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Alterações no Ciclo Estrual em Bovinos

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ALTERAÇÕES DO CICLOS ESTRAL
1 – Alterações da periodicidade do ciclo
1.1 Intervalo curto entre os cios 
Bovinos – Degeneração folicular cística – ninfomania 
Pode haver CL e Folículo concomitantes 
(9 a 12 dias após o cio) – sintomas de estro fraco 
1.2 Prolongamento do intervalo entre os cios 
Fatores nutricionais e estresse 
Produção de FSH não sofre influencia nutricional, LH sofre. 
Concentrações de Insulina, glicose e IGF-1 são baixos em animais com balanço energético negativo, oócitos “in vitro” não produzem blastocistos. Parece haver relação com efeitos tóxicos de ácidos graxos não esterificados sobre os folículos e oócitos. 
1.3 Intervalo irregulares entre os cios 
Morte embrionária ou fetal 
Mudanças de alimentação 
Puberdade 
Começo de estação reprodutiva em animais estacionais 
2 - Alterações da intensidade do cio
2.1 Cio silencioso – anafrodisia 
Ovário cicla normalmente, ovula mas não há sintomas de cio 
Pode ocorrer por deficiência de bcaroteno, P, Cu, Co 
1ª ou 2ª ovulação pós-parto, puberdade, animais estacionais 
Terapia – PMSG, introdução de rufião 
FSH – 25 a 50 UI SC ou IM 6 a 8 dias(cadelas) 
2.2 Cio curto 
Diferenças de idade 
Puberdade 
Animais estacionais em início de estação reprodutiva 
Cio anovulatório 
2.3 Aciclia/ anestro 
Em cadelas ausência de estro por mais de 24 meses 
Anestro Fisiológico - Gestação e Lactação 
Altas concentrações de P4 FB- - inibe eixo hipotálamo-hipófise – atividade folicular mínima 
Após nascimento período para reativar o eixo normal. 
Balanço energético negativo 
Deficiência em micronutrientes P, Co, Mg, Cu 
Sinais: ovários peq, quiescentes, lisos. 
Efeito genético: Gado de corte 36-70 dias pós parto 
Gado de leite 10-45 dias pós parto 
> Ocorrência em vacas de alta produção e novilhas 
Patogenia: 
- Os receptores de GnRH são glicose dependentes – Balanço energético negativo implica em não liberação adequada de GnRH 
- Hipoglicemia está relacionada à hipoinsulinemia – afeta a liberação de Gonadotrofinas 
-Baixas concentrações de insulina limita a resposta ovariana à secreção de gonadotrofinas afetando a ovulação e formação do CL 
- 
Tratamento: PMSG (Cresc. Folicular); GnRH(pico LH); Melhora na alimentação, reposição de micronutrientes. 
Drogas indutoras de anestro (cadelas) - andrógenos ou P4 exógenos, glicocorticóides exógenos 
Doenças correlacionadas em cães 
Hipotireoidismo – maturação dos gametas, hormônios necessários p/ atuação do trofoblasto após a fecundação. 
Hiperadrenocorticismo – Aumento de cortisol diminui a síntese ou a liberação de LH 
3 - Anomalias da ovulação
Normal – ovulação 10 a 12 h após o fim do estro, 18-26 após pico LH 
3.1 Ovulação atrasada 
Falha no desenvolvimento de receptores 
Qtdade insuficiente de LH ou tempo de liberação inadequado 
Fase folicular >, baixa P4 – Demora p/ forma CL 
Deficiência nutricional 
Identificação – Folículo no mesmo ovário no pico do estro e 24-36h após 
Tratamento - hCG 
3.2 Cio anovulatório 
Crescimento folicular s/ ovulação 
Folículo entra em atresia e se luteiniza 
Forma CL e regride 17-18 dias após. 
Causas : Bloqueio da liberação FSH-LH 
Bloqueio da maturação do oócito 
Degeneração folicular cística 
Tratamento – hCG ou GnRH 
CICLO ESTRAL 
O ciclo estral é controlado pela integração entre o FSH, LH, estrógeno e progesterona.
Esses hormônios são comuns a todas as espécies, contudo seus padrões de secreção e seus efeitos relativos variam entre as diferentes espécies. Essas diferenças ocasionam variações na extensão das fases luteínica e folicular do ciclo, assim como as diferenças na duração do cio. 
