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Organização Administrativa – V
DIREITO ADMINISTRATIVO
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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – V
Relembrando!
4. ESTUDO DA ADM. INDIRETA – ART. 37, XIX, CF
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de le-
galidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao se-
guinte:
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a institui-
ção de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo 
à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; 
A lei estabelecida é uma lei ordinária específica que vai tratar apenas de um 
assunto. Se a lei cria uma entidade, ela também pode extingui-la.
Somente por lei específica é autorizada a criação de uma autarquia e das 
demais entidades. 
Quando a autarquia é criada, ela não necessita de registro em nenhum local. 
Já nasce diretamente da lei. 
Quando se tratar de uma lei autorizativa, a instituição de empresa pública, a 
sociedade de economia mista e a fundação só nascem após o registro dos seus 
atos constitutivos no órgão competente, no Cartório de Pessoa Jurídica. No caso 
de uma empresa estatal, o registro é feito na Junta Comercial.
Para uma fundação, é necessária uma lei complementar que definirá as suas 
áreas de atuação. Essa lei complementar ainda não foi criada.
AUTARQUIA
• Natureza jurídica – a autarquia é pessoa jurídica de direito público. Todo 
o conjunto de prerrogativas (direitos) e sujeições (limitações) atribuídas à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios também são atri-
buídas à autarquia enquanto pessoa jurídica de direito público, tais como: 
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 – atuar com supremacia frente o particular;
 – responsabilidade objetiva;
 – privilégios quanto a não ter os seus bens penhorados ou alienados;
 – fazer licitação e concursos públicos;
 – obrigação de prestar contas ao Tribunal de Contas. 
• Todas as pessoas jurídicas da Administração indireta têm autonomia finan-
ceira e administrativa (não têm autonomia política). Só possui capacidade 
política aquele que pode legislar (União, Estados, Distrito Federal e Muni-
cípios). 
As resoluções que as agências reguladoras fazem são atos administrativos 
de caráter normativo.
• Só pode prestar atividade típica de Estado, como expresso no Decreto Lei 
n. 200/1967. Por atividade típica do Estado entende-se a atividade própria 
do Estado. As autarquias e as fundações não podem ter atividade comer-
cial e econômica. Se eventualmente o Estado pretender desenvolver uma 
atividade comercial, ele criará uma empresa pública ou uma sociedade de 
economia mista. 
 Os Conselhos que fiscalizam as profissões são pessoas jurídicas de direito 
público na forma de autarquias.
Atenção!
A OAB é uma exceção, não é uma autarquia por decisão do Supremo Tribunal 
Federal (STF), mediante a ADI 3.026/DF, relatada pelo ministro Eros Grau, 
em 8 de junho de 2006. Contudo, no julgamento de mérito do RE 595.332/PR, 
relatado pelo Ministro Marco Aurélio, em 31 de agosto de 2016, foi decidido 
que as lides judiciais que envolvam a OAB – tanto o Conselho Federal da OAB 
quanto as seccionais nos Estados e no Distrito Federal – serão julgadas pela 
justiça federal. A grande questão é que a OAB não é considerada uma autarquia. 
Na ADI 3.026/DF, o STF decidiu que a OAB é uma entidade ímpar, “sui generis”, 
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um “serviço público independente”, não integrante da Administração Pública, 
nem passível de ser classificada em categoria prevista no ordenamento jurídico 
brasileiro. 
• O regime do pessoal é o regime estatutário. O presidente exerce o cargo 
em comissão, e os demais servidores têm cargos efetivos.
Atenção!
Foi possível, de 2000 a 2007, haver pessoas contratadas nas autarquias pelo 
vínculo da CLT. 
����������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino.