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2 ECONOMIA Micro e Macro Parte II[1]

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Prof. José Marques Filho
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Fundamentos de Teoria e
Política Macroeconômica
Introdução
Metas de Política Macroeconômica
Estrutura da Análise Macroeconômica
Instrumentos de Política Macroeconômica
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Fatores de produção
Salários, lucros, jutos, etc
Bens e serviços
Compras de bens e serviços
Governo
Resto do mundo
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Fatores de produção
Salários, lucros, jutos, etc
Bens e serviços
Compras de bens e serviços
Governo
Resto do mundo
Renda Nacional
Produto Nacional
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Definição: trata da evolução da economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento dos agregados econômicos. Os principais agregados são:
Teoria e Política Macroeconômica: Introdução
Renda
Emprego
Produto Nacional
Desemprego
Investimento
Estoque de Moeda 
Poupança
Taxa de Juros
Consumo
Balanço de Pagamentos
Nível Geral de Preços
Taxa de Câmbio
Negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais, porém permite estabelecer relações entre os agregados e melhor compreensão das interações entre estes. 
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Teoria macroeconômica trata de questões de curto prazo, como por exemplo:
 Desemprego e estabilização do nível geral de preços
Teoria do desenvolvimento econômico cuida de questões de logo prazo, como:
 Progresso tecnológico e política industrial
Teoria e Política Macroeconômica: Introdução
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1. Crescimento econômico sustentável (PIB)
	- aumento do bem estar material
	- aumento do nível de emprego
	
As políticas esconômicas procuram estimular o crescimento da capacidade produtiva da economia, ou seja, o aumento da quantidade de bens e serviços ofertados.
Importante:
Crescimento Econômico  Desenvolvimento Econômico
Crescimento econômico: crescimento da renda nacional
Desenvolvimento econômico: inclui melhoria nos indicadores sociais (pobreza, desemprego, meio ambiente, moradia etc.)
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica
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2. Estabilidade do nível geral de preços (controle da inflação)
	- inflação controlada não significa inflação zero;
	- inflação alta acarreta distorções, principalmente, sobre as 		 classes baixas e sobre as expectativas.
	
