Buscar

Antiguidade Grega

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Antiguidade Grega: A Paideia
As civilizações orientais desenvolveram-se no Norte da África e na Ásia. Depois foi a vez da Europa, onde floresceram em momentos sucessivos, duas grandes civilizações: a grega e a romana. Na antiguidade, a Grécia não formava uma unidade política, mas se compunha de diversas unidades politicas autônomas, constituídas pelas cidades-estados.
Apesar dessa autonomia, o caldeamento inicial de diversos povos convergiu para formar uma mesma civilização, pois as diferentes cidades tinham, em comum, o idioma e a religião, além de similaridades nas instituições sociais e políticas.
Periodização da história da Grécia antiga
Civilização micênica: séculos XX a XII a.C
Tempos homéricos: séculos XII a VIII a.C
Período arcaico: séculos VIII a VI a.C
Período clássico: V e IV a.C
Período helenístico: séculos III e II a.C
Civilização micênica 
Constituída por vários povos, formou-se muitos guerreiros, entre eles Aquiles e Ulisses, que ao lado de Agamêmnon, o governador partiram para a conquista de troia. Com a invasão dos bárbaros dórios, muitos fugiram para a Ásia menor, onde posteriormente passaram a viver do comercio. 
Tempos homéricos 
Época caracterizada pelos mitos, deuses, etc. esses mitos eram retratados por ambulantes, em forma de música, mas também por escritores, dentre eles Homero, provável autor das epopeias ilíada e odisseia. A primeira trata da guerra de troia, e a outra relata o retorno de Ulisses.
Hesíodo, outro poeta que teria vivido por volta do final do século VIII e princípio do VII a.C., produziu uma obra com característica já voltada para a época que se iniciou a seguir, ou seja, de busca da própria individualidade. Ainda assim, predomina na sua teogonia a crença nos mitos.
Período arcaico
Surgimento da filosofia, o que trouxe um novo pensamento, onde começaram a encontrar explicações logicas, para fatos que até então eram considerados mitos, coisas sobrenaturais, onde também se revelou tales e Pitágoras, o segundo tem suas teorias usadas até hoje. Período de criação da moeda, que vem substituir o sistema de trocas. No final do período arcaico, várias lutas denunciavam a crise social e política que resultou conflito entre a aristocracia rural e os setores populares representados pelos comerciantes em ascensão. 
A polis se constituiu com a autonomia da palavra. Não mais a palavra mágica dos mitos, concedida pelos deuses, mas a palavra humana do conflito, da argumentação. A expressão da individualidade por meio do debate engendrou a política libertando o indivíduo dos desígnios divinos para que ele próprio pudesse tecer seu destino na praça pública. 
Período clássico
Fortalecimento das artes e literatura, foi também o período marcado pela democracia escravista, onde apenas os homens livres eram considerados cidadãos, em todas as atividades artesanais, o braço escravo “libertava” o cidadão e assim podiam participar de funções consideradas dignas como as funções teóricas, políticas e de lazer, 
Período helenístico 
Registrou a decadência política. Como a Grécia, nunca constituiu uma unidade política, e as cidades-estados ora se rivalizavam em poder e influência ora se uniam contra um inimigo comum, como no caso da ameaça persa. Ainda na época clássica, as desavenças entre as poderosas cidades de Esparta e Atenas culminaram em guerra, na qual Atenas saiu derrotada. Dessa situação o rei Filipe aproveitou da macedônia para conquistar as cidades gregas, também convulsionadas por conflitos internos. Mais tarde, seu filho Alexandre expandiu suas conquistas pela Ásia e África, formando um império. 
Educação 
A formação integral
A educação grega estava baseada em uma formação integral, corpo e espirito. Nos primeiros tempos, quando ainda não existia a escrita, a educação era ministrada pela própria família, conforme a tradição religiosa. Quando se constituiu a aristocrastia dos senhores das terras, de formação guerreira, os jovens da elite eram confiados e preceptores. Apenas com o surgimento das póleis apareceram as primeiras escolas, visando a atender a demanda por educação. No período clássico, sobretudo em Atenas, a instituição escolar já se encontrava estabelecida. Mesmo que a ampliação representasse uma democratização da cultura, a educação ainda permanecia elitizada, atendendo principalmente os jovens de famílias tradicionais da antiga nobreza ou pertencentes a famílias de comerciantes enriquecidos. 
A educação física, antes predominantemente guerreira, militar passou a ser orientada sobretudo para esportes. O hipismo, por exemplo constituía um esporte elegante e restrito a poucos, por ser de manutenção cara, com o tempo o atletismo ampliou a participação do público frequentador dos ginásios.
Nas escolas, voltadas mais para a formação esportiva que para a intelectual, o ensino das letras e cálculos demorou um pouco para se difundir. Dentre os mais concorridos destacavam-se a cada quatro anos os jogos olímpicos, realizados na cidade de Olímpia, e que reuniam desde o século VIII a.C., as cidades gregas eventos tão valorizados que os conflitos cessavam durante sua realização.
A Paideia 
O conceito de Paideia, entre os gregos influenciou o que os romanos nos tempos de Cicero, iriam chamar de humanistas (ver o próximo capitulo) e que abrangia a formação integral do ser humano. É bem verdade que se tratava de uma orientação aristocrática, já que os “bem formados” não se ocupavam com as “artes servis”, oficio de escravos. 
Apenas no iluminismo do século XVIII tem a tentativa de estender a formação humanística a todos, num ideal de educação universal. No mundo contemporâneo, por vivermos uma crise de paradigmas, ressurge o ideal de superar a visão pragmática, utilitária da educação, voltada muitas vezes de uma formação mais abrangente e globalizante.
As origens: Homero, “educador da Grécia”. 
