Formas farmacêuticas semi sólidas

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Formulas Farmacêuticas 
Semissólidas
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FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI-SÓLIDAS
 
Pomadas, Unguentos, Ceratos, Pastas, Cataplasma, Cremes, Géis, Linimentos, Soluções tópicas e Emplastos.
	Pomadas
	As pomadas são preparações semissólidas desenvolvidas para aplicação externa na pele ou membranas mucosas que amolecem ou se fundem na temperatura corporal. 
	A pomada é uma preparação semissólidas que apresenta comportamento reológico plástico. Quando aplicada sobre a pele, amolece ou funde com a temperatura corporal e ou com a força de aplicação.
	Deve ser facilmente espalhável e não apresentar arenosidade, aderindo à pele ou membranas mucosas. 
	Consistem em um excipiente não aquoso de fase única contendo um ou mais fármacos dispersos ou dissolvidos. São untuosas e preparadas com excipientes gordurosos ou com polietilenoglicóis.
	Uma pomada ideal deve apresentar aspecto homogêneo, não devendo produzir irritação ou sensibilização na pele, nem retardar a cicatrização.
	Deve ser de consistência mole, inerte, inodora, física e quimicamente estável e compatível com a pele e com os fármacos de uso dermatológicos.
	
	
	
	Aplicação
	As pomadas são utilizadas como veículo para fármacos que se destinam a produzir efeito local ou próximo do sítio de aplicação. Também são aplicadas por sua ação emoliente ou protetora da pele.
	Emoliente
	Agente que amolece a pele ou suaviza a irritação na pele ou membrana mucosa.
	Substância protetora
	Substância que protege a superfície da pele danificada ou exposta a um estímulo lesivo ou perturbador.
 Classificação	
	As pomadas pode ser classificadas, de acordo com a sua afinidade com a água, em:
	Pomadas hidrofóbicas ou Lipofílicas
	São aquelas que normalmente não absorvem ou que só podem absorver pequenas quantidades de água.
	As substâncias mais utilizadas na composição destas pomadas são a vaselina, parafina, óleos vegetais ou materiais graxos de origem animal e ceras.
	Pomadas que absorvem água
	Essas pomadas podem absorver quantidades maiores de água. Os excipientes empregados nas formulações são os mesmos de uma pomada hidrófoba, sobre os quais são incorporadas substancias emulsificantes do tipo água em óleo como lanolina, alcoóis de lanolina, ésteres de sorbitano, monoglicérideos e álcoois graxos. 
	Os emulsificantes são responsáveis pela propriedade dessas pomadas de absorver água.
	Pomadas hidrofílicas ou hidrófilas
	São preparações nas quais os excipientes são miscíveis à água. Normalmente são constituídas de misturas de polietilenoglicóis de diferentes pesos moleculares. Podem conter determinadas quantidades de água.
	Pomadas oftálmicas
	São preparações semissólidas, estéreis, destinadas a ser aplicadas nas conjuntivas. Contêm uma ou várias substâncias medicamentosas dissolvidas ou dispersas em excipiente apropriado, isentos de propriedades irritantes para as conjuntivas.
Pomadas de aplicação vaginal
	 São pomadas mais ácidas, devido ao fato de o pH vaginal ser bem menor, nos casos normais, que o pH cutâneo.  
	Atividade das Pomadas na pele	
	As pomadas hidrofóbicas tem ação terapêutica decorrente de estado congestivo que provocam. Os produtos gordurosos dessas pomadas, quando colocados sobre a pele, impedem a perspiração pela oclusão da mesma, resultando na embebição da camada córnea e outras camadas da epiderme e da derme pela água retida.
	Há também retenção do anidrido carbônico e de diversos produtos catabólicos. Como consequência ocorre a vasodilatação, a qual fornece á pele meios para diluir as substâncias tóxicas retidas e garantir o metabolismo celular no momento alterado. 
	Possibilita também a reabsorção das substâncias tóxicas para serem eliminadas por outras vias. 
	Por sua ação congestiva as pomadas,principalmente as que contêm excipientes gordurosos hidrófobos, só devem ser utilizadas em dermatoses com características crônicas. 
	As pomadas não são aconselhadas em estados cutâneos agudos ou subagudos.
	Composição básica das pomadas
	- Ativo farmacêutico (fármaco)	
	- Excipiente ( ex.: ácido esteárico, álcool cetílico, ácido esteárico, anfocerina-K, banha,ceras, espermacete, eucerin, álcool cetoestearílico etoxilado, lanolina, manteigas, monoestearato de glicerila, parafina, gel de petrolato e polietileno,vaselina,etc.)
	
