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O que é existencialismo? Docente: Mariana Simonetti Qualquer filosofia que seja concebida e se exerça como análise da existência, desde que por existência se entenda o modo de ser do homem no mundo. Doutrina filosófica que centra sua reflexão sobre a existência humana, considerada em seu aspecto particular, individual e concreto. O que é existencialismo? Visão de homem O Existencialismo é levado a considerar o homem como um ente finito, isto é, limitado nas suas capacidades e nos seus poderes, lançado no mundo e obrigado a manter uma luta incessante, com situações que podem levá-lo ao fracasso. Ligação estreita com a literatura que trata do sentimento de problematicidade da vida humana. Contexto histórico Pós 2ª Guerra Mundial: Europa devastada. Crises política, social, econômica, moral... Experiência traumática da guerra: ambiente de desânimo e desespero. Juventude europeia: descrente dos valores burgueses tradicionais e da capacidade do homem de superar, racionalmente, as contradições da sociedade. Questionamento, principalmente, do racionalismo mecanicista: domínio da ciência, arte, filosofia... Contexto histórico Se desenvolve o existencialismo moderno como o reflexo mais fiel ou a expressão mais autêntica da situação de incerteza existente na sociedade europeia, dominada ainda pelas destruições materiais e espirituais da guerra e preparando-se com hesitação para uma reconstrução difícil. Pensamento existencialista surge para romper o paradigma vigente na época, baseado em explicações mecanicistas de causa e efeito (racionalismo). Preocupação com questões da existência humana. Em nome da razão, os homens haviam aprendido a adestrar suas emoções, desintegrando-se social e pessoalmente, na opinião do existencialistas (Lessa, s.d.). O existencialismo passou a ser identificado como um estilo de vida, uma forma de comportamento, a designar toda atividade excêntrica. Críticas... Contexto histórico Sartre (1970): existencialismo não pode ser refúgio para os que procuram o escândalo, a inconsequência e a desordem. O movimento existencialista não defende o abandono da moral, mas a coloca em seu devido lugar: na responsabilidade individual de cada pessoa. Contexto histórico Principais fundamentos A existência precede a essência: o homem primeiramente existe e, a partir de sua existência, é que ele vai dar sentido aos entes e ao mundo. O que significa, aqui, dizer que a existência precede a essência? Significa que, em primeira instância, o homem existe, encontra a si mesmo, surge no mundo e só posteriormente se define. O homem, tal como o existencialista o concebe, só não é passível de uma definição porque, de início, não é nada: só posteriormente será alguma coisa e será aquilo que ele fizer de si mesmo (Sartre, 1970, p.4). Homem: ser-no-mundo. Principais fundamentos Homem: livre e responsável por suas escolhas. O homem nada mais é do que aquilo que ele faz de si mesmo (Sartre, 1970, p.4). Principais representantes Antecedentes: Kierkegaard e Nietzsche. Outros representantes: Martin Heidegger; Jean-Paul Sartre; Karl Jaspers; Gabriel Marcel; Martin Buber. Principais temas Existência (homem-mundo); Angústia; Morte; • Liberdade x Responsabilidade; Existencialismo: busca por refletir sobre os problemas do cotidiano: Solidão; Tédio, vazio; Culpa, débito; Sentido de vida. Referências - Abbagnano, N. (2000). História da Filosofia. Vol. X. Editorial Presença. - Heidegger, M (2005). Ser e tempo. Partes I e II. 15ª. Ed. Rio de Janeiro: Vozes. (Obra original publicada em 1927). - Lessa, Jadior (s.d.). O movimento existencialista como quebra de paradigma. Jornal Existencial on-line. - Penha, J. (2001). O que é Existencialismo. São Paulo: Brasiliense (Coleção Primeiros Passos). - Sartre, J. P. (1970). O existencialismo é um humanismo. Petrópolis, RJ: Vozes. (Vozes de Bolso). - Tillich, P. (1939). A concepção de homem na filosofia existencial. Textos clássicos.
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