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unid.I Sistema Nacional de Educação Organização e Estrutura

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Prévia do material em texto

Legislação da 
Educação Básica e 
Políticas Educacionais
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Carlos Adriano Martins
Revisão Textual:
Profa. Esp. Kelciane da Rocha Campos
Sistema Nacional de Educação: Organização e Estrutura
• Introdução
• Competências do Conselho Estadual de Educação – CEE
• Competências do Conselho Municipal de Educação (CME)
 · Compreender a estrutura do Sistema Nacional de Educação 
 · Identificar as principais características dos Conselhos Nacional, 
Estadual e Municipal de Educação. 
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Sistema Nacional de Educação: Organização 
e Estrutura
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Sistema Nacional de Educação: Organização e Estrutura
Contextualização
Contextualizar um fato, uma opinião, ou uma ideia é colocá-los primeiramente 
no tempo e no espaço. Após inserir o que se quer no tempo e no espaço é 
necessário avaliar as condições em que isso se dá. Deve ser levada em conta a 
política da época, qual o regime vigente no local, a ideologia predominante, as 
condições econômicas e financeiras que dominam o mercado, as condições sócio-
culturais dos atores que permeiam o fato, o ato ou a ideia. Uma vez que se tenha 
compreendido, assimilado essas variáveis, inclusive as filosóficas, será possível 
analisar todas as condições que darão origem à contextualização, e uma vez isso 
obtido se poderá estudar o fato de maneira mais completa, com mais rigor, não se 
permitindo por consequência os “achismos”.
Assim, entendemos que os sistemas de ensino, de acordo com a legislação e 
a normatização nacional e estadual e, na busca da melhor adequação possível às 
necessidades dos estudantes e do meio social, devem criar mecanismos que garantam 
liberdade, autonomia e responsabilidade às unidades escolares, observando os 
níveis e modalidades da educação brasileira.
8
9
Introdução
Esta unidade tratará da conceituação de “Sistema”, observando-se aqui suas 
variáveis temáticas, legais e populares e introduzindo o conceito de “Sistema 
Educacional”, objeto primeiro deste texto. Será discutido o conceito expresso na 
Constituição Federal de 1988, na LDB, no Parecer CNE/CEB nº 7/2010 e nas 
teorias de educadores focados nesta área.
Na atual Constituição Brasileira de 1988 e emendas constitucionais, no 
Capítulo III - Da educação, da cultura e do desporto, Seção I – Da Educação, 
no seu artigo 211 estipula-se que:
“A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em 
regime de colaboração seus sistemas de ensino.”
Faz parte deste Sistema Nacional de Educação: o Ministério da Educação (pela 
União), as Secretarias Estaduais de Educação (pelos Estados) e as Secretarias 
Municipais de Educação (pelos Municípios), todos cuidando da regulamentação da 
educação pública e privada em seus diversos níveis e modalidades de ensino por 
meio de seus respectivos sistemas de educação nacional, estadual e municipal.
A Lei nº 9394/96, correspondente à LDB (Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional) trata, também, da organização e funcionamento dos sistemas 
de ensino que compõem o Sistema Nacional de Educação. Nota-se aqui a respectiva 
liberdade de organização e funcionamento de cada sistema, desde que observadas 
as hierarquias legais e funcionais de cada um.
No artigo 8º e parágrafos 1º e 2º, a LDB explicita o observado acima.
Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, 
em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino.
§ 1º Caberá à União a coordenação da política nacional de educação, 
articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, 
redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais.
§ 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos 
desta Lei.
Para o educador Dermeval Saviani:
O Sistema Nacional de Educação é a unidade dos vários aspectos ou 
serviços educacionais mobilizados por determinado país, intencionalmente 
reunidos de modo a formar um conjunto coerente que opera eficazmente 
no processo de educação da população do referido país. (SAVIANI, 2010). 