	Antioxidantes
	São empregados para prevenir a oxidação das matérias graxas do excipiente, sobretudo as de origem vegetal ou animal. 
	Podem também ser utilizados para prevenir a oxidação do ativo na formulação (ex.: EDTA-Na2, bissulfito de sódio, BHT, BHA, palmito de ascorbila, tocoferol).
	Conservantes
	Utilizados para se obter maior estabilidade microbiológica das pomadas. Eventualmente pode ser conveniente a aditivação de conservantes (ex.: ácido benzoico, clorobutanol, ácido sórbico, benzoato de sódio, parabenos).
	Em preparações extemporâneas (para uso imediato ou em um curto período após a preparação) a aditivação de antioxidantes e conservantes pode ser facultativa.
	Em determinadas situações pode ser conveniente não utiliza-los, como no caso de pacientes sensíveis e susceptíveis da manifestações alérgicas.
	Principais excipientes para pomadas
	Bases graxas
	As bases graxas são constituídas por gordura animal (banha), óleos vegetais, hidrocarbonetos (ex.: petrolato ou vaselina, parafina) ou silicones. 
	 A gordura animal e os óleos vegetais têm sido utilizados no preparo de pomadas desde os tempos bíblicos. 
	Entretanto, praticamente não são mais utilizados devido a tendência à rancificação. 
	Vaselina Sólida (Petrolato ou gel petrolato)
	A vaselina é constituída por uma mistura de hidrocarbonetos da série parafínica e olefínica. A vaselina é untuosa e destituída de cheiro ou sabor. 
	Funde-se entre 38 a 60°C. Sua coloração varia de acordo com o grau de purificação, variando de uma coloração amarela (neste caso é chamada de vaselina amarela) a branca (vaselina branca).
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	A vaselina branca está associada à menos incidência de reações de hipersensibilidade, sendo a preferida para o uso farmacêutico ou cosmético. 
	A vaselina é a base emoliente para pomadas mais utilizadas em formulações farmacêuticas, sendo pouco absorvida pela pele.
	Concentrações usuais
	Pomadas – até 100%
	Emoliente em cremes – 10 a 30%.
	
	Incompatibilidade
	A vaselina é um excipiente inerte com poucas incompatibilidades. Exceção se faz ao bálsamo do Peru,que forma duas camadas quando adicionado à vaselina.
	Estabilidade
	A vaselina é um material estável e inerte. A maioria dos problemas de estabilidade que apresenta está ligada à presença de pequenas quantidades de impurezas.
	Com a exposição á luz estas impurezas podem ser oxidadas e produzir uma alteração indesejável na cor e no odor da vaselina.
	A oxidação pode ser evitada com aditivação de antioxidantes adequados, tais como o BHT, BHA ou o alfa-tocoferol. A vaselina não deve ser aquecida por períodos prolongados em temperatura acima de 70°C. 	Pode, no entanto, ser esterilizada por calor seco.
	
Armazenamento e conservação
	Recipiente bem vedado, protegido da luz, em local fresco e seco.
	
