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1215 interdisciplinaridade na educacao fisica valorizando a prati

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR 
NUCLEO DE SAÚDE 
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERDISCIPLINARIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA: 
VALORIZANDO A PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO 
FUNDAMENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aline Tâmi Sousa de Vasconcelos 
 
 
 
 
 
 
 
MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO 
 
 
 
 
 
Porto Velho – Rondônia 
2007 
 
 
INTERDISCIPLINARIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA: 
VALORIZANDO A PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO 
FUNDAMENTAL 
 
 
 
 
 
 
Autora: 
ALINE TÂMI SOUSA DE VASCONCELOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao 
Departamento de Educação Física do Núcleo 
de Saúde da Fundação Universidade Federal 
de Rondônia, para obtenção do titulo de 
licenciada em Educação Física. 
 
 
 
 
Orientador: PROFº. MS CÉLIO JOSÉ BORGES 
Co-orientadora: PROFª. ESP. NÚBIA MARIA ROSA DE SOUSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Porto Velho – Rondônia 
2007 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
Vasconcelos, Aline Tâmi Sousa de Vasconcelos 
 Interdisciplinaridade na Educação Física: Valorizando a Prática Pedagógica no Ensino 
Fundamental. /Aline Tâmi Sousa de Vasconcelos – Porto Velho (RO): s.n, 2007. 
54 fls. 
 
 Monografia (Graduação) – Departamento de Educação Física (UNIR). Área de Concentração: 
Educacional. 
 
 Orientador: Prof. Ms. Célio José Borges. 
 
 1. Educação Física Escolar. 2. Prática Pedagógica. 3. Interdisciplinaridade 
 
 
 ii 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR 
 
 
Nome: Aline Tami Sousa de Vasconcelos 
Titulo: Interdisciplinaridade na Educação Física: Valorizando a Pratica Pedagógica no 
Ensino Fundamental 
 
 
 
Data da defesa: _____/____/_____ 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
Professor Ms. Célio José Borges - Presidente 
 
Avaliação __________________ Assinatura__________________ 
 
 
 
Professor Ms. João Bernardino de Oliveira Neto - Membro 
 
Avaliação __________________ Assinatura__________________ 
 
 
 
Professora Ms.Angeliete Garcez Melitão – Membro 
 
Avaliação __________________ Assinatura__________________ 
 
 
 
 
NOTA: ___________{_______________} 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 iii 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aos meus pais, por todo amor dedicado a mim, 
pelas preocupações e angústias que passaram por 
minha causa, pelos incentivos que me fizeram 
prosseguir e por desejarem sempre a minha 
felicidade, dedico-lhes essa conquista com muito 
amor e gratidão. 
 
 
 
 
 
 
 
 iv 
 
AGRADEÇO 
 
 
 
 
A minha tia, Prof ª Núbia, pela ajuda indispensável, pela paciência, pelo carinho e 
por ter caminhado ao meu lado rumo a essa conquista e ao meu orientador Prof Célio 
Borges por ter sido tão prestativo e paciente. 
A minha família pelo incentivo e por torcerem sempre pelo meu sucesso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 v 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Seja você toda a mudança que deseja no 
mundo” 
Mahatma Gandhi 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES viii 
 
 vi 
RESUMO xi 
ABSTRACT x 
INTRODUÇÃO 11 
1- HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR 14 
1.1- Influencias Históricas em Práticas Atuais 15 
2- DESENVOLVIMENTO INFANTIL 18 
2.1- Wallon e Piaget: A Importância da Genes da Piscomotricidade 18 
2.2- Contribuições de Piaget 19 
2.3- Gênese da Consciência Corporal 20 
2.4- Do ato Motor ao Ato Mental:A Gênese da Inteligência 21 
2.5- Desenvolvimento Motor e Cognitivo 22 
2.6- Desenvolvimento e Aprendizagem na Educação Física 24 
3- OS JOGOS NA EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR 25 
4- PRÁTICA PEDAGÓGICA: CONCEITOS E CONTRIBUIÇÕES 27 
4.1- O Papel da Educação Física Escolar 27 
4.2- Prática Pedagógica na Educação Física: Consciente ou Negligente? 28 
4.3- Pcn´s : Direcionando a Prática Pedagógica na Educação Física 31 
5. INTERDISCIPLINARIDADE: CONCEITOS E CONTRIBUIÇÕES 33 
5.1 Interdisciplinaridade na Educação Física 34 
5.2 Sugestões de Atividades Interdisciplinares 34 
6. A PESQUISA 36 
6.1 Metodologia 37 
6.1.2- Procedimentos Metodológicos 37 
6.2- Análise dos Resultados 41 
6.2.1- Análise dos Questionários Aplicados aos Professores 42 
6.2.2 – Análise das Notas Bimestrais dos Alunos 44 
6.3- Discussão dos Resultados 45 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 46 
REFERÊNCIAS 48 
ANEXO 1- AUTORIZAÇÃO 51 
 
 vii 
ANEXO 2 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a Diretora 52 
ANEXO 3 – Modelo do Questionário (coleta de dados) 53 
 
 
 viii 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Foto 1 Imitando Animais 
Foto 2 Conhecendo o Corpo Humano 
Foto 3 Formando Operações 
Gráfico 1 Respostas da 1ª Pergunta do Questionário 
Gráfico 2 Resposta da 2ª Pergunta do Questionário 
Tabela 1 Notas Bimestrais da 1ª série A 
Tabela 2 Notas Bimestrais da 1ª série B 
Tabela 3 Notas Bimestrais da 2ª série 
Tabela 4 Notas Bimestrais da 3ª série 
 
 ix 
RESUMO 
 
 
Esta pesquisa apresenta levantamentos históricos sobre as Práticas Pedagógicas na 
Educação Física, tendo como objetivo geral valorizar a disciplina Educação Física no 
âmbito escolar e como objetivos específicos observar a aceitação dos professores de outras 
disciplinas para o desenvolvimento de uma prática interdisciplinar,constatar a contribuição 
das aulas de Educação Física escolar para o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos 
e melhorar a adaptação, assimilação e aquisição de conhecimentos. A interdisciplinaridade 
é utilizada na escola para estimular e favorecer o processo de ensino aprendizagem. A 
Educação Física como uma das disciplinas que compõe o currículo escolar, também têm 
conteúdos específicos e responsabilidades com o aprendizado do aluno. A pesquisa foi 
realizada no Sesc-Escola de Porto Velho, com crianças do Ensino Fundamental (1ª à 3ª 
série), onde foi possível perceber a concepção dos professores acerca do assunto e a 
aceitação dos mesmos para iniciar um trabalho interdisciplinar na escola, integrando a 
Educação Física com outras disciplinas que os alunos demonstravam dificuldade de 
assimilação. Iniciou-se nas aulas de Educação Física atividades que relacionavam os 
conteúdos das disciplinas envolvidas favorecendo a construção e a socialização do 
conhecimento a partir de uma vivência concreta estimulada pelo professor que como 
“facilitador” deve oferecer subsídios para que o aluno como protagonista de sua própria 
história possa edificar-se física, cognitiva e socialmente. As notas dos alunos foram 
comparadas no 3º e 4º Bimestre, com a constatação de uma melhora no último bimestre e 
da satisfação de todos os envolvidos no processo. A prática pedagógica da Educação Física 
se valoriza a partir do enriquecimento do aprendizado do aluno, contextualizado e com 
significado real. A Educação Física, como disciplina escolar, muito tem a contribuir para o 
desenvolvimento da aprendizagem, posto que trabalha com o corpo, fonte de aspirações e 
realizações do individuo. 
 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Educação Física Escolar, Prática Pedagógica e 
Interdisciplinaridade. 
 
 
 
 
 
 
 x 
 
 
ABSTRACT 
 
 
This research presents Practical historical surveys on the Pedagogical ones in the 
Physical Education, having as objective to verify the effectiveness of the results of works 
interdisciplinar. It displays aimings for the valuation of the profession and its auto-
affirmation in the pertaining to school context. The interdisciplinaridade is boarded as 
something that can be used in the school to stimulate and to favor the education process 
learning, being the Physical Education one disciplines that it is part of the pertaining to 
school resume, also has responsibilities with the learning of the pupil. The research was 
carried through in the Sesc-School of Porto Velho, with children of Basic Ensino (1ª to 3ª 
series), where it was inquired conception of the teacher concerning the subject and the 
acceptance of the same ones to initiate a work to interdisciplinary in the school, 
emphasizing you discipline them that the pupils demonstrated assimilation difficulty. One 
initiated in the lessons of Physical Education activities that related - with the contents of 
you discipline them involved. The notes of the pupils had been compared in 3º and 4º 
Bimestre, arriving themselves it conclusion of that the work to interdisciplinar values 
Practical the Pedagogical one and enriches the learning of the pupil, therefore and of the 
meaning real at the contents. The Physical Education, as it disciplines pertaining to school, 
much has to contribute for the development of the learning, rank that works with the body, 
source of aspirations and accomplishments of individual. 
 
