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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA CENTRO DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS BACHARELADO EM CIENCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS ANA CAROLINA SILVA PINTO DILCE SOUSA RIBEIRO NETA LAECIO NEVES RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DE FÍSICA II PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES CRUZ DAS ALMAS 2016 ANA CAROLINA SILVA PINTO DILCE SOUSA RIBEIRO NETA LAECIO NEVES RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DE FÍSICA II PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES CRUZ DAS ALMAS 2016 SUMÁRIO 1. RESUMO ................................................................................................................. 2 2. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3 3. OBJETIVOS ............................................................................................................ 5 4. MATERIAL E PROCEDIMENTO ...................................................................... 6 4.1. MATERIAIS UTILIZADOS ................................................................................. 6 4.2. MONTAGEM E PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .................................. 6 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................... 7 5.1. QUESTIONÁRIO ................................................................................................... 8 6. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 10 7. ANEXO .................................................................................................................. 11 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 14 Este trabalho calcular experimentalmente, os valores do empuxo e a densidade dos corpos de prova, água e álcool, procura esclarece a relação do empuxo com a densidade do líquido. Professor: Pedro Javier. 4 1. RESUMO Quando se trata de um corpo que esteja imerso em um fluído e este com densidade determinada, existe uma força sendo contrária à ação da força peso, esta é a força de empuxo considerada pelo Princípio de Arquimedes. No experimento feito no Laboratório para a verificação deste princípio, primeiramente mediu-se o peso real dos cilindros e logo após começou-se a imergi-lo nos fluídos (água e álcool), a profundidade variou duas vezes (o cilindro totalmente imerso e aproximadamente 50% imerso) e conferindo o peso aparente do cilindro registrado no dinamômetro. Este procedimento foi repetido separadamente com os quatros cilindros e nos dois fluídos. Assim, através do empuxo (diferença entre o peso real e o peso aparente) pode ser determinada a densidade de cada fluido e do corpo imerso, no caso o cilindro. Com o experimento em questão, conseguiu-se verificar o princípio de Arquimedes e a existência da força empuxo, sendo esta força contrária a força peso. Também foi observado que com estas forças determina-se a densidade do fluído e do corpo imerso. 5 2. INTRODUÇÃO Em algumas bibliografias podem ser encontrados registros escritos de que, Arquimedes (282-212 AC) descobriu, enquanto tomava banho, que um corpo imerso na água se torna mais leve devido a uma força, exercida pelo líquido sobre o corpo, vertical e para cima, que alivia o peso do corpo. Essa força, do líquido sobre o corpo, é denominada empuxo ( ). Portanto, num corpo que se encontra imerso em um líquido, agem duas forças: a força peso ( ), devida à interação com o campo gravitacional terrestre, e a força de empuxo ( ), devida à sua interação com o líquido. Um fluido nada mais é do que uma substância que pode escoar, assumindo assim a forma do recipiente em que se encontra. Nota-se que os fluídos não podem resistir a uma força paralela à sua superfície, pois estes escorrem, aderindo-se a forma do recipiente ou mesmo deformando conforme o vetor força exercido. Com relação aos princípios e equações que são desenvolvidas durante o estudo do comportamento dos fluidos, um dos que se destaca é o Princípio de Arquimedes. Consideremos um corpo cilindro de área da base A e altura h, totalmente imerso num fluído em equilíbrio, cuja densidade é . Com o aumento da profundidade, a pressão no líquido envolta do objeto submerso aumenta, fazendo com que a