	Parafina Sólida (Parafina, parafina dura)
	A parafina é uma mistura purificada de hidrocarboneto saturados sólidos obtidos do petróleo. 
	É utilizada principalmente em formulações farmacêuticas de uso tópico, como um componente de cremes e pomadas.	
	Em pomadas pode ser utilizada para elevar o ponto de fusão da formulação e para aumentar sua dureza e consistência.
	A parafina é inodora e sem sabor, incolor, translúcida ou branca. Apresenta ponto de fusão entre 50-72°C.
	Concentração usual
	2 a 5% (agentes de consistência em pomadas).
	Estabilidade
	Estável, embora repetidas fusões possam alterar suas propriedades físicas).
	
	
	Armazenamento e conservação
	Em recipiente bem vedado e armazenado em temperaturas não excedente a 40°C.
	Cera branca (cera de abelha branca ou alvejada)
	A cera de abelha branca é resultante do alvejamento químico da cera amarelacom agentes oxidantes, apresentando aplicações similares, tal como aumentar a consistência de cremes e pomadas e para estabilizar emulsões A/O. 	
	Consiste em lâminas ou grânulos finos de cor branca ou levemente amarelada e sem sabor.
 Ponto de fusão
	O ponto de fusão varia de 61 a 65°C.
	Incompatibilidade
	Com agentes oxidantes.
	Estabilidade
	Com aquecimento acima de 150°C pode ocorrer esterificação.
	Armazenamento e conservação
	Recipiente bem vedado, protegido da luz.
	Bases de absorção
	Existem dois tipos de base de absorção:
Bases de absorção anidras
Não contêm água; absorvem a água para formar emulsões de tipo A/O (ex.: lanolina anidra, petrolato hidrofílico)
2. Bases de absorção hidratadas
	Já contém água; são emulsões do tipo A/O, sendo capazes de absorver água adicional (ex.: lanolina hidratada, cold cream).
	Principais bases de absorção anidras
	Lanolina (Lanolina anidra, lanolina refinada)
	A lanolina é extraída da lã de carneiro, sendo purificada em seguida. 	É utilizadas em formulações farmacêuticas e cosméticas e deve conter no máximo 0,25% de água.
	
	A lanolina possui propriedades emulgentes A/O, incorporados apreciável quantidade de água ( cerca de duas vezes o seu peso).
	Apresenta ponto de fusão entre 38 e 44°C.
	Quando adicionada em pomadas otimiza a penetração cutânea, facilitando a absorção dos fármacos veiculados.
	Os inconvenientes do uso da lanolina estão relacionados à sua cor, ao cheiro desagradável, persistente e difícil de mascarar. 
	Além disso, existe como desvantagem o risco de provocar alergia e a dificuldade de manuseio, devido á sua elevada viscosidade.
	
	 A alergia atribuída ao uso da lanolina pode ser causada pela presença de alcoóis graxos livres.
	Entretanto, a hipersensibilidade é relativamente incomum, estimada em torno de cinco casos por milhão.
	Outra desvantagem da lanolina é a tendência a rancificar quando exposta à luz, ar ou umidade por longos períodos.
	A lanolina é miscível com a vaselina, sendo recomendada quando se deseja incorporar produtos hidrófilos em vaselina ou na preparação de pomada não oclusiva.
	Pode ser esterilizada por calor seco a 150°C durante 1 hora.
	Concentração usual
	Na pomada simples, lanolina é empregada na concentração de 30%.
	Incompatibilidades
	A lanolina pode conter alguns pró-oxidantes que capazes de afetar a estabilidade de determinados fármacos.
	É conveniente a aditivação do BHT (antioxidante) na concentração de 0,02% na pomada de lano-vaselina.
	Conservação e armazenamento
	Armazenar em recipientes hermeticamente fechados,protegido da luz, em local fresco, seco, sob temperatura inferior a 25°C.
	
