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O Estudo da Estética - Texto Renato Barili - Cap1

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;
1 f"
i I,: I.~c
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. ÍNDICE.
".,'
49
49
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54
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60
63
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69
73
77
: " .' ~, '
............................................
. .. . . . . •. •. . •. •. •. •. •. •. •. •. •. •. •. •. '. ..'.. •. •. ~. •. . •. . . •. •. •. .. . •. "..
1. Etimologia do termo o ...•....•. o ...• o o 00 17
2. «Arb>, «poie», «rhe». ~ ~. o......... 19
3. A estética. como cons6rci~ o •••••••••• o.. • 24
4. Vice, Baumgarten. Croce . . . . . . . . .... . . . .. . .. .....26
5. Da estética à arte e retorno o ~ .: •••••• o •• ':: 29
.6 A estética: conhecimento oli experiência? ;...... 31
7. Experiência comum, científica ~estética 32
,8. Homogeneidade e heterogeneidade . i'" •....... : . . . 37
9. Dramaticidade ~'i .•••••• o • • • • • • 41
10; Galvano Della Volpe ' ' .'. . . . . . . . . . . 43
11. Interferência de funções . . . . . . . . . . :. . . . . . . . 44
1. Dois exemplos de experiência estética' ; .
2. Passagem à arte ~.: .
3~ A dimensão siI,!lb6Iica .. ,'~ ~ " ...•.. o ••• " ••
4. O simbolismo linguístico ; . o •••• o, .•• ; ; ••.
5 E' , . . , .' ' .
, qUlvOCO,UlllVOCO.plunvoc'Q . o •••••• ', ••••••••••
6. Significante-significado o ••••• o •••••••
7. Os símbolos acústicos da literatura ; 0'0 , o, • o
8.0s símbolos musicais .....•... ~ : .. , o ~ •••
9. Os símbolos gráf" ". ,; .ICOS .••••••.•••••.• '..:'-'••....•.•••••••
10. Inovação e dramaticidade .. '. : .. ,": ..
• ,: ."" ,""" • o •••••• ". , •• '.0 .,:,. , "._'" .
Introdução
I - A experiência estética .'. '0 ••••••• o .• o . ~ .. '. o •..• :' .. ; ~ . 1i
. 11 .- Da estética à arte
. "
FICJiA TÉCNICA
.. ' ~
. .
TíÚ1lo:originàl: Corso di ESt.etiC<i
Tráduçao: Isabel Tetesa Santos '..
. Capa: JoséAnrunes.. .
llustração: Braad Boogie-Waogie;de PietM~ndrian, 1943,
. Museu de Arte Mod~má;Nova Iorque .
Fotocomposição e montagem: C.an;l1Gráfii;:o;Ldao .;-
Impressão e acabamento: Rolo & Filhos'':''';'~Artes Gráficas, Ldao
Depósito Legal n~ 73553/94 .. . .
ISBN 972-33-0938-6 .I
Copyright: @ 1989 by Società editrice í.i M~ino,BolOgna
@ Editorial Estampã;: Ldao, .Lis1i.b~,".'
para a Língua PomglÍesa . o"
- '~.'
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.' ~'.~
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I:'
I'I
.~
\.
INTRODUÇÃO
o curso, em gíria universitária,' é aquele ciclo de lições que um do-
cente tem no espâço do chamado anOàcadémica, desenvolve~do argu-
. mentos mais ou menos relativos à disCiplina 'de que é titu!ar, Qgem es-
creve estas páginas foi realmerite docente universitário de estética du-
rante. alguns anos, e,por issClnessaquaIidade teve váríos cursos conse-
cutivos, devendo assim elaborar uma estratégia coerente e orgânica pa-
)
, ra apresentar a própria matéria, coma possibilidade de rectificar, .de
ano para ano, os critérids e os conteúdos da exposição. O presente vo-.
lume pretende ser o reflexo fiel de tal; experiência;.ç!aqual retirá.:_üiin- .
, bém as características distintivas. ' .. ".
Isto significa. que o destinatário principal é precisamente o estudan- .
te de Universidade, ou 'talvez mesmo o freq4entador de instituições
contíguas, que se' desejaria ver rapidame~te assemelhar àquela, como,
as Academias d,eBelas-Artes. Além disso, é evidente ue o conceito de
frequênciaé entendido. de modo relativo, isto é, "não se preteride 0-
queá~lo aos poucos anos em que o jov~m segue as lições, ou melhor,
~ que absorve os «recursos» aprendidos com os vários docentes. Es...
pera-se que alguns textos o sigam 'para o resto da vida,' profission"ãf"e"'
cultural em ~eral, como instrumentos indispensávei~. E' espera-se que :'
~encaminhe ainda para uma espécie de instrução permanente, a que'
possam ter acesso tamb.ém aqueles' que não tiveram a sorte de assistir -
durante um número suÍlClente de. anos às áulas dos nossos Atene'ils.
Pode, invocar-se a actual condição da nossas'ociedade,~Q.$.~~na, .,
llós-industrial, com a tendência evidente pára 'consumir um nÚmero ca-
,~ mctior de produtos artísticos e a da;-ü;:}ã atencão' cada ve';
. maior àprópria: imagem estética. Então"por Que não fornecer-a este• ~ j'!l"'- :-;C:::::. .. - _ - __ ~ ~ ._
P2~~.c£e;i.téi um texLü que i..i:leofereca uma imrodução geral, ágil e~
sintética, às muitas fruições, às muitas necessidades pós-materiais, co-.. -~. - .. ' . - ---~
mo se usa agora defini-las, pelas quais se sente tão estimulado?
Para prosseguir taiS-ob' ectivo~.resente "olumey-Fepêe=s-e:-aoop_
175
81
84
85
89
92
98
191
106
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141
141
145
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154
154
156 ..
158
161
165
167 .
i75
,;:O'."
.~..
.-.: ".
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,:, ..
.• -. '", .:.:'
IV'- O artista, odesfrutador, o crítico , .
m- A multiplicidade das artes , .
1. Os sentidos, o espaço, o tempo : .
2'. As artes do tempo. A literatura .
3. Do discurso retórico ao géne,ro lírico .
4. A narratologia : .
5. A «Poética» de Aristóteles ; .
6. A música .
7. As. artes visuais .' . . . .. . .
8. Representare exprimir , .
9 ..Reprodução e multiplicação ~ .
10. Da fotografia ao video-registo : .
11. As artes aplicadas : .
12:As artes da «performance» : .
13. Espectáculo e teatro .
14. O cinema, a televisão " ' .
. 1. A vida emotiva '.' ' .
i. As teorias cognitivas ; ; .
3. As poéticas ..', .. '.' . . . . . . . '.' . . . . . . . '.' . . . . . . .
.. 4. Os estilos: .. ~~":\ ,0 •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
.-": .5. O desfru1ad~J'normal. ..: .' , .. '. ; .
'6.,A:heresla.~aparáfrase ;' : .
., . '" 'l.:,OsdiÚitÓsào leitor " '.' '.~" : '. '.' .
:';~'" :.' f.':ÍjiscÚrs(úritiCo eciiscurso ret6rico.;' : .
"9. Critica mÚlúmte e crítica llist6rica .....•.. ; '" . " ..
. ' .10. Critica dédo~a,'e crítica' dos.conteúdos : ..
.'1L Relações c?m'ocontext<;>'culturalgeral .
. 'Indicações blt~iiográficas~~r;a.ultetiores .aprofundamentos
\
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. ;."'.
;~i ,.... :' ..
....i..--..... \.
",:",::" .•
()
;~. , :
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tar uma linguagem plana, discursiva, sem quaisquer tecnicismos,. ou
expressOeSda .gíria própria, ainda que' por outro lado não renuncie
complet~ente ao rigor dos termos. Talvez. os especialistas do sector,
os estetólogos, lamentem aprofundamentos falhados, reconstruçOes.
aproximativas e compendiárias de certa 'polémica, ou mesmo asserçOes
emitidas de forma um pouco peremptórias demais, sem a ajuda de um .
adequado dossier de provas e de'argumentação a seu 'favor. Ou, pelo
contrário, talvez lamentem o facto de não'surgir uma resposta clara e
. explícita por parte do autor, assinada na primeira peSSO;1,acompanha:
da de gestos de desafio polémico em relação aos apoiantes de posições
diferentes .. De facto,' tentou-se aqu{ conduzir um empreendimento
«económico», partindo da constatação de que o campó das doutrinas
estéticas está já demasiado obstniído, preci~arriente, por tomadas de
. posição unilaterais. lara muitos, entrar na matéria si~cá,'em pri-
meiro .lugar, apresentar uma interpretação pr6~ria; lançar um pacote
de termos' inusitados",abrir um espaço de 'debate~ com orgulhosa recu-
sa das !up6teses avançadas pela concorrência. Ser «econ6mico» quer
chzer, pelo contrário, procurar fazer coexistir doutrinas e termos à-pn:--
meTra.yista distantes, mas depois, ..em concreto, funcionando de forma:
'Convergente, de mOdo a constituir, talvez à revelia decadnm, alguns
'. bloCãSVástos, ou grupos:d'l~'('família.Em sUnJ.a, este texto propõs-:se .
-üãifIcar,'onde quer que"fpsse possível, fazer surgir 'parentelas, afi~ida-
des, correspondênCiaSsul?stanci.3:is, de forma a limpar. o campo' ou a ..
oferei:~'r quase um. pr~nt:4:ãriopara obt~r'equivalências;~o.leitor. pOderá.
. tratíquiliiar-se .ao.-retificar 'que, ..apesar' das diferentes proveniências e
"'.'."~rinlriologla~;;-'álguI\s;sistemas d'ominantederininam no fim' do mesmo_
. :modo',. e !>OI:''lssQ''poderâ':.actópUÚindiferenteinente.üm ou outro. de en-
. tte~elêS;. ~ :.' '. '< '.... : .. ', .. <...' .. '. .,. '. . --
- .. EsCusado será dii~i:que esta:acçãg-cl.e::nivdairl.ento;deequiparação,
de: relação. foi efectUéi.<ia'oQde.ás'.dlv~rgência'spareciam pouco relevan-:
t~s; quas'e descuráveis:ein termos. [u'ncionais; mas' abstev~_-sede av3.p-
çar 'Qúando as difen;nç~ se apresen.tavam mais nítidas, e nestes' casos
preferiu até. acentüar' os. fos~?s e?Cistentes,.exactame'nte pa:t~ que' o.~ua- .
. dro. resultante fosse eviderti~~,çapa;z de as?um~r as suas.resp.onsabIhda-
des ..Ou', por .outras pala~r.~sLem torno dos maiores problemas hoje
existentes relativamente à eitétieàOJ:l;:\Oais e~rlgeral; .ao debate' filosó-
fico, toma-se aqui nitidamente.posiç'ã,ei,:aipcla queilt!nc.a ~,e:'..formain-
dividual e distintamente per~onaIiza:M: m.a~...procurandosempre àtingir
.umclima 'de família. através' da pratiCa .de:arilphl' solidaneÇ{~de.' '.
:.. Vejamos então, mais:.do '.que.:~~triicoisa a .t~tulo::d~.exemplo,
alauns destes problemas,eÍi torno';d.o~'qilais é' ne"cessári();j~fectuares-
'coÍhas .. 0. primeiro deles:\iii. ?recisâÍnen..~ere~peito"à possibilidade de
~'., . '. . ')
. red!gir uma~~tétic~ global;' esta é uma tarefa que' é periodicamente de-
~a, ..! com requintadói J~cio£lEios flli>sófi£6~:.-:.Nb.noss'0.século,~
não goza cc:::!~mente._~e~.~~?;-~r~~t9_~_ch!~adaviéi':d6gmá~aj_cõi1~
!.en:Ida da po~~~ae _E.~..:..~tmg.~r...q,_~~EdadeI~o)e.m.qualquer âmbito,
e de poder sustentar com fé firme, ou com argumentos sólidos. a ~
. '~_n:ia daspr6pria-s-réspÓSfu.: ....~as s~rge agora um contrago~-e-p-e-I-õ
quaf se passa a afirmar que, 'se ninguém tem razão, também todos têm
razão, do mesmo modo; se Deus está morto, todo o acto se torna líci-
t6;. e por isso não vale a pena delinear. uma tentativa de solução te6ri •..
ca, será necessário refazer uma prática empírica sã; a arte e a estética
~E-rmar..:.S..e::.ãº- ~.9-1!iJo..glle.de vez em qu~do os vário~.'o:pg~Si.Q~~
90 CaqIp.9lh.~ farão correspori.der. Está atitude de abertura total, maS'
coerente com a saudade de um rigor.perCl.ido (seria bom ter: ainda um
deus, isto é, um pensamento fundado .em bases rígidas, indubitáveis),
repetiu-se na nossa cultura quase 'com' ritmo .vicenaJ: Isso já se:mani-
fest'!Ia nos últimos anos da década de 30, quando -éontra a elaboração
. d.e Cr?ce alguns' alunos de. qentil~ illgo SPliito) ,l~varam a conseguên-
.~~~~~!:.A~!,!1a~~~~i~.~.~~'l,.~ ~es!!.~, (S?~.~1~D,g~<1~..l9.~~~~actual.
. a arte por seu lado e sempre inactual, isto é, está para. trás, não pode
jJiêiender ser iluminada pela iUz'"aõ ra~iocirIiõ-""em-itÍmâ-não ~e dá a
.Ê();~!11~ª-~..."'!i1lfu4ar~~ELCl~~.sÓJiq~L~iii~~ó~ÇâSrpe:-"
POIS,esta atItude repercutIu-se ainda nos anos 50' numélimieâifêrente
que' 'se nutria de preocupações de esquerda e pr'~tendia parecer .laica-
mente desen'volta; eraIll também os tempos em que se redescobria nes-
sa dir~cção o cam'inh.oandado,. no periodo «'entre as duas guerras» (e
assim se' reconduzia aos anos 30), as filosofias anglo-saxónicas nutri~
çias de espírito analítico e neopositivista, tend~ntes a cultivar a' chama-
. d~ê::giene 'da linguagem.)Armarido Plebe, com o seu P;ocesso' all'e,ste.,.;' .
J!f.a, foi 'marcan.te de forma Ee.rem~tóri~..E!9,It~~J~,~~ódeb~~<:.;~E!:":..
