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A LOGÍSTICA EMPRESARIAL

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A LOGÍSTICA EMPRESARIAL
A Logística Empresarial é compreendida pela administração, dentro da área de produção, como a parte da administração geral que cuida especificamente do armazenamento, transporte e distribuição de matérias-primas, suprimentos, produtos acabados e semiacabados, inclusive de informações. Novaes (2004), explica que o conceito de logística é proveniente das operações militares, que ao traçar suas estratégias de guerra, visando a obtenção do sucesso de suas tropas, era necessário providenciar o deslocamento das tropas na hora e no lugar certo, tendo para isso, as quantidades ideais de munição, víveres, equipamentos e socorro médico para o campo de batalha.
Destas operações, quando surgiram os conceitos dos grupos logísticos militares; notou-se que tais estratégias influenciavam diretamente os resultados, tendo em vista que a elas estavam ligadas aos valores de lugar e tempo; ou seja; a quantidade de material correta, no local correto, para atender à demanda correta, no período de tempo determinado. Logo, este conceito foi adaptado ao âmbito organizacional, especificamente no gerenciamento de materiais.
Nas empresas, a logística empresarial é um processo estratégico que visa o abastecimento e a distribuição física de materiais em tempo hábil e local adequado, num processo que envolve fornecedores e clientes na cadeia logística. O gerenciamento das funções logísticas, tanto internamente, dentro das organizações (aquisição, armazenagem e transporte interno), quanto externamente, na distribuição (armazenagens intermediárias e transporte), é que resultará quantidades produzidas e entregues em períodos exatos e, com isso, a satisfação do cliente.
Logística é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor. (Council of Logistics Management) (NOVAES, 2001).
Os estudos da logística empresarial compreendem conceitos específicos e os métodos utilizados na operação e no gerenciamento das principais funções logísticas relacionadas ao transporte, à armazenagem e à distribuição física de suprimentos, matérias-primas, produtos semiacabados e acabados.
Função de Transporte
O primeiro ponto a ser estudado na função logística de transporte refere-se às modalidades de transporte utilizadas no suprimento e na distribuição física de produtos (entradas e saídas). A melhor escolha do transporte compreende a escolha da melhor relação custo-benefício. As modalidades de transporte utilizadas atualmente são: Modal Rodoviário (lotação completa e carga fracionada); Modal Ferroviário; Modal Aquaviário (Interior: Fluvial e Lacustre. Marítimo: de longo curso; de pequena cabotagem e de grande cabotagem); Modal Aéreo e Modal Dutoviário.
Muitas vezes, o transporte de uma mercadoria até o destino final pode ser realizado por meio de dois ou mais modais, a esta combinação podemos tratar como intermodalidade ou multimodalidade, dependendo do caso. A intermodalidade, segundo a European Conference of Ministers of Transport, é: “O movimento de bens em uma única unidade de carregamento, que usa sucessivos modais de transporte sem manuseio dos bens na mudança de um modal para outro”. Neste caso, a emissão de documentos de transportes independentes (romaneios, notas fiscais, conhecimentos de frete), compete a cada transportador. Conquanto que na multimodalidade existe a necessidade de apenas um documento de transporte, emitido pelo OTM (Operador de Transporte Multimodal), de ponta a ponta.
Função de Armazenagem
O termo armazenagem ou estocagem consiste nas seguintes funções: recepção; conferência; alocação; reposição; manutenção; controle e distribuição das mercadorias. Estas mercadorias podem ser: matérias-primas; produtos semiacabados (em processo) ou produto final.
A gestão de estoques é o controle das funções de estoque de forma que os custos com cada uma sejam minimizados. As funções devem ser coordenadas da melhor forma possível, ou seja, em algumas vezes é melhor comprar mais vezes um produto num determinado período de tempo do que ter uma quantidade maior de estoque deste mesmo produto para atender a demanda neste mesmo período de tempo. Ou então, é melhor armazenar as mercadorias de forma que exija maior deslocamento dos estoquistas, mas aproveite melhor o espaço, do que armazená-las com proximidade e exigir mais espaço.
