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Interpretação de Textos em Concursos Públicos

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Interpretação e Questões
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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INTERPRETAÇÃO E QUESTÕES
Em concursos públicos, é essencial entender a postura da banca em relação 
à interpretação de textos. 
A aula de texto no concurso público
Pontos que costumam figurar em editais:
• 1. Compreensão e interpretação de textos; 
• 2. Tipologia textual;
• 3. Gêneros textuais;
• 4. Figuras de linguagem;
• 5. Significação das palavras (semântica);
• 6. Confronto de frases – reescritura de textos;
• 7. Coesão e coerência textuais.
Conhecer o examinador
Atenção!
É de suma importância conhecer a banca examinadora do seu concurso.
ESAF — costuma trazer questões extensas e com foco na gramática: 
• 1. Coesão e coerência – continuação de trechos/encaixe de texto; organi-
zação das partes de um texto;
• 2. Significação vocabular;
• 3. Preenchimento de lacunas com conectivos – é preciso ter noção de 
regência verbal e nominal;
• 4. Inferência textual;
CESPE:
• 1. Tipologia textual;
• 2. Finalidade de textos;
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Interpretação e Questões
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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• 3. Processos de compreensão e interpretação de texto;
• 4. Troca vocabular (significado das palavras);
• 5. Aspectos de coesão e coerência (referenciação textual/pronomes 
demonstrativos);
• 6. Reescritura de texto;
• 7. Denotação e conotação;
• 8. Coesão referencial. 
FGV:
• 1. Compreensão e interpretação de texto – comandos complexos;
• 2. Dêitico (algumas vezes);
• 3. Coesão anafórica, catafórica e exofórica;
• 4. Interpretação de charges;
• 5. Significação vocabular;
• 6. Pressupostos e subentendidos do texto.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com 
a aula preparada e ministrada pela professora Grazy.
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Conceitos Iniciais Sobre Interpretação e Compreensão de Textos
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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CONCEITOS INICIAIS SOBRE INTERPRETAÇÃO E
 COMPREENSÃO DE TEXTOS
Conceitos iniciais
• 1. Texto: define-se como um conjunto de palavras.
• 2. Contexto: ambiente em que se insere um texto, conferindo-lhe sentido. 
Diferentes contextos costumam conferir diferentes sentidos aos textos.
• 3. Intertextualidade: quando há referências — explícitas ou não — a outros 
textos dentro de um texto. Hoje esse processo é também chamado de poli-
fonia textual.
Comandos de prova
• Tem de estabelecer primeiro o que é para ser analisado
 – Recorrência: olhar no texto;
 – Implícitos: o texto deixa vestígios.
• Compreensão não é sinônimo de interpretação.
 – Compreensão: questão de recorrência. Os enunciados das questões de 
compreensão serão nos seguintes sentidos: “o autor do texto afirma que 
[...]”, “no texto, há [...]”, “segundo as ideias do texto [...]”, “conforme o 
texto [...]” etc. Eles remeterão a uma determinada parte do texto, em que 
há a informação; ela deverá ser confrontada com a informação que figura 
na alternativa ou assertiva para julgamento. 
 – Interpretação: questão de implícitos. Enunciados comuns: “infere-se do 
texto [...]”, “depreende-se do texto [...]”, “subentende-se do texto [...]”, 
“conclui-se do texto [...]”, “deduz-se do texto [...]” etc. 
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Conceitos Iniciais Sobre Interpretação e Compreensão de Textos
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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Explícitos e implícitos textuais
Vestígios textuais:
• Pressupostos linguísticos: há palavras que permitem leituras adicionais 
(melhor explicados na próxima aula).
• Subentendido: a situação permite inferências.
 – Na charge, por exemplo, pode-se inferir que há problemas com a infraestrutura 
para o ensino público, embora não esteja escrito.
 – Subentende-se, também, que a professora estaria mostrando que a 
palavra “frequente” não se escreve mais com trema, e que o aluno teria 
interpretado a pergunta feita por ela de maneira diferente. 
Para a interpretação de textos há dois tipos de raciocínios:
• Dedutivo: parte de uma verdade geral para uma particular.
• Indutivo: parte de uma verdade particular para uma geral.
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Conceitos Iniciais Sobre Interpretação e Compreensão de Textos
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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O raciocínio indutivo é o mais cobrado em prova e é também o que mais 
gera falácias (conclusões falsas que partem de premissas verdadeiras).
A charge acima permite várias interpretações: pode-se avaliar o cenário, a 
crítica, a linguagem técnica utilizada por uma criança, etc.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com 
a aula preparada e ministrada pela professora Grazy.
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Interpretação e Compreensão
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO
Posto e pressuposto
• O dia continua nublado.
 – O uso da palavra grifada denota que o dia já estava nublado quando da 
enunciação.
• Já não há mais educação como antes.
 – As palavras grifadas permitem interpretar que no passado havia uma 
educação diferenciada da que há hoje.
• João parou de fumar.
 – É possível interpretar a partir da palavra grifada que João fumava.
• Infelizmente as pessoas ainda são ingratas.
 – A palavra “infelizmente” (e palavras análogas) marca a opinião do autor 
dentro do texto. O uso dela permite inferir a opinião do autor sobre o que 
se enuncia.
 – “Ainda” deixa claro que, para o autor, as pessoas já eram ingratas antes 
da enunciação.
• Até a professora saiu da escola.
 – Pode-se inferir pelo uso de “até” (e de outras palavras de inclusão) que 
outra(s) pessoa(s), além da professora, saiu (saíram) da escola.
• Minha irmã que mora em Brasília viajou.
 – Da maneira em que está, a expressão destacada é uma oração subor-
dinada adjetiva restritiva. Ela permite ao leitor saber que o autor do 
texto tem outra irmã e que essa outra irmã não mora em Brasília. 
 – Caso houvesse uma vírgula após “irmã”, seria possível inferir que o autor 
só tem uma irmã e que essa irmã mora em Brasília.
• Naquela semana, já se sabia da verdade.
 – Os termos grifados permitem interpretar que, antes do momento indi-
cado, não se sabia da verdade.
• A professora está bonita hoje.
 – O uso da palavra grifada permite interpretar que há dia(s) em que a pro-
fessora não está bonita.
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Interpretação e Compreensão
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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Direto do concurso
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Interpretação e Compreensão
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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Comentário
O primeiro parágrafo afirma que há duas grandes concepções de segurança 
pública. O segundo e o terceiro parágrafos discorrem sobre cada uma das 
percepções referidas no primeiro, diferenciando-as. As duas concepções, com 
suas características, são:
• Missão das polícias em termos bélicos: 
 – Estratégia de guerra;
 – Medidas excepcionais se justificam;
 – Incompatível com a ordem constitucional brasileira;
 – Remanescente do regime militar;
 – Lida-se com inimigos.
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Interpretação e Compreensão
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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• Missão das polícias como serviço a ser prestado:
 – Não há inimigo a combater, mas cidadão para servir;
 – Centrada no cidadão;
 – Foco na prevenção;
 – Ênfasena investigação criminal;
Item 1
• A expressão “infere-se” deixa claro que se trata de um item de interpretação. 
• É importante verificar se o que é dito no item confere com o que é exposto 
no texto, e não com as opiniões do leitor.
Item 2
• Trata-se, também de interpretação.
• De acordo com o texto, a incompatibilidade se dá entre o modelo bélico (a 
forma de enxergar a missão das polícias, a concepção de segurança 
pública) do segundo parágrafo e a ordem constitucional brasileira.
Item 3
• “Suplantar” pode ser aqui entendido como “ultrapassar”.
• O autor não afirma qual é, entre as duas que elenca, a visão predominante. 
Item 4
• “De acordo com o texto” é expressão que costuma iniciar comandos de 
compreensão.
• A ideia buscada está clara no texto.
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Interpretação e Compreensão
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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GABARITO
1. C
2. E
3. E
4. C
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aula preparada e ministrada pela professora Grazy. 
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Interpretação e Compreensão II
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO II
QUESTÕES DE CONCURSO
1. 
Comentário
Item 1 
• Comando de interpretação.
• O verbo “tem”, na segunda linha do item, refere-se a “direitos”. Portanto, a 
pessoa referida tem direito de gozar dos benefícios morais e econômicos. 
Item 2
• Comando de compreensão (questão de recorrência).
• A Constituição afirma que os direitos autorais estendem-se “pelo tempo 
que a lei fixar”.
Item 4 
Os direitos autorais são formas de proteger a propriedade intelectual.
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Interpretação e Compreensão II
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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2. 
Comentário
Trata-se de uma criação poética sem rimas, desestruturada, características 
que dialogam com o título do poema. 
Item 7
O emprego do vocativo em questão acentua o tom irônico do poema.
Item 8
O sentido “denotativo” é o sentido literal.
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Interpretação e Compreensão II
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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Item 9
O uso dos vocábulos referidos tem a intenção de marcar em quais áreas a 
denúncia feita se faz, de fato, presente. 
Item 11
A significação imediata que a maioria das pessoas faz da expressão “não há 