Duração do ciclo 
Duração do cio 
Momento da ovulação 
Ovelha 
16-17 dias 
24-36 horas 
24-30 horas após o inicio do cio 
Cabra 
21 dias 
32-40 horas 
30-36 horas após o início do cio 
Porca 
19-20dias 
48-72 horas 
35-45 horas após o início do cio 
Vaca 
21-22 dias 
18-19 horas 
10-11 horas após o fim do cio 
Égua 
19-25 dias 
4-8 dias 
1-2 dias antes do fim do cio 
gata 
14-21 dias 
7 dias 
Após a cópula 
O período de cio é caracterizado por alta secreção de estrógenos pelos folículos pré-ovulatórios. No fim do cio, ocorre a ovulação seguida pela formação do corpo lúteo, resultando em secreção de progesterona. Esta secreção regride abruptamente alguns dias antes do próximo cio.
O período de atividade do corpo lúteo é chamado de fase luteínica (14-15 dias ovelhas e cabras, 16-17 dias em vacas e porcas).
A fase folicular, desde o período de regressão do corpo lúteo até a ovulação – 2-3 dias cabras e ovelhas, 3-6 dias vacas e porcas.
INTER-RELAÇÕES HORMONAIS
Fase Folicular
A fase folicular do ciclo é caracterizada pela rápida queda dos níveis de progesterona e um pico do nível sanguíneo de estradiol. Esse comportamento hormonal é essencial para a manifestação do comportamento de cio. Os níveis sanguíneos de LH aumentam duas vezes aproximadamente durante a fase folicular.
O pico de estrógeno durante a fase folicular exerce uma influência retrógrada positiva sobre o eixo hipotálamo-hipófise resultando na onda ovulatória de LH, que ocorre aproximadamente 12 horas após o início do cio.
O aumento de LH e FSH é determinado pela liberação hipotalâmica de GnRH.
A ovulação não é um processo mecânico de ruptura devido à pressão interna excessiva. Na maioria das espécies o folículo ovulatório se torna flácido várias horas antes da ovulação, o que resulta em uma liberação lenta do líquido folicular após a ruptura do folículo.
A onda ovulatória de LH também aumenta a síntese folicular de Prostaglandina, especialmente a PGE2 , que vai provocar a ovulação.
Fase Luteínica
Após a ovulação a parede do folículo se espessa gradualmente devido à hipertrofia e hiperplasia das células da granulosa. As células que proliferam rapidamente preenchem a cavidade formada e começam a secretar progesterona.
A secreção de progesterona depende da contínua manutenção de hormônios luteotróficos da hipófise.
A função plena do corpo lúteo parece ser dependente da prolactina além do LH.
O corpo lúteo regride abruptamente 13 a 15 dias após a ovulação no animal não prenhe. O declínio rápido da Progesterona devido à regressão do corpo lúteo é o elemento essencial para a completa seqüência de eventos que levam ao próximo cio e ovulação.
Existe uma teoria chamada de mecanismo de contra-corrente, pelo qual uma substância luteolítica do útero passa diretamente da veia útero-ovariana para a artéria ovariana, estudos indicaram que tal substância seria a PGF2a
A concentração de estrógeno e Progesterona influi na liberação de LH e FSH
Seqüência do Mecanismo Hormonal do ciclo estral 
Aumento na quantidade de estrógeno (células do folículo) provoca um aumento na sensibilidade de GnRH e conseqüentemente um aumento deliberação de LH e FSH
Progesterona diminui a sensibilidade ao GnRH e diminui a liberação LH e FSH
A regulação do corpo lúteo pela PGF2a provoca um aumento de FSH e LH e uma diminuição de progesterona
O LH provoca um aumento de produção de estrógenos pelas células da teca e se difundem pelas células da granulosa.
O FSH estimula a conversão de andrógenos em estrógenos pelas células da granulosa e provoca aumento na concentração de estrógenos.
FSH promove o aparecimento de receptores para LH na granulosa
A granulosa vai produzir um fluído rico em estrógeno – antro
O aumento da concentração de estrógenos vai promover a onda pré-ovulatória de liberação de LH.
A onda de LH promove a maturação dos oócitos (meiose) – formação do primeiro corpúsculo polar
A onda de LH também estimula a produção intrafolicular de PGA e PGE que vão promover a ruptura do folículo. Junto com a PGA e PGE ocorre a formação de corpos multivesiculares, bolsas da teça externa, elas produzem substâncias proteolíticas que digerem o substância cimentante dos fibroblastos da teca externa e promovem a ovulação.
A onda de LH provoca uma diminuição dos receptores de FSH na granulosa, o que diminui a conversão de andrógenos a estrógenos.
O LH se liganos receptores das células da granulosa e iniciam a conversão da camada granulosa da fase folicular de secreção estrogênica para fase luteínica de Progesterona.
Com a ovulação ocorre a formação do corpo lúteo.
O corpo lúteo secreta progesterona, que provoca uma diminuição de liberação de FSH e LH pela hipófise.
O corpo lúteo regride, diminui a secreção de Progesterona o que provoca um aumento de liberação de FSH e LH e o ciclo se repete.