Estas análises são feitas o tempo todo pela gestão de estoques, que pode utilizar o suporte de softwares de gestão e métodos de controle, mas que buscam sempre por uma melhor adaptação para a diminuição de tempo e de custos.
Para Arbache (2006), a gestão de estoques é uma das mais importantes atividades do negócio, pois, se de um lado a existência do estoque tranquiliza a empresa quanto às oscilações da demanda, de outro lado é gerador de constante questionamento em relação à sua existência tendo em vista o capital investido para aquisição e manutenção.
 Suprimento e Distribuição
Gomes (2004) afirma que as decisões que envolvem o processo de distribuição física devem levar em conta os interesses de suprimento dos consumidores, já que “o sistema de distribuição física de um é o sistema de suprimento físico de outro”. Esse conjunto formado pelos fornecedores e pelos clientes e também pelos intermediários, quando existirem, forma o conceito de rede logística.
Por rede logística entende-se a representação físico-espacial dos pontos de origem e dos pontos de consumo das mercadorias e seus fluxos, esses pontos são os fornecedores e consumidores que se interligam pela função de transporte.
Conforme Gomes (2004), o setor de marketing de uma empresa conhece os canais de distribuição e os clientes e entende que os produtos devem ser deslocados até eles. Entretanto, esta rede idealizada pelo marketing tem foco mercadológico, o que muitas vezes gera conflitos com o setor de finanças pelos custos gerados. Neste sentido, o setor de logística, é de natureza sistêmica, e deve fornecer uma solução que permeie tanto os interesses do marketing, quanto os interesses do setor de finanças.
Logística e Visão Sistêmica – A integração com outros setores
Moura (2006) afirma que a logística não existe isoladamente, ela é responsável por estabelecer as alianças e acordos no sistema logístico como um todo, intervindo em toda a cadeia de abastecimento, visando a eficiência logística desde as relações com os fornecedores até a entrega ao cliente final.
Marketing e Logística Empresarial
O marketing é a área funcional da empresa que determina quais produtos, serviços ou mix de produtos poderão interessar aos clientes. O marketing também determinará qual estratégia deverá ser utilizada para alavancar as vendas do produto.   As análises mercadológicas estruturadas também avaliam o potencial de mercado consumidor e qual é a demanda esperada para determinado lugar. Com os estudos de marketing é possível determinar metas de vendas por região (há regiões próximas que apresentam potenciais distintos). Kotler e Keller (2006), ainda ressaltam que a maioria das indústrias, não vende diretamente seus produtos ou serviços aos consumidores finais, eles necessitam de intermediários para fazer sua distribuição de acordo com as exigências de mercado de cada região, facilitando a comercialização do produto, economizando tempo e dinheiro para seus fabricantes.
Nesta colocação é possível confundir o próprio canal de marketing com a logística. A diferença é que no marketing o foco principal é a venda do produto e o atendimento às necessidades do consumidor, conquanto que na logística, o foco está sempre voltado aos valores de tempo, lugar, qualidade e informação.
Produção e Logística Empresarial
A produção é uma das áreas organizacionais que mais se funde às operações logísticas. Isso por que, se a logística é a área responsável pelo fluxo da matéria-prima, manuseio e armazenamento até sua transformação em produtofinal e posterior distribuição, pode-se afirmar que a logística está dando suporte para que a produção aconteça durante todo o processo. De outro lado, a área de produção tem condições matemáticas de estipular previsão de demanda, normalmente por meio de históricos de vendas e produção, estipulando as quantidades que serão produzidas num dado período de tempo.
A capacidade de produção é determinada em função de vários quesitos: dos recursos humanos; das máquinas e equipamentos disponíveis; do tempo e turnos de trabalho; das finanças disponíveis; das perdas de utilização e eficiência do sistema. A logística deve trabalhar de acordo com o plano mestre de produção, uma vez que o setor de logística tem conhecimento de quanto tempo leva para se chegar uma matéria-prima após comprada e pode analisar qual quantidade é necessário comprar para suprir as demandas, bem como gerenciar o seu repasse à produção quando requisitada.