Afirma, ainda, que a noção de sistema comporta a intencionalidade humana, 
a unidade e a variedade de seus diferentes elementos articulados, e também as 
coerências articuladas: a interna e a externa.
9
UNIDADE Sistema Nacional de Educação: Organização e Estrutura
Convém reafirmar:o sistema nacional de educação é uma unidade de diferentes 
elementos que são reunidos intencionalmente para formar um conjunto coeso para 
a realização dos objetivos educativos nacionais. 
 O Parecer CNE/CEB nº 7/2010 
Adota o entendimento de que sistema resulta da atividade intencional e 
organicamente concebida, que se justifica pela realização de atividades 
voltadas para as mesmas finalidades ou para a concretização dos mes-
mos objetivos.
Nessa perspectiva, e no contexto da estrutura federativa brasileira, em 
que convivem sistemas educacionais autônomos, faz-se necessária a 
institucionalização de um regime de colaboração que dê efetividade 
ao projeto de educação nacional. União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios, cada qual com suas peculiares competências, são chamados a 
colaborar para transformar a Educação Básica em um conjunto orgânico, 
sequencial, articulado, assim como planejado sistemicamente, que 
responda às exigências dos estudantes, de suas aprendizagens nas diversas 
fases do desenvolvimento físico, intelectual, emocional e social.” (p.14)
Recursos do Sistema Nacional de Educação
https://goo.gl/OpY2Wr
Ex
pl
or
Saviani (2010, p.389) chama a atenção para outro sentido da palavra sistema, 
de uso comum no nosso cotidiano, em que a palavra sistema assume diversos 
outros significados, como modo de proceder, forma de organização, maneira de 
organizar os elementos de um conjunto, no intuito de se pensar a utilização do 
sistema como método. Assim, sobre qualquer assunto, alguém pode dizer para outra 
pessoa: meu sistema é diferente doseu. Por exemplo, o sistema de trabalho usado 
nas siderúrgicas brasileiras é bastante diferente do sistema usado nas siderúrgicas 
chinesas. Os sistemas, os métodos adotados são diferentes, porém o produto final 
continua sendo aço.
Uma dona de casa diz para a outra: o sistema que adoto em minha casa, é 
diferente do seu, porém o produto final continua sendo a organização da casa. 
O verbo italiano sistemare, também, no seu uso corrente, significa arrumar, 
arranjar, colocar as coisas em ordem, ordenar elementos formando um conjunto. Em 
educação, é comum usar o termo sistema para indicar determinados procedimentos 
metodológicos ou didáticos. É possível ainda pensarmos no Sistema Montessori, 
como um procedimento metodológico para o aprendizado. (Saviani, 2010)
O conceito de “Sistema” admite outras concepções, até porque suas dimensões 
dependem da estrutura no qual está inserido, assim sendo, há um sistema mundial de 
comércio, um sistema mundial de normas (ISO) e um sistema mundial de medidas etc.
10
11
Ainda sobre o conceito de sistema, Saviani nos alerta sobre o SNE:
Importante!
... o Sistema Nacional de Educação integra e articula todos os níveis e modalidades 
de educação, com todos os recursos e serviços que lhes correspondem, organizados 
e geridos em regime de colaboração por todos os entes federativos, sob coordenação 
da União. Fica claro, pois, que a repartição das atribuições não implica a exclusão da 
participação dos entes, aos quais não cabe a responsabilidade direta pelo cumprimento 
daquela função. Eles participarão por meio dos respectivos colegiados, acompanhando 
e apresentando subsídios que venham a tornar mais qualifi cadas as decisões tomadas.
(SAVIANI, 2014, p. 31)
Importante!
