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resumo 1928565 adriano barbosa 34530570 direito processual penal carreira delegado aula 04 principios iii

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Princípios III
DIREITO PROCESSUAL PENAL
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PRINCÍPIOS – III
Princípios Constitucionais III. Princípios Gerais do Processo Penal.
Doutrina referência para a nossa aula:
Guilherme NUCCI – Código de Processo Penal Comentado.
Norberto AVENA – Processo Penal Esquematizado.
Nestor TÁVORA e Fábio ROQUE – Código de Processo Penal para Concursos.
Renato BRASILEIRO de Lima – Manual de Processo Penal.
Princípios Constitucionais Implícitos do Processo Penal
Os princípios constitucionais implícitos do processo penal são aqueles que 
não estão expressamente e literalmente dispostos na Lex Excelsa.
Eles são extraídos a partir dos princípios explícitos existentes, bem como 
dos ideais e valores consagrados no texto constitucional.
Os valores consagrados no texto constitucional são aqueles que compõem a 
tábua axiológica.
Eles ascendem, portanto, a partir da interpretação sistemática da Carta 
Magna considerando a tábua de valores eleita pelo legislador constituinte.
10 – Princípio do Duplo Grau de Jurisdição
Princípio que decorre da própria estrutura do Poder Judiciário estabelecido 
pela Constituição Federal, consistente na sua divisão em instâncias diversas.
Decorre também da natural irresignação da parte com uma decisão que 
considera injusta, da necessidade de controle dos atos do Estado.
Não existe um dispositivo expresso na Constituição Federal (CF) que verse 
sobre o duplo grau de jurisdição. Observando a forma com que o Poder Judici-
ário é constituído, com órgãos de 1º grau (juízes singulares), 2º grau, tribunais 
ad quem, tribunais superiores e a própria Corte constitucional, constata-se que a 
incidência de duplo grau de jurisdição passa a ser um direito inerente às partes. 
Qualquer cidadão com causa posta em juízo e decidida contra os seus interesses, 
causa a irresignação com relação à decisão. A alternativa dada pela CF é que esse 
cidadão tenha acesso a tribunais, a órgãos colegiados do Poder Judiciário que 
possam revisitar aquela causa em que a pretensão do recorrente não foi acolhida.
O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu em outubro de 2016 a possi-
bilidade de início da execução do cumprimento da pena com decisão e confirma-
ção de condenação pelo tribunal ad quem, segunda instância recursal.
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11 – Princípio do Promotor Natural
O indivíduo tem o direito de ser acusado por órgão do Estado (Estado-Acu-
sação) previamente designado por lei, sendo vedada a indicação de acusador 
de conveniência para atuar em casos determinados.
O cidadão tem o direito de ser investigado por um Delegado Natural e acusado 
por órgãos legalmente constituídos, Estado-Acusação ou Estado-Investigação.
O Ministério Público (MP) criou o mito do promotor imparcial. Como alguém, 
sendo parte, pode ser imparcial? Quando o MP oferece a denúncia, a peça exor-
dial acusatória, a causa de pedir é a imputação de um fato criminoso a um cidadão 
e o pedido é de condenação. Como pedir a condenação de alguém se dizendo 
imparcial? Existe sim o princípio do promotor natural ou do delegado natural, 
mas o promotor imparcial apenas existe na doutrina de Pacelli de Oliveira. 
12 – Princípio da Oficialidade
A persecução criminal é uma função primordial e obrigatória do Estado.
As tarefas de investigar, processar e julgar um agente criminoso cabem 
aos órgãos constituídos do Estado, através da Polícia Judiciária (Estado-Inves-
tigação), MP (Estado-Acusação) e Poder Judiciário (Estado-Juiz).
Além do Estado-Investigação, Estado-Acusação e Estado-Juiz ainda existe 
a defesa que, na esteira da Súmula Vinculante 14 do STF, atua desde a fase da 
investigação criminal. 
Conforme o ensinamento de NUCCI:
“À Polícia Judiciária cumpre investigar (...); ao Ministério Público cabe 
ingressar com a ação penal e provocar a atuação da Polícia (...); ao Poder Judi-
ciário cumpre a tarefa de aplicar o direito ao caso concreto”. 
13 – Princípio da Intranscendência
Assegura que a ação penal não deve transcender da pessoa a quem foi impu-
tada a conduta criminosa.
Assim, a imputação da prática de um delito não pode ultrapassar a 
pessoa do agente, envolvendo terceiros, mesmo que sejam consideradas civil-
mente responsáveis pelo delinquente.
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O réu defende-se dos fatos e não da classificação jurídica dos fatos. As provas 
produzidas são todas desenvolvidas a luz dos fatos imputados. A imputação do 
delito não pode ultrapassar a pessoa do agente envolvendo terceiros, mesmo 
que sejam considerados civilmente culpados pelo delito. 
Uma coisa é a questão cível, outra é a penal e a questão penal exige que haja 
uma imputação de fato a pessoa específica, a individualização das condutas. 
Nos crime multitudinários ou crimes praticados por associação ou organização 
criminosa de grandes dimensões, o MP, no momento da apresentação da causa 
de pedir, não precisa discriminar cada um dos participantes, mas na fase de 
instrução essa individualização é obrigatória para que os acusados possam se 
defender dos delitos que lhes são atribuídos. 
14 – Princípio da Iniciativa das Partes ou da Ação ou da Demanda
Extraído do Sistema Acusatório que vige no Brasil que garante ao MP ou ao 
Querelante a iniciativa do oferecimento da Ação Penal. Assim, veda-se que o 
Estado-Juiz deflagre a Ação Penal de ofício.