vagas” é subvertida pelo poeta, por meio do próprio corpo do poema, que não 
se refere direta ou principalmente ao mercado de trabalho.
3. 
4
Interpretação e Compreensão II
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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Comentário
Item 12
A palavra “sátira”, na questão, pode ser entendida como “crítica”.
Item 13
Note-se que a diferença entre os títulos das imagens está apenas na preposição. 
Item 14
Não há qualquer relação entre o ditado popular em questão e as charges.
Item 15
A charge é um gênero que admite o uso de linguagem coloquial.
Item 16
A utilização da linguagem verbal nas charges é parte importante da veiculação 
da crítica pretendida.
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Interpretação e Compreensão II
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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4. 
Comentário
Item 11
As palavras em questão são empregadas no sentido de “conquista(s)”.
Item 12
• Exige conhecimentos linguísticos.
• O uso de “mas” imprime ideia de contraste com os quadrinhos anteriores.
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Interpretação e Compreensão II
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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Item 14
No quinto quadrinho, há a utilização da primeira pessoa do singular.
GABARITO
 1. 1. C 2. E 3. C 4. C 5. C
 2. 7. E 8. E 9. E 10. C 11. E
 3. 12. C 13. C 14. E 15. E 16. E
 4. 11. E 12. C 13. C 14. E
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Tipologia Textual
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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TIPOLOGIA TEXTUAL
A tipologia textual não se confunde com o conceito de gênero textual.
• Tipologia — há 4 tipos textuais:
 – Narração;
 – Descrição;
 – Dissertação;
 – Texto injuntivo: tem a função de orientar o leitor (como a bula de remédio 
e o manual de instruções). 
• Gênero — relaciona-se à finalidade do texto, à prática social em que se 
insere e, portanto, são tanto gêneros quanto são as atividades humanas.
Atenção!
Os textos, em matéria de tipologia, tendem a ser híbridos: há mais de um tipo 
textual na construção. Dificilmente haverá um texto narrativo sem descrição, 
por exemplo.
É aconselhável que o leitor, para analisar o tipo de um texto, comece pelas 
referências bibliográficas. Caso a referência do texto seja, por exemplo, a página 
eletrônica de um tribunal, provavelmente ele será composto por linguagem formal 
e denotativa. Caso a referência seja o nome de um poeta, o mais provável é que 
se leia uma linguagem subjetiva e conotativa.
Uma “leitura diagnóstica” como primeiro contato com o texto, identificando a 
tipologia dele, pode ser de grande valia na resolução das questões que a ele se 
relacionam. 
Os tipos textuais têm suas marcas características. O texto narrativo tem por 
característica principal a presença de um fato.
• Fato (concreto — fictício ou não):
 – Tempo;
 – Lugar;
 – Verbos predominantemente no pretérito perfeito;
 – Movimento;
 – Personagem. 
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Tipologia Textual
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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A dissertação está mais voltada para o tratamento de um determinado 
assunto.
• Assunto:
 – Ideias;
 – Mais abstrato;
 – Verbos no presente do indicativo;
 – Argumentativo ou expositivo.
Já na descrição predominam outras características. É possível enxergá-la 
como uma minúcia da narração.
• Elementos descritos:
 – Lugares;
 – Pessoas;
 – Ações;
• Atemporal;
• Estática; 
• Verbos predominantemente no pretérito imperfeito.
O texto injuntivo tem por função orientar o leitor. As principais característi-
cas são:
• Verbos predominantemente no imperativo;
• Pode aparecer sendo predominante (como na bula de um remédio) ou por 
meio de marcas injuntivas.
Atenção!
Não se confundem os conceitos de tipologia e de finalidade. Em um texto 
jornalístico, por exemplo, o tipo costuma ser predominantemente narrativo, 
apesar de ter função de informar o leitor.
����Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
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Tipologia Textual — Exercícios
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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TIPOLOGIA TEXTUAL — EXERCÍCIOS
QUESTÕES DE CONCURSO
Constituem o que se denomina técnica legislativa as normas e os princípios, 
escritos e não escritos, os quais, do ponto de vista constitucional e jurídico, regem 
o modo de escrever os textos legais. Diferentes autores apresentam de maneiras 
diversas as características que deve ter a lei bem feita. Em geral, todos concor-
dam que é mister conciliar cinco qualidades essenciais da linguagem legislativa, 
a saber: simplicidade, precisão, clareza, concisão e correção.
Tais qualidades, contudo, só se podem alcançar quando o legislador conhece 
bem a matéria tratada na lei queesteja em processo de elaboração. A falta de 
familiaridade com as relações jurídicas, sociais ou econômicas decorrentes de 
um projeto de lei responde por muito da imprecisão quando não pelo conflito 
direto de uns dispositivos com outros, por exemplo. 
Do ponto de vista conceitual, contudo, embora diretamente ligada ao estilo e 
aos seus aspectos formais e gramaticais, a técnica de redigir textos legais não é 
limitada por eles. No meu modo de pensar: a lei precisa ser universal e abstrata, 
substantiva e imperativa, normativa e principiológica; o texto da lei deve ser obje-
tivo, direto, conciso, bem ordenado, simples e claro. 
Said Farhat. Dicionário parlamentar e político: o processo político e legislativo no Brasil. São 
Paulo: Editora Fundação Peirópolis/Melhoramentos, 1996, p. 943 (com adaptações).
1. O texto pode ser classificado como didático por ser marcado pela repetição 
de vocabulário e ausência de elementos subjetivos.
Comentário
Como sugere a referência bibliográfica do texto em questão, há a presença de 
elementos subjetivos (que se relacionam com o sujeito, no caso, o autor).
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Tipologia Textual — Exercícios
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade.
Agora vale a vida,
e de mãos dadas,
trabalharemos todos
pela vida verdadeira.
(...)
Artigo III
Parágrafo único
O homem confiará no homem
como um menino confia em outro menino.
(...)
Artigo Final
Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.
Thiago de Mello. Estatuto do homem (fragmento).
2. É correto afirmar que o poema mimetiza características de outro gênero textual. 
Comentário
O termo “mimetiza” pode ser entendido, aqui, como “imita”.
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Tipologia Textual — Exercícios
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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Diversas são as naturezas dos instrumentos de que dispõe o povo para par-
ticipar efetivamente da sociedade em que vive. Políticos, sociais ou jurisdicio-
nais, todos eles destinam-se à mesma finalidade: submeter o administrador ao 
controle e à aprovação do administrado. O sufrágio universal, por exemplo, é 
um mecanismo de controle de índole eminentemente política — no Brasil, está 
previsto no Art. 14 da Constituição Federal de 1988, que assegura ainda o voto 
direto e secreto e de igual valor para todos —, que garante o direito do cidadão 
de escolher seus representantes e de ser escolhido pelos seus pares. Costuma-
-se dizer que a forma de sufrágio denuncia, em princípio, o regime político de 
uma sociedade. Assim, quanto mais democrática a sociedade, maior a amplitude 
do sufrágio. Essa não é, entretanto, uma verdade absoluta. Um sistema eleito-
ral pode prever condições legítimas a serem preenchidas pelo cidadão para se 
tornar eleitor, desde que não sejam discriminatórias ou levem em consideração 
valores pessoais. Segundo José Afonso da Silva, considera-se, pois, universal o 
sufrágio quando se outorga o direito de votar a todos os nacionais de um país, 
sem restrições derivadas de condições de nascimento, de fortuna ou de capaci-
dade especial. No Brasil, só é considerado eleitor quem preencher os requisitos 
da nacionalidade, idade e capacidade, além do requisito formal do alistamento 
eleitoral. Todos requisitos legítimos e que não tornam inapropriado o uso do 
adjetivo universal. 
Internet: <http://jus.com.br> (com adaptações).
3. O texto é, essencialmente,
a. descritivo.
b. informativo.
c. prescritivo e normativo.
d. dissertativo-argumentativo.
e. narrativo.
Comentário
• Uma questão de múltipla escolha pode ser ocasião de assinalar a alterna-
tiva mais adequada, e não a única correta.
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Tipologia Textual — Exercícios
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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• Observando a referência do texto, é de se esperar que o texto tenha uma 
linguagem mais objetiva e formal.
• As palavras mais recorrentes, “voto” e “sufrágio”, constituem o assunto do 
texto.
• Há posicionamentos claros do autor dentro do texto.
• A melhor resposta seria “expositivo-argumentativo”, mas ela não figura 
entre as alternativas.
Pedi ao antropólogo Eduardo Viveiros de Castro que falasse sobre a ideia 
que o projetou. A síntese da metafísica dos povos “exóticos” surgiu em 1996 e 
ganhou o nome de “perspectivismo ameríndio”. 
Fazia já alguns anos, então, que o antropólogo se ocupava de um traço espe-
cífico do pensamento indígena nas Américas. Em contraste com a ênfase dada 
pelas sociedades industriais à produção de objetos, vigora entre esses povos a 
lógica da predação.
O pensamento ameríndio dá muita importância às relações entre caça e caça-
dor — que têm, para eles, um valor comparável ao que conferimos ao trabalho 
e à fabricação de bens de consumo. Diferentes espécies animais são pensadas 
com base na posição que ocupam nessa relação. Gente, por exemplo, é, ao 
mesmo tempo, presa de onça e predadora de porcos. 
Pesquisas realizadas por duas alunas de Viveiros de Castro, na mesma época, 
com diferentes grupos indígenas da Amazônia, chamavam a atenção para outra 
característica curiosa de seu pensamento: de acordo com os interlocutores de 
ambas, os animais podiam assumir a perspectiva humana. Um levantamento 
realizado então indicava a existência de ideias semelhantes em outros grupos 
espalhados pelas Américas, do Alasca à Patagônia. 
