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O Mundo Mágico dos Contos de Fada na Educação Infantil

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
pedagogia
o mundo mágico dos contos de fada
o mundo mágico dos contos de fada
Maceió
2015
apresentação
O relado da minha prática pedagógica está organizado de maneira linear, na qual vou apresentar o local onde realizei a mesma, o planejamento para sua realização, o momento da realização o objetivo dessa prática pedagógica e por fim abordarei a importância da literatura infantil para o desenvolvimento e oralidade da criança. O relato irá servir de instrumento para orientar os educadores, tornando – os conhecedores dos fazeres pedagógico.
	 A história que irei contar tem como título: “O lobo e os sete cabritinhos”, de Contos de Grimm. Fala sobre sete cabritinhos, que a mãe dos mesmos precisa sair de casa por algum tempo, e faz recomendações para os cabritinhos não abrir a porta para ninguém até a sua volta, pois sabia que havia um lobo muito perverso na redondeza querendo comer seus filhotes. Porém o lobo muito esperto consegue enganar os sete cabritinhos e estes abrem a porta, então o lobo consegue devorar seis dos sete cabritinhos, engolindo um por um sem mastigar; quando a mãe chega a casa o sétimo cabritinho conta o que aconteceu, então a mãe, aproveitando o sono do lobo, consegue tirar os cabritinhos vivos da barriga do lobo, e com a ajuda dos cabritinhos coloca pedras dentro da mesma, quando o lobo foi beber água no rio, se afogou de tão pesado que ficasse.
O lobo e os sete cabritinhos é uma história que apresenta poucos personagens; não é muito longa e introduz momentos de vários sentimentos, além de conter muitas imagens, e de ter uma estrutura simples, por isso é adequada à criança na faixa etária de quatro anos. Escolhi este livro porque observei que era mais coerente com a idade das crianças, pois podemos trabalhar o aspecto emocional e a oralidade. Todavia pretendo atingir que as crianças participem, ou seja, fazer com que a criança entre no mundo da fantasia, se desenvolvendo enquanto criança, e introduzir a literatura infantil na educação das mesmas.
Este trabalho mostra o quanto é importante a organização do espaço educativo na educação infantil. As histórias são propícias para o desenvolvimento da criança, onde aborda a oralidade, a leitura, a fantasia e as emoções. A criança tem suas especificidades, então a metodologia, o conhecimento teórico o espaço e o planejamento são essenciais para atingir o objetivo desejado, e estes requisitos estão presentes nesse trabalho, incorporando o eixo desse semestre.
RELATO DE PRÁTICA PEDAGÓGICA
O MUNDO MÁGICO DOS CONTOS DE FADA
	
	Esta prática pedagógica foi realizada numa escola de educação infantil, localizada no bairro onde resido. Com autorização da direção dessa escola foi possível realizar essa prática na tarde do dia oito de setembro; então, antes de tudo, elaborei um planejamento para crianças de quatro anos, como pedia a proposta. O planejamento foi iniciado com a escolha da história que iria ser contada, obviamente de acordo com a faixa etária, portanto a história escolhida foi: “O lobo e os sete cabritinhos”; não era uma história longa, porém apresenta muitas sensações, tais como: medo, raiva, alegria e tristeza, com certeza iriam mexer com o imaginário das crianças, fazendo-as entrarem no mundo do faz de conta. Continuando o planejamento defini os objetivos que pretendia alcançar, entre eles: Estimular a oralidade; Inserir a literatura no cotidiano das crianças; Provocar reações, sendo estas expressões faciais ou verbais. Em seguida, pensei na metodologia que usaria, então organizei o espaço propício para esta prática, construir um livro gigante com imagens de cada cena, à medida que iria contando a história, a imagem seria apresentada. Usei como recurso didático o livro gigante com as imagens da história, e finalizando o planejamento, a avaliação será feita através de observações e registro de todo o envolvimento, ações e reações das crianças.
	Continuando a prática cumprimentei os alunos com uma boa tarde, em seguida pedi que todos dessem as mãos e sentassem, ficando assim um ao lado do outro em forma de círculo; apresentei-me; perguntei quem gostava de história? Todos responderam: “eu!” Perguntei ainda, se alguém conhecia alguma história, a maioria já conhecia alguma história. Disse para as crianças que naquele momento eles iriam conhecer a história do lobo e os sete cabritinhos, pois quando eu perguntei se alguém já tinha escutado essa história, ninguém conhecia. Quando viram o livro gigante ficaram encantados, alguns quiseram ficar de pé para tocar no livro, então falei que depois todo mundo iria ver e folhear o livro, dessa forma sentou-se e ficaram atentos quando iniciei a história. No momento em que o lobo apareceu na história, uma das crianças exclamou: ”olha o lobo mau”! Outra criança deduziu: “ele vai entrar na casa e comer os cabritinhos.” Com isso percebe-se que quando a criança usa sua imaginação, ela está se emancipando, ou seja, tornando-se independente para criar; como afirma Vygotsky: “A criação de uma situação imaginária não é algo fortuito na vida da criança; pelo contrário, é a primeira manifestação da criança em relação às restrições situacionais.” Vygotsky (2007, p. 117). E na história a criança constantemente usa a imaginação. 
