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Caderno de direito processual civil

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Direito Processual Civil 
Das normas fundamentais do processo civil
	Normas processuais devem obedecer a CF: CPC. Artigo 1- O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição federativa do Brasil observando-se as disposições deste Código. 
	Princípio dispositivo, princípio da inércia e do impulso oficial. Três razões para o pincípio da inércia: 1- evitar conflitos sociais decorrentes da intromissão do Estado; 2- não sacrificar um meio alternativo para solução do litígio; 3- perda da imparcialidade do juizo. uma vez que a parte iniciou o processo, por mais que ela fique inerte, cabe ao Estado o impulso oficial (excessões S 631 STF e artigo 513 no CPC): CPC. Artigo 2- O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. 
	Inafastabilidade jurisdicional e arbitragem: CPC. Artigo 3- Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.
		§ 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei: Lei 9307/1996 Pessoas capazes em litígios que tratam de questões de direitos patrimoniais disponíveis podem se valer da arbitragem, desde que a relação jurídica seja contratual ou privada.
§ 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos: O Estado deve reduzir os litígios de uma forma consensual, com objetivo da pacificação social e diminuição da demanda judiciária, além de uma rápida solução dos conflitos.
§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.
	Duração razoável do processo: CPC Artigo 4- As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
	Boa fé no processo: CPC Artigo 5- Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé. 
	Cooperação entre as partes: CPC Arti 6- Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva 
	Isonomia: CPC Artigo 7- É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. 
	Aplicação de ordenamento jurídico: CPC. Artigo 8- Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência. 
	Direito a manifestação das partes: CPC. Artigo 9- Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
I - à tutela provisória de urgência;
II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;
III - à decisão prevista no art. 701.
	Validação às decisões surpresas: CPC. Artigo 10- O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. 
	Publicidade das decisões: CPC. Artigo 11- Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público.
	Ordem cronológica de julgamento do processo: CPC Artigo 12 (incompleto)- Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência). 
Aplicação das normas processuais e função jurisdicional
	Normas processuais no espaço , tratados e convenções(Lex Fori): CPC. Artigo 13- A legislação civil será regida pelas normas processuais brasileiras ressalvada as disposições previstas em tratado, convencões ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte.
	Aplicação da lei processual no tempo: CPC. Artigo 14- A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitado os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.
	Aplicação subsidiário: CPC. Artigo 15- Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições desse Código serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.
	Exercício da jurisdição: CPC. Artigo 16- A jurisdiçao civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais nacionais em todo território nacional, conforme as disposições desse Código.
	Condições da ação: CPC. Artigo 17- Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
	Legitimidade para agir em juízo: CPC. Artigo 18- Nninguém poderá pleitear direito alhieio em nome próprio, salvo quando autorizado em juízo público. Paragrafo único: Havendo substituição processual, o substituido poderá intervir como assistente litisconsorcial.
	Ação declaratória: CPC. Artigo 19- O interesse do ator pode limitar-se à declaração.
I- da existência, da inexistência ou do modo de ser uma relação jurídica. 
II- da autencidade ou da falsidade do documento.
	Ação declaratória: CPC. Artigo 20- É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenhar ocorrido a violação do direito. 
Limites da jurisdição nacional
	Hipóteses de jurisdição concorrente. CPC. Artigo 21- Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal
	Hipóteses de jurisdição concorrente CPC. Artigo 22- Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
I - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil;
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.
	Jurisdição esclusiva, não se permite concorrência: CPC. Artigo 23- Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.
	Ação proposta no estrangeiro não induz litispendência: CPC. Artigo 24- A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.
Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.
	Cláusulas de eleição de foro
estrangeiro: CPC. Artigo 25- Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação.
§ 1o Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência internacional exclusiva previstas neste Capítulo.
§ 2o Aplica-se à hipótese do caput o art. 63, §§ 1o a 4o.
Competência interna
	Competência cívil e o direito de instituir o juizo arbitral. Cpc. Art 42- As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei.
	Perpetuação da jurisdição. Cpc. Art 43- Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. 
	Limites normativos da competência. Cpc. Art 44- Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal a competência é determinada pelas normas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos Estados. 
	Competência da jurisdição federal. Cpc. Art 45- Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações: 
I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;
II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.
§ 1o Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo perante o qual foi proposta a ação.
§ 2o Na hipótese do § 1o, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão da incompetência para apreciar qualquer deles, não examinará o mérito daquele em que exista interesse da União, de suas entidades autárquicas ou de suas empresas públicas.
§ 3o O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja presença ensejou a remessa for excluído do processo.
	Regra geral de competência territorial e as exceções. Cpc. Art 46- A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. 
	Regra geral para as demandas fundadas d real sobre imóveis. Cpc. Art 47- Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. 
Competências
	Foro do domicílio do autor da herança: Cpc Artigo 48- O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único.  Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
	Ações proposta contra ausente e incapaz: Cpc Artigo 49- A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias. 
	Ações proposta contra ausente e incapaz: Cpc Artigo 50-  A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente. 
	União de Estado e de competência constitucional: Cpc Artigo 51- É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União. 
Parágrafo único.  Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal. 
	União de Estado e de competência constitucional: Cpc Artigo 52- É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal.
Parágrafo único.  Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado.
	Foros especiais: Cpc Artigo 53- É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
III - do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu;
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício;
IV - do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano;
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.
Modificação da competência
	Modificação: Cpc. Artigo 54- A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção. 
	Conexão: Cpc. Artigo 55- Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
§ 1oOs processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado.
§ 2oAplica-se o disposto no caput:
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico;
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.
§ 3oSerão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
	Continência e efeitos processuais: Cpc. Artigo 56- Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. 
	Continência e efeitos processuais: Cpc Artigo 57- Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas. 
	Reunião de ações e juízo prevento: Cpc Artigo 58- A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente. 
	Reunião de ações e juízo prevento: Cpc Artigo 59- O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo. 
	Imóvel situado em mais de um órgão competente e ação acessória: Cpc Artigo 60- Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, comarca, seção ou subseção judiciária, a competência territorial do juízo prevento estender-se-á sobre a totalidade do imóvel. 
	Imóvel situado em mais de um órgão competente e ação acessória: Cpc Artigo 61- A ação acessória será proposta no juízo competente para a ação principal. 
	Competências inderrogáveis: Cpc Artigo 62- A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável
por convenção das partes. 	
	Foro de eleição: Cpc Artigo 63- Art. 63.  As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
§ 1o A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico.
§ 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
§ 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
§ 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão.
Incompetência
	Incopentência absoluta e relativa em preliminar na contestação: CPC Artigo64-  A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício.
§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência.
§ 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
	Prorrogação: CPC Artigo 65- Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação.
Parágrafo único.  A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.
	Conflitos de competência: CPC Artigo 66-Há conflito de competência quando:
I - 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes;
II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a competência;
III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.
Parágrafo único.  O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o conflito, salvo se a atribuir a outro juízo.
	Cooperação nacional: CPC Artigo 67-  Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, especializado ou comum, em todas as instâncias e graus de jurisdição, inclusive aos tribunais superiores, incumbe o dever de recíproca cooperação, por meio de seus magistrados e servidores.
Art. 68.  Os juízos poderão formular entre si pedido de cooperação para prática de qualquer ato processual.
Art. 69.  O pedido de cooperação jurisdicional deve ser prontamente atendido, prescinde de forma específica e pode ser executado como:
I - auxílio direto;
II - reunião ou apensamento de processos;
III - prestação de informações;
IV - atos concertados entre os juízes cooperantes.
§ 1o As cartas de ordem, precatória e arbitral seguirão o regime previsto neste Código.
§ 2o Os atos concertados entre os juízes cooperantes poderão consistir, além de outros, no estabelecimento de procedimento para:
I - a prática de citação, intimação ou notificação de ato;
II - a obtenção e apresentação de provas e a coleta de depoimentos;
III - a efetivação de tutela provisória;
IV - a efetivação de medidas e providências para recuperação e preservação de empresas;
V - a facilitação de habilitação de créditos na falência e na recuperação judicial;
VI - a centralização de processos repetitivos;
VII - a execução de decisão jurisdicional.
§ 3o O pedido de cooperação judiciária pode ser realizado entre órgãos jurisdicionais de diferentes ramos do Poder Judiciário.
	
