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Uninorte - PY PJC iviemuro superior R . • 1 evisao conceituai DESCRIÇÃO GERAL O membro superior está associado à parte lateral da região infe- rior do pescoço. Ele é sustentado a partir do tronco por múscu- los e uma pequena articulação esquelética entre a clavícula e o esterno — a articulação esternoclavicular. Baseado na posição das grandes articulações e componentes ósseos, o membro su- perior é dividido em ombro, braço, antebraço e mão (Fig. 7 . IA). O ombro é a área do membro superior ligada ao tronco (Fig. 7.1B). 0 braço é a parte do membro superior entre o ombro e a ar- ticulação do cotovelo: o antebraço fica entre as articulações do cotovelo e do punho*: e a mão é distai à articulação do punho. *NT: Na terminologia anatômica esta articulação é denominada articulação radio- carpal. Manúbrio do Fig. 7.1 Membro superior. A. Vista anterior do membro superior. B. Vista superior do ombro. Uninorte - PY PJC Revisão conceituai • Funções Fossa cubital -Túnel do carpo Rg. 7.2 Áreas de transição no membro superior. desta fossa, assim como u m dos principais nervos do membro superior, o nervo mediano. O túnel do carpo é a passagem para a região da palma da mão. Suas paredes posterior, lateral e mediai formam u m arco, que é composto por pequenos ossos carpais na região proximal da mão. Uma faixa espessa de tecido conjuntivo, o retináculo dos flexores. ocupa a distância entre cada lado do arco e forma a parede anterior do túnel. 0 nervo mediano e todos os tendões flexores longos que passam do antebraço para os dedos o fazem através do túnel do carpo. FUNÇÕES Posicionamento da mão Diferentemente do membro inferior, o qual é utilizado para suporte, estabilidade e locomoção, o membro superior é alta- mente móvel para posicionar a mão no espaço. 0 ombro mantém-se suspenso do tronco, predominante- mente, através de músculos e. portanto, pode ser movimen- tado em relação ao corpo. 0 deslizamento (protrusão ou retração) e a rotação da escapula sobre a parede torácica alte- ram a posição da articulação do ombro (articulação gle- noumeral) e aumentam o alcance da mão (Fig. 7.3). Esta articulação permite que o braço se movimente em três eixos, com uma grande amplitude de movimento. Os movimentos do braço nesta articulação são a flexão, extensão, abdução, adução. rotação mediai (rotação interna), rotação lateral (ro- tação externa) e circundução (Fig. 7.4). Os principais movimentos da articulação do cotovelo são flexão e extensão do antebraço (Fig. 7.5A). N a outra ex- tremidade do antebraço, a parte distai do osso lateral, o rádio, pode rodar sobre a cabeça adjacente do osso mediai, a u lna . Devido à mão ser articulada com o rádio, ela pode ser eficien- temente movida da posição palmar anterior para a posição palmar posterior simplesmente pelo cruzamento da parte dis- tai do rádio sobre a u lna (Fig. 7.5B). Este movimento, conhe- cido como pronação, ocorre somente no antebraço. A supinação traz de volta a mão para a posição anatômica. Na articulação do punho, a mão pode ser abduzida, aduzida, fletida, estendida e pode fazer circundução (Fig. 7.6). Estes movimentos, combinados com os do ombro, braço e an- tebraço, permitem que a mão seja colocada em uma ampla gama de posições, relativamente ao corpo. 609 Uninorte - PY PJC Membro superior Fig. 7.3 Movimentos da escapula. A. Rotação. B. Protrusão e retração. Uninorte - PY PJC Revisão conceituai • Funções 611 Uninorte - PY PJC iviemuiu superior Abdução Adução Extensão Flexão 612 Fig. 7.6 Movimentos da mao na articulação do punho. A mão como instrumento mecânico Uma das maiores funções da mão é segurar e manipular objetos. Segurar objetos, geralmente, envolve flexão dos dedos contra o polegar. Dependendo do tipo de preensão, os múscu- los da mão atuam para: • modificar as ações dos tendões longos que emergem do an- tebraço e inserem-se nos dedos da mão; e a produzir combinações de movimentos articulares em cada dedo que não podem ser geradas pelos tendões dos flexores e extensores longos, isoladamente. A mão como instrumento de sensibilidade A mão é usada para discriminar objetos com base no toque. Os coxins palmares dos dedos contêm uma alta densidade de COMPONENTES Ossos e articulações Os ossos do ombro consistem da escapula, clavícula e parte proximal do úmero (Fig. 7.7). A clavícula articula-se, medialmente, com o manúbrio do esterno e, lateralmente, com o acrômio da escapula, o qual se arqueia sobre a articulação entre a cavidade glenoidal da es- capula e cabeça do úmero (articulação do ombro). A articula- ção do ombro permite a flexão, extensão, abdução, adução. rotação mediai e lateral e a circundução do braço. Clavícula Escapula Acrômio Cavidade glenoidal Escapula Úmero Rádio Carpais |— Metacarpais Falanges Fig. 7.7 Ossos do membro superior receptores sensoriais somáticos. De maneira semelhante, a parte sensorial do córtex cerebral encarregada de interpretar as informações da mão, particularmente do polegar, é despro- porcionalmente grande em relação às áreas de várias outras regiões da pele. Uninorte - PY PJC Revisão conceituai • Componentes que o movimento limitado de deslizamento que ocorre nas ar- ticulações carpometacarpais dos dedos. Distalmente, a cabeça dos metacarpais II a V (isto é, exceto o do polegar) são interconectadas por ligamentos espessos. A ausência destas conexões ligamentares entre o osso metacar- pal do polegar e do dedo indicador, juntamente com a articu- lação selar biaxial entre os ossos metacarpal e carpal do polegar permitem a este dedo uma grande liberdade de movi- mentos, o que não acontece com os outros dedos da mão. Os ossos dos dedos são as falanges (Fig. 7.7). 0 polegar tem duas falanges, enquanto cada u m dos outros dedos tem três. As art iculações metacarpofalângicas são articula- ções (condilares) elipsóideas e biaxiais que permi tem flexão, extensão, abdução, adução e circundução (Fig. 7.8). A abdução e a adução dos dedos são definidas em re- ferência a u m eixo passando através do centro do dedo médio, em posição anatômica. 0 dedo médio pode abduzir tanto medialmente quanto lateralmente, e aduzir de volta para o eixo central. As articulações interfalàngicas são, pri- mariamente, articulações do tipo gínglimo (dobradiça) que permitem, somente, flexão e extensão. Músculos Alguns músculos do ombro, tais como o trapézio, levanta- dor da escapula e rombóides, conectam a escapula e a claví- cula ao tronco. Outros músculos conectam a escapula e a clavícula, e a parede da parte proximal do úmero. Estes i n - cluem peitoral maior, peitoral menor, latíssimo do dorso, re- dondo maior e deltóide (Figs. 7 . 9 A e B) . Os mais importantes destes músculos são os quatro músculos do manguito rotador — os músculos subescapular, infra-es- pinal , supra-espinal e redondo menor — que conectam a es- *• Abdução Adução Extensão Flexão Flexão Fig. 7.8 A. Movimentos das articulações metacarpofalângicas, e B. interfalàngicas. 613 Uninorte - PY PJC IVItMIlUIU 5UfJCMUI cápula ao úmero e proporcionam suporte para a ar t icu- lação do ombro (Fig. 7.9C). Os músculos do braço e do antebraço são separados dentro de compartimentos anterior (flexor) e posterior (extensor) pelas camadas de fáscia, ossos e ligamentos (Fig. 7.10). O compartimento anterior do braço repousa na posição an- terior e é separado dos músculos do compartimento posterior pelo úmero e pelos septos intermusculares, mediai e lateral. Estes septos intermusculares são contínuos com a fáscia pro- funda que envolve o braço e se inserem nos lados do úmero. Fig. 7.9. Músculos do ombro. A. Ombro posterior. B. Ombro anterior. C. Músculos do manguitorotador. Uninorte - PY PJC Revisão conceituai • Relações com outras regiões Mediai Úmero Anterior (compartimento flexor) Posterior (compartimento extensor) Fáscia profunda Eminência tenar Anterior (compartimento flexor) Rádio Posterior (compartimento extensor) Lateral Pele Septos intermusculares Fáscia profunda Ulna Membrana interóssea Fig. 7.10 Componentes musculares do braço e do antebraço. I No antebraço. os compartimentos anterior e posterior são separados por um septo intermuscular lateral, o rádio, a u lna •amembrana interóssea, a qual articula as margens adjacen- tes do rádio e da ulna (Fig. 7.10). I Os músculos do braço atuam, principalmente, para movi- fcntar o antebraço na articulação do cotovelo, enquanto a •ínção predominante dos músculos do antebraço é movimen- to a mão na articulação do punho e os dedos e o polegar. I Os músculos situados inteiramente na mão, os músculos in- •rinsecos, geram movimentos delicados dos dedos da mão e mo- I dificam as forças produzidas pelos tendões que. do antebraço. chegam ao polegar e demais dedos. Inclusos entre os músculos intrínsecos da mão estão os três pequenos músculos tenares, os pais formam uma elevação de tecido frouxo, chamada de eminência tenar. sobre a face palmar do metacarpal I. Os músculos tenares permitem ao polegar movimentar-se livre- mente em relação aos outros dedos. RELAÇÕES C O M OUTRAS REGIÕES Pescoço O membro superior está diretamente relacionado com o pescoço. Repousando de cada lado da abertura superior do tórax na base do pescoço, está a entrada da axila, a qual é de- limitada pela: • margem lateral da primeira costela; • face posterior da clavícula; • margem superior da escapula; e • face mediai do processo coracóide (Fig. 7.11). Os principais vasos do membro superior passam entre o tórax e o membro, sobre