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4 2 5 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA Unidade II SISTEMAS LINEARES 4 2 5 1 Introdução 4 2 5 1 A resolução de sistemas lineares pode surgir em diversas áreas do conhecimento. O caso geral, em que o sistema linear envolve m equações com n incógnitas, o sistema pode apresentar uma única solução, infinitas soluções ou não admitir solução. Neste capítulo vamos analisar esquemas numéricos para soluções de sistemas lineares de n equações com n incógnitas, supondo que este tenha uma única solução: 4 2 5 1 Os métodos de resolução de equações lineares são classificados em: Métodos Diretos - fornecem a solução exata de um sistema linear, a menos dos erros de máquina, através da realização de um número finito de operações. Métodos Iterativos – fornecem uma seqüência de aproximações para a solução X a partir de uma solução inicial X(0). O sistema é representado por A x = b onde aij são os coeficientes, xj são as incógnitas e os bj são os termos independentes. 4 2 5 1 Métodos Iterativos 4 2 5 1 Métodos Iterativos Vamos considerar um sistema linear AX = b, onde: A: matriz de coeficientes, n x n; X =(x1, x2, ..., xn)t: vetor de variáveis, n x 1 b: vetor independente, n x 1 (constantes) Tal sistema linear pode ser escrito na forma equivalente: X = CX + d onde: C: matriz com dimensões n x n; d: vetor com dimensões n x 1; 4 2 5 1 Partindo de um vetor X(0) (vetor aproximação inicial), constrói-se uma seqüência iterativa de vetores: Primeira aproximação De um modo geral, a aproximação X(k+1) é dada por: Segunda aproximação k = 0, 1, 2, ... OBSERVAÇÃO: k é chamado de índice de iteração. Sendo um processo iterativo, necessitamos de um critério de parada. E para isto temos que ter uma medida entre as aproximações X(k+1) e X(k). Para isto vamos usar o conceito de norma de matrizes. X(1) = CX(0) + d X(2) = CX(1) + d 4 2 5 1 Definição: Uma norma em é uma aplicação que satisfaz as seguintes propriedades: 4 2 5 1 Além disso, as normas satisfazem as seguintes propriedades: 4 2 5 1 onde X é a solução do sistema linear. O conceito de norma nos permite definir convergência de uma seqüência de vetores {Xk}. Dizemos que X(k)→X se 4 2 5 1 Com isto podemos definir os critérios de parada: Dado um e > 0 4 2 5 1 Critério de convergência 4 2 5 1 Seja ║.║ uma norma qualquer de matriz. Se ║C║<1 o processo iterativo X(k+1)=CX(k)+d fornecerá uma seqüência {X(k)} convergente para a solução do sistema AX = b. Critério de convergência 4 2 5 1 Logo a seqüência {X(k)} converge para a solução do sistema X se e isto ocorre se a matriz C satisfaz a condição Quanto menor || C || mais rápido a convergência do processo. 4 2 5 1 Método iterativo de Gauss-Jacobi 4 2 5 1 Seja o sistema linear: 4 2 5 1 Desta forma, tem-se o sistema equivalente X = CX + d, onde e Dada uma aproximação inicial: X(0) o Método de G.Jacobi consiste em obter seqüência: X(1), X(2),..., X(k) através da relação recursiva: X(k+1)=CX(k)+d. 4 2 5 1 Observe que o processo iterativo utiliza somente estimativas da iteração anterior. Assim, 4 2 5 1 Método iterativo de Gauss-Seidel 4 2 5 1 Observando as equações de iteração no método de Jacobi ou seja nota-se que na iteração de ordem (k+1) são usadas as componentes xj(k) da iteração anterior. 4 2 5 1 No Método de Gauss-Seidel para calcular a componente xj da iteração (k+1), utiliza-se as componentes já atualizadas x1(k+1), x2(k+1), ..., xj-1(k+1) e as componentes ainda não atualizadas da iteração anterior xj+1(k), xj+2(k), ..., xn(k). x1(k+1)= (b1 - a12 x2 (k) - a13 x3 (k) - a13 x3 (k) - ... - a1n xn (k) x2(k+1)= (b2 - a21 x1 (k+1) - a23 x3 (k) – a24 x4 (k) - ... - a2n xn (k) x3(k+1)= (b3 - a31 x1(k+1) - a32 x2 (k+1) – a34x4 (k) - ... - a3n xn (k) . . . xn(k+1)= (bn - an1 x1(k+1) - an2 x2 (k+1) – an3x4 (k+1) - ... - ann-1 xn-1 (k+1) 4 2 5 1 Interpretação Geométrica do Método de Gauss-Seidel Considere o sistema linear 2x2 dado pelas equações abaixo e geometricamente representados pela retas r1 e r2. r2 r1 y x Temos: 4 2 5 1 Inicie no ponto (x10, x20) = (0,0). Para determinar (x11, x20), substitua na reta r1 o valor x20, ou seja mova ao longo da reta horizontal iniciando no ponto (0, 0) até encontrar a reta r2. O próximo ponto (x11, x21), é determinado movendo-se ao longo de uma reta vertical iniciando no ponto (x11, x20) até encontrar a reta r1. Continuando desde modo, aproxima-se sucessivamente da solução do sistema, no caso da seqüência ser convergente. 