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Utilização de agregado, visando a sustentabilidade

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ARTHUR ROSÁRIO DA LAPA MOREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UTILIZAÇÃO DO AGREGADO VISANDO A SUSTENTABILIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palmas 
2012 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UTILIZAÇÃO DO AGREGADO VISANDO A SUSTENTABILIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado como parte das 
exigências para compor o Grau 1 da 
Disciplina de Tecnologia do Concreto – 
Turma 7030, ministrada pelo Prof. 
Fernando Moreno Suarte Júnior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palmas 
2012 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 1 
2. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................ 2 
2.1. CONCEITO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL ....................................... 2 
2.2. A RECICLAGEM DE RESÍDUOS E O MEIO AMBIENTE .................................... 2 
2.3. UTILIZAÇÃO DE AGREGADO RECICLADO...................................................... 3 
2.4. PROCEDIMENTOS ADOTADOS ........................................................................ 4 
2.5 RESULTADOS DOS ENSAIOS ............................................................................ 5 
3. CONCLUSÕES ......................................................................................................... 6 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 1
1. INTRODUÇÃO 
 
 
A Indústria da Construção Civil, apontada como a principal geradora de 
resíduos, encontra-se em fase de desenvolvimento no que diz respeito ao estudo de 
reaproveitamento desses resíduos, tendo um papel fundamental na preservação do 
meio ambiente. No Brasil onde 90% dos resíduos gerados pelas obras são passíveis 
de reciclagem e levado ainda em conta a sua contínua geração, a reciclagem dos 
Resíduos da Construção e Demolição (RCD) é de fundamental importância 
ambiental e financeira no sentido de que os referidos resíduos retornem para a obra 
em substituição a novas matérias-primas que seriam extraídas do meio ambiente. 
A construção civil é reconhecida como uma das mais importantes atividades 
para o desenvolvimento econômico e social. Contudo, seja pelo consumo de 
recursos naturais, pela modificação da paisagem ou pela geração de resíduos. A 
reciclagem de resíduos de construção é prática recente no Brasil, diferente de 
países do primeiro mundo. Tal fato deve-se a diversos fatores como problemas 
econômicos, falta de políticas públicas em decorrência dos demais problemas 
sociais que vive o país. Porém, em 2002 foi dado um grande passo na tentativa de 
organizar esse quadro. A Resolução CONAMA nº 307, prevê na gestão ações 
educativas visando sensibilizar os atores envolvidos para segregar e reduzir os 
resíduos desde sua geração. 
A maior experiência brasileira na área de reciclagem de produtos 
gerados por outras indústrias na produção de materiais de construção civil é a 
conduzida pela indústria cimenteira. O presente trabalho trata as formas de 
utilização de agregado visando a sustentabilidade, técnicas e procedimentos 
aplicáveis, observando as Normas Técnicas pertinentes. 
 2
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1. CONCEITO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL�
 
Os resíduos de construção civil (RCC) são gerados quer por demolições, 
obras em processo de renovação, quer por edificações novas, em razão do 
desperdício de materiais resultante da característica artesanal da construção. No 
Brasil, 98% das obras utilizam métodos tradicionais. (MARINHO, 1991) 
No Brasil são gerados 0,55 ton/ano/habitante de entulho. Dos resíduos 
sólidos urbanos, 2/3 em massa são de entulho. Segundo estudo realizado pela I&T, 
Informações Técnicas em Construção Civil para a SSM – Secretaria de Serviços 
Municipais – São José dos Campos, em 1995, o entulho representava 64,76% dos 
resíduos sólidos urbanos, em massa, os demais 35% eram compostos por lixo 
domiciliar, comercial, hospitalar, material de poda e varrição. Embora ainda não 
existam estatísticas de todo o país, na média, o entulho que sai dos canteiros de 
obra brasileiros é composto (CAMARGO,1995) basicamente por: 
• 64% de argamassa; 
• 30% de componentes de vedação (tijolos e blocos); 
• 6% de outros materiais (concreto, pedra, areia, metálicos e plásticos). 
A necessidade de administrar melhor o uso dos recursos naturais é um ponto 
comum em praticamente toda a bibliografia pesquisada para este trabalho. 
 
