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TRABALHO INTRODUÇÃO À ENG CIVIL

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INSTITUTO FEDERAL DE SÃO PAULO
ENGENHARIA CIVIL
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA CIVIL
REAPROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL PARA PAVIMENTAÇÃO DO IFSP
CAMILA BELLON BOTACIN			1463209
LUCAS TRAVESSIN DE SÁ			1461681
THOMAZ KREMER	GELIO			1467654
VINICIUS FERNANDO HOSSAKA 		1466241
SÃO PAULO
22 DE MAIO DE 2014
INTRODUÇÃO
O IFSP – Campus São Paulo apresenta dezenas de problemas que podem ser resolvidos com o auxílio da engenharia civil. Com a convivência diária no ambiente e infra estrutura do Campus, observamos diversos aspectos que poderiam ser melhorados se ideias inovadoras fossem colocadas em prática, com a finalidade de trazer mais qualidade ao ambiente de estudos. Abaixo, listamos alguns problemas recorrentes, tanto em salas de aula quanto em áreas comuns, que observamos no dia a dia e em visitas aos diversos setores do IFSP:
Ventilação: a circulação de ar é precária na maioria das salas de aula. Um problema pontual grave nesse sentido são as salas de aulas próximas aos blocos que estão passando por reformas, que além da precariedade da circulação de ar, enfrentam a poeira proveniente das obras.
Poeira: no Bloco H, que comporta os cursos relacionados à construção civil, existem aulas práticas onde os estudantes utilizam materiais de construção para construir arcos de alvenaria. Diversas vezes durante o ano estes arcos são demolidos e reconstruídos, causando um problema de sujeira nas salas de aula do entorno e também de saúde, pois a poeira se espalha pelo bloco todo.
Resíduos da construção civil: alguns blocos do IFSP encontram-se em reforma. As obras tiveram início em 2012 e estão em andamento. Para a execução do projeto de reforma e construção de salas de aula e laboratórios, há demolição de paredes e construção de novas, além de modificações na estrutura, no telhado e no pavimento. Além das obras no interior dos blocos, também está ocorrendo a troca do contra piso e piso de toda a área comum interna do prédio. Todos os resíduos sólidos gerados pelas obras são descartados em caçambas, sem nenhum tipo de tratamento. A destinação é aterro sanitário.
Resíduos sólidos: além dos resíduos da construção civil, há diversos materiais no IFSP que são descartados sem a destinação adequada. Folhas de árvores, pilhas e baterias, papéis, óleos, lâmpadas fluorescentes e incandescentes queimadas, lixo orgânico e outros materiais vão parar nas lixeiras das áreas comuns, salas de aula e laboratórios todos os dias. Há um projeto de extensão denominado “Análise dos resíduos recicláveis gerados no Campus São Paulo, reimplantação e consolidação do programa de Coleta Seletiva solidária" <http://reciclaifsp.wordpress.com/sobre/> que mapeia estes materiais e estuda adequá-los às normas de higiene, segurança e meio ambiente. No entanto, atualmente, nada é feito para que este lixo tenha destinação correta, seja reciclado ou reaproveitado pela comunidade, o que também fere a legislação que rege o IFSP (Decreto 5940/06).
Mosquitos: as salas de aula do IFSP estão infestadas de mosquitos. Fomos conferir a situação da fossa (que recebe todo o esgoto da instituição) e do poço artesiano, que abastece todo o Campus, mas ambos encontram-se devidamente fechados. Com as informações coletadas com funcionários e o que foi observado, há muito lixo acumulado nos fundos da instituição (folhas, plásticos e todo tipo de material armazenado, como lixo eletrônico e de saúde), o que pode ser um grande foco de mosquitos e doenças como a Dengue, já que estes materiais ficam expostos ao sol e à chuva e acumulam água parada.
Temperatura: os estudantes do IFSP sofrem durante o verão. A temperatura em São Paulo chegou aos 36,4º em fevereiro de 2014. Não há ar condicionado nas salas de aula, e em algumas, tampouco vetiladores. Une-se a temperatura ao problema da ventilação e está feita a mistura para um ambiente abafado e quente. A engenharia civil poderia contribuir com a modificação do isolamento térmico ou criar alternativas que amenizassem a temperatura durante os meses de calor. Notamos que, mesmo nos prédios em que há aberturas no telhado, não há um nível maior de frescor durante os dias de calor.