E complementa, ainda, sobre as responsabilidades das esferas:
Além disso, assumirão responsabilidades diretas nos aspectos que lhes 
correspondem,por meio das Secretarias e Conselhos Estaduais de 
Educação e das Secretarias e Conselhos Municipais de Educação, sempre 
que tal procedimento venha a concorrer para a flexibilização e maior 
eficácia da operação do sistema, sem prejuízo, evidentemente, do comum 
padrão de qualidade que caracteriza o Sistema Nacional de Educação.
(SAVIANI, 2014, p. 31)
O estudo sobre Sistema Nacional de Educação, numa Nação que apresenta uma 
diversidade tão grande nos aspectos geográficos, econômicos, sociais e culturais, 
vem provocando o aprofundamento da compreensão sobre sistema, no contexto 
da História da Educação. Assim, uma proposta de organização do Sistema Nacional 
de Educação irá enfrentar, basicamente, 
o desafio de superar a fragmentação das políticas públicas e a desarticu-
lação institucional dos sistemas de ensino entre si, diante do impacto na 
estrutura do financiamento, comprometendo a conquista da qualidade so-
cial das aprendizagens, mediante conquista de uma articulação orgânica.
(p.14-Parecer CNE/CEB nº7/2010).
Com a finalidade de implementar as políticas públicas na área educacional, o 
Sistema Nacional de Educação é provido de uma organicidade que compreende o 
Conselho Nacional de Educação (CNE), os Conselhos Estaduais de Educação (CEE) 
e os Conselhos Municipais de Educação (CME). 
11
UNIDADE Sistema Nacional de Educação: Organização e Estrutura
Câmara da
Educação Infantil
Câmara do
Ensino Fundamental
Médio
Comissões
Existência opcional
Câmara da 
Educação Superior
Câmara da
Educação Básica
Câmara da
Educação Superior
Câmara da
Educação Básica
Comissões
CNE
MEC
CME CEE
Delegar competências
ao Conselho
Municipal da Educação
SUA PODE
Figura 1
Ao CNE compete emitir opiniões, pareceres e recomendações sobre todas as 
questões educativas, por iniciativa própria ou em resposta a solicitações que lhe 
sejam apresentadas pelo Governo. O CNE foi instituído pela Lei 9131/95. 
O CNE promove a participação das várias forças sociais, culturais e econômicas, 
tendo em vista a formação de consensos em matéria de educação.
O Conselho Nacional de Educação, composto pelas Câmaras de Educação 
Básica e de Educação Superior, terá atribuições normativas, deliberativas e de 
assessoramento ao Ministro de Estado da Educação, de forma a assegurar a 
participação da sociedade no aperfeiçoamento da educação nacional.
Ao Conselho Nacional de Educação compete
1. subsidiar a elaboração e acompanhar a execução do Plano Nacional 
de Educação; 
2. manifestar-se sobre questões que abranjam mais de um nível ou modalidade 
de ensino; 
3. assessorar o Ministério da Educação no diagnóstico dos problemas e deliberar 
sobre medidas para aperfeiçoar os sistemas de ensino, especialmente no 
que diz respeito à integração dos seus diferentes níveis e modalidades; 
12
13
4. emitir parecer sobre assuntos da área educacional, por iniciativa de seus 
conselheiros ou quando solicitado pelo Ministro de Estado da Educação; 
5. manter intercâmbio com os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito 
Federal; 
6. analisar e emitir parecer sobre questões relativas à aplicação da legislação 
educacional, no que diz respeito à integração entre os diferentes níveis e 
modalidades de ensino; 
7. elaborar o seu regimento, a ser aprovado pelo Ministro de Estado da 
Educação;
8. outras atribuições que forem delegadas por legislação própria.
O Conselho Nacional de Educação reunir-se-á ordinariamente a cada dois meses 
e suas Câmaras, mensalmente e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo 
Ministro de Estado da Educação. 
O Conselho Nacional de Educação será presidido por um de seus membros, 
eleito por seus pares para mandato de dois anos, vedada a reeleição imediata. 
O Ministro de Estado da Educação presidirá as sessões a que comparecer. 