a primeira costela e através da en- trada da axila. Os nervos, predominantemente derivados da parte cervical da medula espinal. também passam através da entrada da axila e atravessam a região axilar para suprir o membro superior. Uninorte - PY PJC Memoro superior Dorso e parede torácica Os músculos que unem os ossos do ombro ao tronco são asso- ciados ao dorso e à parede torácica e incluem o trapézio. le- vantador da escapula, rombóide maior, rombóide menor e latíssimo do dorso (Fig. 7.12). A mama, na parede torácica anterior, tem u m significativo número de correlações com a axila e o membro superior. Ela está sobreposta ao músculo peitoral maior, o qual forma a Margem lateral da primeira costela Nervos para o membro superior Entrada da axila Margem superior da escapula Veia axilar Artéria axilar 616 maior parte da parede anterior da axila e une o úmero à pa- rede torácica (Fig. 7.13). Freqüentemente, parte da mama. conhecida como processo axilar. estende-se ao redor da mar- gem lateral do peitoral maior, para dentro da axila. A drenagem linfática das partes lateral e superior da mama é feita, predominantemente, para os linfonodos na axi- la. Muitas artérias e veias que suprem e drenam a glândula também originam nessa região, ou drenam para os vasos axi- lares principais. Uninorte - PY PJC Revisão conceituai • Características principais CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS Inervação por nervos cervicais etorácicos superiores A inervação do membro superior é feita pelo plexo braquial. o qual é formado pelos ramos cervicais anteriores dos nervos es- pinais C5 a C8 e T I (Fig. 7.14). Este plexo é, inicialmente, for- mado no pescoço e. então, continua através da entrada da axila para o seu interior. Os nervos principais que suprem o braço, o antebraço e a mão originam-se do plexo braquial na axila. Como uma conseqüência deste padrão de inervação, testes clínicos dos nervos cervicais inferiores e o T I são realizados examinando-se os dermátomos. miótomos e reflexos tendíneos nos membros superiores. Outra conseqüência é que os sinais clínicos de problemas relacionados com os nervos cervicais in- feriores — dor, sensações de "alfinetadas e agulhadas" ou pa- restesia e contrações musculares — aparecem no membro superior. 617 Uninorte - PY PJC ÉÜH M e m D r o s u P e n o r Os dermátomos do membro superior (Fig. 7.15 A) são, fre- qüentemente, testados pela sensibilidade. A área de sobrepo- sição dos dermátomos é mínima, incluindo: • a região lateral superior do braço pelo nível de C5 da me- dula espinal: • o coxim palmar do polegar pelo nível de C6 da medula espinal; • o coxim do dedo indicador pelo nível de C 7 da medula espin al; • o coxim do dedo mínimo pelo nível de C8 da medula espinal; • pele no lado mediai do cotovelo pelo nível de T I da medula espinal. Os movimentos articulares selecionados são usados para testar os miótomos (Fig. 7.15B): 618 Uninorte - PY PJC Revisão conceituai • Características principais h o estímulo do tendão bicipital na fossa cubital testa, princi- palmente, o nível C6 da medula espinal. • o estímulo do tendão do tríceps na parte posterior do coto- velo testa, principalmente, o nível C7. 0 principal nível da medula espinal associado à inervação do diafragma. (C4) situa-se imediatamente acima dos níveis medulares relacionados com os membros superiores. A avaliação dos dermátomos e miótomos do membro supe- rior pode fornecer informações importantes sobre potenciais problemas respiratórios que surjam como complicações de le- sões da medula espinal logo abaixo de C4. Cada u m dos principais compartimentos musculares no braço e no antebraço e cada músculo intrínseco da mão são inervados por u m dos principais nervos que se originam a partir do plexo braquial na região axilar (Fig. 7.16A): • todos os músculos no compartimento anterior do braço são inervados pelo nervo musculocutâneo; m o nervo mediano inerva os músculos do compartimento anterior do antebraço, com duas exceções — o músculo flexor ulnar do carpo e parte de u m flexor dos dedos (a me- tade mediai do músculo flexor profundo dos dedos) são inervados pelo nervo ulnar; • a maioria dos músculos intrínsecos da mão é inervada pelo nervo ulnar, exceto os músculos da região tenar e dois músculos lumbricais laterais, os quais são inervados pelo nervo mediano. a todos os músculos nos compartimentos posteriores do braço e antebraço são inervados pelo nervo radial. ; Fig. 7.15 Dermátomos e miótomos do membro superior. A. Dermátomos. B. Movimentos produzidos pelos miótomos. 619 Uninorte - PY PJC • Membro Nervo muscu locutâneo • todos os músculos do compartimento anterior do braço Nervo mediano • a maioria dos flexores no antebraço • músculos da eminência tenar da mão Nervo radial • todos os músculos do compartimento posterior do braço e antebraço Nervo ulnar • músculos intrínsecos na mão • flexor ulnar do carpo e metade mediai do flexor profundo dos dedos no antebraço Fig. 7.16 Nervos do membro superior. A. Principais nervos do braço e do antebraço. B. Áreas, anterior e posterior, de pele inervadas pe- los principais nervos periféricos no braço e no antebraço. 620 Uninorte - PY PJC Revisão conceituai • Características principais membro, e então continua-se proximalmente. Ela cruza o co- tovelo e passa para além do braço por uma depressão triangu- lar — o trígono clavipeitoral — entre o músculo peitoral maior, o músculo deltóide e a clavícula. Nesta depressão a veia passa pela axila penetrando a fáscia profunda logo inferior- mente à clavícula. A veia basílica origina-se a partir do lado mediai da rede ve- nosa dorsal da mão e passa proximalmente à superfície pós- tero-medial do antebraço. Ela segue através da superfície anterior do membro, logo abaixo do cotoveloe continua proxi- malmente. penetrando na fáscia profunda, aproximadamente na metade do braço. A o nível do cotovelo, as veias cefálica e basílica anasto- mosam-se através da intermédia do cotovelo, que cruza o assoalho da fossa cubital. füt: Essa depressão está limitada anteriormente pelos tendões do abdutor longo e ex- Imsor curto do polegar e. posteriormente, pelo tendão do extensor longo do polegar. Fig. 7.17 Nervos relacionados ao úmero. Uninorte - PY PJC illiflí Memt>ro superior Clavícula Trígono clavipeitoral Deltóíde Peitoral maior Veia axilar Veia cefál ica Bíceps braquial Veia basílica Fossa cubital Veia cefál ica Veia intermédia do cotovelo Veia basílica _Rede venosa do dorsal da mão Fig. 7.18 Veias na fáscia superficial do membro superior. A área da fossa cubital é mostrada em amarelo. Oposição do polegar Fig. 7.19 Movimentos do polegar. Orientação do polegar O polegar posiciona-se em ângulo reto em relação aos demais dedos (Fig. 7.19). Como resultado, movimentos do polegar ocorrem em ângulo reto em relação aos outros dedos. Por exemplo, a flexão traciona o polegar através da região palmar, enquanto a abdução o afasta dos dedos em ângulo reto. Com o posicionamento do polegar em ângulo reto com a região palmar, apenas uma discreta rotação do primeiro me- tacarpal no punho é suficiente para posicionar o coxim do po- legar frontalmente aos coxins dos outros dedos. Esta oposição do polegar é essencial para a função normal da mão. 622 Uninorte - PY PJC Anatomia regional • O m b r o Anatomia regional Vista superior Lateral Mediai Superfície para articulação com o acrômio Superfície para articulação com manúbrio do esterno e primeira cartilagem costal Tubérculo conóide Vista inferior Tubércuío conóide Linha trapezóidea Fig. 7.20 Clavícula. Escapula A escapula é larga, triangular e delgada, com: • três ângulos (lateral, superior e inferior): a três margens (superior, lateral e mediai): « duas faces (costal e posterior): e • três processos (acrômio. espinha e processo coracóide) (Fig. 7.21). Uninorte - PY PJC Memoro superior 0 ângulo lateral da escapula é marcado pela cavidade glenoidal, pouco profunda, com forma aproximada de vír- gula, que se articula com a cabeça do úmero para formar a ar- ticulação glenoumeral (Fig. 7.21B e C). U m espessamento triangular largo (o tubérculo infragle- noidal) inferior à cavidade glenoidal. é o local de inserção para a cabeça longa do músculo tríceps braquial. U m menos distinto tubérculo supraglenoidal está loca- lizado superior à cavidade glenoidal. e é o local de inserção da parte longa do músculo bíceps braquial. Uma espinha proeminente subdivide a face posterior da escapula em uma pequena fossa supra-espinal. supe- riormente, e uma muito maior fossa infra-espinal. inferior- mente (Fig. 7.2 IA). Processo coracóide A Incisura da escapula Margem super ior  n g u l o s u p e r i o r , Fossa supra-espinal Face articular para clavícula Acrômio Margem mediai Espinha da escapula —-j Fossa infra-espinal Vista posterior Incisura maior escapular (ou incisura espinoglenoidal) Cavidade glenoidal Tubérculo infraglenoidal Margem lateral  n g u l o super ior Acrômi A n g u l o inferior Processo espinhoso Tubérculo supraglenoidal Processo coracóide Cavidade glenoidal Io infraglenoidal Margem lateral Vista lateral A n g u l o infer ior Ângu lo inferior 624 escapula A. Visão posterior da escapula direita. B. Visão anterior da superfície posterior. C. Visão lateral. Uninorte - PY PJC Anatomia regional • O m b r o Tubérculo maior Sulco intertubercular Tubérculo menor (músculo subescapular) Sulco intertubercular Crista dos tubérculos maior e menor e assoalho do sulco intertubercular (peitoral maior, redondo maior e latíssimo do dorso) Tuberosidade para o músculo deltóide (deltóide) Inserção do coracobraquial Vista anterior Faceta superior no tubérculo maior (supra-espinhoso) Cabeça Colo anatômico Colo cirúrgico Vista lateral -Inserção para o peitoral maior -Tuberosidade para o músculo deltóide (deltóide) Colo anatômico Colo cirúrgico Faceta superior (supra-espinal) Faceta média (infra-espinal) Faceta inferior (redondo menor) Vista posterior Fig. 7.22 Parte proximal do úmero direito. O tubérculo maior é lateral, suas superfícies superior e pos- terior são marcadas por três grandes facetas lisas para a inser- ção dos tendões musculares: a na faceta superior insere-se o músculo supra-espinal: m na faceta média insere-se o infra-espinal: a na faceta inferior insere-se o redondo menor. 