"~'. de novo,. vmte anos depOIS, elS o pensamento «débjl» dominante
neste relance de final de século, afirmando também ele dmáximo dcs- .
COhdicioname!!!?, ~ abertura ao afluxo' de qualquer 'possí¥el inditaçãõ"
. s!.os.encarregados dos trabalhos, ~~ sempre num clima de «Outono»
do Oc~ent~, portanto,:E9.~.~~"~~~ta,5!~ ..s~.~~~ste~,~~_
. De todas as vezes, contra estas posições «inactuais»' ou de' proces- ..
sos' ou de debilidade prograniática, .fnterpôs:s.e tmiei 'iÚtude.:.tfllvez"riâo
Í11l;üt~'distante nos efeitos práticos, mas. bast~nt~"iliy~~iirff~a'dànQ .B~'e
diz: respeito aos- pressupostos teóricos'. Segundo ela, é próprio dahu- .
manidade e da sua r"jncipal m~:;ifesta;:"2:), n : i.;] tl:::'::, :>ãe :c: ,,:ê,i=..L,
«verdades» verificadas' de uma vez por 'todás; as afirr~ações, as defirii-'.
ções são 'instrumentos váliq.os enquanto satiSfazem as exigênçias para
.as quais foraID-predjspostas.;-ma.g-efitr~tanto:-numal1eterminada sItua-
. ..•..•. - --~. ~.... ,-,. ~- . . '. .
11
Tar com 'igual espírito redutivo. que existem apenas os actos linguísti-'
cos: podemos falar exclusivamente dos signlfiçarltes .dado qu~~estes,
. quase no sentido de Vico, fazemo-lo nós (ou colocli,mb.-los;por conven~
ção); enquanto que nada sabemos dos significados; ou então, 'aqui re-
side a ilusão de que 'os significados possam ser agredido.s, lesados, di-
hiído$, de modo que, no final, no seu lugar permaneçam apenas signi-
ficantes na p.ossa mão. Esta foi a ilusão da empresas'emiótica em sen-
tido rígido, inspirada por um lado no.'sentimento analítico do positivi~-
mo lógico, por outro na linguística do holandês Hjelmslev, que no
âmago dos anos 60 pretendeu dominar todo O âmbi.to das ciências hu-
..manas.
'Naturalmente, há um monismo ~e espécie-:'aparehtemente 'oposta,
que procura eliminar esta série «int~rna»; 'afirmando' que~ ao contrá-
rio, urna consciência laica, empiricamente fundida, pode' reconhecer
apenas a existência de dados externos, físicos,"verifkáveis corn:os .sen-
tidos.ou com instrumentos de medição objectiva. :.
. '.~
13
Poderia parecer que estas reflexões. se mantiv~rarn; até este momen-
to, :bastante distantes do âmbito que tainbémaqui.' deveriam i.nteressar
em primeiro lugar, a estética: mas se a abordamos, podem...o.safirmar
que colocámos as p~emissas, ou melhor, avançárItos as opôfhinà.~de-
. darações de.princípio, que nos permitem agorajusÍificar.o tipo de res-
postas ofereCidas nas páginas seguintes, e também, ao mesmo tempo,
o estllo.com que nos juntámos a elas. Por.urnJiido,.este .tc::x~o..não se
d.~~x.o~_assustar pelo~ yáriQS=2!'..~e.e~~.os.~rÍ!ais.oi{x:n~o.os..reCOIr.e.n!~S!nu'
. melhor •...,Pelos convites A .<~gebiijgªge»; ~..pr(á~eg,~ü!;:..p.QflªI}tocom o
avanço de-rim pac2ie de .definiçõ~.~ ou m.esmo,d~,cate~9ri~~s
rêpõrtar'.o âq1bitol~~~(i.CQ;_ªr1~ª.*o:jsebeE!-._q!l.-~1..aJ.tE.r~p.2.st~se de-o
vam. considerar precedidas de uma, ID~ntesca premissa que decl~a a.
sua Ílatureza- prõvisÓriã,"pra~áti~a, utilitáriã:'-boas propostas para-à's"
"no.:S~9U~I!1ºq.s:más que' poderiam s~r revogadas, .~~ :Qe.!p_E.1,e~.9i:m.~:".'
.lhqpidas ..Entretánto~ p9.ré'Iii,"e pr~êêis6.dár~la _,;asta...f~~..de uten-
!es acima' confÍgur'"ados algumas respost.as, alguns.pqntos firmes e;".as-
SIm, o "olume não"recua perante essa 'responsabilidad-e; aiém disso, ao
. pérseguir UIIlJal re~ult~d9; n~o.sig!?-~fiçaq~e'f~nul;1c'i~..:a.q}rª~.~o;,o~:iE2
mopré--anunciado pouw acima, de boa economia;>;c..O:ÓS9rCÜiriâd;ntima
. ... frente .única os muitos esttidi.osos-q~~,' dtdi~~rsa:~ parte~""'dô'.horiionte, .
~üste'ntarâm hipóteses a fini ....is~cé) nã~ i~~0~~~.~.s:'~:-2.. i:s:~~~g~iÍ;:~.J~"
seria 1p.elhor.atribuir à estéticã,-entre'as categorias definitórias, a pre-' :.
seritaÜvidade, como desejaria Sús~né Voipe; .aq"uUo"q~e' ~~n~a)' to,.
mar. nota. de' urna tal confluência, e' fazer resultar .esta famiÜade res-
... ~ 12 .. "~
'.:.;~~rti.'/~/';Y,~'--,
',-:~. ...:...-
:~.•:t!;;.:~~!S:~:~-~"&t":':".-:-' _. . . '. ., • I. .
, ;~1~~;"'im.sJ~J:imentos são verdad~I~a~ente nece.ssano~, }.â,t~.c::: •. :.P.~~~~~
j ~. :'$0";;;múiitmo:""Bos'deles; e não sera mp.~ferente, mtercamblavel assumI-f '~Zd~i~,QU..imtrertiPo; nem todas as hil'óteses aqui e agora funcio-
. , . ;1~i~d~;o,mesmo grau de plausibilidade; 'algumas revelam-se úteis,
J~ e~àz~s.aaequadas, .enquanto que outras é melhor pô-las de lado,
]f . q~a~do'muito esperando que refloresçam em situações ,tr~sforma~as...j~ A:.~simFaciocinam quantos ~e reé:lamam da fenomenologia europeIa e
.. .., d'o--PFagmatismonorte-amencano.
:-. "';: N~o será um caso que os seguidores destes climas de trabalho s~
./". .' .veja.ü convergir num qualquer acord~ sucessivo. Poderemos insistir
1 :.. , .aqui numa orde'm de soluções de que efectivamente o presente volume.t:. faz uso e abuso; que.se poderiam definir pares bipolares. Estes «pa-
'. r res». permitirianl 'oferecer urna resposta de natureza slinâmica a alguns
\'::.';;.' de nós, tradiciánalmente recorrentes na história da filosofia, e 'po,r isso
. ,.hl. tambêm na estética. Nós, que nos encontramos na base de qualquer
.,\/,. '.~ re!a,ção.nossa com o.:m).úido' externo, IDaS também co.rp:o'~nossos se-
, . ,~ melhantes na vida' societária. e interpessoa1. A começar precisamente
pela oposição dentro-fora, interno-extemo'Cl.ue em termos filosóficos
apenas .mais da gírifl"deveria referir-se ao clássico choque entre/signifi- .
. ri cante e significado (forma e conteúdo)", que volta a propor aquele mes~
',1 ..mo dualismo 'de fUndo num âmbito mais refinado de intervenções ex-0-1 pressivas, 'quando se trata, de usar instrumentos artificiais. Além disso, .
:'i. continuando a inSistir .neste nó, descobre-se. também urna ambivalên-
': ( da; ..da,do que esse -vale,ilâ, frente das relações mais imediatas precisa-
. j .,,::me~k.en~re.~ inteI11.o."~e',~:'extern9.,.isto 'é; 'entr:e.aqu,ilo que .está em nós
'. .; :tl<".: ;.~'~'.' :::'e~quiI6':q~e .e~tâ::d9 ,outn~:l.ado; m~)ib:re .~t~mbé~. :para urna proble-
P-tj ":'..>rii~t.íçé(à~~ti~iia?te:."~nelaçãú::.~rifr'e.aqu:iI:o.'~úe.existe aqui.o.e Aag?~a,~o
.;.": ::.j :,.: .. modo ~a$ CÓISas'fiSlC~,.~ .entre aqUll~ .q~~:~e~:eIicontra:.num amblto m-
.>',,"~:f.. '. : ':':,'definivele sus?enso' ~e.forma~~e~ d: .?lca:nce geral,' que não. s~.t~cam,. :'.:~>'-~~.... '., MO se :vêem e que exrstem, JodavIa'; .e'.a:ctuam, cOO1.um papelmdlspen-
. :::.! ,'-'::'! . ". sável. '. '" '. .' .,.'.' . ...'..;.:'r . 'Ál~umás fa.mílias.:4ê'?ensam~ri;t.~~oltam, de: vez. em qu.:m~?~~ car-
. '.:: ,I: . .ga.-para destr.Ulr:este estl1o:.d~'«pa,res)~, para escolher o no. gordlO ta,-
'.: . lllando-o brutalmente; quer.;':'dizer,impondo algumas versões .de monis-
\", ~. mo; talvez com sinais radió~tfié,Jte opostos entre si, masíg.ualmente
1 nltidos e peremptórios ..Emà1gun~'c~sos., decJ;arar-se"'á que só existe a
i série' sujeito-interno.significa~te.;:e Tã:'~a:ssün,tendo a coragem Jle. con-
.' :'ll.!" s6rciéi.. termos de origem diversa:;.vanadam:ente a,mado~ pelos respecti- .
vos proponentes, abre-se o c'ami~ho 'pára c'onc1uír'que, sob 'tal aspecto,
não hei.urna diferença intransponiveL~ptre idealismos, de. ~spécie Cro-
ciana ou não, e posições apài:entemerite'distantes, qUe acreditam seguir
o carácter saudavelmente "éhipír~coda linguístjca:, mas prontas a decla-. . '. . . ~
!
_ _t'"".
15
(', .
. :~. .-, ~..
'L!exto se rege. E é também um modo para fazer quadrar o~,contos
teóricos, para aemonstrar que o presente discurso tem "pelo menos o
'valor da coerênda, isto é, que' ele é capaz de adminIstrar àJirmações ~
derrotas, pontos dê força e declarações de sáb,ia renúncia. Exactamen-
te porque vivemos numa época tecnetrónica, é justo adoptar critérios
bipolares, fundados numa incessante dialéctica a dois terfnOs, contra
os monismos de sinal e intençÕes variadas (ideaiísm9s,fisiCalismos
ex~sperados, rigorismos analíticos de sabor pseudo.inat~m.ático; ou in-
génuos e pesados m'aterialismos ligados ao triunfo doi""lado externo).
Mas na consciência de que a humanidade conheceu outras estações
cultuiais, outros arranjos tecnológicos, junto dos quais podiam :encon-
trar crédito e legitimação preetsamente os, moDismos, ,ou as detmições
desequilibradas, unilaterais, que mesmo hoje, assistidos pela força dos
tempos, nos sentimos autorizados a rejeÚar. E lléi.tur~t.!1.:;!!'~~'pãos_a!?t:-
~os em direcção a que destinos, sempre nu~á_~.~,~.£.~<?.~':!~,~~,i~ci,-.!..
portanto cultúral-tecnoIógica, vamos ao encontro, ,e'por isso"c!~viamos
estar prontos para' qualquer va.r.iaçãó'dos'conceitos de estética"de' arte,
' até à possibilidade de uma oli de 'outra de élas" ou :ambas, devam 'in-
' ,cor.rer naquela «morte» ,várias vezes,anunciada.
• oh ._."
postas, oferec~ndo-as a um públi~o--ªyido ,de.fÇJ~~Z~, ,s~b~m q.ue.,ati-"
lúlo' provis6rio e a: pr~~b.mais ou ~,en.0sJ?!.~xi!I1o, , '
, Quanto ao estilo. Q9S Q.?.res,d~ encontra ,a, su~ confírma~,ã_?_,!?go
~.2is';~enq_ü~~t_o~c;LU~,,I2ID:.'!.lác!.aáfirmaçã,o de ~u~ a arte,~oje ,;emdia"
deve ser vist?,como Qmaq,1,l~~~(U!~ç;Qnte~tuaIIdade,de globahzação e
semelhantes (segqndo u~_ e~1ilo_de definições ,consorciadas, c0!Il crité-
rio' alargado 'e tolerante), abre-se imediatamente o habitu~1 ,«tormen-
to»: os element.os:que copstituem aquele admirável co~t,ex!9.Jinitádo
, q'i.ie é-ã e~p~riência estética ou a obra q.e arte, são internOSQll, exter~
nos? Subjectlvos ou 'ob.jec.tiv:os?De forma ou ta.-rnbémde c0i!-!eúejo?A
obra de arte é apenas uma questão de significantes, ou entram ta~9ém
em jogo ,os'significados? Evidentemente, em ~omené!g,~f!l,ªo_~~ti1~tJ!º,
bipolarismo, 4e coexistências dialéctícas; não. há ,sig,nificanteql.).enão
-,remeta para significado.s; não h~ forma ou subjectivi~~de q1.le~~q qes-
carregue no' mundo externo. " ", , ,
' Naturalmente é oróorio do estilo funda,dú nestes par,es'para acredi-
tar que cada um~ da:s dtias faces nunca se possa isolar no estado puro;
•e portanto, nunca Ílinguém pode~á conduzir uma operação cirúrg~ca
'tão exacta que consiga extirpar o único, rosto do mundo como, exteno- '
, :ridade;' tal como, naquele perfeito Jano bifronte, que' é o' sinal para
"Ferdinand de Saussure, não há bisturi tão ,aliado e subtil que possa se-
, parar uma da outra face ,do deus ambíguo. Se penslU"!?-0scomo seria
ilusório pretender separar, nl,lma' folha, o recto do' verso; ou melhor, ,
' tirada uma camada do ilf!r..so, logo ,se apresentaria unia porção de su-
, pe~ficie 'resídua .inv~$iic4~,da m.esma'função', dt': fa:z;erde verso. Mas .de
.. ' ,':i~~gem ertúinagerÍi;': á rix~is:eficaz: v~_ni"nosd~ univ.erso da eleét,r61~.'
giá, "pu d9,~~agnetisino:':ningüém :poderá-.ia~ais elitnina~ um d.~s d~lS
:' pólos. da~uele cámpo:'f~itdamental, .em,'~tl~,'<1~alq~err~allâade: c~smlca
:' estáiníersa do princí-piQao' fim, dOffilnl1da'pelasua,mteracção ~onJunta.