Segundo diferentes etnias, os porcos, por exemplo, se viam uns aos outros 
como gente. E enxergavam os humanos, seus predadores, como onça. As onças, 
por sua vez, viam a si mesmas e às outras onças como gente. Para elas, con-
tudo, os índios eram tapires ou pecaris — eram presa. Ser gente parecia uma 
questão de ponto de vista. Gente é quem ocupa a posição de sujeito. No mundo 
amazônico, escreveu o antropólogo, “há mais pessoas no céu e na terra do que 
sonham nossas antropologias”.
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Tipologia Textual — Exercícios
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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Ao se verem como gente, os animais adotam também todas as característi-
cas culturais humanas. Da perspectiva de um urubu, os vermes da carne podre 
que ele come são peixes grelhados, comida de gente. O sangue que a onça 
bebe é, para ela, cauim, porque é cauim o que se bebe com tanto gosto. Urubus 
entre urubus também têm relações sociais humanas, com ritos, festas e regras 
de casamento.
Tudo se passa, conforme Viveiros de Castro, como se os índios pensassem o 
mundo de maneira inversa à nossa, se consideradas as noções de “natureza” e 
de “cultura”. Para nós, o que é dado, o universal, é a natureza, igual para todos 
os povos do planeta. O que é construído é a cultura, que varia de uma sociedade 
para outra. Para os povos ameríndios, ao contrário, o dado universal é a cultura, 
uma única cultura, que é sempre a mesma para todo sujeito. 
Ser gente, para seres humanos, animais e espíritos, é viver segundo as regras 
de casamento do grupo, comer peixe, beber cauim, temer onça, caçar porco. 
Mas se a cultura é igual para todos, algo precisa mudar. E o que muda, o que é 
construído, dependendo do observador, é a natureza. Para o urubu, os vermes 
no corpo em decomposição são peixe assado. Para nós, são vermes. Não há 
uma terceira posição, superior e fundadora das outras duas. Ao passarmos de 
um observador a outro, para que a cultura permaneça a mesma, toda a natureza 
em volta precisa mudar.
Rafael Cariello. O antropólogo contra o Estado. In: Revistapiauí, n.º 88, janeiro de 2014 (com 
adaptações).
4. Narrado em primeira pessoa e tratando de tema científico, o texto classifica-se 
como artigo científico, ainda que tenha sido publicado em periódico não espe-
cializado. 
Comentário
• Marcas de tempo, espaço e personagem são características do tipo narrativo.
• A linguagem própria do autor não é característica de artigo científico. 
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Tipologia Textual — Exercícios
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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Em episódio que não sei mais se se estuda na História do Brasil, pois nem 
mesmo sei se ainda se estuda História do Brasil, nos contavam, às vezes com 
admiração, que D. Pedro, o da Independência, irritado com a primeira Assem-
bleia Constituinte brasileira, por ele considerada folgada e ousada, encerrou a 
brincadeira e outorgou a Constituição do novo Estado.
Decerto a razão não é esta, é antes um sintoma, mas vejo aí um momento 
exemplar da tradição de encarar o Estado (que, na conversa, chamamos de 
“governo”) como nosso mestre e os nossos direitos como por ele dadivados. Os 
governantes não são mandatários ou representantes nossos, mas patrões ou 
chefes. Claro, há muito que discutir sobre o conceito de praticamente cada pala-
vra que vou usar — isto sempre, de alguma forma, é possível —, mas vamos 
fingir que existe consenso sobre elas, não há de fazer muito mal agora. 
Nunca, de fato, tivemos democracia. E a República não trouxe nenhuma 
mudança efetivamente básica para o povo brasileiro, nenhuma revolução ou 
movimento o fez. Tudo continua como era dantes, só que os defeitos, digamos, 
de fábrica, vão piorando com o tempo e ficam cada vez mais difíceis de consertar.
Alguns, na minha lúgubre opinião, jamais terão reparo, até porque a Humani-
dade, pelo menos como a conhecemos, deve acabar antes. 
João Ubaldo Ribeiro. A gente se acostuma a tudo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006, p. 113-4 
(com adaptações).
5. É correto afirmar que o trecho foi extraído de um ensaio acadêmico, pois ver-
sa sobre tema histórico com base em conceitos de teoria política. 
Comentário
• Algumas características da crônica (gênero):
 – Tratar de fatos da sociedade;
 – Lidar com passado histórico;
 – Linguagem coloquial.
• “Lúgubre”, no texto, significa “nefasto”, “ruim”.
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Tipologia Textual — Exercícios
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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Tarde de verão, é levado ao jardim na cadeira de braços — sobre a palhinha 
dura a capa de plástico e, apesar do calor, manta xadrez no joelho. Cabeça caída 
no peito, um fio de baba no queixo. Sozinho, regala-se com o trino da corruíra, 
um cacho dourado de giesta e, ao arrepio da brisa, as folhinhas do chorão fais-
cando — verde, verde! Primeira vez depois do insulto cerebral aquela ânsia de 
viver. De novo um homem, não barata leprosa com caspa na sobrancelha — e, 
a sombra das folhas na cabecinha trêmula, adormece. Gritos: Recolha a roupa. 
Maria, feche a janela. Prendeu o Nero? Rebenta com fúria o temporal. Aos tran-
cos João ergue o rosto, a chuva escorre na boca torta. Revira em agonia o olho 
vermelho — é uma coisa, que a família esquece na confusão de recolher a roupa 
e fechar as janelas? 
Dalton Trevisan. Ah, é? Rio de Janeiro: Record, 1994. p. 67 (com adaptações).
6. No texto, predominantemente narrativo, ocorrem tanto o discurso
direto como o discurso indireto livre.
Comentário
O discurso indireto livre se caracteriza quando o autor entra na mente do 
personagem e expressa os sentimentos ou pensamentos dele indiretamente, 
enquanto o discurso direto é a reprodução fiel da fala do personagem.
7. Por tratar-se de narrativa em terceira pessoa, o texto apresenta,
além do relato das ações, alguns comentários do narrador, sem
perscrutar o pensamento do personagem principal.
Comentário
“Perscrutar” significa “pesquisar, investigar”. 
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Tipologia Textual — Exercícios
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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GABARITO
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3. d
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�����Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pela professora Grazy. 
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COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL
De início, não existiam direitos, mas poderes. Desde que o homem pôde 
vingar a ofensa a ele dirigida e verificou que tal vingança o satisfazia e atemo-
rizava a reincidência, só deixou de exercer sua força perante uma força maior. 
No entanto, como acontece muitas vezes no domínio biológico, a reação come-
çou a ultrapassar de muito a ação que a provocara. Os fracos uniram-se; e foi 
então que começou propriamente a incursão do consciente e do raciocínio no 
mecanismo social, ou melhor, foi aí que começou a sociedade propriamente dita. 
Fracos unidos não deixam de constituir uma força. E os fracos, os primeiros 
ladinos e sofistas, os primeiros inteligentes da história da humanidade, procu-
raram submeter aquelas relações até então naturais, biológicas e necessárias, 
ao domínio do pensamento. Surgiu, como defesa, a ideia de que, apesar de não 
terem força, tinham direitos Novas noções de Justiça, Caridade, Igualdade e 
Dever foram se insinuando naquele grupo primitivo, instiladas pelos que delas 
necessitavam, tão certo como o é o fato de os primeiros remédios terem sido 
inventados pelos doentes. 
No espírito do homem, foi se formando a correspondente daquela revolta: 
um superego mais ou menos forte, que daí em diante regeria e fiscalizaria as 
relações do novo homem com os seus semelhantes, impedindo-lhe a perpetra-
ção de atos considerados por todos como proibidos. (...) Na resolução de seus 
litígios, não mais aparecia o mais forte e musculoso diante do menos poderoso 
pelo próprio nascimento e natureza. Igualados pelas mesmas condições, afrou-
xados na sua agressividade de animal pelo nascimento do superego, fizeram 
uma espécie de tratado de paz, as leis, pelas quais os interesses e os “proibidos” 
não seriam violados reciprocamente, sob a garantia de uma punição por parte 
da coletividade. 
Clarice Lispector. Observações sobre o fundamento do direito de punir. In: Aparecida Maria Nunes 
(Org.). Clarice na cabeceira. Rio de Janeiro: Rocco, 2012, p. 67–8 (com adaptações). 
8. O texto tem caráter predominantemente dissertativo e argumentativo, embo-
ra nele possam ser identificados trechos que remetam ao tipo narrativo.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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Comentário
Tipologia textual:
• Narração
• Descrição
• Dissertação
Gêneros textuais
• Crônica
• Ensaio
• Novela
• Conto (…)
Finalidade (caráter) do texto:
• Informativo
• Argumentativo
• Expositivo
É recorrente a cobrança em provas de concurso da diferença entre narração e 
dissertação.
A marca da narração é o fato concreto, já a dissertação tem como base um 
assunto. 
Coesão e Coerência Textuais 
1. DEFINIÇÃO DE COESÃO
Atenção!
Coesão significa ligar as partes do texto, coerência é a lógica textual. Às vezes, 
o texto é coeso mas não é coerente; por isso, para ter um texto claro, é preciso 
somar as ideias de coesão e coerência. 
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Tipos de coesão (ligação)
a) Sequencial 
Atenção!
As conjunções têm o papel de dar sequência às frases: 
É importante que você vença a batalha. 
 O. PO. S
“que” tem a função de ligar a oração principal à oração subordinada, a palavra 
não antecipa ninguém e não antecipa alguma ideia, é chamada de conjunção. 
b) Referencial 
Atenção!
Faz referência a algo que já foi dito, é chamada de coesão anafórica; também 
pode fazer referência a algo que não foi dito, chamada de coesão catafórica. 
Há, também, a referência a algo que está fora do texto, chamada de coesão 
exofórica. 
Exemplos: 
A Constituição Federal de 1988 estabelece a definição de casa. Essa afirma-
ção é ampla e encontra suporte no Código Penal Brasileiro (CPB). Este a esta-
belece como qualquer lugar em que a pessoa exerça a sua intimidade. 
 
