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______________________________________________________________________ CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO PROSUB CARLOS HENRIQUE ALMEIDA LEDO JUSSARA SAMPAIO SANTOS LUZIA ALMEIDA DOS SANTOS ANÁLISE DA SEGREGAÇÃO DOS RESÍDUOS NO HOSPITAL GERAL DE VITÓRIA DA CONQUISTA, NA BAHIA. VITÓRIA DA CONQUISTA - BA 2018 CARLOS HENRIQUE ALMEIDA LEDO JUSSARA SAMPAIO SANTOS LUZIA ALMEIDA DOS SANTOS ANÁLISE DA SEGREGAÇÃO DOS RESÍDUOS NO HOSPITAL GERAL DE VITÓRIA DA CONQUISTA, NA BAHIA. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao CEEPS - Adélia Teixeira como requisito parcial necessário para obtenção do Certificado de Técnico em Segurança do Trabalho. VITÓRIA DA CONQUISTA - BA 2018 Agradecemos a Deus, por nos ter dado saúde e força para superarmos as dificuldades. À nossa prezada e querida orientadora Maria das Graças Rodrigues Santana Silveira, pela constante dedicação e encorajamento. À mestre e professora Gilsileide Cristina Barros Lima, pela singular colaboração na lapidação da escrita deste conteúdo. Aos nossos pais, pelo incentivo e apoio. E a todos que, direta ou indiretamente, participaram da realização deste projeto. FOLHA DE APROVAÇÃO CARLOS HENRIQUE ALMEIDA LEDO JUSSARA SAMPAIO SANTOS LUZIA ALMEIDA DOS SANTOS ANÁLISE DA SEGREGAÇÃO DOS RESÍDUOS NO HOSPITAL GERAL DE VITÓRIA DA CONQUISTA, NA BAHIA. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do certificado do Curso Técnico em Segurança do Trabalho do Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde Adélia Teixeira. Aprovado em ______ de ___________________ de _________ BANCA EXAMINADORA _______________________________________________________________ Jutalia Cristina Brito Chiarot de Souza Professora Especialista Orientadora de TCC, CEEPS - Adélia Teixeira _______________________________________________________________ Maria das Graças Rodrigues Santana Silveira Professora de Pesquisa, Orientação Profissional e Iniciação Científica, CEEPS - Adélia Teixeira _______________________________________________________________ Fabricio Silva Santos Professor Enfermeiro, CEEPS - Adélia Teixeira _______________________________________________________________ Raoni de Souza Botelho Professor Engenheiro do Trabalho, CEEPS - Adélia Teixeira _______________________________________________________________ Jaqueline Azevedo Pereira Professora Administradora, CEEPS - Adélia Teixeira VITÓRIA DA CONQUISTA - BA 2018 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente. HGVC - Hospital Geral de Vitória da Conquista. NBR - Norma Brasileira. NR - Norma Regulamentadora. PGRSS - Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde. PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. RDC - Resolução da Diretoria Colegiada. RSS - Resíduos de Serviços de Saúde. UTI - Unidade de Tratamento Intensivo. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Luvas de procedimento descartadas em lixo comum, em 29/10/2018.........................................33 Figura 2 - Luvas de procedimento e atadura descartadas em lixo comum, em 29/10/2018...........33 Figura 3 - Luvas de procedimento, seringas, soro e equipo, descartados em lixo comum, em 29/10/2018................................................................................................................................. ............................................................................................34 Figura 4 - Equívoco na sinalização quanto ao descarte dos resíduos (a indicação do recipiente não está de acordo com a cor do saco coletor), em 12/11/2018.......................................................................................34 Figura 5 - Material para intubação, luvas de procedimento e outros, descartados em lixo comum, em 12/11/2018...................................................................................................................................................................................................................35 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Tempo de exercício profissional......................................................................................................................................21 Gráfico 2 - Percentual que recebeu treinamento.............................................................................................................................21 Gráfico 3 - Percentual dos colaboradores que descartam adequadamente os resíduos..........................22 Gráfico 4 - Percentual que já descartou lixo infectante em seletor destinado a lixo comum............23 Gráfico 5 - Percentual que já foi vítima e/ou já presenciou acidentes decorrentes do descarte inadequado dos resíduos.........................................................................................................................................................................................23 Gráfico 6 - Percentual que diz possuir conhecimento das etapas do processo de descarte dos resíduos hospitalares...................................................................................................................................................................................................24 Gráfico 7 - Percentual que diz possuir consciência dos problemas ambientais causados pelo descarte