:,,', " ': :~, de medic'ão'enfméd'icãõ; iI).esmoo mundo, guer'dizeL.Ã:
, entidade inais vasta tO: glQhaLaj;lUepodemos fazer referênCia, tem tain.
'bém, eleu'm carácter'::bipolar,çorresponde ao exercício da, cultura do,
horDeíÍJ, nos seus aspectos :~ais vástOs e empenhativoSi e"estes, ,damo- .
:noshoieCõnta ccim'o ,maXlII~oae.'consciênciai,' começam pelos, extrac-
tos materi.a.l:tecnológicos, a,~gllé.é:'juilll..d.a.u.un..a..I.octeªtenc~o, nas 12<!:.,
.~Q..ue ~e~. ~oder~ie:á'co,n~,~a.ta.rqu~ ~stam~s sen:~ieprontoL
ejealçar as incidências..f@~~~~PBE~:,~ute~#er~~pogra!:~ca~:ou .en-
~~ª'c.tual..' fu~a )la: etE.!Qra£ao'p:o, ele,ctr~~~e~'lsmo, tIve- :r .•_
ram 'sJ;tb.r~-ªLmo,giíiç,,<!,Ç.,Q.t:Lcias,p.r~ticaS:aití'sticas e dasc~:mc~pçõ,~~~~~~,
l~~;':E visto'q~e vivemos ',Qg(;is<l.m~i?Je.ch~te._n~;lCl.:..ü_a.1~.xj.~,elect~
5..;' tal;e~Y£!ll]~..çlªffi!h~J~gi~mª,ç.ª,9.;:*iqtieie p~sfl cigr.Qar,es,c.omes~:
, ,g!-!~màs-bip.QliUeS,qu~_~~!A,~n.tre,a,s_~~çQl~,~J!_~f1!g~QJ?eias'.B.P-al~/º-c!9.,_,_o
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I - A EXPERIÊNCIA ESTÉTICA
1. Etimologia do termo
Ta! como para qu~lquer outro_ âmbiio-~º-;::p.esquisa"t~b~rp.'p.ara a
estética"o'Primeirõ.passo"qUe se..Unpõe '~..£,J(ani.inai.CºJDO, .9..1!?.!!q~~.ior-
Quê lhe surge. a etiq1.i~tainsiitu~fva,. aquela .esp~ç.ie_.c:le.rótulo' oue;.11.rlf>
menos. ideãimenie, se 'encontra sobre as portas das salas de' aula onde
se' dão 'iições de estética, o~ néi,5prat.eleiras em 'q:ü:i_~~_éiifraâIpllvrõs
..çledicados"a este assuritô ..De facto, 'seria gr.~cieilifar
que a estética tenha' 'úmaestabiTidade. própi"iá,. uma naturéza. própria
..forado 'bnpó.rratã:s~:'~nt~s: de-:.ürn-'Objecto.cw.~:pert~n~e.ti?"1carrién-te' à cultura, .~esta, por sua :'vez, tem Wn carácter eriúnentementé g~tó-
.rico, é1:pa~~llq!Qf!da_.!!tl~ª_tr.ªn.~fQ.I]!1açãoinces~.~t.e.. .
--:-'Um tal caráCter de mobilidade ê pr'ópri.o: sem q.(i.yida, tambêm da
natü~eZà, pelo' 'menosd~sde' 'qüe-da 'foi' enfrentada com os' eiitêrio$' do
'êvolucionismo\ darWiruano, mas a transformaçã'o dos ~bjectos natu':"
rais éc6mcerteza incomp'aravelmente mais le'nta 'reiátivamenteà. dos
objectos culturais: aquela mede-se 'em milénios, e dentro' de margens
aproximadas pode dar"a ilusão 'de uma quase estabilidade: um cão, ho-
. je, não tem uma configuração de órgãos apreciaveInlente 'diferente da-
quela que teria um .seu antepassado que vives$e na 'época'. dos '.Rbina-
nos,_e,.~.~~ª!~clo...,até..P.ar.aªRll~l~ animal partisulat q~~ é .9._pró"p'.ij~ho- .
'mem, se considerado nos seus aspectos biológicos e fisioló.gicps. Mas a'
.'. ..... ----_ ... ,.çgHt.!rahuméina, no ruesII}oarco. de' tempo, sofreu um-número incall:;u- .
. . ' .lável de transfon:nações, gue .continu~m' a P~b?uzÍJ::-~e,~à.l~~~..c~m.ri~:-
mo cada vez maIS acelerado,. mensura",el agora no. decurso ~os' dece-. nios,.
Da estética, 'portanto, como de qualquer {):utro"nbjecto çJ.j:u:-a:IJ{" .
pÇÜ\-,:~;~s:éiUé:ic:ét[, com maior ou menor aproximação, a qata em .que
' .. é instituída, e' pte~~r que, tal. como foi «colocada» põ:r .p.ó$., dO..J:D.e$.mo
modo pqderá ser abolida,' assim que demonstre já---não_.illP...Q.nd~r=ª9"'-s_~__
. rigül~itQ-s.:{j~-ã 1i~eraiir nascer, ou que jüstificaram a sua sObrevivên-' "
-,. . . "- ._ ..... -_._ ..._.... ". .. _. - .-----:-'... '- " ." .. ..__ .-::....
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' t~.~I1]-P_~!:,~.r:iQdas faculdades sensol.:iais~-ºerceptivas. A estética, quer
.E.aacepção institutiva de Baumgarten, quer na dóliõ.rri.emde rua dàs'~-'
n:o~sosCllas, indica0 I?rOcedirnentoexadain;;rt~'~~~trário,'"Ou seja;-;n
esforço para estimular, tornar mais rápidas e agudas as rea~ se~
E.-ais..A prova et1mõlóglcã, contudo, não " a . acto a prevalên-
~ do conceito de «arte» qúe se Í:Q1.J2Q.U1º_:.l!.S-º_~º~o-altodo termo:
~atél:-se de uma r..alZ_ver~ªr!Q!~ll11~nte ,ºif.er.~nte>.ainda-quelo.gQ ,yerifl=
quemos que é possív~Lpas~ar de uma para outra; mas .P-ªra...já.coliv.êm'réter'ii. ..~eciproca"alstância e heterogeneidade-'aas"dü~s'~aízes lexicais. A
éstét!E.~iE!~Ilºjd.a-c~losofia .(O!l.s~'se,'p.i~f~ri;'u~ t~~~~ '~ai~:.,
tr6, como ciência, disciR1inã:fà~ arte marca entãõum"ãrã:stam~nto' do
'sentido"'d"ã-fundação originária desta, m'átéria ' Uth '~fastameritõ-"éIe~'i'd~
sem dúvida à re1evãr'icí'ã;:~riÕÕ'ihâ?de-;'ã-:ex.c:~iênciaesPirit,ua]que'a ar-
te atingiu nos últim-os' séc~I~s.Mas sabe-se, por outro lad'õ:que -as
vanguardas deste séculõ--:-pelo menos a partir do' Dadaísmo, pus'ei-a.'!l
em crise essa e~celência e no bilidade. ~la-se agora vUlgarmente' de~an-
ti-arte, otLde ~~m.~te da arte», ..ou.!:k imi recurso a niciõSextia-aníSti:
~ de ,1:!!Da passagem-'para práticas,' clireciãs de- aillrriãÇã6~'éstéticâ. Ao
~a figura do a~iSta foi agor~tamb~m 'crTãêia:a -a:-0}~Bperirttoresté- _._
,~ A ,verdade e ~lle JLÚ~Jl1.QX~-g~!l!~ ,~e,~E.~adõ~a~~p'~g~~~" _'.
maIS sensIvel e aguernda, conSIste num re~orno às origens, isto.é, $. «es- .'
tét~~» na acepçã0.i~ _l3_au'mgªrten,-é 'p'ortarifõnuma aproxiriiãção àI acepção' 6~riã:-fjeIineia-se uma solidariedade, como muitas vezes sÜ=' '-~de~e~~,~~,os' s-:'ectoreii ei'e'pesquisamai; -~ofisticadã e a ópinião pública---"' ,'. mais comum ,e popular, éin detrimento de 'üma'.'fil-iXaculturarmé'ãfã
'~ qUe, s.e~~~t,eve. d~positária .~e um. conceito elev~do e nob~~~t:_~~~iIÇ?.,
como praficamente sinónima de ,teoria da arte. ' , . '.. ,
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cia. Não apenas, mas também dentro d,eum tal arco cronológico deli-
~mi1adõnão-se diz' qüeoseu sigiilrrG~(rõ'tenha sido unívO"coeéstaveI:
' ""(fevem~secóns'fafãi-q'üê'sesu]e1"tcHi,"como um movimento pendrilãr, á.
ü"iri"'àístanClarnentop'ro-gI-essivodo sigruficado etimológi.co, que corres-
, pondtlãt"am'bém ai) ,oficial de quem o quisera institUir, e portcint"o a
üiiúi' sucessiva aproximação da origem.
.. .s~-p-ªr~,uma.,-PI:iP1eir~orientação interrogalTflosa",?-C,epção,~édia e
mais difundida que por .~onta.,da estética circula nós ambient~s ~cadé-
m(cos retiraremos "itiii."ã resposta q.uea faz equivaler a «filosofia da ar-
: t'e»'- t~i como a ê"úcaé a filosofia da moral, a epistemoloiia a,' filosofia
' da diência; e por aí adiante. Se~, ~híyida, ,no,en,tender,de"uma...oPlliíã."o
' estab.ilizadi e dominante, elã'''deve relacionar~se em primeiro lugar,
\,\, , áin9.a_Cluen,i;()d~ forma, exclusiva, c,om a arte, em torno da qual teria
/<>;:;' a tarefa de desenvolver um discurso e um exame com aquele rigor cri-
;, I tico que se reconhece à ftlosofia. ~e, ,pel,~u,ºp.~rárípt.int~rro~,ar::t '~.i!,;~' . mos a opinião de pessoas menos preparadas, que não passaram por es-
.....:..)/[' .~~~~~~~~~t~t~~t;'~:~1~ia;:~.;r::~~:e';~\~;~:1~:~
, ,;,:,[I;~{; ou'de ~~i.~~9.uperaçã.o sua numa acepção ,«baixa», encontráda-n6 uso
.'/ f aiário, ainda que'a um niye.l,Ilão.priv:ªdo cie prete'nsõese de 'estímulos
'~111'ijib ~('i;r'omoclõiiãis»'.Á estas pessoas de cultura estas'sa, C£HU.'efe'íto';Vid~.:.
..:~ :I/!I;1': 'imedTãtãmente' á cabeça' o ..i~t!!u.t d'esJh~tique~ institut de beal,lté,
',' 1/'" quercijzer, _aq,"~¥l.etügir:qü'e.:t~~-õ"~e.ver'de tratar" a",noss~ae'pi.â~~~';
': ','/ i,i,,! "'d~rnassajar ap~l~ •.de,~fçc~uar as '\Tári!i~intervenções de cos'met"iéà:Ou
'1 ,/", ,',", 'ent~O:'têriliffi preséhte:'o,têrIDo.:der'ivado'de '«(estitidsta» com' õ'qlJal ~e
---J' fti;; -,', ';desig~a \~iná;::.~~oii~~ã,Q:",Pt~c~s~',:,é:ú~pê'm,6astant.e: remu~erativa,:, da- ..
""\~' .j~,U' ':"~"qu~les,,:oÜ,:da~tieI.a$que; 'ri.ci'-institutde:betilf/{ ou,noutras s~des aná:lo-
,'I , 1"1; , ' g'iiiS~praticam os opO"rtunos«tr~talIlen~<>.~.?),,:,eriic0I!-fronto,pat:eceriaobs-.,i~>;y; ':,{': ' : curo e 'a1arm'ante"ô",termo'«estetólogp'»';' que' seria assim omqdo cor-
',,,, ,,' , . r~~to de indicar a(l~ele-:qIte''se-õcJipa'ae-prob[emas estéticõ~'em'-seãê '2. «Art», «poie», «rhe»
--... "\", ,,~q:,~u:'~e:ã,.'t'{se~sm',(,~,fim~~a'~."l'~s':r~~caz~)ã"),~O'~M~a~a,c,sSt,I',o,m,s.e,,'~pi~ll,qs~,;,sI"t:~os~,~..~.m,'~~e,Sdn,.eoies~codurOlrt,eor.bs"'.:c:.morm~~o.a,":e;~s,-t~a~b.,el'~d.~O'~.:,.~'.~o.~,i~';,-e'êr.1 Tem~.'.emcampuortanto.at~ao 'lJJlffieDto. .!lu•• rOí~i,!