	Tipos de inflação:
 demanda
 custos
 inercial
Inflação: aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços.
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica
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3. Equilíbrio Externo
Déficit externo mais forte, implica em perda de reservas, o que pode levar a uma moratória;
Superávit externo mais prolongado, o governo deve emitir moeda gerando inflação ou expansão da dívida interna (Risco).
4. Distribuição Eqüitativa de Renda
	 - política de longo prazo;
	 - aumento do poder de compra das classes mais baixas;
	 - desenvolvimento econômico.
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica
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Os objetivos de política macroeconômica não são independentes, podendo ser conflitantes.
Crescimento
Econômico
e
Distribuição
de renda
Renda Aumenta
Aumenta a renda dos pobres, sem reduzir a dos ricos (abranda conflitos sociais).
Em países 
subdesenvolvidos 
(conflitante)
Aumenta-se a parte dos lucros e da poupança dos mais ricos na renda nacional (Teoria do Bolo).
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos)
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 Metas de 
Redução de
 Desemprego
e
Estabilidade 
de 
Preços
Com aumento
 de compras
Reduz-se o desemprego. 
Aproximando do pleno emprego, os recursos tendem a escassear, provocando um aumento dos custos de produção. Podendo aumentar a inflação (exceto, quando estiver ocorrendo um significativo aumento de produtividade).
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos)
O administrador público (policy-maker) tem de fazer escolhas quanto à ênfase a ser dada a diferentes objetivos. Cada combinação afeta diferentes grupos na sociedade de diferentes maneiras, e qualquer escolha estará sujeita à objeção política pelos representantes dos grupos para os quais a escolha alternativa é pior.
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Teoria e Política Macroeconômica: Estrutura da Análise Macroeconômica
O governo deve atuar em duas frentes: i) na capacidade produtiva (Produção Agregada) e ii) nas despesas planejadas (Demanda Agregada) permitindo à economia operar a pleno emprego, com baixas taxas de inflação e distribuição justa de renda. 
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Política Fiscal: decisões sobre a arrecadação e os gastos do governo;
Política Monetária: decisões sobre o volume de moeda na economia, a taxa de juros e o crédito;
Política Cambial e Comercial: combate a inflação x equilíbrio externo, saldo do BP equilibrado;
Política de Rendas: interferências na formação de Preços e Salários, desenvolvimento econômico.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica
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Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Fiscal)
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É a atuação do governo sobre a quantidade de moeda, de crédito e das tx. de juros. É uma política de curto prazo com o objetivo de estabilizar o nível geral de preços.
Os instrumentos:
Emissões de moeda
Reservas compulsórias (% sobre depósitos à vista dos bancos comerciais junto ao Banco Central)
Open market (compra/venda de títulos públicos)
Redescontos (empréstimo do Bacen aos bancos comerciais)
Regulamentação sobre crédito e tx. de juros.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Monetária)
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Instrumentos
 disponíveis
Inibe Consumo 
e Investimento
Anti-
inflacionárias 
Estimula consumo 
 e Investimento
Maior 
Crescimento
Diminuir 
(Enxugar)
Aumento da tx.
Aumento 
do estoque
Diminuição da tx.
RESULTADO
Melhor Dist.
de Renda 
Solução mais 
complexa
Estoque 
monetário
Reservas 
compulsórias
Open Market
Venda de
 títulos
Compra 
de títulos
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Monetária)
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Política Fiscal 
Política Monetária
Como política
econômica pode...
Combinação
Combinação
Melhoria na
distr. de renda
Mais eficiente 
(tributação e gastos)
Mais difusa 
e genérica
Efeitos 
imediatos
Não tem. Depende de
mudança na Legislação e
Princípio da anterioridade.
Depende apenas de 
decisões diretas das
autoridades monetárias.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Fiscal X Política Monetária)
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Política que atua sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia.
Política Cambial 
Taxa de Câmbio (Fixo, flutuante etc.)
Controle do Governo
Política Comercial
Instrumentos de incentivo às exportações
e/ou estímulo/desestímulo às importações,
sejam fiscais, creditícios, seja estabeleci-
mento de cotas etc.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Cambial e Comercial)
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Os agentes econômicos ficam proibidos de levar a cabo o
que fariam, em resposta a influências normais do mercado.
Normalmente, esses controles são utilizados como política
de combate a inflação.
Influenciam diretamente: salários, lucros, juros, aluguel.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política de Rendas)
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Contabilidade Social
Introdução
Principais Agregados Macroeconômicos
Economia a Dois Setores Sem Formação de Capital 
Economia a Dois Setores Com Formação de Capital
Economia a Três Setores: O Setor Público
Economia a Quatro Setores: O Setor Externo
Valores Reais e Nominais
Identidades Básicas da Contabilidade Nacional
Aspectos Conceituais
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Contas Básicas: 
 Produto Interno Bruto
 Renda Nacional Disponível
 Transações Correntes com o Resto do Mundo
 Capital
Conta Complementar:
 Conta Corrente das Administrações Públicas
Contabilidade Social: Sistemade Contas Nacionais
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Definição: o objetivo do sistema de contas nacionais é permitir a mensuração e a agregação em uma única conta, onde a agregação é feita através dos preços.
Característica: não considera os chamados bens e serviços intermediários (que são absorvidos na produção de outros produtos), ou seja, esse sistema considera apenas os bens e serviços finais.
Pressupostos:
As contas procuram medir a produção corrente. Não são considerados bens produzidos em período anterior, apenas a remuneração do vendedor (que é remuneração a um serviço corrente);
As contas referem-se a um fluxo (normalmente 1 ano. Os agregados correspondem a variáveis fluxo (são consideradas ao longo de um período – dimensão temporal).
A moeda é neutra, no sentido de que é considerada apenas como unidade de medida e instrumento de trocas.
Contabilidade Social: Sistema de Contas Nacionais
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Economia fechada, sem governo e sem formação de capital
Três óticas de mensuração: Produto = Despesa = Renda
Produto Nacional (PN): é o valor de todos os bens e serviços finais produzidos em determinado período de tempo.
PN =  pi qi
Despesa Nacional (DN): é o valor de todas as despesas realizadas pelos agentes: consumidores, empresas, governo e estrangeiros na compra de bens e serviços finais.
DN = Despesas de Consumo (C)
Renda Nacional (RN): é a soma dos rendimentos pagos às famílias, que são proprietárias dos fatores de produção, pela utilização de seus serviços, em um período de tempo.
RN = salários (w) + juros (j) + aluguéis (a) + lucros (l)
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Fluxo Circular de Renda)
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Famílias
Unid. Produtoras
Mercado de Bens e Serviços
Mercado de Fatores de Produção
Fornecimento de Bens e Serviços
Fornecimento dos Serviços dos Fatores de Produção
Despesas de Consumo de Bens e Serviços
Remuneração aos Serviços dos Fatores de Produção
Fluxo monetário
Fluxo real
RN = w + j + a + l
DN = C
PN = pi.qi
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Fluxo Circular de Renda)
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Economia fechada, sem governo e sem formação de capital
Como não existem estoques, tudo que se produz, se vende.
PN = DN
Como no agregado, são excluídas as compras de bens intermediários. A empresa gasta com pagamentos a fatores de produção tudo o que recebe pela venda de bens e serviços (PN=DN).
Na prática (mede-se o PN) pelo conceito de Valor Adicionado Consiste em calcular o que cada ramo da atividade adicionou ao valor do produto final, em cada etapa do processo produtivo.
V. Adicionado = V. Bruto de Produção – Cons.de Prod. Intermed.
		 (Receita de vendas)
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Fluxo Circular de Renda)
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 TRIGO FARINHA PÃO
a) Receita de Vendas (VBP) 100 400 1.000 PN=DN= 1.000 
b) Compras Intermediárias 0 100 400
Valor adicionado (a-b) 100 + 300 + 600 = 1.000 = RN
Valores (x Mil)
Renda paga pelo setor de trigo aos fatores de produção (VA trigo)
Renda paga pelo setor de farinha aos fatores de produção (VA farinha)
Renda paga pelo setor de panificação aos fatores de produção (VA pão)
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Valor Adicionado)
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Existem 04 formas diferentes de medir o resultado econômico
de um país, todas conduzindo a um mesmo valor numérico:
Soma dos produtos finais das empresas produtoras (PN)
Soma das despesas dos agentes com o Produto Nacional (DN)
Soma de rendimentos de salários, juros, aluguéis e lucros (RN)
Soma de valores adicionados dos setores de atividade (RN)
Orgão Responsável no Brasil: IBGE
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
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Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
Economia fechada, sem governo e com formação de capital
Hipóteses:
As Famílias além de consumir podem poupar;
As Empresas além de produzir bens de consumo, produzem e investem em bens de capital.
POUPANÇA (S): parcela da RN não consumida no período. Sendo assim:
S = RN – C
INVESTIMENTO (I): gasto com bens que aumentam a capacidade produtiva da economia (Capacidade de gerar Rendas Futuras = Taxa de Acumulação de Capital).
I = PN – C
onde: PN = Bens de Consumo + Bens de Investimento
I = Ibk + E
Variação nos estoques
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Observações sobre o investimento:
 E = Et – Et-1 (Variável fluxo, medida ao ano);
Não se deve confundir Investimento no sentido vulgar com investimento no sentido econômico. Ex.: Investir em ações não representa aumento da capacidade produtiva, a não ser que se esteja investindo, por exemplo, em instalações.
O investimento em ativos de segunda mão (imóveis,...) não é contabilizado como investimento agregado, sendo apenas uma transferência de ativos, que se compensa: alguém “desinvestiu”. Esses bens já foram computados no passado.
Os bens de consumo duráveis (TV, automóveis,...), embora não sejam consumidos no presente e gerem fluxo de serviços no futuro, não são considerados como investimento (há controvérsias).
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
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Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
Economia fechada, sem governo e com formação de capital
DEPRECIAÇÃO (d): é o consumo de estoque (desgaste) de capital físico, em dado período. Conseqüência: sucata ou obsolescência.
Investimento Bruto (IB) e Investimento Líquido (IL)
IL = IB - d
IL = Acumulação Líquida de Capital = Diferença entre novos inv. (IB) e depreciação
PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) E LÍQUIDO (PNL)
PNL = PNB - d
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A identidade S = I “ex-post”
Como: e e 
S = RN – C
I = PN – C
PN = RN
Logo:
S = I
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
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Ex.:
PN = RN = 100. Com a venda do produto (PN) 
as empresas remuneram as famílias (RN). Se as
famílias decidem consumir apenas 80 (C = 80):
S = RN – C = 20
Parte de PN = 100 não foi comprada, pois as famílias não gastaram tudo. Assim:
I = E = 20 e S = I = 20 
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
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Ex.:
PN = 100. 
Sendo: Bens de Consumo = 70
 Bens de capital = 30 (Investimento)
RN = 100 (As famílias receberam 100)
Sobraram para as famílias 30 (corresponde à Poupança)
S = I = 30
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
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Receita Fiscal:
IMPOSTOS INDIRETOS (Ti): incidem sobre bens e serviços. Ex.: ICMS, IPI.
IMPOSTOS DIRETOS (Td): incidem sobre as pessoas (físicas e jurídicas). Ex.: IR, IPTU.
CONTRIBUIÇÕES À PREVIDÊNCIA SOCIAL: encargos trabalhistas recolhidos de empregados e empregadores.
OUTRAS RECEITAS: taxas (Ex.: Multas, aluguéis, ...)
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Economia a três setores: O Setor Público)
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Gastos do Governo:
Gastos com ministérios, secretarias e autarquias = Receitas provêm de dotações orçamentárias.
Gastos das empresas e sociedades de economia mista 
Provêm da venda de bens e serviços no mercado. 
Gastos com transferências e subsídios
Se :
Gastos > Receita Fiscal
Gastos < Receita Fiscal
Déficit Primário (Fiscal)
Superávit Primário (Fiscal)
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Economia a três setores: O Setor Público)
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PRODUTO NACIONAL A PREÇOS DE MERCADO (PNpm): é medido a partir dos valores pagos pelo consumidor.
PRODUTO NACIONAL A CUSTO DE FATORES (PNcf): é medido a partir dos valores pagos que refletem os custos de produção, a remuneração dos fatores (w + j + a + l). Como é medido pela ótica dos rendimentos, é a própria RNcf.
PNpm = RNcf + Ti - Sub
Associa-se, normalmente, Renda Nacional à RNcf e Produto Nacional à PNpm 
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Economiaa três setores: O Setor Público)
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CARGA TRIBUTÁRIA BRUTA E LÍQUIDA 
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Economia a três setores: O Setor Público)
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EXPORTAÇÕES (X): são as compras dos estrangeiros de nossos bens e serviços. São os gastos do setor externo com nossas empresas.
IMPORTAÇÃO (M): são as aquisições de bens do exterior. Parte da renda gerada no país que “vaza” para fora.
RENDA ENVIADA AO EXTERIOR (RE): parte do que foi produzido internamente não pertence aos nacionais (Ex.: capital e tecnologia). A remuneração desses fatores vai para fora do país, na forma de remessa de lucro, royalties, juros.
RENDA RECEBIDA DO EXTERIOR (RR): recebemos renda devido à produção de nossas empresas operando no exterior.
RLEE = RE – RR (No Brasil, RLEE > 0)
