Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A cartografia nos proporciona a localização e a orientação de todos os pontos da Terra. Para isso, precisamos entender alguns conceitos básicos: Projeções cartográficas Os sistemas de projeções cartográficas foram desenvolvidos para dar uma solução ao problema da transferência de uma imagem da superfície curva da esfera terrestre para um plano da carta, o que sempre vai acarretar deformações. Os tipos de propriedades geométricas que caracterizam as projeções cartográficas, em suas relações entre a esfera (Terra) e um plano (mapa), são: a) Conformes – os ângulos são mantidos idênticos (na esfera e no plano) e as áreas são deformadas. b) Equivalentes – as áreas apresentam-se idênticas e os ângulos deformados. c) Afiláticas – as áreas e os ângulos apresentam-se deformados A importância da cartografia Projeção cônica Os meridianos convergem para os pólos e os paralelos são arcos concêntricos situados à igual distância uns dos outros. São utilizados para mapas de países de latitudes médias. Projeção de Mollweide Os paralelos são linhas retas e os meridianos, linhas curvas. Sua área é proporcional à da esfera terrestre, tendo a forma elíptica. As zonas centrais apresentam grande exatidão, tanto em área como em configuração, mas as extremidades apresentam grandes distorções. Algumas projeções muito utilizadas Projeção de Goode, que modifica a de Moolweide É uma projeção descontínua, pois tenta eliminar várias áreas oceânicas. Goode coloca os meridianos centrais da projeção correspondendo aos meridianos quase centrais dos continentes para lograr maior exatidão. Projeção de Holzel Projeção equivalente, seu contorno elipsoidal faz referência à forma aproximada da Terra que tem um ligeiro achatamento nos pólos. Projeções cartográficas Projeção Azimutal Eqüidistante Oblíqua Centrada na Cidade de São Paulo Nesta projeção, centrada em São Paulo, os ângulos azimutais são mantidos a partir da parte central da projeção. Projeção Azimutal Eqüidistante Polar Projeção eqüidistante que tem os pólos em sua porção central. As maiores deformações estão em suas áreas periféricas. Projeções cartográficas Projeção Cilíndrica Equivalente de Peters - Data de 1973. - Sua base é cilíndrica equivalente e determina uma distribuição dos paralelos com intervalos decrescentes desde o Equador até os pólos. Projeções de Mercator ou Cilíndrica Equatorial - Os meridianos e os paralelos são linhas retas que se cortam em ângulos retos. - Correspondem a um tipo cilíndrico pouco modificado, onde as regiões polares aparecem muito exageradas. Peters ou Mercator? Fusos horários Na segunda metade do século XIX, todas as partes do mundo praticamente já eram conhecidas. O desafio do homem passava, então, a ser o de criar e aperfeiçoar meios de comunicação e de transporte, a fim de agilizar o contato entre as diversas áreas do planeta. Em virtude do avanço dos meios de transporte e comunicação, um sistema comum para determinar a hora local foi tornando-se cada vez mais necessário. Em 1884, 25 países reunidos em Washington estabeleceram uma divisão do mundo em 24 fusos de uma hora, baseando-se no fato de que a Terra demora praticamente 24 horas para dar uma volta completa em torno de seu próprio eixo. O fuso referencial para a determinação das horas é o de Greenwich , delimitado pelos meridianos 7º30' leste e 7º30' oeste . O Brasil, devido à