" . . ~s.~~ ~ ~élrt», éunba~._c.~~:.él.PEet~.!!sãod~~,.çl-ºmi.nAr.~._'?~~~tor'.lé!in~a '. mo fOI proposto pela pn!l}el~a,Vez pelo alemão Baumgar.ten na obra ~ ~~l~~t~~..,et~g,~,~ta,foi s.em dúyida «est» que .v~nceu: ~~_nguém
;, ' ,homónjma, publicada eIii>:I"750;,retomandó, uma, raiz verbal' grega, ç9ntesta, ~~, o bom direito, que o R~r,9priocãmpodestes estudas' 'se
.«aisth» '(daí 'o verbo «aisthâilómai>~Y:Ugiida::àidda 'do sentir, plas não orne com o títulâCIe'eiilllea) . .Q!:1em1em-rãtão?,~se-::se. tnit<i''deum'~
.com o coração e cóm ~ «sentimentô;);-:massim com.'ossetÜid:os!,com a ,qu:.stào d~.Q!:~ens, nã,o há dúv'idã que «art» ,veni dé:rnais longe, que _
rede' das percepções físicas';',Essa;, r:~izsobievive,da forma: mais directa pre-existe em vário"ss€:cüios 'a'o 'concor'r'enfe' «estêticã»'-'de:"'resto. d'este"
' e' ~rOquente mesm0 na. n(l,';'~?, ];ngi!a}zem '''-''''''.lTn: ?'~~:fã~Q15e'T1egatr';a- ,Último é .:;:,ossj.vdj;~icâ, a J.aca Gt nascimento precls'o,-"Q.uêc;ino se" ,
mente:' Precedida pelo chámadó' -«a1fÁ privativo», .dá-llOs:.e,fectivarnente ,viu parece bastantere~éri,te: :r7S0; 'coriiose fõ'sse onfem aperiãs. O rã:--
.«an-estesia», que é (, p,ioçêdiment~' farma~o16giCoatra,,~' do' qual se diçal «art», p'e1õc'óntiãrio, está es,tavelITLe.:I)ie....i:Ustalado-em~d-a~a:-eu.IL _
' obtéin: com fins terapêÚticos; o emb?t'ameriÚi qÚ-mesmo+arntla-mea-------,teuTa-da-Jattniâade, ,em que, ..en,tre ,outros, corresponde"éfe' peito'-~.a''umI "
i
....~
--_ •..~--_ ...•..-._-_ .._~-----------"..:,;;.-
.," ..,,:
'. r
}I~c vocábulo .,.ego ainda mais remoto e sólido, <<<echne»(traduzido Eelo ia, ;eserva<!<>aliás, na máior parte das vezes, a um «"'vo» atr~véscdo ..
:i ,: oosso «técnica»). Ora,' digamos imedIatamente que também neste caso "]rtadgLâo lado d~ continente da téCiilCã=ã:rte,nasce em suma à ilh'ota-
I):: --eõt"erm~ de técni~aiXo, corrente, usual que verificameíhôr osigni'. mais. circunscrita da «poiesis»: um fabricar por excelência, dado que.
:}11 ! 1iCãão a dar.se fãiifõãõ~('iecnriê»-gregó com(j"'ãb «ars'»"I<iTiriõ;'-e-nqüiii:-' preCIsamente não usa mármores e cores, mas apenas a substância «es-'
J1
1
.' 'fõquea«ãrt~»', na 'nossa.cuffüj'a':estâ jã. irremédiave,lmentê vIciada de' piritual» ou parcamente gráfica da palavra. E Com ela surge finalmen-
. .. ~ "filfrõs 'ieiiâScenffstas,~.romànticos que fazem' dela um produto'alto, ra-.... te um carácter de excelência e de nobilidade: enqUailtoque efectiva.
:. ,)! I ~ roê"pr~ciô~o ..O significado etim'ol6gico corresp-onde todayi~.! .!l.2ção mente a arte indica um grau de habilidade, certamenté, mas dé vulgarr . rlQ)r~b~~ .pr.od~Zi~,riãJ.izã';' ac'tõs'trãn~formativos da m.~~~ coni~ ,administração, para:q~~.Jja]ãpoesí"a€i"neceisário" i.ini.'ünpü~
i" inteligência .L,I1.ab.iJjdade.Um significado corre,ctamente_presente no ..1I!~h~1iL:-Des~e ó.~.0npos d,el~Tiilãº, 'P()I_S,-:qg~(c!fl.mpuT~a
{' ierm~ artesão(aquei~ quefuncle num b'om equilíbrio o trabalho mate- prec~s~~ente de refl~xos sobre.~hu:rnanos,'correspondendci quase a .umà
. '\ nal, can~ativo, comél, .~ístribuiçãOdós justos coefiCientes de itlteligên- ~es.~ld.a.a~:J~b~.ere~divinos de~ insu~iclênci3i~1.i~éffia:=Õ'poeta-Jª~,
, <~.~. . 'da. e.'de estro pessoal), ou sobrevivente e'm .certos c.unosos resfêluos le~ . !~~!lqua!1to._<iJ!ls.pIr.adQ.~LPelQ.:~me.)Interpretação diYina.-él.QlJ~1toda-
.. /~ .xiG-~s.ÇO~ó. pOr exemplo, a perífrase «ob.ra de arte» ,q'u,iIidó .cõITi.'ela' _VIa,0.utros ~ão radi.cê}E1~n!~,.f.onGârioS;a começar por AristÓteles:en;:-
..' '..... 'qio se.im.l.icamos quadros nos museus, mas 'sUn as pontes eas'gàfêrias . quaIlto'que de um .l?qo e de 'outro s'e insisié"'em "subuiiliai 'o-cãiácter~ .f construid.s"nüma iüt"eitiad.... .' . '. ......'.. . ai~da assim c~nst~tivo ...qne dev;::terc'ô""J!!lieim>: e;rnc;;;;n;;';~"sth1!º c
.; :i . .O certo é 'q~e t'anfoa ais latina como a' «techne» grega indiCavam qUIser p~rder de todo o .seu s.ignificadá et"irriológic,ode um «fabricar»:
,'.i F~!; precisamente graus primários de intervencãqtécnica, numa acepção .ex~ .!!'~~-se-á_de CO!.l~i.i.~g,1;I~!:~'~~j~ctos lige~os e i;nãÚ:g~fs:'eliffiõra: '.
,'. ':;:'.1"; ':"l~i'!It':(;~... :: tremamente larga e genérica: .tanto. que logo se tornou indispensável' .'~pr;.j;~adQ.Lfl$.":!l!!!~~9.~~~Ç~9 ._~.~z:!?_p.~tal,.~~u~.:.;~~~ciçade .•~
ÍIÍtroduzir hierarquias de valores retiradas de urna escala ascendente ~mafls1cI~ad.e que~ª~_~~~Q2~!!!~». Ahas, quando Aristoteles escreve
~'":J i I~; aestinada a premiar os.válores da me:nte relativamente aos da mão e . a"??!tlc~,.?,~.I?~l~or,...o tra~ad9.,.Qu~-ªn.a}lsaii,Jécn1ê:ã.Comqt£se:Cbíis~~;:I~f! da fadiga fisica. Isto, de resto, em estreita correspoocIêilCia com q.ma ~-.QLP.Q.eJ].as, c?Dsiâera dever insistir' quase'-~Iiicaniente-iiõSPõe-: .
,"; (itr: ~~ra!~~~~~~~~~~;" emJs>jo, o~~~do greco-r0.!E~n(), a radicar,' . mas longos (épi.:a,. ~í"à, 'iiâgedla);" ~ ~nic.Qs'quê iÚÚiõêiem'éhariiãi- .
, I 'E: " slibdlVIsão entre os .escra,vose os clda(g~~.)f"y,r.~.:dE quaIS as artes'ser- . .~~ em ~tldo próprio. 'Até. p.Qm~ª'p.o<::~ia,~ poética como seü
. 1 Hil:1i .' .: .~(~(ês'ãfíaJôYe"~~giié£.Jf1ie.ii!.lê;'~ úniCas .mIla~ ~? homeJIl li.,_ . m~~~x:l.~~.~.~ê_análIse ~: .?~.ensinamento técnico" ,estãõbem'longec1é~'
.....-J ,Il;:l~~!:"." . "':Vre:-i::hoje;'diremos:'as'Qro"fissões,'pohirizádas, por~m.:da tarefa primâri~... Mª.n:-ª:I:.J!Ll91Q..o vasttssim.ó. eÕiiliftetrte-dfuf expressões ,verbais. EsteTr--7 . r.'.,.. .. . ..!..< • ~_ .,..--.=-_' .. '. _._,,_. ~,. .
. :\':'~ l:!:riti ". ':: .. ~ gest~~yi:tà.política '.'e:cid -exéitIto. De .quaiquermoqo }ambé~~Las_ª!:: ma!s ?-..c.~?.: ~~p_~ç~~ l::l~,a--!éctikã dlngt4~-"p£êc1Sãmêiite a ins~-
:-.:.. ,J 1,': iJ;!!: :.:'.. :tes'lil;>erais<no' :nurido.an:igo, ~~?um'âm~itó: maiS .vast~ e e~penha~7. trUlr ~qd.:~.s.eiS operações' que secümpr:em «dizendo»:' E~ornõõ"riÚÚcal
..,./.Y,! ~i~ ' . '._v_o_d_o~que,~~epC?s~ maISPrP.K~~ ..~,RQ.~J do_o_R::I1:~ctrn_e_~~_~~ Ro-. g_r_e~ohg,u_e_._s_i~~i!i_c_a_e~~!..~n:t_~i~?_~_~(~he)>.,'i~.nt~:.4~L~rés~itabilíssima ~
,,~~.'.. ,.1 ,j:li :.. .mantismo), serão as «aftei belas»;'e até estas últimas se separarão da: llrs ~_£!!?!!..ca,também ela codificada por Aristóteles na suã Retórica:'
: ....'., ;-:!t.. -ÜIiIiii.d1vjsõihi:- as pÍâ}ic;s-~trstiçás~di--ºill~u'ra;.9-~~'!ii.tísléa:--d-o-t-e-at~'õ; . ~es~~~ndo,--'o. -âm-b-itoqüe lioJê'~ieservãTíãinõ~'à~ictisíit-er-'ájiãS""ri-e::
..... {;!:--:.~, qüer :péro -emp;nho flsicci.mus~:ularque implica,vam, qu.er'''pêfa''perda' 'partidõ~-e:m todã a antiguTêiã<ié-,-eritreas du.a-s'esferas de influêilciada.
. '.. ' '.. ,X ~ i' .\. . ~de' prestigio, de'gravÚasçlê~idaàs .su;as finalidades: recreativas, "rec"ãíãffi , ...P.'õ"Hica~'dãi-ê1õrica: "umã'õcup~~a~se'-dos prohiemas têc~ic9.~d~~;mõ"
~--;.'~~i?j -:em:'gr~-n(fepãrfé'no "âmbftÓ,.':dâs'àr{e~~~-iy~sÓü,~cíüãnéiõ 'm~1io;tõnsti::' ~o~~~rui,r<?5.: poem~s,. 'sobr.etudó os.1o~gos.: A outra, através d'a' pi-~rro~
':0--'. f,:".~.~..'r.~.III....~::::".JI '~t~uo.'':íd'~.'0~a"~pjrn'9.:...::!'r.la:.,!Jl.'d',:'..li.olQ..'~::d..í.S.~úif6~Y,:,;~,:,~,Õ".'..<;.:],~:t.,'9..~..:.~ c_9~~ç~~d.o,Ín.-.~.a..s~t.~~.-b....'.~~.~não:a.:~.. _~:,,:t-tVa...~e:.~~J..dee.xaminar e.,~e instruir :'todós'-ós'! prob'lemâS"dociii~r,
:: - - oc~pava.se mais expressamente dos aspeÚcis' relativos ao omamenfo .à~I';1;i - "-"E' por estas razões que jüntamente"com':a tecniddâde:'ê.'Q:;«produ. ~!.~s:ãO,.à quaildade' do'material verbal emp~egad-6:"~e'c~i-d~.s~,'~1iãs,: .
:ij !Ih zir»~. gas artes, a~ultti~a gtêc~~l~tinà 's~nthl a '.p.ec"essidadedé-"'" . Ciue.nos tempqs de' A:ristótelt~sainél.a'não tlIlham sido traeados"os con~..
.11:!Hi .":"êfTsÚnguirum.p~ôdlliif decidict.a-me~~te.'mais";effD.a~oees:Pi.rj!~.ãr'visto .fj.'!s e"tre aqut?~'.l:sq.l.:c..s.erã9 i-icsi.trior.meme li gramallCa ~.a estil1stica' '.
. .. que entregue à única mat.éria:totalW.~,n.t~'.ciign~_,c!.o:bol11_e~!i~~,aq~la . ~.âssimâ' refórica, na' sua acepçã'õ'ampu"ssima:,deseÍlVálViâ ü'~a'e- oU::
.illJ.e n.ª.p~.exig.e...f.adi&..aj~~.~~lar:a.matéria :verbal; ~'deresto;' a bem ~~~-- . trá Ji:inç~9~.E!!l.Pé!.r:Úcular,.como os~.pr,Ôofémãs'.do .omamentõ, as 'fiiu-
.nJlQ..ta,otP...ID.f\ter.ial.com'~"esPlritua1..)sto,é, .féita "de «espíri.1.ill4~'p>J.:.-=-- '~r~a,""s~rd.óric~~.tor-t:lam-5~~ez'::ffiais--senstVe-rs----e.eviâentes nos' poemas
pro, de' exalação (ou de g.esto-rédtizido:.e .ligeiro. que é o acto da escri. .~reves (mais do que não seja pel(facto' deil'eles'a exiiressão verbal.ser---~. ,-4_~'~'_4. " : ":': ; ;..... '.. . 4 ~._ _ .
, I
I
". I
23" !_.'_..~f
. ta-se de tempos em ue domina sobretudo um lar o' conceito d~ te~~i-
c~dade sem demasiadas cesuraS e articula ões hietar uicas entre .as vá-
. ~E~~formas. ~e a levar a cabo (tecnic~dade manual, mecânica, Lógica, .
. _poetIca,_~!.onc~, ..~; e!Ubo~ntinue a subsistir todavia a :ctlsfuiÇãõ-
e~.t:e artes maIOres e Il1enores,. q~e retranscreve, em termos apenas
~s hgel~OS,~~~?:~!rastedaantIgU1dade entre a condição dos escravbs
e a dos «1tvres». . '. . ."7-
-~--O Renã~i1i1ento, .Qorsua vez, retoma a distinção ~àü~as fases téc-
DIcas, «altas», nobre,l, ~atificantes-e remunerativas: por elevado coefI:"
ciente. expressiv?, e as puramente funcionais, lógiCas ou mecânicas-:-
Por tim lado, é o pleno resgate da retórica, entendida precisamente co- _
mo a arte que ensina como levar ao apogeu da:dignídade e da bcleiãõ
material verba (reintro uzin o orétn toda. a distância que o separa e
m~t~riajs -:nais.~esadose visl.:.Por outro la.Q2..t.o retomo em força ~.