pressão na parte inferior seja maior que o da parte superior resultando na força de empuxo. Se o objeto estiver em equilíbrio estático, Fg (força da gravidade) é igual a Fe (força de empuxo), assim temos que, o módulo de Fe é igual ao módulo de Fg. Já podemos descrever que Fg = m.g, com isso E = mf.g (Equação 1), onde mf é referente a massa do fluido. Pode-se escrever mf como massa do volume deslocado (Md). E= Md. g (Equação 2) Md é equivalente a densidade do corpo () multiplicado pelo volume (v),assim teremos que : E = . V. g (Equação 3) Assim como pode ser escrita da seguinte maneira : E = μ . v . g (Equação 3.1) Onde: Μ = massa específica do fluido; V = volume do líquido deslocado. ρ = M/V(Equação 4) 6 O corpo poderá flutuar caso a força sobre ele seja menor que a força de sustentação (E) ou descerá caso a primeira força citada seja maior. Com relação ao peso aparente de um fluído, quando o objeto é totalmente imerso no líquido, o valor do seu peso, dentro desse líquido, é aparentemente menor do que no ar. A diferença entre o valor do peso real e do peso aparente corresponde ao empuxo exercido pelo líquido: Paparente = Preal - E (Equação 5) 7 3. OBJETIVOS Os objetivos da realização destes experimentos são que ao final do experimento provar os resultados obtidos por Arquimedes, que são: Identificar o empuxo como aparente diminuição da força peso de um corpo submerso num líquido; Reconhecer a veracidade da afirmação “Todo corpo mergulhado em um fluido fica submetido à ação de uma força vertical, orientada de baixo para cima, denominada empuxo, de módulo igual ao peso do volume do fluido deslocado. ” Reconhecer a dependência do empuxo em relação à densidade do líquido deslocado (mantendo o mesmo corpo submerso); 8 4. MATERIAL E PROCEDIMENTO 4.1 MATERIAIS UTILIZADOS 1 Suporte (Cidepe, Kit Arete); 1 Dinamômetro analógico tubular de mola; 4 Massas de teste (cilindros de nylon); 2 Béqueres; Fluidos de teste: (i) Água destilada e (ii) Etanol Combustível; 1 Paquímetro; 1 Balança Analítica; Materiais de limpeza 200 mL de Água; 200 mL de Álcool. 4.2 MONTAGEM E PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Com o paquímetro, foram medidos o comprimento e o diâmetro da peça de Nylon, calculando e a notando o valor do seu volume. Posteriormente foi verificadose o dinamômetro estava zerado quando na posição vertical, caso contrário ele seria ajustado para zerá-lo. Após essa verificação, foi pesada a peça de Nylon com o auxílio do dinamômetro, sendo esta imergida no béquer contendo etanol combustível. Depois foi retirada vagarosamente a peça do béquer contendo etanol para que o líquido não derramasse e continuasse com o valor de 200 ml inicial. Durante a retirada, foi observado se o peso medido variou à medida que o corpo se desloca numa menor quantidade de fluido. A peça foi secada com o material de limpeza e todo este procedimento foi repetido tanto com as outras peças de Nylon, quanto o béquer contendo água. 9 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 5.1 QUESTIONÁRIO Fórmulas utilizadas: Nesta seção mostraremos as fórmulas que foram utilizadas para a confecção do relatório. Estas estão descritas a seguir: Empuxo Eq.(1) Onde ρ é a densidade do fluido, V é o volume do líquido deslocado e é a gravidade. Empuxo Eq.(2) Onde é o peso real do objeto em questão e é o peso aparente. Volume de um cilindro Eq.(3) Onde é o raio e é a altura. Peso Eq.(4) Onde é a massa e a gravidade. Densidade Eq.(5) Onde é a massa e é o volume. Tabela 1: Medida das dimensões dos corpos de prova, e os valores do volume utilizando eq. (3) i Comprimento (cm) ± 0,01 mm Diâmetro (cm) ± 0,01 mm Volume (cm³) ± 0,01 mm³ M0 6,79 2,60 36,05 M1 3,76 1,65 8,03 M2 3,70 1,60 7,44 M3 3,70 1,60 7,44 10 Calculando a densidade do álcool e da água, utilizando as equação.(5) Tabela 2: Valor do béquer vazio, com álcool e água. Tabela 3: Dados de medidas dos objetos. I Peso no ar (N) ± 0,01 N Peso no álcool (N) ± 0,01 N Peso parcial no álcool (N) Peso na água (N) ± 0,01 N Peso parcial na água (N) Volume Álcool (ml) ± 0,01 mm³ Volume Parcial (ml) ± 0,01 mm³ Volume Água (ml) ± 0,01 mm³ Volume Parcial (ml) ± 0,01 mm³ M0 0,53 0,18 0,34 0,08 0,26 250 225 255 250 M1 0,15 0,06 0,10 0,02 0,01 215 207 210 207 M2 0,32 0,24 0,27 0,20 0,27 218 205 212 210 M3 0,94 0,84 0,88 0,88 0,92 215 210 213 210 Usando a eq.