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Análise da segregação dos resíduos no Hospital Geral de Vitória da Conquista, na Bahia.

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Prévia do material em texto

______________________________________________________________________ 
CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO 
PROSUB 
 
 
 
CARLOS HENRIQUE ALMEIDA LEDO 
JUSSARA SAMPAIO SANTOS 
LUZIA ALMEIDA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA SEGREGAÇÃO DOS RESÍDUOS NO HOSPITAL GERAL DE 
VITÓRIA DA CONQUISTA, NA BAHIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VITÓRIA DA CONQUISTA - BA 
2018 
 
 
CARLOS HENRIQUE ALMEIDA LEDO 
JUSSARA SAMPAIO SANTOS 
LUZIA ALMEIDA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA SEGREGAÇÃO DOS RESÍDUOS NO HOSPITAL GERAL DE 
VITÓRIA DA CONQUISTA, NA BAHIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
CEEPS - Adélia Teixeira como requisito parcial 
necessário para obtenção do Certificado de Técnico 
em Segurança do Trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VITÓRIA DA CONQUISTA - BA 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradecemos a Deus, por nos ter dado saúde e 
força para superarmos as dificuldades. 
À nossa prezada e querida orientadora Maria das 
Graças Rodrigues Santana Silveira, pela constante 
dedicação e encorajamento. 
À mestre e professora Gilsileide Cristina Barros 
Lima, pela singular colaboração na lapidação da 
escrita deste conteúdo. 
Aos nossos pais, pelo incentivo e apoio. 
E a todos que, direta ou indiretamente, 
participaram da realização deste projeto. 
 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
 
CARLOS HENRIQUE ALMEIDA LEDO 
JUSSARA SAMPAIO SANTOS 
LUZIA ALMEIDA DOS SANTOS 
 
 
ANÁLISE DA SEGREGAÇÃO DOS RESÍDUOS NO HOSPITAL GERAL DE 
VITÓRIA DA CONQUISTA, NA BAHIA. 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do 
certificado do Curso Técnico em Segurança do Trabalho do Centro Estadual de Educação 
Profissional em Saúde Adélia Teixeira. 
 
 
Aprovado em ______ de ___________________ de _________ 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
_______________________________________________________________ 
Jutalia Cristina Brito Chiarot de Souza 
Professora Especialista Orientadora de TCC, CEEPS - Adélia Teixeira 
 
 
_______________________________________________________________ 
Maria das Graças Rodrigues Santana Silveira 
Professora de Pesquisa, Orientação Profissional e Iniciação Científica, CEEPS - Adélia Teixeira 
 
 
_______________________________________________________________ 
Fabricio Silva Santos 
Professor Enfermeiro, CEEPS - Adélia Teixeira 
 
 
_______________________________________________________________ 
Raoni de Souza Botelho 
Professor Engenheiro do Trabalho, CEEPS - Adélia Teixeira 
 
 
_______________________________________________________________ 
Jaqueline Azevedo Pereira 
Professora Administradora, CEEPS - Adélia Teixeira 
 
 
VITÓRIA DA CONQUISTA - BA 
2018 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 
CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente. 
HGVC - Hospital Geral de Vitória da Conquista. 
NBR - Norma Brasileira. 
NR - Norma Regulamentadora. 
PGRSS - Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde. 
PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. 
RDC - Resolução da Diretoria Colegiada. 
RSS - Resíduos de Serviços de Saúde. 
UTI - Unidade de Tratamento Intensivo. 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Luvas de procedimento descartadas em lixo comum, em 29/10/2018.........................................33 
Figura 2 - Luvas de procedimento e atadura descartadas em lixo comum, em 29/10/2018...........33 
Figura 3 - Luvas de procedimento, seringas, soro e equipo, descartados em lixo comum, em 
29/10/2018................................................................................................................................. ............................................................................................34 
Figura 4 - Equívoco na sinalização quanto ao descarte dos resíduos (a indicação do recipiente 
não está de acordo com a cor do saco coletor), em 12/11/2018.......................................................................................34 
Figura 5 - Material para intubação, luvas de procedimento e outros, descartados em lixo comum, 
em 12/11/2018...................................................................................................................................................................................................................35 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1 - Tempo de exercício profissional......................................................................................................................................21 
Gráfico 2 - Percentual que recebeu treinamento.............................................................................................................................21 
Gráfico 3 - Percentual dos colaboradores que descartam adequadamente os resíduos..........................22 
Gráfico 4 - Percentual que já descartou lixo infectante em seletor destinado a lixo comum............23 
Gráfico 5 - Percentual que já foi vítima e/ou já presenciou acidentes decorrentes do descarte 
inadequado dos resíduos.........................................................................................................................................................................................23 
Gráfico 6 - Percentual que diz possuir conhecimento das etapas do processo de descarte dos 
resíduos hospitalares...................................................................................................................................................................................................24 
Gráfico 7 - Percentual que diz possuir consciência dos problemas ambientais causados pelo 
descarte incorreto do lixo hospitalar...........................................................................................................................................................24 
Gráfico 8 - Ponto em que a unidade hospitalar deve melhorar sua atenção sobre os resíduos 
hospitalares...........................................................................................................................................................................................................................25 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 - Fases do tratamento de resíduos de serviços de saúde................................................................................15 
Quadro 2 - Sugestões dos colaboradores para aprimoramento do descarte dos resíduos.....................25 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................................................................................09 
1.1. Objetivo Geral....................................................................................................................................................................................09 
1.2. Objetivos Específicos................................................................................................................................................................10 
1.3. Justificativa...........................................................................................................................................................................................10 
2. FUNDAMENTAÇÃOTEÓRICA.....................................................................................................................................12 
2.1. Histórico do gerenciamento dos resíduos hospitalares..........................................................................12 
2.2. Legislação no Brasil...................................................................................................................................................................12 
2.3. Resíduos de serviços de saúde.........................................................................................................................................14 
2.4. Gestão de resíduos hospitalares.....................................................................................................................................14 
2.5. Plano de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde..............................................................15 
2.6. Riscos de acidentes de trabalho......................................................................................................................................16 
2.7. Treinamento.......................................................................................................................................................................................17 
3. METODOLOGIA.................................................................................................................................................................................18 
4. CRONOGRAMA............................................................................................................................. ......................................................19 
5. LOCAL E DATA DA APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO...........................................................20 
6. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.................................................................21 
7. CONCLUSÃO...........................................................................................................................................................................................28 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................................................................29 
APÊNDICES................................................................................................................................................................................................30 
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO DE PESQUISA....................................................................................30 
APÊNDICE B - REGISTRO FOTOGRÁFICO DO DESCARTE INADEQUADO 
DE RESÍDUOS NA UNIDADE PESQUISADA................................................................................................33 
 