 
 
 
 
KEYWORDS: Pertaining to school Physical education, Practical Pedagogical and 
Interdisciplinary. 
 
 
11 
 
INTRODUÇÃO 
Essa pesquisa foi realizada no SESC-ESCO LA, situada no Bairro Pedrinhas, no 
município de Porto Velho. 
Ao ingressar no mercado de trabalho como professora de Educação Física, no 
Ensino Fundamental de 1ª á 3ª série, de imediato pude detectar a desvalorização da 
Educação Física por parte de muitos professores da escola, que no primeiro contato me 
apresentaram aos alunos como a nova professora de “ginástica”, a partir daquele momento 
tive a curiosidade de constatar a concepção desses professores sobre as aulas de Educação 
Física e a vontade de justificar a importância da Educação Física Escolar, que 
supostamente vai muito além das aulas de ginástica. 
Sobre esse fato Soler (2003,p.117), afirma que a ginástica é um dos grandes 
conteúdos da Educação Física Escolar só não pode ser utilizado como um fim, pois, dessa 
forma seu papel estaria sendo reduzido, o autor comenta ainda que a Educação Física que 
nos conhecemos militaresca, doutrinadora e alienada já não é possível de sobreviver dentro 
das escolas, pois, sua função hoje deve estar relacionada com a inclusão e a aprendizagem. 
Além do descaso constatado no cotidiano, verificou-se através do estudo em 
diversas fontes bibliográficas que o papel da Educação Física Escolar está repleto de 
incertezas e indefinições, devido a presença de Práticas Pedagógicas direcionadas a 
promover exclusivamente o desenvolvimento físico - motor e descomprometidas com a 
aprendizagem dos alunos, esse fato vem acarretando uma desvalorização dessa disciplina 
no âmbito escolar. 
Devido a presente situação da Educação Física, surgiram as seguintes indagações 
que foram foco dessa pesquisa: Os profissionais dessa área estão limitados em 
proporcionar apenas benefícios físicos – motores aos alunos? De que forma o Professor de 
Educação Física Escolar pode contribuir e beneficiar os alunos na aprendizagem de 
conteúdos? A Interdisciplinaridade seria uma alternativa? 
Duckur (2004), faz uma critica dirigida a hegemonia da visão fragmentada do 
homem, que coloca a muitos Professores de Educação Física a idéia de que a ação 
educativa desses profissionais se dirige tão somente à dimensão motora, ou melhor, a uma 
 
 
12 
formação desvinculada de outras dimensões que compõem a totalidade do ser humano, 
afirma ainda que, historicamente a ausência de uma definição sobre a especificidade da 
Educação Física Escolar permitiu que a disciplina / atividade curricular desenvolvesse uma 
Pratica afastada das reais necessidades da escolarização. 
Diante do exposto, o objetivo geral dessa pesquisa é valorizar a Prática Pedagógica 
da Educação Física no Âmbito Escolar; e têm como objetivos específicos constatar a 
concepção de alguns profissionais sobre as aulas de Educação Física para a realização de 
um trabalho interdisciplinar; comprovar que a Educação Física trabalha também o lado 
cognitivo, onde os jogos e brincadeiras podem ser utilizados como auxilio na 
aprendizagem de outras disciplinas, melhorar a adaptação, a assimilação e a aquisição de 
conhecimentos dos alunos apontando assim a interdisciplinaridade como um meio para tal 
fim. 
Essa pesquisa, têm como justificativa a busca de caminhos que possam direcionar a 
Prática de profissionais de Educação Física Escolar e sugerir a eles a execução de práticas 
inovadoras realmente comprometidas com o desenvolvimento integral do individuo. 
Sobre os procedimentos metodológicos da pesquisa, mesma dividi-se em duas 
etapas, na 1ª aplicou-se um questionário aberto contendo três perguntas aos Professores do 
SESC- ESCOLA de Porto Velho, com o intuito de detectar a concepção dos mesmos sobre 
a EducaçãoFísica Escolar, Na 2ª etapa foi acertado com os Professores de sala, do Ensino 
Fundamental de 1ª á 3ª série, a realização de atividades interdisciplinares, relacionando a 
Educação Física com as disciplinas que os alunos apresentavam maior dificuldade, após 
dois meses realizando essas atividades durante as aulas de Educação Física, foi feita uma 
comparação das notas Bimestrais nas disciplinas que os alunos possuíam maior dificuldade 
antes(sem a ação interdisciplinar) e depois (com a ação interdisciplinar), com o objetivo de 
constatar as possíveis contribuições das aulas de Educação Física na aprendizagem dos 
alunos. 
 Através de uma analise após a execução do trabalho interdisciplinar, verificou-se que 
houve em todas as turmas que participaram do estudo, um aumento significativo das notas 
Bimestrais, confirmando que o trabalho interdisciplinar contribuiu para melhoria do 
desenvolvimento e da aprendizagem dos alunos. 
 Essa pesquisa apresenta-se estruturada em capítulos: Os cinco primeiros capítulos 
expõem embasamentos teóricos sobre o Histórico da Educação Física Escolar, 
Desenvolvimento Motor e Cognitivo Infantil, Os Jogos na Educação Física Escolar, Prática 
 
 
13 
Pedagógica e Interdisciplinaridade onde contém sugestões de atividades interdisciplinares 
relacionando a Educação Física com outras áreas de conhecimento. 
 O sexto capítulo apresenta a Metodologia onde estão inseridas informações 
detalhadas de como foi realizada pesquisa, ou seja, a pesquisa em si; Análise dos Dados 
onde estão presentes os gráficos sobre o questionário aplicado aos professores e as notas 
Bimestrais dos alunos antes e após o estudo; Discussão dos Resultados onde relaciona-se 
as notas Bimestrais dos alunos com o trabalho interdisciplinar realizado.Por fim 
Conclusão onde estão explicitas as relevâncias da pesquisa e os caminhos que ainda podem 
ser percorridos nesse campo e o Referencial utilizado. 
 
 
14 
 
 
1. HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA 
Para que se entenda a Educação Física Escolar atual, faz-se necessário um breve 
apanhado histórico que delineará e facilitará a compreensão da prática pedagógica que 
permeia a Educação Física nos dias de hoje. 
No contexto escolar os exercícios surgem na Europa, no final do século XVIII e 
inicio do século XIX, na forma cultural de jogos, ginástica, dança, equitação, destacando-
se na sociedade capitalista da época que almejava “construir” um novo homem, mais forte, 
mais ágil, mais empreendedor. 
O trabalho físico encontra-se ligado à cuidados físicos com o corpo nos quais 
incluam hábitos higienistas como: tomar banho, escovar os dentes, lavar as mãos. Essa 
concepção significa também cuidar da nova sociedade em construção cuja força do 
trabalho produzida e posta em ação pelo corpo é fonte de lucro. 
Segundo Pimenta & Libâneo (1992): 
 
A preocupação com a inclusão dos exercícios nos currículos escolares remonta 
ao século XVIII com Guths Muths (1712 – 1838), J,B Basedou (1723 – 1790) J. 
J Rousseau (1712 – 1778) , Pestalozzi (1746- 18279) . Contribui para essa 
inclusão o surgimento na Alemanha das escolas de ginástica (TURNVEREINE) 
já no século XIX (Langlade e Langlade, (1970, p.17-31). 
 
As primeiras sistematizações sobre exercícios físicos, surge como métodos 
ginásticos tendo como autores mais conhecidos o sueco P.H Ling, o francês Amoros e o 
alemão A. Spress, com contribuições advindas de fisiologistas, médicos e ainda 
professores de musica. 
A base da construção da identidade pedagógica da Educação Física está calcada nas 
normas e valores próprio da instituição militar, posto que as aulas de Educação Física eram 
ministradas por instrutores físicos do exercito que adotavam rígidos métodos militares de 
disciplina e hierarquia, constrói-se portanto um projeto de homem disciplinado, obediente, 
submisso profundo respeitados de hierarquia social. 
No Brasil, especialmente nas quatro primeiras décadas do século XX, o sistema 
 