0 tubérculo menor é anterior e sua superfície é marcada por uma grande e lisa impressão para a inserção do músculo subescapular. 625 Uninorte - PY PJC Memoro superior U m sulco intertubercular profundo (sulco bicipital) separa os tubérculos maior e menor e continua inferiormente, no corpo do úmero (Fig. 7.22). 0 tendão da cabeça longa do bíceps braquial passa através deste sulco. Espessamentos nas margens lateral e mediai do assoalho do sulco intertubercular são os locais de inserção dos múscu- los peitoral maior, redondo maior e latíssimo do dorso. respec- tivamente. A margem lateral do sulco intertubercular continua-se in- feriormente com uma ampla tuberosidade para o músculo deltóide em forma de V e situada na parte média da face la- teral do úmero (Fig. 7.22). que é o local de inserção do mús- culo deltóide. Aproximadamente, na mesma posição, porém na face me- diai do osso, há u m espessamento vertical para a inserção do músculo coracobraquial. Colo cirúrgico Uma das mais importantes estruturas do úmero é o colo ci- rúrgico (Fig. 7.22). Esta região é orientada no plano trans- versal, na transição entre a parte proximal do úmero (cabeça, colo anatômico e tubérculos) mais larga, e o corpo, mais del- gado. O nervo axilar e a artéria circunflexa posterior do úmero, que passam pela região deltóidea, vindos da axila, o fazem imediatamente posterior ao colo cirúrgico. Devido ao colo cirúrgico ser mais fraco do que as regiões mais proximais do osso. é um dos locais onde o úmero normalmente fratura. O nervo (axilar) e a artéria(circunflexa posterior do úmero) podem ser le- sados por fraturas nesta região. Articulações As três articulações do complexo do ombro são a esternoclavi- cular. acromioclavicular e do ombro (glenoumeral). A articulação esternoclavicular e a acromioclavicular unem os dois ossos do cíngulo do membro superior entre si e com o tronco. Os movimentos combinados destas duas articu- lações permitem que a escapula assuma inúmeras posições na parede torácica. aumentando, substancialmente, o "alcance" do membro superior. A articulação do ombro (glenoumeral) é a articulação en- tre o úmero e a escapula. Articulação esternoclavicular A articulação esternoclavicular ocorre entre a parte pro- ximal da clavícula e a incisura clavicular do manúbrio do esterno. juntamente com uma pequena parte da cartilagem da primeira costela (Fig. 7.23). Ela é sinovial e em forma de sela. A cavidade articular é completamente separada em dois compartimentos por u m disco articular. A articulação ester- noclavicular permite movimentos da clavícula, predominan- temente, nos sentidos ântero-posterior e longitudinal, embora também ocorra alguma rotação. A articulação esternoclavicular é envolvida por uma cáp- sula articular e reforçada por quatro ligamentos: • os ligamentos esternoclaviculares anterior e poste- rior, que são denominados de acordo com a posição na ar- ticulação;Disco articular (cápsula Incisura clavicular e ligamentos removidos anteriormente para expor a articulação) Ligamento interclavicular Ligamento esternoclavicular anterior Primeira costela Ligamento costoclavicular Primeira cartilagem costal Local de inserção para a segunda costela Ângulo do esterno Fig. 7.23 Articulação esternoclavicular. N a cl ín ica Fratura da parte proximal do úmero A f r a t u r a d o c o l o a n a t ô m i c o d o ú m e r o é e x t r e m a m e n t e rara , po is a o b l i q ü i d a d e desta f r a t u r a deve r i a a t ravessar a r eg ião ma is espessa d o osso. T i p i c a m e n t e , as f ra tu ras o c o r r e m n o c o l o c i r ú r g i c o d o ú m e r o . Apesa r da poss i - b l i d a d e de lesão d o n e r v o ax i l a r e da a r té r i a circunflexa p o s t e r i o r d o ú m e r o nes te t i p o d e f r a t u r a , i s to raramente a c o n t e c e . É i m p o r t a n t e tes ta r o n e r v o ax i l a r antes da re- d u ç ã o para t e r ce r teza d e q u e a lesão n ã o o c o m p r o m e - t e u e de q u e o t r a t a m e n t o n ã o cause u m déf ic i t neuro- l ó g i c o . Uninorte - PY PJC Anatomia regional • O m b r o • u m pequeno Iigamento acromioclavicular superior à articulação e passando entre as regiões adjacentes da cla- vícula e do acrômio; « u m Iigamento coracoclavicular muito maior, que não está diretamente relacionado com a articulação, mas é uma importante e forte Iigamento acessório, fornecendo muito do suporte ao peso do membro superior sobre a cla- vícula e mantendo a posição da clavícula no acrômio. Ele cruza a distância entre o processo coracóide da escapula e da face inferior do terço acromial da clavícula, sendo for- mado pelo Iigamento trapezóide anterior, que se inserem na l inha trapezóide da clavícula e o Iigamento conóide pos- terior, que se insere no tubérculo conóide. Ligamento coracoclavicular Fig. 7.24 Articulação acromioclavicular direita. 627 Uninorte - PY PJC Memoro superior Articulação do ombro (glenoumeral) A articulação do ombro ou articulação glenoumeral c uma articulação esferóidea entre a cabeça do úmero e a cavi- dade glenoidal da escapula (Fig. 7.25). Ela é multiaxial. isto é. possui uma grande variedade de movimentos, com prejuízo da estabilidade esquelética. A estabilidade da articulação é de- vido aos músculos do manguito rotador, à cabeça longa do bí- ceps braquial, processos ósseos relacionados e ligamentos extracapsulares. Os movimentos da articulação incluem fle- xão, extensão, abdução, adução. rotação mediai, rotação late- ral e circundução. As superfícies articulares da articulação do ombro são a grande e esférica cabeça do úmero e a pequena cavidade gle- noidal da escapula (Fig. 7.25). Cada uma das superfícies é re- coberta por cartilagem hialina. A cavidade glenoidal é aprofundada e expandida periferi- camente por u m anel fibrocartilagíneo (o lábio glenoidal). que se fixa à sua margem. Superiormente, este lábio é contí- nuo com o tendão da cabeça longa do músculo bíceps bra- quial, que se insere no tubérculo supraglenoidal e passa superiormente à cavidade articular e à cabeça do úmero. A membrana sinovial une-se às margens das superfícies articulares e delimita a membrana fibrosa da cápsula articu- 1 Ligamento transverso do úmero Cabeça do úmero Fig. 7.25 Articulação do ombro. A Superfícies articulares da articulação do ombro direita. B. Radiografia de uma articulação do ombro normal. Uninorte - PY PJC Anatomia regional • O m b r o Bolsa subtendínea subescapular Tendão da cabeça longa do bíceps braquial Membrana fibrosa da cápsula articular Bainha sinovial Membrana — V \ sinovial Tendão da cabeça longa do bíceps braquial Membrana sinovial redundante na adução Fig. 7.26 Membrana sinovial e cápsula articular da articulação do ombro direita. Ligamento coracoumeral Ligamento transverso do úmero Bainha — I sinovial | Tendão da 1 cabeça | longa do bíceps braquial Ligamento glenoumeral superior Ligamento glenoumeral médio Abertura para a bolsa subtendínea subescapular Ligamento glenoumeral inferior Cápsula redundante Fig. 7.27 Cápsula articular da articulação do ombro direita. i relacionada com os tendões musculares ao redor da articu- lação (músculos coracobraquial, redondo maior, porção longa do tríccps braquial e latíssimo do dorso). A membrana fibrosa da cápsula articular une-se à mar- gem da cavidade glenoidal por fora do ligamento do lábio gle- noidal e da cabeça longa do músculo bíceps braquial e do colo anatômico do úmero (Fig. 7.27). No úmero, o ligamento apresenta-se mais inferiormente do que o colo e estende-se pelo corpo. Nesta região, a membrana fibrosa também é frouxa e com dobras, na posição anatômica. Esta área redundante da membrana fibrosa permite a abdu- ção do braço. As aberturas na membrana fibrosa proporcionam conti- nuidade da cavidade articular com a bolsa, que ocorre entre a cápsula articular e os músculos adjacentes e ao redor do ten- dão da cabeça longa do músculo bíceps braquial no sulco in - tertubercular. A membrana fibrosa da cápsula articular é espessada: • ântero-superiormente, em três locais para formar os liga- mentos glenoumerais superior, médio e inferior, que passam entre a margem súpero-medial da cavidade glenoi- dal para o tubérculo menor e, inferiormente, está relacio- nada com o colo anatômico do úmero (Fig. 7.27); • superiormente, entre a base do processo coracóide e o tu- bérculo maior do úmero (o ligamento coracoumeral); • entre os tubérculos menor e maior do úmero (ligamento transverso do úmero) — este mantém o tendão da ca- beça longa do músculo bíceps braquial no sulco intertu- bercular (Fig. 7.27). A estabilidade articular é proporcionada pelos tendões musculares adjacentes e o arcabouço esquelético formado su- periormente pelo