2.2. A RECICLAGEM DE RESÍDUOS E O MEIO AMBIENTE 
 
Em suma, é do conhecimento de todos, não somente do poder público como 
também da sociedade como um todo, que ações isoladas não irão solucionar os 
problemas de resíduos e que a indústria terá que tentar fechar seu ciclo produtivo 
afim de minimizar a saída de resíduos e a entrada de matéria prima não renovável. 
De uma forma geral, estes ciclos para a construção tentam aproximar a construção 
civil do conceito de desenvolvimento sustentável, entendido aqui como um processo 
que leva à mudanças na exploração de recursos, na direção dos investimentos, na 
orientação do desenvolvimento tecnológico e nas mudanças institucionais, todas 
visando à harmonia e ao entrelaçamento nas aspirações e necessidades humanas 
presentes e futuras. Este conceito não implica somente multidisciplinariedade, 
 3
envolve também mudanças culturais, educação ambiental e visão sistêmica 
(BRANDON, 1998; ANGULO, 2000; JOHN, 2000; ZWAN, 1997). 
 
2.3. UTILIZAÇÃO DE AGREGADO RECICLADO 
 
Segundo Won (2007) a maioria dos pavimentos de concreto de cimento 
Portland (PCCP) construídos nas décadas de 50 e 60 estão se chegando ao fim do 
seu período de vida, e alguns deles necessitam de reabilitação, que compreende 
muitas vezes a sua remoção e reconstrução. Considerando-se que a 
sustentabilidade é ferida pela deposição desse material e importação de novos para 
comporem as camadas, é imprescindível que se busque a reciclagem desse material 
e reuso como agregado. 
Muitas pesquisas vêm indicando a utilização do RCD (resíduos de construção 
e demolição) na forma de agregados reciclados utilizados no concreto. Porém 
muitos pesquisadores alertam sua viabilidade de emprego depende do percentual de 
substituição. 
Ângulo (2000) ressaltou que a utilização de agregados reciclados de RCD 
sofre uma limitação devido à variabilidade de sua composição, que afetam suas 
propriedades, tais como a granulometria, massa específica e absorção de água. 
Esta variabilidade ocorre principalmente em função da sua origem e do período de 
coleta. 
As normas vigentes da ABNT, pertinentes a utilização de agregados 
reciclados de resíduos sólidos da construção civil, são a NBR 15115 (2004) e a NBR 
15116 (2004), sendo que a primeira recomenda a sua utilização somente para 
execução de camadas de reforço de subleito, sub-base ou base, desde que 
atendidos os requisitos estabelecidos. A segunda norma, ABNT NBR 15116 (2004) 
complementa que a sua utilização pode ser permitida em concreto de cimento 
Portland sem função estrutural, para uso como enchimentos, contrapiso, calçadas e 
fabricação de artefatos não estruturais, como blocos de vedação, meio-fio (guias), 
sarjeta, canaletas, mourões e placas de muro. 
 4
Contudo, as referidas normas não recomendam a utilização do agregado 
reciclado de resíduos sólidos da construção na execução das placas de cimento 
Portland, para revestimento na pavimentação. 
2.4. PROCEDIMENTOS ADOTADOS 
 
A pesquisa para a realização deste trabalho baseia-se numa composição de 
anais do 50º Congresso Brasileiro de Concreto(IBRACON), no qual sua importância 
consiste no ineditismo de sua proposta que é a utilização do agregado reciclado de 
resíduos sólidos da construção na execução das placas de cimento Portland, para 
revestimento na pavimentação. Na pesquisa foram utilizados agregados oriundos do 
descarte de corpos de prova de concreto, de blocos de concreto e de blocos 
cerâmicos ensaiados em laboratório. 
• Em primeiro momento, foi realizado a obtenção dos agregados reciclados 
moendo-se os corpos de prova em um moinho de mandíbulas cada vez 
menor, triturando-se ao se deslocar. Segundo a NBR 15116 (2004) os 
resíduos utilizados nessa pesquisa se classificam como Classe A, atendendo 
os limites de contaminantes (reciclados e pedrisco misto); 
• Foram utilizados os seguintes materiais: cimento CP III 40 (NBR 5735/1991), 
areia de quartzo, brita 1, brita 2 e aditivo superplastificante; 
• Com os agregados reciclados utilizados na preparação dos concretos foram 
realizados os seguintes ensaios de caracterização: teor de materiais 
pulverulentos, massa especifica aparente, absorção de água, massa unitária, 
composição granulométrica e impurezas orgânicas e húmicas 
(NBR7211/2005). 
• Foi estabelecido um traço padrão, com a utilização de pedrisco misto em sua 
em sua composição granulométrica; 
• Atendendo-se o preconizado pelos: ACI American Concrete Institute (ACI 
211.1-91) e procedimento DNIT 054/2004, foram realizadas as dosagens, 
sendo: dosagem nº 1 – concreto convencional com utilização de pedrisco 
misto; dosagem nº 2 – concreto com resíduo de bloco cerâmico; dosagem nº 
3 - concreto com resíduo de bloco de concreto; dosagem nº 4 - concreto com 
resíduo de corpos de prova de concreto; 
 