incorreto do lixo hospitalar...........................................................................................................................................................24 Gráfico 8 - Ponto em que a unidade hospitalar deve melhorar sua atenção sobre os resíduos hospitalares...........................................................................................................................................................................................................................25 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Fases do tratamento de resíduos de serviços de saúde................................................................................15 Quadro 2 - Sugestões dos colaboradores para aprimoramento do descarte dos resíduos.....................25 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................................................................................09 1.1. Objetivo Geral....................................................................................................................................................................................09 1.2. Objetivos Específicos................................................................................................................................................................10 1.3. Justificativa...........................................................................................................................................................................................10 2. FUNDAMENTAÇÃOTEÓRICA.....................................................................................................................................12 2.1. Histórico do gerenciamento dos resíduos hospitalares..........................................................................12 2.2. Legislação no Brasil...................................................................................................................................................................12 2.3. Resíduos de serviços de saúde.........................................................................................................................................14 2.4. Gestão de resíduos hospitalares.....................................................................................................................................14 2.5. Plano de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde..............................................................15 2.6. Riscos de acidentes de trabalho......................................................................................................................................16 2.7. Treinamento.......................................................................................................................................................................................17 3. METODOLOGIA.................................................................................................................................................................................18 4. CRONOGRAMA............................................................................................................................. ......................................................19 5. LOCAL E DATA DA APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO...........................................................20 6. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.................................................................21 7. CONCLUSÃO...........................................................................................................................................................................................28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................................................................29 APÊNDICES................................................................................................................................................................................................30 APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO DE PESQUISA....................................................................................30 APÊNDICE B - REGISTRO FOTOGRÁFICO DO DESCARTE INADEQUADO DE RESÍDUOS NA UNIDADE PESQUISADA................................................................................................33 9 1. INTRODUÇÃO Este trabalho apresenta uma temática de extrema importância para os profissionais da área de saúde: a segregação dos resíduos sólidos nos serviços de saúde do Hospital Geral de Vitória da Conquista. Diante do evidente aumento da produção dos resíduos hospitalares, a preocupação, que se iniciou há algumas décadas, se concentrou na implantação de inúmeros programas de controle e de redução desses resíduos, os quais representam potenciais riscos para a sociedade e para o meio ambiente. A ausência de conscientização em relação aos danos à saúde ocupacional, coletiva e ambiental provoca instabilidade e riscos à segurança e à saúde da sociedade. Esse quadro se agrava diante da inexistência de acompanhamento e fiscalização dos órgãos competentes, pois dessa maneira implica para o gerenciamento e descarte inadequados dos resíduos nas unidades hospitalares. Uma coleta adequada, treinamentos supervisionados e projetos de conscientização e educação de funcionários e colaboradores fazem parte de um sistema de Gestão de Resíduos de Saúde que vem sendo utilizado em grande escala por inúmeras organizações geradoras desses resíduos. Para aferir o nível de consciência e a atuação dos profissionais de saúde, a problematização buscou verificar a resposta para o seguinte questionamento: os colaboradores do Hospital Geral de Vitória da Conquista estão conscientes da importância do descarte adequado dos resíduos? 