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Improbidade Administrativa
DIREITO ADMINISTRATIVO
www.grancursosonline.com.br
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
O tema da improbidade administrativa, previsto na Lei n. 8.429/1992 (Lei de 
Improbidade), é muito importante em provas de concurso público. Além dessa 
lei, há também previsão sobre o tema na Constituição Federal, em seu art. 37, 
§ 4º. Para prova, é necessário conhecer a literalidade da lei e também alguns 
acórdãos do STF e do STJ sobre a Lei de Improbidade, pois não há muitas orien-
tações doutrinárias sobre o tema.
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – ART. 37, § 4º, DA CF/1988; LEI N. 
8.429/1992
Conceito
De maneira conceitual, pode-se dizer que a improbidade é uma imoralidade qua-
lificada pela desonestidade (má-fé). Um ato imoral pode ser um ato de improbidade 
se estiver carregado com a desonestidade ou má-fé. Isso ocorre porque existem 
atos que, mesmo sendo ilegais ou imorais, podem ser responsabilizados somente 
na via administrativa por meio de uma advertência, uma suspensão ou demissão.
Quando se entra com uma ação judicial por improbidade, há consequências, 
como a perda da função pública, o ressarcimento ao erário, o pagamento de 
multa e até mesmo a suspensão de direitos políticos. 
Não é qualquer tipo de ato ilegal ou imoral que será punido por meio da Lei 
n. 8.429/1992, mas sim o ato que foi praticado com desonestidade ou má-fé.
Consequências na CF/1988:
• Suspensão dos direitos políticos;
• Perda da função;
• Ressarcimento ao erário;
• Indisponibilidade dos bens.
OOs.:� na Lei de Improbidade também são listadas outras duas consequências, 
que são a aplicação de multa e a proibição de contratar com o Estado ou 
dele receber benefícios fiscais.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
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Nos atos de improbidade, não há a perda dos direitos políticos, mas sim a 
perda da função. É importante saber diferenciar esse conceito, pois é possível 
que seja cobrado em questões de prova. A perda dos direitos políticos até existe, 
mas não é válida para os atos de improbidade.
A suspensão dos direitos políticos pode ocorrer em três tipos de atos: que 
causem enriquecimento ilícito, que causem prejuízo ao erário e atos que aten-
tem contra princípio da Administração Pública. O prazo de suspensão varia a 
depender do ato e pode ir de três a dez anos. Esses prazos estão descritos no 
art. 12 da Lei de Improbidade.
A cassação do direito político não pode ocorrer em nenhuma situação, pois 
é vedada pelo art. 15 da Constituição Federal. É importante lembrar que em 
razão de improbidade ocorre apenas a suspensão do direito político e a perda 
da função.
Uma pessoa, mesmo que não tenha função, pode praticar ato de improbi-
dade, por exemplo: induzindo alguém a praticar ato de improbidade, concor-
rendo para o ato ou dele participando, recebendo benefícios diretos ou indiretos, 
tendo a consciência disso.
O ressarcimento ao erário ocorrerá nas situações em que houver o preju-
ízo, uma vez que nem todo ato de improbidade causará danos ao erário. Mas, 
mesmo assim, o agente responderá pela improbidade.
A indisponibilidade dos bens significa o bloqueio dos bens. Assim, o bem fica 
impossibilitado de alienação, ou seja, não pode ser vendido, doado ou trocado. 
Isso ocorre porque quem responde por improbidade responde com todo o seu 
patrimônio.
Conforme a Lei n. 8.429/1992:
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio púOlico ou se enrique-
cer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.
Assim, se uma pessoa praticou ato de improbidade, deixando R$ 200 mil de 
prejuízo e R$ 100 mil de herança, então seus sucessores responderão pelo ato 
de improbidade até o limite de R$ 100 mil, que foi o valor da herança.
Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio púOlico ou ensejar 
enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito 
representar ao Ministério Público, para a indisponiOilidade dos bens do indiciado.
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá so-
Ore Oens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo 
patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.