Quais os tipos de coesão foram usados nesse texto? 
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Coesão e Coerência Textual
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Uso dos pronomes demonstrativos:
1 – Este, esta, isto;
2 – Esse, essa, isso;
3 – Aquele, aquela, aquilo.
Atenção!
Esses pronomes podem ter três aplicações:
Em relação ao texto Em relação ao espaço Em relação ao tempo
1. Exercer função catafórica.
1. Exercer função anafórica: tem que 
retomar o último elemento citado.
1. Quando puder substituir pelo 
advérbio aqui, usa-se este. 
1. Datas atuais.
2. Exercer apenas função anafórica. 2. Quando substituir por aí, 
usa-se esse. 
2. Datas futuras ou antigas. 
3. Exercer referência a elementos dis-
tantes no texto. 
3. Quando substituir por lá, 
usa-se aquele. 
3. Datas passadas e antigas. 
Atenção!
Quando esses pronomes exercem função em relação ao espaço, podem ser 
chamados de dêiticos. 
Dêitico não tem uma definição concreta, mas, a princípio, é um elemento que 
serve para apontar. 
Ex.: Em “Aqui se estuda para concurso”, a pessoa que está falando certamente 
está apontando para o lugar onde se estuda. 
Ex.: O Brasil e os EUA passam por crises. Estes no setor imobiliário e aquele 
na política. 
Esses termos podem ser chamados de aposto distributivo. 
Ex.: O Brasil e EUA passam por crises. Essa situação (…)
Usa-se “essa” porque retoma toda a ideia anterior. 
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Ex.: Atenção a esta ideia: fumar é prejudicial à saúde. 
Usa-se esta porque a ideia ainda não foi dita.
Ex.: Fumar é prejudicial à saúde, atenção a essa ideia. 
Usa-se essa porque retoma o que já foi dito. 
GABARITO
8. C
�����Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pela professora Grazy. 
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Coesão e Coerência Textual II
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COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL II
Como visto na aula anterior, vimos que os pronomes demonstrativos podem 
ser usados em relação ao texto, espaço e tempo. 
No trecho "João, Maria, André" usamos este para retomar ao último citado; 
esse para retomar penúltimo citado; e aquele para o primeiro citado. A função 
sintática destes termos se chama "aposto distributivo".
Outro exemplo:
"A Constituição Federal de 1988 estabelece a definição de casa. Essa afirma-
ção é ampla e encontra suporte no Código Penal Brasileiro (CPB). Este a esta-
belece como qualquer lugar em que a pessoa exerça sua intimidade."
Pode-se observar que o termo "essa" se refere a toda a oração "A Constitui-
ção Federal de 1988 estabelece a definição de casa". O termo "este" se refere 
ao Código Penal Brasileiro. 
No trecho apresentado, temos presente apenas a coesão referencial do tipo 
anafórica, pois todos os elementos usados são anafóricos.
Direto do concurso
1. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉCNICO/2010)
No segundo quadrinho, o pronome essa tem valor:
a. anafórico
b. catafórico
c. dêitico
d. relativo
e. expletivo
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Coesão e Coerência Textual II
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Comentário
O peixe do quadrinho está apontando para a minhoca, usando o termo “essa” 
para referenciar espacialmente o objeto. O pronome não retoma nenhuma 
informação, nem antecipa nenhuma informação. 
Os pronomes relativos exercem um papel importantes na coesão anafórica, pois 
servem para retormar o conteúdo, com exeção do pronome “cujo”, uma vez que 
este tem particularidades relacionadas à posse. Dentre esses pronomes, temos:
PRONOME FAZ REFERÊNCIA A
QUE Coisa e pessoas
QUAL Coisa e pessoas
QUEM Pessoa
ONDE Lugar
CUJO Posse
QUANTO Quantidade
Cada pronome tem sua função, assim, eles não podem ser substituídos ale-
atoriamente por qualquer outro.
Com exeção do “cujo”, que é um pronome adjetivo, todos estes são prono-
mes substantivos, ou seja, podem ser usados no lugar do substantivo. Assim, a 
função sintática do “cujo” sempre será de adjunto adnominal.
Atenção!
O pronome “cujo” não aceita artigos após ele, uma vez que ele flexiona em 
gênero e número (cuja, cujas, cujo, cujos). Remetendo a ideia de posse, 
esse pronome se encontra sempre entre dois substativos, dando posse do 
substantivo antecessor ao substantivo sucessor.]
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Coesão e Coerência Textual II
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Voltando ao trecho: "A Constituição Federal de 1988 estabelece a definição 
de casa. Essa afirmação é ampla e encontra suporte no Código Penal Brasileiro 
(CPB). Este a estabelece como qualquer lugar em que a pessoa exerça sua inti-
midade." observa-se que “qualquer lugar em que” pode ser substituído por “qual-
quer lugar onde” por “em que” fazer referência a um local. 
A Elipse é qualquer forma de omissão facilmente entedida. Dentro da elipse, 
temos a Zeugma, a omissão do que já foi dito. 
Direto do concurso
1. (CESPE/SERPRO/2013)
“O novo milênio ― designado como era doconhecimento, da informação ― é 
marcado por mudanças de relevante importância e por impactos econômicos, 
políticos esociais. Em épocas de transformações tão radicais e abrangentes 
como essa, caracterizada pela transição de uma era industrial para uma ba-
seada no conhecimento, aumenta-se o grau de indefinições e incertezas”. 
O vocábulo “essa” alude ao “novo milênio”, “era doconhecimento, da infor-
mação”? 
Comentário
O significado de “alude” é “fazer referência”, e não “retomar”. Observe a flexão 
de gênero das palavras. 
2. (CESPE/2013) O setor de tecnologias da informação e comunicação (TICs) 
impulsiona um conjunto de inovações técnico-científicas, organizacionais, so-
ciais e institucionais, gerando novas possibilidades de retorno econômico e 
social nas mais variadas atividades. Por contribuir para a elevação do valor 
agregado da produção, com reflexos positivos no emprego, na renda e na qua-
lidade de vida da população, esse ramo vem obtendo status privilegiado em 
diversas políticas e programas nacionais para a ampliação do acesso às tele-
comunicações, aceleração da informatização e mitigação da exclusão digital. 
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Coesão e Coerência Textual II
INTERPRETACAO DE TEXTO
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Pelas relações de sequenciação e concatenação estabelecidas entre os ele-
mentos textuais, depreende-se que a expressão “esse ramo”, retoma direta-
mente o termo “tecnologias”?
Comentário
O termo “esse ramo” está referenciando o termo “o setor de tecnologias da 
informação de comunicação”.
GABARITO
FGV
1. C. 
CESPE 
1. Correta.
2. ERRADA. Primeiramente, não é questão de depreensão; segundo, ele não 
retoma diretamente o termo “tecnologias”, e sim “o setor de tecnologias da 
informaçãode comunicação”.
OObs.:� Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos 
Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professora 
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Valor Semântico das Conjunções
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VALOR SEMÂNTICO DAS CONJUNÇÕES
Veja os seguintes exemplos de conjunções: 
1a) Ele estudou muito; não, porém, obteve resultados. 
1b) Ele estudou muito, porém não obteve resultados. 
As conjunções mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, senão, não 
obstante, todavia são classificadas como adversativas, trazendo a ideia de 
oposição, e podem ser intercambiadas umas pelas outras sem prejuízo sintático-
-semântico. 
Atenção!
Quando aparecerem entre vírgulas, estarão deslocadas. Nesse caso, não se 
pode trocá-las pela conjunção "mas", pois esta é conectivo fixo, sendo usada 
apenas para encabeçar uma oração.
Assim, no exemplo 1a, não se pode substituir o "porém" por "mas", uma vez 
que este está intercalado. Já em 1b, o "porém" está encabeçando a oração, 
assim, pode ser substituído pelo "mas". 
Apesar de ser conjunção adversativa, o "mas" não se limita apenas a essa 
função. Veja:
2) A empresa não só investiu, mas aplicou nesse processo. 
Perceba que o "mas" exerce a função de conjunção aditiva. 
Atenção!
Lembre-se de que "mas" é conjunção de oposição e, às vezes, de adição. A 
palavra "mais" traz a ideia de quantidade, soma. 
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Valor Semântico das Conjunções
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Em outro exemplo, temos 
3a) Embora eu tenha estudado, não consegui aprovação. 
A oração subordinada "Embora eu tenha estudado" é a ideia fraca; a oração 
principal "não consegui aprovação" traz a ideia forte. Quando se pretende dar 
ênfase a alguma ideia, coloca-se a conjunção nela. 
Ou seja, se a intenção fosse realçar "não consegui aprovação", a frase poderia 
ficar:
3b) Eu estudei, mas não consegui aprovação. 
Veja que para realçar a ideia fraca em 3a, usa-se uma conjunção conces-
siva "embora"; para realçar a ideia forte, em 3b, usa-se a conjunção adversativa 
"mas". 
Assim, perceba como não se pode intercambiar as duas conjunções. 
Quanto às conjunções concessivas, temos: embora, ainda que, posto que, 
mesmo que, apesar de, a despeito de, malgrado, sem que, conquanto. Todas 
trazem a ideia de oposição e concessão. Além disso, pedem o verbo no modo 
subjuntivo. 
As conjunções "apesar de" e "a despeito de" pedem alteração na forma verbal, 
mas ainda permanecem no subjuntivo.
4a) Vitor domina o vocabulário porque lê muito. 
4b) O pai está deitado, porque as luzes estão apagadas. 