9 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho apresenta uma temática de extrema importância para os profissionais da 
área de saúde: a segregação dos resíduos sólidos nos serviços de saúde do Hospital Geral de 
Vitória da Conquista. 
Diante do evidente aumento da produção dos resíduos hospitalares, a preocupação, que 
se iniciou há algumas décadas, se concentrou na implantação de inúmeros programas de 
controle e de redução desses resíduos, os quais representam potenciais riscos para a sociedade 
e para o meio ambiente. 
A ausência de conscientização em relação aos danos à saúde ocupacional, coletiva e 
ambiental provoca instabilidade e riscos à segurança e à saúde da sociedade. Esse quadro se 
agrava diante da inexistência de acompanhamento e fiscalização dos órgãos competentes, pois 
dessa maneira implica para o gerenciamento e descarte inadequados dos resíduos nas unidades 
hospitalares. 
Uma coleta adequada, treinamentos supervisionados e projetos de conscientização e 
educação de funcionários e colaboradores fazem parte de um sistema de Gestão de Resíduos de 
Saúde que vem sendo utilizado em grande escala por inúmeras organizações geradoras desses 
resíduos. 
Para aferir o nível de consciência e a atuação dos profissionais de saúde, a 
problematização buscou verificar a resposta para o seguinte questionamento: os colaboradores 
do Hospital Geral de Vitória da Conquista estão conscientes da importância do descarte 
adequado dos resíduos? 
 
 
1.1. Objetivo Geral 
 
Conhecer e analisar de que maneira ocorre a segregação dos resíduos no Hospital Geral 
de Vitória da Conquista, para sugerir melhorias na gestão desses resíduos, com o propósito de 
assegurar a preservação do meio ambiente e a saúde física e mental dos colaboradores. 
 
 
 
 
 
10 
 
1.2. Objetivos Específicos 
 
 Analisar se existe a necessidade de capacitação dirigida à segregação e ao descarte dos 
resíduos hospitalares na referida instituição; 
 Conscientizar as comunidades hospitalar e local sobre os prejuízos desses resíduos ao 
meio ambiente; 
 Informar a comunidade hospitalar sobre a importância do Plano de Gerenciamento de 
Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS); 
 Identificar e analisar os fatores da (possível) má gestão dos resíduos hospitalares; 
 Sugerir a implementação de programas socioeducativos voltados à intervenção e à 
preservação do meio ambiente. 
 
 
1.3. Justificativa 
 
O interesse por essa temática surgiu a partir da necessidade de conscientizar os 
profissionais de saúde para a adequada gestão dos resíduos hospitalares, voltada para a 
promoção da saúde e às integridades física e psicológica do colaborador, contribuindo, assim, 
para uma caminhada profissional saudável e agregando valor a formação de Técnico em 
Segurança do Trabalho. 
Em escala global, se os resíduos hospitalares forem mal gerenciados, podem causar um 
resultado adverso ao meio ambiente. Os impactos presentes no ar, na água e no solo são 
ameaçadores. 
Os efeitos adversos dos resíduos sólidos no meio ambiente, na saúde coletiva e na saúde 
do indivíduo são reconhecidos em diversas publicações sobre o assunto, que apontam as 
deficiências nos sistemas de coleta e disposição final e a ausência de uma política de proteção 
à saúde do trabalhador, como os principais fatores geradores desses efeitos. (Moutte; Barros; 
Benedito, 2007). 
Do ponto de vista da saúde e segurança do trabalho, os colaboradores da área de saúde, 
tal como os outros funcionários encarregados da coleta e do envio dos resíduos ao destino final, 
são os eminentes alvos de possíveis contaminações, em caso de negligência. 
A escolha da temática deste trabalho está justificada na necessidade de fomentar a 
discussão sobre a importância do gerenciamento de resíduos hospitalares na comunidade local, 
diante das potenciais irregularidades presentes na unidade hospitalar pesquisada, que afetam 
11 
 
não apenas os que ali estão, como também exteriormente, na geração de impacto negativo ao 
meio ambiente. 
12 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1. Histórico do gerenciamento dos resíduos hospitalares. 
 
