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Revisão de Materiais Dentários – P1 Definição – São substâncias com propriedades que as tornam utilizáveis em produtos e dispositivos desenvolvidos pelo homem para preencher suas necessidades físicas, sociais e estéticas. Classificação Metálicos Cerâmicas Poliméricos Compósitos Pequeno histórico O primeiro tratamento odontológico foi realizado em 1728. A primeira moldagem em cera com modelo de gesso aconteceu em 1756. A partir dos experimentos de Black, começou a era da odontologia moderna em 1895. Testes específicos – Cada material possui um teste diferente Consistência Tempo de trabalho Tempo de presa Alterações de temperatura Estabilidade dimensional Absorção de água Solubilidade Dureza superficial Adesão Abrasão Biocompatibilidade Tempo de armazenamento Resistência: compressão, tração e cisalhamento. Propriedades – Os materiais são classificados de acordo com suas propriedades físicas, mecânicas, químicas, biológicas e estéticas. Propriedades mecânicas – Tensões e deformações Tipos de tensões Tensão de tração – Um cabo de guerra, por exemplo, onde duas pessoas exercem forças em direções opostas. Tensão de compressão – Um peso em cima de uma garrafa plástica vai exercer uma força que vai comprimir a garrafa. Tensão de cisalhamento – Tipos de deformações Black é considerado o pai da odontologia. O comportamento dos materiais está baseado em sua estrutura atômica. Deformação elástica – A deformação é considerada elástica quando o material que recebeu a força exercida deforma-se, mas em seguida volta a sua forma inicial. Deformação plástica – A deformação é considera plástica quando o material que sofreu a força deforma-se e não volta a sua forma inicial. Propriedades físicas Elasticidade. Viscoelasticidade – Um exemplo é o travesseiro da nasa. Cor. Propriedades térmicas. Propriedades biológicas Toxicidade Classificação quanto a Uso o Direto o Indireto Longevidade o Materiais permanentes – mais de três meses o Materiais provisórios – menos de três meses Composição o Metais o Não metais o Etc. Ativação o Quimicamente o Fisicamente A doença cárie e sua classificação quanto a profundidade Superficial -> Só atinge o esmalte. Média -> Além do esmalte atinge a dentina. Profunda -> Chega na polpa. Propriedades físicas dos materiais dentários: Mecânicas Físicas o São baseadas em leis de mecânica, acústica, óptica, termodinâmica, eletricidade, magnetismo, radiação, estrutura atômica ou fenômenos nucleares. Químicas Biológicas A disciplina tem grande relação com a dentística, porque a partir da definição da cavidade é que vai se escolher o material mais adequado. Temperatura de fusão – É a temperatura na qual o material passa do estado sólido para o estado líquido. Soldagem. Confecção de estrutura metálica. Prótese parcial removível. Prótese parcial fixa. Restaurações metálicas. Metal e cerâmica. Condutividade térmica – É a capacidade que um material possui em conduzir calor. K elevado -> Condutor K baixo -> isolante As cerâmicas têm baixa condutividade térmica. Os metais têm alta condutividade térmica. VAI CAIR NA PROVA Alta condutividade térmica (conduz tanto quente quanto o frio) do amálgama – Por ser uma liga metálica, é um grande condutor de calor. Se tivermos uma variação de calor na cavidade oral, o amálgama, ou qualquer outro metal, vai conduzir o calor para o dente (dependendo da profundidade da restauração chegando até a cavidade pulpar), então, deve-se colocar um material isolante na cavidade (base ou forramento) antes da inserção do amálgama. Difusividade térmica – Velocidade em que se atinge o equilíbrio térmico. Calor específico – Cada material tem uma quantidade de calor. Expansão térmica – Aumento do volume do corpo, ou contração (quando diminui), em função da temperatura. Uma restauração dental pode se expandir ou se contrair mais que o dente durante a alteração de temperatura, com isso, poderá sofrer infiltrações ou se descolar do dente. VAI CAIR NA PROVA O que seria um material ideal para o dente na expansão térmica? É preciso que o material de escolha tenha um coeficiente de expansão próximo ou similar ao do dente, para não haver fratura do dente durante as variações de temperatura. Propriedades ópticas – Estão relacionadas a luz. Matriz – É a cor dominante do objeto. Saturação – grau de intensidade de uma matriz Luminosidade – claridade e escuridão de uma cor. Unidade utilizada é (K) Escala de cor Vita Classical VAI CAIR NA PROVA Metamerismo – Um objeto pode mudar de cor sobre a influência de diferentes fontes de luz. Como um determinado material pode mudar de cor de acordo com a incidência de luz, devemos SEMPRE escolher a cor do dente sobre duas ou mais fontes de luz. Porque a cor do dente se adapta a luz ambiente. Opacidade e translucidez Material opaco – não transmite bem a luz através dele. Ele a absorve, reflete ou dispersa. No dente é mais relacionado ao terço cervical. Material translucido – Permite que grande quantidade de luz seja transmitida através dele. No dente é mais relacionado com o terço incisal. Fluorescência Dentes – Absorvem luz ultravioleta e liberam esta luz em um comprimento de onda mais longo. o Significado clínico – Sob luz ultravioleta, os dentes parecem mais brancos, contrastando com restaurações em compósito que não apresentam fluorescência. O estudo da viscosidade e escoamento de um material é chamado de -> Quanto maior a temperatura, menor é a viscosidade. Quanto maior a viscosidade, menor é o escoamento. Creep – É uma deformação plástica dos sólidos dependente do tempo de aplicação de uma carga estática ou tensão constante. Propriedades mecânicas dos materiais dentários – Os materiais estão sempre sob a ação de forças mastigatórias, portanto o estudo das propriedades dos materiais se faz necessário para se conhecer o comportamento deles na boca. Mecânicas Força Viscosidade é o quão grudento é o material (MEL). Tensão Deformação Dureza Maleabilidade/ductilidade Resiliência Limite de proporcionalidade Forças – Ação que pode produzir alteração de movimento de um corpo e produzir deformações. Tensão é a reação de um corpo à uma força externa, que é igual em intensidade e contrária em direção. Tensão de tração – Distender ou alongar um corpo Tensão de compressão – Comprimir ou alongar um corpo. Resistência ao cisalhamento – É a capacidade do material resistir a um esforço que tende a deslizar uma porção sobre a outra, também conhecida como esforço de corte. Elasticidade – É a capacidade de um corpo resistir à deformação permanente. Baixo módulo de elasticidade – Tensão aplicada produz uma grande deformação. Alto módulo de elasticidade – Tensão aplicada produz uma pequena deformação. Se a carga (F1) é igual à reação (F2), não há deformação, caso estas cargas sejam diferentes, haverá deformação. 𝑀𝐸 = T D Zona elástica – Tensão e deformação são proporcionais. Zona Plástica – Começa no gráfico quando há uma fratura, então, a tensão e a deformação passam a ser desproporcionais. Ductibilidade – É a capacidade do material suportar uma deformação permanente sem se fraturar sob tensões de tração. Maleabiliadde – É a capacidade do material em suportar uma deformação permanente sem se fraturar sob tensões de compressão. Substância maleável é, pois, aquela capaz de apresentar grandes deformações permanentes, sob tensões de compressão sem sofrer fraturas. Tenacidade – É a propriedade de um material ser difícil de quebrar. Resistência – É a tensão máxima necessária para fraturar uma estrutura. Dureza – Várias propriedades influem na dureza do material; resistência, limite de proporcionalidade, ductibilidade, resistência e abrasão ao corte. Adesão – É a força que une duas substâncias quando colocadas em intimo contato entre si. Adesivo – Película que produz adesão. Aderente – Material ou tecido ao qual é aplicado. Tensão superficial – É um efeito que ocorre na camada superficial de um líquido, que leva a superfície a se comportar como uma membrana elástica. Terminologias Moldagem – Ato de moldar. Molde – Obtido após o término da moldagem. É a reprodução negativa de toda a estrutura bucal moldada. Modelo – Contrário do molde, é a cópia em positivo da estrutura bucal moldada. É a cópia da boca em gesso. Tempo de manipulação – Tempo que tenho para manipular o material, varia de acordo com cada fabricante. Tempo de trabalho – É o tempo que eu posso trabalhar com o incluindo o tempo de manipulação. Tempo de presa – É o tempo para o material endurecer na boca do paciente. Se na bula fala que este tempo é de 6 minutos, vou deixar o material 2 minutos na boca do paciente, porque tive 4 minutos de trabalho. Materiais de moldagem – São classificados em elásticos e anaelásticos. Todo material de moldagem