sua extensão no sentido leste-oeste, apresenta quatro fusos horários diferentes. Dividindo os 360º da circunferência terrestre por 24, temos 15º, que é a medida de cada fuso horário. Cada fuso é delimitado por dois meridianos e todas as localidades situadas no seu interior têm a mesma hora, que é chamada de hora legal. Fusos horários Linha Internacional de Datas No final do século passado, definiu-se internacionalmente uma linha de mudança de data que acompanha, mas não coincide rigorosamente com o meridiano de 180º, que é oposto ao meridiano de Greenwich. Quando se chega à linha internacional de data muda-se a data ou o "calendário" e não o relógio, portanto quem a atravessa de leste para oeste ( Sibéria para o Alasca, por exemplo) volta de “ hoje para ontem”, e quem atravessa de oeste para leste (Alasca para Sibéria) adianta um dia, mas sem mexer nas horas. CONCEITO DE ESCALA Escala: é a representação existente entre as dimensões representadas na carta e seus valores reais correspondentes no terreno. Obs: as cartas topográficas trazem suas respectivas escalas impressas nas margens. ESCALAS Escala é a relação entre a medida de um objeto ou lugar representado no papel e sua medida real, onde a razão ou relação de semelhança é a seguinte: E = d D D = um comprimento tomado no terreno, que denominar-se-á distância real natural. d = um comprimento homólogo no desenho, denominado distância prática ou gráfica. As escalas mais utilizadas são: Numérica: Gráfica: Observe o mapa ao lado: Ele mostra que a cada 1 centímetro no mapa a realidade corresponde a 50 mil centímetros ou 500 metros ESCALA S Comparando os mapas A e B, observamos que há maior riqueza de detalhes no mapa B e sua escala é duas vezes maior do que no mapa A. Observe, então, que quanto menor for o denominador da escala, maior ela será e mais detalhes ela nos dará. ESCALA S EXEMPLOS DE ESCALAS TIPOS DE ESCALA Escala Numérica: é a representada por uma fração que relaciona distância na carta (d) sobre distância no terreno (D). Escala (e) = distância na carta (d) Distância no terreno (D) Escala de Equivalência: expressa por uma equivalência. Escala Numérica Exemplo: __1__ ; 1 / 25000 ou 1 : 25000 25000 Significa que uma unidade na carta corresponde a 25000 unidades no terreno. Ex: • 1mm ------ 25.000mm ------ 25m • 1cm ------- 25.000cm ------- 250m • 1m -------- 25.000m --------- 25 Km ESCALA DE EQUIVALÊNCIA a) Escala linear: apresenta duas graduações, uma de origem (zero) para a direita representando, cada espaço, uma unidade tomada por base, outra, da origem para a esquerda (talão), que apresenta subdivisões dessa unidade. As medidas inferiores às graduações do talão são feitas por interpolação. ESCALA GRÁFICA LINEAR ESCALA GRÁFICA INSTRUMENTOS DE MEDIDA 1) Curvímetro: é um instrumento que serve para medir distâncias na carta, em linha reta, quebrada ou curva. Existem dois tipos: um decimal em que o limbo é graduado em centímetros / milímetros e outro que o limbo já possui nos dois lados graduações referentes às escalas mais comuns. CURVÍMETRO INSTRUMENTOS DE MEDIDA 2) Régua milimetrada: utiliza-se a régua para achar a distância gráfica e por meio da fórmula padrão fica fácil encontrar a distância real. 3) Régua de escalas: é uma régua graduada dentro de uma determinada escala, aplicando-se a régua graduada na escala desejada, leremos diretamente o valor real desta distância. APROXIMAÇÃO DE ESCALAS 1) O menor valor gráfico que se pode perceber a olho nu (sem instrumento ótico) e ter precisão na medida, é de dois décimos de milímetros (0,2mm). 