 
15 
educacional sob influencias dos métodos ginásticos e da instituição militar, ressalta o auge 
da militarização da escola, correspondendo a execução do projeto de sociedade idealizado 
pela ditadura do Estado Novo. 
Após a segunda guerra mundial, depois do fim da ditadura do estado Novo no Brasil, 
surgem outras tendências disputando a supremacia da instituição escolar, destacando-se os 
métodos: 
 Natural Austríaco: desenvolvido por Gaulhofer e Streicher; 
 Método da Educação Física Generalizada: divulgadas no Brasil por Auguste 
Lestelho, onde predomina a influencia do esporte e da cultura européia como 
elemento predominante da cultura corporal. 
Nas décadas de 70 e 80 surgem movimentos “renovadores” da Educação Física como a 
“Psicomotricidade” com variantes como a “Psicocinética” de Jean Lê Bouch (1978) como 
uma teoria geral do movimento que permite utiliza-lo como meio de formação, 
privilegiando o estimulo do desenvolvimento psicomotor especialmente a estruturação do 
esquema corporal e as aptidões motoras que segundo Le Bouch, melhoravam através da 
pratica do movimento; desencadeando mudanças de hábitos, idéias e sentimentos. Nessa 
concepção a instrumentalização do “movimento Humano” como meio de formação e de 
secundarização da transmissão de conhecimentos é uma das tarefas primordiais do 
processo educativo em geral e da escola em particular. 
Na perspectiva da pedagogia humanista tratada por Vitor Marinho Oliveira no livro 
intitulado Educação Física Humanista, o autor se baseia teoricamente na psicologia 
humanista de Maslow e Roger, introduzindo o principio do ensino “não Diretivo”. 
Relacionando-se aos princípios humanistas aqui apontados, surge uma outra 
tendência ligada ao movimento “Esporte para todos”, que se concretiza como movimento 
alternativo ao esporte de rendimento; impregnando-se de uma antropologia que coloca a 
autonomia do ser humano no centro. Não é o esporte que faz o homem, mas o homem que 
faz o esporte. Nessa concepção não se fez presente em todas as manifestações desse 
movimento em nível nacional especialmente aquela integrantes da políticas publicas para o 
setor naquele momento. 
A corrente, Esporte para todos, pôde ser situada também dentro do que Libâneo 
(1985, p.25) denomina de”Tendência liberal não diretiva “na qual o social é entendido 
como uma extensão do individual, do desenvolver atitudes de cooperação e solidariedade 
para a inserção positiva no meio social, reconhecendo-se os limites a serem superados que 
 
 
16 
desconsideram os conflitos de classe, onde os interesses antagônicos se colocam no interior 
do processo educativo. 
 
Saviani (2003) afirma que “a pedagogia histórico-critica vai tomando forma a 
medida que se diferencia da visão crítico- reprodutivista, uma vez que procura 
articular um tipo de orientação pedagógica que seja crítica sem ser 
reprodutivista”. 
 
A Educação Física como parte de um processo histórico educacional, pode dentro 
dessa perspectiva estruturar-se de forma a articular estratégias e métodos de ensino que 
favoreçam um aprendizado crítico-social dos conteúdos, valorizado por uma prática 
pedagógicaclara, consciente, significativa e contextualizada. 
1.1 Educação Física Escolar: Influencias Históricas em Práticas Atuais 
A Educação Física Escolar atual sofre influencias do seu processo histórico, uma 
vez que, observa-se em diversas literaturas, relatos que muitos profissionais apresentam 
discursos e teorias atuais brilhantes, porém, ainda exercem práticas pedagógicas 
excludentes, insistem em abordagens conservadoras e apenas detectoras de talentos 
esportivos. 
Sobre essa afirmação Duckur (2004, p. 41) diz que: 
 
 Subsiste um discurso avançado do professor, mas uma prática extremamente 
conservadora em que há predominância do conteúdo esporte e dos processos de 
exclusão dos menos hábeis, de uma perspectiva crítico - superadora, nota-se 
também uma visível dificuldade no trato com as questões históricas e com a 
superação das relações sociais de dominação, típicas do modo de vista 
capitalista. 
 
Atualmente discute-se muito sobre o papel do professor de Educação Física na 
escola e isso tem gerado inúmeras criticas e reflexão sobre a prática alienada e militarizada 
de muitos profissionais, o que para Duckur (2004), “A educação Física brasileira tem 
vivenciado um processo de intensa critica ao paradigma da aptidão física e à função que 
historicamente essa prática assumiu na sociedade brasileira.” 
Esse processo de criticas, possibilita detectar problemáticas na metodologia de 
ensino, que consolidam teorias e práticas coerentes e exeqüíveis na Educação Física 
 
 
17 
Escolar. Sobre essa nova concepção, os Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação 
Física sistematizam situações de ensino e aprendizagem que garantem aos alunos o acesso 
a conhecimentos práticos c conceituais. 
 Acredita-se que, mudar a ênfase na aptidão física, para uma concepção mais 
abrangente que contemple todas as dimensões envolvidas em cada pratica corporal, pode 
contribuir para valorização da pratica pedagógica desses profissionais. 
Muitas literaturas afirmam a importância em estabelecer uma clara distinção entre 
os objetivos da Educação Física Escolar e os objetivos do esporte, da dança, da luta e da 
ginástica profissionais, pois, embora seja uma referência, o profissionalismo não pode ser 
meta almejada pela escola e também ressaltam que a Educação Física Escolar deve dar 
oportunidades a todos os alunos para que eles desenvolvam suas potencialidades, de forma 
democrática e não seletiva, visando aprendizagens e aprimoramento como seres humanos. 
 
 
18 
 
2. DESENVOLVIMENTO INFANTIL 
2.1 Wallon e Piaget: A Importância da Gênese da Psicomotricidade 
Wallon apud Dantas (1992, p.35) assimila bem a importância da motricidade na 
emergência da consciência, sublinhando, a constante reciprocidade dos aspectos cinéticos e 
tônicos da psicomotridade, bem como as interações entre as atitudes, os movimentos, a 
sensibilidade e a acomodação perceptiva e mental no desenvolvimento da criança. Há em 
Wallon uma nítida tendência a defender aspectos afetivos a qualquer tipo de 
comportamentos ulteriores. Em qualquer movimento existe uma condicionante que lhe 
insufla algo de intencional. 
 Wallon relaciona a significação do movimento e a sua contribuição para o 
desenvolvimento mental da criança. Em cada estágio do desenvolvimento, o movimento 
assume uma importância cada vez maior. 
A ação ligada à sensibilidade reestrutura o processo histórico que caracteriza a 
evolução psicomotora do indivíduo. 
Progressivamente identificamos os estágios de desenvolvimento: estado impulsivo 
(primeiras relações emocionais e afetivas com o meio): gestos úteis (são de expressões, 
desenvolvidos para tomar objetos indispensáveis ao seu bem-estar); sensório motor 
(discriminação da relação movimento-ação). 
 O estado sensorial sucede o desenvolvimento das atitudes, dos atos rudimentares, 
das expressões emotivas, conflitando o comportamento do indivíduo constantemente. 
 As relações com o meio ambiente vão sendo cada vez mais indecisas e ambíguas. 
Elas passam a revelar uma intencionalidade que cresce em paralelo com a evolução mental. 
A representação mental serve de suporte à intencionalidade do gesto; ela se impõe à 
consciência ainda dominada por impressões do momento e ligada ao jogo das associações 
sensoriais; é o estado projetivo. 
 A criança exprime-se por gestos e palavras, onde ela parece organizar o 
 
 
19 
mimetismo do pensamento e distribuir pelo movimento suas imagens no meio atual, 
também para lhe conferir uma certa presença. 
 Estamos diante do simulacro, um estágio de representação. É sempre a ação motriz 
que regula o aparecimento e o desenvolvimento das formações mentais. O ato, o 
movimento, portanto, mistura-se com a própria realidade. 
Nesta fase, a comunicação é na maioria das vezes gestual, uma forma de refúgio da 
pouca expressividade. 
Surge então a imitação, que parece implicar, de maneira incontestável, relações 
entre movimento e representação. Os movimentos deixam de ser puramente gestuais, para 
atender as necessidades de situações exteriores. 
A imitação, depois de ser uma simples repetição, estabelece um sistema de ligações 
perceptivo - motoras e projeta-se numa reação convergente. 
Toda essa dimensão de expressão é possível por intermédio da marcha e da palavra. 
Estas duas aquisições encaminham a criança para a sua autonomia. 
A sensação e o prazer da autonomia , à partir dos 3 anos, tem uma importância 
elevada na formação da autoconfiança da criança deixando a motricidade de ser limitada, 
obtendo evolutivamente um fim cognitivo: seu espaço é delimitado pela experiência . É 
pelo movimento que a criança integra a relação significativa das primeiras formas de 
linguagem (simbolismo). Com o surgimento de todas as formas de comunicabilidade; a 
linguagem , como resultado da representação, dá origem à inteligência. 
O comportamento, não sofre interações só de ordem motora, mas como fatores 
determinantes da inteligência, da afetividade e da percepção. 
2.2 Contribuição de Piaget: 
Piaget considera que a motricidade interfere na inteligência, antes da aquisição da 
linguagem. 
O movimento constrói um sistema de esquemas de assimilação, e organiza o real a 
partir de estruturas espaço – temporais e causais. 
As percepções e o movimento, ao estabelecerem relação com o meio exterior, 
 