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (O Setor Externo)
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PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB): é a renda devida à produção dentro dos limites territoriais do país.
PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB): renda que pertence efetivamente aos nacionais, incluindo a renda recebida de nossas empresas no exterior, e excluindo a renda enviada para o exterior pelas empresas estrangeiras localizadas no Brasil.
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (O Setor Externo)
PIB = PNB + RLEE
RE > RR
RLEE > 0
PIB > PNB
Se :
RE < RR
RLEE < 0
PIB < PNB
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DN = C + I + G + X – M 
As importações (M) aparece devido ao fato de que elas estão embutidas nas demais despesas agregadas (C, I, G, X).
A Despesa Agregada é apresentada a preços de mercado, já que são valores finais. No Brasil, utiliza-se mais o conceito de Despesa Interna que Nacional. Não é calculada a depreciação pois, são utilizados os conceitos agregados em termos brutos.
DIBpm = C + I + G + X – M 
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Despesa Nacional - DN)
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PN Nominal (ou PN Monetário): PN a preços correntes do ano
PN2000 =  pi2000 . qi2000 - produto de 2000, avaliado a preços de 2000. 
PN2001 =  pi2001 . qi2001 - produto de 2001, avaliado a preços de 2001. 
PN Real (ou PN deflacionado): PN a preços constantes de determinado ano (chamado ano-base).
PNREAL 2000 =  pi2000 . qi2000
PNREAL2001 =  pi2000 . qi2001
PNREAL2002 =  pi2000 . qi2002
Preços permanecem constantes em 2000. Elimina-se a influência dos preços (Inflação). Com isso tem-se o crescimento real
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Valores Reais e Nominais)
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PNREAL = PN Nominal x 100
 Índice de Preços 
P/ deflacionar:
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Valores Reais e Nominais)
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PIB em dólares correntes: preços em dólares, à taxa de câmbio corrente.
PIBBrasil =  PUS$ qBrasil
(P US$ = preços em reais, convertidos em dólares pela taxa de câmbio corrente)
PIB em dólares PPP (Purchasing Power Parity): produção do país, medida a preços das mercadorias nos USA (país base, ou de referência).
PIBPPP Brasil =  PUS$USA qBrasil (preços em US$ nos USA)
PIBPPP China =  PUS$USA qChina
PIBPPP USA =  PUS$USA qUSA 
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Valores Reais e Nominais)
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 O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano mede o grau de desenvolvimento sócio-econômico dos países. Constitui-se de uma média aritmética de 3 índices, variando de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior o padrão de desenvolvimento humano):
 -Índice de Expectativa de Vida
 -Índice do PIB per capita (em dólares PPP)
 -Índice de Educação (média ponderada: 75% Índice de Alfabetização 25% Índice de Escolaridade de jovens entre 7 e 22 anos )
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (IDH - Índice de Desenvolvimento Humano)
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Da Contabilidade Nacional para a Teoria Econômica
Modelo Keynesiano Básico (Lado Real) 
O Mercado de Bens e Serviços
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Contabilidade Nacional: medição do produto efetivamente realizado (ex-post).
Teoria Macroeconômica: refere-se ao produto potencial, desejado, planejado. Análise dos agregados ex-ante. Estuda as alternativas para levá-lo ao pleno emprego.
O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real
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Curva de Demanda Agregada de Bens e Serviços (DA): composta pela demanda de quatro agentes macroeconômicos:
DA = C + I + G + (X – M) 
O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real (Modelo Keynesiano Básico)
onde:
C = consumo (famílias e empresas)
I = investimento (bens de capital)
G = gastos do governo (saúde, investimento, etc)
X = exportações (bens e serviços)
M = importações (bens e serviços)
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Curva de Oferta Agregada de Bens e Serviços (OA): quantidade de bens e serviços que os produtores estão dispostos a colocar no mercado.
OA = Renda Nacional = Produto Nacional Real
O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real
A: aumenta Q, com P constante, caso haja desemprego de recursos;
B: situação intermediária;
C: aumenta P, com Q constante, caso os recursos estiverem plenamente empregados.
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A: trecho Keynesiano (desemprego)
C: trecho Clássico (pleno emprego)
Desemprego: quando a DA é insuficiente para absorver a produção
agregada de pleno emprego.
Curva de Oferta Agregada de Bens e Serviços (OA)
O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real
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1ª. Desemprego de Recursos. A DA situa-se abaixo da OA de pleno emprego. Preços constantes e as variáveis consideradas em valores reais (deflacionadas). (A)
2ª. Curto Prazo. A curto prazo, o estoque dos fatores de produção são considerados constantes. Embora, a força de trabalho e a capacidade produtiva instalada sejam fixas, seus níveis de utilização variem.
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico
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3ª. A curva de OA é fixada (decorrência da hipótese 2ª). OA = f(N,K,Tec). Como esses fatores de produção são constantes a curto prazo, a OA permanece fixa (não há deslocamentos, apenas movimentos ao longo da curva.
4ª. A curto prazo, apenas a demanda agregada provoca variações no nível de equilíbrio da renda nacional. (Corolário das anteriores) Para tirar a economia de uma situação de desemprego, a curto prazo, deve-se procurar elevar a DA. DA é mais sensível a curto prazo que a OA.
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico
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PRINCÍPIO DA 
DEMANDA EFETIVA
A DA determina a produção (Keynes).
Inverte um dos principais postulados
da Teoria Clássica, a chamada Lei de
Say, pela qual a OA é que determina
a procura. 
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico
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Função consumo (C): o consumo agregado é função crescente do nível de renda nacional (Y). O modelo mais simples supõe o consumo como uma função linear.
onde:	a = consumo autônomo (independe da renda) 
	b = propensão marginal a consumir (declividade da reta), onde 0 < b < 1
A propensão marginal a consumir (PMgC) é o acréscimo de consumo, dado a um acréscimo na renda nacional.
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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
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Função poupança (S): é a parcela da renda nacional não consumida, em dado período de tempo.
S = y – C
sabemos que C = a + by e portanto:
S = -a + (1 - b)y
onde (1 – b) = propensão marginal a poupar
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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
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Função investimento (I): bens e serviços que visam a aumentar a produção futura. É também conhecido como Formação Bruta de Capital Fixo. O investimento pode ser dividido em:
Investimento visto como elemento da demanda agregada: é a fase que gasta apenas com instalações, equipamentos, etc, antes do investimento maturar e resultar em acréscimos de produção;
Investimentovisto como elemento da oferta agregada: ocorre quando aumenta a capacidade produtiva, após a maturação do investimento.
Hipóteses:
A curto prazo, o investimento afeta apenas a demanda agregada;
O investimento é autônomo ou independente da renda nacional.
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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
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Função gastos do governo (G): os gastos do governo são autônomos em relação à renda nacional:
G = constante ou G  f(y)
Função impostos ou tributação (T): no modelo simplificado a tributação é autônoma, ou seja, não é induzida pela renda nacional:
T = constante ou T  f(y)
Neste caso a nova função consumo será:
C = a + b (y – T) = a – byd
onde yd = renda disponível
Função exportação (X) e importação (M): são variáveis autônomas em relação a renda nacional (modelo simplificado):
X = constante ou X  f(y*)
M = constante ou M  f(y)
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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
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Determinação do equilíbrio: observações importantes
A renda de equilíbrio ocorre quando OA = DA e não necessariamente é a renda de pleno emprego;
Decorre do exposto em (1) que o equilíbrio não indica necessariamente algo desejável, pois pode estar existindo um grande volume de recursos não empregados;
É um equilíbrio macroeconômico esperado, planejado (ex ante), e não o equilíbrio efetivo (ex post).
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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
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Determinação do equilíbrio: o equilíbrio é determinado pela DA (curto prazo).
Onde:
y* = renda de equilíbrio (DA=OA)
y* = renda de pleno emprego
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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
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Determinação do equilíbrio, igualando vazamentos com injeções:
Vazamentos: todo recurso que é retirado do fluxo básico, ou seja, toda renda recebida pelas famílias, que não é dirigida às empresas nacionais na compra de bens de consumo: poupança, impostos e importações;
Vaz = S + T + M
Injeções: todo recurso que é injetado no fluxo básico e que não é originado da venda de bens de consumo às famílias: novos investimentos, gastos públicos e exportações.
Inj = I + G + X
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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
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Determinação do equilíbrio, igualando vazamentos com injeções:
 Vaz < Inj  crescimento da renda nacional
 Vaz > Inj  queda da renda nacional
 Vaz = Inj  equilíbrio estacionário
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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
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Hipóteses do multiplicador:
O processo é iniciado por uma variação autônoma da DA, ou seja, um deslocamento da DA devido à variação autônoma de algum de seus elementos (C, I, G, X, M) ou devido a alguma injeção ou vazamento do fluxo de renda;
O funcionamento do multiplicador supõe uma economia em desemprego;
O lado monetário é invariável;
O multiplicador tem um efeito perverso: assim como a renda aumenta em um múltiplo, para aumentos da DA, o contrário também é válido.
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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Multiplicador Keynesiano de Gastos)
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Fórmula do multiplicador:
onde k = multiplicador de gastos
Assim, qualquer mudança nos gastos autônomos (C, I, G, X, M) implicará em uma mudança no nível de renda (Y) dado pelo multiplicador.
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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Multiplicador Keynesiano de Gastos)
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Teorema do Orçamento Equilibrado ou Teorema de Haavelmo
“Não dá para avaliar política fiscal olhando apenas o déficit ou superávit do governo.”
Se o governo efetuar gastos no mesmo montante dos tributos recolhidos, a renda em vez de permanecer constante, aumentará em um montante igual ao aumento de G e T.
Assim:
 Se |kG| > |kT|  a renda aumentará quando G = T
 kG + kT = 1
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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Multiplicador Keynesiano de Gastos)
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Hiatos Inflacionário e Deflacionário e Política Fiscal Pura: a análise dos hiatos permite estudar formas não monetárias de combater a inflação e o desemprego, ou seja, como a política fiscal pode estabilizar preços, emprego e nível de atividade.
*
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Hiatos)
Hiato Deflacionário: refere-se à insuficiência da DA, em relação a OA de pleno emprego (ype)
Hiato Inflacionário: é dado pelo excesso de DA, em relação a OA de pleno emprego (ype)
*
a) O investimento depende da taxa de juros
I = f (taxa de retorno esperada, taxa de juros), I/ Y < 0
Eficiência Marginal do Capital (EMC): é a taxa de retorno esperada sobre o investimento. É a taxa que iguala o valor presente dos retornos líquidos esperados que se pode obter com o investimento, ao preço de aquisição do equipamento.
EMC > 1  é vantagem a firma investir (compra de bens de capital)
EMC < 1  não é vantagem a firma investir
b) Princípio do acelerador: o investimento é influenciado, basicamente, pela taxa de crescimento do produto, não pelo nível de produto.
onde v = relação capital-produto capital-produto
*
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Teorias da Função Investimento)
*
*
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Função Demanda por Investimentos)
Fatores determinantes da decisão de investir
Demanda de
Investimentos (I)
Taxa de Juros
de Mercado (i)
Eficiência Marginal
do Capital (EMC)
Preço de Aquisição
do Ben de Capital
Valor Presente dos
Retornos Líquidos
Esperados
Faturamento
Esperado
Custos de Operação e
Manutenção do
Equipamento
*
*
Moeda: Conceito e Funções 
Meios de Pagamento: Conceito e Composição
Oferta de Moeda (Pelo BACEN e Bancos Comerciais)
Demanda por Moeda
O Lado Monetário
*
*
Definição de moeda: objeto de aceitação geral, utilizado na troca de bense serviços. Aceitação garantida por lei.
Instrumento ou
Meio de Troca
Medida de
Valor
Reserva de 
Valor
Promove e facilita o intercâmbio de bens e serviços. Evita a chamada economia de trocas ou escambo.
Unidade de Conta. Permite apurar o
valor Monetário.
Liquidez absoluta. Efeitos da Inflação.
O Lado Monetário: Moeda – Conceito e Funções
*
*
Não precisa ter valor intrínseco ou ser lastreada em metal
precioso, bastando ter a confiança (moeda fiduciária) e a 
aceitação geral pelos agentes econômicos. 
Reserva de Valor: o que determina a riqueza de um país é sua produção global e não o montante de moeda existente (Falácia da composição). 
O Lado Monetário: Moeda – Conceito e Funções
*
*
Meios de Pagamento (Oferta de Moeda): representam todos os haveres com liquidez imediata em poder do público, exceto o setor bancário. São uma medida do nível de liquidez do sistema econômico.