No século XIX, o saneamento básico e o descarte de lixo hospitalar eram ações quase 
desconhecidas. No entanto, no ano de 1800, o famoso reformador britânico, Edwin Chatwick, 
pesquisou sobre as condições incrivelmente ruins das prisões e hospitais britânicos. Seus 
esforços levaram à criação da Lei de Saúde Pública, em 1848. O trabalho de Chatwick foi uma 
inspiração para outros estudiosos. Surgiram reformas, por exemplo, nos Estados Unidos. Uma 
delas, a fundação da carreira de engenharia sanitária, de responsabilidade do coronel George E. 
Waring. O descarte adequado dos resíduos hospitalares também deve muito a Joseph Lister, 
também da Inglaterra. Lister fez a conexão entre as ideias modernas da teoria dos germes com 
o conceito de saneamento para fins médicos. Essencialmente, ateoria dos germes era uma ideia 
que relacionava as doenças aos germes. Os seres humanos eram os locais de reprodução desses 
germes, que, ao se multiplicarem, disseminavam doenças. Na década de 1870, Lister descobriu 
que práticas inadequadas de saneamento e a disposição de resíduos hospitalares eram 
responsáveis pela propagação desenfreada de doenças nos hospitais. 
Ainda segundo o autor, nos Estados Unidos, a preocupação com os resíduos hospitalares 
surgiu no século XX, o que levou os americanos a viver mais. Melhores tecnologias e leis mais 
rígidas em relação ao saneamento adequado foram elementos-chave para ajudar as pessoas a 
ter uma vida mais saudável. Esses fatores conduziram ao estabelecimento de legislação própria 
sobre o assunto, como a Lei de Descarte de Resíduos Sólidos, em 1965, e a Lei de Rastreamento 
de Resíduos Médicos, em 1988. Diretrizes mais rigorosas sobre o descarte de resíduos de 
serviços de saúde tornaram-se uma prioridade, o que não apenas ajudou o meio ambiente, como 
também contribuiu para a diminuição dos casos de doenças e mortes prematuras. (AEG 
Environmental, 2017). 
 
 
2.2. Legislação no Brasil. 
 
Segundo Ferreira (1995), no Brasil, o gerenciamento adequado dos resíduos hospitalares 
ganhou importância a partir da década de 80, quando se estabeleceu, por meio de portarias e 
normas, o conceito de que os resíduos de serviços de saúde são perigosos. A base textual 
presente na legislação brasileira teve como referência o conteúdo presente em dois documentos: 
13 
 
“Management of Waste from Hospitals – WHO” (1983) e “EPA Guide for Infections Waste 
Management” (1986). 
A seguir, as primeiras publicações da legislação brasileira sobre o assunto: 
1. Subsídios para Organização de Sistemas de Resíduos em Serviços de Saúde – Centro 
de Vigilância Sanitária, SP (SUDS, 1989); 
2. Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas: NBR-10004, NBR-12807, 
NBR-12808, NBR-12809, NBR-12810; 
3. Legislação de vários municípios (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto 
Alegre, entre outros) estabelece a incineração dos resíduos hospitalares (1989); 
4. Portaria 063 de 1979 do Ministério do Interior, que trata da obrigatoriedade da 
incineração dos resíduos hospitalares (em 1991, o Conama desobrigou a incineração do 
lixo hospitalar). 
Abaixo, as normas atuais, as mais significativas: 
1. A Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 222, de 28 de março de 2018, da 
ANVISA, que regulamenta as boas práticas de gerenciamento dos resíduos de serviços 
de saúde; 
2. A Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005, que dispõe sobre o tratamento 
e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde; 
3. A Norma Brasileira NBR 10004/2004, que outorga a responsabilidade do 
gerenciamento de RSS ao estabelecimento de saúde, desde a produção até a disposição 
final, bem como a obrigação de se elaborar e implantar o Plano de Gerenciamento de 
Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS); 
4. A Norma Regulamentadora (NR) nº 32/2005, do Ministério do Trabalho, que estabelece 
as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde 
dos trabalhadores dos serviços de saúde, e; 
5. A Norma Regulamentadora (NR) nº 9/1995, que aborda sobre o Programa de Prevenção 
de Riscos Ambientais (PPRA), visando à preservação da saúde e da integridade dos 
trabalhadores, mediante antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle 
da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de 
trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. 
 
 
 
 
14 
 
2.3. Resíduos de serviços de saúde. 
 
Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 222, de 28 de março de 2018, 
da ANVISA, definem-se como geradores de resíduos de serviços de saúde: "todos os serviços 
cujas atividades estejam relacionadas com a atenção à saúde humana ou animal, inclusive os 
serviços de assistência domiciliar; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, 
funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e 
somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias, inclusive as de 
manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de 
zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores de materiais 
e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de 
acupuntura; serviços de piercing e tatuagem, salões de beleza e estética, dentre outros afins". 
Nas unidades de saúde, são geradas diariamente grandes quantidades de resíduos. A 
aplicação correta da gestão de descarte de resíduos é um assunto global que vem ganhando cada 
vez mais força e deve ser realizada de acordo com regras e procedimentos rigorosos. 
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), na Resolução 358/2005, assim 
define resíduos de serviços de saúde “Todos aqueles resultantes de atividades exercidas nos 
serviços de atendimento à saúde humana ou animal, (...) e que necessitam de processos 
diferenciados em seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua disposição final”. 
Os resíduos procedentes de hospitais, instrumento deste estudo, montam um largo 
problema para seus administradores, razão pela qual, cada vez mais, hospitais visam meios de 
assegurar que tais resíduos sejam separados, tratados e eliminados de forma segura e eficiente. 
 