4 2 5 1 r2 r1 4 2 5 1 Critério de Sassenfeld 4 2 5 1 Seja o sistema linear e para j = 2, 3, ..., n. definindo: 4 2 5 1 Define-se Se β<1, então o Método de Gauss-Seidel gera uma seqüência convergente para a solução do sistema, qualquer que seja o vetor inicial. Além disso, quanto menor for o valor de β mais rápida é a convergência. 4 2 5 1 Métodos diretos 4 2 5 1 Os Métodos Diretos são aqueles que após um número finito de operações fornecem a solução exata do sistema, a menos dos erros de arredondamentos. Definição: Dois sistemas lineares são equivalentes se estes tem a mesma solução. Podemos obter um sistema equivalente ao dado, efetuando as seguintes operações elementares: Trocar duas equações; multiplicar uma equação por uma constante; somar uma equação a outra multiplicada por uma constante; 4 2 5 1 Sistema Triangular Superior Denomina-se sistema triangular superior a todo sistema Ax =b em que aij = 0, para j < i. 4 2 5 1 Método de Eliminação de Gauss 4 2 5 1 O Método de Eliminação de Gauss consiste em transformar um sistema linear Ax= b em um sistema triangular superior equivalente. Considere o sistema linear: onde det(A) ≠ 0, isto é, o sistema admite uma única solução. 4 2 5 1 O sistema linear pode ser representado na forma de matriz estendida [A0 | b0 ], ou seja: onde o índice superior indica a etapa do processo. Etapa 1 Eliminar a incógnita x1 das equações k = 2, 3, ..., n. Sendo a11(0) ≠0, subtraímos da linha k a primeira linha multiplicada por: 4 2 5 1 Os elementos mk1 são chamados de multiplicadores e o elemento a11(0) é chamado de pivô da Etapa 1. Indicando a linha k da matriz por Lk(0), esta etapa se resume em: Ao final desta etapa tem-se: que representa um sistema linear equivalente ao sistema original, onde a incógnita x1 foi eliminada das equações k = 2, 3,..., n. 4 2 5 1 Etapa 2 Eliminar a incógnita x2 das equações k = 3, 4, ..., n. Supondo que a22(1) ≠ 0,vamos tomar este elemento como pivô desta etapa e desta forma os multiplicadores são dados por A eliminação segue com as seguintes operações sobre as linhas: 4 2 5 1 obtendo ao final da etapa a matriz Com procedimentos análogos ao das etapas 1 e 2 elimina-se as incógnitas xk das equações k + 1, k + 2, ..., n e ao final de n -1 etapas tem-se a matriz: 4 2 5 1 Esta matriz representa um sistema triangular superior equivalente ao sistema original. Logo a solução deste sistema, obtido pela Retro-Solução (substituição regressiva), é solução do sistema original. 4 2 5 1 Assim, 4 2 5 1 Pivotamento Parcial 4 2 5 1 Em cada etapa k da eliminação temos o cálculo do multiplicador Se o pivô |akk(k-1)| << 1, ou seja, próximo de zero, os erros de arredondamento se tornam significativos, pois operar números de grandezas muito diferentes aumenta os erros. A estratégia de pivotamento parcial é baseada na operação elementar: Trocar duas equações. No início de cada etapa k escolhemos como pivô o elemento de maior módulo entre os coeficientes akk(k-1) para i = k, k + 1, ..., n. 4 2 5 1 Inversão de matrizes pelo método de Gauss 4 2 5 1 Vamos supor que desejamos resolver os sistemas lineares Ax = b1, Ax = b2, Ax = bk, onde a matriz A é a mesma para todos os sistemas. A matriz triangular superior, resultante do processo de eliminação, não depende do vetor b e portanto será a mesma em qualquer um dos sistemas. Assim podemos resolver estes sistemas num único processo de eliminação usando a matriz estendida (A |b1|b2|...| bk) e aplicando a Retro-Solução para cada vetor bk. 4 2 5 1 O Cálculo da inversa de uma matriz é um caso particular do esquema acima. A inversa de uma matriz ARnxn, denotada por A-1, é uma matriz nxn tal que AA-1 = I Como exemplo vamos considerar uma matriz A de dimensão 3 3 cuja a inversa A-1 é dada por 4 2 5 1 Logo tem-se: 4 2 5 1 Portanto cada coluna k da inversa da matriz A é solução de um sistema linear, onde o vetor dos termos independentes é a k-ésima coluna da matriz identidade, isto é 4 2 5 1 Portanto, se temos uma matriz nxn, podemos achar a inversa resolvendo n sistemas lineares, representados pela matriz estendida (A | b1| b2 | ... | bk) , onde os vetores bk são os vetores unitários ( 1 na posição k e zeros nas demais posições). * * * * * * * * * * * * * * * * *
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