	À medida que a história ia se desenvolvendo e que as crianças viam algumas situações, conseqüentemente falavam ou perguntavam algo, por exemplo: “o lobo é mentiroso,” “o lobo pintou a pata de branco pra enganar os cabritinhos”. Na visão de Vygotsky, a criança na faixa etária de quatro anos consegue ter uma leitura da situação que vivencia: “Crianças de quatro ou cinco anos podem ler notações mais complexa (...)”. Complementando, Piaget (1983), explica que aos quatro anos a linguagem da criança se desenvolve mais, pois ela está no período pré-operatório, período da representação onde a linguagem é usada.
	Para que as crianças continuassem atentas à história, eu aumentava ou diminuía o tom da voz, criava um suspense e também, usava a voz com a entonação e tipos diferentes de acordo com a situação e com os personagens. Na hora em que eu narrei o lobo entrando na casa dos cabritinhos, vi que todas as crianças ficaram apreensivas, com medo, logo disseram: “se esconde cabritinhos!” Outra criança perguntou: “Ô tia, esse é o lobo mau do chapeuzinho vermelho é?” Justificando Froebel, citado por Ferrari (2011), expõe que o importante na educação infantil é trabalhar a percepção infantil e a linguagem, e que a criança deveria aprender pó meio de atividades lúdicas e criativas. Sendo assim os contos é uma atividade lúdica que a criança se introduz neste mundo excitando seus pensamentos e sua linguagem.
	Continuando a história, eu respondi que o lobo era parecido, porém, não era o mesmo da história do chapeuzinho vermelho. Então, quando o lobo começou a engolir os cabritinhos um por um, ouvi o seguinte lamento: ”bichinho do cabritinho.” Outra criança continuou: “se fosse eu metia o chute, o murro no lobo”. Outra disse: “eu corria bem rápido, ia pra casa da minha vó, ele não sabe onde é.” Isso reflete na pedagogia de Freinet, como cita Ferrari (2011), este diz que para Freinet a criança aprende com o envolvimento afetivo. Portanto, percebo que no conto infantil a criança vivencia várias emoções despertando a afetividade.
	Retomando a história, quando as crianças viram que dos sete cabritinhos, o lobo engoliu seis e procurou o outro, mas não encontrou, então ficaram torcendo pelo lobo não encontrar e ao mesmo tempo apreensivas, isso estava nítido na expressão facial das crianças. Como o lobo não conseguiu encontrar o sétimo cabritinho, mostraram aspecto de alívio.
	Diante dos acontecimentos ocorridos, as crianças falavam: “o lobo é feio.” E mais: “ele é mau”. Isso define que a criança com sua vivência forma seu conhecimento, seu conceito. Assim Piaget (1998), corrobora quando diz: “as criançassão as próprias construtoras ativa do conhecimento criando e testando sobre o mundo.” Piaget (1998, p.8).
	Prosseguindo, o lobo pensando que era esperto, após engoli os cabritinhos foi dormir profundamente, então aproveitando o ensejo, a mãe dos cabritinhos tirou seus filhotes vivos da barriga do lobo, em seguida botou pedra na barriga do lobo, que este ficou tão pesado, quando foi beber água no rio morreu afogado. E os cabritinhos e sua mãe viveram felizes sem o lobo para devorá-los. Nesse momento as crianças ficaram felicíssimas com o final da história.
	Logo após, perguntei às crianças se eles gostaram? Responderam: “sim.” Perguntei também quem eram os personagens da história? Disseram: “o lobo, os cabritinho, a mãe dos cabritinhos”. Por fim, pedi que contassem a história para mim. As crianças contaram com certa coerência a seqüência dos fatos, porém, contaram de forma bem sucinta, mas, adentrando-se a riqueza de detalhes dos momentos mais significativos para elas. 