Veja que em 4a, o "porque" pode ser substituído por "como" na ordem direta:
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Valor Semântico das Conjunções
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4c) Como lê muito, Vitor domina o vocabulário. 
Sendo assim, o ato de dominar o vocabulário é uma consequência do ato 
de ler muito (causa). Então podemos dizer que esse "porque" é uma conjunção 
causal. 
Em 4b, não se pode fazer essa inversão, uma vez que "as luzes apagadas" 
não são causa direta de "o pai está deitado". Assim, entende-se que a oração é 
explicativa, e não causal. Logo, esse "porque" é uma conjunção explicativa. 
No grupo de conjunções causais, temos: porque, porquanto, que, visto 
que, já que, uma vez que, pois que, na medida em que. 
As conjunções porque, porquanto e que também podem remeter à explicação.
Atenção!
Não confundir "na medida em que" com "à medida que", pois esta apresenta a 
ideia de proporção.
O conectivo "pois", anteposto ao verbo, será explicativo. Contudo, se tiver 
entre vírgulas e após o verbo da oração em que está, será conclusivo.
5a) Entre, pois quero te ver. 
5b) Era noite, fazia frio; fomos, pois, embora. 
Em 5a, o ''pois'' está antes do verbo, sendo assim, tem função explicativa. Em 
5b, está depois do verbo, assim, tem função conclusiva.
As conjunções caso, e se são condicionais, e podem exigir troca na forma 
verbal. Contanto e desde que também podem entrar nesse grupo. 
Ex. Se você estudar X Caso você estude. 
As conjunções quando, enquanto, sempre que, mal, assim que, desde 
que fazem referência temporal. 
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Valor Semântico das Conjunções
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Atenção!
As conjunções podem variar de função, portanto, é necessário sempre analisar 
e interpretar o texto, e não apenas julgar pela função mais usual.
Obss.:� Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos 
Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professora 
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Emprego das Conjunções
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EMPREGO DAS CONJUNÇÕES
Fique atento ao sentido das conjunções abaixo:
Atenção!
1 – Para + infinitivo → finalidade.
Ex.: Ele estudou para passar no concurso.
Quando for finalidade, pode trocar por: a fim de (separado), para que (verbo no 
subjuntivo).
Ex.: Ele estudou a fim de passar no concurso. 
Afim significa afinidade, parentesco. 
8 – A + infinitivo → condição ≠ Ao + infinitivo → tempo. 
Ex.: 
A persistirem os sintomas, procure o médico. (condição)
Ao persistirem os sintomas, procure o médico. (tempo)
9 – Mais (do) que/ melhor (do) que: comparação. O “do” pode ser omitido sem 
causar problemas. 
QUESTÕES DE CONCURSO
1. (CESPE/MDIC/2014) No trecho “à medida que as fabricantes, a partir dos 
anos 90 do século passado, tornavam-se principalmente montadoras de itens 
importados”, a expressão “à medida que” poderia ser substituída por “na me-
dida em que ou à medida em que”
Comentário
“à medida que” = ao passo que = à proporção que = enquanto.
“Na medida que” indica causa; a expressão “à medida em que” não existe. 
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Emprego das Conjunções
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2. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADO/TÉCNICA LEGISLATIVA/2012) Quando 
elevado ao nível de questão teórica, o feio sempre disse respeito ao que de-
veria ser devolvido às forças luminosas da beleza, à sua promessa de recon-
ciliação com a vida, a sociedade, a verdade ou o divino. A oração iniciada por 
“Quando” tem valor condicional e poderia ser reescrita como Caso discutido 
no nível teórico, sem que se alterassem a correção e o sentido original do 
texto.
Comentário
A palavra “quando” tem ideia de tempo. 
3. (CESPE/ANTT/2013) O transporte coletivo é a primeira opção em que se 
pensa, ao se planejar o desestímulo ao uso do carro, mas, para curtas dis-
tâncias, a bicicleta tem um potencial maior. A oração “ao se planejar o deses-
tímulo ao uso do carro” exprime ideia de tempo em relação à oração que a 
antecede.
Comentário
A expressão “ao se planejar” indica tempo. 
4. (CESPE/ANTT/2013) Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Apli-
cada mostra que a malha ferroviária brasileira encolheu de 1960 para cá, 
porque o investimento em rodovias passou a ser prioridade absoluta. Em 40 
anos, a extensão dos trilhos passou (...) Mantém-se a correção gramatical do 
período e suas informações originais ao se substituir “porque” por qualquer 
um dos termos a seguir: porquanto, já que, uma vez que, visto que.
Comentário
Ver na lista o número 3 e comparar se todas as informações estão dispostas 
na questão. 
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5.(CESPE/DPF/2013) O que tanta gente foi fazer do lado de fora do tribunal 
onde foi julgado um dos mais famosos casais acusados de assassinato no 
país? Torcer pela justiça, sim: as evidências permitiam uma forte convicção 
sobre os culpados, muito antes do encerramento das investigações. Sem pre-
juízo do sentido original do texto, os dois-pontos empregados logo após “sim” 
poderiam ser substituídos por vírgula, seguida de dado que ou uma vez que.
Comentário
A frase “as evidências permitiam uma forte convicção” passa uma ideia de 
causa, por isso os dois-pontos não podem ser substituídos por vírgula. Mas 
pode-se empregar a vírgula se após o “sim” usar as palavras “porque” ou “visto 
que”. 
“Dado que” pode dar ideia de causa e de condição. 
6. (CESPE/DPF/2013) Não haveria prejuízo para a correção gramatical do tex-
to nem para seu sentido caso o trecho “A fim de solucionar o litígio” fosse 
substituído por Afim de dar solução à demanda.
Comentário
“A fim de” indica finalidade e “afim de dar” não é uma expressão correta, pois 
“afim” tem outro sentido. 
7. (CESPE/PCAL/DELEGADO/2012) Embora o Leste Asiático tenha se mantido 
independente, a China (com a Primeira Guerra do Ópio, de 1839 a 1842) e o 
Japão (com a ameaça naval do Comodoro Perry, em 1854) foram obrigados 
a abrir seus portos aos europeus, (...) A conjunção “Embora”, em “Embora 
o Leste Asiático tenha se mantido independente” (R.13), poderia ser corre-
tamente substituída por Apesar de, feitas as devidas alterações na forma 
verbal “tenha”.
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8. (CESPE/TJDFT/TÉCNICO/2013) “Para evitar a espionagem, as lojas virtuais 
utilizam a criptografia por meio de um método conhecido como protocolo de 
chave pública.” A oração “Para evitar a espionagem” denota a finalidade da 
utilização do protocolo de chave pública pelas lojas virtuais
Comentário
Para + infinitivo indica finalidade. 
9. (CESPE/TJDFT/TÉCNICO/2013) “Mesmo com os avanços na área de segu-
rança, os crimes virtuais, ou cibercrimes, continuam causando muitos proble-
mas financeiros, como mostrou um estudo feito pela empresa de segurança 
Norton no ano de 2012.” O sentido original e a correção gramatical do texto 
seriam mantidos, caso a expressão “Mesmo com os” (L.1) fosse substituída 
por A despeito dos.
Comentário
Se houver a ideia de “mesmo que”, é possível fazer a troca.
10. (CESPE/INCA/2010) "O homem, ao dar vazão ao seu insaciável afã de des-
cobrir, criar e inovar, depara-se com seus limites" A oração iniciada por "ao 
dar vazão" indica modo.
Comentário
Ao + infinitivo indica tempo. 
11. (CESPE/STM/2011) A preposição para, em ambas as ocorrências, nas linhas 
10 e 13, estabelece uma relação de consequência entre a oração de que faz 
parte e a oração que a antecede. “o cérebro faz uma espécie de faxina na 
memória de curto prazo para facilitar armazenamento de novas informações. 
“Medidas como essa não só melhoram a capacidade cognitiva como são ex-
tremamente importantes para compensar a restrição ao sono.”
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Emprego das Conjunções
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Comentário
A relação é de finalidade. 
12. No trecho: “A depender de nós, não haveria mais discussão”. A oração “a 
depender” poderia ser substituída por “Se dependesse” sem erro gramatical 
e sem alterar o sentido do texto.
Comentário
A + infinitivo dá ideia de condição. 
GABARITO
1. E
2. E
3. C
4. C
5. C
6. E
7. C
8. C
9. C
10. E
11. E
12. C
�����Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pela professora Grazy. 
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Funções da Linguagem
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FUNÇÕES DA LINGUAGEM
A linguagem nos remete à comunicação que podemos produzir através de 
uma mensagem. Nessa comunicação o indivíduo faz uso de certos elementos 
linguísticos necessários ao entendimento. 
 Para que haja compreensão mútua, a pessoa que fala ou emite uma informa-
ção deve usar um código (que não é necessariamente a língua) para se expres-
sar a pessoa que ouve ou recebe a mensagem. 
 A língua é o código mais utilizado para estabelecer a comunicação, já que é 
o acordo social da linguagem feita por uma determinada sociedade. Já a fala é 
individual: é o uso da língua na particularidade de cada pessoa. 
O primeiro linguista a estabelecer funcionamentos (funções) distintas para a 
linguagem foi o alemão Karl Bühler, determinando que haveria três funções bási-
cas na comunicação: EXPRESSIVA, INFORMATIVA E ESTÉTICA. Mais tarde, o 
linguista russo Roman Jakobson duplicou estas funções baseando-se nos seis 
elementos que constituem o processo comunicativo 
Vejamos os elementos que envolvem a comunicação, separadamente: 
 