1.1. Objetivo Geral Conhecer e analisar de que maneira ocorre a segregação dos resíduos no Hospital Geral de Vitória da Conquista, para sugerir melhorias na gestão desses resíduos, com o propósito de assegurar a preservação do meio ambiente e a saúde física e mental dos colaboradores. 10 1.2. Objetivos Específicos Analisar se existe a necessidade de capacitação dirigida à segregação e ao descarte dos resíduos hospitalares na referida instituição; Conscientizar as comunidades hospitalar e local sobre os prejuízos desses resíduos ao meio ambiente; Informar a comunidade hospitalar sobre a importância do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS); Identificar e analisar os fatores da (possível) má gestão dos resíduos hospitalares; Sugerir a implementação de programas socioeducativos voltados à intervenção e à preservação do meio ambiente. 1.3. Justificativa O interesse por essa temática surgiu a partir da necessidade de conscientizar os profissionais de saúde para a adequada gestão dos resíduos hospitalares, voltada para a promoção da saúde e às integridades física e psicológica do colaborador, contribuindo, assim, para uma caminhada profissional saudável e agregando valor a formação de Técnico em Segurança do Trabalho. Em escala global, se os resíduos hospitalares forem mal gerenciados, podem causar um resultado adverso ao meio ambiente. Os impactos presentes no ar, na água e no solo são ameaçadores. Os efeitos adversos dos resíduos sólidos no meio ambiente, na saúde coletiva e na saúde do indivíduo são reconhecidos em diversas publicações sobre o assunto, que apontam as deficiências nos sistemas de coleta e disposição final e a ausência de uma política de proteção à saúde do trabalhador, como os principais fatores geradores desses efeitos. (Moutte; Barros; Benedito, 2007). Do ponto de vista da saúde e segurança do trabalho, os colaboradores da área de saúde, tal como os outros funcionários encarregados da coleta e do envio dos resíduos ao destino final, são os eminentes alvos de possíveis contaminações, em caso de negligência. A escolha da temática deste trabalho está justificada na necessidade de fomentar a discussão sobre a importância do gerenciamento de resíduos hospitalares na comunidade local, diante das potenciais irregularidades presentes na unidade hospitalar pesquisada, que afetam 11 não apenas os que ali estão, como também exteriormente, na geração de impacto negativo ao meio ambiente. 12 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1. Histórico do gerenciamento dos resíduos hospitalares. No século XIX, o saneamento básico e o descarte de lixo hospitalar eram ações quase desconhecidas. No entanto, no ano de 1800, o famoso reformador britânico, Edwin Chatwick, pesquisou sobre as condições incrivelmente ruins das prisões e hospitais britânicos. Seus esforços levaram à criação da Lei de Saúde Pública, em 1848. O trabalho de Chatwick foi uma inspiração para outros estudiosos. Surgiram reformas, por exemplo, nos Estados Unidos. Uma delas, a fundação da carreira de engenharia sanitária, de responsabilidade do coronel George E. Waring. O descarte adequado dos resíduos hospitalares também deve muito a Joseph Lister, também da Inglaterra. Lister fez a conexão entre as ideias modernas da teoria dos germes com o conceito de saneamento para fins médicos. Essencialmente, ateoria dos germes era uma ideia que relacionava as doenças aos germes. Os seres humanos eram os locais de reprodução desses germes, que, ao se multiplicarem, disseminavam doenças. Na década de 1870, Lister descobriu que práticas inadequadas de saneamento e a disposição de resíduos hospitalares eram responsáveis pela propagação desenfreada de doenças nos hospitais. Ainda segundo o autor, nos Estados Unidos, a preocupação com os resíduos hospitalares surgiu no século XX, o que levou os americanos a viver mais. Melhores tecnologias e leis mais rígidas em relação ao saneamento adequado foram elementos-chave para ajudar as pessoas a ter uma vida mais saudável. Esses fatores conduziram ao estabelecimento de legislação própria sobre o assunto, como a Lei de Descarte de Resíduos Sólidos, em 1965, e a Lei de Rastreamento de Resíduos Médicos, em 1988. Diretrizes mais rigorosas sobre o descarte de resíduos de serviços de saúde tornaram-se uma prioridade, o que não apenas ajudou o meio ambiente, como também contribuiu para a diminuição dos casos de doenças e mortes prematuras. (AEG Environmental, 2017). 2.2. Legislação no Brasil. Segundo Ferreira (1995), no Brasil, o gerenciamento adequado dos resíduos hospitalares ganhou importância a partir da década de 80, quando se estabeleceu, por meio de portarias e normas, o conceito de que os resíduos de serviços de saúde são perigosos. A base textual presente na legislação brasileira teve como referência o conteúdo presente em dois documentos: 13 “Management of Waste from Hospitals – WHO” (1983) e “EPA Guide for Infections Waste Management” (1986). A seguir, as primeiras publicações da legislação brasileira sobre o assunto: 1. Subsídios para Organização de Sistemas de Resíduos em Serviços de Saúde – Centro de Vigilância Sanitária, SP (SUDS, 1989); 2. Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas: NBR-10004, NBR-12807, NBR-12808, NBR-12809, NBR-12810; 3. Legislação de vários municípios (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, entre outros) estabelece a incineração dos resíduos hospitalares (1989); 4. Portaria 063 de 1979 do Ministério do Interior, que trata da obrigatoriedade da incineração dos resíduos hospitalares (em 1991, o Conama desobrigou a incineração do lixo hospitalar). Abaixo, as normas atuais, as mais significativas: 1. A Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 222, de 28 de março de 2018, da ANVISA, que regulamenta as boas práticas de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde; 2. A Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005, que dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde; 3. A Norma Brasileira NBR 10004/2004, que outorga a responsabilidade do gerenciamento de RSS ao estabelecimento de saúde, desde a produção até a disposição final, bem como a obrigação de se elaborar e implantar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS); 4. A Norma Regulamentadora (NR) nº 32/2005, do Ministério do Trabalho, que estabelece as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, e; 5. A Norma Regulamentadora (NR) nº 9/1995, que aborda sobre o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, mediante antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. 14 2.3. Resíduos de serviços de saúde. Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 222, de 28 de março de 2018, da ANVISA, definem-se como geradores de resíduos de serviços de saúde: "todos os serviços cujas atividades estejam relacionadas com a atenção à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de piercing e tatuagem, salões de beleza e estética, dentre outros afins". Nas unidades de saúde, são geradas diariamente grandes quantidades de resíduos. A aplicação correta da gestão de descarte de resíduos é um assunto global que vem ganhando cada vez mais força e deve ser realizada de acordo com regras e procedimentos rigorosos. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), na Resolução 358/2005, assim define resíduos de serviços de saúde “Todos aqueles resultantes de atividades exercidas nos serviços de atendimento à saúde humana ou animal, (...) e que necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua disposição final”. Os resíduos procedentes de hospitais, instrumento deste estudo, montam um largo problema para seus administradores, razão pela qual, cada vez mais, hospitais visam meios de assegurar que tais resíduos sejam separados, tratados e eliminados de forma segura e eficiente. 2.4. Gestão de resíduos hospitalares. Para Môra (2013), a gestão de resíduos é uma questão muito importante da saúde pública devido à expansão dos volumes produzidos e da maior conscientização pública sobre as questões ambientais. O resultado é um quadro crescente em termos de coleta, transporte, recuperação e processamento, bem como de descarte de resíduos. Com o propósito de limitar os impactos negativos sobre o meio ambiente e economizar recursos naturais, qualquer resíduo deve ser tratado de acordo com sua natureza (reciclagem, recuperação, incineração, aterro ou outro tratamento para resíduos perigosos). Para destinar cada resíduo ao sistema de processamento adequado é essencial coletá-lo e classificá-lo corretamente. 15 Dada a variedade de resíduos gerados por diferentes setores profissionais, existem muitas maneiras de gerenciar o lixo hospitalar. Trata-se, no entanto, de um assunto com alto grau de complexidade, principalmente nos serviços públicos, pela falta de larga fiscalização e também de conscientização. Todas as fases do tratamento dos resíduos hospitalares são importantes: segregação (triagem), acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento temporário, tratamento, armazenamento externo, coleta e transporte externo. Mas a etapa da segregação (triagem) é sem dúvida a mais frágil e, portanto, digna de maior atenção, uma vez que se o início do processo não for eficaz, tampouco o será o fim. Segundo Ventura (2010), a segregação eficaz dos resíduos hospitalares gera, além da diminuição dos custos com tratamento, ganhos ambientais e sociais. A contração do volume de resíduos dirigidos para tratamento representa uma inserção de práticas adequadas dos colaboradores. Conforme orientação dada pela ANVISA no artigo 15 da RDC nº 222/2018, os resíduos infectantes devem ser acondicionados em saco branco leitoso. O lixo comum destinado aos sacos pretos. 