_.•..p.•..o_et_lc_a_a_r_ls_to_t_e_ltca,_e_'_c.."o_m_el_a_,os cntenos articulares e autónomos _." :'1
.£om que construir aqueles oh]ectos arti iciais que são os poemas lon- :,,~':.'.-:.";
~ Bem depressa poética e retórica entrarão em conflito, dado Que a ....)~::..~<
pr~~eir~ pretende subordinar ..a técnica da dicção e do ornamento às ~: }.;~'.)
. eXlgenclas construtivas globais' dos poemas longos (cujo iliindamento»,'~~> :.:,
de' grande fundo, não consente as frivolidades;. as. dispersões, os pre- .(:.' ..
ciosismos locais que se dedicam ao «andamento» mais célere dos géne- -: ;':/
ros breves). A outra, pelo contrário, a::retórica, dará lugar' à 'Iasebar- - .
~ («metafísica»,conc,eptuaJista, das acuidãdes:etc.):' insi$tindo no
~~reito prioritário das figuras, da diccão: contra o resultado local, a
~.a in~~~si.<i.~de,o. g~au.4ug.!!.1iraç~ q~e.cQm;~.gtl~..~us~!E~f.,..e.-º~-:-.
,mento .que produz nas nossas conSClenClas. Trata-se aliás de fazet'
~?~córr~~c.ié3:.a?s po_~~re~~i<.ci_Qiá-~ê.ri~»,. ~~~~_~iq~~_~õst~m--:
JQnQUia....r.etortca e 'da41oe!l~~~ra, dlremos:h()]e)' cabé"a ad-
~~nistração de:um. território. p-ª!aleIQ, iill.aJÓgiÇ;;;q~~fi-ãiã-sedeexercer
. ~ma ..técnica?,:,,- .pensa-~~nto, .!.uTI-ª_ª['\" ç,Qgita1J~Ül~.9_yl!a.9a'para' o ver-l
dadelro e o uhl, mas SIm para o belo, quer dizer, para aprazer 'auto- '.
'.gratificante, ou para o.conh,ecimento desinteressado.' ... " _._..... '
. .Que fique' be~ claro. que 'esta~ vÁrias espedfkaÇ.,Qes ~ã~' s~ ofere-
cem-âqüí paraforneceras-Ünil'ãs' dê';W-ciesenvolvime~t;'-hi!fÓriCO' cro'
nosso campo através dos séculos (precisaríamos de ,outro tempo. e' ou:
tro espaço);-rriãspã~statà'r o nasClment.ó:-da;:-várl~'s.iihas'(das vá~
fIas - etiquetáir-que será-.depõis"m~rito' -de' B~u~~~'rt';l{~rti'fi~~~ .
'. tril:na'o~se -ã ürn:~~stado. coioidaÍoude concordiaodis~'~rs; d~'m~
oSc;i1antesnum equilíbrio' reciproco. em Que até e!:~tin!:a:n "ivido. ?:'!J:-:-
,:~~ gl;lelJ.r.<?~.p'~~~~. Tudo isto; aliás, emc~nfir~~ç~ô"d-;~-;ssei~ã:o':"
. feIta pouca acima, de que o quadro ~» @,o sofre tran~~ __ t.
~ões.~~~t:~Jl~~~S, ll~~s.~~s .retogues ÍJltemos; e é..P-OLJsS.Q_qg~rno,s" .
- .. _.- , .
..~:.
. "~.\.
I.
I'
-I,: .mais conce~.~ragª-.~.ó~ns.a.),.9ªL.~.m:g!é!-3.<;qnsequência.prática .~e~ t
.eraiii.'os'tra.tados de ret,ó.ric.ª..que s.e.0cuP.avam.precÍoiniiúmterriêrite dos
gêneros-Ilferân'õs ~Zi;~eves»(epigramas, elegias, epitalãmlos, etc.), dei-
. xando' àpoêtica a tare'fa de' estudarosgéneros longos, não sem óbvias
íona~'deirite'rsecção '~~d~:s.o.bI.~põsjç~Q:".. ".,. .~._----
.. ,....Con'dúirido, durante toda a 'antiguidade, o campo que hoje procu-
raríàmos reunir sob o dénominador comum da estética apresentav.a-se
.destotalizad6, desmembrado em vádos troncos, desfeito num arquipé-
lago de ilhas, e~,bora ~ão havendo entre si ã menor desarmonia ou in-
comunicação.]?estacam-se.) sObretudq, as três zonas que já vimos: léc- _
nica ou arte; poéti~a, retórica, cada uma das quais. por sua ,ysZ,'.gere
muitos sectores subordimidos: sob a voz eral dos tratados técnicos Te-
tiv~s' às artes coainca:se-e transmite-se o saber em tomo' '''asactivi~
./ •. . dades mais estreitamente ligadas às matéilâs 'O'ridê'iniervêm frequente-
I . .;Dente, aliás, as ma umas .aqui tambem a etiqueta de artes .m.e.t:.!J_ani-
, .. '. :i ~ pintUra, escultura, arQuitectura,.'~) comj.rt.e....e....i~
. ": I~j,!: ..em.:iqal~em parte des~. A poética, çori1õ""jáse_Viu~_a~_
. ~ . 'Ifi casuística dos génefos meTã:rfos;'S<ibretudo dos «longos», e assegura.. i; J ainda'uma.~çharãeIia 'emreo momeÍÍiõdOteXtoescnto' e o dã'ericénã~
:..~ UI!;'J ÇãO' da perjo"'~~n~~ (9rat.~1~!iica:,.~UIs,lcãr;:' çOieó~rá.~iCar.Er~t6ri~~
~ . I,., competem todos os problemas do esti o,' do ornamento, mas po.r sua;:.' J 11' ':.,"'.lli". veztâffibé!nJ~m.J:_óz_no'"câdítüió-;eÍ~tivà ãexpressãõ das emoçõe~
.i I . dicção,' ao comportamento em público. No io os seus Interesses, ..
• < • I::] :,1 ~t[niie:s~-fámbêm.~'à'PtohLê'mãÚcado"súbÍime, 6ü 'dêUm-forte sentlr;:-.J I[~!.; .. 'tta;çirido-:ãS$lm.uma:.'ça;uístic~oçõ~'ê ~os:'àfedó's', 'ªo' modo de.
;:;7' j':::": - :. oS:Pro~iii-~.~_ºrcQ.ntrCitª-r;nos"'brãdõrés'.e'ii.o'plíbHcõ'-C~àa'um;aest~~~-
: :"\,.:' ~(X,;;' 'se2tores:estã:.Ciieio dejartgtiites "cám"õi .âutrà~.;'ou meiho~áXi-'
;.:..:~..:f....:..:,'.....-:(.:,,;...•:.,.."_":':f,.~t'.::'.,::::' ....:~!;".:,,!.:':.:! :., ;:::......... =;;~~~:n~-.:_es~~~~)~:.J:i~~~~i~~~~;~e~;o~i.ou:, p~l~'menos, ~_._~... .' .:.~Úma sit~.ação~~~melhânre; de:co~xistênciase interferências. sab~-
'.me~te coordenadas;" i'nSiliUidaii'"i-:antlguidaC!.e~êíaSsi'ê';3.,.résiSfe durante
' ..".; ,:!; .Séculos"e'-sêculos:'~atra~6's.d~:Iéride:M~d~ã-~àá'idade' Moderna ,~~!~:..
jiJi.'. . . detidéi:se"<lUa's'e"atê ao üIT;iú da :Idade. Ó,núi!iporãriea (pre'Clsárnente
:;:i:h ." ~fé':à'Aes'theÚca de Ba'M~garten). Naturaltnenfe,'com tarÚos .retõgues~:~,
"- :j;l:j' . .i~t~~nO$',. .rrt~dança de ~g~Úíb~io, 'supressÕes e suspen'sôês' pãiÓals é .':
%' :.,I.
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1
1
':;;::1': '.''témp'orátiás de a)~lJmaSdessás:ZbriaS, cowp'ensad'iÚpeI6ôportuiio'au-
:f. ; Ifiénfo' de potência das z'óna:S.coinpl~me~tares,qUeseéngr.ossamatelilil ...~::\~~~r::t:\~ata;e;td:~~f:'7%~~;~~~~L;::O~':s~~t~1:~.
~abç -:màu as QrleSrtleloricue. o .dever. àe a substituir., .. àe. assumir a
.honra. de tracar o:niapajh.~~~'o d6i ié'n~ros titera.iios, .r.i:Iat;;om o efei-
.to inevitável de niye1ar'ós::~<lon~às» se0J!..pdó~QsJÚ.e!les.::E~-suma,-:r:t.
" '-': . 't
l
..' ,:.
25
-se de modo diverso se logo depois nos interrogarmos sobre 'as inodali~
dadB~:~~-so'6iê' os' .f9..!1têff<lõs~.:ati~vé~dc)s- quãIsteria - sidoefectuã:aà .
aquel~ _r:n~srp3.,1!~mç!içªQ.,<:;rocecomêfe.;àIguns-iXâiêiOi-n.aJeillira. do~'
m[o ..baumgarteniano, que parecem excessivos e desvirtuantes. Ou 'm~:
lhor, ".'ale:se"de limâ' preri-ogativª.~rve.i inevitãvef-e~ '~ada ~ct~- inter~ .
,pr.<:tativ? (t.arribén.1,~6sréfêmo.s ...~.ª!1_J!1...êrt~n..~~,.g~d~as' noss3.S'eXigên-
cias actuais), S.á q.ue podemos .pr~s\lmir. ~.sqstentar'q'úe exactamêiÚ:eas
'n9ssas' são mai~ actuais q~e_.a~suas, mais d; que' ri'ão'.séja corre'Spõn- .
!iem melhoL.~. sltUàçaº.Q.~i ,:ive.ª~6s, ~.talvetsejani"aomesrn~ J~mp'o
rp~is respeitadoras da .l}t.e~atura.t~x'~~aLqi;ui.ll.( escreviá .Baumgarten
(ainda que indubitavelmente U1ll:atal convicção admita. sernp~e"'vãstãs
margens de op.iI.li~9). '. .. - , .. __ ,_,
". A «unificação» desejada por Croce, e por el~ projectada retr~spec.
tivam.ente sobre o autor da Aesthe1ica,. exigia que para todo aquele
âmbito se encontrasse uma categoria univoca, inflamada, de forma. a
recolher e a COnsumar.em si sem resíduos qualquer' manifestação".~oia.
teral daquele mesmo âmbit-o, ,reduzida. a mera. e contingenteaparêilda'
. . empírica: Isto em virtude do sistema geral por ele' seguido, oidealis- '
mo, em que comacto inicial. a. própria dimensão físiCa é' reduzida à.
substância espirituaL Trata-se de uma filosofia que aetua' (como, vere-
mos melhor em seguida) reduz~ndo, contraindo, procedendópor exclu-
são, «em tirar». ~e:v~zsa, Ba?m[~!:tei.l.m:ºç,e..9ia-:t!Lé!i.s::.po.t..jiiclüs.Q~.s.
sucessivas; çiem.Q.do ..~ .!l~.9..s~crificar Os,.<;iS}tectosintrínsecos dos vários
-seçtpres' ~ec()lhiçiQs:~.pouco. epõ'iicõ' 'sob um- de'iiom1rladõT -cõiíiiúii',- N (,
. fundo, a melho'f palaviá' para'indiCara op.eràç~9 'po'r' e'I;-c~~duzlêiã-
.n.!". é.uriIflcação; demasiad'o forte' e' péremptórla,"mas antes c9nsÓ~Cio
ónd.e.n:w~~~"'ijartes co.ncop-em, põem' em comurn.:a; fespe~t{va~"pe~u~
J.furidades;'reforçand~-se na aliança, Irias 'exactarnente ~por isso :q.ão~e-
rl.nl!!!~i~n9.0,-ca'~a.qu,!-l~s,-su~" prÓpi1~ virtudes:.' A 'sCieniia."êo1nltionissensltlvae, maIs do que ser uma categoria unificante, é. o «leito» a ba-•.•. ",-.. __ -_ _.--.:.=..:.:...J _
se geôlogIca, a estratIficação primária, que e,ermite certamente uma :
~onúnuiq:~~e!--uma l~'ão entr~,..~ .....Yãr:[ó.i:1~~~.rriWQ~..éóQ~.O!9a~?s, ~.,
E.1~.qU~.~~:~e.s.!!!o tempo perJilllc;",.ª.caQ!l ,u.!l]~!.~!~~.gli~!J.tªr:s~ .coI1lo f
~.Yt~mom9relahvªtll~l!!~..aos.o,ytr~s, .tal como acontece .com ospicos e r
r.~le.vg~.q~~S~_I1.t~~...!1.t.!!I.1..u~g,i~~n~~s:ªq.~:4.~'teri~no"Ç9rAum'(pâí-à.,~.C,9JifE::",
IJ-u.a.~,.a.!!~ilizar....c:;~te'_tipo de iI!lagem). que t~I\i ,assim um~. o-rig~rri~co-
:qlUm,..~as sem que esta os impe~a de aiíriglremi caraçterizaçÕeS-~speCí:.:ficas. . ,..
/ .. ,...- . .' .
. Echegadó finalmente o' momento rie ;j:t'e:'.ch~r aq~:~12s ~~<cê:::~i::.s
que'; 'iiõ re1éfii'ã. 'defíniçãÕ'lI1.al!iuraldo-t~;tado baumgarteniano, inter-=-' '
. :p~~rpõ~eI~.tr(õ-s'uj~lIõ~~~~.-P.teÇf~ãdõ.~6-s~.'p~~"ênci:II~~irt~é 4iffiJ- ~
'xima--impGFtâaGia,--e-eerr~~ide às váría~.y()zes, a:~s'vãriç;5I~'mºs1 ,ta;
, ~_ •.'.,1'_"'.' '.. '. . . .