• Emissor: é aquele que envia a mensagem, o remetente, o falante. 
• Receptor: é aquele que recebe a mensagem, o destinatário, o ouvinte. 
Mensagem: é o que se fala, o conteúdo transmitido. 
• Código: é o meio pelo qual se passa a mensagem: gestos, figuras, fala, 
escrita. 
• Canal: é o meio pelo qual a mensagem circula. 
• Referente/Contexto: é o meio no qual o receptor e emissor estão inseridos: 
situação, lugar. 
 Elementos
da Comunicação
Emissor → Receptor
Mensagem
→ usar um código → meio usado para realizar a comunicação
→ canal → meio para manter a comunicação 
→ Referente → Contexto
Conversas
Dialógos
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A linguagem pode ter várias finalidades: de informar, de persuadir, de emocio-
nar, dentre outras. A função da linguagem dependerá do objetivo da comunica-
ção e pode ser: apelativa, emotiva, fática, metalingüística, poética. 
 
Funções: 
 
Elemento em destaque Função predominante
Emissor “eu” (emoção) Emotiva/Expressiva
Receptor “tu” (presença de imperativo) Apelativa/Conativa (propagandas)
Mensagem 3ª pessoa (emoção) rimas/
estrutura/conteúdo Poética
Código definições/algo explicando 
algo Metalinguística
Referente/contexto Referencial/denotativa(informar, notícias de jornais)
Canal Função fática
Função referencial ou denotativa: transmite uma informação objetiva, 
expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem avalia-
ção. Geralmente, o texto apresenta-se na terceira pessoa do singular ou plural, 
pois transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há pos-
sibilidades de outra interpretação além da que está exposta. Em alguns textos é 
mais predominante essa função, como: científicos, jornalísticos, técnicos, didáti-
cos ou em correspondências comerciais. 
Por exemplo: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. 
 
Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emissor é transmitir suas emo-
ções e anseios. A realidade é transmitida sob o ponto de vista do emissor, a men-
sagem é subjetiva e centrada no emitente e, portanto, apresenta-se na primeira 
pessoa. A pontuação (ponto de exclamação, interrogação e reticências) é uma 
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característica da função emotiva, pois transmite a subjetividade da mensagem 
e reforça a entonação emotiva. Essa função é comum em poemas ou narrativas 
de teor dramático ou romântico. 
Por exemplo: “Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem atrás do 
bigode é sério, simples e forte./Quase não conversa./Tem poucos, raros amigos/o 
homem atrás dosóculos e do bigode.” (Poema de sete faces, Carlos Drummond 
de Andrade). 
Função conativa ou apelativa: O objetivo é de influenciar, convencer o recep-
tor de alguma coisa por meio de uma ordem (uso de vocativos), sugestão, con-
vite ou apelo (daí o nome da função). Os verbos costumam estar no imperativo 
(Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você não pode perder! Ele 
vai melhorar seu desempenho!). Esse tipo de função é muito comum em textos 
publicitários, em discursos políticos ou de autoridade. 
Por exemplo: Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos! 
Atenção!
Trata-se de uma propaganda, é uma função centrada no receptor e não na 
mensagem.
 
Função metalinguística: Essa função refere-se à metalinguagem, que é 
quando o emissor explica um código usando o próprio código. Quando um poema 
fala da própria ação de se fazer um poema, por exemplo. Veja: 
 “Pegue um jornal Pegue a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho 
que você deseja dar a seu poema. Recorte o artigo.” 
 Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o 
código (poema) para explicar o próprio ato de fazer um poema. 
 
Função fática: O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o 
emissor, um contato para verificar se a mensagem está sendo transmitida ou para 
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dilatar a conversa. Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao 
nosso receptor “Está entendendo?”, estamos utilizando este tipo de função ou 
quando atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”. 
 
Função poética: O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos atra-
vés de textos que podem ser enfatizados por meio das formas das palavras, da 
sonoridade, do ritmo, além de elaborar novas possibilidades de combinações 
dos signos linguísticos. É presente em textos literários, publicitários e em letras 
de música. 
 Por exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0 
 
Na poesia acima “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma 
combinação de palavras que passa a idéia do dia-a-dia de um banqueiro, de 
acordo com o poeta. 
 
Questões de concurso
1. Assinale a alternativa em que a função apelativa da linguagem é a que pre-
valece: 
a. Trago no meu peito um sentimento de solidão sem fim... sem fim... 
b. “Não discuto com o destino o que pintar eu assino.” 
c. Machado de Assis é um dos maiores escritores brasileiros. 
d. Conheça você também a obra desse grande mestre.
e. Semântica é o estudo da significação das palavras. 
Comentário
A função apelativa é aquela centrada no receptor.
a) Trata-se de emoção;
b) Trata-se de emoção;
c) Trata-se de contexto ( código ou referencial);
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2. Identifique a frase em que a função predominante da linguagem é a REFE-
RENCIAL: 
a. Dona Casemira vivia sozinha com seu cachorrinho. 
b. – Vem, Dudu! 
c. – Pobre Dona Casemira...
d. – O que ... O que foi que você disse?
e. Um cachorro falando? 
Comentário
a) Apresenta um referente, um contexto.
b) Apresenta um receptor.
c) É poético.
d) Fática.
e) Código.
 
3. Capítulo LX / Manhã de 15 
Quando lhe acontecia o que ficou contado, era costume de Aires sair cedo, 
a espairecer. Nem sempre acertava. Desta vez foi ao passeio público. Chegou 
às sete horas e meia, entrou, subiu ao terraço e olhou para o mar. O mar estava 
crespo. Aires começou a passear ao longo do terraço, ouvindo as ondas, e che-
gando-se à borda, de quando em quando, para vê-las bater e recuar. Gostava 
delas assim; achava-lhes uma espécie de alma forte, que as movia para meter 
medo à terra. A água, enroscando-se em si mesma, dava-lhe uma sensação, 
mais que de vida, de pessoa também, a que não faltavam nervos nem músculos, 
nem a voz que bradava as suas cóleras. 
(Assis, Machado de. Esaú e Jacó – fragmento) 
No primeiro parágrafo é estabelecida uma relação entre MAR e POVO que 
visa a um efeito de sentido. Que recursos de linguagem constroem essa as-
sociação? 
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Comentário
O texto apresenta uma personificação, ou seja, dá vida a quem não possui 
vida. O texto está relacionado às figuras de linguagem.
 