A Câmara de Educação Básica e a Câmara de Educação Superior serão 
constituídas cada uma, por doze conselheiros, sendo membros natos, na Câmara 
de Educação Básica, o Secretário de Educação Fundamental e na Câmara de 
Educação Superior, o Secretário de Educação Superior, ambos do Ministério da 
Educação e nomeados pelo Presidente da República.
 As Câmaras emitirão pareceres e decidirão, privativa e autonomamente, os 
assuntos a elas pertinentes, cabendo, quando for o caso, recurso ao Conselho Pleno.
São atribuições da Câmara de Educação Básica:
a) examinar os problemas da educação infantil, do ensino fundamental, da 
educação especial, do ensino médio e da educação profissional técnica de 
nível médio e oferecer sugestões para sua solução;
b) analisar e emitir parecer sobre os resultados dos processos de avaliações 
dos diferentes níveis e modalidades mencionados na alínea anterior;
c) deliberar sobre as diretrizes curriculares propostas pelo Ministério da 
Educação;
d) colaborar na preparação do Plano Nacional de Educação e acompanhar 
sua execução, no âmbito de sua atuação;
e) assessorar o Ministro de Estado da Educação em todos os assuntos relativos 
à educação básica; 
f) manter intercâmbio com os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito 
Federal, acompanhando a execução dos respectivos Planos de Educação; 
g) analisar as questões relativas à aplicação da legislação referente à educa-
ção básica;
13
UNIDADE Sistema Nacional de Educação: Organização e Estrutura
São atribuições da Câmara de Educação Superior:
a) analisar e emitir parecer sobre os resultados dos processos de avaliação da 
educação superior;
b) oferecer sugestões para a elaboração do Plano Nacional de Educação e 
acompanhar sua execução, no âmbito de sua atuação;
c) deliberar sobre as diretrizes curriculares propostas pelo Ministério da 
Educação, para os cursos de graduação;
d) deliberar sobre os relatórios encaminhados pelo Ministério da Educação 
sobre o reconhecimento de cursos e habilitações oferecidos por instituições 
de ensino superior, assim como sobre autorização prévia daqueles oferecidospor instituições não universitárias;
e) deliberar sobre a autorização, o credenciamento e o recredenciamento peri-
ódico de instituições de educação superior, inclusive de universidades, com 
base em relatórios e avaliações apresentados pelo Ministério da Educação;
f) deliberar sobre os estatutos das universidades e o regimento das demais 
instituições de educação superior que fazem parte do sistema federal de 
ensino; deliberar sobre os relatórios para reconhecimento periódico de 
cursos de mestrado e doutorado, elaborados pelo Ministério da Educação, 
com base na avaliação dos cursos;
g) analisar questões relativas à aplicação da legislação referente à educa-
ção superior;
h) assessorar o Ministro de Estado da Educação nos assuntos relativos à 
educação superior.
As atribuições constantes das alíneas “d”, “e” e “f” poderão ser delegadas, em 
parte ou no todo, aos Estados e ao Distrito Federal. 
O recredenciamento a que refere a alínea “e” poderá incluir determinação para 
a desativação de cursos e habilitações.
Além do CNE, a educação nacional, com suas peculiaridades regionais, sociais, 
culturais, econômicas, étnicas conta com os Conselhos Estaduais de Educação e 
Conselhos Municipais de Educação, para formulação de suas políticas públicas 
de educação.