 
2.4. Gestão de resíduos hospitalares. 
 
Para Môra (2013), a gestão de resíduos é uma questão muito importante da saúde pública 
devido à expansão dos volumes produzidos e da maior conscientização pública sobre as 
questões ambientais. O resultado é um quadro crescente em termos de coleta, transporte, 
recuperação e processamento, bem como de descarte de resíduos. Com o propósito de limitar 
os impactos negativos sobre o meio ambiente e economizar recursos naturais, qualquer resíduo 
deve ser tratado de acordo com sua natureza (reciclagem, recuperação, incineração, aterro ou 
outro tratamento para resíduos perigosos). Para destinar cada resíduo ao sistema de 
processamento adequado é essencial coletá-lo e classificá-lo corretamente. 
15 
 
Dada a variedade de resíduos gerados por diferentes setores profissionais, existem 
muitas maneiras de gerenciar o lixo hospitalar. Trata-se, no entanto, de um assunto com alto 
grau de complexidade, principalmente nos serviços públicos, pela falta de larga fiscalização e 
também de conscientização. 
Todas as fases do tratamento dos resíduos hospitalares são importantes: segregação 
(triagem), acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento temporário, 
tratamento, armazenamento externo, coleta e transporte externo. Mas a etapa da segregação 
(triagem) é sem dúvida a mais frágil e, portanto, digna de maior atenção, uma vez que se o 
início do processo não for eficaz, tampouco o será o fim. 
Segundo Ventura (2010), a segregação eficaz dos resíduos hospitalares gera, além da 
diminuição dos custos com tratamento, ganhos ambientais e sociais. A contração do volume de 
resíduos dirigidos para tratamento representa uma inserção de práticas adequadas dos 
colaboradores. 
Conforme orientação dada pela ANVISA no artigo 15 da RDC nº 222/2018, os resíduos 
infectantes devem ser acondicionados em saco branco leitoso. O lixo comum destinado aos 
sacos pretos. 
 
 
2.5. Plano de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde. 
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) define na RDC nº 222/2018, o 
plano de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (PGRSS): "Documento que aponta 
e descreve todas as ações relativasao gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde, 
observadas suas características e riscos, contemplando os aspectos referentes à geração, 
identificação, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, destinação e 
disposição final ambientalmente adequada, bem como as ações de proteção à saúde pública, do 
trabalhador e do meio ambiente". 
Com esse conceito, a legislação vigente determina que a gestão dos resíduos é de 
responsabilidade das empresas que os produzem. Cada órgão gerador de resíduos é responsável 
seu pelo correto gerenciamento, desde a formação do resíduo até o seu destino final. 
Fases do tratamento de resíduos de serviços de saúde: 
Quadro 1 - Fases do tratamento de resíduos de serviços de saúde. 
Segregação (triagem) 
Processo de separação dos resíduos nos locais de 
origem. 
16 
 
Acondicionamento Embalar os resíduos em sacos próprios para cada tipo. 
Identificação 
Permite o rápido reconhecimento dos resíduos, com a 
utilização de sacos de cores diferentes e bem 
sinalizados. 
Transporte Interno 
Transferência dos resíduos ao local de armazenamento 
temporário. 
Armazenamento temporário Local apropriado e seguro para os resíduos. 
Tratamento 
Redução, reutilização ou reciclagem (incineração, 
esterilização, micro-ondas, radiações ionizantes). 
Armazenamento externo 
Local onde os resíduos aguardam a retirada pelos 
veículos coletores. 
Coleta e transporte externo 
Recolhimento e encaminhamento do material até seu 
destino final. 
Fonte: Silva (2003) 
 
De acordo com MÔRA (2013), o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de 
Saúde pode ofertar: diminuição da produção de resíduos infectantes; aumento na fração de 
resíduos comuns e recicláveis; melhorias no ambiente de trabalho; uniformização das rotinas e 
conformação de locais de armazenamento, acarretando a diminuição dos números de acidentes 
de trabalho. 
O PGRSS não pode ser considerado um simples dispositivo de gestão, mas um 
investimento na qualidade de vida das pessoas e no meio ambiente. 
 
 
2.6. Riscos de acidentes de trabalho. 
 
Os acidentes de trabalho podem acontecer em quaisquer etapas do tratamento dos 
resíduos de serviços de saúde. 
Segundo Paula (2009), a equipe multiprofissional do setor de saúde, assim como os 
outros colaboradores responsáveis pelo recolhimento e despacho dos resíduos ao destino final 
são os grandes alvos de possíveis contaminações. É por essa razão que a legislação e os padrões 
de segurança e manuseio dos resíduos de serviços de saúde são tão inflexíveis e rigorosos. 
17 
 
O risco em hospitais está basicamente no contato direto do profissional com o paciente 
ou mediante seus fluidos (secreções, sangue, urina, líquidos), administração de medicamentos 
ou acidentes com perfurocortantes, entre outros fatores. 
Outro risco potencial de acidentes, possivelmente de maior gravidade, é o descarte de 
um material perfurocortante em lixo comum ou reciclável, por erro humano. O responsável pelo 
descarte inadequado não sofrerá implicações da ação, mas o profissional final que coleta tais 
insumos para reciclagem poderá experimentar um grave acidente com chance de contaminação. 
Segundo Cavalcanti (2000), depois de um acidente com perfurocortante contaminado 
com o vírus de hepatite B, o risco de contágio é estimado entre 6% e 30% se nenhuma 
providência for tomada. Já o risco previsto de contaminação por HIV depois de acidente 
percutâneo é de 0,3%. Essas e outras possibilidades integram a rotina de trabalho dos 
profissionais de saúde. 
 