M = PMPP + DV
Onde:
M = meios de pagamento
PMPP = papel moeda em poder do público (ativo de maior liquidez)
DV = depósito a vista (moeda escritural ou moeda bancária), é o valor que o correntista tem, não é o cheque.
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (Conceito e Composição)
*
*
M1
M2
M3
M4
=
=
=
=
Moeda em poder do Público 
(+) Depósitos a Vista nos Bancos Comerciais
Conceito M1
(+) Depósitos Especiais Remunerados 
(+) Depósitos de Poupança
(+) Títulos emitidos por Instituições Depositárias
Conceito M2
(+) Fundos de Renda Fixa
(+) Posição líquida de títulos SELIC(Sistema Especial de Liquidação e Custódia)
Conceito M3
(+) Títulos Públicos de alta liquidez
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (Conceito e Composição)
*
*
OS ATIVOS ADICIONADOS AO CONCEITO M1
SÃO CHAMADOS QUASE-MOEDA OU NÃO MONETÁRIOS.
VOLUME M4 BAIXO DENOTA RESTRIÇÕES ÀS FUNÇÕES 
DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA DO SISTEMA BANCÁRIO.ESTE CONCEITO É EXPRESSO NORMALMENTE
COMO UM PERCENTUAL DO PIB.
O AUMENTO DA RELAÇÃO M4/M1, QUE SE OBSERVA 
NOS PROCESSOS INFLACIONÁRIOS, CHAMA-SE 
DESMONETIZAÇÃO. A REDUÇÃO DE M4/M1, CHAMA-SE 
MONETIZAÇÃO.
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (Conceito e Composição)
*
*
Quando se altera o saldo de M1 (PMPP + DV)
Corresponde a uma queda ou aumento da oferta de moeda disponível.
Ex.: Criação (C), Destruição (D) e (N) p/ qdo não houve (C nem D). 
Exportadores trocam dólares por reais no BC ............................
BC vende dólares aos importadores, recebendo reais em troca..
Empréstimo dos bancos comerciais ao setor privado.................
Resgate de um empréstimo bancário..........................................
Saque por meio de cheque..........................................................
Depósito a longo prazo...............................................................
Empresa paga Funcionários sacando contra seus depósitos a vista
C
D
C
D
N
D
N
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (“Criação” e “Destruição” de Moeda)
*
*
Setor não Bancário: as unidades familiares, as empresas, o Governo e o sistema financeiro não-monetário (BNDS, Banco de Investimento). Não recebem depósitos à vista, apenas transferem dinheiro dos emprestadores para os tomadores.
Setor Bancário: pode criar ou destruir moeda. É permitido aos bancos comerciais manterem depósitos do público e emprestar uma
quantia superior a suas reservas monetárias (podem emprestar parte
de suas obrigações, que são os depósitos a vista). 
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (“Criação” e “Destruição” de Moeda)
*
*
BASE MONETÁRIA (B): total de moeda “física” injetada pelo Banco Central na economia. Também chamada de Passivo Monetário do Banco Central ou ainda High Powered Money (moeda de alta potência). Emissão Primária de Moeda, corresponde ao Passivo Não-Remunerado da Autoridade Monetária.
B = PMPP + Reservas dos Bancos Comerciais
As Reservas Bancárias Totais (R) são compostas por Encaixe em moeda corrente (R1), Reservas Voluntárias (R2) e Reservas Compulsórias (R3), dos bancos comerciais junto ao Banco Central.
Assim:
R = R1 + R2 + R3	PME = PMPP + R1	B = PMPP + R1+R2+R3
onde: PME = papel moeda emitido
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (“Criação” e “Destruição” de Moeda)
*
*
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (“Criação” e “Destruição” de Moeda)
Fatores que afetam a Base Monetária: o aumento ou diminuição da base monetária se dá por variações do Ativo do Banco Central não compensadas por variações do Passivo Não Monetário. Exemplos:
Operações com Câmbio: quando o BC compra (vende) USD do mercado para as reservas internacionais há uma expansão (contração) da base monetária;
Operações com Títulos Públicos: quando o BC compra (vende) títulos públicos ao mercado há expansão (contração) da base monetária;
Operações do Tesouro Nacional: pagamentos ao (recebimentos do) Tesouro Nacional contraem (expandem) a base monetária;
Operações com o Sistema Financeiro: a concessão de redesconto bancário expande B e o recolhimento de compulsório sobre Depósitos a Prazo contrai B.
*
*
Mostra o grau de expansão da base monetária (B), (moeda primária emitida), através dos empréstimos dos bancos comerciais, e conseqüente criação de meios de pagamentos (M1). Ou seja, os meios de pagamento são um múltiplo da base monetária:
onde: 
m = multiplicador da base monetária
c = taxa de retenção do público = PMPP / M
d = taxa de depósitos à vista = DV / M
R1 = taxa de encaixe dos bancos comerciais = R1 / DV
R2 = taxa de reservas dos bancos comerciais = R2 / DV
O Lado Monetário: Oferta de Moeda pelos Bancos Comerciais (O Multiplicador Monetário)
*
*
Fatores que afetam o multiplicador:
Taxa de reservas bancárias (% reservas dos bancos comerciais sobre os depósitos à vista);
Taxa de retenção de moeda pelo público (% de moeda em poder do público sobre os meios de pagamento).
Um aumento dessas taxas diminui o valor do multiplicador). Por exemplo, dados de dezembro de 2001, em R$ milhões:
PMPP = 21.185	DV = 29.522	(R) = 15.018
O Lado Monetário: Oferta de Moeda pelos Bancos Comerciais (O Multiplicador Monetário)
Portanto, um aumento de, por exemplo, R$ 1 bilhão da base monetária, leva a um aumento de R$ 1,4 bilhões no saldo dos meios de pagamentos. 
*
*
O Lado Monetário: Oferta de Moeda (Objetivos e Instrumentos de Política Monetária)
Objetivos: a função da política monetária é regular o ritmo de crescimento da demanda agregada da economia no curto prazo, de tal maneira a impedir um crescimento mais rápido que o da oferta agregada, evitando assim preções no nível geral de preços (pressões inflacionárias). Para tanto o Banco Central se utiliza de alguns instrumentos:
Compulsório: é a parcela dos depósitos a vista que um banco deve manter obrigatoriamente depositada no Bacen, sem remuneração.;
Aumento do compulsório diminui a disponibilidade de recursos para empréstimos e, assim, diminui a oferta de moeda.
Redesconto ou Empréstimo de Liquidez: é uma linha de empréstimos do BC aos bancos comerciais em situações de falta temporária de liquidez (geralmente esta linha é punitiva);
Aumento da taxa de redesconto leva os bancos diminuirem a oferta de moeda
*
*
O Lado Monetário: Oferta de Moeda (Objetivos e Instrumentos de Política Monetária)
Operações de Open Market ou Mercado Aberto: são compras ou vendas de títulos públicos realizadas pelo Bacen junto ao sistema bancário. É o instrumento de maior eficência no mercado financeiro para ajustar a liquidez do mercado monetário . 
Quando o Bacen compra títulos públicos do mercado ele injeta reais, elevando a liquidez da economia devido ao aumento da oferta de moeda.
Quando o Bacen vende títulos públicos do mercado ele retira reais, diminuindo a liquidez da economia devido à redução da oferta de moeda
Controle do Crédito: a Autoridade Monetária pode afetar a disposição dos bancos em conceder crédito ou tomar posições no mercado de títulos, de câmbio ou futuros de acordo com:
Regulação do crédito;
Persuasão moral;
Supervisão e Fiscalização bancária
*
*
Banco Central do Brasil: BACEN / BC
Órgão executivo central do SFN
Banco dos Bancos: Depósitos compulsórios, redescontos de liquidez;
Gestor do SFN: Normas / Autorizações / Fiscalização / Intervenção;
Executor de Política Monetária: Controle dos MP, Orçamento Monetário / Instrumentos de Política Monetária;
Banco Emissor: Emissão de meio circulante (papel moeda e moeda metálica, nas condições e limites autorizados pelo CMN);
Financiamento do Tesouro Nacional (via emissão de títulos);
Administração da dívida pública interna e externa do país;
Representante junto as IFs internacionais;
É por meio do BC que o Estado intervém diretamente no SFN e indiretamente na economia.
O Lado Monetário: BANCO CENTRAL
*
*
Modelo Keynesiando de Demanda por Moeda
Porque reter moeda, se existem alternativas de aplicação em ativos que produzem rendimentos ?
Segundo Keynes os motivos são :
Transações: necessidade de manter moeda para pagar compromissos. Descompasso entre recebimentos e pagamentos (relação direta com a renda);
Precaução: devido as incertezas quanto à datas de recebimentos e de pagamentos (relação direta com a renda);
Especulação ou Portfólio: para aproveitar oportunidades de investimento (títulos, imóveis, etc.) – Relação inversa com a taxa de juros. A moeda é um ativo que não rende juros, mas possui valor estável. Os “títulos” pagam rendimento, mas seu valor oscila em função de mudanças da taxa de juros. Quando os juros sobem o preço dos títulos cai. Quando os juros estão baixos e um investidor espera (especula) que subirão logo, ele vende títulos e demanda moeda, visando preservar o valor de seu patrimônio.
O Lado Monetário: Política Monetária (Demanda de Moeda)
*
*
Assim, a demanda por moeda é função direta da renda e inversa da taxa de juros. A taxa de juros podeser vista como o custo de oportunidade de reter moeda. 
 Demanda por Moeda  Md = k.Y - h.i
onde:
 k = sensibilidade da demanda monetária em relação à uma variação na renda
 h = sensibilidade da demanda por moeda em relação à uma variação na taxa de juros
O Lado Monetário: Política Monetária (Demanda de Moeda)
*
*
Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) – Modelo Clássico
A equação de trocas estabelece uma relação entre o lado monetário e o lado real da economia. Mostra como a política monetária afeta o nível de produto e a taxa de inflação.
O Lado Monetário: Política Monetária (Equilíbrio Monetário)
PIB Monetário Nominal (Y)
*
*
Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) – Modelo Clássico
Para chegar-se a essa relação, parte-se do conceito de velocidade de circulação da moeda. É número de transações liquidadas com a mesma unidade monetária em um dado período. Ou seja, é o número de “giros” que a moeda dá, passando de mãos em mãos, criando renda nacional (PIB).
Normalmente supõe-se a velocidade de circulação constante a curto prazo, pois depende de fatores como hábitos da coletividade (por exemplo, o uso de cartões de crédito), do grau de verticalização entre empresas,etc., que costumam mudar mais a longo prazo. 
Assim, supondo a velocidade de circulação constante a curto prazo, elevações na quantidade de moeda (M1), podem levar a aumentos dos nível do produto, ou de preços, ou de ambos, dependendo de que a economia esteja no seu produto potencial de pleno emprego, ou em desemprego
economia a pleno-emprego: eleva P
economia em desemprego: eleva y
O Lado Monetário: Política Monetária (Equilíbrio Monetário)
*
*
Teoria Quantitativa da Moeda (TQM)
Oferta de moeda:
Demanda de moeda:
Equilíbrio:
O Lado Monetário: Política Monetária (Equilíbrio Monetário)
Pleno emprego: M  P; (Y1 = P1Y0)
Desemprego: M  Y sem necessariamente P; (Y1 = P0Y1)
*
*
Modelo Keynesiano
Oferta de moeda:
Demanda de moeda:
Equilíbrio:
O Lado Monetário: Política Monetária (Equilíbrio Monetário)
*
*
Conclusões:
A Demanda de moeda de uma economia se eleva a medida que se produz mais renda, ou seja, quando a atividade produtiva agrega mais riqueza.
A Procura decresce quando os juros sobem, gerando maiores expectativas de lucros aos investidores.
A Procura diminui quando recrudesce o processo inflacionário, que destrói o poder de compra da moeda.
A oferta monetária é fixa em Ms, dada a base monetária (B) fixada pelo BC e os parâmetros comportamentais e regulatórios (D, R1, R2, R3).
 No lado da demanda monetária, os parâmetros k, h e o nível de renda a curto prazo (Y) são dados. Portanto, a interação entre oferta e demanda no mercado monetário determinará a taxa de juros de equilíbrio (i0).
O Lado Monetário: Política Monetária (Equilíbrio Monetário)
*
*
Definição: a taxa de juros representa o valor do dinheiro no tempo. É uma taxa de rentabilidade para os aplicadores, e o custo do empréstimo, para os tomadores. O BC, devido ao seu monopólio de emissão de moeda, influencia de maneira decisiva a taxa de juros.
Uma taxa de juros alta, gera como conseqüências:
Sobe o custo para os tomadores de fundos;
Aumenta o custo de oportunidade em estocar mercadorias dada a atratividade de aplicar no mercado financeiro;
Incentiva o ingresso de recursos de outros países;
Freia a atividade econômica, ao desestimular o consumo e o investimento, estimulando a especulação no mercado financeiro;
Aumenta o custo da dívida pública interna.
O Lado Monetário: Política Monetária (Taxa de Juros)
*
Taxa de Juros Nominal e Taxa de Juros Real: Paridade de Fisher
O equilíbrio do mercado monetário ilustrado nos gráficos anteriores refere-se à taxa de juros nominal, resultando entre uma demanda e uma oferta nominal de moeda. Entretanto, em diversas situações é preciso estabelecer a taxa real de juros. Esta é obtida descontando-se da taxa nominal a inflação do período. Assim, a equação de Fisher apresenta uma relação entre a taxa nominal de juros (i), a taxa de juros real (r) e a inflação esperada (e):
Essa relação permite esclarecer o mecanismo de transmissão da política monetária:  Juros nominais  dadas as expectativas de inflação  Juros reais  efeitos sobre consumo e investimento  efeitos sobre demanda agregada  Preços
*
O Lado Monetário: Política Monetária (Taxa de Juros)
*
Apêndice
Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
Órgãos de Regulamentação e Fiscalização do Mercado
*
*
ESTRUTURA DO SFN – DIVISÃO NORMATIVA
*
B.B.
BNDES
CEF
Comissões
Consultivas
Responsável pelo
funcionamento do 
mercado financeiro e
de suas instituições.
*
ESTRUTURA DO SFN – DIVISÃO NORMATIVA
CMN: Conselho Monetário Nacional
Composição: Ministro da Fazenda, Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e Presidente do Banco Central.
Controlar o volume dos meios de pagamentos;
Controle do valor interno da moeda: inflação
Regular o valor externo da moeda e o BP;
Orientar a aplicação de recursos
Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras (IFs);
Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública (interna e externa);
Estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços bancários ou financeiros;
Determinar as taxas de compulsório; redesconto de liquidez;
Estabelecer normas a serem seguidas pelo BC nas operações com títulos públicos;
Regulamentação, fiscalização e funcionamento de todas as IFs que operam no país.
*
*
ESTRUTURA DO SFN – DIVISÃO NORMATIVA
Banco Central do Brasil: BACEN / BC
Órgão executivo central do SFN
Banco dos Bancos: Depósitos compulsórios, redescontos de liquidez;
Gestor do SFN: Normas / Autorizações / Fiscalização / Intervenção;
Executor de Política Monetária: Controle dos MP, Orçamento Monetário / Instrumentos de Política Monetária;
Banco Emissor: Emissão de meio circulante (papel moeda e moeda metálica, nas condições e limites autorizados pelo CMN);
Financiamento do Tesouro Nacional (via emissão de títulos);
Administração da dívida pública interna e externa do país;
Representante junto as IFs internacionais;
	