Na época da aristocracia guerreira, descrita sobretudo nas epopeias de Homero, a educação visava a formação militar do nobre. Nesse período o sentido de força e coragem, atributos do “guerreiro belo e bom”, aos quais se acrescentam a prudência, a lealdade, a hospitalidade, bem como a honra, a gloria e o desafio a morte. Eram esses os valores de uma sociedade aristocrática que justificava os privilégios de uma linhagem nobre, de origem divina. A criança nobre permanecia em casa até os 7 anos, quando eram enviadas aos palácios de outros nobres a fim de aprender como escudeiro o ideal cavalheirismo. 
Educação espartana 
Esparta era uma importante cidade-estado, após a fase heroica, ao contrário das demais cidades gregas, valoriza as atividades guerreiras mais que as intelectuais, desenvolvendo uma educação voltada para a formação militar. Era praticada a eugenia como forma de aperfeiçoar a espécie.
As crianças permaneciam com os pais até os sete anos, quando o estado oferece uma educação pública obrigatória. Até os doze anos permaneciam em comunidades constituídas por grupos que se formam pela idade. Há predomínio das atividades lúdicas, tais como dança, canto e música. A partir dos treze anos aumenta o rigor das atividades físicas. O jovem aprende a suportar a fome, o frio, o medo e principalmente a respeitar seu superior. Dos vinte aos trinta anos o jovem espartano continuava seus exercícios militares. Ao completar trinta anos alcança a maioridade, ao contrário doa atenienses, não são educados para os refinamentos intelectuais, a educação espartana está voltada para a formação de cidadãos uteis, ou seja, a formação de guerreiros. 
Educação Ateniense
Até os seis anos a educação da criança fica a cargo da família. A partir dos sete anos, se for menina permanecer no gineceu, parte da casa onde as mulheres se dedicam aos afazeres domésticos, caso seja menino, desliga-se da autoridade materna e inicia o processo de alfabetização, de educação física e musical. Ao completar treze anos as mais pobres saem em busca de um oficio, enquanto os de família rica continuam os estudos sendo encaminhadas para o ginásio. Dos 16 aos 18 anos a educação adquiriauma dimensão cívica de preparação militar. A educação superior era ministrada pelos sofistas e demais filósofos. Os assuntos contemplados dependiam das características de cada escola, sendo que de um modo geral podemos dizer que os sofistas valorizavam a retorica e o bom discurso, enquanto os filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles valorizavam as reflexões de caráter filosófico. 
Educação no período Helenístico 
No fim do século IV a.C., iniciou-se a decadência das cidades-estados, até perda total de sua autonomia. A cultura helênica, no entanto, fundiu-se as civilizações que a dominaram, dando origem ao helenismo. Nos séculos seguintes não haveria cidade importante no oriente, da África e do mundo romano em expor que não tivesse teatros, banhos públicos, ginásios e bibliotecas inspirados na cultura helênica. 
No período helenístico, a antiga paideia torna-se enciclopédia, que significa literalmente “educação geral” e consiste na ampla gama de conhecimentos exigidos para a formação da pessoa culta. A medida que se ampliavam os estudos teóricos, restringia-se o tempo dedicado aos exercícios físicos, nos grupos superiores predominava o saber erudito, distanciado do cotidiano. As questões metafisicas e politicas foram substituídas por temas éticos. 
Ao lado do ensino elementar, orientado pelo gramatico, notou-se o desenvolvimento no nível secundário, sendo ainda ampliada a função de retor, ou mestre de retorica, tão defendida por isocrates no período anterior. Outro local importante de estudos superiores foi Alexandra, cidade fundada na foz do rio Nilo pelo imperador Alexandre o grande, em 331 a.C., e que se transformou em centro fecundo de pesquisa, constituído por escola, museu e biblioteca, por gestadas a astronomia geocêntrica de Ptolomeu, a física de Arquimedes, a geometria de Euclides e, mais tarde, foram acolhidos os primeiros padres da igreja.
A biblioteca de Alexandria, famosa pela coleção de manuscritos gregos, hebreus, egípcios e orientais, era bem equipada, com funcionários para organizar os documentos e realizar copias. É de lastimar a destruição desse tesouro no século VII d.C., quando a região foi conquistada pelos árabes. 
Pedagogia (A pedagogia como reflexão sobre a paideia)
Os povos da antiguidade oriental não dispunham de uma reflexão especialmente voltada para a educação, porque esse saber essa pratica encontravam-se vinculados as tradições religiosas recebidas dos ancestrais. Por se tratar de sociedades teocráticas, a educação não se separava da religião, e o escriba, o sacerdote ou o magno eram os depositários desses valores. 
Na Grécia clássica, ao contrário as explicações predominantemente religiosas foram substituídas pelo uso da razão autônoma, da inteligência crítica e pela atuação da personalidade livre, capaz de estabelecer uma lei humana e não mais divina. Surgia, pois, a necessidade de elaborar teoricamente o ideal da formação, não do herói submetido ao destino, mas do cidadão que deixa de ser o depositário do saber da comunidade, para se tornar aquele que elabora a cultura da cidade. A ênfase no passado foi deslocada para o futuro: ninguém se acha preso a um destino traçado, mas é capaz de projeto, de utopia. 
Ao discutir os fins da paideia, os gregos esboçaram as primeiras linhas conscientes da ação pedagógica e assim influenciaram por séculos a cultura ocidental. As questões: o que é melhor ensinar? Como é melhor ensinar? E para que ensinar? Enriqueceram as reflexões dos filósofos e marcaram diversas tendências, até hoje essas perguntas são fundamentais para a pedagogia. 
Bibliografia: 
- ARANHA, Maria Lúcia de Arruda, História da Educação e da Pedagogia. São Paulo: Moderna, 2006

Outros materiais