contrai. A adaptação de duas substâncias pode ser conseguida, também, através de união mecânica. Conceitos importantes, provavelmente caem na prova. Anaelásticos – Não podem ser removidos de áreas retentivas sem fraturar ou distorcer. Gesso – A matéria prima chama-se Gipsita o Gesso odontológico Boa precisão Discreta alteração dimensional. Facilidade de uso Compatibilidade com muitos materiais de moldagem. Preparo de modelos de estudo para estruturas orais e maxilo faciais. Processos laboratoriais para confecção de próteses. o Produtos da Gipsita Gipsita Gesso comum ou pedra Sulfato de cálcio dihidratado Sulfato de cálcio hemidratado o Calcinação -> Queima, calor. o Tipos de calcinação Forno aberto – Gipsita entra em forno (110ºC a 120ºC) e sai o gesso comum Pressão de vapor – calor de 120ºC a 130ºC Solução em ebulição Tipo I Moldagem (está saindo do mercado) Tipo II Gesso paris comum 𝛽 hemihidratado (mais comum na construção) Tipo III Gesso pedra α hemihidratado Tipo IV Gesso pedra especial α hemihidratado Tipo V Gesso pedra especial e alta expansão α hemihidratado o Relação H2O/Pó – Tem que ser seguida a risca. o Fatores que afetam o tempo de presa e a expansão da presa M at er ia is d e M o ld ag em Anaelásticos Gesso Paris Pasta de óxido de zinco e eugenol Cera Godiva Elásticos Elastômeros Polissulfeto Silicones Condensação Adição Polieter Hidrocolóides Reversível Ágar Irreversível Alginato o Impureza Granulometria Relação água/pó Espatulação Aceleradores/retardadores Umidade o Efeitos da espatulação – tempo e velocidade da reação Formação de novos núcleos Diminuição do tempo de presa o O dihidrato é menos solúvel que o hidratada. Questão de prova Reação de presa CaSo4 . ½ H2o + ½ H2O -----> CaSo4 . 2H2O+ Estágios: 1 – Suspensão do hemidrato em água, gerando uma mistura fluida. 2 – Solução saturada de íons CaSo4. 3 – Precipitação dos íons ao redor dos núcleos de cristalização pré-existentes. o Tempos Espatulação – Tempo decorrido desde a adição do pó à água até a mistura ser completa. Trabalho – tempo desde o início da espatulação até que o produto adquira uma consistência que impeça a realização do trabalho. Presa – tempo decorrido do início da mistura até que o material endureça. o Manipulação Pó deve ser incorporado à água – esta ordem diminui a quantidade de bolhas. Mistura vigorosa e uniforme. Espatular por 1 minuto. o Vazamento do molde – Deve ser realizado logo após o fim da espatulação. Cera o Possuí dois tipos, as de fundição e as de manipulação geral. o Propriedades desejáveis Plastificação uniforme, ou seja é preciso que ela se liquefaça igualmente em todos os lados. Cor contrastante Escultura Fácil remoção Godiva o Tipo I – É de baixa fusão, para moldagem anatômica (inicial) de pacientes edêntulos, registro de arco facial, moldagem unitárias. o Tipo II – Moldeiras indivuais. o Plastificação A espatulação vigorosa provoca aumento do número de núcleos de cristalização, tornando mais rápida a conversão da hemihidratado em dihidratado. Pode ser plastificada na estuda, sobre chama, banho de água e micro- ondas. Quando plastificada sobre a chama, deve-se tomar cuidado para não ferver ou queimar e não acontecer a volatilização de componentes. o A godiva é uma baixa condutora térmica. o A porção externa plastifica-se primeiro que a interna. o Deve endurecer completamente na temperatura da boca. Pasta de óxido de zinco e eugenol (é super pegajosa) o Apresenta-se em 2 tubos com diâmetros de saída diferentes. o Indicada para moldagem de arcos edentados e para registro de mordida. o Proporção Base/catalisador -> 2:1 Dispensar o mesmo comprimento das pastas na placa de vidro. o Técnica de espatulação Após colocar o material na placa, deve-se espatular por cerca de 1 minuto (sempre respeitando as instruções do fabricante), é mais fácil levar a base em direção a catalizadora. Quando a massa estiver homogênea, ela deve ser colocada na moldeira individual. Antes de colocar a moldeira na boca do paciente, aplicar vaselina para evitar dermatite de contato. Elásticos – Fácil manipulação. Réplicas precisas. Fluidez que adapta-se aos tecidos bucais. Transforma-se em um sólido borrachóide na boca. Biocompatível. Sabor agradável. Boa relação custo-benefício. Alginato – É um material de moldagem de regiões onde não é necessária a reprodução fina de detalhes. o É um hidrocolóide irreversível, ou