	É por meio do BC que o Estado intervém diretamente no SFN e indiretamente na economia.
*
*
ESTRUTURA DO SFN – DIVISÃO NORMATIVA
CVM: Comissão de Valores Mobiliários (Lei 6404/76)
Normatização e fiscalização do mercado de valores mobiliários (ações, debêntures e, mais recentemente, fundos de investimento);
Fiscalizar a emissão, registro, distribuição e negociação de títulos das S.A. de capital aberto;
Disciplinar o funcionamento das bolsas de valores.
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) 
Subordinada ao Ministério da Fazenda, fiscaliza as companhias de seguros privados (seguradoras) e as entidades abertas de previdência;
Assumirá as funções de regulação do mercado de resseguros (MP em questionamento), permitindo a privatização do IRB.
Superintendência de Previdência Complementar (PREVIC, antiga SPC)
Ligada ao Ministério da Previdência e Assistência Social, fiscaliza as entidades fechadas de previdência complementar, tenham elas patrocinadores públicos ou privados.
*
*
ESTRUTURA DO SFN – SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
BB: BANCO DO BRASIL
Adiministrar a Câmara de Compensação de cheques e outros papéis;
Efetuar os pagamentos e suprimentos necessários à execução do Orçamento Geral da União;
A aquisição e o financiamento dos estoques de produção exportável;
Agenciamento dos pagamentos e recebimentos fora do país;
Operação de Fundos de Investimento Setorial;
Crédito rural;
Política de preços mínimos para produtos agropastoris;
Execução do serviço da dívida pública consolidada;
Compra e venda de moeda estrangeira por ordem própria ou do BC;
Arrecadação de tributos federais e estaduais.
*
*
ESTRUTURA DO SFN – SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃOFINANCEIRA
BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
Impulsionar o desenvolvimento econômico e social do país;
Fortalecer o setor empresarial do país;
Atenuar os desequilíbrios regionais, criando novos pólos de produção;
Promover o crescimento e a diversificação das exportações;
FINAME, FINEM e FINAC
CEF: Caixa Econômica Federal
Políticas do Governo Federal para habitação popular e saneamento básico  Banco de apoio ao trabalhador de baixa renda;
Prestação de serviços de natureza social delegada pelo Governo Federal;
FGTS, PIS, loterias, Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social (FAS)
*
*
ESTRUTURA DO SFN – SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
*
Composto pelas instituições
bancárias e não bancárias
que atuam em operações de
intermediação financeira.
*
Bancos Comerciais
Caixas Econômicas
Bancos de Desenvolvimento
Cooperativas de Crédito
Bancos de Investimento
Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento – Financeiras
Sociedades Corretoras
Sociedades Distribuidoras
Sociedades de Arrendamento Mercantil (leasing)
*
Associações de Poupança e Empréstimo
Sociedades de Crédito Imobiliário
Fundos Mútuos de Investimento
Entidades Fechadas de Previdência Privada
Seguradoras
Companhias Hipotecárias
Agências de Fomento
Bancos Múltiplos
Bancos Cooperativos
Composta por 18 agentes no total:
*
CARACTERIZAÇÃO DOS AGENTES OPERATIVOS SEGUNDO SUA ATUAÇÃO
*
Plan1
		
