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unid.V Educação de Jovens e Adultos, Ensino Médio e Educação Profissional

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Prévia do material em texto

Legislação da 
Educação Básica e 
Políticas Educacionais
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Carlos Adriano Martins
Revisão Textual:
Profa. Esp. Kelciane da Rocha Campos
Educação de Jovens e Adultos, Ensino Médio e Educação Profissional
• Educação de Jovens e Adultos (EJA)
• Ensino Médio e Educação Profissional
 · Conceituar e compreender as especificidades da educação de Jovens 
e Adultos no Brasil.
 · Estudar a composição do ensino médio brasileiro e sua inserção na 
educação técnica/profissional.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Educação de Jovens e Adultos, Ensino 
Médio e Educação Profi ssional
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Educação de Jovens e Adultos, Ensino Médio e Educação Profissional
Contextualização
Nesta unidade, você conhecerá melhor três esferas da Educação Básica: 
Educação de Jovens e Adultos (EJA), o Ensino Médio e a Educação Profissional.
Qualquer dúvida entre em contato com seu professor tutor, pelo item Mensagens.
Saber ler pode salvar sua vida! – https://goo.gl/vov6nR
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or
Iremos conhecer ações possíveis a partir da legislação, que mudaram a vida de 
muitos cidadãos brasileiros.
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Educação de Jovens e Adultos (EJA)
Figura 1
Fonte: acervo.novaescola.org.br
A educação de pessoas jovens e adultas é um direito do cidadão desde os 
anos de 1930, ganhando importância nas décadas de 40 e 50 e também com 
os movimentos de cultura popular dos anos 60, com o MOBRAL (Movimento 
Brasileiro de Alfabetização) e com o ensino supletivo dos governos militares e da 
Fundação Educar da Nova República. Em 1990, a UNESCO denunciou que havia 
cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo sem o domínio da escrita e da leitura. O 
Brasil, em 1995, era o país com maior número de analfabetos (18 milhões) entre a 
população maior de 10 anos de idade; além do que, 50% da população com mais 
de 14 anos não concluiu as 4 primeiras séries do ensino fundamental.
O Parecer CNE/CEB nº. 11/2000, aprovado em 10/05/2000 pela Câmara 
da Educação Básica (CEB) do CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (CNE), 
conferiu à EJA um texto de diretrizes que a insere novamente no plano em que 
precisa ser discutida, compreendida e apreendida: o do direito, ou seja, não 
pensar apenas na escolarização como educação de jovens e adultos, mas também 
nas ações educativas que trabalhem com os segmentos menos favorecidos da 
população, proporcionando-lhes a experiência de saber o que é ter direitos e 
organizar-se para conquistá-los.
O currículo na educação de jovens e adultos deve ser pensado sobre o entendimento 
de quem são as pessoas a que ele se destina, seus perfis socioeconômicos quanto 
às suas possibilidades e necessidades reais, onde deverá ser desenvolvido um 
trabalho diferenciado distinto daquele que se desenvolve com crianças no ensino 
fundamental, evitando, assim, a “infantilização” do ensino.
Nesse sentido, Fuck (1994) adverte:
que a educação seja o processo através do qual o indivíduo toma a história 
em suas próprias mãos, a fim de mudar o rumo da mesma. Como? 
Acreditando no educando, na sua capacidade de aprender, descobrir, criar 
soluções, desafiar, enfrentar, propor, escolher e assumir as consequências 
de sua escolha. Mas isso não será possível se continuarmos bitolando 
os alfabetizandos com desenhos pré-formulados para colorir, com textos 
criados por outros para copiarem, com caminhos pontilhados para seguir, 
com histórias que alienam, com métodos que não levam em conta a lógica 
de quem aprende.
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UNIDADE Educação de Jovens e Adultos, Ensino Médio e Educação Profissional
Ao tratar de Educação de Jovens e Adultos, o Parecer CNE/CEB 11/2000 
remete à discussão sobre alfabetização e letramento. A professora Magda Soares 
define a questão da seguinte forma:
[...] um adulto pode ser analfabeto, porque marginalizado social e 
economicamente, mas, se vive em um meio em que a leitura e a escrita 
têm presença forte, se interessa em ouvir a leitura de jornais feita por um 
alfabetizado, se recebe cartas que outros leem para ele, se dita cartas para 
que um alfabetizado as escreva, se pede a alguém que lhe leia avisos ou 
indicações afixados em algum lugar, esse analfabeto é, de certa forma, 
letrado, porque faz uso da escrita, envolve-se em práticas sociais de leitura 
e de escrita. (SOARES, 1998, p. 24.)
