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29 E _E M _2 _L IP _0 1 1 O verbo (II), o artigo e o numeral Introdução Além de dar continuidade ao estudo dos verbos, veremos neste capítulo os artigos e os nu- merais. É interessante mencionar que os artigos não devem ser vistos apenas como acompanhantes dos substantivos. O emprego ou não dos artigos também implica mudança do sentido que se pretende dar ao texto. Isso porque a função deles é generalizar ou particularizar a palavra que acompanham. Nem sempre é fácil distinguir o artigo do numeral. O contexto é que vai definir se a intenção é informar quantidade (numeral) ou se a ideia é generalizar o substantivo (artigo). É o que você vai descobrir agora. Abordagem teórica Verbo Classificação dos verbos quanto à função Chama-se auxiliar o verbo que acompanha o outro, que será o principal, e cuja função é mesmo de auxiliar a conjugação deste. Os principais verbos auxiliares são: ser, estar, ter e haver. Ex.: O garoto estava crescendo muito. verbo auxiliar verbo principal A loja havia vendido todo o estoque. verbo auxiliar verbo principal À junção do verbo auxiliar + verbo principal dá-se o nome de locução verbal. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 30 E _E M _2 _L IP _0 1 1 Então: Estava crescendo = locução verbal Havia comprado = locução verbal Classificação dos verbos quanto à conjugação Regularesa) : são os verbos que não sofrem nenhuma alteração no radical. Veja: Cant o vend o part o Cant as vend es part es Cant a vend e part e Cant amos vend emos part imos Cant ais vend eis part is Cant am vend em part em Irregularesb) : são os verbos que sofrem alterações no radical. Ex.: (eu) sinto – do verbo sentir; (eu) trago; (eu) trouxe – do verbo trazer. Há casos em que o verbo irregular se apresenta como regular em determinadas formas. Para verificar se um verbo é ou não irregular basta conjugá-lo no presente ou no pretérito perfeito do indicativo. Observação Anômalosc) : são os que apresentam pro- fundas irregularidades. São anômalos os verbos ser e ir. Observe algumas de suas flexões: eu sou, eu fui, tu és, eu serei, que eu seja. Defectivosd) : são os verbos que não pos- suem a conjugação completa. Ex.: colorir, chover, falir etc. Abundantese) : são os que apresentam mais de uma forma de particípio, uma forma regular (com -ado ou -ido) e a outra irregular. É o verbo auxiliar que vai deter- minar quando usar uma ou outra forma. Veja: Com os auxiliares • ter e haver, usa-se o particípio regular: Tinha aceitado Havia acendido Com os auxiliares • ser e estar, usa-se o particípio irregular: Foi aceita Estava acesa Eis alguns verbos que apresentam duas formas de particípio: Verbo Forma regular Forma abundante Aceitar aceitado aceito Acender acendido aceso Matar matado morto Benzer benzido bento Suspender suspendido suspenso Pagar pagado pago Prender prendido preso Pegar pegado pego Formação do modo imperativo O modo imperativo emprega-se quando se deseja determinar uma ação afirmativamente ou negativamente: faça isso / não faça isso; abra a porta / não abra a porta, e assim por diante. O imperativo se forma a partir do presente do indicativo e do presente do subjuntivo. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 31 E _E M _2 _L IP _0 1 1 Observe: Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo Eu compro – Que eu compre – Tu compras Compra (tu) Que tu compres Não compres (tu) Ele compra Compre (você) Que ele compre Não compre (você) Nós compramos Compremos (nós) Que nós compremos Não compremos (nós) Vós comprais Comprai (vós) Que vós compreis Não compreis (vós) Eles compram Comprem (vocês) Que eles comprem Não comprem (vocês) Sabendo conjugar o presente do indica- tivo e o presente do subjuntivo, é muito fácil formar o imperativo dos verbos. Observação Formas nominais do verbo As formas nominais do verbo são o infiniti- vo, o gerúndio e o particípio. -r • – para o infinitivo: contar, vender, sorrir. -ndo • – para o gerúndio: contando, ven- dendo, partindo. -do • – para o particípio: contado, vendido, partido. Conjugações verbais Há três conjugações em português, carac- terizadas pelas vogais temáticas -a, -e, -i, que nos dão verbos da: 1.a conjugação = contar, brincar, sonhar; 2.a conjugação = vender, beber, caber; 3.a conjugação = sorrir, partir, cair. O verbo pôr (e seus derivados) pertence à 2.a conjugação. Observação 1.a Conjugação Verbos em -ear Os verbos terminados em -ear intercalam um “i” eufônico após o “e” do radical, nas for- mas rizotônicas. Sirvam de exemplos os verbos passear e nomear. Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo Passeio Passeie Passeias Passeies Passeia Passeie Passeamos Passeemos Passeais Passeeis Passeiam Passeiem Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo Nomeio Nomeie Nemeias Nomeies Nomeia Nomeie Nomeamos Nomeemos Nomeais Nomeeis Nomeiam Nomeiem Pretérito Imperfeito Pretérito Perfeito Nomeava Nomeei Nomeavas Nomeaste Nomeava Nomeou Nomeávamos Nomeamos Nomeáveis Nomeastes Nomeavam Nomearam Conjugam-se como nomear: apear, blo- quear, cear, folhear, frear, hastear, pentear, recear, semear. O verbo estrear tem o “e” aberto nas formas rizotônicas: eu estreio, tu estreias, ele estreia etc. Observação Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 32 E _E M _2 _L IP _0 1 1 Verbos em -iar Há verbos terminados em “-iar” que são regulares, como é o caso do verbo copiar. Presente do Indicativo Pretérito Perfeito Pretérito Mais-que-Perfeito Copio Copiei Copiara Copias Copiaste Copiaras Copia Copiou Copiara Copiamos Copiamos Copiáramos Copiais Copiastes Copiáreis Copiam Copiaram Copiaram Assim, regulares são quase todos os verbos terminados em “-iar: acariciar, aliar, aliviar, am- pliar, assobiar, beneficiar, chiar, confiar, criar, esfriar, espiar, renunciar, variar, vadiar, viciar etc. Há outros verbos terminados em “-iar” que são irregulares. São eles: mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar. Mudam o “i” da penúltima sílaba em “ei”, nas formas rizotônicas. Sirva de exemplo a conju- gação do verbo odiar. Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Odeio – Odeie Odeias Odeia Odeies Odeia Odeie Odeie Odiamos Odiemos Odiemos Odiais Odiai Odieis Odeiam Odeiem Odeiem Presente do Indicativo Pretérito Perfeito Pretérito Mais-que-Perfeito Odiava Odiei Odiara Odiavas Odiaste Odiaras Odiava Odiou Odiara Odiávamos Odiamos Odiáramos Odiáveis Odiastes Odiáreis Odiavam Odiaram Odiaram Outros verbos irregulares 1.a Conjugação Aguar Presente do Indicativo Pretérito Perfeito Presente do Subjuntivo Águo Aguei Águe Águas Aguaste Águes Água Aguou Águe Aguamos Aguamos Aguemos Aguais Aguastes Agueis Águam Aguaram Águem Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 33 E _E M _2 _L IP _0 1 1 2.a Conjugação Crer Ler Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo Leio Leia Lês Leias Lê Leia Lemos Leiamos Ledes Leiais Leem Leiam Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo Creio Creia Crês Creias Crê Creia Cremos Creiamos Credes Creiais Creem CreiamQuerer Presente do Indicativo Pretérito Perfeito Pretérito Mais-que-Perfeito Quero Quis Quisera Queres Quiseste Quiseras Quer Quis Quisera Queremos Quisemos Quiséramos Quereis Quisestes Quiséreis Querem Quiseram Quiseram Presente do Subjuntivo Pretérito Imperfeito do Subjuntivo Futuro do Subjuntivo Queira Quisesse Quiser Queiras Quisesses Quiseres Queira Quisesse Quiser Queiramos Quiséssemos Quisermos Queirais Quisésseis Quiserdes Queiram Quisessem Quiserem Requerer Presente do Indicativo Pretérito Perfeito Pretérito Mais-que-Perfeito Requeiro Requeri Requerera Requeres Requereste Requereras Requer Requereu Requerera Requeremos Requeremos Requerêramos Requereis Requerestes Requerêreis Requerem Requereram Requereram Presente do Subjuntivo Pretérito Imperfeito do Subjuntivo Futuro do Subjuntivo Requeira Requeresse Requerer Requeiras Requeresses Requereres Requeira Requeresse Requerer Requeiramos Requerêssemos Requerermos Requeirais Requerêsseis Requererdes Requeiram Requeressem Requererem Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 34 E _E M _2 _L IP _0 1 1 Valer Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo Valho Valha Vales Valhas Vale Valha Valemos