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Ação Penal III
DIREITO PROCESSUAL PENAL
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
AÇÃO PENAL III
Doutrina referência para a nossa aula:
• Guilherme NUCCI – Código de Processo Penal Comentado.
• Norberto AVENA – Processo Penal Esquematizado.
• Nestor TÁVORA – Curso de Direito Processo Penal.
• Renato BRASILEIRO – Manual de Processo Penal.
CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL
• A ação penal se inicia com o oferecimento da peça exordial (denúncia ou 
queixa). Ela é tida como ajuizada quando o juiz a recebe. E a relação pro-
cessual se aperfeiçoa uma vez que o réu é validamente citado, passando 
a integrar o processo.
• Todavia, para que o recebimento da exordial ocorra, o juiz faz um juízo de 
admissibilidade, no qual faz-se a observação das condições da ação.
• As condições da ação são, no dizer de NUCCI: “Os requisitos mínimos indis-
pensáveis para a formação da relação processual que irá, após a colheita 
da prova, redundar na sentença, aplicando-se a lei penal ao caso concreto.”
• Conforme ensina TÁVORA: “São os requisitos necessários e condicio-
nantes ao exercício regular do direito de ação. Como se depreende, o 
exercício do direito de ação não se pode traduzir numa aventura desme-
dida. É certo que a deflagração da ação implica sérias consequências ao 
réu, exigindo-se do demandante (acusador) o preenchimento de certas con-
dições, para que o pleito jurisdicional possa ser exercido de forma legítima.”
Atenção!
Oportunidade para verificação das condições da ação: a verificação para 
incidência das condições da ação é de ordem pública e pode ser reconhecida a 
qualquer tempo (por ser matéria de interesse público), pelo juiz. Em havendo 
ausência das condições da ação, ascende a carência da ação e a consequente 
extinção do processo sem julgamento meritório.
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Ação Penal III
DIREITO PROCESSUAL PENAL
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CONDIÇÕES GENÉRICAS DA AÇÃO PENAL
• As condições genéricas da ação, que hão de ser observadas em toda e 
qualquer ação penal, são os parâmetros que o juiz utiliza na apreciação 
vestibular da exordial. Assim, se ausentes tais requisitos que dão pálio para 
que o processo se aperfeiçoe, o juiz há de rejeitar a denúncia ou a queixa, 
cf. art. 395, II, CPP.
• As condições genéricas da ação penal são:
 – Possibilidade jurídica do pedido;
 – Interesse de agir; e
 – Legitimidade de parte.
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO
• Constitui a possibilidade, ao menos em tese, da pretensão de condenação 
do réu ser atendida. Ou seja, a imputação carreada na peça acusatória é 
adstrita a um fato tido como delituoso.
• Por consequência a imputação feita na denúncia ou queixa diz respeito a 
um (1) fato típico, (2) ilícito e (3) culpável, trazendo, portanto, indícios da 
prática delituosa. Assim, justifica-se a possibilidade de o pedido de acusa-
ção ser, em tese, viável. 
• Segundo o escólio de NUCCI: “(…) para que haja ação penal, é funda-
mental existir, ao menos em tese e de acordo com uma demonstração 
prévia e provisória, uma infração penal.”
INTERESSE DE AGIR
• Há interesse de agir quando se observa na acusação (1) necessidade, (2) 
adequação e (3) utilidade da ação penal, nos seguintes termos:
1. Interesse-Necessidade – da existência do devido processo legal para exis-
tir uma condenação que submeta alguém a uma sanção penal.
2. Interesse-Adequação – a AP há de ser promovida nos termos estabelecidos 
pela lei processual penal e com lastro em elementos de prova pré-constituídos
3. Interesse-Utilidade – a AP há de ser útil, mesmo que somente em tese, em 
prol da realização da pretensão punitiva do Estado.
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LEGITIMIDADE DA PARTE
• Com o ingresso da peça exordial, o juiz há de verificar se há legitimidade 
das partes para configurar os polos da ação penal, tanto no ativo (acusa-
dor) quanto no passivo (acusado).
• Assim, o juiz certifica se estão presentes a legitimidade ad causam e a ad 
processum.
 – Legitimidade ad causam – para a causa – no polo ativo da AP, deve figu-
rar o MP (ação penal pública) ou o querelante (ação penal privada), ou 
seu representante legal; no polo passivo, deve estar a pessoa em rela-
ção a qual pesa a imputação.
 – Legitimidade ad processum – para o processo – no polo ativo da AP, 
deve estar um membro do MP (ação penal pública) com atribuição legal 
para agir ou o querelante (ação penal privada), ou seu representante 
legal (ofendido menor de 18 anos, por exemplo), devidamente patroci-
nado por advogado. O juiz observa a capacidade postulatória. 
JUSTA CAUSA PARA A AÇÃO PENAL
• Conforme escólio de MARIA THEREZA Moura: “A justa causa, em verdade, 
espelha uma síntese das condições da ação. Inexistindo uma delas, não há 
justa causa para a ação penal.”
• TÁVORA ensina: “A ação só pode ser validamente exercida se a parte 
autora lastrear a inicial com um mínimo probatório (indícios mínimos de 
autoria e materialidade e as circunstâncias) que indique os indícios de auto-
ria, da materialidade delitiva, e da constatação da ocorrência de infração 
penal em tese (art. 395, I1I, CPP). É o fumus commissi delicti (fumaça da 
prática do delito) para o exercício da ação penal.”
• Assim, o inciso III do art. 395, CPP, compreende os dois anteriores quando 
ordena:
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando:
I – for manifestamente inepta;
II – faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou
III – faltar justa causa para o exercício da ação penal.
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Ação Penal III
DIREITO PROCESSUAL PENAL
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CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DA AÇÃO PENAL
• Há de se destacar ainda que no contexto do processo penal pátrio existem 
também condições específicas da ação penal.
• Estas constituem:
 – Condições de procedibilidade;
 – Condições objetivas de punibilidade; e
 – Sem as quais a persecução penal não se inicia.
1. Condições de procedibilidade – a (a) representação da vítima ou seu 
representante legal, vide art. 24, in fine, CPP, e a (b) requisição do Ministro da 
Justiça, vide art. 145, parágrafo único, CP, nos crimes a ela condicionados. Sem 
esses elementos, o inquérito policial não poderá ser instaurado e a ação penal 
não poderá ser iniciada. 
2. Condições objetivas de punibilidade – (a) sentença anulatória do casa-
mento, no crime de induzimento a erro ao matrimônio, vide art. 236, CP; (b) 
ingresso no país, do autor de crime praticado no estrangeiro, vide art. 7º, §§ 2º, 
“a” e “b”, e 3º, CP; (c) declaração da procedência da acusação, pela Câmara 
dos Deputados, no julgamento do Presidente da República, vide art. 86, CF; (d) 
sentença que decreta a falência, concede a recuperação judicial ou extrajudi-
cial, nas infrações falimentares, vide art. 180, Lei n. 11.101/2005.
�������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Adriano Barbosa.

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