Há casos, ainda, em que as indústrias possuem várias unidades produtivas instaladas em distâncias razoáveis; como em cidades diferentes, por exemplo, só o setor de transportes pode determinar o melhor modal para atender as unidades. Sendo assim, também não é possível que produção e operações trabalhe sem comunicação com a logística.
Finanças e Logística Empresarial
Uma das formas de explicar o aumento do interesse das empresas pela utilização da logística é compreender a capacidade que as operações logísticas possuem de contribuir com a administração financeira, consequentemente melhorando os resultados. Isso significa que planejar corretamente as operações logísticas a longo prazo, otimiza os resultados financeiros.
A gestão de operações e logística se propõe a reduzir custos, agregar valor, oferecer serviços e produtos de qualidade ao cliente e, por conseguinte, aumentar a lucratividade.
Segundo Ballou (1993), o custo logístico é o segundo maior dispêndio de uma empresa e perde somente para o custo do produto. Já a logística, segundo Ferraes Neto (2000), pode ser entendida como a gestão de fluxos. O primeiro desses fluxos é o físico, que inicia com a aquisição da matéria-prima e termina com o venda e distribuição do produto final. Este fluxo também movimenta um outro recurso, o financeiro; destinado para a compra, a transformação e a movimentação de materiais. Sabe-se que a lucratividade de uma organização é fundamental para sua continuidade e para consegui-la, é preciso aumentar as receitas, o que nem sempre é fácil; ou diminuir os custos, e nisso, a logística empresarial, por meio de seus estudos e métodos, é uma importante aliada das organizações.
LOGÍSTICA E SUAS SUBDIVISÕES
A Logística Empresarial é o processo de planejamento, execução e controle do fluxo e armazenagem de matérias-primas, produtos semiacabados, produtos acabados e informações relacionadas, desde o ponto de origem, até o ponto de consumo, visando atender os requisitos do cliente. (BOWERSOX; CLOSS, 1996 apud ALMEIDA; SCHLUTER, 2012). Com este conceito de logística, é possível compreender outras divisões da área, como, por exemplo: a Logística Integrada; Logística Reversa; Logística Verde e Logística Internacional.
Logística Integrada
O termo Logística Integrada define a melhor forma de atender às necessidades do cliente mediante o acompanhamento da evolução dos sistemas, das interações das variáveis ambientais e do gerenciamento dos fluxos dos bens tangíveis – matérias-primas e produtos acabados – e também dos bens intangíveis, que são as informações e os serviços. (ALMEIDA; SCHLUTER, 2012).
Neste sentido, deduz-se que a logística integrada está mais para as funções de gerenciamento em logística, do que para as funções operacionais. A logística integrada seria a parte da logística que observa e analisa o contexto, visando posicionamento estratégico e a tomada de decisões.
Logística Reversa
A logística Reversa compreende o ciclo inverso da logística empresarial, isto é, todas as funções logísticas inerentes ao fluxo, movimentação e armazenagem serão realizadas no sentido do ponto de consumo ao ponto de origem. Normalmente, a logística reversa é realizada com o material residual do produto consumido, por exemplo, no caso de pneus que sofreram desgaste após o uso em veículos, o ciclo reverso, ou seja, a logística reversa tem por finalidade recolher este material residual e dar nova vida útil ao produto; ainda no exemplo dos pneus, isto pode acontecer transformando-os em matéria-prima de calçados, de pavimentos para calçadas, etc. Quando o novo produto no qual se transformou a borracha do pneu tiver final de vida útil, ele também deverá voltar pela cadeia para ser reaproveitado e assim sucessivamente. Por isso diz-se que o ciclo da logística reversa é infinito.
