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CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS Aula 6 1 PATOLOGIAS DOS EDIFÍCIOS E DOS SEUS MATERIAIS (PARTE I) 2 LISBOAGENERALIDADES ✤ anomalias: • causas naturais; • envelhecimento dos materiais; • falta de operações de manutenção; • desgaste dos materiais devido ao clima, utilização, desastres naturais, etc.; • anomalias construtivas; • intervenções de manutenção e reabilitação erróneas; • alterações funcionais nos compartimentos; • humidades. 3 ✤ terreno da fundação: ✴ alteração das características dos solos, associadas à presença de água: • alterações do nível freático por efeito de bombagens provocando assentamentos; • rebaixamento nível freático e afectação dos edifícios contíguos; • infiltrações da águas das chuvas ou de rotura de canalizações. ANOMALIAS-EM-FUNDAÇÕES 4 ✴ descompressões provocadas por perturbações dos equilíbrios pré-existentes: • movimentos de terra nas imediações dos e d i f í c i o s a n t i g o s p o d e p r o v o c a r assentamentos; • vibrações associadas a movimentos de terra nas imediações também pode provocar assentamentos; ANOMALIAS-EM-FUNDAÇÕES 5 ✤ fundações: ✴ apodrecimento de estacas de madeira (alteração das condições de humidade); ✴ no caso das sapatas e poços, envelhecimento dos materiais constituintes: • águas subterrâneas arrastam os finos das alvenarias de fundação; • meteorização das fundações, provocada pela exposição ao ar - redução da secção da fundação. ANOMALIAS-EM-FUNDAÇÕES 6 ✤ ao edifício no seu conjunto: ✴ fundações inadequadas para o tipo de solo; ✴ dimensões das fundações insuficientes; ✴ as fundações não alcançam os estratos mais resistentes. ANOMALIAS-EM-FUNDAÇÕES 7 Evitar que ocorra este tipo de situações: 15 Física dos Edifícios Docente: Pedro Lança Escola Superior de Tecnologia e Gestão Capítulo 3 – Fundações !N#$%AC()O ,O-O-$,#%U#U%A (!) 2undaç8es sem assentamentos Assentamentos globais Assentamentos diferenciais > Assentamento de fundações ANOMALIAS-EM-FUNDAÇÕES 8 ✤Devido a razões de natureza estrutural ou à presença de água e à acção de agentes climatéricos, podem provocar: ✴ desagregação; ✴ esmagamento; ✴ fendilhação. ✤ paredes com elementos de madeira: ✴ apodrecimento; ✴ ataques de fungos; ✴ carunchos; ANOMALIAS-EM-PAREDES-RESISTENTES 9 ✴ presença esporádica de água. ✤ fendilhação paredes de alvenaria: ✴movimentos de assentamentos das fundações (diferenciais); ✴ fendas normalmente aparecem em pontos mais fracos da construção (ex. aberturas de portas e janelas); ✴ fendilhação sobre as aberturas de portas e janelas: • falta de resistência dos lintéis; ANOMALIAS-EM-PAREDES-RESISTENTES 10 • acção dos sismos, provoca esforços de corte (fendas com 45º); ✴ comportamento das coberturas: • coberturas de terraço, o deficiente isolamento térmico provoca fendas horizontais de ligação parede-cobertura. ANOMALIAS-EM-PAREDES-RESISTENTES 11 • impulsos horizontais devido ao abatimento de arcos ou disfuncionamentos estruturais de asnas de cobertura associadas à aplicação de forças de corte no topo das paredes, podem provocar a rotação da própria parede; ✴ as acções de or igem térmica, devidas a assentamento de fundações e a impulsos horizontais, podem provocar: • fendilhação (vertical); ANOMALIAS-EM-PAREDES-RESISTENTES 12 • “deslocamento” das paredes interligadas (horizontal). ✤ esmagamento das paredes: ✴ aplicação de cargas concentradas excessivas; ✴ abertura de vãos e falta de condições de segurança da nova solução; ✴ zonas de contacto lateral entre vigas de madeira (sem estar devidamente seca) e alvenaria; ANOMALIAS-EM-PAREDES-RESISTENTES 13 ✴ paredes das caves dos novos edifícios forem ancoradas, estas podem provocar pressões ascendentes no solo que se transmitem às fundações do edifício antigo e destas às suas paredes, ocorrendo o seu esmagamento ao nível do primeiro piso. ✤ desagregação das paredes: ✴ agravamento da fendilhação; ✴ agentes climáticos: calor/frio, vento, poluição, água; ANOMALIAS-EM-PAREDES-RESISTENTES 14 ✴ acções meteóricas: poluição (desgaste superficial das paredes); ✴ verifica-se mais ao nível do r/c; ✴ água é o principal agente causador: • humidades infiltradas nas paredes; • água provoca a lixiviação dos sais solúveis das argamassas; • roturas de redes de esgotos de águas residuais. ANOMALIAS-EM-PAREDES-RESISTENTES 15 ✴ com a desagregação as características mecânicas são alteradas (redução da resistência à