 5
 
 
 
 
2.5 RESULTADOS DOS ENSAIOS 
 
Quanto aos ensaios, para o concreto endurecido foram realizados os ensaios 
para a determinação da resistência à compressão axial (NBR 5739/2007) e da 
tração na flexão (NBR12142/1991). Com a finalidade de observar a influência da 
idade nos resultados de resistência à compressão e à tração na flexão, foram 
realizados ensaios com corpos de prova após dois anos de idade. 
Os resultados alcançados nesta pesquisa em estudo foram positivos, 
ressalvando no entanto para que a sua utilização seja feita de maneira racional, 
evitando-se a mistura de materiais de comportamento muito diferente, ou seja, 
procurar selecionar os materiais de comportamento similar, como é o caso dos 
blocos de concreto e corpos de prova de concreto. Como era esperado, o traço com 
utilização de materiais cerâmicos apresentou menor resistência à tração na flexão, 
embora os valores obtidos estejam na faixa de um valor bastante razoável e se 
justifica também pelo fato do traço ter sido realizado com uma maior proporção a/c. 
Através dos resultados de ensaios de corpos de prova com idade de dois anos, 
observou-se a nítida melhoria da resistência a compressão e a tração na flexão, 
principalmente do material reciclado cerâmico, significando que o mesmo tem 
espaço para sua utilização desde que dosado adequadamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6
 
 
 
 
 
 
3. CONCLUSÕES 
 
Com base no trabalho realizado conclui-se que: 
A utilização do agregado reciclado é visivelmente uma solução que objetiva 
minimizar os danos ambientais, uma vez que estes materiais teriam disposição final 
não apropriada. Além de diminuir a retirada de matéria-prima de fontes não 
renováveis. Porém, como foi observado na pesquisa, seu uso é restrito de acordo 
com o material utilizado na reciclagem, ou seja, para determinados serviços de 
grande complexidade que exija um maior resultado no que diz respeito a parte 
estrutural, o uso destes agregados reciclados deverá ser criteriosamente analisado 
dentro das normas técnicas pertinentes e avaliados conforme dados apresentados 
em ensaios. 
No contexto geral a idéia central que consiste na visão sustentável da 
indústria da construção civil, a utilização do agregado reciclado se torna uma saída 
para diversos problemas ocasionados pelo grande volume de resíduos gerados, 
desde que o reuso deste material seja bem apropriado para o tipo de serviço. Vale 
ressaltar a necessidade de políticas públicas voltadas ao incentivo e orientação para 
a prática da reciclagem dos resíduos. Levando-se em conta a tecnologia que temos 
hoje no intuito de desenvolver programas sustentáveis, uma vez que existem 
técnicas que já estão sendo executadas, que é o reaproveitamento do entulho 
(argamassas e componentes de vedação), na forma de agregado 
 7
 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 10004: Resíduos 
sólidos – Classificação. Rio de Janeiro - RJ, 2004. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR15115/2004. 
“Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil - Execução de 
camadas de pavimentação – Procedimentos”. RJ. 2004 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 15116/2004: 
agregados de resíduos sólidos da construção civil: utilização em pavimentação e 
preparo de concreto sem função estrutural - requisitos. Rio de Janeiro, 2004. 
 
JUNIOR, Álvaro Sergio; FORTE, Rita Moura. ESTUDO DA UTILIZAÇÃO DE 
AGREGADO RECICLADO EM MISTURAS DE CONCRETO DE CIMENTO 
PORTLAND PARA PAVIMENTAÇÃO – Anais 50º Congresso Brasileiro de Concreto 
– IBRACON. Bahia. 2008 
 
I&T – Informações e Técnicas em Construção Civil. Entrevista do engenheiro José 
Antônio Ribeiro de Lima. São Paulo, nov. 1996. 
�
MONTEIRO, J. H. P; et al. Manual de Gerenciamento Integrado de resíduos sólidos. 
IBAM – Rio de Janeiro – RJ, 2001, 200 p. 
�
PINTO, Tarcísio de Paula. Entulho de Construção: Problema Urbano que pode gerar 
Soluções. Construção. São Paulo, Ed. Pini, nº 2325, ago. 1992. 
 
ANGULO, S. C. Variabilidade de agregados graúdos de resíduos de construção e 
demolição reciclados. 2000. 155 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - 
Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000.

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