14
15
Competências do Conselho Estadual de 
Educação – CEE
O Conselho Estadual de Educação (CEE) é um órgão normativo, deliberativo e 
consultivo do Sistema de Ensino do Estado a quem compete: 
a) elaborar seu Regimento; 
b) manter intercâmbio com os Conselhos de Educação do País; 
c) exercer as funções que lhe são atribuídas pela Lei do Sistema Estadual de 
Ensino e por Regimento; 
d) regular as atribuições do seu pessoal;
e) zelar pelo funcionamento do órgão, segundo as normas gerais do Estado; 
f) deliberar sobre matéria de caráter administrativo.
g) deliberar sobre medidas que visem ao aperfeiçoamento do Sistema de 
Ensino do Estado nos diferentes níveis e modalidades e que estejam no 
âmbito de sua competência;
h) subsidiar e acompanhar a execução do Plano Estadual de Educação;
i) emitir pareceres sobre assuntos da área educacional por iniciativa dos seus 
conselheiros ou quando solicitado por Autoridades Governamentais do 
Estado;
j) manter políticas de colaboração com os demais sistemas de ensino da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
k) emitir pareceres sobre questões relativas à aplicação da legislação 
educacional, no que diz respeito à integração entre os diferentes níveis e 
modalidades de ensino;
l) analisar as estatísticas da educação, anualmente, apresentando aos de-
mais órgãos do sistema de ensino, subsídios para elaboração de políti-
cas educacionais;
m) promover seminários, debates e audiências públicas sobre temas 
educacionais;
n) considerar outras atribuições que forem delegadas por legislação própria.
Os Conselhos Estaduais são também constituídos de Câmara de Educação Básica, 
Câmara de Educação Superior e de comissões especiais, como as de legislação, de 
planejamento e outras.
15
UNIDADE Sistema Nacional de Educação: Organização e Estrutura
Competências do Conselho Municipal de 
Educação (CME)
O Conselho Municipal de Educação (CME) presta assessoramento ao Executivo 
Municipal no âmbito das questões relativas à educação, e sugere medidas no que 
tange à organização e ao funcionamento da rede municipal de ensino, e entre 
outras atribuições compete:
a) prestar assessoramento ao Executivo Municipal, no âmbito das questões 
relativas à educação, e sugerir medidas no que tange à organização e ao 
funcionamento da rede municipal de ensino, inclusive no que respeita a 
instalação de novas unidades escolares;
b) promover e realizar estudos sobre a organização do ensino municipal, 
adotando e propondo medidas que visem à sua expansão e ao seu 
aperfeiçoamento; promover experiências pedagógicas inovadoras;
c) elaborar o Plano Municipal de Educação;
d) exercer fiscalização sobre as atividades referentes à assistência social escolar, 
no que diz respeito às suas efetivas realizações, estimulando-as e propondo 
medidas tendentes ao aprimoramento dessas mesmas atividades;
e) emitir parecer sobre os assuntos de ordem pedagógica e educativa que lhe sejam 
submetidos pela Administração Municipal, por meio do seu órgão próprio;
f) promover seminários e congressos de professores para debates sobre 
assuntos pertinentes ao ensino, na área de atuação do ensino municipal.
g) promover correições, por meio de comissões especiais, em qualquer dos 
estabelecimentos de ensino mantidos pela Prefeitura, tendo em vista o fiel 
cumprimento da legislação escolar”. 
O CME, por exemplo, da cidade de São Paulo, é estruturado em duas Câmaras: 
Câmara de educação infantil e Câmara de ensino fundamental e médio, e uma 
Comissão Permanente de Normas, Planejamento e Avaliação Educacional. 
O Conselho Municipal de Educação não é obrigatório em todos os municípios brasileiros, 
podendo não haver um Sistema e Conselho Municipal de Educação. A sua criação e 
funcionamento dependerão do Município e de suas necessidades educacionais.
Ex
pl
or
Conforme observado em um artigo publicado na Revista Nova Escola de 
novembro de 2004, uma das atribuições dos Conselhos Municipais de Educação 
tem sido a de cobrar e orientar a elaboração do Plano Municipal de Educação 
(PME), política esta que vai reger os rumos da educação da cidade para a década 
seguinte. Participar da elaboração do PME com críticas e sugestões é uma das 
atribuições dos CMEs, colegiados que reúnem representantes da comunidade 
escolar e da sociedade civil para decidir os rumos da educação do município. 