		
				Crédito de Curto Prazo		Bancos Comerciais
						Caixas Econômicas
						Bancos Cooperativos / Cooperativas de Crédito
						Bancos Múltiplos com Carteira Comercial
		
				Crédito de Médio e LP		Bancos de Desenvolvimento
						Bancos de Investimento
						Caixas Econômicas
						Bancos Múltiplos com Carteira Comercial de Invest. e Desenv.
		
				Crédito para Financiamento de Bens de Consumo Duráveis		Sociedades de Crédito, Financeimento e Investimento - Financeiras
						Caixas Econômicas
						Bancos Múltiplos com Carteria de Aceite
		
				Sistema Financeiro de Habitação		Caixas Econômicas
						Associações de Poupança e Empréstimo
						Sociedades de Crédito Imobiliário
						Cias Hipotecárias
						Bancos múltiplos com carteira hipotecária
		
				Intermediação no Mercado de Capitais		Sociedades Corretoras
						Sociedades Distribuidoras
						Bancos de Investimento
						Bancos Múltiplos com Carteira de Investimento
						Agentes autônomos de investimento
		
				Seguros e Capitalização		Seguradoras
						Corretoras de Seguro
						Entidades Abertas de Previdência Privada
						Entidades Fechadas de Previdência Privada
						Sociedades de Capitalização
		
				Arrendamento mercantil (leasing)		Sociedades de Arrendamento Mercantil
						Bancos Múltiplos com Carteira de Arrendamento Mercantil
Plan2
		
Plan3
		
*
*
Interligação entre o lado real e o lado monetário - Análise IS-LM
Introdução
Análise IS-LM: Visão geral
Equilíbrio do lado real: Curva IS
Equilíbrio do lado monetário: Curva LM
Interligação entre o lado real e o lado monetário
Eficácia da Política Monetária e Política Fiscal
Eficácia das Políticas Econômicas e Formas da Oferta Agregada
*
*
Modelo IS LM
Mercado
Monetário
i
Mercado
de Bens &
Serviços
Nível
de Produto
(Y)
Política Monetária
Política Fiscal
Este modelo procura explicar de que forma as taxas de juros e o produto total (produto agregado ou renda agregada) são determinados, dado um nível de preços fixos. 
É um modelo de determinação simultânea de equilíbrio.
O Modelo IS-LM é também chamado Análise Hicks-Hansen, (devido aos Prêmios Nobel Sir J.R. Hicks e Alvin Hansen), a partir da teoria keynesiana.
*
*
Economia com desemprego de recursos (ou seja, com capacidade ociosa e mão-de-obra desempregada);
Preços constantes;
(decorre de a) e b): políticas de crescimento levam a aumento da produção, e não de preços;
Princípio da Demanda Efetiva: é a Demanda Agregada que determina a renda de equilíbrio (a Oferta Agregada é “passiva”);
(decorre de b): todas as variáveis expressas em termos reais (“deflacionadas”);
(decorre de e): taxa nominal de juros (i) = taxa real de juros (r) 
Modelo IS LM: Hipóteses do Modelo
*
Componentes da Demanda Agregada:
Consumo (função da Renda Disponível)
Investimento (função da taxa de juros) 
Gastos Públicos: definido institucionalmente
Impostos, Exportações e Importações: por simplificação, supõe-se no modelo IS-LM que sejam exógenas
A Curva IS (Investment-Saving) representa os possíveis níveis de renda e de taxa de juros que equilibram o mercado de bens e serviços. Ou seja, pontos onde a Oferta Agregada é Igual à Demanda Agregada de bens e serviços.
Queda na taxa de juros aumenta o investimento e, portanto, a renda
Aumento na taxa de juros reduz o investimento e, portanto, a renda.
*
Modelo IS LM: Mercado de Bens & Serviços (Curva IS)
*
*
Modelo IS LM: Mercado de Bens & Serviços (Curva IS)
A curva IS reflete a condição de equilíbrio no Mercado de Bens, dado pelos pares ordenados (y,r). Assim, na curva IS tem-se que:
Os fatores que afetam a IS são:
Elasticidade demanda por Investimento em relação à taxa de juros (declividade da função investimento);
Multiplicador de gastos do governo.
*
Fatores que desclocam a curva IS: são as variáveis exógenas (C, I, G, T, X, M) que não induzidos por uma variação na renda.
Consumo autônomo (variação da riqueza, mudanças nas expectativas, etc)
Política fiscal (Gastos G e Tributos T)
Exportações (X) e Importações (M) 
Mudanças na taxa de juros e no nível de renda são movimentos ao longo das curvas IS e LM (r e Y são variáveis endógenas)
*
Modelo IS LM: Mercado de Bens & Serviços (Curva IS)
*
*
Modelo IS LM: Mercado Monetário (Curva LM)
Oferta de moeda:
Demanda de moeda:
Equilíbrio:
A Curva LM (Liquidity Money), representa os possíveis pares de taxa de juros e nível de renda que equilibram o mercado monetário. Assim, dada a curva de oferta e demanda de moeda: 
 M/P  dado o nível de renda, cai a taxa de juros
  Y   demanda de moeda para transação, dada a oferta  aumenta a taxa de juros. 
EOM: excesso de oferta de moeda : i tende a cair 
EDM: excesso de demanda de moeda: i tende a se elevar
*
*
Modelo IS LM: Mercado Monetário (Curva LM)
LM: pares (i, Y) que equilibram o mercado monetário, dado os saldos monetários reais (M/P).
Os fatores que afetam a inclinação da LM são as respostas à mudanças na taxa de juros:
quanto maior a variação na demanda de moeda em função de uma variação na renda, mais inclinada é a LM;
quanto menor a sensibilidade da demanda de moeda em relação a uma variação na taxa de juros, mais inclinada é a LM.
Obs: a curva LM é traçada para um dado estoque de moeda.
EOM: excesso de oferta de moeda : i tende a cair 
EDM: excesso de demanda de moeda: i tende a se elevar
*
*
Modelo IS LM: Equilíbrio
O modelo IS LM parte do modelo keynesiano e incorpora o mercado monetário. Desta forma as regras de ajustamento do modelo são:
Desequilíbrios no mercado de bens (IS) são ajustados via quantidades, alterando o nível de produto (renda);
Desequilíbrios no mercado monetário (LM) são corrigidos com variações nas taxas de juros.
IS
Pontos acima da IS: EOB  Y
Pontos abaixo da IS: EDB  Y
Pontos acima da LM: EOM   i
Pontos abaixo da LM: EDB   i
LM
*
*
Modelo IS LM: Política Monetária Expansionista/Contracionista
	
Um aumento da oferta de moeda torna o dinheiro mais abundante no mercado, o que reduz a taxa de juros, provocando três efeitos paralelos: 
 sobre a IS: com a queda em i, o investimento agregado se eleva, a DA e a renda Y se elevam (movimento ao longo da IS);
 o aumento da renda real Y aumenta a demanda de moeda por transações;aumenta a demanda de moeda por motivo especulação devido a queda na taxa de juros. 
Plan1
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
						Oferta de Moeda				Investimento
		
						Aumento (expansão)		Redução		Aumento		Aumento
		
						Redução (esterilização)		Aumento		Redução		Redução
Plan2
		
Plan3
		
*
*
Modelo IS LM: Política Fiscal Expansionista/Contracionista
	
Um aumento dos gastos do Governo desloca a IS para à direita, sendo que o financiamento destes gastos pode ser feito de três formas:
 pela emissão de títulos públicos, o que provoca um aumento na taxa de juros;
 aumento de impostos (que desloca a IS para trás, devido à queda da Renda Disponível e do Consumo: o resultado final sobre a curva IS e sobre a renda dependerá dos multiplicadores de G (positivo) e de T (negativo);
 emissão de moeda, que desloca a curva LM para a direita (“combinação de políticas”).
Plan1
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
						Política Fiscal						Investimento
		
