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CONCURSO DE PESSOAS

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CONCURSO DE PESSOAS
 	Existem infrações que podem ser praticadas por uma só pessoa, conhecidas como crimes unisubjetivos. Outras, no entanto, exigem a participação de 2 ou mais pessoas para que possam se configurar, conhecidas assim como crimes plurisubjetivos.
O artigo 29 do Código Penal trata do concurso de pessoas:
Art. 29 – Quem, de qualquer modo, concorre para o crime, incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
	Assim, o concurso de pessoas ocorre quando duas ou mais pessoas concorrem para a prática de uma mesma infração penal. 
	Espécies de Concurso de Pessoas:
	Concurso Necessário: refere-se aos crimes classificados como plurissubjetivos, aqueles que exigem o concurso de pelo menos duas pessoas. Nestes, a norma incriminadora exige, como condito sine qua non do tipo, a existência de mais de um autor, de maneira que a conduta não pode ser praticada por uma só pessoa. A co-autoria será obrigatória, podendo ou não haver participação.
Crimes prurissubjetivos de condutas paralelas – as condutas auxiliam-se mutuamente. Ex: quadrilha ou bando
Crimes prurissubjetivos de condutas contrapostas – condutas praticadas umas contra as outras. Ex: rixa	
Crimes prurissubjetivos de condutas convergentes – as condutas se encontam e desse modo nasce o crime. Ex: 235 bigamia 
	Concurso eventual: refere-se aos crimes classificados como monossubjetivos, que podem ser praticados por um ou mais agentes. Quando cometidos por uma ou mais pessoas em concurso, haverá co-autoria e/ou participação. Mas tanto uma como a outra podem ou não ocorrer.
	Espécies de crimes:
	Crimes monosubjetivos – Aqueles que podem ser cometidos por um ou mais agentes. Maioria dos crimes na parte especial.
	Crimes Plurisubjetivos - são os que só podem ser praticados por pluralidade de agentes em concurso. Ex: quadrilha, rixa.
REQUISITOS:
	A regra contida neste artigo 29 aplica-se, como regra, aos crimes de concurso eventual, que são aqueles que podem ser cometidos por um só agente, mas que, eventualmente, são praticados por duas ou mais pessoas. 
	Para termos o concurso de pessoas, necessitamos dos seguintes requisitos:
Pluralidade de agentes e de condutas;
Relevância causal de cada conduta;
Liame subjetivo entre os agentes;
Identidade de infração penal.
 		Pluralidade de agentes é requisito essencial. É Necessário que, no mínimo duas pessoas, com esforço conjunto, desejem realizar determinada infração.
 		Relevância causal das várias condutas, como a própria palavra diz, a necessidade da conduta levada a efeito por um dos agentes, possuir relevância para a pratica da infração. Caso não tenha nenhuma relevância, não se falará em concurso de pessoas.
 		Liame subjetivo é o vínculo psicológico que une os agentes para a prática da mesma infração penal. Se não existir esse liame, cada qual deverá responder por sua conduta, isoladamente. Comentar caso dos dois que atiram em uma pessoa sem saber um do outro.
OBS.
Deve o concorrente estar animado da consciência que coopera e colabora para o ilícito, convergindo sua vontade ao ponto comum das vontades dos demais participantes. Não se exige, porém, acordo de vontades, reclamando apenas vontade de participar e cooperar da ação de outrem.
É imprescindível homogeneidade de elementos subjetivo. NÃO EXISTE PARTICIPAÇÃO DOLOSA EM CRIME CULPOSO NEM PARTICIPAÇÃO CULPOSA EM CRIME DOLOSO.
Quando mais de uma pessoa concorre para a prática de determinado fato criminoso, mas não há entre elas liame subjetivo, surge a autoria colateral ou incerta. 
	AUTORIA COLATERAL, INCERTA E DESCONHECIDA
	A autoria colateral ocorre quando mais de um agente realiza a conduta, sem que exista liame subjetivo entre eles. Comentar exemplo
	A autoria incerta ocorre quando, na autoria colateral, não se sabe quem foi o causador do resultado. Impossível determinar quem 
causou o resultado.