	Petrolato hidrofílico
	É uma base de absorção composta por colesterol, álcool estearílico, cera branca e vaselina sólida branca.
	O colesterol e o álcool estearílico servem como agentes emulsificantes e proporcionam ao petrolato hidrofílico a capacidade de absorver água.
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	Principais bases de absorção hidratadas
	Lanolina hidratada	
	A lanolina hidratada é uma mistura de lanolina e 25% (p/p) de água, amplamente utilizada em preparações tópicas farmacêuticas e cosméticas, com aplicações similares à lanolina (lanolina hidratada).
	É empregada como agente emulsificante em cremes do tipo A/O e em pomadas.		
	Bases solúveis em água (Hidrossolúveis)
	A pomada de polietilenoglicol é o exemplo desta classe de base de pomadas não graxas e laváveis.
	Polietilenoglicóis (PEG 400, PEG 600, PEG 3350, PEG 4000)
	Também conhecidos pelos nomes comerciais de Carbowax ou Macrogol, são formadas por uma série de polímeros resultantes da condensação de óxido de etileno e água. 
	Os polietilenoglicóis apresentam consistência variada, indo de líquidos viscosos a sólidos do tipo cera. A consistência aumenta com o aumento do peso molecular. 
	Aqueles com PM de 200 a 600 apresentam-se com líquidos viscosos, enquanto aqueles com PM acima de 1000 apresentam-se na forma sólida (ceras).
	São empregados como base para pomadas, supositórios.
	Unguentos (Pomadas Resinosas)
	Os unguentos são um tipo de pomada que contêm substâncias resinosas. São formas farmacêuticas de consistência firme porém macia, destinadas a uso externo.
	Os unguentos aproximam-se muito das pomadas por suas características físicas e terapêuticas.
	O termo unguento é considerado por muitos autores como sinônimo de pomada, sendo que muitas vezes estes dois termos são utilizados de forma semelhante.
	Ceratos
	São preparações semi sólidas que contêm grande quantidade de ceras animais ou vegetais (em quantidade superior a 20%), óleo e, eventualmente água. 
	Podem conter ou não essências.
	
	 São formas farmacêuticas de consistência firme e macia, destinadas ao uso externo.
	As ceras de animais mais usadas são a cera de abelha e o espermacete de baleia. 
	As ceras vegetais também são empregadas, embora menos frequente, como a cera de carnaúba.
	Pastas
	São formas farmacêuticas semissólidas que contém uma elevada concentração de pós finamente dispersos, variando normalmente este conteúdo de 20 a 60%. São mais firmes e espessas que as pomadas, mas geralmente menos gordurosas. 
	 Destinam-se à aplicação externa e apresentam comportamento reológico dilatante.
	Classificação
	Pastas preparadas com excipientes graxos
	Vaselina sólida, vaselina líquida, lanolina, ceras, silicones etc.
	Pastas preparadas com excipientes hidrófilos
	Géis de pectina (orabase), pasta de gelatina glicerinada (bota de unna.)
	Atividade das pastas na pele
	Pelo fato de as pastas possuírem duas fases distintas, uma constituída geralmente por corpos graxos e a outra por pós dispersos, sua atividade quando aplicada sobre a pele se manifesta da seguinte maneira:
	A fase graxa quando em contato com o calor da pele tende a se fundir, como acontece também com as pomadas e cremes.
	Na pele inflamada, a temperatura é mais elevada, facilitando a fusão desta fase.
	Durante este processo, haverá transferência do calor dos tecidos inflamados para a pomada e, consequentemente, ocorrerá uma diminuição da temperatura na área afetada.
	A fase pulverizada das pomadas contribui na dispersão do calor cedido pela fase graxa.
	As pastas são indicadas para estados subagudos.
	Por sua características de rigidez e impermeabilidade, em geral, não são adequadas para a aplicação em regiões pilosas do corpo. Para removê-la da pele deve-se utilizar água morna.
	 
	Cataplasmas
	Os cataplasmas consistem em massas umedecidas de materiais vegetais ou argilas. 
	Normalmente são aquecidos antes da aplicação na pele com o objetivo de reduzir a inflamação ou diminuir a irritação e a dor.
	