2.5. Plano de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) define na RDC nº 222/2018, o plano de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (PGRSS): "Documento que aponta e descreve todas as ações relativasao gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde, observadas suas características e riscos, contemplando os aspectos referentes à geração, identificação, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, destinação e disposição final ambientalmente adequada, bem como as ações de proteção à saúde pública, do trabalhador e do meio ambiente". Com esse conceito, a legislação vigente determina que a gestão dos resíduos é de responsabilidade das empresas que os produzem. Cada órgão gerador de resíduos é responsável seu pelo correto gerenciamento, desde a formação do resíduo até o seu destino final. Fases do tratamento de resíduos de serviços de saúde: Quadro 1 - Fases do tratamento de resíduos de serviços de saúde. Segregação (triagem) Processo de separação dos resíduos nos locais de origem. 16 Acondicionamento Embalar os resíduos em sacos próprios para cada tipo. Identificação Permite o rápido reconhecimento dos resíduos, com a utilização de sacos de cores diferentes e bem sinalizados. Transporte Interno Transferência dos resíduos ao local de armazenamento temporário. Armazenamento temporário Local apropriado e seguro para os resíduos. Tratamento Redução, reutilização ou reciclagem (incineração, esterilização, micro-ondas, radiações ionizantes). Armazenamento externo Local onde os resíduos aguardam a retirada pelos veículos coletores. Coleta e transporte externo Recolhimento e encaminhamento do material até seu destino final. Fonte: Silva (2003) De acordo com MÔRA (2013), o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde pode ofertar: diminuição da produção de resíduos infectantes; aumento na fração de resíduos comuns e recicláveis; melhorias no ambiente de trabalho; uniformização das rotinas e conformação de locais de armazenamento, acarretando a diminuição dos números de acidentes de trabalho. O PGRSS não pode ser considerado um simples dispositivo de gestão, mas um investimento na qualidade de vida das pessoas e no meio ambiente. 2.6. Riscos de acidentes de trabalho. Os acidentes de trabalho podem acontecer em quaisquer etapas do tratamento dos resíduos de serviços de saúde. Segundo Paula (2009), a equipe multiprofissional do setor de saúde, assim como os outros colaboradores responsáveis pelo recolhimento e despacho dos resíduos ao destino final são os grandes alvos de possíveis contaminações. É por essa razão que a legislação e os padrões de segurança e manuseio dos resíduos de serviços de saúde são tão inflexíveis e rigorosos. 17 O risco em hospitais está basicamente no contato direto do profissional com o paciente ou mediante seus fluidos (secreções, sangue, urina, líquidos), administração de medicamentos ou acidentes com perfurocortantes, entre outros fatores. Outro risco potencial de acidentes, possivelmente de maior gravidade, é o descarte de um material perfurocortante em lixo comum ou reciclável, por erro humano. O responsável pelo descarte inadequado não sofrerá implicações da ação, mas o profissional final que coleta tais insumos para reciclagem poderá experimentar um grave acidente com chance de contaminação. Segundo Cavalcanti (2000), depois de um acidente com perfurocortante contaminado com o vírus de hepatite B, o risco de contágio é estimado entre 6% e 30% se nenhuma providência for tomada. Já o risco previsto de contaminação por HIV depois de acidente percutâneo é de 0,3%. Essas e outras possibilidades integram a rotina de trabalho dos profissionais de saúde. 2.7. Treinamento. No mundo dos resíduos hospitalares, muitas vezes contaminantes e perigosos, um treinamento eficiente pode ser determinante para a segurança e o bem-estar ambiental e social. Conforme Chiavenato (1998) apud MÔRA (2013): Treinamento é o processo de desenvolver qualidades nos recursos humanos para habilitá-los a serem mais produtivos e contribuir melhor para ao alcance dos objetivos organizacionais. O propósito do treinamento é aumentar a produtividade dos indivíduos em seus cargos, influenciando seus comportamentos. A diminuta quantidade de funcionários com treinamento específico contribui para o descarte incorreto do lixo hospitalar e o despreparo de colaboradores pode provocar danos irreparáveis à saúde física e psicológica do indivíduo. A apresentação de documento comprobatório da capacitação e treinamento dos funcionários para o adequado descarte é um dos deveres dos geradores de resíduos de serviços de saúde, conforme estabelecido pela RDS 222/2018. 18 3. METODOLOGIA A metodologia utilizada neste trabalho foi a pesquisa exploratória quantitativa, com um roteiro de entrevistas/questionários aplicados entre profissionais da área de saúde do Hospital Geral de Vitória da Conquista, na Bahia. O universo da pesquisa é composto por técnicos em enfermagem, enfermeiros e médicos do pronto-socorro, terapia intensiva e clínicas de internação. Esses setores geram a maior parcela de resíduos infectantes do hospital, pois além de possuir uma grande rotatividade de pacientes, os colaboradores das diversas profissões estão frequentemente em contato com os enfermos e seus fluidos. Os setores de pronto-socorro, terapia intensiva e clínicas de internação possuem em seu quadro funcional 298 técnicos em enfermagem, 110 enfermeiros e 74 médicos, totalizando 482 profissionais. A amostra teve um total de 75 entrevistados, perfazendo um percentual de 16% do universo da pesquisa, sendo 30 técnicos em enfermagem (10%), 30 enfermeiros (27%) e 15 médicos (20%). 