processo coracóide e acrômio e ligamento coracoacromial (Fig. 7.28). Uninorte - PY PJC Memoro superior Acrômio Deltóide Bolsa subacromial (subdeltóidea) Tendão da cabeça longa do bíceps braquial Ligamento coracoacromial Processo coracóide Bolsa subescapular Supra-espinal Membrana f i b r o s a — \ Cavidade glenoidal Membrana sinoviai Infra-espinal Lábio glenoidal Redondo menor Subescapular Redondo maior Latíssimo do dorso Cabeça longa do tríceps braquial Peitoral maior Cabeça curta do bíceps braquial e coracobraquial Fig. 7.28 Visão lateral da articulação do ombro e músculos envolvidos com a parte proximal removida do úmero. Uninorte - PY PJC Anatomia regional • O m b r o Infra-espinal |Acrômio Clavícula Posterior Supra-espinal Anterior Redondo menor Cabeça do úmero Subescapular— 1 Processo coracóide Articulação acromioclavicular Acrômio Clavícula Fig. 7.30 Radiografias de articulações acromioclaviculares. A. Articulação acromioclavicular esquerda normal. B. Arti- culação acromioclavicular direita luxada. Uninorte - PY PJC Membro superior Na clínica Luxações da articulação glenoumeral A articulação g lenoumera l é ex t remamente móve l , permi t indo uma grande variedade de mov imen tos às custas da estabili- dade. A relat ivamente pequena cavidade glenoidal , sup lemen- tada pelo menos robusto e f ibrocart i lagíneo lábio glenoidal e pelo suporte l igamentar, to rnam-na suscetível a luxações. A luxação an te r io r (F ig. 7 .31) oco r re mais f r eqüen te - m e n t e e está e m geral associada a ac iden te t r a u m á t i c o iso- lado ( c l i n i c a m e n t e t o d a s as luxações an te r i o res são ân tero- in fe r io res) . Em a lguns casos, as partes an te r io re i n - fer io r d o lábio g leno ida l são laceradas c o m ou sem u m a f r a g m e n t a ç ã o óssea. U m a vez q u e a cápsula ar t icu lar é r o m p i d a , a ar t icu lação fica suscetível a out ras ( recorrentes) luxações. Q u a n d o u m a luxação ân te ro - in fe r io r oco r re , o nervo axi lar p o d e ser lesado pela compressão d i re ta da ca- beça d o ú m e r o sobre o nervo i n fe r i o rmen te , q u a n d o ele passa pe lo espaço quadrangu la r . A l é m d o mais, o e fe i to de " a l o n g a m e n t o " causado pe lo ú m e r o p o d e estirar o nervo radia l , q u e é f i r m e m e n t e ade r i do ao sulco radia l , p r o d u - z i n d o paralisia d o m e s m o . Ocas iona lmen te , u m a luxação ân te ro - in fe r io r está associada a f ra tu ra , a qua l p o d e neces- sitar de redução c i rú rg ica . A luxação poster ior é e x t r e m a m e n t e rara; q u a n d o pre- sente, o méd ico deve fixar-se na causa, sendo a mais c o m u m u m a con t ração muscu lar v igorosa , q u e p o d e estar asso- c iada a u m a convu lsão tôn i co -c lôn i ca causada por descar- ga e lét r ica. Cabeça do úmero Acrômio Fig. 7.31 Radiografia mostrando uma luxação anterior da articulação glenoumeral esquerda. Na clínica Distúrbios do manguito rotador Os dois pr incipais d is túrb ios d o m a n g u i t o ro tador são lesões e tend inopa t ias . O múscu lo mais a c o m e t i d o é o supra-es- pinal e m sua passagem poster ior ao ac rôm io e d o l i gamen to acromioclav icular . Este espaço poster ior po r o n d e o t e n d ã o d o supra-esp ina l passa possui d imensões f ixas. Edema d o m ú s c u l o supra -esp ina l , excesso de l í qu i do d e n t r o da b o l - sa s u b a c r o m i a l / s u b d e l t ó i d e a o u espículas ósseas subac ro - miais p o d e m p r o d u z i r lesões s igni f icat ivas q u a n d o o b raço é a b d u z i d o . O supr imen to sangüíneo para o tendão do supra-espinal é re lat ivamente pobre . Traumas repet idos, e m certas circuns- tâncias, t o r n a m o t endão suscetível a alterações degenerat i - vas, que p o d e m resultar e m depósito de cálcio, p roduz indo dor intensa. Q u a n d o o t e n d ã o d o supra-esp ina l sofre a l terações de - genera t i vas , t o rna -se suscetível a t r a u m a s e lacerações parcia is o u to ta i s q u e p o d e m o c o r r e r (F ig . 7 . 3 2 ) . Estas lacerações são ma is c o m u n s e m pac ien tes idosos e p o - d e m resu l tar e m cons ide ráve l d i f i c u l d a d e para a real iza- ção de a t i v i dades d o d i a - a - d i a , c o m o p e n t e a r os cabelos. E n t r e t a n t o , lesões c o m p l e t a s p o d e m ser completamente ass i n tomá t i cas . Músculo deltóide i Cabeça do úmero Cabeça do úm ero Tendão supra-espinal normal Laceração no tendão do supra-espinal Fig. 7.32 Ultra-sonografia do ombro (vista lateral) mostrando uma laceração do tendão do músculo supra-espinal. Uninorte - PY PJC Anatomia regional • O m b r o Na clínica Entre os músculos supra-espinal e de l t ó i de , l a te ra lmente , eoacrômio m e d i a l m e n t e , existe u m a bolsa c h a m a d a c l i - nicamente de subac rom ia l / subde l t ó i dea . Em pacientes que tiveram lesões no o m b r o ou apresen tam t e n d i n o p a - tia do supra-espinal , esta bolsa p o d e in f lamar-se, to r - nando os m o v i m e n t o s da a r t i cu lação g l e n o u m e r a l dolorosos. Estas al terações in f lamatór ias p o d e m ser t ra - tadas com injeção de cor t i có ides e agentes anestésicos locais (Fig. 7 .33) . Cabeça do úmero Fig. 7.33 Ultra-sonografia do ombro mostrando localização da agulha dentro da bolsa subdeltóidea-subacromial. Tuberosidade para o músculo deltóide no úmero Fig. 7.34 Vista lateral dos músculos trapézio e deltóide. Músculos | Os dois músculos mais superficiais do ombro são o trapézio e o deltóide (Fig. 7.34 e Tabela 7.1). Juntos, eles formam o contorno característico do ombro: i o trapézio une a escapula e a clavícula ao tronco: o deltóide une a escapula e a clavícula ao úmero. Tanto o trapézio quanto o deltóide se inserem em superfí- cies e margens opostas da espinha da escapula, acrômio e clavícula. A escapula, acrômio e clavícula podem ser palpados en- tre as inserções do trapézio e do deltóide. No plano imediatamente abaixo do trapézio, a escapula está unida à coluna vertebral por três músculos — levantador da escapula, rombóides maior e menor. Estes três músculos trabalham com o trapézio (e com músculos descritos anterior- mente) para posicionar a escapula no tronco. Uninorte - PY PJC WÊ Membro superior Trapézio 0 músculo trapézio, denominado de acordo com sua forma, tem uma origem extensa no esqueleto axial, que inclui o crâ- nio e as vértebras de C l a TXII (Fig. 7.35). De C l a CVII, o mús- culo insere-se nas vértebras através do ligamento nucal. N a estrutura esquelética do ombro a inserção se faz por uma l inha contínua em forma de U, orientada no plano horizontal e com o U direcionado lateralmente. 0 músculo trapézio é u m poderoso levantador do ombro e também portador da escapula para ampliar o alcance do membro superiormente. A inervação do músculo trapézio dá-se através do nervo acessório [XI] e do ramo anterior dos nervos cervicais C3 e C4 (Fig. 7.35). Estes nervos passam verticalmente através da face profunda do músculo. O nervo acessório pode ser avaliado tes- tando-se a função do músculo trapézio. Isto é mais bem realizado solicitando-se ao paciente que eleve seus ombros contra resistência. 634 Deltóide O músculo deltóide tem forma triangular larga, com sua base inserida na escapula e clavícula e seu ápice inserido no úmero (Fig. 7.35). Origina-se através de u m a linha contínua em forma de U inserida na clavícula e na escapula, asseme- lhando-se à inserção do músculo trapézio. Ele insere-se na tu- berosidade para o músculo deltóide, na face lateral da diáfise do úmero. A principal função do músculo deltóide é a abdução do | braço além dos 15 graus iniciais, com a ajuda do músculo supra-espinal. 0 músculo deltóide é inervado pelo nervo axilar, que é um ramo da divisão posterior do plexo braquial. O nervo axilar e os vasos sangüíneos associados (artéria e veia circunflexas posteriores do úmero) penetram no músculo passando por trás do colo cirúrgico do úmero. Uninorte - PY PJC Anatomia regional • O m b r o Protuberância occipital externa Deltóide Linha nucal superior Processo mastóide Ligamento nucal Levantador da escapula Nervo acessório [XI] Linha de inserção do trapézio Acrômio Linha de inserção do deltóide Espinha da escapula Nervo axilar Artéria circunflexa posterior do úmero Tuberosidade para o músculo deltóide (do úmero) Rombóide menor Rombóide maior Processos espinhosos e ligamentos interespinais para TXII . 