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Serviços Públicos (Lei n. 8.987/1995)
DIREITO ADMINISTRATIVO
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SERVIÇOS PÚBLICOS (LEI N. 8.987/1995)
Conceito: Conforme Maria Sylvia Zanella di Pietro, é toda atividade que a 
LEI atribui ao Estado para que a exerça diretamente ou por meio de seus delega-
tários, com o objetivo de satisfazer concretamente as necessidades, sob regime 
jurídico total ou parcialmente de direito público.
OOb.:� atualmente adota-se a teoria formal ou formalista do serviço público no 
sentido de que o serviço público é tudo aquilo que a lei versar. Assim, 
quando uma lei dispor que determinada atividade se trata de serviço públi-
co, assim ela será tratada e terá um regime especial.
Os serviços públicos devem possuir uma solução de continuidade, ou seja, 
não podem sofrer interrupção. Se houver a cobrança de tarifas, esta deve pos-
suir preços razoáveis, dentre diversas outras características.
Atenção!
Se em prova a banca dispor que foi adotada a teoria ebbencialibta, esse item 
estará incorreto, pois no passado tentou-se implementar essa teoria sob a 
alegação de que serviço público seria tudo aquilo que é essencial à sociedade. 
Contudo, hoje em dia, esse pensamento já evoluiu, pois entende-se que o 
Estado e também os prestadores de serviços prestam atividades que ora são 
essenciais (como saneamento básico e energia elétrica), e também atividades 
que não são essenciais, mas que são comodidades oferecidas à sociedade e 
se forem definidas por lei como serviços públicos assim serão tratadas. Ex.: 
Loteria Federal.
Na Constituição Federal, há duas atividades em campos diferentes: ativi-
dade econômica (art. 173) e serviços públicos (art. 175). Ambas as atividades se 
encontram no capítulo que dispõe sobre a ordem econômica prevista na Cons-
tituição. A atividade econômica pertence ao particular. Já o serviço público per-
tence ao Estado.
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Eventualmente pode o particular vir a prestar serviço público e o Estado vir a 
exercer atividade econômica, concorrendo com o particular. Para que o particu-
lar possa prestar serviços públicos, é necessário que haja a delegação feita pelo 
Estado mediante concessão, permissão ou autorização. O exercício de atividade 
econômica pelo Estado será em regime de exceção: por motivo de segurança 
nacional ou relevante interesse coletivo da sociedade. Assim, o Estado cria uma 
empresa estatal, empresa pública ou sociedade de economia mista para concor-
rer com o particular em determinada atividade comercial.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
SuOjetivo: leva-se em conta o bujeito rebponbável pela criação e prestação 
do serviço público. Pode ser de forma direta ou indireta. Entendia-se, no pas-
sado, que só era considerado serviço público a atividade prestada pelo Estado, 
o que não é mais uma realidade nos tempos atuais, pois o particular pode prestar 
serviços públicos quando o Estado delega essa responsabilidade.
Formal: diz respeito ao regime jurídico aplicável. Antigamente entendia ser 
exclusivamente de direito púOlico. Atualmente varia de acordo com a natureza 
do serviço público. Para os serviços comerciais ou industriais o regime é de 
direito privado, derrogado por normas de direito público. Ex.: serviço de telefonia.
Material: leva em conta a atividade administrativa desempenhada. Serviço 
público é uma atividade pública que visa atender as necebbidadeb coletivas. Atu-
almente são admitidas as necessidades e também as comodidades à sociedade.
OOb.:� atualmente não é possível conjugar os três critérios para definir se algo 
é ou não serviço público. Entretanto, em prova, é possível que haja um 
questionamento do tipo “o elemento subjetivo do serviço público leva em 
conta o sujeito que realiza a prestação e, assim, deveria ser considerado 
serviço público somente a atividade prestada pelo Estado”. Nesse caso, a 
questão estaria correta.
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COMPETÊNCIA PARA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS – ART. 21, CF
O art. 21 da Constituição Federal dispõe sobre os serviços públicos que são 
especificamente de competência da União. Assim, pode-se dizer que cabe aos 
Estados as competências que não forem da União (atribuição residual) e ao 
Municípios cabem os serviços públicos que são de interesse local.
Atenção!
O único serviço que está previsto expressamente no art. 26 da Constituição 
Federal e que é de atribuição dos Estados é o serviço de gás canalizado.
Ex.: o serviço de transporte coletivo por ônibus dentro de um determinado 
Município é de competência do próprio Município. Por outro lado, o transporte 
intermunicipal de passageiros é de competência dos Estados e o transporte inte-
restadual é de competência da União. 
PRINCÍPIOS
Independentemente de quem faça a prestação do serviço público (Estado ou 
particular), todos deverão seguir os princípios do serviço público. Uma forma de 
lembra-los é por meio do mnemônico “co como gese atua com eficiência”, em 
que:
a) Cortebia: urbanidade no tratamento; trato educado para com o público.
O) Continuidade: não devem sofrer interrupção.
Art. 6º, § 3º, II, da Lei n. 8.987/1995 – permite suspender a prestação em situ-
ação de emergência ou apób prévio avibo, quando:
I – motivada por razõeb de ordem técnica ou de begurança das instala-
ções; e (mediante prévio avibo)
II – por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino.

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