seja, depois que GELEIFICA não volta mais. o Indicações Modelo de estudo. Moldagem de arrasto. Moldagem para confecções de restaurações provisórias. Moldagem para confecção de moldeiras individuais (quando não pode usar a de metal). Moldagem para a confecção de guias cirúrgicos. Moldagem para confecção de aparelhos ortodônticos removíveis. o Processo de geleificação é extremamente rápido. o O tempo de geleificação vai depender de fabricante para fabricante, começa na manipulação e termina na presa. o O tempo de trabalho/presa vai depender de vários fatores, como temperatura da água, proporção e tempo de espatulação e se o fabricante inclui retardador na mistura. o Técnica de espatulação Proporção e 1:1. Primeiro colocar a água no gral e em seguida o pó. A espatualação (espátula de plástico, por ser mais flexível) deve ser vigorosa em movimentos de 8, pressionando a mistura nas paredes do gral. O tempo varia de 45’ a 1’’, dependendo do fabricante. o Cuidados em relação à moldagem A moldeira deve ser colocada de posterior para anterior, em três momentos: A introdução, a centralização e o aprofundamento. A moldeira deve ser removida em um movimento ÚNICO. o Estabilidade dimensional Evaporação – É a perda de água superficial – Isto gera uma CONTRAÇÃO. Embebição – É o ganho de água – Isto gera uma EXPANSÃO. Sinérise – É a perda de água – Isto gera uma CONTRAÇÃO. Perdem água quando deixados expostos ao ar. O molde deve ser preenchido por gesso imediatamente. Elásticos Polissulfeto o Pasta em duas bisnagas. As pastas devem ser colocadas em comprimentos iguais na placa de vidro. o Vantagens Longo tempo de trabalho, o que permite realizar o trabalho com calma. O tempo varia de fabricante para fabricante. Boa reprodução de detalhes superficiais. Baixo custo. o Desvantagens Necessita de uma moldeira individual, que deve ser confeccionada em resina. Odor desagradável. Deve ser vazada imediatamente, no tempo de 06h, por conta do seu subproduto que pode causar alterações. Silicone por condensação o Apresenta o álcool como subproduto o Vantagens Massa, o que elimina a utilização de moldeira individual. Odor agradável. Resistência ao rasgamento adequada. o Desvantagens Modelos devem ser vazados imediatamente devido ao subproduto. Material é hidrofóbico, ou seja, não tem afinidade com a água, então, deve-se aplicar um jato de ar na boca antes da moldagem. Não permite a obtenção de mais de um modelo. Silicone por adição o Não pode ser manipulado com luva de látex, que usar uma sobre luva. o Não tem subproduto, mas forma gás hidrogênio. Importante, possível questão de prova. o Para ter um tempo de trabalho maior, pode-se colocar a placa de vidro na geladeira, mas tomar cuidado de ver se não tem água na superfície. o Vantagens Fácil manipulação. Altamente preciso. Odor e gosto agradável. Pode ser vazado mais de uma vez, em até 1 semana. Hidrófilo o Desvantagens Custo elevado. Luvas de látex inibem a polimerização. Poliéter o Não gera subproduto o Indicado para moldagens sem grandes retenções. o Vantagens Alta estabilidade dimensional Boa reprodução de detalhes Vários vazamentos em um molde o Desvantagens Alto custo Curto tempo de trabalho e presa NÃO pode moldar regiões retentivas, porque pode causar fratura. o Estabilidade dimensional Contração de polimerização Perda de subproduto -> água e álcool o Reprodução de detalhes está relacionada com a viscosidade, quanto menos viscoso, mais detalhada será. Resina Acrílica Polimerização acontece de quatro formas: o Térmica o Química o Energia de micro-ondas o Física (Luz) Indicações o Resina Acrílica Ativada Termicamente (RAAT) Base de prótese Próteses Aparelhos ortodônticos Dentes artificiais Placas oclusais o Resina Acrílica Ativada Quimicamente (RAAQ) Provisórios Moldeiras individuais Pinos individuais Casquetes Composição o Pó o Líquido – neste caso não é água, pode ser Metacrilato de metila, hidroquinona, amina terciária. Qualquer um dos três é extremamente volátil. Estágios de Polimerização o ARENOSA Umedecimento das partículas. Pouca ou nenhuma reação ocorre a nível molecular. Mistura fluida e escoa facilmente. o FIBRILAR Monômero ataca as pérolas de polímero. Aumento da viscosidade. Mistura: formação de fibrilas. o PLÁSTICA Aumento do número de cadeias poliméricas Mistura não adere mais ao pode e a espátula *Fase de trabalho* o BORRACHÓIDE Monômero