Para saber um pouco mais sobre o assunto, assista a um pequeno vídeo intitulado 
“O que é letramento?”.
O que é Letramento? – https://youtu.be/K8RHXK0eTQQ
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O desafio da alfabetização é um problema antigo, presente atualmente em 
nossa sociedade. O letramento surge como um alerta de que ler e escrever é muito 
mais do que decodificar, é, principalmente, fazer uso social da leitura e da escrita 
(letramento), como você pôde constatar no vídeo.
A Educação de Jovens e Adultos representa um caminho de desenvolvimento 
para todas as pessoas de todas as idades, abrangendo desde a alfabetização até 
o ensino médio, ou seja, toda educação básica. A EJA tem algumas funções que 
estão dispostas no quadro a seguir.
Quadro 1 – Funções da EJA
Função Reparadora da EJA
Significa não só a entrada no circuito dos direitos civis pela restauração de 
um direito negado: o direito a uma escola de qualidade, mas também o 
reconhecimento daquela igualdade ontológica de todo e qualquer ser humano. 
Desta negação, evidente na história brasileira, resulta uma perda: o acesso a um 
bem real, social e simbolicamente importante. Logo, não se deve confundir a 
noção de reparação com a de suprimento.
Função Equalizadora
Vai dar cobertura a trabalhadores e a tantos outros segmentos sociais, como 
donas de casa, migrantes, aposentados e encarcerados. A reentrada no sistema 
educacional dos que tiveram uma interrupção forçada, seja pela repetência 
ou pela evasão, seja pelas desiguais oportunidades de permanência ou outras 
condições adversas, deve ser saudada como uma reparação corretiva, ainda que 
tardia, de estruturas arcaicas, possibilitando aos indivíduos novasinserções no 
mundo do trabalho, na vida social, nos espaços da estética e na abertura dos 
canais de participação. Para tanto, são necessárias mais vagas para estes “novos” 
alunos e “novas” alunas, demandantes de uma nova oportunidade de equalização.
Função Permanente 
Essa tarefa de propiciar a todos atualização de conhecimentos por toda a vida 
pode se chamar de qualificadora. Mais do que uma função, ela é o próprio sentido 
da EJA. Ela tem como base o caráter incompleto do ser humano, cujo potencial 
de desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em quadros escolares ou 
não escolares. Mais do que nunca, ela é um apelo para a educação permanente 
e criação de uma sociedade educada para o universalismo, a solidariedade, a 
igualdade e a diversidade.
Fonte: Parecer CNE/CEB 11/2000
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Encontre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos.
Disponível em: https://goo.gl/bH68vB
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Ensino Médio e Educação Profissional
Figura 2
Fonte: Istock/Getty Images
Em nossa aula de hoje iremos também conhecer aspectos importantes presentes 
nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio – DCNEM (2012) – que 
têm em vista vincular a educação com o mundo do trabalho e a prática social, 
consolidando a preparação para o exercício da cidadania e propiciando preparação 
básica para o trabalho.
As DCNEM são orientadas pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB) 9394/96, 
articulam-se com as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação 
Básica e reúnem princípios, fundamentos e procedimentos, definidos pelo Conselho 
Nacional de Educação, para orientar as políticas públicas educacionais da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na elaboração, planejamento, 
implementação e avaliação das propostas curriculares das unidades escolares 
públicas e particulares que oferecem o Ensino Médio.
A ruptura que antes acontecia em nosso país entre as séries iniciais e finais do 
Ensino Fundamental, por conta da existência do ensino primário e secundário e 
do exame de admissão, rompeu-se com a universalização do ensino fundamental 
de 9 anos (nove anos). A barreira passou para o Ensino Médio, pela falta de vagas 
disponíveis nas instituições públicas.
