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resumo 652545 gustavo scatolino 39534435 direito administrativo carreira delegado aula 51 responsabilidade civil do estado iii

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Responsabilidade Civil do Estado III
DIREITO ADMINISTRATIVO
www.grancursosonline.com.br
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO III
TEORIAS – EVOLUÇÃO
A) IRRESPONSABILIDADE
O primeiro modelo de Estado existente no mundo foi o absolutista. Naquela 
época, não havia nenhum nível de responsabilização para o Estado, pois as figu-
ras do rei e do Estado se confundiam. Assim, devido à premissa de que “o rei 
nunca erra”, era possível concluir que “o Estado nunca erra”.
À medida que o Estado absolutista entra em decadência (por volta do fim do 
século XVIII e início do século XIX), surge o Estado de direito, que se submete a 
seguir as suas próprias leis. Assim, foi retirada das mãos de apenas uma pessoa 
toda a propriedade da vida das pessoas, do que o Estado pode e do que não 
pode fazer.
B) CIVILISTAS
O Estado foi se modificando e, após muitos anos, surgiram as teorias civilis-
tas, baseadas em legislação e que pregavam que se o Estado causasse dano ao 
particular, ele teria um nível de responsabilização.
Essa teoria tem por base a culpa do agente. Essa é a teoria adotada no 
Código Civil Brasileiro de 1916.
C) PUBLICISTAS
C.1) CULPA ADMINISTRATIVA/ DO SERVIÇO/ ANÔNIMA
É considerada uma evolução, pois a culpa passa a não ser apenas responsa-
bilidade do agente, mas do serviço. Além disso, a culpa é anônima, pois não era 
mais necessário identificar a figura do agente.
Culpa do serviço: faute du service
• Não funcionou;
• Funcionou mal;
• Funcionou atrasado. 
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OOs.:� atualmente, essa teoria evoluiu ainda mais com a responsabilidade obje-
tiva, em que não se discute o dolo ou culpa.
C.2) RESPONSABILIDADE OBJETIVA / TEORIA DO RISCO
O fundamento para a adoção da teoria do risco (responsabilidade objetiva) é 
a repartição de benefícios e encargos. A ideia é o princípio da solidariedade no 
sentido de que as pessoas precisarão se ajudar mutuamente. 
Substituição da culpa pelo nexo de causalidade. É necessário provar que, 
entre a culpa do Estado e o dano sofrido pelo particular, houve o nexo de causali-
dade.
ANÁLISE DO ART. 37 DA CF/1988
A) RESPONSABILIDADE OBJETIVA
As pessoas jurídicas de direito público e de direito privado que são prestado-
ras de serviços públicos respondem na forma objetiva.
Exemplo:
• Pessoas jurídicas de direito púOlico: União, Estados, DF, Municípios, 
autarquias, fundações de direito público (fundações autárquicas).
• Pessoas jurídicas de direito privado: empresas públicas e sociedade de 
economia mista, concessionários e permissionários.
OOs.:� nos casos de dano causado por empresas concessionárias, a respon-
sabilidade principal é da própria empresa. Somente se esta não possuir 
condições financeiras de reparar o prejuízo será possível entrar com ação 
contra o Estado (responsabilidade subsidiária).
OOs.:� o STF entende que as concessionárias e também permissionárias têm 
responsabilidade objetiva em relação a usuários e terceiros não usuários.
B) RESPONSABILIDADE SUBJETIVA
Configura-se na omissão ou quando se tratar de empresa pública ou socie-
dade de economia mista que atua na exploração de atividade econômica.
A doutrina majoritária entende que a omissão do Estado é de responsabili-
dade subjetiva, pois há a necessidade de se provar a omissão/culpa do Estado.
Exemplo: um acidente de trânsito causado por um buraco na estrada, a 
queda de uma árvore causada pela falta de poda. Nesses casos, é preciso 
provar a omissão do Estado.
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Responsabilidade Civil do Estado III
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As pessoas jurídicas de direito público e as 
de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão
União, Estados, DF, Municípios, 
concessionários, permissionários.
OOs.:� Empresa pública e sociedade de eco-
nomia mista que exploram atividade 
econômica – resp. subjetiva.
pelos danos que seus agentes, agindo nessa 
qualidade
Agentes – qualquer um que exerça função 
pública .
Basta que seja nessa qualidade.
causarem a terceiros Na omissão, a responsabilidade será subjetiva. Na ação, responsabilidade objetiva.
assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa.
O Estado responde na forma objetiva.
O agente responde em ação regressiva. 
Depende de demonstração de dolo ou culpa 
(subjetiva).
Segundo Cavalieri Filho:
• OMISSÃO ESPECÍFICA: quando é motivo direto do dano – responsabilidade 
objetiva;
• OMISSÃO GENÉRICA: quando a omissão é motivo indireto do dano – res-
ponsabilidade dubjetiva.
O pulo do gato
Em prova, como regra geral, deve-se marcar que, na omissão, a responsabilidade 
será subjetiva (deve-se provar culpa para haver direito a indenização). Se a 
questão versar sobre omissão específica, deve-se considerar a responsabilidade 
objetiva.
Nova decisão STF – Prestadora de serviço público tem responsabilidade 
objetiva em relação a terceiros não-usuários. O Supremo Tribunal Federal (STF) 
definiu que há responsabilidade civil objetiva (dever de indenizar danos causa-
dos independente de culpa) das empresas que prestam serviço público mesmo 
em relação a terceiros, ou seja, aos não-usuários. A maioria dos ministros negou 
provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 591874 interposto pela empresa 
Viação São Francisco Ltda. VER INFORMATIVO 557
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino.

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