Quanto ao artigo 7º (acima), é preciso ter alguns cuidados: quem decreta a indis-
ponibilidade em primeiro lugar não é o MP ou a autoridade administrativa, mas sim 
o juiz. A autoridade administrativa comunica ao MP que, ao verificar que existem 
fundamentos, requer que a indisponibilidade seja decretada pelo Poder Judiciário.
É importante lembrar que a pessoa que responde por improbidade responde 
com todo o seu patrimônio, inclusive os bens que foram adquiridos antes do 
suposto ato de improbidade. 
ELEMENTOS DO ATO DE IMPROBIDADE
• Sujeito ativo: agente público – art. 2º;
• Sujeito passivo: as pessoas jurídicas – art. 1º. 
OOs.:� uma pessoa jurídica também pode ser sujeito ativo de uma ação de impro-
bidade administrativa, porém esta responderá dentro de suas possibilida-
des, sendo sujeita a sanções, como proibição de contratar com o Estado, 
aplicação de multa, dentre outras. Entretanto não é possível que uma 
pessoa física seja sujeito passivo em uma ação de improbidade, pois a lei 
não possui essa previsão.
• Ocorrência de ato danoso: art. 9º (enriquecimento ilícito), 10 (lesão ao 
erário), 10-A ou 11 (atenta contra princípio da Administração Pública).
OOs.:� por uma questão de força política, foi criado um ato de improbidade, pre-
visto no art. 10-A, que se trata da concessão ou manutenção de benefício 
fiscal do tributo ISS de forma indevida.
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Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio púOlico ou ensejar 
enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito 
representar ao Ministério Público, para a indisponiOilidade dos bens do indiciado.
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá so-
Ore Oens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo 
patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.
Quanto ao artigo 7º (acima), é preciso ter alguns cuidados: quem decreta a indis-
ponibilidade em primeiro lugar não é o MP ou a autoridade administrativa, mas sim 
o juiz. A autoridade administrativa comunica ao MP que, ao verificar que existem 
fundamentos, requer que a indisponibilidade seja decretada pelo Poder Judiciário.
É importante lembrar que a pessoa que responde por improbidade responde 
com todo o seu patrimônio, inclusive os bens que foram adquiridos antes do 
suposto ato de improbidade. 
ELEMENTOS DO ATO DE IMPROBIDADE
• Sujeito ativo: agente público – art. 2º;
• Sujeito passivo: as pessoas jurídicas – art. 1º. 
OOs.:� uma pessoa jurídica também pode ser sujeito ativo de uma ação de impro-
bidade administrativa, porém esta responderá dentro de suas possibilida-
des, sendo sujeita a sanções, como proibição de contratar com o Estado, 
aplicação de multa, dentre outras. Entretanto não é possível que uma 
pessoa física seja sujeito passivo em uma ação de improbidade, pois a lei 
não possui essa previsão.
• Ocorrência de ato danoso: art. 9º (enriquecimento ilícito), 10 (lesão ao 
erário), 10-A ou 11 (atenta contra princípio da Administração Pública).
OOs.:� por uma questão de força política, foi criado um ato de improbidade, pre-
visto no art. 10-A, que se trata da concessão ou manutenção de benefício 
fiscal do tributo ISS de forma indevida.
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Sujeito ativo (Lei n. 8.429/1992):
Art. 2° Reputa-se agente púOlico, para os efeitos desta lei, todo aquele que exer-
ce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, de-
signação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, 
cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.
Observa-se que a lei dispõe de uma forma bastante abrangente sobre quem 
pode ser o sujeito ativo na ação de improbidade administrativa. 
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo 
não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade 
ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
Assim, é possível que uma pessoa, mesmo que não tenha nenhuma função 
(não seja agente público), se induzir ou concorrer para a prática do ato de impro-
bidade ou dele se beneficiar sob qualquer forma direta ou indireta, responda pelo 
ato de improbidade na condição de terceiro.
OOs.:� um terceiro sozinho não pratica ato de improbidade. Para configurar o ato 
de improbidade, este deve induzir, concorrer ou se beneficiar desse ato 
de forma dolosa ou intencional.
OOs.:� o STJ decidiu que o estagiário pode praticar ato de improbidade, pois 
exerce função pública e é agente público para fins de improbidade.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino.

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