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Hanseníase: Doença Crônica e Infectocontagiosa

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Hanseníase (Lepra)
A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo agente etiológico é o Mycobacterium leprae (M. Leprae);
Esse bacilo tem alta capacidade infecciosa, porém, possui baixa virulência e patogenicidade;
Propaga-se por gotículas no ar;
A doença acomete principalmente pele e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas;
É de notificação compulsória em todo o território nacional e de investigação obrigatória;
Essa doença pode acometer pessoas de ambos os sexos e qualquer idade em áreas endêmicas;
Entretanto, é necessário um longo período de exposição e apenas uma pequena parcela da população infectada adoece.
SINTOMAS DE HANSENÍASE:
Demoram de 2 a 5 anos para aparecerem;
São dermatológicos: aparecem na pele;
É uma doença silenciosa porque não dói;
As principais queixas são: formigamento em mão ou pé, choques, fisgadas, manchas esbranquiçadas, queda de pêlos (sobrancelha, cílios), diminuição do suor 
Diminuição de sensibilidade: térmica (calor e frio), dor e tátil (tato);
 Nervos engrossados;
Caroços e placas em qualquer local do corpo;
Diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos).
 Paralisia das mãos e pés
 Encurtamento dos dedos devido à reabsorção
 Úlceras crônicas não curativas no fundo dos pés
 Cegueira
 Perda de sobrancelhas
 Desfiguração nariz.
Se não for tratada, os sinais da hanseníase avançada podem incluir:
 
 A hanseníase pode se apresentar com manchas mais claras, vermelhas ou mais escuras, que são pouco visíveis e com limites imprecisos, com alteração da sensibilidade no local associado à perda de pelos e ausência de transpiração; 
 Quando o nervo de uma área é afetado, surgem dormência, perda de tônus muscular e retrações dos dedos, com desenvolvimento de incapacidades físicas;
 Nas fases agudas, podem aparecer caroços e/ou inchaços nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos, cotovelos e pés.
TIPOS DE HANSENÍASE
Podemos classificar a doença em:
 Hanseníase paucibacilar: com poucos ou nenhum bacilo nos exames, 
 Hanseníase multibacilar: exames apresentam muitos bacilos. 
Somente a forma multibacilar não tratada possui potencial de transmissão;
CLASSIFICAÇÃO DA HANSENÍASE:
Paucibacilar:
Hanseníase indeterminada: É a forma inicial, evolui espontaneamente para a cura, na maioria dos casos. Geralmente se encontra apenas uma lesão, de cor mais clara que a pele normal, de contornos mal definidos, com diminuição da sensibilidade e sem comprometimento neural
Hanseníase tuberculóide: É a forma mais benigna e localizada, acomete pessoas com alta resistência ao bacilo. Encontram-se poucas lesões, às vezes, apenas uma; de limites bem definidos e um pouco elevados e com ausência de sensibilidade. Neste caso, ocorrem alterações nos nervos próximos a lesão, podendo acarretar dores, fraqueza e atrofia muscular.
2. Multibacilar:
Hanseníase borderline ou dimorfa: É a forma intermediária, com manchas e placas, acima de cinco lesões, com bordas às vezes bem ou pouco definidos, podem atingir grandes áreas da pele, os nervos são bastante afetados (acima de dois nervos comprometidos), e ocorrência de quadros reacionais com maior frequência. Esta pode polarizar para Virchoviana ou Tuberculóide.
Hanseníase virchowiana: forma mais disseminada da doença. Neste tipo a imunidade é nula e há uma maior multiplicação do bacilo, isto faz com que o paciente possa chegar a um quadro de maior gravidade, podendo anestesiar os pés e as mãos. Há dificuldade para separar a pele normal da danificada, podendo comprometer nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos. Pode haver a ocorrência de neurite e eritema nodoso (nódulos dolorosos) na pele.
Diagnóstico
O diagnóstico de caso de hanseníase é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio do exame geral e dermatoneurólogico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas. 
Transmissão
A hanseníase é transmitida principalmente pelas vias áreas superiores, por meio de contato próximo e prolongado de uma pessoa suscetível (com maior probabilidade de adoecer) com uma pessoa doente sem tratamento. 
A hanseníase apresenta longo período de incubação; em média, de 2 a 7 anos. 
Tratamento 
O tratamento é gratuito e fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Varia de seis meses nas formas paucibacilares, à um ano nos multibacilares, podendo ser prorrogado ou feita a substituição da medicação em casos especiais.
O Sistema Único de Saúde disponibiliza o tratamento poliquimioterápico (PQT), recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é a associação de Rifampicina, Dapsona e Clofazimina. Essa associação diminui a resistência medicamentosa do bacilo.
Os antibióticos usados durante o tratamento matam as bactérias causadoras da lepra. Mas, embora o tratamento possa curar a doença e evitar que piore, ela não reverte os danos nervosos ou a desfiguração física que podem ter ocorrido antes do diagnóstico. Assim, é muito importante que a doença seja diagnosticada o mais cedo possível, antes que ocorra qualquer lesão permanente do nervo.
Fatores de risco
A hanseníase pode atingir pessoas de todas as idades, contudo é a incidência é maior em homens. 
Como a doença demora para se manifestar é comum que os adultos observam mais os sintomas, mas normalmente a hanseníase é adquirida ainda na infância. 
Os principais fatores de risco da hanseníase são:
Má higienização
Contato com animais.
Prevenção
A procura dos casos de hanseníase deve se dar na assistência prestada à população geral nas unidades de saúde dos municípios brasileiros.
Naturalmente, ter hábitos saudáveis, alimentação adequada, evitar o álcool e praticar atividade física associada a condições de higiene, contribuem para dificultar o adoecimento pela Hanseníase.  
A melhor forma de prevenção é o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, assim como o exame clínico e a indicação de vacina BCG para melhorar a resposta imunológica dos contatos do paciente. Desta forma, a cadeia de transmissão da doença pode ser interrompida.

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