Valhamos Valeis Valhais Valem Valham 3.a Conjugação Cobrir Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo Cubro Cubra Cobres Cubras Cobre Cubra Cobrimos Cubramos Cobris Cubrais Cobrem Cubram Polir Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Pulo – Pula Pules Pule Pulas Pule Pula Pula Polimos Pulamos Pulamos Polis Poli Pulais Pules Pulam Pulam Nas formas rizotônicas, o verbo polir tem o “o” do radical substituído por “u”. Observação Rir Presente do Indicativo Pretérito Imperfeito Pretérito Perfeito Rio Ria Ri Ris Rias Riste Ri Ria Riu Rimos Ríamos Rimos Rides Ríeis Ristes Riem Riam Riram Conjuga-se como rir: sorrir. Observação Agredir Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo Agrido Agrida Agrides Agridas Agride Agrida Agredimos Agridamos Agredis Agridais Agridem Agridam Artigo É o termo que acompanha o substantivo, tendo basicamente como função generalizá-lo ou particularizá-lo. O homem – determinado homem, sentido particular. Um homem – qualquer homem, sentido genérico. Classificação O artigo divide-se em: Definido Determina um ser entre os outros da sua espécie: o amigo; os amigos; a colega; as co- legas. Indefinido Refere-se, quando no singular, a qualquer ser entre os da sua espécie: um bicho. E, quando no plural, dá ideia de quantidade restrita: uns deputados. Emprego do artigo O artigo sempre aparece antes do substan- tivo. Por esse motivo, qualquer palavra à qual o Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 35 E _E M _2 _L IP _0 1 1 artigo se refira passa a funcionar como substan- tivo. Esse processo chama-se substantivação. Ex.: Entre o viver e o morrer existe uma imensa porta. Às vezes, o artigo pode vir distanciado do substantivo a que ele se refere. Ex.: Os dois pequenos jardins eram a principal atração da cidade. Os artigos podem combinar-se com certas preposições. Ex.: De repente, saiu da sala um homenzinho. da = de (preposição) + a (artigo) Em geral, não se coloca artigo antes de nomes de cidades e de nomes de pessoas co- nhecidas, famosas. Ex.: Conheço bem Curitiba. Leonardo da Vinci foi um pintor famoso. Se, no entanto, o nome da cidade ou o nome da pessoa vier caracterizado, qualificado, o uso do artigo é obrigatório. Ex.: Ele não conhece a bela Curitiba. Antes de pronomes possessivos (meu, minha, sua, vossa etc.) o uso do artigo é facul- tativo. Ex.: Todos conhecem bem a sua fama. Todos conhecem bem sua fama. Não se usa artigo entre as palavras cujo, cuja, cujos, cujas e o substantivo seguinte. Ex.: Esta é a carta cujo conteúdo todos conhe- cem. É obrigatório o uso do artigo definido en- tre o numeral ambos e o substantivo a que se refere. Ex.: O juiz solicitou a presença de ambos os cônjuges. Numeral É toda palavra que indica quantidade, posi- ção numa série, múltiplo ou fração. Classificação Cardinais São os numerais que indicam quantidade, número exato de seres. Ex.: Chegaram ali três pessoas. Ordinais Indicam o lugar e a posição que alguém ou algo ocupa numa determinada sequência. Ex.: Na segunda prova ele obteve o quinto lugar. Multiplicativos Expressam a multiplicação de uma deter- minada quantidade. Ex.: Os clubes propõem que o ingresso custe o dobro do preço atual. Fracionários Indicam uma divisão, uma fração de uma quantidade. Ex.: Ele recuperou apenas dois quintos do que investiu. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 36 E _E M _2 _L IP _0 1 1 Para saber mais tá bem, Eu tenho cinco minhocas, mas vai te custar 50 centavos me ver comê-las. 50 centavos?! eu só te pagaria 50 centavos se você co- messe 50 minhocas. isso é só um centavo por minhoca. certo. eu te pago 5 centavos pra comer essas cinco. cinco?! e se eu tiver que ir pro hospi- tal por causa disso? oh, está bem. eu pago mais cinco se você for pro hospital. não tão rápido! primeiro, prove que você tem 10 centavos. IE S D E B ra si l S .A . A da pt ad o. A tirinha ilustra como o emprego dos numerais se torna importante no dia a dia da socie- dade de consumo. Exercícios resolvidos A alternativa que preenche corretamente as 1. lacunas com os verbos vir, virar e ver é: “Quando você à Universidade, à