7.35 Inserção e suprimento neurovascular dos músculos trapézio e deltóide. Rombóides maior e menor Os músculos rombóides maior e menor inserem-se medial- mente à coluna vertebral e descem lateralmente para se inse- rirem na margem mediai da escapula, inferiormente ao músculo levantador da escapula (Fig. 7.35). O rombóide menor origina-se da parte inferior do liga- mento nucal e dos processos espinhosos de CVII e TI. Insere- se lateralmente na área óssea lisa e triangular situada na raiz da espinha da escapula, na face posterior. Uninorte - PY PJC Memoro superior O rombóide maior origina-se dos processos espinhosos de TII a TV e a partir do interveniente ligamento supra-espinal. Ele desce lateralmente e insere-se ao longo da face posterior da margem mediai da escapula, da inserção do rombóide menor até o ângulo inferior. Os músculos rombóides são inervados pelo nervo dorsal da escapula,que é ramo do plexo braquial, e por ramos diretos do ramo anterior dos nervos espinais C3 e C4. Os músculos rombóides maior e menor retraem e levan- tam a escapula. REGIÃO ESCAPULAR POSTERIOR A região escapular posterior ocupa a face posterior da esca- pula e está localizada profundamente aos músculos trapézio e deltóide (Fig. 7.36 e Tabela 7.2). Contém quatro músculos Supra-espinal Incisura (forame) da escapula Margem de corte do trapézio — i / Margem de corte do deltóide Infra-espinal Espaço triangular B Redondo maior • Cabeça longa do tr íceps braquial 1 Olécrano . R e d o n d o menor Colo cirúrgico do úmero Crista mediai do sulco intertubercular Espaço quadrangular Intervalo triangular Margem de corte da cabeça lateral do tr íceps braquial Fig. 7.36 Região escapular posterior direita. Uninorte - PY PJC Anatomia regional • Região escapular posterior que passam entre a escapula e a parte proximal do úmero: os músculos supra-espinal, infra-espinal, redondo maior e re- dondo menor. A região escapular posterior também contém parcialmente um músculo adicional, a cabeça longa do tríceps braquial, que passa entre a escapula e a parte proximal do antebraço. Este músculo, conjuntamente com os outros músculos da re- gião e o úmero participam da formação de numerosos espaços através dos quais nervos e vasos entram e sam da região. Os músculos supra-espinal, infra-espinal e redondo menor são componentes do manguito rotador, que estabiliza a articu- lação do ombro. Músculos lipra-espinal e infra-espinal Os músculos supra-espinal e infra-espinal originam-se de duas amplas fossas, uma sobre e outra abaixo da espinha, na face posterior da escapula (Fig. 7.36). Eles formam tendões que se inserem no tubérculo maior do úmero. i 0 tendão do supra-espinal passa inferiormente ao acrômio, onde é separado do osso pela bolsa subacromial e superior- mente à articulação do ombro, para inserir-se na faceta su- perior do tubérculo maior. i 0 tendão do infra-espinal passa posteriormente à articula- ção do ombro e insere-se na faceta média do tubérculo maior. Redondos maior e menor O músculo redondo menor assemelha-se a u m cordão que se origina de uma área plana da escapula, imediatamente ad- jacente à sua margem lateral e inferiormente ao tubérculo in - fraglenoidal (Fig. 7.36). Seu tendão insere-se na faceta inferior do tubérculo maior do úmero. O redondo menor roda lateralmente o úmero e faz parte do manguito rotador. 0 músculo redondo maior origina-se de u m a ampla re- gião oval na face posterior do ângulo inferior da escapula (Fig. 7.36). Este músculo largo, também semelhante a u m cordão tem u m trajeto superior e lateral e termina como u m tendão plano que se insere na crista mediai do sulco intertubercular, na face anterior do úmero. O redondo maior roda medial- mente e estende o úmero. Cabeça longa do tríceps braquial A cabeça longa do músculo tríceps braquial origina-se do tubérculo infraglenoidal e dirige-se quase verticalmente, em direção distai ao braço, para inserir-se com suas cabeças mediai e lateral, no olécrano da ulna (Fig 7.36). 0 tríceps braquial é o principal extensor do antebraço na articulação do cotovelo. Pelo fato da sua cabeça longa cruzar a articulação do ombro, ele também pode estender e aduzir o úmero. A importância do tríceps braquial na região posterior da escapula é que sua posição vertical, entre os redondos maior e menor em conjunto com estes músculos e o úmero, forma es- paços por onde passam nervos e vasos. 0 supra-espinal inicia a abdução dp braço; o infra-espinal roda lateralmente o úmero. 637 Uninorte - PY PJC iviemDro superior Passagens para a região escapular posterior Forame supra-escapular 0 forame supra-escapular é a rota de passagem das estruturas provenientes da base do pescoço em direção à região escapular posterior (Fig 7.36). Ele é formado pela incisura da escapula e o ligamento transverso superior da escapula (supra-escapu- lar), que transforma a incisura em u m forame. O nervo supra-escapular passa através do forame supra-es- capular; sendo que, geralmente, os vasos correspondentes (artérias e veia supra-escapulares) seguem o mesmo trajeto do nervo, porém, podem passar superiormente ao ligamento e não através do forame (Fig. 7.37). Fig. 7.37 Artérias e nervos associados às passagens na região escapular posterior direita. Uninorte - PY PJC Anatomia regional • Região escapular posterior partimento posterior do braço e a axila. 0 nervo radial, a ar- téria braquial profunda e veias relacionadas passam atra- vés dele (Fig. 7.37). Nervos Os dois principais nervos da região escapular posterior são: os nervos supra-escapular e axilar, ambos originários do plexo braquial, na axila (Fig. 7.37). Nervo supra-escapular 0 nervo supra-escapular origina-se na base do pescoço, a partir do tronco superior do plexo braquial. Segue póstero-la- teralmente à sua origem, através do forame supra-escapular alcançando a região escapular posterior, situando-se no plano entre osso e músculo (Fig. 7.37). O nervo supra-escapular inerva o músculo supra-espinal e, então, passando entre a raiz da espinha da escapula e a cavi- dade glenóide, termina inervando o músculo infra-espinal. Geralmente, o nervo supra-escapular não possui ramos cutâneos. Nervo axilar 0 nervo axilar origina-se a partir da divisão posterior do plexo braquial. Ele sai da axila através do espaço quadrangular na parede posterior da axila, penetrando na região escapular posterior (Fig. 7.37). Juntamente com a artéria circunflexa posterior do úmero e a respectiva veia, ele está diretamente re- lacionado com o colo cirúrgico do úmero. O nervo axilar inerva os músculos deltóide e redondo menor. Adicionalmente, possui u m ramo cutâneo, o nervo cutâneo lateral superior do braço, responsável pela sensibili- dade cutânea referente à parte inferior do músculo deltóide. Artérias e veias Três artérias principais são encontradas na região escapular posterior: as artérias supra-escapular, circunflexa posterior do úmero e circunflexa da escapula. Estas artérias contri- buem para interconectar a rede vascular ao redor da escapula (Fig. 7.38). Artéria supra-escapular A artéria supra-escapular origina-se na base do pescoço como u m ramo do tronco tireocervical, o qual por sua vez é u m dos maiores ramos da artéria subclávia (Figs. 7.37 e 7.38). 0 vaso também pode originar-se diretamente da ter- ceira parte da artéria subclávia. 639 Uninorte - PY PJC Memoro superior Fig. 7.38 Anastomoses arteriais ao redor do ombro. A artéria supra-escapular normalmente entra na região escapular posterior superiormente ao forame homônimo, onde o nervo atravessa o forame. N a região escapular poste- rior o vaso corre com o nervo supra-escapular. Além de suprir os músculos supra e infra-espinais, a arté- ria supra-escapular contribui com ramos para numerosas es- truturas durante o seu trajeto. Artéria circunflexa posterior do úmero A artéria circunflexa posterior do úmero origina-se da terceira parte da artéria axilar, na região axilar (Fig. 7.38). A artéria junto com o nervo axilar deixam a axila através do espaço quadrangular na parede posterior e penetram na região escapular posterior. Os vasos suprem os músculos rela- cionados e a articulação do ombro. Uninorte - PY PJC Anatomia regional • Axila AXILA A axila é a porta para o membro superior, sendo uma área de transição entre o pescoço e o braço (Fig. 7.39A). Formada pela clavícula, escapula, parede torácica superior, úmero e músculos relacionados, a axila possui u m espaço de forma pi- ramidal irregular com: • quatro lados; • uma entrada; e • u m assoalho (base) (Figs. 7 .39Ae 7.39B). A entrada da região axilar continua-se superiormente com o pescoço, e a parte lateral da base abre-se no braço. Todas as principais estruturas que entram ou saem do membro superior passam através da axila (Fig. 7.39C). As Músculo escaleno médio Músculo escaleno anterior Margem lateral da primeira costela s Clavícula Processo coracóide Parede mediai Parede lateral Parede anterior Parede posterior , 7.39 Axila A. Paredes e transição entre pescoço e braço. Continua Uninorte - PY PJC Membro superior Fig. 7.39, cont. Axila. B. Limites. C. Continuidade com o braço. aberturas formadas entre os músculos nas paredes anterior e posterior, possibilitam a passagem entre a axila e as regiões imediatamente adjacentes (regiões escapular posterior, peito- ral e deltóidea). Entrada da axila A entrada da axila é orientada no plano horizontal e possui uma forma aproximadamente triangular, com seu ápice dire- cionado lateralmente (Figs. 7 .39A e 7.39B). As margens da entrada são completamente formadas por ossos: • a mediai é a margem lateral da primeira costela: • a anterior é a face posterior da clavícula: • a posterior é a margem superior da escapula. Uninorte - PY PJC Pared Anatomia regional • Axila Trígono clavipeiloral Veia cefálica Deltóide Peitoral maior Parte c lav icular Parte esternocosta l |. 7.40 Músculo peitoral maior. 