	A autoria desconhecida ocorre quando não se consegue apurar quem foi o realizador da conduta. Por conseqüência, arquiva-se o inquérito por ausência de indícios.
 		A identidade da infração penal quer dizer que os agentes devem querer praticar a mesma infração. Os dois devem querer determinada e escolhida infração penal.
A doutrina moderna chama de conseqüência regra do concurso de pessoas.
TEORIAS SOBRE O CONCURSO DE PESSOAS:
Teoria Pluralista – diz que a pluralidade de autores corresponde à pluralidade de crimes. Existem tantos crimes quanto forem os participantes do fato delituoso. Seria como se cada um tivesse praticado uma infração penal, independente da ajuda dos outros.
Teoria dualista – diz haver distinção entre o crime praticado pelos autores e pelos partícipes. Haveria uma infração para os autores e outra para os partícipes.
Teoria monista – também chamada UNITÁRIA. ADOTADA PELO NOSSO CÓDIGO PENAL. Diz que todos aqueles que concorrem para o crime, incidem nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. Embora o crime seja praticado por várias pessoas, continua ele único e indivisível. Cabe ressaltar que no §2° do artigo 29 o código trouxe como exceção a teoria dualista ou pluralística, afirmando: Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste. Assim, embora como regra geral os partícipes respondam pelo mesmo crime, excepcionalmente o legislador determina a imputação por outra figura típica, quando o agente quis participar de infração menos grave. Ex: sujeito que transporta três assaltantes para furtar uma casa que, a princípio, não teria ninguém.
AUTOR – o conceito de autor depende da teoria adotada
Teoria restritiva (objetiva) – autor é aquele que pratica a conduta descrita no tipo)
Teoria extensiva – (subjetiva ou unitária.situação oposta ao do conceito restritivo, para essa teoria não se faz distinção entre autores e partícipes. Todos que, de alguma forma, colaboram para a prática da infração
Teoria do domínio do fato – autor é quem tem o domínio final do fato, o domínio da situação. Somente no dolo. 
Para conceituar autor surgem algumas teorias:
Teoria Unitária – todos são autores, não existindo partícipe. Autor é todo aquele causador do resultado típico, sem distinção.
Teoria Extensiva – Também não faz distinção entre autor e partícipe. Todos são autores. Entretanto, mais moderada que a unitária, esta admite a existência de causas de diminuição de pena. Admite passar a existir a figura do cúmplice (autor menos relevante)
Teoria restritiva – Teoria adotada pelo código penal. Diferencia autor de partícipe. Para definir a palavra autor usa três outras teorias ou três critérios:
Objetivo-Formal – Somente é considerado autor aquele que pratica o verbo, isto é, o núcleo do tipo legal. Em contrapartida partícipe é aquele que, sem realizar a conduta principal, concorre para o resultado. 
Objetivo-material – Autor não é aquele que realiza o verbo do tipo, mas a contribuição objetiva mais importante. Gera muita insegurança por ser muito subjetivo. 
Teoria do Domínio do Fato – Autor é aquele que detém o 
controle final do fato, dominando toda a realização delituosa, com plenos poderes para decidir sobre sua prática, interrupção e circunstâncias. Não importa agora praticar ou não o verbo nuclear do tipo. Nessa teoria, não quer dizer que o agente tem que ter o poder de evitar a prática da infração penal a qualquer custo, mas sim que tem domínio funcional da parte do plano criminoso que lhe foi atribuída. O domínio será, portanto, sobre as funções que lhe foram cofiadas e que são fundamentais na prática da infração penal. Ler Pág. 436
CO-AUTORIA
		A teoria do domínio do fato consegue diferenciar um pouco autoria de co-autoria. Diz que “o autor é aquele que possui o domínio do fato, o senhor de suas decisões, e, co-autor, são aqueles que têm o domínio funcional dos fatos, ou seja, dentro da divisão de tarefas, são co-autores aqueles que tiverem uma participação importante e necessária ao cometimento da infração”.
Para a teoria restritivaco-autoria é o número plural de pessoas realizando verbo nuclear.
Para a teoria extensiva co-autoria é o número plural de pessoas concorrendo, de qualquer forma, para a realizacão do fato.
