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1 Responsabilidade Civil do Estado III DIREITO ADMINISTRATIVO www.grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO III TEORIAS – EVOLUÇÃO A) IRRESPONSABILIDADE O primeiro modelo de Estado existente no mundo foi o absolutista. Naquela época, não havia nenhum nível de responsabilização para o Estado, pois as figu- ras do rei e do Estado se confundiam. Assim, devido à premissa de que “o rei nunca erra”, era possível concluir que “o Estado nunca erra”. À medida que o Estado absolutista entra em decadência (por volta do fim do século XVIII e início do século XIX), surge o Estado de direito, que se submete a seguir as suas próprias leis. Assim, foi retirada das mãos de apenas uma pessoa toda a propriedade da vida das pessoas, do que o Estado pode e do que não pode fazer. B) CIVILISTAS O Estado foi se modificando e, após muitos anos, surgiram as teorias civilis- tas, baseadas em legislação e que pregavam que se o Estado causasse dano ao particular, ele teria um nível de responsabilização. Essa teoria tem por base a culpa do agente. Essa é a teoria adotada no Código Civil Brasileiro de 1916. C) PUBLICISTAS C.1) CULPA ADMINISTRATIVA/ DO SERVIÇO/ ANÔNIMA É considerada uma evolução, pois a culpa passa a não ser apenas responsa- bilidade do agente, mas do serviço. Além disso, a culpa é anônima, pois não era mais necessário identificar a figura do agente. Culpa do serviço: faute du service • Não funcionou; • Funcionou mal; • Funcionou atrasado. AN O TA Ç Õ ES 2 Responsabilidade Civil do Estado III DIREITO ADMINISTRATIVO www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online OOs.:� atualmente, essa teoria evoluiu ainda mais com a responsabilidade obje- tiva, em que não se discute o dolo ou culpa. C.2) RESPONSABILIDADE OBJETIVA / TEORIA DO RISCO O fundamento para a adoção da teoria do risco (responsabilidade objetiva) é a repartição de benefícios e encargos. A ideia é o princípio da solidariedade no sentido de que as pessoas precisarão se ajudar mutuamente. Substituição da culpa pelo nexo de causalidade. É necessário provar que, entre a culpa do Estado e o dano sofrido pelo particular, houve o nexo de causali- dade. ANÁLISE DO ART. 37 DA CF/1988 A) RESPONSABILIDADE OBJETIVA As pessoas jurídicas de direito público e de direito privado que são prestado- ras de serviços públicos respondem na forma objetiva. Exemplo: • Pessoas jurídicas de direito púOlico: União, Estados, DF, Municípios, autarquias, fundações de direito público (fundações autárquicas). • Pessoas jurídicas de direito privado: empresas públicas e sociedade de economia mista, concessionários e permissionários. OOs.:� nos casos de dano causado por empresas concessionárias, a respon- sabilidade principal é da própria empresa. Somente se esta não possuir condições financeiras de reparar o prejuízo será possível entrar com ação contra o Estado (responsabilidade subsidiária). OOs.:� o STF entende que as concessionárias e também permissionárias têm responsabilidade objetiva em relação a usuários e terceiros não usuários. B) RESPONSABILIDADE SUBJETIVA Configura-se na omissão ou quando se tratar de empresa pública ou socie- dade de economia mista que atua na exploração de atividade econômica. A doutrina majoritária entende que a omissão do Estado é de responsabili- dade subjetiva, pois há a necessidade de se provar a omissão/culpa do Estado. Exemplo: um acidente de trânsito causado por um buraco na estrada, a queda de uma árvore causada pela falta de poda. Nesses casos, é preciso provar a omissão do Estado. 3 Responsabilidade Civil do Estado III DIREITO ADMINISTRATIVO www.grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão União, Estados, DF, Municípios, concessionários, permissionários. OOs.:� Empresa pública e sociedade de eco- nomia mista que exploram atividade econômica – resp. subjetiva. pelos danos que seus agentes, agindo nessa qualidade Agentes – qualquer um que exerça função pública . Basta que seja nessa qualidade. causarem a terceiros Na omissão, a responsabilidade será subjetiva. Na ação, responsabilidade objetiva. assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. O Estado responde na forma objetiva. O agente responde em ação regressiva. Depende de demonstração de dolo ou culpa (subjetiva). Segundo Cavalieri Filho: • OMISSÃO ESPECÍFICA: quando é motivo direto do dano – responsabilidade objetiva; • OMISSÃO GENÉRICA: quando a omissão é motivo indireto do dano – res- ponsabilidade dubjetiva. O pulo do gato Em prova, como regra geral, deve-se marcar que, na omissão, a responsabilidade será subjetiva (deve-se provar culpa para haver direito a indenização). Se a questão versar sobre omissão específica, deve-se considerar a responsabilidade objetiva. Nova decisão STF – Prestadora de serviço público tem responsabilidade objetiva em relação a terceiros não-usuários. O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que há responsabilidade civil objetiva (dever de indenizar danos causa- dos independente de culpa) das empresas que prestam serviço público mesmo em relação a terceiros, ou seja, aos não-usuários. A maioria dos ministros negou provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 591874 interposto pela empresa Viação São Francisco Ltda. VER INFORMATIVO 557 �Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino.
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