	Os contos de fadas é uma forma de brincadeira na educação infantil, uma forma lúdica de aprendizagem. Vygotsky (2007), afirma: “Ao brincar cria-se uma zona de desenvolvimento proximal da criança. No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento de sua idade, além do seu comportamento diário; no brinquedo, é como se ela fosse maior do que é na realidade.” Vygotsky (2007, p.122). Desta forma as crianças penetraram no mudo do faz de conta e compreenderam a história, vivenciando a mesma, e se expressando com coerência dentro do contexto explorado. Nesta prática percebi que a criança de 4 anos se envolve na história. Enfim, esta prática é de suma importância para desenvolver o gosto pela leitura, a oralidade e para avaliar a criança no seu desenvolvimento.
 O educador, nessa etapa se caracteriza como mediador do processo de ensino-aprendizagem: precisa ouvir e sentir as crianças, o que pensam observar do que brincam e como brincam as suas concepções, o seu desenvolvimento, pois nessa fase inicia-se a formação do ser humano sensível, de uma base de valores, que proporcionarão às mesmas a busca e a vontade de aprender, mas também ser.
 Para tanto, uma proposta pedagógica que considere as diversas linguagens (oral e escrita; matemática; artística; corporal; musical, temporal e espacial) é essencial para propiciar às crianças o contato com a pluralidade de conhecimentos, no entanto, a intervenção do educador necessita ser repensada e refletida, de modo que, a relação entre o que se planeja e o que se faz em termos de ação pedagógica têm que ser algo real e efetivo. 
CONsiderações finais
O relato, a prática, a experiência foi muito valiosa, pois, aprendi que para contar uma história deve-se haver um planejamento, todavia, busca-se atingir um objetivo. Também, foi prazeroso observar as crianças atentas, interessadas, compenetradas para ouvir a história. 
Entendi que na faixa etária de quatro anos a história mais adequada é aquela que apresenta poucos personagens, pouco extensa e contendo imagens ilustrativas; em síntese deve ter estrutura simples. Com essa prática aprendi que a fantasia, o faz de conta é uma linguagem infantil onde a criança se socializa, interagindo com as pessoas, participando de todo enredo. Como esclarece Vygotsky (1992), a criança desenvolve o conhecimento através da interação com as pessoas e com os instrumentos nas quais é próprio do seu mundo, ou seja, o faz de conta faz parte do mundo infantil.
O relado da prática pedagógica nos orienta quanto à nossa metodologia e todo o nosso trabalho, mostra se está condizente para determinada fase, pois não só descrevemos a nossa prática, mas também fundamentamos com teorias de grandes educadores e estudiosos no assunto, ou seja, nos traz argumentos de teóricos da área, fundamentando e conceituando o nosso trabalho, neste caso as atitudes das crianças; conseqüentemente nos dando base e suporte para o desenvolvimento do nosso trabalho.
 O instrumento do relato da prática pedagógica apresenta uma valiosa fonte de conhecimento para os educadores infantis, nele se encontra o relato vivido substancialmente por educadores em seu exercício, e com base teórica sustentando as situações evidenciadas. 
 Na Educação Infantil, os professores necessitam estar a par do desenvolvimento infantil, conhecendo as perspectivas que mais possam auxiliar nesse processo. A organização do espaço e do tempo é outro fator que influencia nas atividades desenvolvidas, de modo que, tudo precisa ser equilibrado: atividades lúdicas, educativas, de higiene, sono, alimentação. O faz-de-conta, os jogos, influenciam muito no desenvolvimento da criatividade, da personalidade da criança.
REFERÊNCIAS
Contos de Grimm/ ilustrações de Elzbieta Gaudasinska; prefácio de Marc Soriano; tradução de Heloísa Jahn. – São Paulo; Companhia das Letrinhas, 1996.
FERRARI, Márcio. Pensadores da educação/ Márcio Ferrari. 
Disponível em: http:// educar para crescer. abril.com. br. Acesso: 9 de set. de 2011.
PIAGET, Jean. 
______ A psicologia da criança/ Jean Piaget – Rio de Janeiro: Bertrand, 1998.
______ A epistemologia genética/Sabedoria e ilusões da filosofia; Problemas de psicologia genética/ Jean Piaget; traduções de Nathanael C. Caixeiro, Zilda Abujamra Daeir, Celia E. A. Di Piero. – 2. Ed. – São Paulo: Abril Cultural, 1983.
VYGOTSKY, Lev Semenovich.
______ A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores/ L. S. Vygotsky; organizador Michael Cole... [et AL.]; tradução José Cipolla Neto, Luís Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche – 7ª Ed. – São Paulo: Martins Fontes, 2007.
______ Linguagem, desenvolvimento e pensamento/ L. S Vygotsky. São Paulo: Ícone, 1992.

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