,~ ...,
3. A estética como consórcio
x
'.24
-Perte.!!Ç~..a Baumgarteil,' .E21~, o .mérito inc0n.~~tável ~~
sentido a exigência de «unjfj~ o cam.e.o»,' não apenas, !!1ª~J.~a-
do- proclüZi-io mtroa"uzi~~ouma noção ,e~~~~e!évà, to..Wgt~ti:-:-.
te'novos e rn-édiJós,qüe.àllida hole nos parecem lar[~ep.,~~,aceit~v~i,s,
Õseli1r'ãuroô Qe 1750 inicia-se...coniuma defmição que ..Q.~.o.p.p4.er.iª,.,~e.r
maisclarã: eficaz, exaustiva: D~vemos exam1iiã=lii"éõIDa máxima aten-
ção~"~ec9p.PQ!iª.9.~:~-;~ümà-d~''~~~paE:Ü'cuLaS~'Ç9rneçaüiõ~=~..
srm por referÍr o.J\ll.çi.tQ~~j:i:i@diéãdo:{<a.~$the!i~.,. est scientia cO&I!!:.
tioms sensitf~e», advertindQ.já:Jiôr~m, que. as reiicêil.~ias,q~~.p~~.ora
introduzimos substituem .J!!!lª-.série . Íill.ILQ..r:t~tíssima.,cde~~sições;,',a
que--lréfiõS-voltãr.ê.E~s"Çl~~2.u~g~.:~;5.~i~_.?-.I?,~.~~£~o::-3:dese~~~'n~~.~a~.
~êo:~'cfue'ate'àque,l~.m.omento !\.ã.9~:!iv.egl~..a ..~~B.Ç.~o...qu.e:m~r~ç.i~,.I!!~s..
qut:, ~or~e~pqJ.l.d~_ta!1;tosdos..p.9.~~o~iI~.t~.r~~~,ses_~~~~ais:des~e ',?S «bai~
. XOS); expressos do i~tui d;esthétique, aos mais sofisticadº.s..:d~~i-.
'$-ª~.~~.çentLq.u.e.....ena1te~os«operadores estéticos». Mais em geral~'.a .. :
. sensorialidade demonstra: conter em si os moment~_téçni~oSlDão g. ,
p~stÇ"tr~l?.~~r co~t~!:iÇ:1ã;ê.~;i~Q:~ ~.eiiãi~iLªPIeciar...a.s. ..ma!.~.Qas' .
iQ&~-ª~gºai~. se iÍrterv~rr( estimulando-. a 'ptontidão, !L~llidaQ.~.E.0s
,.' .• ngS's9"S; .Ór~&!9~i;;?PQl'i;~:!;ê9~ªi~~iazãÔ:"6iJiiQmen.tQs._p.QéJiç,Q$~é
'.retóricos. ::'Máitao' :lido~Ô' moment.ó :do. fázer,' do .pro~ir, coloca~se
.:;~vo~'.taIribém o do"vÍver 'em corita'ctq'.:~om 'o munQo e ~_oJii'~s'
hQ..ssos'm.!.etessessemelhantes, 4~apr~ciar',ós'. p~az~resda ..~5:i~ida,.9:0.
.:.Yí=stuári-o,dos sãos eXercícios nsicós; :ÔU, .se.gtiise~9s, dei ,«f~er»,
mil$'puma ac~pção bastante i~ga, 'tião'1lbsorvida .pela idei.a...êiQ-produ-
zü:..:um:.'oblêc:tü'''ii1;Ils.óu.Jii~iiQs'1JQ1Jte'.~mj.~!!1-a".l!:a:'esté_tic~..~~~.<:>.~ti-,a
lug.a£):>..,~~~ço dô~~~~.~~umid~res:,.d.9,LÇ!~s.fr~.!;~<!91es,'e '.nâ.(\~:!,e~~s,o .
.P.,r!vnegia~?d.~l.'pr<?qu..~~~e~jE)~,P~9 'Il!.~.nos,e; l~~.e.n.te,.~.t.~~ç!~~çl.apa-
rá.?- eq\li.parªçã,o.d_q~d()!~..~~me~tos~ . "
, -P..Q!~w.-!. alguém ..p.0geria'~!g.E;..x:i~~!'~~~~~J?,~g!£.s~.JugQ. ,ls.t~não
cq!.t;.~~9.n4.e.Jl.'J:iin~de.ca.1Q..~Ófa;P2J_9.'ji.J.i.z<?:;9~.Cro~e, .~~:."Opjni.~Çld<:i
qual (l .e~téticª.nas,c~pre.ciS9TIl.~n!.~~om:.~9-.yE1~~.!:!en(é),l 'alg\linas,déca-,
das antes. com Vico). ~m parte'ê 'assün: s'e.~o'rilósofo a,leiriãó r~conhe-
~;';;-os"~~'~'(;~.~''qL,~;p'~;a'ii:;il~Ú.~''~';~~l,':É.I:,<e,t,c.r;deu (wnifica.r:0: canip'o»,.
. não' podemos deixar de ~dihiiir. te'r.rnqs.~.sl~9precêd.iaos n~$.secaminho
pélc) per.ém~t~iió' rec'q.nli~ciiriénto.d~~Crqc'e: Mas às coisas:apreseni:~D:l-
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Ar; pulcre cogi tandi
27
Aesthetiea .
Artes liberales .
Artes liberales
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:~fiica. ões, formações relativamente. ~~tón?~as, que o filó.s?fo aleIT!ão
~màíSCõJiSõrclar"na "éfeIin}Çã<2..!!ni!~!.ê-.s!.~,~u~,s~cX:lfic~I.;.J.lo.~u
'iT1gorespecífico. ~o mes~~ tem'pG;:~!-s;~.9!:r,e;;m~fldem.aos vCi;lQ.S-!!y--
cleos em:que o campo ..t:~!~t~£.£,v.!.~~r~ate aql;lela .~I'.~~aa.~u~ 'yl~a de?-
regrada e destotalitilda. º.«leito~_da~nitiQ ..Sensitúia....M.~~~tão
o pedestal oportuno,. o ~str~.<!9..ª-a,~}!.tinuidade. e.Jia.illk~::.Lci~,Ç~~reCÍ-
. . proca, para ãSmiêai~ª.s ~es~~nº~~i.~@~ ..a"Ut9n.o~as~ .de
-7 grandes'''trãcÍições. E!!!..P.r,ÜneirQlugar,.é!- TtJiê:9Y/Llib..erc{11!{Ç!! .ClTtl!!.,!, ;\ for-IDUiã'éioqueDte qué, depois dos vários esclarecime!1.ts~sj:~i!Qtacima, já
não' orecisa de mais ~omeri,tárlos,~"à"n-âo-ser (),~s~EV~.'qu~ ela coincfde
na' p.~rfeição com o significado de est~.t!~_g~~c:t~_~':I:laa.iI!9é!)loie;;.a ni-
vel de média cultura, isto é, ..~ntell~üJ,(),".I?r~£i~~!!1~te.-<~oI:Tlofilosofi~ da
ãite. ""E"coriiêhl. surgeoterrit6r.io' d,Qanalogon .rationis, 4~.~~rivação
.' 'bartoca~;;or.sua vez descenden~e .do quadro cláss~~().das fQrmÇl,.L12gj-
caseretoricas' ..Trata:se do desafio mie osj~e.nt,os. dO...ÇQ!1E~.itoou
~ij£uae.~á'm~~~fisic~.b.arrocadirigem ..ao.:caI1;1pOp~.m!on~qaaê ló-
gica (analítica, 'lisan.d.<Latin&..i.to .vru..cleirQ},' ª~~~~.I>t:1q,..CºQ~!ádo,
proo.curamuJ!l~..~!me1!s~9.'autón()rna, p.araJ~~a,G,?e~:~er~ .~_zer:s~ en-
tão «analógica», <?nd~se r~ª=firm~á a. foITP(!do~_ora.lJ.QgID.º.slQgIços,
.i;is 'não ígtialment~..d~ sua...finalida~_~IK~çis.ª..e, ,!l2~Ju~ç:o:utilitária.
T~do. isto t.&!1.ÇÍ~melhor confirmado pelo t~~!!.C?J!!.~~l~oçl:)ns<?rcia-.
~ que soa cOIT'!o~J.~~E.~I~fecogltandl: ~QíiL~..p.~l£~~o.?~t~r~~~tra.
forma de reforçar' o 'espaço de uma racIP!laJida£f~._us~daapenas. por'
analOgra relafivaI:Í1ent~:.ã:«veàtadeirà-»',:'~.p..Qri$~o.vi~ªg~ para a'1ivre' e .
.gmtfutã finalídà~f,q:c{)j~l(qo :r~ÇiOÇÜ1.at:.~e.iQrma .b~~~).Qua,nto ao
.;~::~:.,;.":':£;;m:~~!;Si:~~~::.si#g:ê~.á'q¥tn~ijí~:"ac:.~l?9~~.:~~ito~per.f~~9-ª-~,,!esvinc~~:
':.' o '.'tª.:d~'~k.:A.e:y~r~fqé.1,ab9.F;tç~Q4~c;iiiç_o."ínat~l1pJ,..e~Q!~.~~_Er..,?du.£~o
.' :o'::.~-~::'de':.object(js~'Téc~ca que hójé não ~'tà~Cis':habitu~~~ ..-a..Xaz.erentrar
....::,. ,;,0 ."n:&"t~~rit61i~.da '«~'é»'~:mas 'qlie.:pe:tf~n~ê:=E?i~Ai!~ito"~'O_~9.it:o.eSfêti::':.: :">"":éo~.des'de que lhe'àfaYguemos.o:po't1~narpeilte'a:~i~ns.~_q. . .
i H. ..~ •• , '--. • • •• ' :. .•• H. • • , ".' dneIusi VO, no interior do qual encontram lugar círculá' mais pegue,
". ii "\::' .. ::.~.: '.... . .,.:.. '.: .,. ~.._os, 9._!le na:oSãõ_:Dõrém, cQ!!çên.tnc.os eiitresi., __isto é; podem .excluir-' .., .::: 1. .4, ViCo,Bauingaljen,Croce ''',se r;9Pé~£.l\!lli'uie,~!lQ.~ parcraisde iá'erferência.
,. ,,' .. . c." Pelo contrário <4SistemaCIociano.encontraria a ,ua apresentação,~'> !. .... .sta atitudetão'feco~.{de. ,ons~o, d,~ÇãO' entrea~ti.vidades "'"fkãiium.~ú ..~ico,~miI.~da .esleltcae o .d~ ..
. :. -' _d_i v_e..,..rs_~~.o a sua ru)liden\,fkação,.;9U~..'l'-"duziri'.à.~1"ess.o s. aDiq~ilariam.um ao ootio. . '. ~~. ,......,... , ..i''' .. ' ...,' , .
~e 'umasemdetrimentodas'outras;.pooeindicar'se,mnito:bem através .1\1"" ".".0.»~siá:,a,_cüf~mç.~s~min~da~.a~i'iSui .er'rir. P[~'
' de' d~;e;que;;;ã,Si'ãfiCos;"';~' d"':A;'ai."ê~Pià.,•.:;niiia'1éíii'éQ, .per;>' nantemeute relativasao «como» se deve entendero PLocessode t!'!'fl:
~'i~9~êa:@J~10; ~2~:~?c?f:~e"-deS~-~:"~-~.~lv-~-~-~-.-co-o m""" -"~"'u_'"!-j'erfilem caç' °,;ee;;t~;;;;;;sT;;cjí,;;;.õ;' cue'Óiuii ;",s,-;'.:i",""'.2.i'!!tar~5'beri;
,-,elevº, O-"U~:,!?: ..'ritérioi,<!2!.sirfuips .oe iUCI~SâO:.e~,!.u!~o,. diferençaSde conieiidõ:"defãCfõ;T.",g~J!,º séiiilti~de BauD1lLar~en
dando lugar a um ttaç.d~ e"'-PLa\!!!L~?!,~()~al;ell!..9.'!$..~-'-é'l'ef•. do não ;;odes~rl;&icõmo '-.ma-ãUtecipa,ão do sentim_Q româotic.Q.~;=,-::_
Ç9.n~-::Il5erto .âã'é.5~n!t!ó.f.!l}4i!l!::~c£p~~it~!o:?.círculo ma~s_.._~_a_:_t,õ_J -. -----.-~-idea1istril'ã~êleve .ser ~~!r.~_?1-aJ~!~~a~~'~~J~~ra, e..!1~p!.~_c:~~~_i~ o,:.'
',;".
5; Da estética à arte e ret()rn()
telecto e as actividadesconexas são 5(Superiores», estãomais altas e,
sobretudo, aparecem depois. Infausta~hiS1QIiciiã£ã<2!~nto
.diacrónico e~~~árias faculdades, que lhe sancimla a sepa.
ração, a dissociação (ainda que, é_precidoadmiti-lo, os ho~s do sé.
c~º)£Y!!!..~ão pretenQ~~sem...Q.efacto exasperar tal ru~a, fazer dela
y..!!!.Ag!p_ª-; em vez disso; o--:-~xp~~~~ escala,,3:9d...S_eIlS.....0lhõs,deVIa
assegurar a passagem grad1!~Lcie..um momento para Q...OU.tro). Também
assim;--i6davia,-nuncã
Q
se-dá a comparticipação sinérgica e sincrónica-
aãSTacU:ídãCfessensíveis com as intelectIvas, a gual'era.afinal garanffira
.em tOão o mundo anbgo e medievau..que à nossa fu?oca contemporâ':-
nea procurararestabeleceL . . .
O desfasamento diacrc5õ1cQ ~resentara-seem termos já mais lli:..a-
máITcos com V.kg, que a partir daí constrUíra duas épocas, dois esta-
d9S evolutivos,;: ps1Cõ16gicosnão comunicantes, de tai forinã que sóse-
p..o.diapassar dêUm para o outro após'~ sua morte Ou consumação to-
taLO idealismo romântico, e Croce como seu último herdéiJ:o;,~tõiiia-_
r~ _~iI!~~._n,t~i~_4.~l:!~_á.!iCo.e Jriep~ coil~~rltre sentimento e '.
intele0° ~," além di~~b, ~.º-I!.tITI.ll~~amtambém' a intro~ctá-Io,. isto é~ .'
dividi-lo em duas. etapas «internas» no desenvolvimento do sistema
único aõ' espírIto': :Né)"Cl1f~ITãÍnbém,,~~19~Pienbsda:partede Croce:-~'
,!--6iilg1~~de~r.~'~gataL9..~~t~4IQ=4Q}.~~!rE~~,!!ãçõ~_t.-<?:Q9JÓg.iq)S.e .de
avaliação de «inferioridade»: a estética não é inferi.Q.LàJggica. Mas is-
s~ão-evítã qie-iiliif!à "@~-ª3Uifá<~(ãf~da que_~~trãte l!,gQ_
ra de uma I1recedência ideal, em termos de modelacão, mais que de
""' _- ..~._-------.-....-- . . . . . --~---
Sr:o.I!Q1Qgj,a_his.tóriça,factual), e que a sua rea~'Zaçã9_~t<:l~~clusiva no
qR~.d.!~.Eespeito aos_o..lftios__!!1Q.m~tl:0r1i2_éspiriici:a vida de uns nasce
:.9.~-~.!!~fl~.lo~~:~~i0s;n~cã~,á:. C.o-E£~sE.~ça,~~ia~ ~~~as
diacronia, 'desfasamento. . J\..... .