		
	Historicamente, os cataplasmas tem sido preparados com argilas, como o caulim, e óleo de linhaça.
	Cremes
	São preparações semissólidas obtidas através de bases emulsivas do tipo A/O ou O/A, contendo um ou mais princípios ativos dissolvidos ou dispersos na base adequada.
	Os cremes são formas farmacêuticas ou cosméticas destinadas ao uso externo, constituídas geralmente de duas fases intimamente dispersas uma na outra, de consistência semissólida, podendo conter substâncias terapêuticas ativas, dissolvidas ou emulsionadas em uma das fases.
	As emulsões são sistemas heterogêneos termodinamicamente instáveis, constituídos de pelo menos um líquido imiscível intimamente disperso em outro líquido na forma de gotículas. 
	As gotículas dispersas são estabilizadas pela ação do agente emulsificante.
	O termo emulsão deriva do latim emulgere (ordenhar). O leite é um exemplo de emulsão natural. 
	
	Os cremes apresentam comportamento reológico pseudoplástico.
	Quando aplicados na pele oferecem pouca resistência, porém não fluem sobre a influência da gravidade (exceto as emulsões fluidas ou loções cremosas).
	
	 E emulsão fluida é usualmente chamada de loção cremosa. O termo loção é aplicado para preparações que apresenta, características newtonianas defluxo. 
	Quando aplicada na pele, a loção não oferece resistência.
	Classificação das emulsões cremosas
	Emulsão O/A – Óleo/Água (creme hidrofílico)
	A fase interna é a oleosa ou lipofílica, e a externa é aquosa ou hidrofílica. Promove uma sensação menos oleosa e de frescor, apresentando absorção rápida. 
	A água e a fase externa que está em contato com a pele.
	Emulsão A/O-Água/Óleo (creme lipofílico)
	A fase externa é oleosa e a fase interna é aquosa. Promove uma sensação mais oleosa. O óleo é a fase externa que está em contato com a pele.
Para saber se a emulsão é O/A ou A/O, acrescenta água e corante hidrossolúvel. Se homogeneizar com a coloração da preparação, a emulsão é do tipo O/A, se não, a emulsão é do tipo A/O.
	Atividade dos cremes (emulsões) na pele
	As emulsões, independentemente dos fármacos veiculados, apresentam efeito anticongestivo na pele, pois ativam a perspiração cutânea.
	Favorecem a permeabilidade cutânea dos ativos veiculados, a qual depende não só do excipiente, mas também dos tensoativos e da sua quantidade.
	É importante considerar também que a presença na formulação de gorduras de origem animal permite maior penetração do que as vegetais, e estas últimas mais do que os produtos graxos derivados ou extraídos de petróleo.
	Composição básica de uma emulsão
	Fase aquosa
	A água utilizada no preparo de emulsões deve ser deionizada, pois a presença de íons como íons cálcio e do magnésio desestabilizam a emulsão.
	Nesta fase devem ser solubilizados todos os ingredientes hidrossolúveis da formulação.
	Fase oleosa
	Constituída por óleos (óleo fixo, mineral, volátil ou óleo resina) ou ceras, aos quais deverão ser acrescentados e solubilizados os ingredientes lipossolúveis.
	Agentes emulsificantes
	Os agentes emulsificantes proporcionam estabilidade a emulsão, reduzindo a tensão superficial entre o óleo e a água, e retardando a separação das fases.
	Antioxidantes
	Previnem os processos de degradação por oxidação dos óleos e gorduras. Eles devem ser preferencialmente, solúveis na fase oleosa (ex.: BHT, BHA, vitamina E). 
	Conservantes
	Os conservantes previnem o crescimento de fungos e eventualmente também de bactérias. De preferência devem ser adicionados na fase aquosa, uma vez que está é mais susceptível a contaminação.
	Sequestrantes
	Substâncias que complexam íons metálicos, inativando-os em sua estrutura,impedindo desde modo sua ação sobre outros componentes da formulação. 	
	Agem em sinergismo com os conservantes e com os antioxidantes (ex.: EDTA-Na2). 
	