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UNIDADE Educação de Jovens e Adultos, Ensino Médio e Educação Profissional
A LDB 9394/96, no que tange à sua Educação Básica (educação infantil, ensino 
fundamental e ensino médio), supera no plano legal a dualidade entre ensino 
fundamental e médio.
O artigo 35 da LDB ao tratar do Ensino Médio afirma:
Artigo 35 – O ensino médio, etapa final da educação básica, com 
duração mínima de três anos, terá como finalidades: a consolidação e o 
aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, 
possibilitando o prosseguimento de estudos; a preparação básica para 
o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de 
modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de 
ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; o aprimoramento do educando 
como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento 
da autonomia intelectual e do pensamento crítico; a compreensão 
dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, 
relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
O artigo 36 da LDB 9394/96 trata do currículo do Ensino Médio:
Artigo 36 - O currículo do ensino médio será composto pela Base 
Nacional Comum Curricular e por itinerários formativos específicos, a 
serem definidos pelos sistemas de ensino, com ênfase nas seguintes áreas 
de conhecimento ou de atuação profissional: I - linguagens; II - matemática; 
III - ciências da natureza; IV - ciências humanas; e V - formação técnica 
e profissional.
Com a promulgação da Lei nº. 9.394/96 (LDB), o Ensino Médio passou a ser 
configurado com uma identidade própria, como etapa final de um mesmo nível da 
educação, que é a Educação Básica, que deve ter uma base unitária sobre a qual 
podem se assentar possibilidades diversas, e teve assegurada a possibilidade de se 
articular, até de forma integrada em um mesmo curso, com a profissionalização, 
pois o artigo 36-A prevê que o Ensino Médio, atendida a formação geral do 
educando, poderá prepará-lo para o exercício de profissões técnicas.
A educação no Ensino Médio deve possibilitar aos adolescentes, jovens, e 
adultos trabalhadores acesso a conhecimentos que permitam a compreensão das 
diferentes formas de explicar o mundo, seus fenômenos naturais, sua organização 
social e seus processos produtivos.
Segundo Mello (1999), a LDB, ao referir-se especificamente ao ensino médio, 
trata de um currículo voltado para competências e não para conteúdos. Assim, a 
preocupação é com as capacidades que cada uma das disciplinas pode criar nos 
alunos. Os conteúdos disciplinares são concebidos como meios e não como fins 
em si mesmos.
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A autonomia intelectual é outro ponto de destaque na lei, e para tal é importante que 
a pessoa saiba aprender. Ao sair do Ensino Médio, o aluno deverá ter compreensão 
do significado das ciências, das artes e das letras. Dominar a Língua Portuguesa como 
instrumento de comunicação, exercício de cidadania e acesso ao conhecimento.
Ao tratar sobre o processo de ensino e aprendizagem, refere-se à Transposição 
Didática, que é a análise que o professor deve fazer do saber (cientificamente tratado), 
para transformá-lo em saber a ser ensinado de forma didática e metodológica aos 
alunos. Um dos recursos para fazer isso é a contextualização: relacionar o que está 
sendo ensinado com sua experiência imediata ou cotidiana. Assim, o aluno poderá 
perceber que o ruído de pneu e a freada do carro têm a ver com aquela fórmula 
sobre atrito, explicada em aula pelo professor de física.
Quanto à organização do Ensino Médio, o inciso I do artigo 14 da Resolução 
CNE/CEB nº. 2/2012 afirma:
O Ensino Médio pode organizar-se 
em tempos escolares no formato 
de séries anuais, períodos semes-
trais, ciclos, módulos, alternância 
regular de períodos de estudos, 
grupos não seriados, com base na 
idade, na competência e em outros 
critérios, ou por forma diversa de 
organização, sempre que o interes-
se do processo de aprendizagem 
assim o recomendar.
A lei é rígida em três pontos no que se refere ao ensino médio regular: mínimo 
de 3 anos, carga horária mínima de 2.400 horas, 800 horas por ano e pelo menos 
200 dias letivos anuais.
Este ensino médio é de educação básica e inclui a preparação básica para o 
trabalho. O ensino profissional que prepara para um posto de trabalho ou uma 
carreira específica não cabe nas 2.400 horas do ensino médio e, por isso, terá 
carga horária adicional, se for concomitante, ou ser realizado posteriormente ao 
Ensino Médio, conforme a LDB e diretrizes específicas.