643 Uninorte - PY PJC Memoro superior • a parte clavicular, que se origina da metade mediai da cla- vícula; • a parte esternocostal. que se origina da parte mediai da pa- rede torácica anterior — geralmente, fibras desta cabeça continuam-se inferior e medialmente se inserindo na pa- rede abdominal anterior, formando uma parte adicional do músculo, a parte abdominal. O músculo insere-se na crista lateral do sulco intertuber- cular do úmero. As partes do músculo que têm uma origem superior no tronco inserem-se mais inferiormente e mais an- teriormente na crista lateral do sulco intertubercular do que as partes que se originam inferiormente. Atuando conjuntamente, as duas partes do peitoral maior fletem, aduzem e rodam medialmente o braço na articulação do ombro. A parte clavicular flete o braço a partir da posi- ção de extensão, enquanto a parte esternocostal estende o braço a partir de u m a posição fletida. particularmente con tra resistência. O peitoral maior é inervado pelos nervos peitorais lateral mediai, que se originam do plexo braquial, na axila. Subclávio O músculo subclávio é u m pequeno músculo que repousa pro- fundamente ao peitoral maior e passa entre a clavícula e a pri- meira costela (Fig. 7.41). Origina-se medialmente, como um tendão da primeira costela, na junção entre esta e sua cartila- gem costal. Segue lateral e superiormente, para inserir-se em um sulco superficial na face inferior do terço médio da clavícula. Fig. 7.41 Músculos peitoral menor e subclávio e fáscia clavipeitoral. Uninorte - PY PJC Anatomia regionaf • Axila Diversas estruturas percorrem entre a axila e sua parede anterior passando através da fáscia clavipeitoral, ou entre os músculos subclávio e peitoral menor ou inferiormente ao músculo peitoral menor. Importantes estruturas passam entre os músculos subclávio e peitoral menor, incluindo a veia cefálica, a artéria toracoacro- mial e o nervo peitoral lateral. A artéria torácica lateral deixa a axila passando através da fáscia, inferiormente ao músculo peitoral menor. O nervo peitoral mediai deixa a axila penetrando direta- mente no músculo peitoral menor inervando-o e alcançando o músculo peitoral maior. Ocasionalmente, os ramos do nervo peitoral maior passam ao redor da margem do peitoral menor para inervar o músculo peitoral maior. Parede média A parede média da axila consiste na parede torácica superior (costelas e estruturas intercostais relacionadas) e o músculo serrátil anterior (Fig. 7.42, Tabela 7.4 e Fig. 7.39). Serrátil anterior O músculo serrátil anterior origina-se como várias fitas musculares a partir da superfície lateral da primeira à décima costela e da fáscia profunda sobre os espaços intercostais rela- cionados (Fig. 7.42). O músculo forma uma lâmina achatada que passa posteriormente ao redor da parede torácica, para inserir-se principalmente na face costal da margem mediai da escapula. bela 7.4 Músculos da parede mediai da axila (os segmentos espinais em negrito são os principais segmentos que inervam o músculo) úsculo Origem Inserção Inervação Função rrátil anterior Superfícies laterais das costelas Face costal da margem Nervo torácico Protrusão e rotação da escapula; VIII-IX e fáscia profunda mediai da escapula longo mantém a margem mediai e ângulo sobrejacente aos espaços [C5, C6, C7] inferior da escapula contra a parede intercostais relacionados torácica Uninorte - PY PJC Memoro superior Nervo torácico longo Nervo intercostobraquial (ramo cutâneo lateral de 12) Nervo torácico longo Serrátil anterior Fig. 7.42 Parede mediai da axila. O serrátil anterior traciona anteriormente a escapula so- bre a parede torácica e facilita a sua rotação. Também man- tém a face costal da escapula firmemente oposta à parede torácica. 0 serrátil anterior é inervado pelo nervo torácico longo, que se origina da raiz do plexo braquial, passa através da axila pela parede mediai e segue verticalmente por baixo do mús- culo serrátil anterior na sua superfície externa, logo inferior- mente à pele e à fáscia superficial. A única estrutura importante que passa diretamente atra- vés da parede média para a axila é o nervo intercostobraquial. Este nervo é o ramo cutâneo lateral do segundo nervo inter- costal (ramo anterior de T2). Ele comunica-se com um ramo do plexo braquial (o nervo cutâneo mediai do braço) na axila e supre a pele da face superior e póstero-medial do braço, que é parte do dermátomo de T2 . Uninorte - PY PJC Anatomia regional • Axila Na clínica Lesão do nervo torácico longo Devido ao nervo to rác i co l o n g o passar e m sen t ido distai na parte lateral da parede to rác ica , na superf íc ie ex terna do músculo serráti l anter ior , l ogo aba ixo da pele e da fás- cia superficial, ele é suscetível a lesões. A perda da f u n - ção deste nervo leva à e levação da m a r g e m med ia i e particularmente d o â n g u l o in fer ior da escapula, resul- tando em u m a "asa " característ ica da escapula q u a n d o empurrada para d ian te c o m o b raço . A l é m disso, a ele- vação normal d o b raço não é mais possível. Parede lateral A parede lateral da axila é estreita e formada inteiramente pelo sulco intertubercular do úmero (Fig. 7.43). O músculo peitoral maior da parede anterior une-se à crista lateral do sulco intertubercular. Os músculos, redondo maior e latís- simo do dorso da parede posterior, unem-se com a crista me- diai e o assoalho do sulco intertubercular, respectivamente [(Tabela 7.5). Fig. 7.43 Parede lateral da axila. Uninorte - PY PJC viemDro superior axila, região escapular posterior e compartimento posterior do braço. Subescapular 0 músculo subescapular forma o maior componente da pa- rede posterior da axila. Origina-se da fossa subescapular e a preenche, inserindo-se no tubérculo menor do úmero (Figs. 7.44 e 7.45). O tendão cruza imediatamente anterior à cáp- sula articular da articulação do ombro. Junto com os três músculos da região escapular posterior (músculos supra-espinal, infra-espinal e redondo menor), o subescapular é u m membro do manguito rotador, que estabi- liza a articulação do ombro. Forame supra-escapular • nervo supra-escapular Espaço quadrangular • nervo axilar • artéria e veia circunflexas posteriores do úmero Intervalo t r iangular• nervo radial • artéria braquial profunda Cabeça longa do tríceps braquial Subescapular Espaço t r iangular • artéria circunflexa da escapula Redondo maior Latíssimo do dorso Fig. 7.44 Parede posterior da axila. Uninorte - PY PJC Anatomia regional • Axila Tendão do bíceps no Cabeça do úmero |Cavidade glenoidal Anterior sulco intertubercular -Subescapular 'osteríor Lábio glenoidal A artéria axilar torna-se artéria braquial ao cruzar a mar- gem inferior do músculo redondo maior. Cabeça longa do tríceps braquial A cabeça longa do músculo tríceps braquial passa verti- calmente através da parede posterior da axila e, concomitan- temente com os músculos e ossos adjacentes, resulta na formação de três aberturas por meio das quais as principais estruturas atravessam a parede posterior: a paço quadrangular: • o espaço triangular: • o intervalo triangular (Fig. 7.44). Entradas para a parede posterior (ver Passagens para a região escapular posterior, e Figs. 7.36 e 7.37, págs. 638 a 641). Espaço quadrangular O espaço quadrangular permite a passagem de nervos e vasos que atravessam a axila em direção às regiões escapular e del- tóide mais posteriores (Fig. 7.44). Quando em vista anterior, suas margens são formadas pela(o): • margem inferior do músculo subescapular; • colo cirúrgico do úmero; • margem superior do músculo redondo maior; m margem lateral da cabeça longa do músculo tríceps braquial. Passando através do espaço quadrangular encontram-se o nervo axilar e a artéria e veia circunflexas posteriores do úmero. Espaço triangular 0 espaço triangular é uma área de comunicação entre a axila e a região escapular posterior (Fig. 7.44). E m vista ante- rior, são os seguintes os seus limites: • margem mediai da cabeça longa do músculo tríceps bra- quial; • margem superior do músculo redondo maior; • margem inferior do músculo subescapular. 649 Uninorte - PY PJC Memoro superior A artéria e a veia circunflexas da escapula passam por este espaço. Intervalo triangular 0 intervalo triangular tem como limites: contém a partes proximais de dois músculos do braço, o pro- cesso axilar da mama e grupos de linfonodos que drenam o membro superior e a parede torácica. As partes proximais dos músculos bíceps braquial e cora- cobraquial passam através da axila (Tabela 7.6). a a margem lateral da cabeça longa do músculo tríceps bra- quial; • o corpo do úmero; • a margem inferior do músculo redondo maior (Fig. 7.44). O nervo radial sai da axila e percorre através deste inter- valo para alcançar o compartimento posterior do braço. Assoalho O assoalho da axila é formado por fáscia e uma cúpula de pele que cobre o espaço entre as margens inferiores e as paredes (Figs. 7.46 e 7.39B). Ele está fixado � fáscia clavipeitoral. Nos pacientes, a prega axilar anterior é superior à prega axilar posterior. Inferiormente, estruturas penetram e saem da axila ime- diatamente lateral ao assoalho, onde as paredes anterior e posterior da axila convergem e onde a axila é contínua com o compartimento anterior do braço. Conteúdo Passando através da axila encontram-se os principais vasos, nervos e linfáticos dos membros superiores. O espaço também Bainha axilar Braço Prega cutânea axilar posterior Cúpula de pele no assoalho da axila Prega cutânea axilar anterior Fig. 7.46 Assoalho da axila. Uninorte - PY PJC Anatomia regional • Axila As cabeças longa e curta do bíceps unem-se na região dis- tai do braço; a inserção ocorre principalmente como u m único tendão, na tuberosidade do rádio, no antebraço. 0 músculo bíceps braquial é u m potente flexor do ante- braço na articulação do cotovelo e u m potente supinador do antebraço. Devido a ambas as cabeças originarem-se na esca- pula, o músculo age como u m flexor acessório do braço, na ar- ticulação do ombro. Adicionalmente, a cabeça longa previne o movimento superior do úmero, na cavidade glenóide. 