2) Este valor denomina-se aproximação de escala ou erro gráfico cometido. 3) Para se saber a dimensão real correspondente ao erro gráfico, usa-se a fórmula: APROXIMAÇÃO DE ESCALAS 1/m = d/D, em que d = 0,2mm d (em mm) = 0,2 xm a) Qual a menor dimensão real possível de ser representada na escala de 1/25000 ? D = 0,2 x 25.000 = 5.000 mm = 5m b) Qual o erro gráfico cometido na carta de escala 1/100.000? D = 0,2 x 100.000 = 20.000mm = 20m Curvas de nível • Curvas de Nível _ são as projeções ortogonais horizontais das interseções do terreno com planos horizontais equidistante. Elas representam linhas imaginárias, no terreno, ao longo da qual todos os pontos estão em uma mesma altitude. As curvas de nível medem uma distância vertical acima, ou abaixo de um plano de nível. Começando no nível médio dos mares, que é a curva de nível zero. Cada curva tem um determinado valor. A distância entre as curvas de nível é conhecida como equidistância, cujo valor é encontrado nas informações margineis da carta. Curva de Nível É o método utilizado para representar o relevo terrestre, que permite ao usuário, ter um valor aproximado da altitude em qualquer parte do mapa. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS - As curvas de nível tendem a ser quase que paralelas entre si. - Todos os pontos de uma curva de nível se encontram na mesma elevação. - Cada curva de nível fecha-se sempre sobre si mesma. - As curvas de nível nunca se cruzam, podendo se tocar em saltos d'água ou despenhadeiros. - Em regra geral, as curvas de nível cruzam os cursos d'água em forma de "V", com o vértice apontando para a nascente. Perfil topográfico de uma área da cidade do Rio de Janeiro - As linhas traçadas no mapa são chamadas isoípsas, sendo que quanto mais próximas estiverem, mais abrupto se apresenta o relevo. - Entre as duas elevações existentes, na direção leste-oeste, encontra-se uma depressão relativa. Curva de Nível Esquema de curvas de nível 90 70 80 90 70 80 90 80 100 E = 10 m E = 10 m E = 10 m A B C D E F G H I J K L A B C D E F G H I J K L 90 70 80 90 70 80 90 70 80 90 80 100 90 70 80 90 80 100 E = 10 m E = 10 m E = 10 m E = 10 mE = 10 m E = 10 mE = 10 m E = 10 mE = 10 m A B C D E F G H I J K LA B C D E F G H I J K L A B C D E F G H I J K LA B C D E F G H I J K LA B C D E FE F G H I J K L M N P p` P M n` N CÁLCULO: TRAÇA-SE A NORMAL (MN) ÀS DUAS CURVAS, PASSANDO POR “P”, TEREMOS ENTÃO OS SEGMENTOS MP (0,20 cm), NP (0,38 cm) e MN (0,58 cm). * Nn` – EQUIDISTÂNCIA NA CARTA * Pp` – COTA DE “P” EM RELAÇÃO A CURVA DE NÍVEL 40 m * MP e MN – DIMENSÕES DA CARTA PELA SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS TEMOS: Pp` MP Nn` = 10 m = : MP = 0,2 cm = 50 m Nn` MN (CARTA) ( TERRENO) MN = 0,58 cm = 145 m 50 X 10 Pp = = 3,4 m : COTA DE “P” = 43,4 m 145 p` PM n` N IDENTIFICANDO AS FORMAS DO RELEVO 1.Tipos de vertentes. 1.a. Encosta plana e uniforme. - Declividade constante - Curvas de nível igualmente espaçadas 1.b. Encosta côncava. - A angulação/declividade diminui a proporção que a encosta desce - Curvas de nível são bem próximas no cume e bem espaçadas na parte baixa. 1.c. Encosta convexa - A angulação/declividade aumenta a proporção que a encosta desce - Curvas de nível são bem espaçadas no cume e bem próximas na parte baixa. 