compressão e corte). ✤ deficiências de execução das paredes de alvenaria de pedra irregular; ✤ infiltrações de água: ✴ em paredes exteriores; ✴ em paredes meãs (paredes de dois edifícios diferentes), infiltrando-se através da junta; ANOMALIAS-EM-PAREDES-RESISTENTES 16 ✴ paredes onde passem redes de águas (grês, são muito rígidos e incompatíveis com a elasticidade da madeira). ANOMALIAS-EM-PAREDES-RESISTENTES 17 ✤ estrutura de madeira, revestido a madeira; ✤ estrutura de abóbadas e arcos, são revestidos a alvenaria de pedra ou de tijolo; ✤ estruturas de ferro; ✤ anomalias da madeira: ✴ envelhecimento do material: • fluência; • empenamentos; • fissuras, etc. ANOMALIAS-EM-PAVIMENTOS 18 ✴ presença de água: • infiltrações nas paredes e coberturas; • zonas de contacto dos pavimentos com as paredes são as mais críticas; • fungos; • podridão; • ataques de insectos xilófagos (térmitas e carunchos); ANOMALIAS-EM-PAVIMENTOS 19 • tem de haver manutenção ao longo do seu período de vida útil e possível substituição de certos elementos; • atenção à conservação e ao isolamento de redes de águas residuais e esgotos em contacto com pavimentos de madeira; • corte de vigamento de madeira para a passagem de tubagens vai alterar a resistência estrutural do pavimento; ANOMALIAS-EM-PAVIMENTOS 20 • o projecto dos pavimentos de madeira foi sendo simplificado ao longo dos tempos; • a qua l idade da made i ra também fo i decrescendo; • deixam-se de utilizar peças auxiliares de ferro em ligações. ANOMALIAS-EM-PAVIMENTOS 21 ✤ anomalias da abóbadas e arcos: ✴ s im i l a res às das pa redes de a l vena r i a : esmagamentos, desagregações e fendilhações. ✤ anomalias em estruturas de ferro: ✴ corrosão: • húmidade; • entrega das vigas de ferro nas paredes. ANOMALIAS-EM-PAVIMENTOS 22 LISBOAANOMALIAS-EM-COBERTURAS ✤ deficiências de projecto e execução; ✤ secções de madeira insuficientes; ✤ deformação das estruturas de madeira por fluência; ✴ entrada de água; ✴ apodrecimento da madeira; ✴ queda da cobertura. ✤ entupimentos de redes de drenagem, clarabóias, caleiras e algerozes, sejam elas por falta de limpeza ou falta de inclinação. 23 ✤madeira (mais predominantes); ✤ pedra; ✤ ferro (a partir do final do séc. XIX); ✤ desgaste dos degraus no caso da madeira e pedra; ✤ corrosão no caso das escadas de ferro. ANOMALIAS-EM-ESCADAS 24 ✤ assentamentos diferenciais nas fundações provocam deformação nos pavimentos que por sua vez provocam fissuras e abaulamentos nas paredes secundárias; ✤ sobrecarregamento dos pavimentos provocam sobrecargas também nestas paredes; ✤ envelhecimento dos materiais associados à presença de água; ✤ falta de isolamento térmico, acústico e resistência ao fogo. ANOMALIAS-EM-PAREDES-DE- COMPARTIMENTAÇÃO 25 LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS ✤ revestimentos de paredes: ✴ fendilhação do reboco (retracção das argamassas, fendilhação da parede); ✴ desagregação do reboco (humidade); ✴ empolamento do reboco (humidade); ✴ acção abrasiva do vento e chuva; ✴ esmagamento do reboco (tal como acontecia nasparedes); ✴ desprendimento dos azulejos: 26 LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS • desprendimento (tracções nos rebocos); • fendilhação (retracção da argamassa , compressão nos azulejos). ✴ revestimentos de paredes que incorporem madeira: • rotura da ligação de aderência entre a argamassa de reboco e a madeira; • corrosão dos elementos metálicos. ✤ acabamentos de paredes: ✴ pintura; 27 LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS ✴ caiações; ✴ alteração do aspecto quando as pinturas e caiações são exteriores devido a: • radiações solares; • sujidade. ✴ uso de tintas inadequadas: • tintas pouco permeáveis (não deixam respirar a parede); 28 LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS • texturas diferentes (paredes mais ásperas, favorece a retenção de poeiras e sujidade). ✤ revestimentos de pavimento: ✴ revestimentos de madeira: • deterioração da madeira: • insectos xilófagos (caruncho e térmitas); • fungos de podridão seca e húmida. • abaulamentos (deformação excessiva); 29 LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS • fendilhação das tábuas de solho (secagem da madeira); • desgaste superficial. ✴ revestimentos à base de pedra: • desgaste superficial; • fendilhação (problemas de assentamento de outros elementos); • desagregações (reacções físico-químicas com a água e elementos de limpeza). 