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Ação Penal II
DIREITO PROCESSUAL PENAL
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
AÇÃO PENAL II
• Doutrina referência para a nossa aula:
Guilherme NUCCI – Código de Processo Penal Comentado.
Norberto AVENA – Processo Penal Esquematizado.
Nestor TÁVORA – Curso de Direito Processo Penal.
Renato BRASILEIRO – Manual de Processo Penal.
INÍCIO DA AÇÃO PENAL
• Dá-se pelo oferecimento da denúncia ou da queixa (peça acusatória), inde-
pendentemente do recebimento pelo Estado-Juiz, vide o que prescreve o 
art. 24, CPP:
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério 
Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, 
ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
• De outro lado, o juiz, ao receber a denúncia ou queixa, leva a termo o reco-
nhecimento da regularidade do exercício do direito de ação, podendo-se, 
então, promover a consecução da busca de uma decisão de mérito através 
do devido processo legal.
• Ao rejeitar a peça exordial da AP, o Estado-Juiz também responde ao direito de 
ação da parte, prestando satisfação e aplicando o direito, exercendo a jurisdição.
• Há ainda de se lançar luzes sobre o início da ação penal privada que inter-
rompe o prazo de decadência, viabilizando o desenvolvimento do Jus Per-
sequendi do querelante no bojo da ação penal privada.
• O juiz, ao receber a peça exordial, cf. NUCCI, promove o entendimento de 
que esta “encontra-se em termos para estabelecer a relação proces-
sual completa, chamando-se o Réu a Juízo para comparecer ao pro-
cesso” e exercer, por via de consequência, o seu direito de defesa (trata-se 
da figura triangular, em que os três atores do processo, acusação, defesa 
e órgão julgador, interagem). 
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FUNDAMENTAÇÃO PARA O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU QUEIXA
• Conforme o escólio de AVENA: “O recebimento da denúncia ou da queixa-
-crime possui natureza de decisão interlocutória simples. Trata-se de decisão 
irrecorrível, em que pese, na esteira de consolidada jurisprudência, possa 
ser impugnada por meio de habeas corpus, se o crime imputado for punido 
com pena de prisão, e por meio de mandado de segurança ou correição 
parcial, caso se trate de infração não sujeita a pena privativa de liberdade 
(…), conforme se extrai da Súmula 693 do Supremo Tribunal Federal.”
• Ainda acentua AVENA: “A despeito da previsão constitucional incorporada 
ao art. 93, IX, da CF, exigindo a fundamentação das decisões judiciais, a 
jurisprudência dominante dispensa motivação no despacho de recebimento 
da denúncia, eis que não vislumbra carga decisória nessa manifestação.”
Atenção!
Vide o entendimento jurisprudencial consolidado no ordenamento jurídico 
pátrio:
A decisão de recebimento da denúncia, como regra geral, não carece ser 
motivada, pois o magistrado, com o recebimento, revela, em razão do inserto 
da denúncia e contido nos elementos geradores da opinio delicti ministerial, 
presente o fumus autorizador da imputação, vide HC 1899.316-3/3 TJSP.
• Também conforme AVENA: “Nesse sentido, com frequência, tem decidido 
os Tribunais que ‘a falta do recebimento da denúncia de forma expressa não 
tem o condão de macular o processo’ quando ‘os demais atos processuais 
representam o recebimento tácito da exordial’. Nesse caso, considera-se 
que a interrupção da prescrição, que deveria ocorrer com o recebimento da 
denúncia (art. 117, I, do CP), é considerada ocorrente na data do primeiro 
ato processual que supõe prévio recebimento da peça (…).”
RECEBIMENTO FUNDAMENTADO DA DENÚNCIA OU QUEIXA
• Há, todavia, exceções que demandam a fundamentação do Estado-juiz em 
relação ao recebimento da peça acusatória, a saber:
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1) Crimes para os quais o procedimento prevê a apresentação de defesa 
preliminar, pelo denunciado, antes do recebimento da denúncia, exemplo do art. 
514, CPP, quando há processo e julgamento dos crimes de responsabilidade dos 
funcionários públicos:
Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, 
o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por 
escrito, dentro do prazo de quinze dias.
Nesse caso, o juiz põe a salvo o interesse público. 
2) Crimes de competência originária dos tribunais superiores, estaduais e 
regionais, conforme, por exemplo, o art. 6º, Lei n. 8.038/1990:
Art. 6º A seguir, o relator pedirá dia para que o Tribunal delibere sobre o recebi-
mento, a rejeição da denúncia ou da queixa, ou a improcedência da acusação, se 
a decisão não depender de outras provas.
Mais uma vez, leva-se em consideração o interesse público. 
Atenção!
O STF, em sede sumular, tem o seguinte entendimento sobre esta última exce-
ção, Súmula n. 714:
É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério público, 
condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a 
honra de servidor público em razão do exercício de suas funções.
Assim, se o crime for contra a honra do servidor, tanto este quando o MP têm 
legitimidade para levar a termo a ação penal. 
������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Adriano Barbosa.

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