 
20 
elaboram a função simbólica que gera a linguagem, e esta dá origem à representação e ao 
pensamento. 
Piaget realça a importância da motricidade na formação da imagem mental e na 
representação imagética. 
Estes elementos e tantos outros estudos revelam a importância psicológica do 
movimento, porque a formação da vida mental é baseada numa inteligência prática 
definidora de uma imitação interiorizada que prepara a imagem verbal e sonora. 
A inteligência é uma adaptação, ou seja, é a procura de um equilíbrio dialético entre 
o indivíduo e o meio (Piaget apud Taille 1992, p.48). 
Para (Vygotsky apud Oliveira 1992,p.24) o processo de adaptação subdivide-se em: 
 Assimilação: que constitui o funcionamento do organismo que, condenando os 
dados do meio, os incorpora. 
 Acomodação:como resultado de pressões exercidas pelo meio, justificando que a 
adaptação é um equilíbrio entre Assimilação e Acomodação. 
Ao assimilar dados fornecidos pelo meio, o indivíduo constrói formas pensamento, 
que Piaget denominou inteligência reflexiva ou gnósica . 
Ao tentarmos aproximar Wallon e Piaget, notaremos que o Wallon supervalorizou 
a estrutura mental, onde, o movimento, pensamento e linguagem são uma unidade 
inseparável. Piaget, inter relaciona Biologia e ciência do comportamento, o movimento é o 
pensamento em ato e o pensamento é o movimento sem ato. 
Em Piaget, a linguagem se explica em termos de gênese lógica e de maturação 
cerebral, que a tornam um novo instrumento de vida e de ação. A linguagem aparece como 
forma social de conhecimento e pré – conhecimento, diferenciada da forma sensório – 
motora. 
2.3 A Gênese da Consciência Corporal: 
O estado tônico é aceito por inúmeros autores como a “relação do indivíduo em 
cada situação” com fatores de sua história biológica, traduzida na multiplicidade de 
fenômenos neurofisiológicos, que permitem avaliar os aspectos da iniciativa motora. 
 
 
21 
O tônus possui uma visão informática fundamental na medida em que, ao unificar 
as estimulações, as integra nos centros responsáveis pela elaboração, controle e execução 
do movimento, sendo portanto, a motricidade espontânea que se encontra na base dos 
fatores de decisão e iniciativa motora, em função disso, a utilização do corpo, adquire uma 
especialização unilateral em conexão com a estruturação progressiva do cérebro, 
possibilitando-nos relacionarmos ações motoras com análise e aquisição de conhecimento, 
trabalhando com isto o fator percepto - cognitivo do individuo. 
Para Vygotsky apud La Taille et al. (1992), o curso de desenvolvimento da criança 
caracteriza-se por uma alteração radical na própria estrutura do comportamento; a cada 
novo estágio a criança não só muda suas respostas, como também as realiza de maneiras 
novas, gerando novos “instrumentos” de comportamento e substituindo sua função 
psicológica por outra. Nessa perspectiva, Vayer (1989) esclarece que “em cada fase do seu 
desenvolvimento, a criança é o resultado atual das relações e comunicações que se 
estabelecem entre seu corpo, as outras pessoas e a realidade das coisas”. 
2.4 Do ato Motor ao ato Mental: A Gênese da Inteligência 
Wallon postula em seus trabalhos psicogenéticos, as primeiras etapas do 
desenvolvimento psicomotor os estágios: impulsivo; emocional; sensorio – motor e 
projetivo, sendo para este autor a expressão “motor” é sempre sinônimo de psicomotor. Le 
Boulch (1982) aproveita e expõe a psicogenética como propostas de Educação psicomotora 
que se caracterizam pela abrangência da compreensão do significado psicológico do 
movimento. 
Wallon busca os orgãos responsáveis pelo movimento: a musculatura e as 
estruturas cerebrais, identificando na atividade muscular duas funções: cinética ou clônica 
e postural ou tônica. A primeira responde pelos movimentos vivíveis, a segunda pela 
postura ou mímica. 
No antagonismo entre motor e mental, ao longo do processo de fortalecimento 
deste último, por ocasião crescente do domínio dos signos culturais, a motricidade em sua 
dimensão cinética tende a reduzir-se e a virtualizar-se em ato mental. 
 
 
 
22 
2.5- Desenvolvimento Motor e Cognitivo 
 Segundo Go Tani et al (1988) o desenvolvimento motor é um processo contínuo e 
demorado, as mudanças mais acentuadas ocorrem nos primeiros anos de vida por isso é 
necessário enfocar a criança, já que os primeiros anos de vida, do nascimento aos seis anos, 
são cruciais para o individuo. Afirma ainda que dentro desse processo de desenvolvimento, 
ordenado e seqüencial, há alguns aspectos que merecem ser comentado: 
Em primeiro lugar está o aspecto de que a seqüência é a mesma para todas as 
crianças, apenas a velocidade de progressão varia, pode-se dizer que a ordem em que as 
atividades são denominadas depende mais do fator maturacional, enquanto que o grau e a 
velocidade que ocorre o domínio estão mais na dependência das experiências e diferenças 
individuais; Em segundo lugar, há o aspecto de existir uma interdependência entre o que 
está se desenvolvendo e as mudanças futuras, daí surge a denominação “habilidades 
básicas”, que constituem pré- requisito fundamental para que toda aquisição seja possível e 
efetiva; Em terceiro lugar, está o aspecto de que todo o conjunto de mudanças na seqüência 
de desenvolvimento reflete a uma mudança em direção a um maior controle dos 
movimentos, esse aspecto dá importância ao sistema nervoso do ser humano. 
Nesse terceiro aspecto, os primeiros anos de vida surgem com uma série de 
movimentos voluntários, permitindo o controle da cabeça, tronco, movimentos de pegar de 
alcançar, manutenção da postura ereta sentado, depois em pé, o andar ereto, correr, saltar, 
arremessar entre muitos outros. 
Sobre o Desenvolvimento Cognitivo Go Tani et al (1998), diz que o ser humano 
apresenta formas de pensar qualitativamente diferentes ao longo da vida, isto reflete ao que 
se costuma denominar de desenvolvimento cognitivo. Comenta ainda que, há aspectos 
genéricos da cognição que incluem a aquisição do pensamento simbólico, do 
posicionamento arbitrário que tomamos ao representar e explicar o mundo a nos mesmos, 
mas também há aspectos da cognição que inclui a maneira pela qual as habilidades motoras 
são controladas e programadas. 
Halverson (1971), apud Go Tani et al, define a aprendizagem do movimento como 
um processo que leva a melhoria da capacidade de se mover da criança, enquanto que na 
aprendizagem pelo movimento, embora os movimentos sejam utilizados, o foco principal 
não esta na melhoria do movimento, mas sim na sua utilização para a criança conhecer a si 
 
 
23 
mesma e ao mundo que a rodeia. 
O movimento deve ser visto como um elemento essencial na aprendizagem, visto 
que é através dele que o ser humano explora o ambiente, e isto é muito importante para a 
percepção e, conseqüentemente para aprendizagem. A lateralidade, imagem corporal, 
eficiência postura e de locomoção, percepção auditiva, visual e tátil são considerados 
componentes da execução de movimentos, tendo papel significativo no desenvolvimento 
cognitivo (Bertalanffy, 1952, apud Go Tani et al). 
Isto serve para mostrar que eventos marcantes da evolução, que vão desde 
movimentos refinados até a ciência e a arte, têm a mesma origem, ou seja, o cérebro 
humano. 
2.6 Desenvolvimento e Aprendizagem na Educação Física Escolar 
 A Educação Física Escolar começa a ser valorizada quando o professor planeja e 
executa atividades que visam o desenvolvimento e a aprendizagem dos seus alunos, mas 
para isso é necessário entender o que é desenvolvimento e aprendizagem. 
Sobre esse entendimento Piaget apud Fonseca (2002, p.49) esclarece: 
 
 O desenvolvimento do conhecimento é um processo espontâneo, ligado ao 
processo global da embriogênese. A embriogenese diz respeito ao 
desenvolvimento do corpo, mas também ao desenvolvimento do Sistema 
Nervoso e ao desenvolvimento das funções mentais. No caso do 
desenvolvimento do conhecimento nas crianças, a embriogênese só termina na 
vida adulta... O desenvolvimento é um processoque se relaciona com a 
totalidade de estruturas do conhecimento... A aprendizagem apresenta o caso 
oposto. Em geral, a aprendizagem é provocada por situações, provocada por um 
experimentador psicológico, ou por um professor com referencia a algum ponto 
didático - por uma situação externa... assim considero que o desenvolvimento 
explica a aprendizagem. 
 
A partir da visão de Piaget, seria importante que os professores tivessem a 
consciência de que cada faixa etária apresenta determinadas características quanto ao seu 
desenvolvimento, motor, afetivo, social, cognitivo, moral e sexual. Dentro dessa visão 
Freire & Scaglia (2003, p.14), o currículo da Educação Física deve apresentar conteúdos 
abertos o bastante para que os alunos, em sua prática, tenham espaços para suas 
manifestações individuais, em seu próprio ritmo de desenvolvimento. 
 