Os CMEs são fundamentais para a autonomia dos sistemas municipais. 
16
17
Você conhece a estrutura e o funcionamento do Conselho Municipal de Educação da 
sua região?
Ex
pl
or
Para um aprofundamento da compreensão sobre sistema, indicamos o Parecer 
CNE/CEB nº 7/2010, que trata das disposições gerais da educação nacional, 
em que há a contextualização e a fundamentação dos diferentes aspectos ligados 
à educação e à cidadania. Destacamos o item 2.2, da página 13 a 15, que trata 
do Sistema Nacional de Educação e do desafio de superar a fragmentação dos 
sistemas de ensino entre si. 
Fica ainda o convite para que você leia o texto na íntegra, pois ele apresenta 
“orientações sobre a concepção e a organização da Educação Básica como sistema 
educacional, segundo três dimensões básicas: organicidade, sequencialidade e 
articulação.” (Parecer CNE/CEB nº 7/20120 p.5).
Explore: CNE/CEB N. 7/2010
https://goo.gl/OpY2Wr
Ex
pl
or
 
17
UNIDADE Sistema Nacional de Educação: Organização e Estrutura
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Plano Nacional de Educação: uma visão crítica
DEMO, P. Plano Nacional de Educação: uma visão crítica [livro eletrônico]. Campinas-
SP: Papirus, 2016. (Biblioteca Virtual Universitária).
Educação escolar: política, estrutura e organização
LIBANEO, J. C.; OLIVEIRA, J. F.; TOSCHI, M. S. Educação escolar: política, estrutura 
e organização. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2009.
Estrutura e funcionamento da educação básica – Leituras
MENEZES, J. G. C. Estrutura e funcionamento da educação básica – Leituras. São 
Paulo: Pioneira, 1998.
 Vídeos
Sistema Nacional de Educação
https://youtu.be/Xc5alxJRgPI
18
19
Referências
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes 
e bases da educação nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 23 de dez. 1996. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm> Acesso 
em: 19 out. 2016
BRASIL. Senado Federal. Constituição da República Federativa do Brasil. 
Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>Acesso em: 18 out. 2016
BRASIL. Lei n. 9.131, de 24 de novembro de 1995 - Altera dispositivos da 
Lei n.º 4.024, de 20 de dezembro de 1961, e dá outras providências. Disponível 
em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9131.htm>. Acesso em: 21 
out. 2016
PARECER CNE/CEB Nº: 7/2010 APROVADO EM: 7/4/2010 - Diretrizes 
Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Págs.13-15. Disponível 
em:<http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=866&id=15074&option=com_
content&view=article>. Acesso em: 29 out. 2016
REVISTA NOVA ESCOLA. Conselho Municipal de Educação: participação 
e autonomia. Edição 177, Nov. 2004. Disponível em: <http://acervo.
novaescola.org.br/politicas-publicas/conselho-municipal-educacao-participacao-
autonomia-423313.shtml>.Acesso em: 17 jan. 2017
SAVIANI, D. Documento - Sistema Nacional de Educação articulado ao Plano 
Nacional de Educação (texto base da exposição feita no Simpósio de Abertura da 
Conferência Nacional de Educação – Conae -, em Brasília, no dia 29 de março de 
2010). A Revista Brasileira de Educação agradece aos coordenadores da Conae 
a autorização para a publicação do texto neste número). Revista Brasileira de 
Educação v. 15 n. 44 maio/ago. 2010.Pág.380-383
SAVIANI, D. O Manifesto dos pioneiros da educação nova de 1932 e a questão do 
Sistema Nacional de Educação. In: BRASIL. Ministério da Educação. O Sistema 
Nacional de Educação: diversos olhares 80 anos após o Manifesto. Brasília: 
MEC/SASE, 2014.
19
20

Outros materiais