1759) “HOMENS DE BEM” Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO MAGISTRADO (posto pelos donatários) com funções do atual JUIZ DE DIREITO LEGISLA E JULGA * REGIMENTO: Lei de 7 de março de 1609 – cria: TRIBUNAL DA RELAÇÃO DA BAHIA Desembargadores de agravos e Ouvidores Decidir sobre recursos (também julgavam causas de territórios africanos – como Angola) Fonte: José Reinaldo Lima Lopes. O direito na História. p. 264. ▪ RELAÇÃO DA BAHIA funcionou como o único tribunal superior da colônia ▪ 1751, criação da Relação do Rio de Janeiro. Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO Nomeado pelo Rei Eleito na localidade Juiz de paz (FELIPE II – FELIPE I em Portugal) * . CASA DE SUPLICAÇÃO (Portugal) RELAÇÃO DA BAHIA OUVIDOR Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO Juiz de Fora Juiz OrdinárioCorregedor Juiz de Vintena Nomeado pelo Rei Eleito na localidade Juiz de paz OS JUÍZES ORDINÁRIOS SÃO: IGNORANTES, SUBMISSOS AO MANDONISMO LOCAL OS JUÍZES DE FORA SÃO: ARROGANTES, AUTORITÁRIOS, CORRÚPTOS, SUBMISSOS À COROA Fonte: José Reinaldo de Lima Lopes. O Direito na História: Lições Introdutórias. Max Limonad. (p. 237 e 241) JUSTIÇA BRASILEIRA NO PERÍODO COLONIAL 1ª Instância Juiz de Vintena Juiz de paz para os lugares com mais de 20 famílias, decidindo verbalmente pequenas causas cíveis, sem direito a apelação ou agravo (nomeado por um ano pela Câmara Municipal) Juiz Ordinário Eleito na localidade, para as causas comuns. Juiz de Fora Nomeado pelo rei, para garantir a aplicação das leis gerais (substituía o ouvidor da comarca). 2ª Instância Relação da Bahia Fundada em 1609, como tribunal de apelação (de 1609 a 1758, teve 168 desembargadores) Relação do Rio de Janeiro Fundada em 1751, como tribunal de apelação 3ª Instância Casa da Suplicação Tribunal supremo de uniformização da interpretação do direito português, em Lisboa. JUSTIÇA PORTUGUESA Desembargo do Paço Originariamente fazia parte da Casa da Suplicação, para despachar as matérias reservadas ao rei, tornou-se corte autônoma em 1521, como tribunal de graça para clemência nos casos de penas de morte e outras. JUSTIÇA PORTUGUESA Mesa da Consciência e Ordens Para as questões relativas às ordens religiosas e de consciência do rei (instância única). ...DIREITO NO PERÍODO COLONIAL *MEDIEVAL, *ESTAMENTAL, *CORPORATIVA. CARÁTER PATRIMONIALISTA: • Capitanias Hereditárias • Jurisdição Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO INSTITUIÇÕES JURÍDICAS no período colonial carregam em si a tradição do DIREITO ROMANO e sua impostação: Conf. Lopes (p.243) VIDE: Introdução às Leis Civis de Teixeira de Freitas. (Lopes, p.242) “QUE SOBREVIVEU AO TEMPO” INTERESSE ECONÔMICO: Comércio – fornecer açúcar para a Europa INVESTIMENTO: Próprio Investidor externo: Bancos europeus Judeus (novos cristãos) Italianos ECONOMIA NO PERÍODO COLONIAL Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO Agromanufatura açucareira MERCANTILISMO PACTO COLONIAL • ECONOMIA ESPECIALIZADA • INVESTIMENTO EXTERNO • PRODUÇÃO PARA EXPORTAÇÃO • MÃO DE OBRA – ÍNDIOS E AFRICANOS Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO NAVIOS VOLTAVAM CHEIOS À EUROPA, MAS... IAM VAZIOS À AMÉRICA http://users.clas.ufl.edu/harlandj/maps_main.htm l * Maquete do interior de um navio negreiro. Prof.