19 4. CRONOGRAMA Períodos das atividades M A R Ç O A B R IL M A IO JU N H O JU L H O A G O S T O S E T E M B R O O U T U B R O N O V E M B R O D E Z E M B R O Texto: etapas da construção do projeto de pesquisa X Escolha do tema X Levantamento bibliográfico X X X X X X X Iniciação da construção do projeto X X X Entrega do primeiro esboço/projeto para análise X Revisão do projeto X X X X X Elaboração do questionário X Aplicação dos questionários pesquisa/campo X X Elaboração dos gráficos X X Apresentação do projeto X 20 5. LOCAL E DATA DA APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO Os questionários foram aplicados no Hospital Geral de Vitória da Conquista - Bahia, localizado na Avenida Filipinas, s/nº, Bairro Jardim Guanabara, entre os profissionais de saúde da referida Unidade, nos meses de setembro e outubro de 2018. 21 6. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Ao analisar os resultados, foi verificado que 24% dos entrevistados são do sexo masculino e 76% do sexo feminino. O tempo de exercício profissional mostrou-se bastante heterogêneo, mas a predominância foi de 2 a 5 anos com representatividade de 31%. Gráfico 1 - Tempo de exercício profissional. Fonte: Elaborado pelos autores (2018) Sobre os dados coletados, apenas 43% dos entrevistados receberam treinamento para o correto descarte dos resíduos. Gráfico 2 - Percentual que recebeu treinamento. Fonte: Elaborado pelos autores (2018) 13% 31% 14% 15% 16% 11% ATÉ 1 ANO DE 2 A 5 ANOS DE 6 A 9 ANOS DE 10 A 13 ANOS DE 14 A 17 ANOS ACIMA DE 18 ANOS SIM 43%NÃO 57% SIM NÃO 22 A maioria dos entrevistados, 57%, relatou não ter recebido nenhum treinamento para realizar o correto descartede resíduos, isso é resultado da falta de aplicação do PGRSS na Unidade. Questionados sobre a quantidade de lixeiras disponíveis para a adequada segregação dos resíduos, 91% dos entrevistados responderam que o número é suficiente. Uma outra questão fez os entrevistados imaginarem a seguinte situação: o profissional de saúde às vezes é exposto ao excesso de trabalho ou necessita ser ágil no atendimento. Foi perguntado se, no momento do descarte, costuma fazê-lo nos seletores adequados. Do total, 20% confessaram que às vezes não descartam os resíduos nos seletores adequados. Gráfico 3 - Percentual dos colaboradores que descartam adequadamente os resíduos. Fonte: Elaborado pelos autores (2018) Quando foram perguntados se já descartaram luvas de procedimentos e máscaras no seletor destinado ao lixo comum (sacos pretos), 65% afirmaram que sim. Esse é considerado um número alarmante, que traz à tona a urgente necessidade de reestabelecimento do PGRSS, para que sua reimplantação mude a postura dos colaboradores por intermédio das medidas cabíveis. Uma vez que os resíduos infectantes estão sendo descartados em lixo comum, o aterro sanitário da cidade está recebendo lixo infectante e tratando-o como se fosse lixo comum, o que revela uma lamentável realidade. SIM 80% ÀS VEZES 20% SIM ÀS VEZES 23 Gráfico 4 - Percentual que já descartou lixo infectante em seletor destinado a lixo comum. Fonte: Elaborado pelos autores (2018) Os entrevistados também foram perguntados se descartam em caixa coletora de perfurocortantes os resíduos hospitalares, como agulhas e lâminas, imediatamente após o uso, 100% disseram que sim. No entanto, quando perguntados se já foram vítimas e/ou já presenciaram acidentes decorrentes do descarte inadequado desses resíduos, a maioria, 52%, disse que já foram vítimas e/ou presenciaram essa situação. Se existem vítimas de acidentes com perfurocortantes é porque existem profissionais que não os descartam imediatamente após o uso. Alguns dos entrevistados disseram que existem profissionais que têm o mau hábito de finalizar todo o procedimento para depois fazer o descarte do material, e não imediatamente após o uso, em caixa coletora. Essa atitude antiprofissional colabora para o aumento do número de acidentes biológicos e expõe os trabalhadores a uma possível contaminação. Gráfico 5 - Percentual que já foi vítima e/ou já presenciou acidentes decorrentes do descarte inadequado dos resíduos. Fonte: Elaborado pelos autores (2018) SIM 65% NÃO 35% SIM NÃO SIM 52% NÃO 48% SIM NÃO 24 Ao serem perguntados sobre o nível de conhecimento a respeito das doenças que podem ser provocadas por meio do contato em locais contaminados por material biológico, 49% dizem ter alto conhecimento e 51% médio conhecimento. Como profissional de saúde, em relação ao nível de preocupação com as questões ambientais e o correto descarte de resíduos, 81% dizem ter nível alto de preocupação. Sobre possuir conhecimento das etapas do processo de descarte dos resíduos hospitalares, 48% dizem ter conhecimento e 52% desconhecem o assunto, um índice preocupante. Gráfico 6 - Percentual que diz possuir conhecimento das etapas do processo de descarte dos resíduos hospitalares. Fonte: Elaborado pelos autores (2018) Foram questionados também se possuem consciência dos problemas ambientais causados pelo descarte incorreto do lixo hospitalar. A maioria, 92%, diz ter consciência. Gráfico 7 - Percentual que diz possuir consciência dos problemas ambientais causados pelo descarte incorreto do lixo hospitalar. Fonte: Elaborado pelos autores (2018) SIM 48% NÃO 52% SIM NÃO SIM 92% NÃO 8% SIM NÃO 25 Quando perguntados sobre o ponto em que a unidade hospitalar deve melhorar sua atenção sobre os resíduos hospitalares, 64% disseram que treinamento/capacitação deve receber