30 LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS ✴ revestimentos à base de materiais cerâmicos: • desgaste superficial; • fendilhação (problemas de assentamento de outros elementos, térmica); • desprendimento dos ladrilhos (ocorre quando as argamassas de assentamento são fracas); • desagregações (reacções físico-químicas com a água e elementos de limpeza, gelificação). 31 LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS ✤ revestimentos de tecto: ✴ rebocos de argamassa em tectos de abóbadas de pedra e tijolo é igual aos revestimentos de paredes resistentes; ✴ r eves t imen tos em made i ra i dên t i co aos revestimentos de piso em madeira; 32 LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS ✴ revestimentos à base de gesso: • deformações excessivas (falta de rigidez das estruturas dos tectos); • fendilhações (associada à deformação, vibrações, ou retracções das massas de gesso). ✤ acabamentos de tectos: ✴ pinturas com tintas de óleo: • empolamentos; 33 LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS • fissurações; • destacamentos; • manchas; • falta de aderência; • alteração da cor; • exige manutenção em cada década. ✤ revestimentos de cobertura: ✴ coberturas em terraço: • deteriorações da própria cobertura; 34 LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS • sistema de impermeabilização utilizado; • sistemas de drenagem; • captação e evacuação da água da chuva. ✴ garantia de estanquidade (água); • degradação da base; • degradação do revestimento (deformações excessivas e fendilhações da estrutura de cobertura). 35 LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS ✴ revestimentos à base de pedra e de elementos cerâmicos - fendilhação (variação da temperatura); ✴ coberturas inclinadas: • deficiências das redes de drenagem de águas pluviais: • acumulação de lixos; • crescimento de plantas; • entupimento de caleiras e tubos de queda; 36 LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS • envelhecimento dos materiais; • telhas partidas; • telhas mal colocadas; • aumento do peso da cobertura; • inexistência ou danificação de telhas de ventilação, passadeiras ou remates. 37 ✤madeira: ✴ apodrecimento (humidade); ✴ empenamentos; ✴ abertura de juntas. ✤ falta de manutenção periódica; ✤ exposição directa à radiação solar, chuva e vento; ✤mau funcionamento dos furos de drenagem nas tábuas de peito; ANOMALIAS-EM-CAIXILHARIA 38 ✤ envelhecimento dos materiais de assentamento e vedação dos vidros; ✤ degradação dos fechos e ferragens; ✤ fractura de vidros; ✤ desajustamento da caixilharia face a exigências de conforto e de economia. ANOMALIAS-EM-CAIXILHARIA 39 LISBOAANOMALIAS-EM-CANTARIAS ✤ desgaste da pedra: água da chuva; ✤ sujidade: poluição atmosférica; ✤ fendilhação e fracturação: assentamentos de fundações; ✤ eflorescências: migração de sais através das pedras. 40 ✤ corrosão: precisa de água e oxigénio, podendo ser acelerada com a presença de cloretos (água do mar contém muitos); ✤ a corrosão provoca expansão. ANOMALIAS-EM-ELEMENTOS-DE-FERRO 41 ✤ instalações de distribuição de água: ✴ tubagens em chumbo; ✴ rudimentares; ✴ perda de estanquidade da rede; ✴ tracções nas tubagens associadas a movimentos das paredes; ✴ envelhecimento dos materiais; ✴ corrosão (tubagens de ferro fundido e ferro galvanizado); ANOMALIAS-EM-INSTALAÇÕES 42 ✴movimentos de contracção e dilatação (Invernos rigorosos); ✴ degradação das componentes das instalações (torneiras, válvulas, etc.); ✴ obstrução das canalizações por acumulação de depósitos calcários (depende da região); ✴ quando embebidas nas paredes, em caso de rotura provocam aparecimento de manchas de humidade nas paredes. ANOMALIAS-EM-INSTALAÇÕES 43 ✤ instalações de drenagem de águas pluviais: ✴ estes aspectos já foram tratados nas coberturas. ✤ redes de drenagem de águas residuais domésticas: ✴ primitivas e incipientes; ✴ escassez de elementos existentes; ✴ roturas; ✴ perdas de estanquidade da rede; ✴ entupimentos. ANOMALIAS-EM-INSTALAÇÕES 44 ✤ instalações eléctricas: ✴ redes incipientes e obsoletas; ✴ ausência de dispositivos de protecção; ✴ curto-circuitos (incêndios); ✴ componentes envelhecidos. ✤ instalações de gás: ✴ redes incipientes; ✴ tubagens de chumbo (normalmente em mau estado); ANOMALIAS-EM-INSTALAÇÕES 45 ✴ esquentadores localizados nas casas de banho (perigoso por falta de ventilação). ANOMALIAS-EM-INSTALAÇÕES 46
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