						Expansionista		Aumento		Aumento		Redução
		
						Contracionista		Redução		Redução		Aumento
Plan2
		
Plan3
		
*
*
Modelo IS LM: Eficácia das Políticas Monetária e Fiscal
	
Três trechos importantantes da curva LM:
Trecho clássico: LM não é sensível á taxa de juros e portanto, a demanda especulativa por moeda é nula. (política monetária eficaz e fiscal nula);
Trecho keynesiano: armadilha de liquidez, a elasticidade demanda por moeda em relação á taxa de juros é infinita. (política monetária ineficaz e a fiscal possui máxima eficiência;
Trecho intermediário: combinação de políticas monetária e fiscal.
1. Eficácia da Política Monetária:
 Diminui, quando a elasticidade demanda por moeda em relação à taxa de juros aumenta;
 Aumenta, quanto maior é a sensibilidade do investimento em relação a taxa de juros;
 Aumenta, na medida em que aumenta a velocidade-renda da moeda;
2. Eficácia da Política Fiscal:
 Diminui, quanto maior a elasticidade a elasticidade demanda por investimentos em relação à taxa de juros (crowding out);
 Aumenta, quando aumenta a propensão marginal a consumir sobe (efeito muliplicador).
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A taxa de juros é a variável que faz a ligação entre os dois mercados:
Uma alteração exógena no mercado monetário determina uma nova taxa de juros, que afetará o Investimento Agregado (I=f(r)), e portanto alterando o equilíbrio do mercado de bens e serviços;
Por outro lado, uma alteração exógena no mercado de bens e serviços, como por exemplo, aumento dos gastos públicos, deslocará a Curva IS, elevando a taxa de juros, e afetará a demanda de moeda, e consequentemente o equilíbrio do lado monetário.
Modelo IS LM: Importância da Taxa de Juros
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Inflação
Conceito
Distorções Provocadas
Causas
O Imposto Inflacionário
A curva de Phillips
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Definição: inflação é o aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços.
Custos gerados pela inflação:
a distribuição de renda (concetração de renda);
o Balanço de Pagamentos (desequilíbrio interno e externo);
as expectativas (perda das expectativas);
o mercado de capitais (desestímulo a aplicação);
ilusão monetária: ocorre principalmente quando a inflação é alta e estável, levando os agentes econômicos a tomarem decisões equivocadas.
Inflação: Conceito
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Distribuição de Renda
Os que mais perdem são os trabalhadores de baixa renda (não mantêm aplicação financeira , pois tudo que ganham, gastam na subsistência).
Os empresários, que conseguem repassar os aumentos de custos provocados pela inflação, garantem os lucros.
O governo ganha via correção de impostos e tarifas públicas.
Balanço de Pagamentos
Elevadas taxas de inflação, em níveis superiores ao aumento de preços internacionais, encarecem o produto nacional relativamente ao produzido no exterior. Assim, provocam o estímulo às importações e desestímulo às exportações, diminuindo o saldo da balança comercial. 
Inflação: Distorções
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Formação de Expectativas
O setor privado, em particular o setor empresarial, são bastante sensíveis com relação aos investimentos, dado a imprevisibilidade da economia e portanto dos lucros.
Mercado de Capitais
Em um processo inflacionário, o poder de compra da moeda deteriora-se e portanto há um estímulo na aplicação de bens de raiz (Terra, imóveis). E desestímulo na aplicação no mercado de capitais financeiros (No Brasil, a correção monetária minimizou esse desestímulo pois, os papéis públicos e caderneta de poupança, passaram a ser reajustados por um índice próximo ao crescimento da inflação).
Inflação: Distorções
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Inflação: Tipos de inflação
Inflação de Demanda: excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. Ocorre principalmente quando a economia estiver em pleno emprego. Abaixo do pleno emprego, um aumento na produção de bens e serviços, pela maior utilização de recursos antes desempregados, não, necessariamente, ocorrerá aumento generalizado de preços.
A curto prazo, a demanda agregada é mais sensível à alterações de política econômica que a oferta agregada (longo prazo). Assim, a política preconizada para combatela seria a que provocasse redução desta procura por bens e serviços. 
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Inflação: Tipos de inflação
Inflação de Custos: inflação de OFERTA. O nível de demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos insumos aumentam e são repassados aos preços dos produtos. Está associada, também, ao monopólio e oligopólio (de certas empresas) que conseguem elevar seus lucros acima da elevação dos custos de produção.
Também pode se causada por aumentos autônomos nos preços de matérias-primas básicas, os chamados choques de matérias-primas (crise do petróleo, choques agrícolas). Política adotada: Controle direto de preços (via política salarial rígida, fiscalização sobre os lucros dos oligopólios, controle de preços dos produtos). 
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Inflação: Tipos de inflação
Inflação de Inercial: provoca a perpetuação das taxas de inflação anteriores, que são sempre repassados aos preços correntes. 
Inflação de Expectativas: estaria associada aos aumentos de preços provocados pelas expectativas dos agentes de que a inflação futura tende a crescer, e eles procuram resguardar suas margens de lucro.
Hiperinflação: os fatores que levam a uma hiperinflação são:
Crise orçamentária;
Governo não consegue se financiar via emissão de títulos;
Neste caso o governo começa a se financiar via emissão de moedas.
Como acabar com uma hiperinflação?
Fazer ajuste fiscal;
Regras que acabem com a monetização do déficit;
Reforma monetária;
Âncora cambial
Independência do BC (fim da monetização do déficit).
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Sistema de Metas de Inflação (“Inflation Target”)
“Bandas” fixadas para a inflação futura, controladas pela política monetária, principalmente a partir da taxa de juros (SELIC);
IT atinge diretamente o objetivo de longo prazo da política monetária: transparência e também, consistente com visão moderna das limitações da política monetária (demanda por moeda é instável, assim como a relação entre moeda e inflação);
Elege objetivo de estabilidade de preços como prioritário e impõe a avaliação de impactos a longo prazo de ações a curto prazo
Núcleo da Inflação (“Core Inflation”)
Índice de preços que expurga variações associadas aos choques de oferta, que não representem pressões persistentes sobre os preços
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Inflação: Política Monetária e Inflação
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Receita para o Governo, devido ao monopólio que possui sobre as emissões de moeda (paga seus compromissos com a emissão de moeda a custo zero).
Recai com maior intensidade sobre as classes sociais mais baixas (imposto regressivo). Por não terem aplicações financeiras, não conseguem se defender sobre a taxação implícita. 
Sem Inflação (semImposto Inflacionário)
Elevação do consumo das
classes sociais mais baixas.
Inflação: Imposto Inflacionário e Senhoriagem
Senhoriagem: arrecadação implícita que o governo (Banco Central) obtém por ter o monopólio da emissão de moeda a custo praticamente zero.
Com taxas de inflação crescentes, governo perde receita por desvalorização da arrecadação  Aumento do déficit público (Efeito Oliveira-Tanzi)  Aumento das necessidades de arrecadação  Aumento da emissão  Aumento da inflação.
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Trade-off entre inflação e desemprego;
O nível de produto está diretamente relacionado ao nível de emprego;
onde:
 = taxa de inflação
 = sensibilidade da inflação em relação à taxa de desemprego (quanto maior o beta, mais sensível a inflação em relação ao desemprego, e portanto, menor é a taxa de sacrificio)
N = taxa natural de desemprego (taxa de desemprego compatível com o pleno emprego)
Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)
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Versão aceleracionista: os agentes se antecipam à inflação, remarcando seus preços sem alterar a produção. Isto implica em taxas de inflação crescentes, e neste caso:
1.  < N   e >  (inflação)
2.  = N   e =  (inflação inercial)
3.  > N   e <  (queda da inflação)
Conclusão: o nível de inflação está relacionado a um dado .
Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)
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OBS: nem todo crescimento econômico afeta a taxa de desemprego, por exemplo:
crescimento populacional;
aumento da produtividade.
Istes fatores são chamados de taxa normal de crescimento (N). Sendo assim, a queda na taxa de desemprego deve ser feita através de outros fatores que superem a taxa normal de desemprego.
Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)
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Abaixo de YPleno Emprego
Preços Rígidos (e aumento da Produção e Emprego) – Teoria Keynesiana
No YPleno Emprego
OBS: Na realidade, esse trade-off entre variações ou no preço ou na quantidade, não se mostra assim, tão claro.
Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)
As Variáveis reais (Produção e Emprego) não se alteram
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Modelo de Expectativas Adaptadas ou Adaptativas: a inflação esperada para o próximo período é uma média ponderada da inflação observada nos últimos períodos. 
onde: 	 = taxa de inflação
 	e = inflação esperada (expectativa de inflação)
 	 = choques aleatórios (choques de oferta)
Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)
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Modelo de Expectativas Racionais: considera que os agentes não olham somente o passado, mas também as informações disponíveis no presente. Assim, espera-se que os agentes maximizem o uso das informações, ou seja, não existem erros sistemáticos correlacionados.
Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)
Curva de Phillips para variações não antecipadas da oferta monetária
Curva de Phillips para variações antecipadas da oferta monetária
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Inflação: Inflação no Brasil e as Correntes Econômicas
Plan1
		
		
		
				Corrente				Causas Principais		Políticas Antiinflacionárias
		
				Liberais				Desequilíbrio do setor público (o déficit e a dívida pública provocam descontrole monetário, causando inflação de demanda)				Ajuste fiscal (para reduzir déficit e dívida pública, via reformas fiscal, previdenciária, privatização);
												Controle monetário (juros e moeda);
												Liberalização do comércio exterior (abertura comercial e valorização cambial)
		
				Inercialistas				Indexação generalizada (formal e informal)				Desindexação (para apagar a "memória ou inércia inflacionária", via congelamento de preços, salários e tarifas: Planos Cruzado, Bresser - ou troca de moeda: Plano Real)
		
				Estruturalistas				Conflitos distributivos (pressões de margens de lucro, pressões salariais, pressões de tarifas e preços públicos provocam inflação de custos)				Controle de preços de oligopólios
												Controle cambial
												Reformas estruturais
Plan2
		
Plan3
		
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O Setor Externo
Fundamentos do Comércio Internacional
A Taxa de Câmbio
Variáveis que afetam as Exportações e as Importações Agregadas
Políticas Externas 
O Balanço de Pagamentos
A Internacionalização da Economia 
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O que leva os países a comercializarem entre si ?
Teoria das Vantagens Comparativas: formulada por David Ricardo em 1817; sugere que cada país deva especializar-se na produção daquela mercadoria em que é relativamente mais eficiente (ou que tenha um custo relativamente menor).
Desvantagens: é uma teoria estática, não leva em consideração a evolução das estruturas de oferta e demanda, nem as relações de preços entre os produtos negociados.
Teoria Moderna do Comércio Internacional (Modelo de Hecksher – Ohlin): postula que as vantagens comparativas e, logo, a direção do comércio, estarão dadas pela escassez ou abundância relativa dos fatores de produção.
O Setor Externo: Fundamentos do Comércio Internacional
*
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Taxa de câmbio nominal: é o preço da moeda (divisa) estrangeira em temos da moeda nacional ou vice-versa. No caso do Brasil é quanto se precisa em termos da moeda nacional (Real) para se comprar uma unidade de uma moeda estrangeira. Seu preço é determinado pela oferta e demanda de divisas. Ex.:
Brasil:		U$ 1,00 = R$ 3,10
Exterior:	R$ 1,00 = U$ 0,32 
Obs.: Como no Brasil a definição de câmbio é “diferente”; um aumento da taxa de câmbio implica em desvalorização e uma redução implica em valorização...
Ex.: U$ 1,00 = R$ 3,10  U$ 1,00 = R$ 3,50  Desvalorização
Oferta de Divisas: depende do volume de exportações e da entrada de capitais externos;
Demanda de Divisas: depende do volume das importações e da saída de capitais externos (amortização de empréstimos, remessa de lucros, pagamentos de juros, etc.).
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
*
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OFERTA DE DIVISAS > DEMANDA DE DIVISAS
Aumenta a disponibilidade de moeda estrangeira 
(valorização cambial)
OFERTA DE DIVISAS < DEMANDA DE DIVISAS
Diminui a disponibilidade de moeda estrangeira 
(desvalorização cambial)
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
*
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Taxa Fixa de Câmbio: o Banco Central fixa a taxa de câmbio:
Maior previsibilidade aos agentes do mercado.
Evita aumentos de preços de produtos importados, sendo, portanto, útil para controle da inflação.
Taxa de Câmbio Flutuante: a taxa é determinada pelo mercado de divisas (oferta e de demanda):
Dirty Floating: (mais adotado) regime de câmbio flutuante, mas com intensa atuação do Banco Central, na venda e na compra, que procura mantê-la em níveis relativamente estáveis;
Minibanda cambiais: o regime é flutuante, porém dentro de limites fixados pelo Banco Central.
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
*
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O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
Plan1
		