(2) para calcular os valores do empuxo abaixo: Tabela 4: Valores da variação de empuxo. Variação de Empuxo E=Peso real – Peso aparente I Álcool relativo ao ar (N) ± 0,01 N Água relativo ao ar (N) ± 0,01 N M0 0,35 0,45 M1 0,09 0,13 M2 0,08 0,12 M3 0,10 0,06 Peso do béquer com ar (g) Peso do álcool do béquer (g) Densidade do álcool (g/cm³) Peso do béquer com água (g) Densidade da água (g/cm³) 112 262-112=150 9,90x10^-4 286-112=174 1,27x10^-3 11 Tabela 5: Valores relativos ao volume deslocado. Empuxo pelo volume deslocado Relativo ao álcool (ml) Parcial relativo ao álcool(ml) Relativo à água(ml) Parcial relativo à água(ml) 0,50 0,25 0,55 0,50 0,15 0,07 0,10 0,07 0,18 0,05 0,12 0,10 0,15 0,10 0,13 0,10 Densidades dos corpos de provas Calculamos a densidade de cada item utilizando a equação (5), para isso precisamos achar o valor das massas utilizaremos a equação (4) resultados na tabela a seguir: i Valor da massa (g) Valor da densidade (g/cm³) Valor da densidade parcial no álcool Valor da densidade parcial na água M0 54 1,50 0,96 0,74 M1 15 1,87 1,27 0,13 M2 33 4,40 3,70 3,70 M3 96 13,0 9,16 12,61 Empuxo: Percebe-se que o peso aparente decresce conforme os cilindros são imerso na água, já o empuxo cresce. Isto se deve ao fato de que o empuxo e o peso aparente somados equivalem ao peso real do cilindro, portanto se o cilindro é colocado na água, quanto maior a profundidade menor será o peso aparente, pois o empuxo aumentará, fazendo com que a sua soma seja constante e igual ao peso real do cilindro, os tornando inversamente proporcionais. Densidade da água: A partir dos dados obtidos em experimento, foi calculado a densidade da água, resultando em 0,127 g/cm³, Segundo Chemical Engineers’ Handbook, a densidade da água é de 0,99708g/cm-3. Tal diferença de resultados e de erros deve-se ao fato da precisão de do método de medida, implicando em maiores erros na hora de medidas exatas. Densidade do álcool: Usando do mesmo procedimento adotado para determinar a densidade da água utilizou-se para o álcool. Através dos dados obtidos usando a altura do cilindro imerso em álcool, foi possível calcular a densidade do mesmo, sendo de 9,90x10^-4 ± g/cm³ e o motivo pelas diferenças de valores é o mesmo anteriormente citado. Segundo Chemical Engineers’ Handbook, a densidade do álcool etílico a 70% é de 0,86579g/cm3 a 25ºC, novamente mostrando que os valores experimentais se aproximam dos valores teóricos. Neste caso, a diferença dentre o teórico e experimental é maior, devido a falta de informação do álcool utilizado, pois não há certeza de seu teor de álcool. 12 6. Conclusão: Como sabemos, quando temos um corpo submerso em um fluído, uma força age sob o corpo fazendo com que aparentemente ele pareça mais leve, essa força é a resultante de todas as forças que o líquido exerce sobre o corpo que está sendo submergido, denominada até então como empuxo, que é a multiplicidade da densidade, da aceleração da gravidade e do volume de fluído deslocado. Com experimento feito em laboratório, foram observados que o tipo de liquido influencia, tanto no peso aparente quanto no empuxo, isso ocorre devido a diferença de densidade dos líquidos. Ao serem medidos, peso aparente e empuxo, dos corpos, em soluções com densidades diferentes encontramos resultados diferentes para corpos iguais. Ou seja, essa força vai depender explicitamente do conteúdo do fluido em que será mergulhado. As densidades dos corpos de provas, do álcool e água calculados obteve valores diferentes do real isso ocorreu devido por um possível erro na coleta de dados no laboratório, ou alguma possível propagação de erros dos instrumentos e métodos utilizados durante o processo. 13 7. ANEXO (FIGURA 1) (FIGURA 2) 14 (FIGURA 3) (FIGURA 4) 15 (FIGURA 5) (FIGURA 6) 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Apostila de Suporte ao uso do software Origin ® para disciplinas de laboratório de Física IFGW, Unicamp 20 de março de 2006. HALLIDAY, David. RESNICK, Robert. WALKER, Jearl. Fundamentos de Física, Volume 2, 8ª edição. Rio de Janeiro, LTC 2009. Brasil, Nilo Índio do; Introdução à engenharia química, 2ª Edição, Editora Interciência, Rio de Janeiro, 2004.
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