2. Ligações das vertentes 2.a. Linha de crista, linha de festo, linha de cumiada ou linha de divisão de águas: - O angulo formado pela ligação entre vertentes é convexo; - A aresta do ângulo diedro por elas formado é dominante e divisora das águas. 2.b. Linha de fundo, linha de reunião de águas ou talvegue: - O angulo formado pela ligação entre vertentes é côncavo; - A aresta do ângulo diedro por elas formado é dominada e coletora das águas. 2.c. Crista topográfica: - Ponto mais alto de uma linha de crista 3.Formas simples ou elementares 3.a. Espigão - Vertentes são íngrimes e uniformes; - Ângulo diedro pequeno com curvas de nível cuneiformes. 3.b. Garupa - Vertentes são convexas; - Ângulo diedro obtuso, linha de crista abaulada, com curvas de nível também abaulada. 3.c.Esporão - Linha de crista com inflexão; Reunião de vertentes 1) Ravina 2) Nó de crista - Sulco na encosta de uma elevação, provocada pela ligação lateral de duas vertentes; - Serve de linha de reunião de águas. - Reunião de várias linhas de festo no topo de uma elevação; - Ravinas correm de alto a baixo da elevação; - Curvas de nível mais interna sofrem as mesmas inflexões das demais. - Colina - Mais alongado que o mamelão; - Linha de crista tende a abaular-se; Vale - Depressão que serve de leito de escoamento das águas, com forma de sulco alongado e sinuoso. Corredor - Passagem entre elevações extensas; - As elevações podem ser ou não acessíveis; A) LEI DA CONTINUIDADE DOS DECLIVES DE UM PONTO QUALQUER DO TERRENO PODE-SE DESCER ATÉ O NÍVEL DO MAR SEM NUNCA SUBIR. REGRAS REFERENTES AOS TALVEGUES E CURSOS D`ÁGUA B) A DECLIVIDADE DE UMA LINHA DE TALVEGUE OU DE UM CURSO D`ÁGUA DECRESCE DE MONTANTE PARA JUSANTE. REGRAS REFERENTES AOS TALVEGUES E CURSOS D`ÁGUA MONTANTE JUSANTE REGRAS REFERENTES AOS TALVEGUES E CURSOS D`ÁGUA C) EM GERAL SE DESENVOLVERMOS NUM MESMO PLANO OS PERFIS DE UM CURSO D`ÁGUA E DE SEUS AFLUENTES, A CURVA PERFIL DESSE CURSO D`ÁGUA ENVOLVERÁ TODAS AS DE SEUS AFLUENTES. D) NAS SINUOSIDADES DE UM CURSO D`ÁGUA , OS DECLIVES EXTERIORES ÀS CURVAS SÃO SEMPRE MUITO MAIS FORTES QUE OS INTERIORES. ASSIM AS CURVAS DE NÍVEL QUE ENVOLVEM UMA SINUOSIDADE DE UM CURSO D`ÁGUA SÃO NORMALMENTE MAIS UNIDAS QUE AS ENVOLVIDAS POR ELE. EM CONSEQUÊNCIA A MARGEM SITUADA DO LADO DA CONVEXIDADE TEM COMANDAMENTO SOBRE A OUTRA. REGRAS REFERENTES AOS TALVEGUES E CURSOS D`ÁGUA E) QUANDO UM CURSO D`ÁGUA SE DIVIDE EM MUITOS OUTROS SINUOSOS FORMANDO ILHAS IRREGULARES , PODEMOS CONCLUIR QUE O VALE É LARGO E O TALVEGUE POUCO ACIDENTADO OU SENSIVELMENTE HORIZONTAL. REGRAS REFERENTES AOS TALVEGUES E CURSOS D`ÁGUA • G) O ÂNGULO FORMADO PELA DIREÇÃO DE DOIS TALVEGUES NO PONTO DE SUA CONFLUÊNCIA , É GERALMENTE MENOR QUE 90 GRAUS. ISTO PERMITE INDICAR A DIREÇÃO DA CORRENTE DE UM RIO. REGRAS REFERENTES AOS TALVEGUES E CURSOS D`ÁGUA < 90º < 90º < 90º Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 CONCEITO DE ESCALA Slide 10 Slide 11 Slide 12 EXEMPLOS DE ESCALAS TIPOS DE ESCALA Escala Numérica ESCALA DE EQUIVALÊNCIA ESCALA GRÁFICA LINEAR ESCALA GRÁFICA INSTRUMENTOS DE MEDIDA CURVÍMETRO INSTRUMENTOS DE MEDIDA APROXIMAÇÃO DE ESCALAS APROXIMAÇÃO DE ESCALAS Curvas de nível Slide 25 Slide 26 Esquema de curvas de nível Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 REGRAS REFERENTES AOS TALVEGUES E CURSOS D`ÁGUA Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59
Compartilhar