direita, logo que o posto da Polícia Federal.” vier, vire, vir.a) vir, vira, vires.b) vieres, vira, vires.c) ver, vira, ver.d) vier, vire, ver.e) Solução: ` A Nesse tipo de exercício, primeiramente deve-se observar em que pessoa se faz o tratamento. No caso, está em 3.a pessoa, pelo emprego do pronome você. Então, é só conjugar os verbos adequadamente. Observar também que o verbo vir pede conjugação no futuro do modo subjuntivo e os demais no imperativo afirmativo. Em qual dos casos o emprego do artigo 2. denota familiaridade? O Amazonas é um rio imenso.a) D. Manuel, o venturoso, era bastante b) respeitado. O Antônio falou com o João.c) O professor João Ribeiro está doente.d) Os Lusíadas são um poema épico.e) Solução: ` C Os nomes próprios só admitem a presença do artigo quando quiserem mesmo indicar fami- liaridade, proximidade. Caso contrário, não se emprega artigo antes deles. Aponte a alternativa que grafa 3. erradamente os numerais. 665 dias – seiscentos e sessenta e cin-a) co dias. 84.b) o capítulo – octogésimo quarto capítulo. Papa João XXIII – Papa João vigésimo c) terceiro. 68.d) o aniversário – sexagésimo oitavo aniversário. Página 202 – página duzentos e dois.e) Solução: ` C Depois de um substantivo designativo de papas, reis, século ou partes de uma obra, empregam-se os numerais ordinais até décimo; daí por diante, empregam-se os cardinais. Assim, dever-se-ia grafar Papa João XXIII e ler “vinte e três”. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 37 E _E M _2 _L IP _0 1 1 Exercícios de aplicação Leia o texto e responda às questões:1. Cresci. Fui para o serviço militar. – Soldado 189! – Pronto! E aquele tempo todo eu fui o 189 da 3.a Cia. Recebio Certificado Militar: 2 385 782, 1.a Categoria, 1.a RM. Agora eu era maior. Tirei título de eleitor: n.o 312 743, 16.a zona eleitoral, 386.a seção. E carteira de identidade: 11 845 382 do DIG (Departamento de Identificação Geral). E car- teira profissional: 2 585 322, série 105.a. Fui trabalhar. Recebi número de inscri- ção no INPS e, mais tarde, o número do PIS. Tornei-me contribuinte do Imposto de Renda: CPF: 30 452 896 345 287 (já me disseram que o algarismo 7 das unidades diz que eu estou cadastrado na 7.a Região Fiscal, mas não sei se isso é verdade). E tenho conta no Banco 819: conta n. 357 439/5. Aprendi a dirigir; comprei carro. Carteira n. 1 283749. Chapa do carro, n. do chassis, n. do motor. Tudo isso eu tenho anotado. Essa montoeira de números é o que, na sala 304, perguntam ao candidato 3 246, que deseja simplesmente inscrever-se para a compra de um apartamentozinho. Só não me perguntaram ainda, por mo- tivos óbvios, o número do atestado de óbito, da quadra e da sepultura. Mas... algum dia alguém terá que completar esses dados. Dizem que o governo vai estudar um meio de dar um número ao cidadão, assim que ele nascer e for registrado. Esse número seria dele a vida toda, até morrer. Seria bom! O que carrego de documentos no bolso não é normal! (LEITE, Roberto Augusto Soares et al. Comunicação Interpretação. São Paulo: Nacional, 1977.) Numeromania – Candidato 3 246! Sala 304! E lá vou eu: um número que se dirige a outro número. – Ninguém aqui quer saber se estou satis- feito ou não, se estou doente, se tenho vonta- de de cantar... Sou o 3 246: um número! – Idade! – 23. – Peso! – 62. – Altura! – 1,60m. Gozado! Quando criança, não me lembro de ter sido um número. A não ser quando ia ao médico e ao dentista. Aí, a enfermeira chamava: – “35!”. Minha mãe se levantava e eu, sem saber que era o 35, ia atrás dela e entrava no consultório. O negócio começou mesmo quando fui pra escola. Não sei bem como era no começo. Mas, ao entrar no ginásio, passei a ser o 17 da turma 103. (E me explicaram direitinho: o algarismo da centena indicava que eu perten- cia a uma turma de 1.o ano ginasial). Depois fui o 21 da 204; o 13 da 306. Fui reprovado: o 13 me deu azar! No ano seguinte fui o 22 da 311; depois, o 8 da 402; o 12 da 1 104 e assim por diante. Me lembro de todos esses números. E não dá pra esquecer. Minha mãe, “coruja” como todas as mães, guardava lembranças da minha infância e... lá estão todas as ca- dernetas, que de vez em quando ela retira da gaveta de lembranças! E como eu fazia confusão no início do ano letivo! Colocava número e turma do ano anterior! Ou fazia “salada”: número daquele ano e turma do ano anterior. Nossa! Aponte a alternativa que traduz a ideia a) central do texto. Ensinar a usar corretamente os núme-I. ros dos documentos. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 38 E _E M _2 _L IP _0 1 1 Provar a necessidade de se atribuir nú-II. meros a cada cidadão. Enaltecer a eficiência de órgãos públi-III. cos e privados que, pelo emprego de número, obtêm logo as informações necessárias. Mostrar que cada vez mais vamos sen-IV. do um número na sociedade. Induzir os leitores a não usarem os nú-V. meros com que cada um é catalogado. b) “... um número que se dirige a outro nú- mero.” Com essa observação torna-se patente a: valorização do indivíduo.I. necessidade de identificação.II. superorganização do mundo moderno.III. oposição homem/coisa.IV. perda da personalidade humana.V. c) Ao dizer que toda aquela numerologia era apenas para “inscrever-se para a compra de um apartamentozinho”, o narrador está fazendo crítica: ao funcionário.I. à burocracia.II. à desorganização.III. ao zelo.IV. à objetividade.V. d) A referência irônica ao atestado de óbi- to, da quadra e da sepultura nos pode levar a concluir que: até o número dos atestados de óbito I. são atribuídos previamente a cada um. o número da quadra e da sepultura faci-II. litam as homenagens póstumas. nem depois da morte nos livramos dos III. números. a morte iguala todos os seres huma-IV. nos. o homem não se conforma com a ideia V. de morte. 2. Escreva os ordinais correspondentes a: 189.a) o 35.b) o 103.c) o 1 104.d) o 3. Sublinhe todos os artigos que aparecem no trecho a seguir: “Dizem que o Governo vai estudar um meio de dar um número ao cidadão, assim que ele nascer e for registrado. Esse número seria dele a vida toda, até morrer. Seria bom! O que carrego de documentos no bolso não é normal.” 4. Retire do texto marcas que indicam a co- loquialidade da linguagem empregada e aponte a forma culta correspondente. 5. Ele obteve o 169.o lugar. centésimo seiscentésimo nono.a) centésimo sexagésimo nono.b) cento e sessenta e nove.c) centésimo sexto nono.d) centésimo sessenta e nove.e) 6. Os ouvintes -se de opinar, temendo que se as críticas e os ânimos não se . absteram, mantivessem, refazessem.a) absteram, mantessem, refizessem.b) abstiveram, mantivessem, refizesse.c) abstiveram, mantessem, refizessem.d) Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 39 E _E M _2 _L IP _0 1 1 7. Reescreva as frases corrigindo-as: Não conheço o aluno cujo o pai é diretor.a) Todos quatro alunos saíram pelos fundos.b) Proposta de redação Escreva um texto dissertativo, a partir da seguinte reflexão: “Ao transformar o cidadão em um número, a sociedade contribui para a perda da essência humana.” Depois de escrever o texto, procure lê- • -lo com calma observando a clareza das ideias e a correção da linguagem. O tema é bastante sugestivo para pro- • mover um debate com os colegas, pro- porcionando a todos a oportunidade de exporem suas ideias sobre a questão. Questões de processos seletivos (PUC-SP) Veja os períodos:1. O técnico sempre intervém na hora certa.I. O diretor vê os problemas com muita II. clareza. O seu exemplo contém o ímpeto dos III. companheiros. O aluno refaz o trabalho.IV. O homem bondoso doa um pouco do V. que é seu a quem precisa. Transformando os períodos acima como se alguém estivesse dando uma ordem, as formas verbais ficariam assim: intervenha, veja, conte, refaça, doe.a) interveja, veja, contenha, refaça, doe.b) intervenha, vê, contenha, refaz, doa.c) interveja, veja, contém, refaça, doe.d) intervenha, veja, contenha, refaça, doe.e) (UFMG) Em “Esperei que os alunos 2. ”, deve-se empregar o verbo estudar assim flexionado: estudarem.a) estudem.b) estudavam.c) estudassem.d) (UEL-PR) Os insucessos que porventura 3. a ocorrer, serão consequên- cias do fato de termos na questão, sem conhecê-la