Estes são apenas alguns pontos observados durante algumas horas. No IFSP, ainda há outros problemas que podemos citar e que a engenharia poderia dar sua contribuição: carência de espaços silenciosos para os estudantes, má iluminação em diversos blocos, falta de pavimentação adequada nas áreas externas, falta de acessibilidade no Campus, salas de aula mal planejadas, entre outros. 
DIAGNÓSTICO
Neste trabalho, vamos nos ater a um dos problemas listados acima: os resíduos de contrução civil. Em contrapartida, com o produto que iremos criar, o resultado vai impactar em outro ponto de problemática citado anteriormente: a carência de pavimentação adequada em algumas áreas do Campus. Ao longo do trabalho iremos explicar e demonstar como estes dois problemas podem ser resolvidos com um procedimento que pode ser implantado pela engenharia civil não apenas no IFSP, mas em qualquer local que julgar-se necessário, com rapidez, segurança e eficiência.
Resíduos de construção civil no IFSP: três caçambas por dia vão para aterros.
OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é criar um processo ou produto inovador na área da engenharia civil, tomando como base uma problemática observada no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), Campus São Paulo, a fim de tentar resolvê-la.
PRODUTO
O produto do nosso trabalho é uma peça de pavimento, criada a partir da utilização dos resíduos de construção civil gerados no IFSP. Este pavimento será criado a partir da mistura de três materiais: os resíduos de construção previamente triturados, Ecoryon e Água de Vidro. Estas duas susbtâncias atualmente são utilizadas em injeções de consolidação de solos: quando a sondagem de um terreno mostra que o solo é instável e pode haver recalque na construção, um dos métodos que podem ser aplicados para reforço do solo é a injeção de ecoryon e água de vidro sob pressão, que juntas se solidificam, tornando o solo mais forte e mais propenso a receber construções maiores em sua superfície.
MATERIAIS
Os materiais que utilizaremos no projeto são:
Resíduos da Construção Civil: os resíduos utilizados serão provenientes das obras que estão sendo realizadas no IFSP (ampliação e reforma dos blocos, troca de contra piso e piso, reforma do telhado e posteriormente da obra do novo prédio do Campus). Em entrevista com os funcionários da empresa contratada para fazer a obra, constatamos que atualmente, são levadas para aterros sanitários por volta de 3 caçambas de entulho por dia útil.
Máquina trituradora para concreto: O material residual deverá ser triturado para ser reutilizado.
Silicato de Sódio: também conhecido como vidro líquido ou água de vidro, é uma solução aquosa constituído por SiO2 (dióxido de silício) e Na2O (óxido de sódio). 
Ecoryon: é um produto inerte que depois de solidificado tem ph entre 6 a 8, portanto não polui o meio ambiente. Ele foi desenvolvido para impermeabilização e reforço de solos arenosos. Devido a sua fluidez e a possibilidade do controle do tempo de endurecimento, que varia de alguns segundos para alguns minutos e até horas, consegue uma injeção homogênea e duradoura. A durabilidade do produto se mantém por muitos anos.
Fôrmas plásticas 
Como se pode observar, não há necessidade de muitos recursos, como maquinário pesado, tampouco de gastos grandes com recursos humanos: uma equipe pequena ou até mesmo uma única pessoa podem colocar o projeto em prática, tendo em mãos os materiais necessários.
METODOLOGIA
Antes de começar a prpdução das peças de pavimento, mapear as áreas críticas do IFSP e fazer um estudo sobre tamanho, quantidade e formato das peças que poderiam pavimentar aquela área. Listamos alguns locais:
Calçamento externo do IFSP (Avenida Cruzeiro do Sul e Rua Pedro Vicente)
Estacionamento externo do IFSP (Rua Pedro Vicente)Caminhos da área verde do IFSP
Caminhos nos gramados do IFSP
Piso da área comum interna do IFSP
Não há pavimentação no exterior dos laboratórios de Artes e Física (próximo ao portão)
Separação dos resíduos sólidos oriundos das construções no IFSP. Atualmente, as obras de troca do piso e contrapiso, reforma do telhado e reforma de ampliação de diversos blocos da instituição possuem este tipo de resíduo. Para os próximos anos, com a previsão de construção de um novo prédio, haverá descarte destes resíduos continuamente.
Papelão, plásticos e madeira devem ser separados do restante do lixo. Restos de cimento, tijolos, argamassa e outros materiais serão triturados.
O Ecoryon e a Água de Vidro serão misturados aos resíduos triturados e tão logo colocados em fôrmas plásticas ou de madeira. As duas substâncias irão se solidificar, e junto com elas, o material triturado misturado irá garantir o reforço e consistência.