 
2.7. Treinamento. 
 
No mundo dos resíduos hospitalares, muitas vezes contaminantes e perigosos, um 
treinamento eficiente pode ser determinante para a segurança e o bem-estar ambiental e social. 
Conforme Chiavenato (1998) apud MÔRA (2013): 
Treinamento é o processo de desenvolver qualidades nos recursos humanos para 
habilitá-los a serem mais produtivos e contribuir melhor para ao alcance dos objetivos 
organizacionais. O propósito do treinamento é aumentar a produtividade dos 
indivíduos em seus cargos, influenciando seus comportamentos. 
A diminuta quantidade de funcionários com treinamento específico contribui para o 
descarte incorreto do lixo hospitalar e o despreparo de colaboradores pode provocar danos 
irreparáveis à saúde física e psicológica do indivíduo. 
A apresentação de documento comprobatório da capacitação e treinamento dos 
funcionários para o adequado descarte é um dos deveres dos geradores de resíduos de serviços 
de saúde, conforme estabelecido pela RDS 222/2018. 
18 
 
3. METODOLOGIA 
 
A metodologia utilizada neste trabalho foi a pesquisa exploratória quantitativa, com um 
roteiro de entrevistas/questionários aplicados entre profissionais da área de saúde do Hospital 
Geral de Vitória da Conquista, na Bahia. 
O universo da pesquisa é composto por técnicos em enfermagem, enfermeiros e médicos 
do pronto-socorro, terapia intensiva e clínicas de internação. Esses setores geram a maior 
parcela de resíduos infectantes do hospital, pois além de possuir uma grande rotatividade de 
pacientes, os colaboradores das diversas profissões estão frequentemente em contato com os 
enfermos e seus fluidos. 
Os setores de pronto-socorro, terapia intensiva e clínicas de internação possuem em seu 
quadro funcional 298 técnicos em enfermagem, 110 enfermeiros e 74 médicos, totalizando 482 
profissionais. 
A amostra teve um total de 75 entrevistados, perfazendo um percentual de 16% do 
universo da pesquisa, sendo 30 técnicos em enfermagem (10%), 30 enfermeiros (27%) e 15 
médicos (20%). 
 
 
19 
 
4. CRONOGRAMA 
 
Períodos das atividades 
M
A
R
Ç
O
 
A
B
R
IL
 
M
A
IO
 
JU
N
H
O
 
JU
L
H
O
 
A
G
O
S
T
O
 
S
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T
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B
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O
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T
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B
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O
 
N
O
V
E
M
B
R
O
 
D
E
Z
E
M
B
R
O
 
Texto: etapas da construção 
do projeto de pesquisa 
X 
Escolha do tema X 
Levantamento bibliográfico X X X X X X X 
Iniciação da construção do 
projeto 
 X X X 
Entrega do primeiro 
esboço/projeto para análise 
 X 
Revisão do projeto X X X X X 
Elaboração do questionário X 
Aplicação dos questionários 
pesquisa/campo 
 X X 
Elaboração dos gráficos X X 
Apresentação do projeto X 
 
 
 
20 
 
5. LOCAL E DATA DA APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO 
 
Os questionários foram aplicados no Hospital Geral de Vitória da Conquista - Bahia, 
localizado na Avenida Filipinas, s/nº, Bairro Jardim Guanabara, entre os profissionais de saúde 
da referida Unidade, nos meses de setembro e outubro de 2018. 
 
 
 
21 
 
6. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
 
Ao analisar os resultados, foi verificado que 24% dos entrevistados são do sexo 
masculino e 76% do sexo feminino. 
O tempo de exercício profissional mostrou-se bastante heterogêneo, mas a 
predominância foi de 2 a 5 anos com representatividade de 31%. 
 
Gráfico 1 - Tempo de exercício profissional. 
 
Fonte: Elaborado pelos autores (2018) 
 
Sobre os dados coletados, apenas 43% dos entrevistados receberam treinamento para o 
correto descarte dos resíduos. 
 
Gráfico 2 - Percentual que recebeu treinamento. 
 
Fonte: Elaborado pelos autores (2018) 
 
13%
31%
14%
15%
16%
11%
ATÉ 1 ANO DE 2 A 5 ANOS
DE 6 A 9 ANOS DE 10 A 13 ANOS
DE 14 A 17 ANOS ACIMA DE 18 ANOS
SIM
43%NÃO
57%
SIM NÃO
22 
 
A maioria dos entrevistados, 57%, relatou não ter recebido nenhum treinamento para 
realizar o correto descartede resíduos, isso é resultado da falta de aplicação do PGRSS na 
Unidade. 
Questionados sobre a quantidade de lixeiras disponíveis para a adequada segregação dos 
resíduos, 91% dos entrevistados responderam que o número é suficiente. 
Uma outra questão fez os entrevistados imaginarem a seguinte situação: o profissional 
de saúde às vezes é exposto ao excesso de trabalho ou necessita ser ágil no atendimento. Foi 
perguntado se, no momento do descarte, costuma fazê-lo nos seletores adequados. Do total, 
20% confessaram que às vezes não descartam os resíduos nos seletores adequados. 
 