 
 
24 
 Borges (1987, p.125), fala que a aprendizagem baseia-se na aquisição de algumas 
habilidades. E afirma ainda que dependendo de pré-requisitos, as crianças poderão realizar 
várias formas de aprendizagem, eis algumas delas: 
a. Aprendizagem por imitação: sugere a formação de grupos heterogêneos, 
isto é, composto por iniciantes e avançados. Os principiantes imitam os 
outros por orientação do educador 
b. Aprendizagem por experimentação: experimentação, no caso, não significa 
apenas tentar fazer, mas também coloca-se em prova a auto-confiança. Esta 
estimulação denomina-se “problema de movimento”. 
c. Aprendizagem por competição: nessa estimulação é necessário que o 
educador escolha tarefas de acordo com as aptidões variáveis dos seus 
alunos. 
 
 
25 
 
3. OS JOGOS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
 Segundo Mello (1987), os jogos na escola, devem ser aplicados com o intuito de 
proporcionar aos alunos alegria, envolvimento e principalmente deve estar associado com 
o processo educacional, mas hoje na Educação Física, os jogos estão sendo vistos e 
aplicados como atividades exclusivamente competitivas; e que no âmbito da escola “a 
associação entre jogo e competição dá-se em um nível de tal profundidade que os termos 
são constantemente empregados como sinônimos”. 
 O que não deve ser confundido são os jogos de alto rendimento com os jogos 
infantis, um tem como fator principal competição e o outro visa o desenvolvimento e a 
aprendizagem. É claro que a competição é importante e está presente nos jogos infantis, 
mas não pode ser vista como prioridade absoluta. 
Huizinga apud Mello (1987, p.60) define jogo como: 
 
 O jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e 
determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente 
consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, 
acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser 
diferente da vida cotidiana. 
 
Murcia (2005) comenta que os professores devem encarar os jogos infantis como 
aliados de sua prática pedagógica, tendo em vista que quando bem aplicados trazem 
inúmeros benefícios, diz também que o jogo é uma constante vital na evolução, no 
amadurecimento, na aprendizagem do ser humano e acompanha o crescimento biológico, 
psicoemocional e espiritual do homem; diz ainda que na aplicação de determinado jogo, o 
educador deve conhecer etapas de desenvolvimento cognitivo da criança, pois os jogos são 
predominantes em cada faixa etária. 
Murcia (2005, p.35), estrutura a classificação dos jogos proposta por Piaget da 
seguinte forma: 
 
 
 
 
26 
Classificação dos jogos do ponto de vista cognitivo. 
Etapa Tipo de jogo 
Sensório-motora 
(0 – 2 anos) 
Exercício Exercício Exercício* Exercício 
Pré-operatório 
(2-6/7 anos) 
Exercício Exercício Simbólico* Construção 
Operações concretas 
(6/7-11 anos) 
Exercício Simbólico Regras 
(simples)* 
Construção 
Operações formais (11 anos 
em diante) 
Exercício Simbólico Regras 
(complexo)* 
Construção 
*Jogo predominante 
 
Jogo de exercício: são ações que a criança realiza sobre seu próprio corpo e sobre 
objetos, caracterizada por ausência de simbolismo. 
 Jogo de construção: são atividades que consistem na manipulação de objetos com a 
intenção de criar algo, como construir uma torre de areia. 
 Jogo simbólico: predominam processos de assimilação das coisas, ou seja, a criança 
manifesta comportamentos que tomam parte do seu repertório, “acomodando” a realidade 
conforme seus interesses. 
 Jogos de regras: constitui-se de um conjunto de normas que cada participante deve 
conhecer, assumir e ver em jogos dessa complexidade seja capaz de se envolver em jogos 
dessa complexidade normativa, deve superar o egocentrismo, ou seja, deve ser capaz de se 
colocar no lugar de outra pessoa. 
 Entre os 6 e 11 anos, jogos de regras prevalecem mesmo que se possa observar nas 
atividades lúdicas momentos dedicados ao jogo de exercício, ao simbólico e ao de 
construção. 
 Kishimoto (1998, p. 62) fala que atividades lúdicas foram adotadas como 
instrumento de aprendizagem de conteúdos escolares, pois proporcionam uma conduta 
livre que favorece o desenvolvimento da inteligência e facilita o estudo. 
 
 
 
 
 
 
27 
 
4 - PRÁTICA PEDAGÓGICA: CONCEITOS E DEFINIÇÕES 
 “Prática significa: ato de praticar, saber provindo de experiências e aplicação da 
teoria. Pedagógico: Adjetivo de pedagogia que significa; teoria e ciência da educação e 
ensino” (Aurélio 2004). 
Através dessa analise pode-se concluir, que, a Prática Pedagógica é a atuação dos 
professores no processo ensino - aprendizagem, onde executam suas atividades 
supostamente planejadas com o auxilio dos seus conhecimentos teóricos. 
Para Cunha apud Neto & Shigunov (2002 p.104), a Pratica Pedagógica é o cotidiano do 
Professor na preparação e execução de ensino. 
4.1 O Papel da Educação Física Escolar 
Muitos autores afirmam que grande parte dos profissionais da área educacional, 
afirmam a importância das aulas de Educação Física na escola, porém, muitos não sabem 
ao certo o seu verdadeiro papel no contexto escolar. 
Freire (2002, p. 81) dentro dessa perspectiva expõe a seguinte opinião: 
 
 Quando se procura justificar sua inclusão efetiva no currículo, os argumentos 
não são suficientes sólidos para corroborar as opiniões. Pois uma coisa é o 
inquestionável benefício da atividade no desenvolvimento de uma criança, outra 
é ver como esse benefício acontece dentro da escola. 
 
 Entretanto, seria interessante que os professores de Educação Física, mudassem 
esse quadro de incertezas e indefinições freqüentemente encontrado em diversas 
bibliografias, direcionando-se em busca de inovações, aperfeiçoando e redesenhando a sua 
prática no âmbito escolar. 
Medina (apud Mello, 1989, p.45) expõe sua concepção de Educação Física Revolucionária: 
 
 A arte e ciência do movimento humano que, através de atividades específicas, 
auxiliam o desenvolvimento integral dos seres humanos renovando-os e 
transformando-os no sentido de sua auto-realização e em conformidade com a 
própria realização de uma sociedade mais justa e livre.28 
 
Novas teorias surgem com o intuito de extinguir influencias negativas de práticas 
seletivas e super valorizadoras de aptidões físicas, formando assim uma educação física 
inclusiva que visa o desenvolvimento global do individuo. 
Nesse contexto inovador Melo (1989) afirma que o surgimento de importantes 
estudos que tratam da necessidade de uma atuação consciente e crítica que tome o 
educando como um ser no seu todo, com características psicomotoras, afetivas e sociais 
próprias e que se interligam, tem contribuído para a veiculação de um novo pensar que 
repercute ao nível prático na Educação Física Escolar e na Educação física de forma geral. 
Mello (1989) propõe ainda a caracterização da Educação Física atual: 
 
 A Educação Física dos dias de hoje deve ser caracterizada pela busca constante 
de uma prática transformadora, que se integre nos avanços alcançados nos 
estudos da psicomotricidade, e que especialmente considere os aspectos culturais 
no processo de aprendizagem. 
4.2 Prática Pedagógica na Educação Física Escolar: Consciente ou Negligente? 
Como dito anteriormente, a Prática Pedagógica é a ação dos professores no 
processo - ensino aprendizagem. Percebe-se neste contexto que essa prática é particular, 
pois cada professor possui um nível de conhecimento teórico- prático, por isso planejam e 
executam aulas de formas diferentes. Na Educação Física Escolar essa particularidade é 
um fato, já que existem professores que demonstram um comprometimento com o 
desenvolvimento global dos alunos e outros que valorizam apenas o desempenho técnico-
motor e a aptidão física dos alunos. 
Molina apud Neto & Shigunov (2002, p. 86-87) representa os diferentes 
entendimentos que os profissionais tem em relação a teoria e prática no ensino da 
Educação Física, apresentando quatro categorias principais: 
 
a) A prática de conteúdo: é aquela onde o professor de Educação Física, 
com os meios materiais de que dispõe, e de acordo com suas 
preferências pessoais, programa os conteúdos possíveis, geralmente 
esportes coletivos ou aulas de ginástica geral, e os desenvolve usando 
estratégias didáticas convencionais e uma concepção esportiva 
tradicional. Sua preocupação está centrada em desenvolver o conteúdo 
 