A Lei nº. 11.741, de 2008, incluiu na LDB nº. 9394, de 20 de Dezembro de 
1996, a Seção IV-A, que trata da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, 
com os artigos 36-A, 36-B, 36-B, 36-C e 36-D.
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UNIDADE Educação de Jovens e Adultos, Ensino Médio e Educação Profissional
Art. 36-A. Sem prejuízo do disposto na Seção IV deste Capítulo, o ensino 
médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o 
exercício de profissões técnicas. (Incluído pela Lei nº. 11.741, de 2008)
Parágrafo único. A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, 
a habilitação profissional poderão ser desenvolvidas nos próprios 
estabelecimentos de ensino médio ou em cooperação com instituições 
especializadas em educação profissional. (Incluído pela Lei nº. 11.741, 
de 2008)
Art. 36-B. A educação profissional técnica de nível médio será desenvol-
vida nas seguintes formas: (Incluído pela Lei nº. 11.741, de 2008)
I - articulada com o ensino médio; (Incluído pela Lei nº. 11.741, de 2008)
II - subsequente, em cursos destinados aquem já tenha concluído o ensino 
médio. (Incluído pela Lei nº. 11.741, de 2008)
Parágrafo único. A educação profissional técnica de nível médio deverá 
observar: (Incluído pela Lei nº. 11.741, de 2008)
I - os objetivos e definições contidos nas diretrizes curriculares nacionais 
estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação; (Incluído pela Lei nº. 
11.741, de 2008)
II - as normas complementares dos respectivos sistemas de ensino; 
(Incluído pela Lei nº. 11.741, de 2008)
III - as exigências de cada instituição de ensino, nos termos de seu projeto 
pedagógico. (Incluído pela Lei nº. 11.741, de 2008)
Art. 36-C. A educação profissional técnica de nível médio articulada, 
prevista no inciso I do caput do art. 36-B desta Lei, será desenvolvida de 
forma: (Incluído pela Lei nº. 11.741, de 2008)
I - integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino 
fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno à 
habilitação profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de 
ensino, efetuando-se matrícula única para cada aluno; (Incluído pela Lei 
nº. 11.741, de 2008)
II - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio ou já o 
esteja cursando, efetuando-se matrículas distintas para cada curso, e 
podendo ocorrer: (Incluído pela Lei nº. 11.741, de 2008)
a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as oportunidades 
educacionais disponíveis; (Incluído pela Lei nº. 11.741, de 2008)
b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as oportunidades 
educacionais disponíveis; (Incluído pela Lei nº. 11.741, de 2008)
c) em instituições de ensino distintas, mediante convênios de 
intercomplementaridade, visando ao planejamento e ao desenvolvimento 
de projeto pedagógico unificado. (Incluído pela Lei nº. 11.741, de 2008)
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Art. 36-D. Os diplomas de cursos de educação profissional técnica de 
nível médio, quando registrados, terão validade nacional e habilitarão ao 
prosseguimento de estudos na educação superior. (Incluído pela Lei nº. 
11.741, de 2008)
Parágrafo único. Os cursos de educação profissional técnica de nível 
médio, nas formas articulada concomitante e subsequente, quando 
estruturados e organizados em etapas com terminalidade, possibilitarão a 
obtenção de certificados de qualificação para o trabalho após a conclusão, 
com aproveitamento, de cada etapa que caracterize uma qualificação para 
o trabalho. (Incluído pela Lei nº. 11.741, de 2008)
A Lei Federal nº. 9.394/96 vem recebendo sucessivas alterações e acréscimos. 
A LDB define o Ensino Médio como uma etapa do nível denominado Educação 
Básica, constituído pela Educação Infantil, pelo Ensino Fundamental e pelo Ensino 
Médio, sendo este sua etapa final.
Das alterações ocorridas na LDB, destacam-se, aqui, as trazidas pela Lei nº. 