4. Identifique as funções de linguagem: 
a. “Lambetelho frúturo orgasmaravalha-se logum homenina nel paraís de fe-
licidadania: outras palavras.” (Caetano Veloso) 
 Mico Branco
• A turma do Casseta & Planeta está em Vale Nevado no Chile.
• Grava um programa sobre as desventuras dos turistas brasileiros que saem 
daqui para esquiar e, sem sabê-lo, passam as férias aos trambolhões. (O 
Globo)
b. “Eu levo a sério, mas você disfarça; insiste em zero a zero e eu quero um 
a um...” (Djavan)
c. “Compre Batom!”
Comentário
a) O texto apresenta muitos neologismos, 3ª pessoa é poética.
b) Contexto/referente/referencial. 
c) Função emotiva.
d) Conativa/apelativa.
5. Um dos traços marcantes do atual período histórico é (...) o papel verdadeira-
mente despótico da informação. (...) As novas condições técnicas deveriam 
permitir a ampliação do conhecimento do planeta, dos objetos que o formam, 
das sociedades que o habitam e dos homens em sua realidade intrínseca. 
Todavia, nas condições atuais, as técnicas da informação são principalmen-
te utilizadas por um punhado de atores em função de seus objetivos parti-
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culares. Essas técnicas da informação (por enquanto) são apropriadas por 
alguns Estados e por algumas empresas, aprofundando assim os processos 
de criação de desigualdades. É desse modo que a periferia do sistema ca-
pitalista acaba se tornando ainda mais periférica, seja porque não dispõe 
totalmente dos novos meios de produção, seja porque lhe escapa a possibi-
lidade de controle. O que é transmitido à maioria da humanidade é, de fato, 
uma informação manipulada que, em lugar de esclarecer, confunde. (Milton 
Santos, Por uma outra globalização) No contexto em que ocorrem, estão 
em relação de oposição os segmentos transcritos em: 
a. novas condições técnicas/ técnicas da informação. 
b. punhados de atores/ objetivos particulares. 
c. ampliação do conhecimento/ informação manipulada.
d. apropriadas por alguns Estados/ criação de desigualdades.
e. atual período histórico/ periferia do sistema capitalista. 
 
6. Quando uma linguagem trata de si própria – por exemplo um filme falando 
sobre os processos de filmagem, um poema desvendando o ato de criação 
poética, um romance questionando o ato de narrar – temos a metalinguagem. 
Esta forma de linguagem predomina em todos os fragmentos, exceto: 
a. “Amo-te como um bicho simplesmente de um amor sem mistério e sem 
virtude com um desejo maciço e permanente.” (Vinícius de Morais) 
b. “Proponho-me a que não seja complexo o que escreverei, embora obriga-
da a usar as palavras que vos sustentam.” (Clarice Lispector) 
c. “Não narro mais pelo prazer de saber. Narro pelo gosto de narrar, sopro 
palavras e mais palavras, componho frases e mais frases.” (Silviano San-
tiago)
d. “Agarro o azul do poema pelo fio mais delgado de lã de seu discurso e 
vou traçando as linhas do relâmpago no vidro opaco da janela.” (Gilberto 
Mendonça Teles)
e. Que é Poesia? Uma ilha cercada de palavras por todos os lados.” (Cassia-
no Ricardo) 
 
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“O estoicismo fundado por Zenão de Cipre (336 – 264), teve também Atenas 
como centro irradiador. 
Partiu da oposição matéria forma feita por Aristóteles. Radicalmente mate-
rialista, interpretou a forma como matéria ativa e declarou o seu oposto matéria 
passiva. Não há entre os seres diferenças de natureza, apenas de grau. 
Desde a pedra até o homem, passando pelas plantas e os animais, a matéria 
passiva e a ativa distribuem-se em proporção ínfima nos seres brutos. A razão é, 
portanto, a centelha divina em nós. 
Desde que o universo é governado pela razão e não está entregue ao acaso 
como pensavam os epicureus, todos os atos, até os mais insignificantes, estão 
rigorosamente determinados. A liberdade estoica consiste em submeter-se volun-
tariamente às imperativas leis que agem no todo, já que a resistência determina 
a execução involuntária dos atos previstos pelo mesmo determinismo imanente. 
A ética consiste na leitura e na correta observação da ordem universal. 
O estoicismo deixou marcas no direito romano. Levou os legisladores a subor-
dinar as leis do estado às leis da natureza, melhorou a situação da mulher e dos 
escravos, visto que os estoicos criam na igualdade de todos os homens.” 
(SCHÜLER, Donald, Literatura Grega.) 
7. No texto predomina a linguagem com função:
a. emotiva; 
b. referencial; 
c. fática;
d. conativa;
e. metalinguística. 
 
8. Segundo o lingüista Roman Jakobson, ‘dificilmente lograríamos (...) encon-
trar mensagens verbais que preenchessem uma única função... A estrutura 
verbal de uma mensagem depende basicamente da função predominante’. 
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“Meu canto de morte, 
Guerreiros, ouvi: 
Sou filho das selvas 
Nas selvas cresci: 
Guerreiros, descendo 
Da tribo tupi. 
 
Da tribo pujante, 
Que agora anda errante 
Por fado inconstante, 
Guerreiro, nasci: 
Sou bravo, sou forte, 
Sou filho do Norte 
Meu canto de morte, 
Guerreiros, ouvi.” 
(Gonçalves Dias)
Indique a função predominante no fragmento acima transcrito, justificando a 
indicação: 
9. Texto A 
Pausa poética 
Sujeito sem predicados 
Abjeto 
Sem voz 
Passivo 
Já meio pretérito 
Vendedor de artigos indefinidos 
Procura por subordinada 
Que possua alguns adjetivos 
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Nem precisam ser superlativos 
Desde que não venha precedida 
De relativos e transitivos 
Para um encontro vocálico 
Com vistas a uma conjugação mais que 
Perfeita 
E possível caso genitivo. 
(Paulo César de Souza) 
 
Texto B
“Sou divorciado – 56 anos, desejo conhecer uma mulher desimpedida, que 
viva só, que precise de alguém muito sério para juntos sermos felizes. 800-0031 
(discretamente falar c/ Astrogildo)” 
Os textos A e B, apesar de se estruturarem sob perspectivas funcionais dife-
rentes, exploram temáticas semelhantes. Assinale a incorreta: 
a. no texto A, o autor usa de metalinguagem para caracterizar o sujeito e o 
objeto de sua procura, ao passo que no texto B, o locutor emprega uma 
linguagem com predominância da função referencial. 
b. a expressão ‘meio pretérito’, do texto A, fica explicitada cronologicamente 
na linguagem referencial do texto B. 
c. a expressão ‘Desde que não venha precedida de relativos e transitivos’, no 
texto A, tem seu correlato em ‘mulher desimpedida que vive só’, do texto B. 
d. comparando os dois textos, pode-se afirmar que ambos expressam a mes-
ma visão idealizada e poética do amor.
e. no texto A, as palavras extraídas de seu contexto de origem (categorias 
gramaticais e funções sintáticas) e ajustadas a um novo contexto criam 
uma duplicidade de sentido, produzindo efeitos, ao mesmo tempo lúdicos 
e poéticos. 
 