 
29 
programado e que os alunos aprendam. Preocupa-se com a iniciação 
desportiva e se envolve pouco na integração de sua disciplina com o 
projeto pedagógico da escola, participando pouco de das questões 
escolares mais amplas. É um tipo de prática onde a Educação Física não 
incomoda. Trabalha com o material que tem na escola. 
b) A prática criativa: não causa contratempos ao sistema educativo e, 
diante das circunstancias adversas e dos desafios que lhe impõem na 
escola, sem amparo institucional, busca ajuda em colegas mais 
experientes, propondo alternativas criativas para atender as necessidades 
dos alunos e os objetivos da escola. É uma prática de elevado valor 
pessoal e docente, mas limitada por desconsiderar o questionamento das 
razões e os porquês da imposição destas condições e destes desafios. O 
professor dá aulas e, inclusive colabora com outras atividades dentro da 
rotina da escola. É uma prática docente com elevado grau de 
compromisso e interação com os alunos, e se caracteriza principalmente 
pelo ativismo. Além de conhecimentos específicos, desenvolve o como 
fazer, como solucionar os problemas de ensino que são propostos. 
c) A pratica disciplinadora: desenvolve-se com mais freqüência no ensino 
primário. Caracteriza-se pelo exercício da autoridade institucional sobre 
os alunos, controlando as formas e a circulação dos alunos na escola. É 
uma prática que busca educar as atitudes, os valores e comportamento 
do aluno através da disciplina corporal. Tem forte compromisso com a 
escola e como socializar os alunos para a adaptação e aceitação de 
normas institucionais. 
Está em plena contradição com os desejos de democratização pelos 
quais luta o professorado de Educação Física. Tem pouca interação com 
os alunos e desenvolve um conhecimento do controle e do manejo do 
grupo, tendo inclusive a pretensão de controlar os hábitos de postura 
corporal dos alunos. 
d) A prática reflexiva: é através dela que o professorado questiona o seu 
papel e de sua disciplina na escola. Usa sua especificidade e sua relação 
de ambos, seus limites e suas possibilidades de intervenção. Busca, 
sobretudo, a integração da Educação Física ao conjunto das praticas 
 
 
30 
educativas do currículo. 
Aprofunda sua critica ao sistema educativo e seus efeitos concretos 
sobre as diferentes parcelas da comunidade escolar, convertendo-se em 
um incomodo para grandes parcelas da administração da escola e do 
sistema educativo. 
Também é uma prática que tem um elevado grau de compromisso e 
integração com os alunos, mas que, sobretudo, caracteriza-se pela 
reflexão de sua ação prática. 
Diversos autores constatam na Educação Física, a existência de práticas 
pedagógicas negligentes. Neto e Shigunov (2002) concluíram ao realizar uma pesquisa 
que, o ensino da Educação Física Escolar abrange uma série de variáveis, no conjunto das 
quais destacam-se, neste estudo: os objetivos formulados e os conteúdos ministrados. Ao 
fazer uma analise preliminar da literatura estudada, evidenciaram que a aptidão física e o 
desempenho técnico motor, salvo raras exceções, são as referencias básicas para o 
planejamento e avaliação dos professores. 
Nessa pesquisa, os autores afirmam ainda não possuir, nas propostas dos 
professores de Educação Física objetivos direcionados ao ensino da disciplina para uma 
prática continuada das atividades físico-motoras. Sendo verificado ainda que, em muitas 
escolas, as aulas teóricas são praticamente inexistentes, raros são os professores que levam 
seus alunos para a sala de aula e abordam conteúdos teóricos sobre o esporte, higiene, 
saúde ou outros assuntos. 
Os autores chegaram á conclusão de que os que se dedicam ao esporte escolar 
costumam utilizar essas aulas para ensinar as regras das modalidades que treinam, sem, 
contudo, planeja-las para tal fim. Na preparação de suas aulas, poucos são os que 
modernizam os conteúdos, os processos e os objetivos, ministrando todo ano o mesmo 
assunto, sem seguir um planejamento definido e se esquecendo muitas vezes de que a aula 
é um momento, uma atividade, uma mensagem, um espaço aberto para o estudo e a 
reflexão e que por esses outros motivos, necessitam de um planejamento adequado. 
 
 
 
 
 
 
 
31 
Oliveira (1992) enfatiza que: 
 
 Temos que redimensionar nossa prática e reavaliar nossas propostas 
pedagógicas a fim de rumarmos na construção de um novo paradigma para a 
Educação física, onde se reconheça a sua prática educativa como fundamental na 
formação do ser humano, onde ela ocupe seu espaço na sociedade como 
integrante dessa estrutura social e que trabalhe nas transformações da mesma 
entendendo-a como possível de tais atitudes e por fim, que seus profissionais 
tornem-se capazes de transceder o entendimento da prática pela prática. 
 
 Na perspectiva do novo paradigma citado acima, Oliveira reconhece a importância 
da Educação Física na escola, no entanto, percebe o risco de perder este espaço, caso aindaocorra a realização de práticas descomprometidas com a transmissão e produção de 
conhecimento. 
 O autor ainda afirma que forma com que se apresenta a Educação Física na escola e seu 
desenvolvimento dentro do processo educacional é facilmente descartável, sendo 
necessário que se transforme um momento já vivido do “fazer por fazer” em um novo que 
requer o “refletir o fazer”. 
Durante o estudo desse capitulo observou-se, o interesse dos autores em subsidiar e 
fundamentar mudanças de uma Prática Pedagógica negligente para uma prática consciente, 
que sobreponha desmazelos atuais. 
4.3 PCN’s: Direcionando a Prática Pedagógica na Educação Física 
Os PCN’s (Parâmetros curriculares Nacionais) apresentam propostas que procuram 
democratizar, humanizar e diversificar a prática pedagógica de uma área de conhecimento 
em questão. 
A Educação Física buscando ampliar de uma visão biológica, para um trabalho que 
incorpore as dimensões cognitivas e sócioculturais dos alunos. 
 De acordo com os PCN’s, são objetivos da Educação Física no Ensino 
Fundamental: 
a. Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e 
construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características pessoais, 
físicas sexuais ou sociais. 
b. Adotar atitudes de dignidade e solidariedade em situações lúdicas e esportivas. 
c. Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar de manifestações de cultura corporal do 
Brasil e do mundo. 
 
 
32 
d. Adotar hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais. 
e. Solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos. 
f. Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética corporal, analisando 
criticamente os padrões divulgados pela mídia e evitando o pessimismo e 
preconceito. 
g. Reivindicar locais adequados para promover atividades corporais de lazer , 
reconhecendo-as como uma necessidade básica do ser humano e direito do cidadão. 
Ao analisar os objetivos e as propostas a serem tratadas pelos PCN’s , pode-se concluir 
que ambos quando bem interpretados e adaptados , servem como subsídios na melhoria da 
pratica pedagógica dos profissionais , quando aborda a complexidade das relações corpo e 
mente num contexto sociocultural , tem como principio a igualdade de oportunidade para 
todos os alunos e o objetivo de desenvolver suas potencialidades ,num processo 
democrático e não seletivo. Assim nas aulas de Educação Física o professor deverá sempre 
contextualizar a prática, considerando as varias dimensões de aprendizagem, priorizando 
uma ou mais delas e possibilitando que todos seus alunos possam aprender e se 
desenvolver. 
 
 
33 
 
5. INTERDISCIPLINARIDADE: CONCEITOS E CONTRIBUIÇÕES 
 
 
 Sabe-se que o conhecimento se constrói com as experiências vividas e percebidas 
pelo educando. No entanto ainda observa-se na educação a insistência em estimular a 
aprendizagem de forma compartimentalizada. 
Barbanti (1994, p.169) conceitua interdisciplinar como o “que é comum a duas ou 
mais disciplinas ou ramos de conhecimento” para que o aprendizado verdadeiramente 
aconteça de maneira integralizada. 
 Para Werneck (2001, p. 56) “a interdisciplinaridade é a forma mais forte de 
pluridisciplinaridade, aquela onde existe realmente uma interação entre as disciplinas 
escolares”, trazendo para a escola uma nova visão didático-pedagógica à problemática da 
formação humana, proporcionando a vivencia de um currículo que veicula conceituações 
interligadas. 
 Os elementos caracterizadores da visão interdisciplinar devem olhar o currículo em 
dois ângulos: 
 O ângulo vertical: que organiza os conteúdos em função de determinados 
objetivos; 
 O ângulo horizontal: que criará mecanismos auxiliares e definirá a estratégia 
para uma nova abordagem interdisciplinar. 
Os benefícios de uma aprendizagem interdisciplinar vão além dos currículos 
escolares, possibilitando ao educando uma visão de mundo onde a sociedade e os fatos se 
interligam continuamente. Werneck (2001, p.58) traça linhas mestras de praticidade deste 
processo e alerta que “a dificuldade maior está na mentalidade dos professores, seja pela 
falta de visão interdisciplinar das próprias coordenações, seja pela formação acadêmica e 
didático-pedagógica nas faculdades de educação”. 
Esta simples mudança de enfoque depende da vontade dos professores que ao 
trabalhar de forma dialética favorecerá um aprendizado mútuo, significativo e 
contextualizado. 
 