ª MICHELLAZORTÉA CARNEIRO Balança bate recorde e fecha 2016 com superávit de US$ 47,7 bilhões NOTÍCIA - Economia . Exportações e importações caíram Apesar o saldo recorde, em 2016 as exportações brasileiras caíram 3,18% na comparação com 2015, quando somaram US$ 191,13 bilhões. O superávit só foi possível porque as importações caíram ainda mais: 19,78%, de US$ 171,45 bilhões em 2015 para US$ 137,55 bilhões em 2016. Importações De acordo com o secretário de Comércio Exterior, as importações brasileiras vêm registrando uma redução no ritmo de queda. Abrão Neto destacou a queda de 43,1% no valor das importações de combustíveis e lubrificantes em 2016, influenciada pela redução da atividade econômica do Brasil e pela queda no preço desses produtos. Exportações O volume de exportações brasileiras somou, em 2016, 645 milhões de toneladas, um recorde histórico. O secretário de Comércio Exterior, Abrão Neto, afirmou que os destaques foram o minério de ferro, açúcar, celulose, petróleo, aeronaves e automóveis. “Com relação aos automóveis, o aumento de 135 mil unidades exportadas representou um aumento de 44,3% em 2016. Esse aumento das exportações teve como principais destinos a Argentina, México, Estados Unidos e Uruguai”, afirmou. De acordo com Abrão Neto, o volume de exportações de minério de ferro, óleo bruto de petróleo, açúcar de cana em bruto, celulose, minério de alumínio e seus concentrados, carne de frango, suco de laranja não congelado, polímeros de etileno, propileno e estireno e madeira em estilhas ou em partículas foram recordes em 2016. Abrão Neto destacou ainda o aumento na participação dos produtos industrializados nas exportações brasileiras, que passou de 51,9% em 2015 para 55% em 2016. http://g1.globo.com/economia/noticia/balanca-bate-recorde-e-fecha-2016-com- superavit-de-us-477-bilhoes.ghtml * Por Laís Lis, G1, Brasília 02/01/2017 15h01 Atualizado 02/01/2017 17h18 Holandeses no Brasil • A União Ibérica (1580-1640) • O projeto mercantil holandês; • holandeses no Brasil; • Deslocamento para as Antilhas e crise do açúcar luso-brasileiro. Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO *ACORDO COMERCIAL ENTRE PORTUGAL E HOLANDA TODA A EUROPA Holandeses EMPRESAS COLONIAIS PORTUGAL (financiamento) (refinamento) venda venda venda Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO UNIÃO IBÉRICA (1580 – 1640): Felipe II • Defesa da Inquisição • Política externa belicosa (Guerra dos 30 anos) • (cobrança de impostos extorsivos dos Holandeses) BÉGICA + HOLANDA (CALVINISTA) PORTUGAL (CATÓLICA) ESPANHA (CATÓLICA) posse Rei Felipe II: Rei da Espanha e de Portugal Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO * 1624 -> BAHIA HOLANDA + BÉLGICA (Luta pela independência) (REPÚBLICA DAS PROVÍCIAS UNIDAS) COMPANHIA DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS proibição tácita do rei Felipe II (Portugal/Espanha) de comercialização com os holandeses Conquista das regiões PRODUTORAS BRASIL HOLANDÊS (1625 – 1654) PERNAMBUCO ITAMARACÁ PARAÍBA RIO GRANDE DO NORTE Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO 48 49 VAMOS OBSERVAR!?... BRASIL: EXPORTAÇÕES Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO “1- Agasalhar ou tratar com algum soldado que viesse acorrer à campanha ou outra qualquer pessoa que da Bahia viesse; 2- Não declarar aos holandeses as pessoas que haviam recebido cartas da Bahia ou tinham tratado com soldados ou pessoas referidas no texto anterior; 3- Ser ousado e ter em sua casa alguma arma ofensiva de qualquer qualidade ou condição; 4- Não atender à ordem de expulsão ou não regressar às localidades para as quais houvessem sido convocados pelos poderes da Nova Holanda; 5- Sublevação; 6- Reunir-se e agir em grupo para roubar e matar.” PENA: morte. Execução da Pena: por enforcamento, pela espada, fogueira, entrega aos índios, esquartejamento (com o condenado ainda vivo); Requintes de barbárie: *nega-se ao acusado o direito de confessar (OS PECADOS). *cortava-se as mãos antes do enforcamento; Fonte: José Henrique Pierangueli. Apud. CASTRO, Fávia Lages. História do Direito Geral e do Brasil. Lumen Juris. (p. 301 – 312). Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO OUTROS DELITOS: • Não plantar o número de covas de mandioca ordenados por Lei (pena: ser considerado inimigo do Estado e multa) • Vender carne ou matar gado sem licença ( pena: açoites) • Casar-se ou amigar-se com índios (pena: deportação) • Escarnecer o judeu, cristão de outra denominação ou blasfemar (pena: multa, prisão e por vezes mutilação da língua). Fonte: José Henrique Pierangueli. Apud. CASTRO, Fávia Lages. História do Direito Geral e do Brasil. Lumen Juris. (p. 312). Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO Bélgica e Holanda: calvinistas ESCRAVIDÃO MODERNA: REGIME DE PRODUÇÃO (pacto colonial) SUJEITOS – (exclusividade étnica) GRANDES FAZENDAS EXPORTAÇÃO Negros africanos Indígenas Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO ESCRAVOS: Índios? Menos fortes Mais reativos Negros Africanos? BANTOS/ SUDANESES MÃO DE OBRA? MERCANTILISMO Slave Market at Rio de Janeiro http://erroluys.com/Kindle/KindleIllustra tedGuide.htm Sem FÉ, sem LEI, sem REI *ESCAMBO *TENTATIVA DE ESCRAVIZAÇÃO *PROTEÇÃO: missionária e legal Apiacá people, painted by Hércules Florence, 1827 INDÍGENAS LEGISLAÇÃO PROTETIVA = EFICÁCIA? Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO SEM PERSONALIDADE - base da economia colonial. - Negros africanos: - Personalidade jurídica não reconhecida. - propriedade. Tema voltará a ser abordado de forma complementar na Aula 6 (leis abolicionistas e suas circunstâncias históricas). Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO * *“O total respeito dos índios à vontade do indivíduo contra qualquer necessidade ou pressão da sociedade, com exceção de uma persuasão gentil, foi também interpretado pelos europeus como prova de sua animalidade, porque a submissão à autoridade – paterna, do Estado ou da Igreja – era considerada característica fundamental da civilização.” Fonte: Gabriel Soares Souza, apud. CASTRO, Flávia de Lages. História do Direito Geral e do Brasil, Lumen Juris, p 296. Visão antropológica DESOBEDIÊCIA OU RESPEITO À VONTADE INDIVIDUAL? Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO *LEIS RÉGIAS e ALVARÁS 1609 - REGIMENTO Recomendava que o Governador tivesse particular cuidado de mandar resguardar e executar a lei “SOBRE A LIBERDADE DO GENTIO DO BRASIL” ÍNÚMERAS NORMAS PROTETIVAS: D. João IV: 1647- Cria taxa de serviços devida aos indígenas. 1649 – 4 meses para cultura própria. 1656- Nova disciplina de salários RELAÇÃO DA BAHIA (poder de regulação): 1680 e 1691 Alvarás proibindo captura. Detalhe do mapa "Terra Brasilis" (Atlas Miller, 1519), na Biblioteca Nacional de França. EFICÁCIA? Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO * *1º - miscigenação = + súditos *2º - promoção do comércio de escravos africanos = + renda Alvará de 1755: exigência: RIGOR no cumprimento das leis sobre os índios Por quê? DEBRET. Ritual indígena brasileiro Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO OFICIALISMO DO TRÁFICO Marquês de POMBAL *Alvará de 06 de julho 1755 (ordena execução do Alvará 1680): * Proteção dos índios *Cria a COMPANHIA DE COMÉRCIO DO GRÃO-PARÁ E MARANHÃO * (exclusividade) OFICIALISMO LEGÍTIMO TÍTULO E EXPECTATIVA DE DIREITO * BULA DE BENTO XIV, de 1741 Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 Constituição Federal Capítulo VIII VIII - DOS ÍNDIOS (ARTS. 231 E 232) Art. 231. Sãoreconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO Art. 2.° Todo homem é capaz de direitos e obrigações na ordem civil. ... Art. 6.° São incapazes, relativamente a certos atos (art. 147, n. I), ou à maneira de os exercer: I - Os maiores de dezesseis e os menores de vinte e um anos (arts. 154 a 156). II - Os pródigos. III - Os silvícolas. Parágrafo único. Os silvícolas ficarão sujeitos ao regime tutelar, estabelecido em leis e regulamentos especiais, o qual cessará à civilização do país. Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. ... Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos; III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; IV - os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.(Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) * Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO A sugar press stood beneath a palm-thatched roof at one side of the plaza, oxen straining against the great arms that turned the rollers into which men fed the cane stalks. http://erroluys.com/Kindle/KindleIllustratedGuide .htm O engenho de açúcar ficava de baixo de um teto de palha de coqueiro do lado da praça, bois puxavam os grandes braços que giravam o moinho onde os homens colocavam os talos de cana Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO http://erroluys.com/Kindle/KindleIllustra tedGuide.htm Fontes: http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/imagens/imagem3-16.jpg http://1.bp.blogspot.com/_Dconpv1JWyY/S9robYgvxaI/AAAAAAAAc/3e5nsV8iKJA/s1600/h.jpg Entre 1500 e 1900: 4 milhões foram transportados para as plantações de ilhas no Oceano Índico, 8 milhões foram enviados para países da zona do Mediterrâneo, 11 milhões sobreviveram à Passagem Média para o Novo Mundo (Brasil 1580) Prof.ª MICHELLA ZORTÉA CARNEIRO * A presença indígena em todos os momentos da história nacional e não somente no escambo do pau-brasil: ❖ trabalharam na lavoura canavieira como mão de obra escravizada, ❖ resistiram à ocupação de suas terras (Aimoré, Potiguara, Tupinambá, Cariri, Manau, foram, por exemplo, grupos indígenas que abriram guerras contra os portugueses), ❖ ajudaram a expulsar os holandeses de Pernambuco, ❖ ensinaram os caminhos dos sertões aos bandeirantes, ❖ pegaram em armas na Guerra Guaranítica, ❖ lutaram na Cabanagem, ❖ enfrentaram a expansão da cafeicultura e das ferrovias, lutaram na Guerra do Contestado – enfim, eles foram partícipes na história brasileira. No período da chegada dos portugueses, calcula-se que existissem entre 3,5 e 5 milhões de indígenas no território do atual Brasil, pertencentes a mais de mil etnias. Segundo o Censo do IBGE publicado em 2012, atualmente são 305 sociedades indígenas, falantes de 274 línguas diferentes e totalizando cerca de 897 mil pessoas. A maior parte mora nas chamadas Terras Indígenas, que somam 690 espalhadas pelo país. A maior concentração está na Amazônia, mas tem muitos grupos vivendo próximo a grandes cidades e capitais. fonte: http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/10-erros- comuns-nas-aulas-de-cultura-indigena/ - Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues "Dança dos Tapuias", de Albert Eckhout (Reprodução) *O Foral de Olinda de 1537 é o documento histórico mais antigo relativo à cidade e elevou o povoado de Olinda à condição de Vila, estabelecendo seu patrimônio público, bem como um plano de ocupação territorial. Foi produzido pelo primeiro capitão donatário de Pernambuco (Duarte Coelho) aos povoadores e moradores, cedendo o direito de uso da terra, mas sem transferir sua propriedade. Ainda hoje a Prefeitura Municipal se utiliza do documento para fundamentar a cobrança de ?foro anual e também de ?laudêmio?. Inconformado, José, morador em terreno passível de cobrança, afirma que no Brasil não se reconhece um documento com quase cinco séculos de existência, além do que os forais não possuem força jurídica. *Diante da informação acima, pesquise e responda: *a) o que é uma Carta Foral? *b) Com que fundamento o Município de Olinda continua cobrando o foro anual e laudêmio? Caso concreto - 2018
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