	Essência e/ou corantes (opcionais)
	É conveniente optar pela utilização de essências hipoalergênicas e corantes certificados.
	Géis
	Géis são sistemas semi sólidos que consistem em suspensões de pequenas partículas inorgânicas ou grandes moléculas orgânicas interpenetradas por um líquido.
	Consiste na dispersão de um sólido (resinas, polímeros e derivados de celulose) em um líquido(geralmente água ou mistura álcool/água), formando um excipiente transparente ou translúcido.
	Os géis apresentam propriedades reológicas pseudoplásticas e são geralmente preparados a partir de polímeros sintéticos ou semi sintéticos.
	Aplicação
	Os géis destinam-se geralmente ao uso externo (tópico). Apresentam-se como veículos ideais para a administração de ativos em peles acneicas e oleosas.	
	São também utilizados como veículo em preparações intranasais, intravaginais, retais, orais e até parenterais. 
	São utilizados para veicular diversos fármacos,tais como:
	- Anti-inflamatórios
	- Antiacneicos
	- Anticoagulantes
	- Anestésicos locais
	- Anti-histamínicos
	São amplamente empregados em formas cosméticas com o apelo de preparações não comedogênicas e oil free. 
	Os géis são empregados em inúmeras preparações cosméticas:
	- Fotoprotetores
	- Hidratantes
	- Produtos antienvelhecimento
	Atividade dos géis na pele
	Os géis apresentam, de modo geral, baixo poder de penetração na pele, sendo mais adequados como veículos para tratamentos superficiais dos tecidos.	
	Todavia, a literatura descreve inúmeros exemplos de formulações gel empregados como veículos para permeação percutânea (géis transdérmicos). 
	
	Composição
	- agente gelificante ou espessante (ex.: gomas, ácido algínico e alginatos, derivados de celulose);
	- veículo (ex.:água ou álcool);
	- conservantes e estabilizantes;
	- umectantes (opcional)
	
	Agentes gelificantes (espessantes)
	Pertencem ao grupo dos espessantes e são utilizados nas preparações farmacêuticas e cosméticas por conferirem aumento de viscosidade.
	Promovem a gelificação ao sistema,isto é, a passagem do estado líquido (sol) para gel. 
	 Alterações na temperatura e intensidade de agitação (cisalhamento) podem modificar a estrutura do gel e suas propriedades reológicas.
	A propriedade do agente gelificante de elevar a viscosidade das preparações deve-se ao seu elevado grau de solvatação e hidratação, e à capacidade de reter moléculas dos líquidos nas suas cadeias macromoleculares. 
Solvatação é o fenômeno que ocorre quanto um composto iônico ou polar se dissolve em uma substância polar sem formar uma nova substância. Assumindo que a dissolução é um processo molecular, isso implica na ruptura de ligações ou forças intermoleculares presentes no soluto, gerando ligações entre as moléculas do soluto e as moléculas do solvente.
Natrosol
	O natrosol, também conhecido como 2-hidroxietílico de celulose ou hidroxietilcelulose (HEC) apresenta-se em pó ou grânulos, branco, inodoro, solúvel em água quente e água fria dando uma solução coloidal, praticamente insolúvel em acetona, em álcool, em éter e utilizado como adjuvante farmacêutico. É um material estável, embora seja higroscópico.
	
	Carbopol
	O carbopol é um polímero que possui como propriedade a grande absorção de água. Estes polímeros, por qual é composto podem inchar em água ate 100 vezes do seu volume inicial. 
	O Carbopol tem muitas utilidades farmacêuticas:
Ex. produção de tabletes; soluções para administração oral, nasal, oftálmica, vaginal e retal; aumentar a viscosidade de soluções tópicas como loções, cremes, géis e suspensões; auxiliam na estabilidade de emulsões tópicas do tipo óleo em água.
	
	 Gel transdérmico 
 	Microemulsão que facilita a permeabilidade do fármaco no local de ação, tais como anti-inflamatórios, antieméticos, analgésicos, entre outros.
Além disso, pequenas doses são necessárias em comparação ao medicamento via oral.
	E como o fármaco não passa pelo trato gastrointestinal, diminui os efeitos adversos gástricos, facilitando o tratamento de uso prolongado.
	 