Teoria do domínio do fato – co-autoria é a pluralidade de pessoas com o domínio sobre o fato unitário.
COAUTOR SUCESSIVO?? A regra é que todos os coautores iniciem juntos a empreitada criminosa. Porém, pode acontecer que alguém, ou um grupo, já tenha começado a percorrer o cominho do crime, quando outra pessoa adere 1ª conduta crimiosa, unindo sua vontade à vontade dos demais.
Crime de mão-própria?? Não admite coautoria, pois trata-se de infração penal infungível, personalíssima, não admitindo divisão de tarefas.
O STF E STJ tem admitido a coautoria nos crimes de mão própria. Eles adotaram a teoria do domínio do fato.
AUTORIA DIRETA E INDIRETA
 		Autor direto ou executor é aquele que executa diretamente a conduta descrita pelo núcleo do tipo. Autor indireto ou mediato é aquele que se vale de outra pessoa para a prática da infração penal.
 Usa esta pessoa como instrumento para a prática do crime. Temos 4 formas de autoria mediata previstas em nosso código penal:
Erro determinado por terceiro (artigo 20, §2°).
Coação moral irresistível (artigo 22 primeira parte)
Obediência hierárquica (artigo 22 segunda parte)
Caso de instrumento impunível, em virtude de condição ou qualidade pessoal (artigo 62, III, segunda parte)
 		Pode ainda ocorrer nas situações de força irresistível ou estado de inconsciência.
		Erro determinado por terceiro: caso da enfermeira
		Caso de instrumento impunível: doentes mentais e menores
		AUTOR INTELECTUAL
	A autoria intelectual refere-se ao chamado “homem inteligente” do grupo, aquela pessoa que “arma”, “trama” todo o plano criminoso. O crime constitui produto de sua criatividade. Pode acontecer de este até mesmo não pratique função executiva no plano por ele formulado, não restando afastada, mesmo assim, sua posição de autor.
AUTOR DE ESCRITÓRIO
Forma especial de autoria mediata a qual pressupõe uma máquina de poder determinando a ação de funcionários, aos quais, no entanto, não podem ser considerados meros instrumentos nas mãos dos chefões. O autor de escritório tem poder hierárquico sobre seus soldados(PCC, por exemplo.
É possível autoria mediata em delito de mão própria? Não, pois trata-se de infração penal de conduta infungível.
É possível autoria mediata em delito próprio? 1 majoritária é possível 2 (LFG) é deste que o autor mediato possua as características pessoais exigidas ao autor imediato 3 
PARTICIPAÇÃO
Entende-se por partícipe o coadjuvante do crime, fato determinado praticado por autor conhecido e individualizado. Pratica fato atípico, mas responde pelo fato que assessora.
 	Participação é sempre atividade acessória, dependente da principal. Assim, para que se possa falar em partícipe é sempre necessário que exista um autor do fato. 
 	Como atividade acessória a participação poderá ser moral ou material. Moral nos casos de induzimento (no código chamado determinação) e instigação. Material seria o prestação de auxílios materiais.
	Enquanto induzir é dar a idéia, criar, colocar na cabeça do agente a instigação é reforçar, estimular uma idéia criminosa já existente na mente do autor. Na prestação de auxílios materiais (também chamada cumplicidade), o partícipe facilita materialmente a prática da infração penal. (empresta a arma, cede à escada). Sempre existe um toque de instigação.
	Também vale destacar o artigo 31 do Código Penal, onde diz que a conduta do partícipe somente será objeto de apreciação se o autor, que exerce o papel principal ingressar na execução. Caso não ingresse na fase executória do crime que foi induzido, instigado ou auxiliado pelo partícipe, este último por nada poderá ser responsabilizado.
TEORIAS SOBRE A PARTICIPAÇÃO
Participação
Teoria da acessoriedade mínima – a participação é punível a partir do momento que o autor já estiver praticado uma conduta típica. (furto famélico)
Teoria da acessoriedade limitada – pune-se a participação se o autor tiver praticado uma conduta típica e ilícita. Mesmo não sendo culpável o autor, o partícipe já será penalmente responsabilizado. Adotada pela maioria da doutrina. (erro de proibição)
Teoria da acessoriedade máxima – somente haverá punição do partícipe se o autor tiver praticado conduta típica, ilícita e culpável. 