Gráfico 3 - Percentual dos colaboradores que descartam adequadamente os resíduos. 
 
Fonte: Elaborado pelos autores (2018) 
 
Quando foram perguntados se já descartaram luvas de procedimentos e máscaras no 
seletor destinado ao lixo comum (sacos pretos), 65% afirmaram que sim. Esse é considerado 
um número alarmante, que traz à tona a urgente necessidade de reestabelecimento do PGRSS, 
para que sua reimplantação mude a postura dos colaboradores por intermédio das medidas 
cabíveis. Uma vez que os resíduos infectantes estão sendo descartados em lixo comum, o aterro 
sanitário da cidade está recebendo lixo infectante e tratando-o como se fosse lixo comum, o que 
revela uma lamentável realidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SIM
80%
ÀS VEZES
20%
SIM ÀS VEZES
23 
 
Gráfico 4 - Percentual que já descartou lixo infectante em seletor destinado a lixo comum. 
 
Fonte: Elaborado pelos autores (2018) 
 
Os entrevistados também foram perguntados se descartam em caixa coletora de 
perfurocortantes os resíduos hospitalares, como agulhas e lâminas, imediatamente após o uso, 
100% disseram que sim. No entanto, quando perguntados se já foram vítimas e/ou já 
presenciaram acidentes decorrentes do descarte inadequado desses resíduos, a maioria, 52%, 
disse que já foram vítimas e/ou presenciaram essa situação. 
Se existem vítimas de acidentes com perfurocortantes é porque existem profissionais 
que não os descartam imediatamente após o uso. Alguns dos entrevistados disseram que existem 
profissionais que têm o mau hábito de finalizar todo o procedimento para depois fazer o descarte 
do material, e não imediatamente após o uso, em caixa coletora. Essa atitude antiprofissional 
colabora para o aumento do número de acidentes biológicos e expõe os trabalhadores a uma 
possível contaminação. 
 
Gráfico 5 - Percentual que já foi vítima e/ou já presenciou acidentes decorrentes do descarte inadequado dos 
resíduos. 
 
Fonte: Elaborado pelos autores (2018) 
SIM
65%
NÃO
35%
SIM NÃO
SIM
52%
NÃO
48%
SIM NÃO
24 
 
Ao serem perguntados sobre o nível de conhecimento a respeito das doenças que podem 
ser provocadas por meio do contato em locais contaminados por material biológico, 49% dizem 
ter alto conhecimento e 51% médio conhecimento. 
Como profissional de saúde, em relação ao nível de preocupação com as questões 
ambientais e o correto descarte de resíduos, 81% dizem ter nível alto de preocupação. 
Sobre possuir conhecimento das etapas do processo de descarte dos resíduos 
hospitalares, 48% dizem ter conhecimento e 52% desconhecem o assunto, um índice 
preocupante. 
 
Gráfico 6 - Percentual que diz possuir conhecimento das etapas do processo de descarte dos resíduos hospitalares. 
 
Fonte: Elaborado pelos autores (2018) 
 
Foram questionados também se possuem consciência dos problemas ambientais 
causados pelo descarte incorreto do lixo hospitalar. A maioria, 92%, diz ter consciência. 
 
Gráfico 7 - Percentual que diz possuir consciência dos problemas ambientais causados pelo descarte incorreto do 
lixo hospitalar. 
 
Fonte: Elaborado pelos autores (2018) 
SIM
48%
NÃO
52%
SIM NÃO
SIM
92%
NÃO
8%
SIM NÃO
25 
 
Quando perguntados sobre o ponto em que a unidade hospitalar deve melhorar sua 
atenção sobre os resíduos hospitalares, 64% disseram que treinamento/capacitação deve receber 
maior atenção. 
Esse resultado, além da conscientização dos funcionários sobre a carência da 
capacitação, estabelece um sincronismo com o dado expressado anteriormente, quando a 
maioria dos entrevistados disse não ter recebido nenhuma capacitação para o descarte correto 
dos resíduos. 
 
Gráfico 8 - Ponto em que a unidade hospitalar deve melhorar sua atenção sobre os resíduos hospitalares.
 
Fonte: Elaborado pelos autores (2018) 
 
O questionário aplicado (apêndice) solicitou uma resposta descritiva sobre sugestões 
para aprimoramento do descarte dos resíduos. O quadro abaixo apresenta um breve 
mapeamento das respostas, separadas por categoria profissional. 
 
Quadro 2 - Sugestões dos colaboradores para aprimoramento do descarte dos resíduos. 
Técnicos em Enfermagem 
• “Aplicação de medidas cujo objetivo seja separar corretamente os resíduos”; 
• “Fiscalização efetiva do descarte dos resíduos”; 
• “O acionamento de abertura da lixeira quebrado, favorece o descarte incorreto”; 
• “Treinamento e reciclagem dos conhecimentos”; 
• “Melhorar a localização dos diferentes tipos de lixeiras e descartar os 
perfurocortantes com mais atenção”; 
• “Conscientização dos profissionais”; 
64%17%
19%
Treinamento/Conscientização
Implantação de sistema eficiente de
reciclagem
Criação de cartilha ou manual
26 
 