bem. virem, intervindo.a) vierem, intervido.b) vierem, intervisto.c) vierem, intervindo.d) virem, intervido.e) (Cefet-PR) Os sócios mal se 4. , na iminência de o insucesso e anulação do contrato. conteram, anteverem, requiserem.a) contiveram, antevirem, requererem.b) conteram, antevirem, requererem.c) contiveram, anteverem, requiserem.d) contiveram, anteverem, requererem.e) (UFRJ) Complete as frases, empregando no 5. futuro do presente os verbos entre parên- teses: Quando eles chegarem, nós • mediatamente seu con- vite. (entregar) Quando ela vir você tão bem, não • . (acreditar) Enquanto não obtiver todos os dados, • não a pesquisa. (termi- nar) Quando vocês lhes derem essa boa • notícia, eles se melhor. (sentir) Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br40 E _E M _2 _L IP _0 1 1 entregue, acredito, termino, sinto.a) entregaremos, acreditará, terminarei, b) sentirão. entregamos, acreditamos, terminaremos, c) sentiremos. n.d.a.d) (UFF-RJ) ”6. Tenho passado a vida a criar deu- ses que morrem logo, ídolos que depois derrubo – uma estrela no céu, algumas mulheres na terra...” (Graciliano Ramos, Caetés.) O emprego da forma verbal destacada acima indica, de modo particular: a repetição da ação até o presente.a) a ocorrência da ação em um passado b) distante. a necessidade de que a ação ocorra no c) presente. a atenuação de uma afirmativa sobre d) determinada ação. a informação de que a ação teve início e e) fim no passado. (Unimep-SP) “Assim eu 7. quereria a minha última crônica: que fosse pura como este sorriso.” (Fernando Sabino) Assinale a série em que estão devidamente classificadas as formas verbais em desta- que. futuro do pretérito, presente do subjuntivo.a) pretérito mais-que-perfeito, pretérito im-b) perfeito do subjuntivo. pretérito mais-que-perfeito, presente do c) subjuntivo. futuro do pretérito, pretérito imperfeito d) do subjuntivo. pretérito perfeito, futuro do pretérito.e) (UDESC) Complete o texto a seguir, empre-8. gando em um dos três tempos do pretérito os verbos entre parênteses: A primeira vez que (ver) o mar eu não (estar) sozinho. (estar) no meio de um bando enorme de meninos. Nós (ter) viajado para ver o mar. No meio de nós havia apenas um menino que já o tinha visto. Ele nos (contar) que havia três espécies de mar: o mar mes- mo, a maré, que é menor que o mar, e a marola, que é menor que a maré. Logo a gente (fazer) ideia de um lago enorme e duas lagoas. Mas o menino (explicar) que não. 0 mar (entrar) pela maré, e a maré (entrar) pela marola. A ma- rola (vir) e (voltar). A maré (encher) e (vazar). 0 mar às vezes tinha espuma e às vezes não tinha. Isso (perturbar) ainda mais a imagem. Três lagos mexendo, esvaziando e enchendo, com uns rios no meio, às vezes uma porção de espuma, tudo isso , muito salgado, azul, com ventos. (BRAGA, Rubem. 50 Crônicas Escolhidas. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1951. p. 73-74.) Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 41 E _E M _2 _L IP _0 1 1 Gabarito Exercícios de aplicação 1. a) IV b) V c) II d) III 2. centésimo octogésimo nono.a) trigésimo quinto. b) centésimo terceiro. c) milésimo centésimo quarto.d) o (de Governo), um (meio), um (número), 3. a (vida). Temos também a combinação da preposição “a” + artigo = ao (de cidadão), além da contração da preposição “em” + artigo “o” = no (de bolso). Observar que em “o que”, o o não é artigo porque não antecede um substantivo. Este tem valor de pronome demonstrativo, ou seja, equivale a “aquele”. O texto apresenta inúmeras marcas de co-4. loquialidade. Eis alguns exemplos: Gozado = interessante; Aí = Então, em seguida, depois; pra = para; me lembro de todos esses... = Lembro-me de... etc. B5. C6. 7. Não conheço o aluno cujo pai é diretor.a) Todos os quatro alunos saíram pelos b) fundos. Questões de processos seletivos E1. D2. D3. B4. B5. A6. D7. 8. vi, estava, estava, tínhamos, contou, fez, explicou, entrava, entrava, vinha, voltava, enchia, vazava, perturbava. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 42 E _E M _2 _L IP _0 1 1 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
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