••....••••.•••.•.•••• "" •• "'''- •. c.•••., ••..• -. :.c ..•..••.••.••••..•__ '"~ __ -=:s
28 ..
ca:corresponde de pert~ ao éti.mo greg~. e leg~tima assi~ plenam~easua recuperação; lstoé, considera a vida cheIa de ~entldos,_~om_.t~.~
dos os seus órgãos e canais perceptivos. Hoje em dja, I1.ª-(U2Qd~~::...
correr à 'tradução lllerãI;'CIãd..ii1iue o adjectivo «sensitivo» tornou Já_
urna acepção demasiado br~ae umbrátil, en:bora n~o c.omp~~-:..n--=
te errada e desviada,RIecisa~~nte porque deStl~l_J.ldIcar urn_:~~r-
~ci~nsivo, excessivo mas a algum paradigma niio muito distap.t~:
sensível, sensoriãf:I5e.-é[üãfqUerrorma-;-t.ratã-se...s;!aplena divisão da. £k
~ fisiológico-psicoI6gic~,.gQ:pirçeb~Lc.9.m os sentidos, contra. o
q~al o i<k~~~ri1âTItico (~~~in,:nte em Croce), ~ apres~~E~_~c~n~
sumar uma gigantesca anulação, trarisformanao-o num eqU1valenter:e~
smaão maIS robusto ~~ o sentimento, quer dizer, a vida__
e~tivo-afecÜyª- ..nO_ seu impulso global, turnultu~tinto, ~
. V;m' dº-.interior e desenha QS canais de mediação éxterior. A sensona-
1dade~ p~l~ntrár~tã.la~~çisªmente em todos esteSCãõã1S1n~'
_termédÍos, Iiãqu-eles. tâ""os' e retículos ue li am 'o su ".eito....h~m.ano_~"*~~~
seJJ~objectos de ex~riência..' .' . . . ".
.Q!!!ros .pontos' de manifesta' diferenca entre. o re.gist? de' Ba~~ga~~ .
1en_e_Jl..deCroce estariam no facto de que para o pnmel~? ..~,est~~I.C3:e,
como se~rá, scientia.... iõgnitiô;lis.sênsltivae:.-~Ei_lUJ.uvj dente"
mentê'~â'scientia .ºª9 éfiTõsofia-_~__1!ihca diSCUili.~capjz, nª-.opiniã,g.
de.eroce de fo~~ecer-'áütênticas abordagens categoriais); ~-ªléIll.J!.êiQ) .
.definicc.~~od~~ç~.nh~çim'enf6».'~-.*tiYíêfã~~~dirige aO""«~.~!.lÊ.m
não respeita sufiéientem~I1te à- distância categ_~rJ~!_,~!!~!._~f!~~!£.._~.o
:co.nl):éqerpr'opiiãm~n1~':rógiéó:'Mas 'voítà:iêii1õs a. estes po~tos, -P-QI.Q.U~ .
'.jel~séori€sp.bi:iêrem..~írdlv.~í.gêndasou incongruências também re1átiva-
. {menteaQ ~rnodod~'reflectii' ede colocar os problemas que hoje consi-
..iderili'nosiri'ai~:cdny.enieiltesefúncionais.: EIti'$uma, são aquelés pontos
i errt que' B~ti.mgarten revela, como .~ãc(.pêidiadeixarde ser,' os limites
ljhistóricos pr6priosde um ,pensàdotset~centista... ". .'
.... Enfhn,.quer a ~stidadt::Au'ese indiqu.e também: .u~a .zon~qe
notáveis'convergências entre Baumgarten e a lmha da estetlca ldeahst~::_
"cto'ciãiiã;aIfâsj tanibérnaguCchega o. m~~2.f~_~~t:n.-~9:'~~~oh?rnem De.l2Q~....9:2..seu feliz su~imento com Baum arten, o continente ~
.. doseti tempo',' expoenteq,é 'tipicà's concepÇões setecen.tista$;'p.ç,iactQ, . .eg~~i~ª-.entendida erc! e .sensorialidade \domina por ~gu-
todo aquele séculoconceb~~_;a,trª,vés de mui.tosdos seus operadore~ e mas décad...?-s,e..ª-!~Qº.t~ltl.P_QJJCOdei2ois,cOm. Kant, uma dimensão de
representart~es; o môdelod~uma::esçala a~p~ndenfede a~t.os'percep~ 'giári'd'elmportância. Çomo é sabido, com ~. autprcta Crítica da
Íivb-cocrnitivos através da' qua.! .se passa ..a pouco ep.oucOdOS}ictos de . rãzao"pu~lá a secçãofilosófica dedicadà.áo'estyd.~eI.al das
naturez~ sensí;el. àos. de n~tu:r~za:i?t:eléct:iya.. r:>aí:surg~r# :càtacteriz~=.=. --.-:-_-=~.cfo~mas.~~.~~~~e~~ht.~s.é~s!j~F.E.jã-ah.t~s~- ..fu~i0~~ii6s0fos~~-~~
cões tODológicas, aliás prontas~acony.e.rtercs.e...J::nLbjerarqU1aS de avãIia-' ,':0, Ç-,:S(.;5~,,~d...::Ls.é...:..,ÚoX:\'III Ül\Úam désenv~id0 desmedidamente O
.~.ão:.-ã.~en:sib-lIidad~.constjtuiuU1-ª:$i!oseplogiainferior (~w..cq.u.e_o._a~. .âmbi-te-Elas--p.rátjc,aL~Ú,ç-ª-s não técnicas, pré-artísticas, _destinadas a
:'jecti~o-deve ser tomado hã:;ac~pçã9~a, daguil{) 9...ueeSJá em ~xo, .é!nalisaLm.ais....Q «sentir» do que o fabricar obras. :pai nascera a inter-
e qJie-p9.~..i.ss::.c!.:.vã~~erw:~1iviaaum7pou~o ~r;l~!!os),~.n..q.l,mnto..9..u: o @:"~ _. ~-- ~l-6a-sutS~--dO-S1lbi~ natu;e:.:ã,d~ca"I
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31
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ro momento a fase da tecniCidade genérica, manual ou mecânica (até
porque é preciso reconciliar os valores estéticos coni"a,sformas da pro-
. duçãO industrial, entretanto estavelmente elaboradas) e,' por fim, a re-
des'cobrir o vasto continente da estética como eXercício de práticas ape-
nas sensíveis, e não direçtamente produtivas de objectos. Delineia-se
assim a hora de um possível retorno a Baumgarten.
.~. A "tética: c.ahecím •• tc na .xp.riência?
30.'
gpe' vive nos estados de ânimo, nas reacções perante uma ?aisage~
nas' su"estões do tummo,' da exploração geograhca. tudo 19.2...~l~(l
umaa.;pla herança à época romântica, que abre assim~~_?~.melp,<:-
-resrequisitõSPãra c'?~~~I2:l,l_~L5u~iscy.r~.<2..E!!...~~_~alsde e~~~i~<l:g~~
ral dÕ'g}!~de ar~ M~~xistem pel~duas V1asPf_romantls~o;
, '~ma, de ,2.£i~emkantiana, cQuti@a fiel à ideia do cQnSOr~~íga-
mo.s melhor, do equilíbrio, ~rnpens~o recíproca eDtre~ e
~u1tura,-sentimento emtelecto, ~ujeito e o'b~to ~la passa através de
~,d'; . ~Sc~-G~i!"'W£I~~worth, Leopardi)._~ o,utra, ,p~lq c()~-
, _! 11; lan..£a-a in1'aysta-co.ncepçã~.,_daescãIã:"" ascendente, do vector hi~t9.gSo.
li ~, ,j!1 q-~econduz cios estaa9_S,"ºª~os do se,TI~irnC;;~~~~~ãaõso~c:?~- Todavia, corno já se anunciou, nem todos os conceitos que fazem
J:: c~ito; além disso, estend~_I~jLoacHy~nt~_ os. poderes des1LtiliLrno parte da definição da estética dada por Baurngartensão ainda aceitá-
"{ kvando-o a esgotar o território da contrapa~ti..da, istº é, a ~..9.cp.ntrar~se veis nos nossos dias (seria de espantarocorttrário). De facto, hoje já
>;4 : { novámeI).!.~~ºº~.sftdoLb.ªiIC..9.~_~,Bªturez<l.__e_-º~_s,ensibiJjçl.ade,~,-ª-ª-ç_Q~- não podemos concordar acerca do facto ,de que â «sensibilidade» (ou
\." .,~, :,I:"".".,.~,,I,~.!!,':,,:: panhar nada maiLqJ.!~jº,~ias ..crist~izad~_L~j'&c!.as, espírito,.I?:C?,~£.á~ioo sensorialidade) faça parte do âmbito de uma cQgni~io: aJuda que:as .ra-
"/ de, inconsciência o'u de iiiactualidade. Nesse POiltõ;'~ê';:inevitável ~zões de não aéeitarmos tal carácter «cognitivo» não 'correspondaíP às
:f"(,: curto-circuito entreÔS-':ãóis' radiéãls:' entre estética e aT!.e:os exercícios já avançadas â seu tempo por Croce; Baumgarten movia-se ainda no
':! ~I' sensoriais propriamente estéticos vêem-se confinados. num âmbito....'liLe âmbito 'de uma filosofia dominada pelo princípio teorético, esp~éulati-
':!:'~/ cad~o~o-deureacções perante um pseUdo-objecto, que é precisamente.i vo, ~ognitivo. De há um século a esta parte, contudo"reconhecemos a'~~'l natureza, egoiaID:por-lssode um es~ut9 inferioroor definição~~, cada nossa intervenção um carácter fundamentalmente pragmático: vi.
-i:' ~:Ih ri.ãStõIerad()o..ºlJ.mes.mo~roibi~q~Mªstél~l:>,~!U ..~,~_intervençõesartíst!- ver, agir, mover-se nl:)mundo quer dizer exercer umapra.xi~; e ainda
~,~i'~1!' cas se vêe.II!..p.riyadas das componentes técnico-materiais, E~,9:!11!~_a!..~_,_, que seja justo e indispensável reconhecei: e preservar"ffiórilerHbso'âê co-
. ;':Hil' essência espiritual de um .surgiTQ.çntodos puros valores do semim.ento..e~ . nhecimento, isto é. de actividade não 'dirigida a fins imediatamente
lif~!' d;i e.m..Qij.6. Op'i6jjnó-:-:cõn'ceitõâeãikgualifica-se cada vez mais em práticos, também neste caso se trata, a bem ver, de uma práxis diferi-
.Jii!'li' ,', _ ac~pçã.O.nõ~e" espinti.Üil,' 'elevada' de arte bela, queguando exist,e se da, temporariamente suspensa, mas não completamente abolidát' O de-
::=:'7':lil;~~:~"~:da .com a":máXlm,Csoleriidade,.coril Jodosos requisitos impostos pela sinteresse da pesquisa científica é apenas mom~tâneo. A práxis está
'\YJâeof.iiiiç!~:eãtego~iâi. @os6fica)~espeitante,:aess~~m~it? ~ ~ambém , no princípio e no ftm de cada processo (embónia,s Kases,jntermédias
. ',:.-.'<1~;:~r: '. 'cada ç;peral1Qr,'o arti:).ta, se !Q!:!laQ pprtadQrpnvI1eglado de tod~2. . de ordem cognitiva ou científica façam com que se regres~.eà práxis fi.
o£spmto, que se_,Ç,onceI!tr-ª,_..!!.~lt;~:Qâta~~It!~!_:o~_!!.l!1._~~~~!~~d_<:~e_:..x.:..o nal com instrumentos mais eficazes; mas o próprio term(;"éficácia, co-
:'~,:_'o'IF:::, ',., "~~p'ção',,º~~~ªQS.â~ºl,A(ro~'e £.~.~s.9:uáli~a.m~~aI!i~da_~~'ãque, _ 'mo diz o seu étimo, está imbuído de,praticidade).
,oo. :"'I!_~Io sereduzernas interYJ:t:íçõesnormais de ordem técnico-QE.9ªt!!.~~a:a!f Se esse carácter mais ou menos imediatamente pragmático é sempre
ult li' . 'pé)~qtiê~h~g~"~g~ra' c;st'~hJ.-p';;'em que se começi'ii'Tmp'or a priÍne1rã- inerente a qualquer operação nossa (não é por acaso que hoj,e recorre-
,. ~~; 11, . ,reyolução industrial, .Q.!!eleva à supressão daquele momento de me~mos frequentemente a um tal vocábulo, igualmente muito activo), ele'\~'l~~ 'çâ.o,confiado àãrte em e.xçepçãOhão sublime e «superior» que fora_. liga-se ainda mais notoriamente aos actos de, natureza sensorial, que
~I"durante séculos o artesaDàtQ'(êQi!fp.~~fu!_e.!!,ªº--º-_1!lQmento~an~l evidentemente exigem a plena intervenção do corpo com toda a sua:~I''! ' , i.n~[~~te'às QI'ópriaspráticas~rtísÜCa:s~~ores»). '" .'... .' . '.dotação fisiológica: sentir, perceber, quer dizer, moverórgã.-?s, disten-'~i,l. ,'No decorrer de um sécüíõ~o~enr:Sílma,,d~ uma pass~geIIr de.-2r- der os. nervos, contrair os músculos, embora com vái'fâs gáfdu-alidades
,~:L clem ascendente. que po~~~o~m?_s~_~~mat~~.:..~~~Ü!!.:' e evidêhcÚE""Ma£um ri.údeõ""'deácçãó, embora mínima e contraída"
;J!~~: - ~-~tética ~ arfe -- arte bela', nunca poderá faltar em C:lla1q',ler que sej2. o 2.C:O sensorizo,!. Tcrna,-sç .