• “Não tenho conhecimento sobre o descarte dos resíduos deste hospital, por isso não 
tenho nenhuma sugestão”; 
• “Manutenção das caixas coletoras e orientação sobre contaminantes”; 
• “Orientar a equipe”; 
• “Treinamento para funcionários recém-admitidos”; 
• “Palestras e orientação aos profissionais e acompanhantes”; 
• “Reciclagem dos conhecimentos sobre o descarte dos resíduos”; 
• “Não trabalhar de forma improvisada. E implementar protocolo de segurança e 
prevenção de acidentes”; 
• “Trabalho de conscientização para os acompanhantes para o descarte adequado de 
sobras de alimentos e fraldas”; 
• “Mais caixas coletoras de perfurocortantes”. 
Enfermeiros 
• “Capacitação contínua.”; 
• “Que o treinamento seja estendido aos pacientes e acompanhantes.”; 
• “Controle, educação continuada e acompanhamento.”; 
• “Sinalização mais eficiente para o descarte adequado.”; 
• “Educação continuada e dinâmicas”; 
• “Realizar capacitação dos profissionais”; 
• “Mais supervisão”; 
• “Realizar treinamento com os profissionais e acompanhantes, como também 
disponibilizar lixeira própria para cada resíduo, pois não existe nesta unidade”; 
• “Informação sobre descarte adequado na cartilha do acompanhante”; 
• “Conscientização através de oficinas e treinamentos frequentes”; 
• “Cartazes explicativos sobre os descartes do lixo comum e do infectante”; 
• “Oficinas sobre o descarte correto, tempo de decomposição e possíveis agressões ao 
meio-ambiente”; 
• “Educação continuada para diminuir o número de acidentes”; 
• “Capacitação para todos os profissionais”; 
• “Protocolo interno para o descarte adequado e educação permanente”; 
• “Lixeiras identificadas com os materiais a serem descartados”. 
27 
 
Médicos 
• “Treinamento constante se faz necessário”; 
• “Capacitação e conscientização”; 
• “Palestra com a equipe para conscientização do descarte correto e as implicações do 
mesmo caso não seja realizado”; 
• “Aumentar a quantidade de lixeiras específicas e sinalizar sobre os tipos de materiais 
que devem ser descartados nas mesmas”; 
• “Orientação e educação para equipe e usuários”; 
• “Educação continuada sobre o tema”; 
• “Fiscalização”. 
Fonte: Elaborado pelos autores (2018) 
28 
 
7. CONCLUSÃO 
 
O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde foi implantado no 
HospitalGeral de Vitória da Conquista no ano de 2012 e surgiu, sobretudo, da necessidade 
impositiva de adequação à legislação e também devido ao seu grande porte, ao fluxo de pessoas, 
complexidade, diversidade e exorbitante geração de resíduos. 
Foram realizados investimentos para a substituição de baldes por lixeiras com tampa e 
pedal, com o objetivo de facilitar o descarte e a segregação dos resíduos comuns e infectantes, 
bem como sacos de lixo em diversas cores, tamanhos e identificações, de acordo com a RDC 
306/2004 da ANVISA (revogada pela RDC 222/2018). Foram distribuídas cartilhas com 
informações sobre a segregação de resíduos e oferecidos treinamentos para os colaboradores. 
Estima-se que durante os primeiros sete meses pós-implantação do PGRSS no HGVC, houve 
capacitação e treinamento de 40% dos colaboradores. Embora a legislação determine a ação 
continuada do Plano, vários desafios impossibilitaram seu desenvolvimento. 
A Unidade hospitalar pesquisada precisa de intervenção para haver redução da 
exposição aos riscos de acidentes ocupacionais, ambientais externos e internos e de infecção 
hospitalar, pois de acordo com a análise da pesquisa, os colaboradores do HGVC possuem 
consciência parcial quanto ao descarte adequado dos resíduos. 
Sendo assim, o Hospital Geral de Vitória da Conquista necessita, em primeiro lugar, 
retomar o Plano de Gerenciamento de Resíduos, mediante apoio da direção geral, priorizando 
as questões ambientais e humanas; em segundo lugar, investir na educação continuada, 
formando pessoal responsável pelos treinamentos e atualização de informações; e por último, 
estabelecer avaliação contínua, com rondas fiscalizadoras a fim de identificar inadequações e 
assim corrigi-las no próprio local. 
 
 
 
29 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
A BRIEF HISTORY OF MEDICAL WASTE DISPOSAL. AEG Environmental, Maryland, 
2017. Disponível em: <https://www.aegenviro.com/blog/brief-history-medical-waste-
disposal/>. Acesso em: 30 de outubro de 2018. 
BRASIL, Ministério da Saúde. ANVISA. Resolução RDC nº 222. Dispõe sobre o controle dos 
processos de geração dos resíduos de serviços de saúde. Brasília: ANVISA, 2018. 
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. CONAMA. RE 358 de 29 de abril de 2005. Dispõe 
sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos de serviços de saúde e dá outras 
providências. Brasília: CONAMA, 2005. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de 
Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Brasília, 2006. 
CAVALCANTI, N.J.F.; PEREIRA, N.A. Saúde Ocupacional. In. FERNANDES, A.T. et al. 
Infecção Hospitalar e suas interfaces na área de saúde. São Paulo, Atheneu; 2000. p. 1288-9. 
FERREIRA, J.A. Resíduos Sólidos e Lixo Hospitalar: Uma Discussão Ética. Cad. Saúde 
Públ. Rio de Janeiro, 11 (2): 314-320, Apr/Jun, 1995. 
MOUTTE, A.; BARROS, S.S.; BENEDITO, G.C.B. Conhecimento do enfermeiro no 
manejo dos resíduos hospitalares. Rev Inst Ciênc Saúde. 2007;25(4):345-8. 
MÔRA, T.M. Avaliação do programa de gerenciamento de resíduos implantado em um 
laboratório de um hospital universitário público - um estudo de caso. Especialização - 
Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2013. 
PAULA, R.R.M. Resíduos de Serviços de Saúde: Fatores integrantes do plano de 
gerenciamento – PGRSS. Especialização - UNB, Brasília, 2009. 
SILVA, R.R. Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. Monografia de 
Especialização. SENAI-CETSAM, Curitiba, 2003. 
VENTURA, K.S.; REIS, L.F.R.; TAKAYANAGUI, A.M.M. Avaliação do gerenciamento de 
resíduos de serviços de saúde por meio de indicadores de desempenho. USP – São Paulo, 
2010. 
 