Atividade sexual estacional 
Nos mamíferos selvagens a atividade sexual varia com as estações do ano.
Nos mamíferos domésticos, como os bovinos e suínos não ocorre esta interferência, isso é bem visível em caprinos, ovinos eqüinos e bubalinos.
Isso está relacionado com a variação do número de horas do dia.
Estação anual de reprodução
Ovelhas raças pré-alpinas 260 dias; Merino, 200 dias; Blackface, 139 dias; Southdown, 120 dias. Todos os produtos da raça Merino possuem estação sexual longa.
Ciclos ovulatórios silenciosos sempre ocorrem no início e no fim da estação.
Em vacas e porcas o cio se manifesta regularmente durante o ano todo e a influência estacional é discreta. A fertilidade mínima ocorre em junho e a máxina em novembro em climas temperados, esta fertilidade pode estar relacionada mais ao fotoperíodo do que à temperatura e alimentação.
A fertilidade na porca é mais baixa no verão do que nas outras estações, sendo menor o tamanho da leitegada.
Atuação do fotoperíodo e da temperatura
São dois fatores que influenciam os ciclos sexuais, sendo o fotoperíodo mais ativo.
Quando conduzidas à dois ciclos fotoperiódicos por ano, as ovelhas apresentam duas estações de monta anuais, já que aos cinco meses de gestação segue-se um anestro de lactação de um mês e meio.
O fotoperiodismo é um sincronizador da atividade sexual
Nos mamíferos o efeito da temperatura é raramente mencionado.
Os embriões bovino, ovinos e suínos são mais suscetíveis a danos durante os 10 primeiros dias do desenvolvimento .
Em suínos a emissão de sêmen,a motilidade espermática e o número de leitões nascidos são diminuídos quando os reprodutores são submetidos à temperaturas de verão.
Mecanismo de ação do fotoperíodo
Variações da luminosidade diária desencadeiam variações nos níveis plasmáticos de gonadotrofinas e prolactina. O fotoperíodo exerce ação direta sobre o eixo Hipotalâmico-hipofisário e uma modificação simultânea na sensibilidade do sistema nervoso central para o feedback negativo dos esteróides.
A secreção de prolactina e tiroxina também são reguladas pelo fotoperíodo que interferem com a função gonadotrófica ou com a capacidade de resposta das gônadas. 
Citologia Vaginal em cadelas
Início do Pró-Estro
Pró- estro
Inicio estro
Estro
Anestro
MUDANÇAS DURANTE O ESTRO DE CADELAS
FASES DO CICLO ESTRAL DA CADELA 
PRÓ-ESTRO 
Edema de vulva 
Descarga sangüínea. 
A citologia vaginal é predominantemente de células parabasais 
COMPORTAMENTO - a cadela é agitada e secreta feromonas 
É agressiva com o macho. 
Torna-se mais passiva no começo do estro. 
ESTRO 
Aumenta o edema de vulva 
Descarga vulvar será ligeiramente cor-de-rosa . 
Algumas fêmeas terão uma descarga sangrenta no estro que é normal. 
Na citologia vaginal haverá uma concentração elevada de células corneificadas. 
COMPORTAMENTO - a cadela procura o macho, fica rodeando, levanta a região pélvica , move a cauda para o lado e aceita a cópula. 
Cio do “lobo” - (cio dividido) 
Apresenta o cio aparentemente normal mas, não ocorre ovulação. 
Seguido por outro o cio 2-6 semanas mais tarde (cio ovulatório) 
METAESTRO 
Diminuição do edema vulvar 
Não apresenta descarga vulvar 
A citologia vaginal não apresenta células queratinizadas e apresenta células brancas do sangue em grande quantidade. 
COMPORTAMENTO: Não aceita o macho 
ANESTRO 
Período de inatividade ovariana 
Nenhuma descarga vaginal 
Retorno ao cio por volta dos 4 meses 
CICLO ESTRAL DA GATA 
Requer copulação para ovular. – Ovulação induzida 
FASES DO CICLO 
PRÓ-ESTRO 
DURAÇÃO – um dia ou menos 
CARACTERÍSTICAS – o animal rola, se esfrega, emite vocalizações freqüentes, se abaixa freqüentemente com os quartos traseiros elevados, mas ainda rejeita o macho. 
ESTRO 
DURAÇÃO - 6-7 dias 
CARACTERÍSTICAS – aumento dos sinais de pró-estro, porém, agora aceita macho, o que significa desvio da cauda lateralmente, aceita que o macho lhe “agarre” a nuca, monte e copule. 
METAESTRO 
DURAÇÃO - 1-2- semanas 
CARACTERÍSTICAS – Não ocorre ovulação, não há manifestações de cio e não aceita o macho.

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