As substâncias atuam da seguinte forma:
Mistura de Ecoryon e Água de Vidro
As formas devem ser previamente preparadas. Uma sugestão é adquirir formas plásticas que tenham a textura com guias para deficientes visuais, assim o pavimento terá também a função de acessibilidade.
Pronto! Todo o processo irá durar aproximadamente 15 minutos (trituração, mistura, colocação na fôrma, tempo de espera). Depois é só levar o pavimento até a área onde ele será alocado e juntar as peças com os processos utilizados normalmente (nivelamento do solo, limpeza, colocação de base, caso necessite, etc.)
CONCLUSÃO
O processo criado acima é inovador (não encontramos nenhum tipo de referência na utilização das substâncias para a finalidade de pavimentação), permite utilizar princípios da química e da construção civil e resolve dois dos problemas apontados inicialmente como parte do cotidiano do IFSP. Certamente a pavimentação do Campus é um item importante e que necessita de atenção, uma vez que está clara a precariedade em todo o Campus São Paulo. Ainda, podemos ajudar a eliminar uma quantidade significativa de lixo proveniente da construção civil.
Em relação à quantidade de materiais, estima que em um metro quadrado de construção de um edifício são gastos em torno de uma tonelada de materiais, demandando grandes quantidades de cimento, areia, brita, etc. Os resíduos gerados são devido às perdas ou aos desperdícios neste processo; mesmo que se melhore a qualidade do processo, sempre haverá perda e, portanto, resíduo. Ou seja, enquanto não cessarem as obras no Campus, não irá cessar o lixo proveniente delas. 
A nova pavimentação do IFSP, que poderia ser criada por meio deste processo, poderia, ainda, ser totalmente adequada à acessibilidade, uma realidade ainda não observada pelo Instituto. Há locais onde cadeirantes ou deficientes visuais, por exemplo, não conseguem ir.
Entre os pontos positivos, podemos listar:
Total reutilização do lixo proveniente da construção civil
Pavimento instantâneo, que pode ser confeccionado de acordo com a necessidade
Função social: pode ser utilizado nas calçadas externas 
Acessibilidade: pode ser feito dentro das normas de acesso para pessoas portadoras de necessidades especiais
Não polui nem agride o meio ambiente: as substâncias não causam nenhum tipo de dano ambiental
Durabilidade
Mas também há pontos negativos. São eles:
Alto custo: as substâncias terão um custo elevado se compararmos com o custo dos processos usuais.
Dificuldade para encontrar os materiais à venda
A rapidez com que as peças ficam prontas podem se tornar um problema, caso a pessoa que está fabricando não conheça o tempo de ação da reação. Portanto, pode haver desperdício de material se a mistura não for feita rapidamente e colocada na fôrma de forma correta.
Para finalizar, entramos em contato com algumas empresas que utilizam Ecoryon e Água de Vidro em injeções de consolidação, para obter mais informações a respeito dos produtos. Também pedimos amostras para testar a mistura com os resíduos e fazer uma peça de pavimento amostral, no entanto, não obtivemos resposta.
REFERÊNCIAS
ÂNGULO, S. C. et al. Caracterização de agregados de resíduos de construção e demolição reciclados separados por líquidos densos. Anais. In: I Conferência Latino Americana de Construção Sustentável. São Paulo, 2004, 13 p.
BLUMENSCHEIN, R; SPOSTO, R. M. Projeto de gerenciamento de resíduos sólidos: Programa de gestão de materiais. Cartilha, publicação UnB, CBIC, Sinduscon-DF, Sinduscon-GO e Prefeitura de Goiânia. Brasília, 2003. snp.
BRASIL, Leis. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. RESOLUÇÃO nº. 307, de julho de 2002.
CALDERONI, S. Os bilhões perdidos no lixo. Ed. Humanitas FFLCH/USP, 4a ed., São Paulo, 2003, 346 p.
JOHN, V. M. Reciclagem de resíduos na construção civil: contribuição à metodologia de pesquisa e desenvolvimento. São Paulo, 2000, 102 p. Tese (Livre docência). Departamento de Engenharia de Construção Civil, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
PINTO, T. P. Metodologia para a gestão diferenciada de resíduos sólidos da construção urbana. São Paulo, 1999, 190 p. Tese (Doutorado). Departamento de Engenharia de Construção Civil, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
SOUZA, U. E. L. Como reduzir perdas nos canteiros: Manual de gestão do consumo de materiais na construção civil. Ed. Pini, São Paulo, 2005. 128 p.

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