11.741/2008, a qual redimensionou, institucionalizou e integrou as ações da 
Educação Profissional Técnica de Nível Médio, da Educação de Jovens e Adultos 
e da Educação Profissional e Tecnológica. Foram alterados os artigos 37, 39, 
41 e 42, e acrescido o Capítulo II do Título V com a Seção IV-A, denominada 
“Da Educação Profissional Técnica de Nível Médio”, e com os artigos 36-A, 36-
B, 36-C e 36-D. Esta lei incorporou o essencial do Decreto nº. 5.154/2004, 
sobretudo, revalorizando a possibilidade do Ensino Médio integrado com a 
Educação Profissional Técnica, contrariamente ao que o Decreto nº. 2.208/97 
anteriormente havia disposto.
A Resolução nº. 6 de 2012 observa, em seu Artigo 4, que a Educação Profissional 
Técnica de Nível Médio, no cumprimento dos objetivos da educação nacional, 
articula-se com o Ensino Médio e suas diferentes modalidades, incluindo a Educação 
de Jovens e Adultos (EJA), e com as dimensões do trabalho, da tecnologia, da 
ciência e da cultura.
Consulte a Resolução nº. 6 de 2012 
para conhecer outras especificida-
des das Diretrizes Curriculares Na-
cionais para a Educação Profissio-
nal Técnica de Nível Médio.
A LDB define como finalidades do Ensino Médio a preparação para a 
continuidade dos estudos, a preparação básica para o trabalho e o exercício da 
cidadania. Determina, ainda, uma base nacional comum e uma parte diversificada 
para a organização do currículo escolar.
Assista, ouça e refl ita sobre questões associadas ao Ensino Médio no Brasil.
Brasil tem avaliação abaixo da média mundial no ensino médio e alto índice de abandono. 
Disponível em: https://youtu.be/wU6fvVvAano
Ex
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or
15
UNIDADE Educação de Jovens e Adultos, Ensino Médio e Educação Profissional
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Cadernos de Pesquisa
KRAWCZYK, N. Reflexão sobre alguns desafios do ensino médio no Brasil hoje. 
Cadernos de Pesquisa, vol. 41, n. 144 (2011).
https://goo.gl/kar4S5
 Livros
Educação de Jovens e Adultos
SOUZA, M. A. de. Educação de jovens e adultos [livro eletrônico]. Curitiba: 
InterSaberes, 2012. (Biblioteca Virtual Universitária).
 Vídeos
Educação de jovens e adultos: história e memória
BRASIL, Ministério da Educação. Educação de jovens e adultos: história e 
memória. (Parte 1)
https://goo.gl/CjctXz
Educação de jovens e adultos: história e memória
BRASIL, Ministério da Educação. Educação de jovens e adultos: história e 
memória. (Parte 2)
https://goo.gl/wBAqZ6
16
17
Referências
GLOBO NEWS. Programa Alexandre Garcia. Brasil tem avaliação abaixo da 
média mundial no ensino médio e alto índice de abandono. Vídeo disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=wU6fvVvAano>. Acesso em: 15 dez. 2016.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB nº. 2/2012 - 
Define Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/atos-normativos--
sumulas-pareceres-e-resolucoes?id=12816>. Acesso em: 07 nov. 2016.
________. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB nº. 6 de 
2012. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais na educação profissional técnica 
de nível médio. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-
educacao/atos-normativos--sumulas-pareceres-e-resolucoes?id=12816>. Acesso 
em: 05 nov. 2016.
________. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CEB nº. 11 de 2000, 
define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e 
Adultos. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/eja/
legislacao/parecer_11_2000.pdf>. Acesso em: 13 dez. 2016.
_____. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e 
bases da educação nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 23 de dez. 1996. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. 
Acesso em: 09 dez. 2016.
FUCK, I. T. Alfabetização de adultos: relato de uma experiência construtivista. 
2. ed. Petrópolis: Vozes, 1994.
MELLO, G. N. Diretrizes curriculares para o ensino médio: por uma escola 
vinculada à vida. Revista Ibero Americana de Educação, n. 20, maio a agosto, 
1999, Madrid, Espanha. Disponível em: <http://www.rieoei.org/rie20a06.htm>. 
Acesso em: 11 dez. 2016.
CHONG, Kate M. O que é letramento? Vídeo disponível em: <http://www.
youtube.com/watch?v=K8RHXK0eTQQ&feature=related>. Acesso em: 15 
dez. 2016.
SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autênti-
ca, 1998
17

Outros materiais