maior atenção. Esse resultado, além da conscientização dos funcionários sobre a carência da capacitação, estabelece um sincronismo com o dado expressado anteriormente, quando a maioria dos entrevistados disse não ter recebido nenhuma capacitação para o descarte correto dos resíduos. Gráfico 8 - Ponto em que a unidade hospitalar deve melhorar sua atenção sobre os resíduos hospitalares. Fonte: Elaborado pelos autores (2018) O questionário aplicado (apêndice) solicitou uma resposta descritiva sobre sugestões para aprimoramento do descarte dos resíduos. O quadro abaixo apresenta um breve mapeamento das respostas, separadas por categoria profissional. Quadro 2 - Sugestões dos colaboradores para aprimoramento do descarte dos resíduos. Técnicos em Enfermagem • “Aplicação de medidas cujo objetivo seja separar corretamente os resíduos”; • “Fiscalização efetiva do descarte dos resíduos”; • “O acionamento de abertura da lixeira quebrado, favorece o descarte incorreto”; • “Treinamento e reciclagem dos conhecimentos”; • “Melhorar a localização dos diferentes tipos de lixeiras e descartar os perfurocortantes com mais atenção”; • “Conscientização dos profissionais”; 64%17% 19% Treinamento/Conscientização Implantação de sistema eficiente de reciclagem Criação de cartilha ou manual 26 • “Não tenho conhecimento sobre o descarte dos resíduos deste hospital, por isso não tenho nenhuma sugestão”; • “Manutenção das caixas coletoras e orientação sobre contaminantes”; • “Orientar a equipe”; • “Treinamento para funcionários recém-admitidos”; • “Palestras e orientação aos profissionais e acompanhantes”; • “Reciclagem dos conhecimentos sobre o descarte dos resíduos”; • “Não trabalhar de forma improvisada. E implementar protocolo de segurança e prevenção de acidentes”; • “Trabalho de conscientização para os acompanhantes para o descarte adequado de sobras de alimentos e fraldas”; • “Mais caixas coletoras de perfurocortantes”. Enfermeiros • “Capacitação contínua.”; • “Que o treinamento seja estendido aos pacientes e acompanhantes.”; • “Controle, educação continuada e acompanhamento.”; • “Sinalização mais eficiente para o descarte adequado.”; • “Educação continuada e dinâmicas”; • “Realizar capacitação dos profissionais”; • “Mais supervisão”; • “Realizar treinamento com os profissionais e acompanhantes, como também disponibilizar lixeira própria para cada resíduo, pois não existe nesta unidade”; • “Informação sobre descarte adequado na cartilha do acompanhante”; • “Conscientização através de oficinas e treinamentos frequentes”; • “Cartazes explicativos sobre os descartes do lixo comum e do infectante”; • “Oficinas sobre o descarte correto, tempo de decomposição e possíveis agressões ao meio-ambiente”; • “Educação continuada para diminuir o número de acidentes”; • “Capacitação para todos os profissionais”; • “Protocolo interno para o descarte adequado e educação permanente”; • “Lixeiras identificadas com os materiais a serem descartados”. 27 Médicos • “Treinamento constante se faz necessário”; • “Capacitação e conscientização”; • “Palestra com a equipe para conscientização do descarte correto e as implicações do mesmo caso não seja realizado”; • “Aumentar a quantidade de lixeiras específicas e sinalizar sobre os tipos de materiais que devem ser descartados nas mesmas”; • “Orientação e educação para equipe e usuários”; • “Educação continuada sobre o tema”; • “Fiscalização”. Fonte: Elaborado pelos autores (2018) 28 7. CONCLUSÃO O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde foi implantado no HospitalGeral de Vitória da Conquista no ano de 2012 e surgiu, sobretudo, da necessidade impositiva de adequação à legislação e também devido ao seu grande porte, ao fluxo de pessoas, complexidade, diversidade e exorbitante geração de resíduos. Foram realizados investimentos para a substituição de baldes por lixeiras com tampa e pedal, com o objetivo de facilitar o descarte e a segregação dos resíduos comuns e infectantes, bem como sacos de lixo em diversas cores, tamanhos e identificações, de acordo com a RDC 306/2004 da ANVISA (revogada pela RDC 222/2018). Foram distribuídas cartilhas com informações sobre a segregação de resíduos e oferecidos treinamentos para os colaboradores. Estima-se que durante os primeiros sete meses pós-implantação do PGRSS no HGVC, houve capacitação e treinamento de 40% dos colaboradores. Embora a legislação determine a ação continuada do Plano, vários desafios impossibilitaram seu desenvolvimento. A Unidade hospitalar pesquisada precisa de intervenção para haver redução da exposição aos riscos de acidentes ocupacionais, ambientais externos e internos e de infecção hospitalar, pois de acordo com a análise da pesquisa, os colaboradores do HGVC possuem consciência parcial quanto ao descarte adequado dos resíduos. Sendo assim, o Hospital Geral de Vitória da Conquista necessita, em primeiro lugar, retomar o Plano de Gerenciamento de Resíduos, mediante apoio da direção geral, priorizando as questões ambientais e humanas; em segundo lugar, investir na educação continuada, formando pessoal responsável pelos treinamentos e atualização de informações; e por último, estabelecer avaliação contínua, com rondas fiscalizadoras a fim de identificar inadequações e assim corrigi-las no próprio local. 