Na logística reversa os esforços empregados devem almejar a preservação dos recursos naturais. Atualmente, o mercado tem tratado a sustentabilidade como palavra de ordem na luta pela preservação dos recursos naturais, e com isso, o tema da logística reversa ganhou destaque. No Brasil, a Lei 12.305/2010, também conhecida como Política Nacional dos Resíduos Sólidos deu maior ênfase à logística reversa. A referida Lei trata da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto, definindo-a como: “conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei” (Lei 12.305, Art. 3º, XXVII).
Com esta Lei, a logística reversa tornou-se norma para todos os envolvidos na cadeia de suprimentos.
Na Política Nacional de Resíduos Sólidos, nota-se que existe uma distinção entre as palavras: “rejeito” e “resíduo”. Para a total compreensão da norma em questão, e também da logística reversa, é necessário conhecer esta diferença.
Resíduo: qualquer material líquido, sólido ou gasoso que sobra de um processo de industrialização, beneficiamento ou consumo de produtos e serviços. Ex.: copos plásticos, aparas de papel, caixas, sobras de alumínio, sobras de madeira, pós de serra, etc.
Rejeito: Material não passível de tratamento ou recuperação, a única destinação possível são os lixos/aterros sanitários.
 Logística Verde
Diante da impossibilidade de reaproveitamento de alguns materiais, surgiu a logística verde. Ao contrário da reversa, a logística verde não baseia suas atividades essencialmente no ciclo reverso, ou em novas atividades logísticas. Embora ambos os termos refiram-se aos processos sustentáveis que visam a preservação do meio ambiente, a logística verde, especificamente, tem este propósito fundamentando-se na seleção do melhor meio de transporte, ou no plano de entrega mais eficiente, que minimize de forma geral os impactos sobre o meio ambiente. É uma forma de economia de recursos, evitando a geração do resíduo, ou do rejeito. As atividades da logística verde incluem redução do consumo de energia nas atividades logísticas, redução de consumo de materiais, otimização do plano de entregas e a certificação ISO 14000. (MOURA, 2006).
Logística Internacional
O conceito de Logística Internacional ganhou ênfase, primeiramente, com o fenômeno da globalização, que proporcionou que o comércio internacional fosse mais utilizado. A tentativa de abrir fronteiras, unificar moedas e passaportes foi o primeiro passo para o aumento de trâmites internacionais. Um segundo advento que fez com que o comércio internacional fosse mais utilizado, foi o uso da rede mundial de computadores, a internet, que encurtou distâncias e fez com que as informações de um determinado país ficassem mais acessíveis para outro. Estes fenômenos somados fizeram com que as exportações e importações aumentassem a nível mundial, exigindo mais das operações de movimentação das mercadorias.
Em logística internacionalexistem importantes convenções internacionais que regem os contratos de comercialização e o transporte das mercadorias, como, por exemplo, os INCOTERMS –International Commerce Terms, ou Termos de Comércio Internacional. Os INCOTERMS são atualmente 11 siglas de três letras cada, que, explicitadas nas documentações de transação internacional, determinam quem responde pelos riscos e custos de transporte de mercadorias, se exportador, ou importador. Há ainda o código SH – Sistema Harmonizado, que codifica as mercadorias em âmbito internacional. Junto ao código NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul; o código SH/NCM identifica a matéria constitutiva e classificação tributária das mercadorias num conjunto de 8 (oito) dígitos.
 
Diante do aumento das transações internacionais, a logística internacional, responsável pelo processo de aquisição, armazenagem, transporte e distribuição em âmbito internacional, ganhou bastante visibilidade no mercado.
No Brasil, o governo lançou recentemente o PIL (Programa de Investimentos Logísticos), que objetiva a realização de investimentos na infraestrutura logística brasileira, para que o custo logístico atual seja reduzido e os gargalos logísticos formados pela limitação no escoamento de produção sejam reduzidos; isto na tentativa de tornar o produto brasileiro menos oneroso e mais competitivo, tanto no mercado nacional, como no mercado internacional.