residual dissipado por evaporação Mistura: recuperação do formato inicial após a compressão o DENSO Mistura seca e rígida Evaporação do monômero livre Passível apenas de ajustes com brocas Mistura: resistente à deformação mecânica Iniciação (arenoso) – iniciadores se energizam e se quebram em radicais livres, se unindo com os monômeros. Propagação (fibrilar) – monômero radical age como um novo radical livre, se aproximando e reagindo com outro monômero, dando origem ao polímero. Transferência de cadeia (Plástico-borrachóide) – o radical livre ativo se uma cadeia em crescimento é transferido para outra molécula. Terminação (Borrachóide-Denso) – Quando moléculas reagem entre si formando uma dupla ligação na cadeia polimérica. Materiais protetores do complexo dentino pulpar Hidróxido de cálcio – Trata-se de um material protetor do complexo dentino/pulpar que também pode ser utilizado como agente cimentante temporário o Pasta base o Pasta catalizadora Manipulação o Comprimentos iguais da pasta o Placa de vidro ou bloco de esaptulação o Mistura rápida e uniforme +/- 10 segundos Características e propriedades dos materiais a base de hidróxido de cálcio o Atividade antimicrobiana – relacionada à dissociação iônica em íon hidroxila e íon cálcio, que altera as propriedades da membrana citoplasmática bacteriana. o Isolamento térmico – Possui baixa condutividade térmica. o Efeito mineralizador – dissociação do hidróxido de cálcio em íons cálcio ativa enzimas teciduais, estimulando a produção de dentina reacional. o Radiopacidade – Permitem visualizar a presença do material em exames radiográficos. o Baixa resistência à compressão – os cimentos possuem resistência final mais alta que as pastas e o pó. o Alta solubilidade – prejudicial no ‘início’, porém necessária para que ocorra a liberação de íons hidroxila e induzir a reparação tecidual. Cimento ionômero de vidro o É indicado para cimentação, forramento, selamento e restaurações. o Libera fluoreto, ou seja, tem um efeito anticariogênico. o Adesão química a estrutura dental. o Manipulação fácil e rápida. o Biocompatível. Possível questão de prova Por que não podemos manipular o cimento ionômero de vídeo com espátula metálica? Porque a espátula metálica libera íons metálicos que vão alterar a composição da mistura. Classificação dos cimentos ionômero de vidro Tipo I Cimentação de coroa, ponte e brackets. Tipo II Restaurações. Tipo II Material de base e forramento. Tipo IV Selamento de fissuras. *A química deles é similar, o que varia é a composição do pó e o tamanho das partículas* Manipulação o O pó deve ser dividido em duas partes iguais e aglutinada ao liquido em partes. o Proporção de 1:1 o Aglutinação inicial 15’ -> primeira metade do pó. o Aglutinação final 15’ – 30’ -> segunda metade do pó. Positivos o Adesão química a estrutura dental o Liberação de flúor o Biocompatibilidade o Coeficiente de expansão semelhante ao do dente Negativos o Sensibilidade a variação de umidade (sinérise e embebição) o Opacidade o Curto tempo de trabalho o Longo tempo de presa Cimento – Substância que toma presa passando de um estado viscoso para um estado sólido, unindo duas superfícies. Cimentação – Procedimento operatório que visa a fixação de elementos protéticos aos dentes devidamente preparados, através de um agente cimentante. A cimentação pode ser dividida em duas categorias, de acordo com o tipo de agente cimentante: cimentação temporária ou cimentação definitiva. Agente cimentante temporário o Promover reparação do complexo dentino-polpa. o Promover bom selamento marginal. o Possuir bom índice de resistência. o Facilidade de limpeza. Agente cimentante definitivo o Baixa solubilidade. o Promover bom selamento marginal. o Alta resistência mecânica. o Bom isolante térmico e elétrico. o Boa fluidez para o completo assentamento da peça. Sistemas adesivos Adesão – O estado em que duas superfícies de natureza igual ou distinta estão unidas por forças. Adesão mecânica – penetração de um material em outro. Esmalte – Penetração do sistema adesivo nas microporosidades criadas pelo condicionamento ácido. Dentina – Penetração do sistema adesivo entre as fibras colágenas expostas da dentina. Adesão química – Está intimamente ligada à capacidade de umidecimento ou molhamento de um material. Mecanismos de união à estrutura dental Capacidade de molhamento (adesivo) Superfície