,'i" " .' Mas a nossa época:'c()n:i~'illpocih~ªvê a realização de r:ápidas trans- assim muito impróprio e desviador transformá-lo no simbolo do co-
,:::W formações; e assim ac'cibÍ1ajmedia~~ménte um vectorhistQfico de ten- nhecimento. Será preciso usar nesse caso um qualquer termo-conceito
',i ---.:dê.nda,invertida Que..Je.~~~cla~~m p'rime1l-' --'-------,dt.oe.--.::raltrç...,.a~ncemalsvasto, que sublIilhe o carácteroperativo da relação,
(I
j'
~. .
r
i
7. Experiência: comum,< e,ientífic.a é estética.
sem lhe exasperar em sentido único a fisicidade. Não se trata efectiva-
mente de contrapor o prático ao cognitivo, de fazer deles duas ilhas
separada~ e contrapostas, e por isso .rnesmo equipolentes, dado que na
realidade a esfera do.prático é mais vasta, e compreende em si a outra,
como uma parte no todo. Assim, será preciso um termo que não ex-
clua a possibilidade de configurar-se por vezes em se?tido estritamente
cQ.gnitivo, masque ao mesmo tempo seja .de alcance mais amplo e
geral. -
~ Alguns estetólogos que seguiremos de perto propuseram, com esse .
fim, termos úteis e eficazes. John Dewey, a coberto da sua filosofia
geral, fala-nos de «experiência»; o checoslovaco Jan Mukarovsky,
também por volta dos anos 30, mas partindo de premissas teóricas
bastante diferentes, fala-nos de «função» .. Poderernos também valer-
...nos' do inglês attitude, «atitude». Cemo se vê, trata,-se precisamente
de termos bastante vastos, que comprometem o homem todo, corpo e
mente, intelecto, e afectos, vida prática e cognitiva; e qu'e pressupõem
uma concepção fundamentalinente bipolar, isto é, em que um momen:-
to subjectivo(o homem) entra em contado com um objectivo (o mun-
do, a natureza, a exterioridade, o ambiente, ou como lhe',quiserem
chamar).
..•..•.. :
". ".:;: ..
d? senso comum nós mostramo-nos fundamentalmente animais de há-
. b;ltos, o ~u~ nã? quer dizer que sejamos uns brutos: só que ainteligên- .
Cla do habIto e posta em prática passivamente, por tradição: corres-
ponde a um mecanismo inconsciente que guia os nossos actos,nos faz
manobrar com habilidade e segurança. entre as insídias do mundo.
Pense-se com que desenvoltura nos movemos nas várias emergências
do tráfego, cumprindo maquinalmente os gestos necessários para mu-
dar de velocidade, para travar, acelerar, e por aí fora. As mãos e os
pés vão ~om admirável segurança às alavancas ou aos pedais, sem que
quase saIbamos como, e custar-nas-ia mesmo descrever com exactidão
aquelas operaçqes que todavia executamos com tanta rapidez -e faCili-
dade ..Naquela hora somos todos prisioneiros da rotina: força benéfica
porque nos permite economizar energias e. dominar as circunstâncias,
alcançar um bom equilíbrio relativamente a elas; mas também forca
negativa e estéril, porque «alisa», embotá as emergências, reduiodi-
ferente e.O variado ao simples igual, aórepetitivo, leva-nos a .tdtérar
ao infinito os mesmoscómportamentos.. .. . .
Por vezes, porém, os hábitos não bastam para dominar os e~entos:
estes voltam a ser emergentes,iniprevistos, o que provoca em nó~ uma.
ruptura de equilíbrio: as energias afectivas,.já não adequadamente <:a.
nalizadas para o sentiçlo habitual; urgem no estado livre, «movendo-
-nos» para fora dos binários do costume.:Em suma, tem-se a emoção,.
a perturb~ção,que só poderá ser apaziaguada se submetivermos aque.
la certa sJtuaçãoconfusa em que nos encontramos imersos a uma in.
/D~da a sua geAé~aIii:iade;~ss~dertnosnão .dizemrespeito ape~as à vestigaçã9 que nos leve a ver «com outros olhos»:"assuas várias COrn-
. fasepr6pti~ItientéestéÚcà,. apa:recemantes desta, caracterizando ahtes. ponentes,e a mudar os iIistrumentos de intervençã9. .
d,eni~is:.aqÚela.qtie.pôd~réniôs;chaiIiaf. a.experiênciac?Inum, ou deNaquel~ momento nasce a exigência de superar a.rotina, a repetiti~
:base, dé.todos.os.~diàS, ou adoptandoa.ter:ininolôgia de Mukafovsky, vidade mecânica, e de procurar «novos» compOItamentos.É também
. a: função elementar, .de grau zero; .qll~'.IÜ)Sliga ao mundo: :Relativa- o momento em que da experiência comum começam a fazer parte as
.mente a um tal pláI:lo~baSe,distinguem.se num$egundo tempo .duas. . fases mais selectivas e conscientes da estética e da ciência-conheci-
experiê~cias ou funçõ~sriiais ~sIJeéíficase rigorosas, que~serão respec- menta. A nov.idade é, portanto, um pri~eiro sinal dividido por ambas .
tivametltt~ a estétíca:e ,a. científica,: ou cognit~va,.:no selltido.estrito e Se não houver esta ânsia de renovar, de modificar as nossas aborda-
. ,... ,. i . .apropriado .00termo..•.. , . .. . . ge.ns do mundo,. ~ãO se tem a passagem de uma para outra. Mas, para
\,..' i Fixando pór um~orrieIltQ a at~nção na experiência comum; deve- alem desse reqUIsIto comum, cada uma delas penetra em caminhos di.
i i remos começar por rejeitar.\!"':süspeitade que ~la seja o âmbito de uma. vergentes. A experiência (ou função) cientifica tem uma natureza émi-
'i I .fisicidade ou sensorialidad~.Í1ã~ sÚsti(ia por:;;algumclarão de inteligên- Ii~n~eme.nteinstrumental: decompõe, analisa a situação.qe pa!~J.da..para
.1 t cicloP~lo contrário:. as mais :válida~"fiIósofias contempor.âneas .ccomo dlstmgu~r o que nela não vai bem, para afastar 6 obstáêilfô.:.pira o su-
..J. por exemplo a de Dewey) eviÚl.mar:uptur£entre as duas.ésferas, mos~ .perar escolhendo vias mais factíveis; a sua tarefa, todavia,. é de medi-
'! tram como natmez2. e C:l1tnra ,eptid05 e.]Ilte1p(:to se penetram recipro- CZO8 p"azo; ~::>,perspec~iv~, ela ;;;x~if1gi.lt-se para dar lugar a uma ex-
.h .camente. Em particular, :~,experiêg.c)a'''c6nium ví~l!e-sedaquela forma periência prática comum de novo serenamente apoiada nos hábitos en-
.1 ' de inteligência prática, de fbrma sigtêtica, isto é, capaz de reduzir e de tretanto reconstituídos sobre bases mais eficientes.
---~t- ~~---'-Plasmar--a-nmltiplieidadC ..qe caea--ev~tte;é-~oota~ze"'r"£'o\-------_ .. ----A-e*Peftêneia-estética;-petoeo--ntiário, ees-se-n-c-Ia-l~m-e-n~t~e~<~<f~l-n-a~1>-),-.~is-t-o-----r. ..,;
:jl 32 ' Hli
. Já. se falou do facto do primeiro carácter; ou c~tegoria se se quiser,
~ n?vidade, ser comum a ambos os tipos de .experiência: Isso também
i~dlca que eles nascem. numa mesma bifurcação do iamo. da experiên-
Cia de base, e que por ISSO são contemporâneos,nii.o sucessivos. um ao
outro. Mas a. e~te argumento das suas relações recíprocas no quadro
global das actlVldades voltaremos mais adiante.
:Se parece bastante óbvio colocar a novidade entre os requisitos pe-
culIares de cada experiência estética, talvez seja menos evidente atri-
bui-la também ao investigador científico; contudo, também no seu c~-
so se dá a regra fundamental que não vale a pena refazer experiências
.cálculos, processos de investigação já efectuados por qualquer outro:
se pelo menos os resultados alCançados' se demonstrarem eficazes .de
modo a fornecerem um poder prático de pre.visão e de domínio s~bre
fenómenos externos. Se por outro lado essa eficácia se ofusca, então
torna-se oportuno reabrir o exame e procurar outras vias. .
O divórcio consuma-se então chegando aosegundó e ao.terêeiro
grupo' de caraCteres .(mas, veremos mais .adiante, este divórcio é tudo
menos 'definitivo eirreversíve1):Joga aqui todo o seu peso a diferença
.entre um dever instrumental e tim dever final. .Para aexperiêncla cien"
tífica; :quilo ~~e conta éo resultado último, relativamente ao qual as
etapas mtermedias são puramente funcionais: estações de irâpsito, que
se possa~ apagar da memória (ou da f0lha, do quadro;d<:h:'omputa- .
dor) aSSim que o processo de investigação terthapassado por aquele
p.o~to, ,e t~nha~memorizado convenientemente os seus resulta_dós par-
CIalSate~ali obtidos. _Basta pensar na experiência".escolástica do desen-
volvimento de uma equação no quadro, que permite precisa~ente apa-
gar os de.~envolvimentos. intermédios que setórriaram desnecessários,
embora fizessem parte da última paSsagem~ Além disso,. uma vez che-
gados à solução, esta vale pela sua qualidade ou não, independente- .
.ment~ de como foi conseguida. Isto, diz-nos qúe tambéIIi a temporali-
dadeentra acidentalmente, numa experiência científica, •quando ela
nãoactue como elemento de obstáculo, de atraso ne"ativo. Dado o de-. . ~
. yer mstrumenta1, é melhor chegar à conclusão no menor tempo possí-
v,el(contant~ que o resultado seja correcto). No máximo, pareceprefe-
Tivel a velOCIdade quase instantânea de umçomputador que a lentidão
da mente humana, mesmo mais rápida. Mas den.trod6s.1irnités~cogIliti-
vos da própria experiência; isto é, com base no mét'roda sti'a'«v;rda-
.de», da sua eficácia, Ó te'rnpo é um acidente externo. A experiência pa- .
rece sub~tancjaJmeDte anacrÓ~1ccL
'.Todo ° contrário acontece no c'aso da' experiência estética: esta
. parece-nos estendida entre os seus dois extremos, o princípio e o fim, e
tucio-e-que-ac'onte'ce no melO começa a fazer parte da sua constituição,
~:
ar~iculaçà,?.
....ritmicidade.
:dramaticidade
.... Expériênciaestética .
novidade'
intransitividade
opacidade.
presentatividade
intrihsecidade(autotelia)
(asseidade)
plUl;ivocidade(ambiguidade)
heterogeneidâde;va:Heda:de
'iI6balidade,: totaliiação I
..... - .. '
. .....~..~:.univocidade
homogeneidade
especificidade
3~linearioaae
sequencialidade
progressividade
'. 2~tÍ'ansitividade.'
transp;;lrência'
discimivídC!-de
extrinsecidade
é, o seu fim reside em considerar a situação d~nça de modo ma~
1.!.nplo. mais rico e intenso, fora dos mecamsmos da rotina e sem re-
cair numa nova habitudinariedade mecânica. O seu Ob]ectlvo sena In-
troduzir na terra um estado paradisíaco onde se possam viver os vários
aspectos do mundo, exactamente,com a máxima 'íntensidade, sem a
preocupação de economizar as energias. Poderia t~mbém ser a desco-
_berta do paraíso. terrestre, vivido na primeira infância, quando o im-
pulso' para o prazer dos sentidos não encontra repressões e censuras
pela obrigação de prestar contas com as exigênciaspráticas e sociais.
Acompanhados por esta diferenciação de base entre os dois tipos.
de experiência ou de função, poderemos traçar duas séries de catacte~
res distintivos, emparelhados e contrapostos ao mesmo tempo. Poderá
notar-se que esses caracteres, por sua vez, se orqenam em três grupos
diferentes (que poderiám corresponder àquelas que, com linguagem
teórica mais rígida, se deveriam chamar «categorias»). O número de
três resulta de' urna exigência, prática;" de .boa.'economiá interna; e por .
isso não vale a pena insisti! muito numa. sua qualquer necessidade lógi,.
ca: nada impediria que, em nome de uma melhoreconornia, os grupos
fossem aumentados até quatro, ou cinco. Além disso, no ',decorrer' da
vária nomenclatura aqui relatada, ficará muito bem o empenho com-
pendiário que nos move: isto é, não se trata de fazer ostentação de ter-
mos-conceitos-categorias inteiramente novos, pOr nós propostos e pela
primeira vez forjados,:mas sim de economizar tudo o que de válido foi'
já feito por. niuitQs. dtetólogoscontemporâneos, reiacionando as suas
. várias. propo~taS(4élxadas bastantes' ve~es:sem.relação, incomm;ican tes
"..reçiph)~ca1IÍênte~;~egas'pelas.respectivás' dif erenças.lexicais. .
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nada pode ser perdido. Voltando ao exemplo do cálc~lo efectuado no
adro se mesmo uma tal experiência aspira ser conSIderada sob o as-
~~cto ~stético (veremos qu~ isso~"~oss~vel e .legíti~,o), é preciso não
aragar qualquer passagem mtermedIa, e preCISO,alIa~, que cada uma
delas coexista, interfira com as qutras, que todas estejam co-presentes
na atenção de quem desenvolve aquela experiência: nenhuma fase, em
tal caso, pode «transitar», cair no esquecimento. Se do caso bastante
casual, e certamente de baixo grau de possível esteticidade, do dese~-
volvimenfo de uma equação no quadro, passamos ao exemplo ~aIs
consistente de uma verdadeira e própria obra de arte visual, também
aqui a percepção pode transitar de urna parte para outra de um qua-
dro, mas o trânsito nUnca será definitivo, deverá ser para nós um re-
, gresso sobre os pr6piíos passos, de modo .que to~as as zonas d~ obra
se liguem com vista a uma fruição estética. Jogando ,:om' os voc~~ul~s
gregos, dizemos que, no âmbito da percepção espacIal, a expe~en~Ia
'"stt.t;ca exig'" uma S'Tt-"'ória (coron == eSpaco), tal,cóf!lo

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