Custos Logísticos
Os custos logísticos são os custos inerentes às funções de aquisição, armazenagem e transporte de mercadorias. Conforme Moura (2006), a contenção dos custos logísticos é um dos principais desafios da gestão de empresas, pois os clientes tornam-se cada vez mais exigentes com relação à qualidade do produto e aos preços.  Conseguir tais objetivos exige racionalização das empresas com relação ao processo de gestão; e uma das formas de oferecer o que os clientes almejam é o planejamento logístico que envolve os custos logísticos.
Os custos logísticos, tanto internos quanto externos, são cumulativos e, quando não forem bem geridos, podem agregar valores bastantes altos no produto final que são repassados ao consumidor. Dantas (2005) aponta que o segmento logístico, movimentava em 2003 cerca de US$ 2,1 trilhões ao ano; ou 16% do produto bruto global.
A perspectiva do custo logístico para uma empresa brasileira provêm de estimativas da ABML (Associação Brasileira de Movimentação e Logística), que apontam que os custos logísticos atingem cerca de 19% do faturamento da organização (DANTAS, 2005). Já quando comparado aos custos gerais de funcionamento e produção da empresa, os custos logísticos podem representar cerca de 30% dos custos totais. (BALLOU, 2004).
Quando comparado ao PIB – Produto Interno Bruto, o Brasil apresenta resultados de custos logísticos bem maiores que os dos Estados Unidos, por exemplo, o que faz com que determinado produto fabricado em âmbito nacional, tenha o custo, e, consequentemente, o seu preço de venda maior comparado ao mesmo produto quando produzido nos Estados Unidos. A consequência é que o produto nacional pode tornar-se menos competitivo em relação ao produto fabricado nos Estados Unidos da América.
Nem todas as empresas conhecem a representatividade do custo logístico em seu produto final, esta falta de mensuração, isto é, dos níveis para comparação dos custos logísticos, ocasiona sempre no encarecimento do produto final e a partir de então outras consequências que as empresas enfrentam quando não fazem planejamento logístico, podendo chegar até no seu fechamento.
Dentre os elementos que compõem o custo logístico, o de maior representatividade refere-se aos gastos com movimentação e transportes de mercadorias. Neste quesito, também nota-se no Brasil um ponto negativo que não reside apenas no custo, mas na modalidade de transporte mais utilizada: o modal rodoviário. Em relação às outras modalidades, ferroviária, ou aquaviária por navegação interna, a rodoviária é aquela que apresenta menor capacidade de carregamento e maior custo.
Um dos custos logísticos menos medidos pelas empresas, porém não menos representativo, é o custo de armazenagem do produto. Em resposta ao paradoxo formado entre: comprar menos vezes e armazenar mais mercadorias; ou: comprar mais vezes e armazenar menos mercadorias, os estudos da logística apresentam uma fórmula que representa o ponto de equilíbrio deste conflito, onde os custos de armazenagem e de pedido ou aquisição tornam-se iguais. Trata-se do Lote Econômico de Compra, ou simplesmente LEC. 
Lote Econômico de Compra
O Lote Econômico de Compras define a quantidade ótima de compra que minimiza os custos totais de novos pedidos e os custos de manutenção de estoques. O equilíbrio destes custos é importante já que um investimento muito alto em estoque resulta em altos custos de manutenção; por outro lado, estoques muito baixos podem ocasionar perdas de vendas ou altos custos de compra de mercadoria. (DAMODARAN, 2004).
O modelo utilizado para definir a quantidade ideal de itens a ser adquirida é dado pela fórmula do LEC:
O custo de compra contempla os custos gerais da realização de um pedido de determinada mercadoria; enquanto o custo de armazenamento do produto contempla os custos gerais com o estoque da mesma determinada mercadoria. A quantidade resultante desta fórmula é Lote Econômico de Compras, ou ponto de equilíbrio dos custos logísticos de aquisição e estoque de mercadorias, já que este resultado significa o ponto exato onde os dois custos se igualam. É um importante método utilizado nos estudos da logística.

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