		
		
		
		
												Câmbio Fixo		Câmbio Flutuante
														(Flexível)
										Características
		
		
		
										Vantagens
		
		
		
										Desvantagens
Plan2
		
Plan3
		
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Valorização (apreciação)
Taxa de câmbio cai
(moeda nacional mais forte) 
Importadores pagarão menos reais por dólar e tendem a importar mais, aumentando a concorrência com os nacionais (âncora cambial).
Pressão pela queda dos preços internos
(Aumenta a eficiência produtiva, pelo aumento da competição)
O Setor Externo: Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre Exportações e Importações (Controle da Inflação)
+ Política de Abertura Comercial (liberação de Importação)
Custos:
 Setor Exportador (perde mercado pelo alto custo relativo de seu produto). 
 Setores protegidos que passarão a sofrer concorrência. 
*
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Desvalorização(depreciação)
Taxa de câmbio sobe
(moeda nacional mais fraca) 
Pode proporcionar um aumentonas Exportações e redução das Importações (leva um certo tempo p/ essa resposta)
Pressão sobre os custos de produção
(Aumento no custo das Importações, 
incluindo produtos essenciais (demanda inelástica) Ex: Petróleo. )
O Setor Externo: Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre Exportações e Importações (Controle da Inflação)
Custos:
 Aumento do nível geral de preços – inflação de custos (pass-through)
*
*
As transações internacionais são influenciadas pelos preços internacionais. Os dois preços internacionais mais importantes são a taxa de câmbio nominal e a taxa de câmbio real.
Taxa de câmbio nominal: é a taxa à qual se pode trocar a moeda de um país pela moeda de outro país;
Taxa de câmbio real: é a taxa à qual se pode trocar os bens e serviços de um país pelos bens e serviços de outro país, ou seja, compara o preço de bens domésticos e internacionais na economia doméstica. A taxa de câmbio real é o preço em reais de uma cesta de bens estrangeiros, em relação à uma cesta brasileira.
A taxa de câmbio real é um fator chave na determinação de quanto um país exporta e importa. 
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal
*
Exemplo:
Preço de um automóvel produzido no Brasil = R$ 15.000,00
Preço de um automóvel produzido nos EUA = US$ 12.000,00
e = taxa de câmbio nominal = R$ 1,00/US$ 1,00
R = taxa de câmbio real = (1,00 X 12.000) / 15.000 = 0,8
Conclusão: o automóvel norte-americano é 20% mais barato que o brasileiro.
Supondo agora e = R$ 1,25/US$ 1,00  R = 1,0
Desvalorização real da moeda brasileira: o automóvel norte-americano passou a ter o mesmo preço que o brasileiro.
O mesmo resultado poderia ser obtido com uma elevação do preço em US$ nos eua e/ou com uma redução do preço em R$ no Brasil.
% R = % e + % P* - % P
*
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal
*
A teoria da paridade do poder de compra é a teoria mais simples e mais aceita para explicar as variações da taxa de câmbio. 
é baseada no princípio chamado de lei do preço único;
de acordo com a lei do preço único, um bem precisa ter o mesmo preço em todos os países, quando medido na mesma moeda. 
se o poder de compra de uma moeda é imutável no país e no resto do mundo, então a taxa de câmbio real não pode mudar.
A taxa de câmbio nominal entre as moedas de dois países deve refletir os diferentes níveis de preços destes países. 
*
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal (Paridade de Poder de Compra – PPP)
*
Seja:
i = taxa de juros doméstica no período de aplicação 

Para cada unidade de moeda doméstica investida no ativo financeiro doméstico ganha-se (1 + i) unidades de moeda doméstica ao final do período de aplicação

i*= taxa de juros estrangeira no período de aplicação
e = taxa nominal de câmbio

Para comprar o ativo financeiro estrangeiro, deve-se primeiro comprar moeda estrangeira

Para cada unidade de moeda doméstica obtém-se (1/e) unidades de moeda estrangeira

Ao final do período de aplicação, obtém-se (1/e)(1 + i*) unidades de moeda estrangeira

Ao final do período de aplicação, deve-se converter novamente o montante anterior em unidades da moeda estrangeira para unidades da moeda doméstica
*
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal (Paridade da Taxa de Juros)
*
Caso espere-se que a taxa de câmbio nominal será ee ao final do período de aplicação, o rendimento esperado em unidades de moeda doméstica da aplicação no ativo financeiro estrangeiro é:
 (1/e) (1 + i* ) ee		

Ao avaliar,os as vantagens do ativo financeiro estrangeiro, não devemos levar em conta apenas as taxas de juros doméstica e estrangeira, mas também a evolução esperada da taxa de câmbio durante o período de aplicação

Supondo que os investidores financeiros desejam adquirir apenas o ativo financeiro que apresenta a taxa de retorno mais elevada, eles serão indiferentes quanto a adquirir um ativo financeiro doméstico ou um estrangeiro apenas quando estes gerarem a mesma taxa esperada de retorno:
(1 + i ) = (1/ e)(1 + i*) ee

i  i* + ee – e
 e
(ee – e)/e = taxa esperada de desvalorização cambial
*
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal (Paridade da Taxa de Juros)
*
Conclusão:
A taxa de juros doméstica deve ser aproximadamente igual à taxa de juros estrangeira mais a taxa de desvalorização esperada para a moeda doméstica. Entretanto, deve-se levar em conta não apenas o retorno esperado, mas também os custos e riscos envolvidos
Exemplo:
i = 5,8%, i* =3,9%  5,8  3,9 + ee  ee  1,9%
e > ee  deve-se comprar o ativo estrangeiro
Embora a compra do ativo financeiro estrangeiro gere uma quantidade menor de moeda estrangeira ao final do período de aplicação, a moeda estrangeira valerá proporcionalmente mais em termos da moeda local.
e < ee  deve-se comprar o ativo doméstico
*
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal (Paridade da Taxa de Juros)
*
*
Qdo a taxa real de juro Interna aumenta em relação à Externa
Tendência de aumento do fluxo de capitais 
financeiros internacionais para o país
Aumentando a oferta de divisas (dólar)
Promovendo uma queda na taxa de
Câmbio (valorização da moeda nacional)
Paralelamente, os nacionais ficam atraídos a investir no mercado interno de capitais, diminuindo a saída de divisas do país e, assim, a demanda de divisas.
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal (Paridade da Taxa de Juros)
*
*
Exportações:
			onde:
			 P* = preços externos (de nossos produtos) em dólares
				Pi = preços internos (domésticos) em reais
				e = taxa de câmbio (reais por dólar) 
				Yw= Renda Mundial 
				Sub = Subsídios e incentivos às exportações
Importações:
			onde:
			 P* = preços externos (de nossos produtos) em dólares
				Pi = preços internos (domésticos) em reais
				e = taxa de câmbio (reais por dólar) 
				Yw = Renda Nacional 
				Tm = Tarifas e barreiras às importações ( Tm )
O Setor Externo: Variáveis que afetam as Importações e Exportações Agregadas
*
*
Política Cambial
 Regime de taxas fixas de câmbio
 Regime de taxas flutuantes de câmbio (Dirty Floating)
 Regime de bandas cambiais (banda inferior e superior em que o câmbio pode flutuar)
Política Comercial
 Alterações das Tarifas sobre Importações:
Substituição de Importações: imposto sobre importações maiores;
Abertura comercial ou liberalização das importações: imposto sobre importações menores);
 Regulamentação do Comércio Exterior
Entraves burocráticos
Barreiras qualitativas
O Setor Externo: Políticas Externas
*
*
Definição: registro contábil de todas as transações de um país com o resto do mundo. Envolve tanto transações com bens e serviços como transações com capitais físicos e financeiros.
Créditos:  
Exportações de Bens e Serviços
Recebimento de Doações e Indenização de Estrangeiros
Recebimento de Empréstimos de Estrangeiros
Recebimento de Reembolso de Capital do Estrangeiro
Venda de Ativos para Estrangeiros
Recebimento de Fretes, etc
Débitos: 
Importações de Bens e Serviços	
Pagamentos de Doações e Indenizações a Estrangeiros
Pagamentos de Capital Emprestado por Estrangeiros
Reembolsos de Capital a Estrangeiros
Compras de Ativos de Estrangeiros
Pagamentos de fretes, etc
O Setor Externo: Balanço de Pagamentos
*
*
O BP apresenta dois tipos de transações: 
 
Autônomas (espontâneas): motivadas pelos interesses dos agentes (empresas, consumidores, governo);
Compensatórias (induzidas): destinadas a financiar o saldo final das transações autônomas (“zerar” as contas do BP)
 
O Setor Externo: Balanço de Pagamentos
*
*
O Setor Externo: Balanço de Pagamentos
A – Balança de Transações Correntes (BTC ou Saldo em Conta Corrente do BP = A1 + A2 + A3)
	A1 – Balança Comercial
		A1.1 – Exportações (FOB): débito
		A1.2 – Importações (FOB): crédito
	A2 – Balança de Serviços e Rendas
		A2.1 –

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