 
 
30 
 
APÊNDICES 
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO DE PESQUISA 
Gostaríamos de convidá-lo(a) para participar de uma pesquisa anônima que será parte 
integrante de um projeto de pesquisa, realizado pelos alunos do Curso Técnico em Segurança 
do Trabalho: Carlos Henrique Almeida Ledo, Jussara Sampaio Santos e Luzia Almeida dos 
Santos. 
Informamos que a participação neste estudo não é obrigatória. 
 
Questionário sobre Resíduos Hospitalares 
 
1. Sexo: 
 Masculino  Feminino 
 
2. Tempo de exercício profissional: 
 Até 1 ano  De 2 a 5 anos  De 6 a 9 anos 
 De 10 a 13 anos  De 14 a 17 anos  Acima de 18 anos 
 
3. Você recebeu treinamento nesta Unidade Hospitalar para a realização do correto 
descarte dos resíduos? 
 Sim  Não 
 
4. Existem lixeiras disponíveis para a adequada segregação dos resíduos no seu local de 
trabalho? 
 Sim  Não 
 
5. O profissional de saúde às vezes está exposto ao excesso de trabalho ou necessita ser 
ágil no atendimento. Diante desse cenário, no momento do descarte dos equipamentos 
de proteção individual (luvas, máscaras etc.), você costuma descartá-los nos seletores 
adequados (sacos brancos)? 
 Sim  Não  Às vezes 
 
 
31 
 
6. Você descarta em caixa coletora de perfurocortantes os resíduos hospitalares, como 
agulhas e lâminas, imediatamente após o uso? 
 Sim  Não  Às vezes 
 
7. Você já foi vítima e/ou presenciou acidentes decorrentes do inadequado descarte de 
resíduos infectantes? 
 Sim  Não 
 
8. Você já descartou luvas de procedimento e máscaras no seletor destinado a lixo comum 
(sacos pretos)? 
 Sim  Não 
 
9. Qual seu nível de conhecimento a respeito das doenças que podem ser provocadas por 
meio do contato em locais contaminados por material biológico? 
 Baixo  Médio  Alto 
 
10. Como profissional de saúde, qual seu nível de preocupação com as questões ambientais 
e o correto descarte de resíduos? 
 Baixo  Médio  Alto 
 
11. Você tem conhecimento das etapas do processo de descarte dos resíduos hospitalares? 
 Sim  Não 
 
12. Você tem consciência dos problemas ambientais causados pelo descarte incorreto do 
lixo hospitalar? 
 Sim  Não 
 
13. Em qual ponto esta unidade hospitalar deve melhorar sua atenção sobre os resíduos 
hospitalares? 
 
 Treinamento e conscientização dos profissionais da saúde para o correto descarte dos 
resíduos. 
 
32 
 
 Implantação de um sistema eficiente de reciclagem (qualquer lixo hospitalar que não 
tenha sido contaminado ou que possa provocar acidentes, materiais passíveis de 
reciclagem, como vidros, plásticos e papéis). 
 
 Criação de uma cartilha ou manual. 
 
 Outro _____________________________________________________ 
_____________________________________________________ 
 
14. Qual a sua sugestão para o aprimoramento do descarte dos resíduos desta Unidade 
Hospitalar? 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
 
 
33 
 
APÊNDICE B - REGISTRO FOTOGRÁFICO DO DESCARTE INADEQUADO DE 
RESÍDUOS NA UNIDADE PESQUISADA. 
 
 
Figura 1 - Luvas de procedimento descartadas em lixo comum, em 29/10/2018. 
 
Fonte: Elaborada pelos autores (2018) 
 
 
 
 
Figura 2 - Luvas de procedimento e atadura descartadas em lixo comum, em 29/10/2018.
 
Fonte: Elaborada pelos autores (2018) 
34 
 
Figura 3 - Luvas de procedimento, seringas, soro e equipo, descartados em lixo comum, em 29/10/2018. 
 
Fonte: Elaborada pelos autores (2018) 
 
 
 
 
Figura 4 - Equívoco na sinalização quanto ao descarte dos resíduos, 
(a indicação do recipiente não está de acordo com a cor do saco coletor), em 12/11/2018. 
 
Fonte: Elaborada pelos autores (2018) 
35Figura 5 - Material para intubação, luvas de procedimento e outros, descartados em lixo comum, em 12/11/2018. 
 
Fonte: Elaborada pelos autores (2018)

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