Teoria da hiperacessoriedade – Vai além e diz que para a participação ser punível o autor deve ter praticado fato típico, ilícito, culpável e punível.
**** Importante – A participação deve dirigir-se a FATOS E PESSOAS DETERMINADOS. O partícipe deve incitar a idéia de um fato criminoso determinado a um agente também determinado.
Artigo 15 – Arrependimento Eficaz e Desistência Voluntária
	O artigo 15 traz estes institutos para o autor e não deve se estender a aplicação aos partícipes, conforme se interpreta do artigo 31. ( prosseguir na execução)
Arrependimento do Partícipe
	Apenas poderia se falar em desistência no caso de auxílio material. Quanto ao restante apenas em arrependimento. 
	Quanto ao arrependimento, só será possível se conseguir fazer com que o autor do delito não pratique a conduta criminosa. Se não tiver êxito em sua missão de evitar que o delito seja cometido depois de induzir ou instigar inicialmente o autor, seu arrependimento não será eficaz e não afastará sua responsabilização.
PARTICIPAÇÃO DE MENOR IMPORTÂNCIA
	O § 1º, que traz uma causa de diminuição de pena, de 1/6 a 1/3, é aplicável apenas nos casos de participação. Não se pode falar em co-autoria de menor importância. 
	Portanto, se o julgador entender ser a participação “de menor importância”, cabe ao aplicador a aplicação da redução entre os limites estabelecidos.
PARTICIPAÇÃO EM CRIME MENOS GRAVE
	Quebra da teoria unitária ou monista.
	Este parágrafo não tem aplicação limitada apenas aos partícipes. Estende-se também aos co-autores. O que ocorre é o “desvio subjetivo da conduta”, que, quando levado a efeito pelo executor, não fará com que o co-autor ou partícipe, não responda por este mesmo crime e sim por crime inicialmente pretendido.
CIRCUNSTÂNCIAS INCOMUNICÁVEIS
	Circunstâncias são todos os dados acessórios, periféricos, que, agregados a figura típica tem o condão de influir na fixação da pena. Ex: agravantes/atenuantes, causas de aumento e diminuição... Ao contrário, elementares são dados essenciais a figura típica, sem os quais nos levam ocorre ou uma atipicidade absoluta ou relativa.
	Circunstâncias e condições objetivas – Comunicam-se aos partícipes deste que tenham conhecimento de tais circunstâncias ou condições. Ex: são as ligadas aos aspectos objetivos do delito, como meio e modo de execução, lugar e momento do crime... Dizem respeito ao fato e não ao autor do crime.
	Circunstâncias e condições subjetiva – Não se comunicam aos partícipes, salvo quando forem elementares do crime, isto é, pertencentes ao próprio tipo penal. 
	Diferenciando circunstância de elementar, fica realmente fácil. Comentar caso do artigo 61, II, e) e 312 do código penal. Funcionário Publico é elementar. 
CONCURSO DE PESSOAS EM CRIMES OMISSIVOS E CULPOSOS
	Crimes Omissivos Próprios e Impróprios. Diferença.
	Divisão. Alguns acham não poder, pois cada um tem seu dever de agir individualizado, intransferível.
	Acredito que sim, desde que cada agente possua o dever de agir naquele caso concreto. 
	CONCURSO DE PESSOAS EM CRIMES CULPOSOS	
	A posição majoritária é que pode haver co-autoria, mas não participação. Como autor do delito culposo é aquele que mediante uma ação infringe o grau de cuidado requerido no caso concreto, produzindo de modo não doloso o resultado típico, todo o grau de causação de um resultado típico produzido não dolosamente, mediante uma ação que não observa o cuidado requerido, implica em autoria do respectivo delito culposo. Assim, não existe diferença entre autores e partícipes nos crimes culposos,ou seja, toda a classe de causação do resultado típico culposo é sinônimo de autoria.
	Ler página 483 Greco. Jurisprudência

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