Sujeitos do processo
	Capacidade de estar em juizo: CPC Artigo 70- Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo. 
	Representação e assistência: CPC Artigo 71- O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei. 
	Curador especial: CPC Artigo 72- O juiz nomeará curador especial ao:
I - incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade;
II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado.
Parágrafo único.  A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei.
	Necessidade de consentimento do cônjuje e suprimento judicial: CPC Artigo 73- O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.
§ 1o Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação:
I - que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens;
II - resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles;
III - fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família;
IV - que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges.
§ 2o Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado.
§ 3o Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos autos. 
	Necessidade de consentimento do cônjuje e suprimento judicial: CPC Artigo74- O consentimento previsto no art. 73 pode ser suprido judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-lo.
Parágrafo único.  A falta de consentimento, quando necessário e não suprido pelo juiz, invalida o processo.
	Representação em juízo: CPC Artigo 75- Serão representados em juízo, ativa e passivamente:
I - a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado;
II - o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores;
III - o Município, por seu prefeito ou procurador;
IV - a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado designar;
V - a massa falida, pelo administrador judicial;
VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador;
VII - o espólio, pelo inventariante;
VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa designação, por seus diretores;
IX - a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens;
X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil;
XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico.
§ 1o Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no qual o espólio seja parte.
§ 2o A sociedade ou associação sem personalidade jurídica não poderá opor a irregularidade de sua constituição quando demandada.
§ 3o O gerente de filial ou agência presume-se autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber citação para qualquer processo.
§ 4o Os Estados e o Distrito Federal poderão ajustar compromisso recíproco para prática de ato processual por seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio firmado pelas respectivas procuradorias.
	Consequências da incapacidadee da irregularidade: CPC Artigo 76-  Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício.
§ 1o Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária:
I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor;
II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber;
III - o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se encontre.
§ 2o Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator:
I - não conhecerá do recurso, se a providência
couber ao recorrente;
II - determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido.
Deveres e responsabilidade das partes por dano processual
	Deveres das partes e deseus procuradores: CPC Artigo 77- CPC Art 77-
	Vedação ao emprego de expressões ofensivas: CPC Art 78-
	Responsabilidade processual por má-fé: CPC Art 79-
	Litigância de má-fé e os critérios econômicos: CPC Art 80 e 81-
	Antecipação do pagamento: CPC Art 82-
	Exigência de caução: CPC Art 83-
Das despesas e das multas
	Antecipação do pagamento: CPC Art 82-
	Existência decoação do autor residente fora do Brasil:CPC Art 83-
	Condenação do vencido: CPC Art 85-
	Sucumbência recíproco e em caso de litisconsórcio: CPC Art 88 e 89-
	Despesas e horonários em caso de desistência: CPC Art 90- 
Gratuidade da justiça
	Regras para a concessão da gratuidade da justiça e as formas do pedido 98 e 99
	Impugnação ao deferimento de gratuidade 100
	Efeito pelo não recolhimento de valores em caso de revogação do benefícios 101 e 102
	Capacidade postulatória e postulação sem procuração 103 e 104
	Procuração geral para o foro, forma e efeitos105

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