	Gelatina
	É uma substância translúcida, incolor ou amarelada, praticamente insípida e inodora, denominada como uma proteína derivada da hidrólise parcial do colágeno, em que as ligações moleculares naturais entre fibras separadas de colágeno são quebradas, permitindo o seu rearranjo. 
	A gelatina funde com o calor e solidifica quando o calor cessa. Misturada com água a gelatina forma uma solução coloidal.
	Ágar-Ágar
	O ágar-ágar, também conhecido simplesmente como ágar ou agarose, é um hidrocolóide extraído de diversos gêneros e espécies de algas marinhas vermelhas que consiste em uma mistura heterogênea de dois polissacarídeos, agarose e agaropectina. Essas substâncias ocorrem como carboidrato estrutural na parede das células.
	
	É insolúvel em água fria, porém, expande-se consideravelmente e absorve uma quantidade de água de cerca de vinte vezes o seu próprio peso, formando um gel não-absorvível, não-fermentável e com importante característica de ser atóxico.
	 Possui em sua composição principalmente fibras e também sais minerais (P, Fe, K, Cl, I), celulose, anidrogalactose e uma pequena quantidade de proteínas.
	Goma Xantana
	A goma xantana é um polissacarídeo extracelular produzido pelas bactérias do gênero Xanthomonas. 
	Sua funcionalidade é uma consequência direta de sua estrutura química. 
	 Esta estrutura tem sidoamplamente estudada por ser passível de mudanças, sendo dependente do microrganismo produtor e das condições operacionais aplicadas durante a fermentação.
	Linimentos ( do latim LINIRE = Friccionar)
	São formas farmacêuticas líquidas ou de consistência mole, aplicadas na pele com fricção ou massagem para obtenção de efeito analgésico, rubefaciente ou estimulante. 
	Portanto, são preparações de uso externo.
	Apresentam-se sob a forma de soluções de óleos, alcoóis ou sabões, podendo ser também formulados como emulsões.
	Nos linimentos os ingredientes ativos podem estar dissolvidos, suspensos ou emulsionados.
	Os solventes normalmente empregados no preparo de linimentos são: etanol, glicerina, propilenoglicol, éter, óleos fixos vegetais.
	Emplastros 
	Consiste de uma base adesiva contendo um ou mais princípios ativos distribuídos em uma camada uniforme num suporte apropriado feito de material sintético ou natural. Destinado a manter o princípio ativo em contato com a pele, atuando como protetor ou como agente queratolítico. 
	 Formas farmacêuticas de consistência firme que amolecem quando em contato com a superfície cutânea. Então, originam uma massa plástica e adesiva que pode apresentar tão somente uma ação protetora como também uma função terapêutica.
	Emprega-se com fim de proteção ou como excipiente de princípios ativos que podem desempenhar suas funções na pele. 
	Contêm: compostos de chumbo, cera, azeite, gorduras semissólidas e água.
	 Os emplastros diferem das pomadas, pela finalidade terapêutica a que se destinam. 
	São empregados pela sua adesividade e o fato de imobilizar áreas da pele. 
	Tipos de emplastros
	 Emplastros epidérmico
	Ação protetora ou antisséptica (emplastros adesivos, de mostarda); 
	Emplastros endodérmicos
	Provocam um efeito sedativo, estimulante, adstringente (emplastros de beladona, de chumbo, de ceras);
 	Emplastros diadérmicos: 
	Ação sistemática. 
	Quanto à forma de apresentação dos emplastros, divide-se em dois grupos: 
 Emplastros propriamente ditos
	Os que se apresentam em cilindros podendo a massa adesivo estar ligada a materiais elásticos; 
	
	Esparadrapo
	Preparações constituídas por tecidos espessos de algodão, pelica, recobertos numa das faces por um material plástico.