0 músculo bíceps braquial é inervado pelo nervo muscu- locutâneo. Coracobraquial 0 músculo coracobraquial, em conjunto com a cabeça curta do músculo bíceps braquial, origina-se do ápice do pro- cesso coracóide (Fig. 7.47). Ele passa verticalmente através da Tendão do Fig. 7.47 Conteúdos da axila: músculos. Uninorte - PY PJC rviemDro superior axila para inserir-se em u m espessamento pequeno e linear na parte mediai do úmero, aproximadamente no meio da diáfise. 0 músculo coracobraquial flete o braço na articulação do ombro. Na axila, a superfície mediai do músculo coracobraquial é atravessada pelo nervo musculocutâneo, que o inerva, atra- vessando-o e entrando no braço. Artéria axilar A artéria axilar supre as paredes da axila e regiões relaciona- das e continua como a principal fonte de suprimento sangüí- neo para partes mais distais do membro superior (Fig. 7.48). A artéria subclávia, no pescoço, transforma-se na artéria axilar ao cruzar a margem lateral da primeira costela e segue através da axila, tornando-se a artéria braquial ao cruzar a margem inferior do músculo redondo maior. A artéria axilar é separada em três partes pelo músculo peitoral menor, que cruza anteriormente ao vaso (Fig. 7.48): Fig. 7.48 Conteúdos da axila: a artéria axilar. Uninorte - PY PJC Anatomia regional • Axila a primeira parte é proximal ao peitoral menor: i a segunda parte é posterior ao peitoral menor: • a terceira parte é distai ao peitoral menor. Geralmente, seis ramos emergem da artéria axilar: • um ramo, a artéria torácica superior, origina-se da pri- meira parte; • dois ramos, a artéria toracoacromial e a artéria torá- cica lateral, originam-se da segunda parte; três ramos, as artérias subescapular, circunflexa an- terior do úmero e circunflexa posterior do úmero, ori- ginam-se da terceira parte (Fig. 7.49). Artéria torácica superior A artéria torácica superior é pequena e origina-se da parede anterior da primeira parte da artéria axilar (Fig. 7.49). Ela nu- tre as regiões superiores das paredes axilares mediai e anterior. Artéria toracoacromial A artéria toracoacromial é curta e origina-se da parede ante- rior da segunda parte da artéria axilar, logo posterior à mar- gem mediai (superior) do músculo peitoral menor (Fig. 7.49). Curva-se ao redor da margem superior do músculo, penetra a fáscia clavipeitoral, e imediatamente se divide em quatro ra- Subclávio Peitoral menor Artéria torácica super ior Subescapular Artér ia subescapular Artéria c i rcunf lexa anterior do úmero Artéria c i rcunf lexa poster ior do úmero (espaço quadrangular Latíssimo do dorso Artéria toracoacromia l Ramo circunflexo da escapula (espaço triangular) Redondo maior Artéria toracodorsal Artéria braquial profunda (intervalo triangular) Artér ia torácica lateral Cabeça longa do tríceps braquial Fig. 7.49 Ramos da artéria axilar. 653 Uninorte - PY PJC Memoro superior mos — os ramos peitoral, deltóideo, clavicular e acromial, que nutrem a parede axilar anterior e as regiões relacionadas. Adicionalmente, o ramo peitoral contribui para o supri- mento vascular da mama e o ramo deltóideo passa para o trí- gono clavipeitoral, onde acompanha a veia cefálica e nutre as estruturas adjacentes (Fig. 7.40). Artéria torácica lateral A artéria torácica lateral origina-se da parede anterior da se- gunda parte da artéria axilar, posterior à margem lateral (in- ferior) do músculo peitoral menor (Fig. 7.49). Ela segue a margem do músculo em direção à parede torá- cica e nutre as paredes mediai e anterior da axila. Em mulhe- res, ramos surgem ao redor da margem inferior do músculo peitoral maior e contribuem para o suprimento vascular da mama.Artéria subescapular A artéria subescapular é o maior ramo da artéria axilar e é principal suprimento sangüíneo para a parede posterior da axila (Fig. 7.49). Também contribui para o suprimento san- güíneo da região escapular posterior. A artéria subescapular origina-se da parede posterior da terceira parte da artéria axilar, segue a margem inferior do músculo subescapular por uma pequena distância e divide-se em dois ramos terminais, a artéria circunflexa da esca- pula e a artéria toracodorsal. • A artéria circunflexa da escapula passa através do espaço triangular, entre os músculos subescapular, redondo maior e a cabeça longa do tríceps braquial. Posterior- mente, ele passa inferiormente ou atravessa a origem do músculo redondo menor para entrar na fossa infra-es- pinal. Anastomosa-se com a artéria supra-escapular e o ramo profundo (artéria dorsal da escapula) da artéria cervical transversa contribuindo, portanto, para uma rede anastomótica vascular ao redor da escapula. • A artéria toracodorsal segue aproximadamente a margem lateral da escapula para o ângulo inferior. Contribui para o suprimento vascular das paredes posterior e mediai da axila. Artéria circunflexa anterior do úmero A artéria circunflexa anterior do úmero é pequena se comparada com a artéria circunflexa posterior do úmero, e origina-se da parede lateral da terceira parte da artéria axilar (Fig. 7.49). Passa anteriormente ao colo cirúrgico do úmero e anastomosa-se com a artéria circunflexa posterior do úmero. A artéria circunflexa anterior do úmero nutre os tecidos adjacentes, que incluem a articulação do ombro e a cabeça do úmero. Artéria circunflexa posterior do úmero A artéria circunflexa posterior do úmero origina-se da parede lateral da terceira parte da artéria axilar, imediata- mente posterior à origem da artéria circunflexa anterior do úmero (Fig. 7.49). Acompanhada do nervo axilar, ela deixa a axila passando através do espaço quadrangular entre os mús- culos redondo maior, redondo menor e a cabeça longa do trí- ceps braquial e o colo cirúrgico do úmero. A artéria circunflexa posterior do úmero curva-se ao redor do colo cirúrgico do úmero e nutre os músculos adjacentes e a articulação do ombro. Anastomosa-se com a artéria circun- flexa anterior do úmero e com ramos das artérias braquial profunda, supra-escapular e toracoacromial. Veia axilar A veia axilar começa na margem inferior do músculo redondo maior e é a continuação da veia basílica (Fig. 7.50) que é uma veia superficial, encarregada da drenagem da superfície pós- tero-medial da mão e do antebraço e perfura a fáscia pro- funda, na parte média do braço. A veia axilar passa através da axila, mediai e anterior- mente à artéria axilar e torna-se a veia subclávia quando cruza a margem lateral da primeira costela, na entrada da axila. Tributárias da veia axilar geralmente seguem os ramos da artéria axilar. Outras tributárias incluem a veia braquial, que segue a artéria braquial e a veia cefálica. A veia cefálica é u m a veia superficial que drena as partes lateral e posterior da mão, do antebraço e do braço. Na re- gião do ombro, ela passa por uma depressão triangular in- vertida (o trígono clavipeitoral) entre o músculo deltóide, o músculo peitoral maior e a clavícula. N a parte superior do trígono clavipeitoral, a veia cefálica passa profundamente à parte clavicular do músculo peitoral maior e perfura a fáscia clavipeitoral para unir-se à veia axilar. Vários pacientes podem se apresentar criticamente indispostos e doentes por perderem sangue ou fluidos, necessitando, portanto, de reposição. 0 acesso a uma veia periférica é necessário para essa reposição. 0 local tí- pico para o acesso venoso é a veia cefálica adjacente à tabaqueira anatômica ou as veias que se encontram nos tecidos superficiais da fossa cubital. Uninorte - PY PJC Anatomia regional • Axila Escaleno anterior. Veia subclávia Veia axilar Deltóide Peitoral menor Veia cefálica Veia basílica Pares de veias braquiais q. 7.50 Veia axilar. ia clínica Avaliação por imagem do suprimento sangüíneo do membro superior Quando há u m a ev idênc ia clínica de c o m p r o m e t i m e n t o vascular d o m e m b r o super ior , o u são necessários vasos para a con fecção de u m a fístula ar ter iovenosa (que é ne- cessária para diál ise renal ) , m é t o d o s de i m a g e m são neces- sários para aval iar os vasos. A u l t ra -sonogra f ia é u m a f e r ramen ta m u i t o út i l para rea- lizar u m a aval iação não- invasiva dos vasos d o m e m b r o su- perior, desde a tercei ra par te da artér ia subclávia até as artérias pa lmares superf ic iais e p ro fundas . O f l u x o de san- gue p o d e ser q u a n t i f i c a d o e var iantes ana tômicas p o d e m ser no tadas . A ang iogra f ia é realizada e m d e t e r m i n a d o s casos. A ar té- ria f emora l é p u n c i o n a d a aba ixo d o l i g a m e n t o ingu ina l e u m cateter l o n g o é passado através das artérias ilíacas e ao redor d o arco da aor ta para ent rar t a n t o na artéria subclá- via esquerda q u a n t o no t r o n c o braqu iocefá l i co e, en tão , na artéria subclávia d i re i ta . Contrastes rad iopacos são in jetados na luz dos vasos e radiograf ias são obt idas q u a n d o o c o n - traste passa, i n i c ia lmen te através das artérias, en tão , pelos capilares e, f i na lmen te , nas veias. Uninorte - PY PJC Memoro superior Na clínica Traumatismo das artérias do membro superior O supr imen to arterial d o m e m b r o super ior é par t icu larmente suscetível ao t r auma t i smo e m locais o n d e é re lat ivamente f i xo ou e m u m a posição subcutânea. Fratura da primeira costela C o m o a artér ia subclávia se d i r ige de u m a região super f i - cial d o pescoço para d e n t r o da axi la, ela está f i xada e m po - sição pelos múscu los para a face super