adesiva Proximidade entre material/substância Ácido o Desmineralizar parcialmente a substância dental. o Aumentar a porosidade da superfície. Primer o Funções Componente hidrófito do sistema adesivo. Encapsular e estabilizar a rede de colágeno. o Solução de monômeros dissolvidos em solvente Água -----> Baixa volatividade Álcool -----> Média volatividade Acetona -----> Alta volatividade Adesivo o Unir o substrato ao material restaurador. o Penetrar nos espaços interfibrilados. o Selamento da dentina e esmalte. Composição dos sistemas adesivos – Cada sistema adesivo apresenta uma composição própria, porém conta com alguns componentes básicos: Monômeros o Monômeros hidrofílicos permitem a infiltração do adesivo no substrato dentinário. o Monômeros hidrofóbicos promovem a união dos materiais resinosos. o Monômeros ácidos desmineralizam a dentina e o esmalte e infiltram no tecido simultaneamente. Solventes Foto iniciadores o Os sistemas adesivos são em sua maioria foto ativados Hidrófilos Penetram na dentina úmida Se unem com as particulas de água, elevando sua pressão de vapor. Removendo a água que estava presente no substrato e deixando o monômero que estava polimerizada para formar a camada híbrida Água Álcool Acetona o Os iniciadores são aminoaromáticos e canforaquimica Partículas de carga o A adição de partículas de carga contribui, principalmente, na diminuição da hidrofilia das interfaces. o O tamanho, distribuição e tratamento das partículas variam entre os sistemas. o Entre 5 e 20 µm para alguns adesivos. Esmalte o Apresenta-se sob a forma de crista que, unidas, original as primas do esmalte. o Inicia-se na junção amelodentaria e dirige-se para a superfície dental. o Apresentam variação de tamanho de 4 a 7 µm. Condicionamento ácido do esmalte o Remove aproximadamente 10 µm da superfície. o Cria poros de 5 a 10 µm de profundidade. o Aumenta a área de superfície, o molhamento do esmalte e a tensão superficial. Tipos de ácido usados o Ácido fosfórico 35-37% Técnicas o Aplicar por 20 segundo o Em seguida lavar por 60 segundos o Por último aplicar o sistema adesivo e fotopolimerizar. Adesão ao esmalte Dentina o Apresenta um aspecto tubular. o Sua quantidade e diâmetro médio variam de acordo com a proximidade do tecido pulpar. A efetividade dos sistemas adesivos depende, basicamente, das características da superfície do substrato dental. Condicionamento do esmalte Descalcificação dos prismas Formação de microporos Penetração da resina Encapsulação dos cristais Retenção mecânica o A dentina peritubular envolve os túbulos e é caracterizada por seu alto conteúdo mineralizado. o A dentina intertubular se situa entre os túbulos dentinares Adesão ao substrato dental o Smear layer x adesão Redução da permeabilidade Diminuição da energia superficial Deposito de bactérias ou de seus substratos o Camada híbrida Formação da camada hibrida resultante da infiltração de monômeros resinosos entre as fibras colágenas expostas. Ocorre devido à remoção total da smear layer e pela criação de microporos por um ácido. Constitui o principal mecanismo de adesão à dentina. Condicionamento ácido total o 3 Passos o o 2 passos o Sistema convencional – Promove a remoção total da smear layer. Técnica de aplicação (3 passos) o Ataque ácido – ácido fosfórico por 20’ no esmalte e 15’ na dentina. o Lavar por 60’ o Secagem com bolinhas de algodão ou papel absorvente Esmalte deve ficar seco Dentina deve ficar úmida Sistema auto condicionante – Há redução da sensibilidade no pós operatório. o 2 passos o Ácido Primer Bonder Ácido Adesivo Primer + Bonder Primer acídico Bonder Ácido + Primer o 1 passo Primer ácido – Ao mesmo tempo em que o ácido realiza a desmineralização, o primer já vai penetrando. Questão de prova Qual a diferença entre sistema convencional e sistema auto condicionante? O Sistema convencional promove a remoção total da smear layer e da smear pack. O Sistema autocondicionante, por não ser tão agressivo, reduz a sensibilidade pós operatória. Propriedades do adesivo dentário ideal o Ser biocompatível e não irritante pulpar. o Ser hidrofílico. o Ser resistente ao ambiente oral. o Ter bom molhamento. o Promover adesão forte e estável. o Resistir à contração de polimerização das resinas. o Resistir aos esforços oclusais. Passo único Ácido + Primer + Bond
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