No sistema acusatório brasileiro, o juiz deve colocar-se sempre entre as 
partes e acima dela, de maneira equidistante e equilibrada para poder apreciar 
a matéria probatória. Na emendatio libelli o juiz pode emendar na sentença a 
classificação jurídica atribuída ao fato pelo MP. 
Decorre deste princípio o Princípio da Correlação entre acusação e a sen-
tença que implica na perfeita correspondência entre o fato imputado ao réu na 
acusação com o fato reconhecido pelo juiz na sentença.
15 – Princípio da Vedação do Duplo Processo pelo Mesmo Fato e da 
Vedação da Dupla Punição
Não se pode processar alguém duas vezes com base no mesmo fato, impin-
gindo-lhe dupla punição – Non bis in idem.
Seria ao mesmo tempo nitidamente lesivo à dignidade da pessoa humana 
ser ela punida duas vezes pela mesma conduta, o que evidenciaria não ter fim o 
poder estatal (summa potestas), firmando autêntico abuso de direito.
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A decisão ora questionada está em perfeita consonância com a orientação desta 
Suprema Corte no sentido de que, cuidando-se de processos criminais diver-
sos e fatos distintos (ainda que praticados em um mesmo contexto), não há que 
se falar em bis in idem. HC 80.621/DF, rel. min. Néri da Silveira e HC 103.501, rel. 
min. Dias Toffoli. No mesmo sentido (IHC 95.985, rel. min. Gilmar Mendes).
Princípios Gerais do Processo Penal
16 – Princípio da ação, demanda ou iniciativa das partes
Também conhecido como ne procedat judex ex officio. Este princípio orienta 
que devido à inércia da jurisdição, cabe às partes (MP ou Querelante) a provoca-
ção do Poder Judiciário, levando a termo o direito de ação, com escopo de obter 
a prestação jurisdicional.
17 – Princípio da oficialidade
Os órgãos incumbidos da persecução criminal, englobando o Inquérito 
Policial e a Ação Penal, são públicos.
Por óbvio, que não se pode olvidar a titularidade da Ação penal Privada, 
onde o particular (Querelante) possui legitimidade ativa. Mas, esta exceção con-
forma a regra.
Nas ações penais privadas, o querelante (polo ativo da ação) exerce o iuspersequenti in judicio. O querelante não é titular do direito de punir, é titular da 
ação penal privada. O direito de punir é do Estado. Através do ius persequenti in 
judicio o querelante provoca a ação do Estado para a punição. 
18 – Princípio da Oficiosidade
A regra é a atuação oficial na persecução criminal dos órgãos responsáveis 
(Polícia Judiciária e MP), sem necessidade de autorização para agir, desempe-
nhando suas atividades ex officio.
Contudo, há casos em que o início da persecução penal (IPL e AP) pres-
supõe autorização do legítimo interessado, como nos casos de ação penal 
pública condicionada à representação da vítima ou à requisição do Ministério 
da Justiça (MJ).
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19 – Princípio da Verdade Real, Material ou Substancial
A persecução criminal não se conforma com conjecturações e ilações afasta-
das da realidade. O Delegado de Polícia (em sede de IPL) e o Juiz (em sede de 
AP) orientam os seus labores probatórios na reconstrução da verdade factual 
(FERRAJOLI).
É a busca da verdade histórica que mais se aproxima da realidade em que 
o crime foi praticado.
20 – Princípio da Obrigatoriedade
A persecução criminal, em regra, é de ordem pública, e não cabe juízo de 
conveniência ou oportunidade em relação ao seu desencadeamento.
Com efeito, os órgãos responsáveis por ela (delegado de Polícia e parquet), 
presentes os requisitos legais, estão obrigados a atuar.
Não se pode olvidar a realidade jurídica da Ação Penal Privada e a perse-
cução dos Crimes de menos Potencial Ofensivo (Lei nº 9099/1995) onde a 
obrigatoriedade é relativizada.
Muitas vezes a comunicação de um crime demora anos e é mal elaborada, 
mas por obrigação legal os delegados de polícia e parquet são obrigados a atuar. 
A Lei nº 9099/1995 relativiza a obrigatoriedade através da composição de danos 
e a transação penal entre o MP e o autor do fato. 
21 – Princípio da Indisponibilidade
É uma consequência da obrigatoriedade, nesta esteira, uma vez instaurado 
o IPL, ou iniciada a AP, os órgãos incumbidos da persecução criminal não 
podem deles dispor.
Logo, a Autoridade Policial não pode arquivar os autos do inquérito policial, 
cf. art. 17, CPP, e o MP não pode desistir da ação interposta, cf. art. 42, CPP.
22 – Princípio do Impulso Oficial
Uma vez iniciada a ação penal, com o recebimento da exordial, cabe ao juiz 
garantir que ela chegue ao seu final, promovendo os devidos atos processuais, 
impulsionando o andamento do processo.
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Isso também vale para o Inquérito Policial. O delegado de Polícia impul-
siona o curso do IPL com a determinação das diligências investigativas.
23 – Princípio do Favor Réu favor rei ou, favor inocentiae e favor libertatis
A dúvida sempre milita em favor do réu (in dubio pro reo).
No confronto entre o jus puniendi e o jus libertatis (lide penal), este último 
deve prevalecer.
A regra no sistema penal brasileiro é a liberdade.
������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Adriano Barbosa.

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