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10. (Mackenzie)
Irmão das coisas fugidias, 
não sinto gozo nem tormento. 
Atravesso noites e dias no vento. 
(Cecília Meireles, OBRA POÉTICA) 
Assinale a alternativa INCORRETA sobre a estrofe anterior. 
a. Vento é um termo metafórico, sem correspondente expresso e pode ter 
várias interpretações. 
b. O verso 2 expressa uma antítese. 
c. O interlocutor tem o papel de depositário de uma confidência lírica.
d. Os versos 1 e 3 confluem na rima e no significado dinâmico de tudo que 
passa.
e. A apóstrofe expressa no verso 4 confirma o vazio emocional, já anunciado 
no verso 2
GABARITO
1. d
2. a
 5. c
 6. a
 7. b
 8. emotiva, 1ª pessoa.
 9. d
 10. e
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aula preparada e ministrada pela professora Grazy. 
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Atenção!
Ao se tratar do termo “figuras”, deve-se lembrar do sentido de conotação 
(sentido figurado da palavra) e denotação (sentido literal da palavra). 
As figuras de linguagem são diferentes das funções de linguagem. Nas funções, 
é a atividade que o elemento de comunicação assume quando está dentro do 
texto, já nas figuras o sentido é metafórico.
São recursos usados pelo falante para realçar a sua mensagem. 
1) Elipse – Zeugma:
Zeugma
Elipse
omissão facilmente 
subentendida
Atenção!
Zeugma também é uma omissão do que já foi dito. 
a) Brasília é a capital da República; Belo Horizonte, de Minas Gerais.
A vírgula entre “Belo Horizonte” e “de Minas Gerais” deixa claro que há uma 
omissão, que é facilmente subentendida porque já foi dita, pois está implícito a 
expressão “é a capital”. 
Veja os exemplos: 
1 – Na estante, livros e mais livros. (Elipse)
2 – Ele prefere um passeio pela praia; eu, cinema. (Zeugma)
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No 1º exemplo temos uma elipse, já no 2º, a figura que aparece é o zeugma. 
A elipse consiste na omissão de um termo que é facilmente identificado. 
No exemplo 1, percebemos claramente que o verbo “haver” foi omitido. 
No exemplo 2, ocorre zeugma, que é a omissão de um termo que já fora 
expresso anteriormente. 
“Ele prefere um passeio pela praia; eu, (prefiro) cinema.”(Não houve necessi-
dade de repetir o verbo, pois entendemos o recado). 
2) Pleonasmo Na oração: “Ela cantou uma canção linda!”, houve o emprego 
de um termo desnecessário, pois quem canta, só pode cantar uma canção. Na 
famosa frase: “Vi com meus próprios olhos.”, também ocorre o mesmo. Pleo-
nasmo é a repetição de ideias.
Atenção!
O termo “uma canção” é chamado de objeto direto interno e é considerado um 
pleonasmo, pois retira-se o verbo do próprio substantivo. 
Há pleonasmos necessários, na explicação de crase, por exemplo, é preciso 
deixar claro que há crase quando se referir às horas do relógio e não às horas 
relacionadas ao espaço de tempo, ao momento. 
Existe o pleonasmo estilístico, usado para dar ênfase, e o pleonasmo vicioso, 
quando se usa “vi com meus próprios olhos”, por exemplo. 
3) Hipérbato: É a inversão da ordem direta da frase.
Exemplos: 
Correm pelo parque as crianças da rua. 
Na escada subiu o pintor. 
As duas orações estão na ordem inversa. 
O hipérbato consiste na inversão dos termos da oração. 
Na ordem direta ficaria:
As crianças da rua correm pelo parque. 
O pintor subiu na escada.
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4) Anacoluto: É a falta de nexo que existe entre o início e o fim de uma frase. 
É interromper o pensamento lógico, utilizar frases sem coerência, não combinar 
a lógica das ideias entre si. 
Dois gatinhos miando no muro, conversávamos sobre como é complicada a 
vida dos animais. 
Novas espécies de tubarão no Japão, pensava em como é misteriosa a natu-
reza.
5) Silepse: É a concordância com a ideia e não com a palavra dita. Pode ser: 
de gênero, número ou pessoa.
Silepse de Gênero (masc./fem.)Vossa Excelência está admirado do fato? O 
pronome de tratamento “Vossa Excelência” é feminino, mas o adjetivo “admi-
rado” está no masculino. Ou seja, concordou com a pessoa a quem se referia (no 
caso, um homem). Aqui temos o feminino e o masculino, logo, silepse de gênero. 
Silepse de Número (singular/plural) Aquela multidão gritavam diante do ídolo. 
Multidão está no singular, mas o verbo está no plural. “Gritavam” concorda com 
a ideia de plural que está em “multidão”. Mais exemplos. A maior parte fizeram a 
prova. A grande maioria estudam uma língua. 
Silepse de Pessoa 
Todos estávamos nervosos. 
Esta frase levaria o verbo normalmente para a 3ª pessoa (estavam – eles) 
mas a concordância foi feita com a 1ª pessoa(nós). 
Temos aqui 2 pessoas (eles e nós) logo, silepse de pessoa. 
Mais exemplos: 
As duas comemos muita pizza.(elas – nós) 
Todos compramos chocolates e balas.(eles – nós) 
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Os brasileiros sois um povo solidário. (eles – vós) 
Os cariocas somos muito solidários.(eles – nós) 
6) Metáfora – Comparação: existe o elemento comparador. 
1 – Aquele homem é um leão. 
Estamos comparando um homem com um leão, pois esse homem é forte e 
corajoso como um leão. 
2 – A vida vem em ondas como o mar. 
Aqui também existe uma comparação, só que desta vez é usado o conectivo 
comparativo: como. 
O exemplo 1 é uma metáfora e o exemplo 2 é uma comparação. 
Exemplos de metáfora: 
Ele é um anjo. 
Ela uma flor. 
Exemplos de comparação: 
A chuva cai como lágrimas. 
A mocidade é como uma flor. 
Metáfora: sem o conectivo comparativo. 
Comparação: com o conectivo (como, tal como, assim como)
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ATUALIZAÇÃO
A atualização objetiva tornar ao aluno apto para qualquer concurso de qual-
quer instituição.
Pontos observados:
• Palavras morfológicas (nível sintático, morfológico, semântico);
• Avaliação de questões que envolvem figuras de linguagem;
• Funções da linguagem.
Na língua portuguesa, há uma série de palavras. A primeira é a primitiva (dá 
base às demais). A fonologia é o estudo do som; há sons que são pronunciados 
de uma maneira, mas o português padrão (norma culta) aponta outro tipo de 
som, especialmente após o deslocamento da sílaba tônica (exemplo: recorde/
recorde; rubrica/rubrica). Isso caracteriza um vício de linguagem e há uma parte 
da fonética que estuda esse fenômeno: ortoépia e prosódia.
A melhor maneira de ampliar o vocabulário e compreender a grafia/som cor-
reto das palavras é com a leitura. 
Em uma prova de redação da FCC, foi apresentado um texto que trazia uma 
situação em que várias pessoas estavam em um restaurante, à mesa, com seus 
celulares. Apesar de serem várias pessoas, o silêncio era absoluto porque cada 
uma delas estava ocupada com o próprio celular. O comando da questão pedia 
um texto dissertativo argumentativo em que fosse exposto o ponto de vista do 
candidato sobre a situação apresentada. Era preciso encontrar a ideia central: a 
falta de comunicação na era tecnológica.
A linguagem cotidiana é fundamental para a comunicação, mas não é o que 
as bancas cobram. É preciso conhecer bem a norma culta.
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Neologismo: palavra criada. Recurso muito usado na literatura, na música 
e na língua falada. Há também os estrangeirismos, que são palavras de outras 
línguas que são incorporadas à linguagem cotidiana. Apesar do excesso do uso 
de termos estrangeiros, ele só deveria ser utilizado em caso de inexistência de 
palavras equivalentes na língua portuguesa. 
O pulo do gato
O estrangeirismo é grafado obrigatoriamente, em textos manuscritos, entre 
aspas; em textos digitados, em itálico. Já houve questões de concurso (2009, 
Funiversa, PCDF) pedindo aos candidatos que identificassem onde o tipo itálico 
poderia ser substituído por aspas.
Regionalismos também estão presentes na língua portuguesa; são palavras 
faladas em determinadas regiões. Os arcaísmos são palavras que caíram em 
desuso, mas ainda são usadas por alguns falantes. Nenhuma dessas palavras é 
recomendada em redação oficial.
A língua varia de três pontos de vista: da idade, de conhecimento/cultural 
e regional.
Diacronia: processo de evolução da língua.
Jargão: linguagem específica de determinada área. Usado em pareceres, 
relatórios, notas técnicas. Barbarismos (erros sintáticos), solecismos (termos de 
outras línguas apropriados pelo falante) e aportuguesamento (a palavra continua 
estrangeira, mas a pronúncia se aproxima do português) são outros fenômenos 
que acontecem atualmente. 
Variação linguística é a variação permitida pela língua. Dialeto (língua portu-
guesa) / dioleto (mudança da mesma língua – pelo sotaque, por exemplo).
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Atualização
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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ES
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
O campo da morfologia estuda o morfema (forma); o da semântica, o sentido. 
A semântica inclui antônimos (palavras de sentidos opostos), sinônimos (pala-
vras de mesmo sentido), homônimos (palavras iguais) – homófonas (mesmo 
som) e homógrafas (mesma grafia), e perfeito (som e grafia iguais, mas signifi-
cado diferente) – parônimas (parecidas no som e na língua, mas não iguais).
Vocabulário: é preciso conhecer o significado e o que a questão pretende. 
Palavras eruditas/preciosas não precisam ser utilizadas em textos de prova, 
podendo ser substituídas por vocábulos mais usuais. É importante conhecer a 
normatividade da língua, e também que a língua tem liberdade de expressão.
Estilística: posicionamento/estilo do autor do texto. Pela maneira como o 
texto é escrito é possível identificar quem o escreve. Uma prova (CNPq, da FCC) 
questionou acerca de apropriação de textos de outros autores (o que tem acon-
tecido muito na internet).
Atenção!
O que mais cai em prova é a normatividade. Figuras de linguagem só precisam 
ser estudadas a fundo se constar do edital do concurso.
O Cespe, por exemplo, não costuma ter a repetição dessas figuras.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com 
a aula preparada e ministrada pela professora Grazy.
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Figuras de Linguagem II
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FIGURAS DE LINGUAGEM II
7) METONÍMIA (figura de palavras e de pensamento): vai usar uma expres-
são para compreender outra, como um jogo de hiperônimos – situação maior – e 
hipônimos – situação menor (exemplo: doença/Aids). Exemplos de metonímia: 
o concreto pelo abstrato, a marca pelo produto, o continente pelo conteúdo, o 
autor pela obra. Aqui também existe a comparação, só que desta vez ela é mais 
objetiva. 
Ele gosta de ler Agatha Christie. 
Ele

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