io r da pr ime i ra costela. U m a lesão po r desaceleração ráp ida, e n v o l v e n d o t r a u m a t i s m o da par te super io r d o tó rax , p o d e causar u m a f ra tura da pr ime i ra costela, o q u e p o d e c o m p r o m e t e r , s ig- n i f i ca t i vamente , a par te distai da artér ia subclávia ou a pr i - mei ra par te da artér ia axilar. Fe l izmente, ex is tem conexões anas tomót i cas en t re ramos da artér ia subclávia e da artéria axilar, que f o r m a m u m a rede ao redor da escapula e da par te t e rm ina l d o ú m e r o ; p o r t a n t o , c o m a transecção com- pleta de vaso, o b raço ra ramen te f ica c o m p l e t a m e n t e is- q u ê m i c o ( i squemia é u m s u p r i m e n t o p o b r e de sangue para u m ó r g ã o o u m e m b r o ) . Luxação anterior da cabeça do úmero A luxação anter io r da cabeça d o ú m e r o p o d e compr im i ra artéria axilar resu l tando na oc lusão d o vaso. Isto, provavel- m e n t e , não causará a isquemia c o m p l e t a d o m e m b r o , mas p o d e ser necessário reconst ru i r c i r u rg i camen te a artéria axi- lar para q u e se restabeleça u m a f u n ç ã o sem dor. É impor- t a n t e l e m b r a r q u e a ar tér ia ax i lar está in t imamente re lacionada c o m o p lexo b raqu ia l , q u e p o d e ser lesado com a luxação anter ior . Plexo braquial 0 plexo braquial é u m plexo somático, formado pelos ramos anteriores de C5 a C8, e a maioria dos ramos anteriores de T I (Fig. 7.51). Origina-se no pescoço, passa lateral e inferior- mente sobre a primeira costela e entra na axila. As partes do plexo braquial, de mediai para lateral, são as raízes, os troncos, as divisões e os fascículos. Todos os nervos principais que suprem o membro superior originam-se do plexo braquial, a maioria proveniente dos fascículos. As par- tes proximais do plexo braquial são posteriores à artéria sub- Músculo escalenomédio Raízes (ramos anteriores de C5 a T1 Troncos (superior, médio e inferior) Divisões (anterior, posterior) Fascículos (mediai, lateral, posterior) -C7 C8 Gânglio simpático cervical superior Ramos comunicantes Gânglio simpático cervical médio Gânglio simpático cervical inferior Tendão do escaleno anterior Fig. 7.51 Plexo braquial. A. Principais componentes no pescoço e na axila. Continua Uninorte - PY PJC Anatomia regional • Axila Divisões Cada u m dos três troncos do plexo braquial forma as divisões anteriores e posteriores (Fig. 7.51): • as três divisões anteriores constituem partes do plexo braquial que por fim irão formar os nervos periféricos as- sociados aos compartimentos anteriores do braço e do antebraço; • as três divisões posteriores combinam-se para formar par- tes do plexo braquial que darão origem aos nervos associa- dos aos compartimentos posteriores. Nenhum nervo periférico se origina diretamente das divi- sões do plexo braquial. Fascículos Os três fascículos do plexo braquial originam-se das divisões e estão relacionados com a segunda parte da artéria axilar (Fig. 7.51). • o fascículo lateral resulta da união das divisões anterio- res dos troncos superior e médio e, portanto, possui contri- buições de C5 a C7 — está posicionado lateral à segunda parte da artéria axilar; i o fascículo mediai situa-se medialmente à segunda parte da artéria axilar e é a continuação da divisão anterior do tronco inferior — contém contribuições de C8 a T I . • o fascículo posterior localiza-se posteriormente à se- gunda parte da artéria axilar e origina-se como a união de todas as três divisões posteriores — contém contribuições de todas as raízes do plexo braquial (C5 a T I ) . A maioria dos principais nervos do membro superior ori- gina-se dos fascículos do plexo braquial. Geralmente, os ner- vos associados aos compartimentos anteriores do membro superior provêm dos fascículos mediai e lateral e os nervos as- sociados aos compartimentos posteriores originam-se do fas- cículo posterior. RaniOS (Tabela 7.7) Ramos das raízes Adicionalmente a pequenos ramos segmentares de C5 a C8 para músculos do pescoço e a contribuição de C5 para o nervo frênico, as raízes do plexo braquial dão origem aos nervos dor- sal da escapular e torácico longo (Fig. 7.52). Uninorte - PY PJC Memoro superior Uninorte - PY PJC Anatomia regional • Axila 659 Uninorte - PY PJC Memoro superior 0 nervo dorsal da escapula: k origina-se da raiz de C5 do plexo braquial; • passa posteriormente, geralmente perfurando o músculo escaleno médio no pescoço, para alcançar e percorrer ao longo da margem mediai da escapula (Fig. 7.53); a inerva os músculos rombóide maior e menor, a partir de suas faces profundas. O nervo torácico longo: • origina-se dos ramos anteriores de C5 a C7; • passa verticalmente em direção distai ao pescoço, atrav! da entrada axilar e para baixo da parede mediai da axila, para suprir o músculo serrátil anterior (Fig. 7.52); • repousa na parte superficial do músculo serrátil anterior. Mediano 660 Nervo torácico longo Nervo intercostobraquial (ramo cutâneo lateral de T2) Nervo subescapular superior Nervo toracodorsal Nervo subescapular inferior Nervo mediano Nervo radial • Nervo cutâneo mediai do braço -Nervo cutâneo mediai do antebraço -Nervo ulnar Fig. 7.52 Plexo braquial. A. Esquema mostrando ramos do plexo braquial. B. Relações para a artéria axilar. Uninorte - PY PJC Anatomia regional • Axila Músculo escaleno médio Nervo dorsal da escapula Nervo para o m ú s c u l o subcláv io Nervo supra-escapular Forame supra-escapular Artéria axilar Nervo torác ico longo Serrátil anterior Ramo de C5 para o nervo f rên ico Nervo f rên ico Tendão do escaleno anterior Veia subclávia Fig. 7.53 Ramos das raízes e troncos do plexo braquial. Ramos dos troncos Os únicos ramos dos troncos do plexo braquial são dois nervos que se originam do tronco superior: o nervo supra-escapular eo nervo subclávio (Fig. 7.52). 0 nervo supra-escapular (C5 e C6): origina-se do tronco superior do plexo braquial; passa lateralmente através do trígono cervical posterior (Fig. 7.53) e através do forame supra-escapular, para en- trar na região escapular posterior; inerva os músculos supra e infra-espinais; é acompanhado nas partes laterais do pescoço e na região escapular posterior pela artéria supra-escapular. Uninorte - PY PJC Memoro superior O nervo do subclávio (C5 e C6) é u m pequeno nervo que: • origina-se do tronco superior do plexo braquial; • passa ântero-inferiormente sobre artéria e veia subclávias; * inerva o músculo subclávio. Ramos do fascículo lateral Três nervos originam-se inteira ou parcialmente a partir do fascículo lateral (Fig. 7.52). • o nervo peitoral lateral é o mais proximal dos ramos des- tes fascículo. Passa anteriormente, junto com a artéria to- racoacromial, para penetrar a fáscia clavipeitoral, que une o espaço entre os músculos subclávio e peitoral menor (Fig. 7.54) e inerva o músculo peitoral maior. • o nervo musculocutâneo é u m ramo terminal calibroso do fascículo lateral, dirige-se lateralmente para penetrar o músculo coracobraquial e passa entre os músculos bíceps braquial e braquial no braço, inervando todos os três mús- culos flexores no compartimento anterior do braço e termi- nando como nervo cutâneo lateral do antebraço. • a raiz lateral do nervo mediano é o ramo terminal mais calibroso do fascículo lateral, que segue medialmente para se unir a u m ramo similar do fascículo mediai, formando o nervo mediano (Fig. 7.54). Ramos do fascículo mediai O fascículo mediai fornece cinco ramos (Fig. 7.54): • 0 nervo peitoral mediai é o ramo mais proximal, recebe u m ramo comunicante do nervo peitoral lateral e, então, segue anteriormente entre a artéria e veia axilares. Ramos do nervo penetram e suprem o músculo peitoral menor. Alguns destes ramos passam através do músculo para al- cançar e suprir o músculo peitoral maior. Outros ramos ocasionalmente passam ao redor da margem lateral do músculo peitoral menor para alcançar o músculo peitoral maior. • 0 nervo cutâneo mediai do braço passa através da axi- la para o braço, onde perfura a fáscia profunda e supre a pele sobre o lado mediai do terço distai do braço. N a axila, o nervo comunica-se com o nervo intercostobraquial de T2 . Fibras do nervo cutâneo mediai do braço inervam a parte superior da superfície mediai do braço e o assoalho da axila. • O nervo cutâneo mediai do antebraço origina-se logo distai à origem do nervo cutâneo mediai do braço. Passa para fora da axila dentro do braço onde dá u m ramo para a pele sobre o músculo bíceps braquial e então continua distalmente pelo braço para penetrar a fáscia profunda com a veia basílica, continuando inferiormente para suprir a pele sobre a face anterior do antebraço. Inerva a pele so- bre a face mediai do antebraço, em diração do punho. • A raiz mediai do nervo mediano passa lateralmente para unir-se com uma raiz similar do fascículo lateral e for- mar o nervo mediano, anterior à terceira parte da artéria axilar. • O nervo ulnar é um ramo terminal calibroso do fascículo mediai (Fig. 7.54). Entretanto, próximo à sua origem, ele freqüentemente recebe u m ramo comunicante da raiz late- ral do nervo mediano, oriundo do fascículo lateral e carre- gando fibras de C7. 0 nervo ulnar passa através do braço e antebraço para a mão, onde inerva toda a sua muscula- tura intrínseca (exceto três músculos da eminência tenare os dois músculos lumbricais laterais). A o passar pelo ante- braço, ramos do nervo ulnar inervam
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