 
34 
5.1 Interdisciplinaridade na Educação Física Escolar 
A interdisciplinaridade é um componente indispensável para melhoria do ensino em 
qualquer disciplina. Dentro desse contexto a Educação Física na escola enfrenta barreiras, 
pois de uma forma geral, ainda existe a concepção de que a Educação Física trabalha com 
o “corpo”, e as demais disciplinas trabalham a “mente”. Sobre tal afirmação, Freire 
(1997,p.182) diz que a escola reserva-se a mente a quase totalidade das construções 
escolares; o espaço para o corpo perde-se escondido entre a sala de aula e administração. 
Dá para imaginar a escola como um ser de cabeça imensa e corpo diminuto, um ser, por 
isso, deformado. 
É preciso que a Educação Física afirme seu papel no âmbito escolar e que seus 
profissionais não encarem sua finalidade apenas como auxilio aos conteúdos de outras 
matérias.Freire (1997) diz que mesmo considerando-se a interdisciplinaridade um fator que 
viabiliza um melhor ensino, a Educação Física deve se justificar por si mesma, pelo 
conteúdo que desenvolve na escola. 
Freire(1997 p.183) fala sobre a real importância da interdisciplinaridade na Educação 
Física Escolar: 
 
 A importância de demonstrar as relações entre os conteúdos da 
disciplina Educação Física e os das demais disciplinas reside, não na sua 
importância como meio auxiliar daquelas, mas na identificação de pontos 
comuns do conhecimento e na dependência que o corpo e mente, ação e 
compreensão, possuem entre si. 
5.2 Sugestões de Atividades Interdisciplinares 
Para valorizar a Prática Pedagógica em Educação Física, não basta apenas apontar as 
falhas ocorridas, é interessante que se proponha soluções. Dentro dessa perspectiva, as 
relações da Educação Física e das outras disciplinas da escola é explicitada por Freire 
(1997) que sugere algumas atividades resumidas a seguir: 
A. Boca de forno: Passemos de pronto, ao exemplo de uma variação desse brinquedo 
popular tão conhecido no Brasil, às vezes também com nome de “abacaxi”; “Boca 
de forno – forno – darei um bolo – bolo – fareis tudo o que o rei mandar? – 
faremos. – Então, corram até...” (e aí vai uma ordem para o cumprimento da 
tarefa”; “Em algumas regiões seria: “abacaxi – xi – maracujá – já – fareis tudo o 
 
 
35 
que o rei mandar?”; Uma criança comanda e as demais cumprem as tarefas, 
estimulando: trabalhos em grupos; O professor comandaria a atividade e solicitaria 
que trouxessem objetos de uma certa cor, de um certo peso, tamanho, estimulando o 
conhecimento lógico matemático que se forma a partir da classificação e seriação. 
Objetivos na Educação Física: Atenção, agilidade, corridas variadas,percepção espaço-
temporal. 
Interdisciplinaridade: Português: separação de sílabas. 
 
B- Correspondência Provocada: As crianças se organizam em duas fileiras, com o 
mesmo número de elementos, uma de frente para outra de modo que cada criança 
de uma fileira ficasse a frente de outra, da fileira oposta e trocassem passes com 
uma, aos pares passando a bola para a companheira a sua frente; trata-se de uma 
questão de correspondência, porque a cada criança de uma fileira corresponde a 
outra na fileira à frente. Exercita-se aí um dos princípios básicos da noção de 
número. 
Objetivo na Educação Física: Organização, regras, coordenação óculo-manual, 
percepção espaço-temporal. 
Interdisciplinaridade: matemática. 
 
C - Adivinhar o Tempo: O professor avisa às crianças que vai marcar no relógio um 
certo tempo, por exemplo, 15 segundos. Ao sinal de início, as crianças tentam 
calcular mentalmente o tempo indicado. Conforme os cálculos ela informa ao 
professor quando acham que o relógio chegou aos 15 segundos.Terminada a tarefa, 
o professor revela qual delas acertou mais perto o tempo estabelecido; espaço e 
tempo não são categorias acessíveis ao nosso mecanismo sensorial; ninguém vê o 
tempo ou o espaço, entretanto nossas ações com esses objetos, estruturam-se 
noções que representam o correr mais, o chegar antes, o fazer mais ou menos força, 
formando idéia de tempo. 
Objetivo na Educação Física: Percepção temporal, atenção, concentração. 
Interdisciplinaridade: Matemática: conhecendo o tempo. 
 
D - Pular Corda com Separação de Sílabas: A criança entra e pula corda dizendo, 
em correspondência com os saltos, as sílabas de uma palavra que escolha. Por 
 
 
36 
exemplo: ca-ne-ca realizará 3 saltos, já-bu-ti-ca-ba, saltará 5 vezes. 
Objetivo na Educação Física: Saltos, percepção espaço-temporal, linguagem. 
Interdisciplinaridade: Português: separação de silabas 
 
E - Pular Corda com Números e Operações: A primeira criança entra na corda, 
pula uma vez dizendo “um”. A segunda criança entra e salta duas vezes dizendo 
um, dois’ e assim por diante, até a atividade se tornar cansativa, ou até alguém 
errar. A cada erro, pode-se começar de novo; pode-se pular mencionando-se só os 
números pares ou só os números impares; outra variação, o primeiro pode pular e 
dizer “um, três”, o próximo entra e pula quatro vezes, ou seja, a soma dos números 
ditos pelos companheiro anterior. 
 
Objetivo na Educação Física: Saltos, percepção espaço-temporal, linguagem. 
Interdisciplinaridade: Matemática: números pares, números impares, seqüência 
numérica. 
 
F - Formando Grupos:Os alunos devem andar pelo espaço da quadra, o professor 
da o sinal: “ dois à dois, ou três à três”... Os alunos, então, terão que se agrupar 
conforme o aviso do professor. 
Objetivo na Educação Física: Agilidade, atenção, coordenação e orientação espaço 
temporal. 
Interdisciplinaridade (Matemática): Operações de adição e noção de conjunto. 
 
G - Capitão do Mato Pega Escravo: Na quadra o professor distribui um ou mais 
chicotinhos pedagógicos, quem estiver com o chicote é o capitão do mato, os 
demais são escravos. O capitão corre atrás dos escravos , em quem ele bater com o 
chicote, tem que ficar parado com as pernas afastadas;para ficar livre tem que pedir 
socorro e gritar: “Lei Áurea ”, o colega que passar por baixo da perna deverá gritar: 
“ princesa Isabel” , e a criança estará livre do castigo passando a ser mais um 
escravo livre para salvar os outros que estão presos. 
 
Objetivo na Educação Física: Cooperação, agilidade e coordenação. 
Interdisciplinaridade (História): História do Brasil. 
 
 
37 
 
6. A PESQUISA 
 
6.1 Metodologia 
 
 Tipo de pesquisa: Teórico-empírica descritiva. 
 Local da pesquisa: SESC-ESCOLA de Porto Velho. 
 Período de realização: de agosto à novembro de 2006. 
 Instrumentos de coleta de dados: Questionário aberto com três perguntas. 
 1ª etapa (aplicação do questionário) público alvo: 4 estagiários (sendo três de 
Educação Física e um de sala) e 8 professores (sendo um de Educação Física e 
sete de sala). 
 2ª etapa (execução das atividades interdisciplinares) público alvo: 86 alunos 
do Ensino fundamental (1ª à 3ªsérie): 43 alunos da 1ª série (22 meninas e 21 
meninos); 19 alunos da 2ª série (9 meninas e 10 meninos); 24 alunos da 3ª série 
(7 meninas e 17 meninos). 
 Perfil dos alunos: Nível sócio econômico: classe média baixa, Faixa etária: 07 
a 10 anos, Nível de repetência : nenhum aluno, Dificuldade de aprendizagem: 1ª 
e 2ª série- ciências e matemática, 3ª série- geografia e matemática. 
6.2 Procedimentos Metodológicos: 
Na 1ª etapa da pesquisa foi realizada a aplicação do questionário aos professores 
que teve como objetivo averiguar a concepção dos professores do Ensino Fundamental 
sobre a Educação Física no processo educacional. 
As perguntas do questionário foram as seguintes: 
1ª - Você considera importante, as crianças terem aula de Educação Física? Por 
quê? 
2ª - Na sua concepção como educador, o que é mais eficaz, um brincar livre ou 
orientado? 
3ª - As aulas de Educação Física podem contribuir na aprendizagem dos alunos? 
Como? 
 
 
38 
Na etapa seguinte foi proposto aos professores a iniciar no 4º bimestre um trabalho 
interdisciplinar entre a Educação Física e as disciplinas que os alunos demonstravam maior 
dificuldade de aprendizagem (Ciências e Matemática). Os conteúdos a serem 
desenvolvidos na sala de aula foram discutidos e partilhados com a professora de Educação 
Física que estruturou suas aulas adaptando os conteúdos de acordo com seus objetivos. As 
atividades foram selecionadas e desenvolvidas nas aulas de Educação Física, com a 
preocupação de associar temas desenvolvidos na sala de aula. 
A aquisição do conhecimento teórico se torna eficaz, quando se relaciona com a 
prática, possibilitando um aprendizado sólido e estruturado, com associações e 
comparações. Devido a essa afirmação, se faz necessário a apresentação das atividades 
interdisciplinar realizadas no Sesc- Escola de PVH, com a freqüência de uma vez por 
semana no decorrer do 4º Bimestre. 
 