29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A BRIEF HISTORY OF MEDICAL WASTE DISPOSAL. AEG Environmental, Maryland, 2017. Disponível em: <https://www.aegenviro.com/blog/brief-history-medical-waste- disposal/>. Acesso em: 30 de outubro de 2018. BRASIL, Ministério da Saúde. ANVISA. Resolução RDC nº 222. Dispõe sobre o controle dos processos de geração dos resíduos de serviços de saúde. Brasília: ANVISA, 2018. BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. CONAMA. RE 358 de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos de serviços de saúde e dá outras providências. Brasília: CONAMA, 2005. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Brasília, 2006. CAVALCANTI, N.J.F.; PEREIRA, N.A. Saúde Ocupacional. In. FERNANDES, A.T. et al. Infecção Hospitalar e suas interfaces na área de saúde. São Paulo, Atheneu; 2000. p. 1288-9. FERREIRA, J.A. Resíduos Sólidos e Lixo Hospitalar: Uma Discussão Ética. Cad. Saúde Públ. Rio de Janeiro, 11 (2): 314-320, Apr/Jun, 1995. MOUTTE, A.; BARROS, S.S.; BENEDITO, G.C.B. Conhecimento do enfermeiro no manejo dos resíduos hospitalares. Rev Inst Ciênc Saúde. 2007;25(4):345-8. MÔRA, T.M. Avaliação do programa de gerenciamento de resíduos implantado em um laboratório de um hospital universitário público - um estudo de caso. Especialização - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2013. PAULA, R.R.M. Resíduos de Serviços de Saúde: Fatores integrantes do plano de gerenciamento – PGRSS. Especialização - UNB, Brasília, 2009. SILVA, R.R. Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. Monografia de Especialização. SENAI-CETSAM, Curitiba, 2003. VENTURA, K.S.; REIS, L.F.R.; TAKAYANAGUI, A.M.M. Avaliação do gerenciamento de resíduos de serviços de saúde por meio de indicadores de desempenho. USP – São Paulo, 2010. 30 APÊNDICES APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO DE PESQUISA Gostaríamos de convidá-lo(a) para participar de uma pesquisa anônima que será parte integrante de um projeto de pesquisa, realizado pelos alunos do Curso Técnico em Segurança do Trabalho: Carlos Henrique Almeida Ledo, Jussara Sampaio Santos e Luzia Almeida dos Santos. Informamos que a participação neste estudo não é obrigatória. Questionário sobre Resíduos Hospitalares 1. Sexo: Masculino Feminino 2. Tempo de exercício profissional: Até 1 ano De 2 a 5 anos De 6 a 9 anos De 10 a 13 anos De 14 a 17 anos Acima de 18 anos 3. Você recebeu treinamento nesta Unidade Hospitalar para a realização do correto descarte dos resíduos? Sim Não 4. Existem lixeiras disponíveis para a adequada segregação dos resíduos no seu local de trabalho? Sim Não 5. O profissional de saúde às vezes está exposto ao excesso de trabalho ou necessita ser ágil no atendimento. Diante desse cenário, no momento do descarte dos equipamentos de proteção individual (luvas, máscaras etc.), você costuma descartá-los nos seletores adequados (sacos brancos)? Sim Não Às vezes 31 6. Você descarta em caixa coletora de perfurocortantes os resíduos hospitalares, como agulhas e lâminas, imediatamente após o uso? Sim Não Às vezes 7. Você já foi vítima e/ou presenciou acidentes decorrentes do inadequado descarte de resíduos infectantes? Sim Não 8. Você já descartou luvas de procedimento e máscaras no seletor destinado a lixo comum (sacos pretos)? Sim Não 9. Qual seu nível de conhecimento a respeito das doenças que podem ser provocadas por meio do contato em locais contaminados por material biológico? Baixo Médio Alto 10. Como profissional de saúde, qual seu nível de preocupação com as questões ambientais e o correto descarte de resíduos? Baixo Médio Alto 11. Você tem conhecimento das etapas do processo de descarte dos resíduos hospitalares? Sim Não 12. Você tem consciência dos problemas ambientais causados pelo descarte incorreto do lixo hospitalar? Sim Não 13. Em qual ponto esta unidade hospitalar deve melhorar sua atenção sobre os resíduos hospitalares? Treinamento e conscientização dos profissionais da saúde para o correto descarte dos resíduos. 32 Implantação de um sistema eficiente de reciclagem (qualquer lixo hospitalar que não tenha sido contaminado ou que possa provocar acidentes, materiais passíveis de reciclagem, como vidros, plásticos e papéis). Criação de uma cartilha ou manual. Outro _____________________________________________________ _____________________________________________________ 14. Qual a sua sugestão para o aprimoramento do descarte dos resíduos desta Unidade Hospitalar? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 33 APÊNDICE B - REGISTRO FOTOGRÁFICO DO DESCARTE INADEQUADO DE RESÍDUOS NA UNIDADE PESQUISADA. Figura 1 - Luvas de procedimento descartadas em lixo comum, em 29/10/2018. Fonte: Elaborada pelos autores (2018) Figura 2 - Luvas de procedimento e atadura descartadas em lixo comum, em 29/10/2018. Fonte: Elaborada pelos autores (2018) 34 Figura 3 - Luvas de procedimento, seringas, soro e equipo, descartados em lixo comum, em 29/10/2018. Fonte: Elaborada pelos autores (2018) Figura 4 - Equívoco na sinalização quanto ao descarte dos resíduos, (a indicação do recipiente não está de acordo com a cor do saco coletor), em 12/11/2018. Fonte: Elaborada pelos autores (2018) 35Figura 5 - Material para intubação, luvas de procedimento e outros, descartados em lixo comum, em 12/11/2018. Fonte: Elaborada pelos autores (2018)
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