1ª Atividade 
 
 Imitando os Animais: A turma foi dividida em 2 grandes grupos denominados 
de vertebrados e invertebrados.O professor deu para cada grupo uma seqüência 
de animais para eles imitarem, então, enquanto um grupo imitava, o outro 
tentava adivinhar qual era o animal. Quando um grupo adivinhava, ganhava 2 
pontos e o outro grupo 1 ponto; quando um grupo errava ninguém fazia 
ponto.OBS: O grupo dos vertebrados imitava apenas animais vertebrados e o 
grupo dos invertebrados imitava apenas animais invertebrados. 
 Material: Nenhum 
 Objetivo na Educação Física: Expressão corporal e socialização. 
 Interdisciplinaridade (Ciências): Animais Vertebrados e Invertebrados. 
 Comentários: Atividade realizada com a 1ª e 2ª série do ensino fundamental. 
Os alunos se mostraram motivados durante a realização dessa atividade, não 
demonstraram inibição ao se expressar e socializaram de forma bem 
descontraída. Após a atividade foi realizada uma roda de conversa, para 
verificar o nível de aprendizagem da turma, e a resposta obtida foi que eles 
aprenderam imitar e identificaros animais vertebrados e invertebrados. 
 
 
 
 
39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Foto 1: Imitando os animais 
 
2ª Atividade 
 
 Batata Quente: Foi formada uma grande roda com todos os alunos, o professor 
deu a bola para um aluno e esse passou para o colega do lado e assim 
sucessivamente, ao apito do professor os alunos paravam de passar a bola, o 
aluno que ficou com a bola na mão, respondeu uma pergunta sobre os animais 
Ex: Sapo é vertebrado ou invertebrado? Para os alunos da 3ª série as perguntas 
eram sobre Estados e capitais do Brasil, Ex: A capital do Acre é ? 
Material: Uma bola 
Objetivo na Educação Física: Agilidade e coordenação óculo-manual. 
Interdisciplinaridade 1ª e 2ª série (Ciências), 3ª série(Geografia): Animais 
vertebrados e invertebrados, Estados e capitais do Brasil. 
Comentários: Os alunos se mostraram alegres e ansiosos, se atrapalharam para passar 
a bola, pois queriam passar rapidamente para a bola não parar na sua mão. 
 
 
 
40 
3ª Atividade 
 
 O Corpo Humano: Essa atividade foi realizada em sala de aula, onde explicou-
se a função do esqueleto humano e os diferentes movimentos que o nos 
podemos executar nas aulas de Educação Física (andar, correr, saltar, pular, 
dançar, nadar, agachar, rolar, entre outros) devido a presença dele no nosso 
corpo.Durante a aula foi lida uma estorinha sobre o assunto, depois foi 
apresentado um cartaz explicativo e por fim dividiu-se a turma em pequenos 
grupos para eles montarem um esqueleto do corpo humano. 
Material: Livro de estória, cartaz e esqueleto pedagógico de plástico. 
Objetivo na Educação Física: Conhecimento corporal. 
Interdisciplinaridade (Ciências): O Esqueleto humano 
 Comentários: Essa atividade foi desenvolvida com a 1ª e 2ª série do Ensino 
Fundamental. Embora os alunos não gostem de realizar as atividades de Ed. Física na 
sala de aula, essa atividade atraiu a atenção e curiosidade dos alunos, todos 
participaram com entusiasmo e percebeu-se a evolução do conhecimento corporal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto 2: Conhecendo o corpo humano 
 
 
 
 
41 
4ª Atividade 
 
 Formando Operações: Nessa atividade a turma foi dividida em dois grandes 
grupos, no chão da quadra com fita adesiva foi desenhada uma grande operação; Ex 
(operação da 2ª série):1ª linha__ X 2ª linha__ = 3ª linha_ . O professor dava o 
enunciado para um grupo de cada vez, Ex: “ Grupo 1: 2 dividido por 1 é igual a ? 
Então, esse grupo se organizava para formar a “operação humana”, ou seja, 2 
alunos deveriam correr para 1ª linha, 1 aluno para 2ª linha e 2 para 3ª linha, e assim 
solucionavam a operação solicitada. 
 Material: Fita adesiva 
Objetivo na Educação Física:Agilidade,atenção,cooperação, estruturação espacial. 
Interdisciplinaridade (Matemática): Operações (subtração, multiplicação e divisão) 
Comentários: Essa atividade foi realizada com os alunos do ensino Fundamental 1ª 
série (operação de subtração), 2ª série (operação de multiplicação) e 3ª série (operação 
de divisão). Os alunos tinham o tempo de 30 segundos para montar a operação, cada 
operação correta valia 1 ponto e vencia o grupo fizesse o maior número de pontos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto 3 : Formando operações 
 
 
 
 
42 
5ª Atividade 
 
 Regiões do Brasil: Essa atividade foi realizada na quadra onde o professor 
embasado no mapa, desenhou no chão com giz círculos com aproximadamente 2 m 
de raio que indicavam as regiões do Brasil (Norte, Nordeste, Centro- Oeste, Sul e 
Sudeste). Todos os alunos ficavam no 1º degrau da arquibancada, o professor dava 
o comando, “ Viajando para a região Norte” , os alunos corriam para o círculo que 
indicava a região Norte, o último aluno a chegar, saia da disputa para ajudar o 
professor a verificar os últimos alunos que chegavam. 
Material: Giz 
Objetivo na Educação Física: Agilidade, coordenação, rapidez de reação e orientação 
espaço-temporal. 
Interdisciplinaridade (Geografia): Regiões do Brasil 
Comentários: Essa atividade foi realizada com a 3ª série do ensino Fundamental, os 
alunos foram participativos, demonstraram total entusiasmo e concentração na 
atividade. 
 
6.3 Análise dos Resultados 
6.3.1 Analise do questionário aplicado aos professores 
 
No questionário aplicado aos professores, na primeira questão, todos consideram 
relevante, crianças terem aulas de Educação Física e enumeram alguns objetivos da 
disciplina nas seguintes proporções explicitas no gráfico a seguir. Pergunta: Você 
considera importante, as crianças terem aula de Educação Física? Por quê? 
 
 
 
43 
0
10
20
30
40
50
60
Objetivos respondidos
Desenvolver capacidades motoras
Vivenciar regras
Praticar atividades físicas como
natação, futebol, volei, etc.
Desenvolver a
interdisciplinaridade
Conhecer o próprio corpo
Manter a saúde
 
 
Na segunda questão, os professores foram indagados sobre a eficácia do brincar 
livre e do brincar orientado. Pergunta: Na sua concepção como educador, o que é mais 
eficaz, um brincar livre ou orientado? 
 
59%
41%
Brincar orientado
Brincar livre e orientado
 
Terceira Pergunta: As aulas de Educação Física podem contribuir na aprendizagem dos 
alunos? Como? Os professores foram unânimes em afirmar que as aulas de Educação 
Física contribuem para a aprendizagem dos alunos em sala de aula, no entanto, apenas dois 
responderam que um trabalho interdisciplinar poderia auxiliar na aprendizagem nas 
disciplinas que os alunos demonstravam dificuldade de assimilação. 
 
 
 
44 
6.3.2 Análise das notas Bimestrais dos alunos: Antes e após o trabalho interdisciplinar 
 
As atividades interdisciplinares foram realizadas com: duas turmas de 1ª série, uma 
turma de 2ª série e uma turma de 3ª série do ensino Fundamental. As disciplinas 
trabalhadas juntamente dom a Educação Física foram Ciências e Matemática (para 1ª e 2ª 
séries) e Geografia e Matemática (para as 3ª séries). As notas foram comparadas no 3º 
bimestre (sem a ação interdisciplinar) e no 4º bimestre (com atuação interdisciplinar), 
tendo como resultado os seguintes dados: 
 
1ª série A 
Ciências Matemática 
Bimestre Média das notas Bimestre Média das notas 
 3º Bimestre 8,8 3º Bimestre 8,6 
4º Bimestre 9,4 4º Bimestre 9,0 
 
 1ª série B 
Ciências Matemática 
Bimestre Média das notas Bimestre Média das notas 
 3º Bimestre 7,9 3º Bimestre 7,8 
4º Bimestre 8,0 4º Bimestre 8.0 
 
2ª série A 
Ciências Matemática 
Bimestre Média das notas Bimestre Média das notas 
 3º Bimestre 7,6 3º Bimestre 7,3 
4º Bimestre 8,3 4º Bimestre 8.7 
 
 3ª série A

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